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Árvores centenárias são retiradas no Macuco

DA REDAÇÃO

Elas ocupavam um amplo terreno ao lado da linha do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos na Rua Silva Jardim, no Macuco, em Santos. No entanto, seu crescimento foi interrompido no mês passado. Tudo em nome do progresso e desenvolvimento da Cidade. Quem passa pela rua e se depara com o terreno particular entre os números 463 e 503 – aliás, aberto para passagem dos veículos usados para a retirada das árvores e vegetação – fica espantado com o tamanho da raiz e dos troncos.

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Cálculos do professor doutor em Ecologia, Fábio Giordano, da Universidade Santa Cecília, estimam que a árvore que está logo à frente do terreno tinha, no mínimo, um século de existência. Outras também foram retiradas em toda a extensão da área.

Apesar das espécies estarem em área particular, existem restrições para as retiradas de árvores, conforme Lei Complementar 973/17, do vereador Benedito Furtado (PSB). Ou seja, para cada árvore derrubada há necessidade de plantio de outras 10. Na lei, porém, não há qualquer tópico que aborde algum tratamento diferenciado em relação ao tempo de existência das espécies retiradas.

Laudo

Em nota, a prefeitura de Santos informa que a Secretaria de Meio Ambiente autorizou a retirada, a partir de laudo de engenheiro agrônomo providenciado pelo proprietário. E assim, a dono do imóvel fará a compensação prevista na lei 973/17, de 10 mudas para cada exemplar retirado.

Dessa forma, os plantios ocorrerão nas encostas do Caneleira 3 e Vale Verde. Assim, a lei faculta a possibilidade do plantio ocorrer em áreas distintas em relação ao local da poda. Conforme a lei, o prazo de plantio é de 30 dias após a poda.

Árvores seculares Pelo tamanhos das raízes e das espessuras do tronco, a estimativa é a de que as espécies retiradas do terreno localizado na Rua Silva Jardim possuíam mais de cem anos

HISTÓRIA Hámaisdeumano,professorsantistaseaventuraviajandodebicicletanoexterioraoladodoseucachorroBelmiro

Da Reda O

Viajar ao redor do mundo faz parte do sonho de muitas pessoas. Mas, de bicicleta, é algo bem curioso e inusitado. Esse é o caso do professor mestre em História, Luís Fernando Prestes, de 54 anos, que viaja com seu cachorro Belmiro - em homenagem à Vila Belmiro, onde está seu clube de coração, o Santos FC, e pretende viajar pelo Leste Europeu, Ásia, Oriente Médio, África, América do Sul chegando ao total de 60 países como pretende.

Para ter noção, ele já passou por 12 mil quilômetros em estradas. Segundo ele, do ponto de vista histórico, um dos países mais fascinantes que percorreu foi a Turquia, na cidade de Éfeso. “Antiga cidade greco-romana com 2500 anos mais ou menos, foi maravilhosa, assim como Afrodísias, na Turquia, e algumas ruínas gregas. Do ponto de vista cultural você vê algumas coisas maravilhosas, assim como do ponto de vista natural. Além de montanhas cobertas de neve e rios de corredeira. E pedalar em uma nevasca, como já aconteceu com a gente, com neve leve, diferente do que vemos no Brasil".

Assim, ele recorda momentos marcantes das viagens que presenciou como montanhas e lagos, como Sevan, na Armênia; Lago Egirdir, na Turquia. Além de Saint-Malo, uma cidade medieval da França que tem relação com Brasil, pois foi de lá que saíram expedições piratas que saquearam o Rio de Janeiro.

Locais diferentes

Dos locais isolados visitados, ele disse que são locais de reflexão e de vencer o medo. Por exemplo, na primeira noite em uma barraca, a experiência foi difícil, mas ao mesmo tempo sensacional por poder escutar a natureza, com os sinais e os sons que ela dá.

O professor vai escrever artigos para o Boqnews.com sobre suas viagens e afirma que a expectativa é compartilhar um pouco da experiência. “Primeiro de viajar com cachorro, depois dessa viagem slow-motion (câmera lenta), não pelas atrações turístiscas, pelos países, vilas, contatos com população, dormindo com elas, jantando. A ideia é trocar experiências, comentar sobre similaridades e diferenças. As pessoas têm mais curiosidade pelas diferenças. Meu próximo texto é falar do verão, como é diferente do Brasil, por exemplo”. Ele está na Geórgia, a menos de 100 quilômetros de distância da Rússia, seu próximo país.

Culturas

Quanto as diferenças culturais, ele ressalta que a formação de humanas permite o olhar de alteridade, sempre observando a diferença como diferença, não inferioridade, pois tem uma lógica dentro da cultura de determinado povo.

Ele não passou por experiências bizarras, mas cita, por exemplo, na Turquia, onde as mulheres andam com corpo coberto da cabeça aos pés, só o olho para enxergar e pessoas que

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