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'Polícia pode entrar onde quiser'
A morte de três policiais aposentados em menos de 20 dias em Guarujá, no litoral paulista, acendeu um alerta entre as polícias civil e militar. Os crimes ocorreram em Morrinhos 3 no dia 18 de maio (duas vítimas fatais) e no Sítio Paecará, no último dia 6 de junho. Assim, ações conjuntas das polícias estão no radar. Para tanto, as intervenções ocorrerão em três etapas (enfrentamento, identificação das causas e a prisão dos assassinos). “Estas soluções ocorrerão a curto, médio e longo prazos”, explica o responsável pelo Deic – Divisão de Investigações Criminais da Baixada Santista no Deinter 6, delegado Fabiano Fonseca Barbeiro.
Ele reconhece que há dificuldades de sua plena execução, pois alguns fatores extrapolam o trabalho da polícia, como melhorias e intervenções sociais, de competência do Poder Público. O delegado participou do JornalEnfoque, onde falou sobre este episódio e outros assuntos, como as ações da polícia civil na região.
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Barbeiro comentou também que a polícia tem acesso a qualquer comunidade da Baixada Santista. “A polícia pode entrar onde e quando quiser. É claro que em alguns locais há necessidade de um efetivo policial maior, pois o risco de conflito é iminente”, explica.
O delegado, inclusive, relatou que dois indivíduos foram mortos na última madrugada em Guarujá em razão de tiroteio contra policiais. “O confronto nunca é desejado. Esta é a última alternativa”, enfatiza. Ele reconhece que em razão da topografia dos morros –como no Rio de Janeiro – o acesso é mais complexo, mas nada que impeça a atuação das polícias, quando há o devido reforço policial.
De volta a Santos
Santista com atuação na polícia da Capital há duas décadas, Barbeiro está de volta à cidade natal desde o início do ano. Ele reconhece que o tráfico de drogas – especialmente em razão do Porto de Santos – é uma realidade crescente.
Afinal, 90% da cocaína produzida no mundo vem de países vizinhos ao Brasil, como Colômbia, Peru e Bolívia. E o valor agregado impressiona. Por exemplo, o quilo da droga custa US$ 1,6 mil (R$ 8 mil) nos países produtores. E chega a US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões) no Japão, por exemplo.