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Na ALMG, cortejos demonstraram força social na posse de deputadas
ABERTURA Apoiadores de Beatriz Cerqueira (PT), Andreia de Jesus (PT) e Bella Gonçalves (PSOL) realizaram posses populares
Rafaella Dotta
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Na quarta (1), tomaram posse os 77 deputados e deputadas estaduais eleitos pela população mineira em 2022. A cerimônia foi realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte.
Para além da solenidade, o que mais chamou a atenção foram as posses populares realizadas em frente à Casa.
Apoiadores levam deputadas à ALMG
Beatriz Cerqueira (PT), eleita para seu segundo mandato, celebrou com mais de uma centena de apoiadores, em sua maioria profissionais da Educação mineira. Professora e ex-dirigente do Sindicato Único dos Trabalhado- res em Educação (Sind-UTE/ MG), Beatriz se emocionou.
“A formalidade e burocracia impedem que todos nós estejamos dentro da Assembleia, então a posse de verdade é esta aqui”, disse, se referindo à manifestação.
A deputada estadual reeleita Andreia de Jesus (PT) realizou uma posse ancestral e popular junto ao povo preto, quilombola, capoeiristas, moradores da periferia, pessoas de terreiro, indígenas, comunidades atingidas pela mineração e população LGBTI+, que a acompanharam até à Assembleia.
“A gente vai seguir enfrentando o racismo que invisibiliza a gente”, reiterou.
Quem também realizou sua posse popular foi a deputada Bella Gonçalves (PSOL), ex-vereadora de Belo Horizonte, eleita para seu primeiro mandato na ALMG. Sua posse teve a presença das vereadoras belo-horizontinas Iza Lourença (PSOL) e Cida Falabella (PSOL), e de representantes de movimentos populares.
“Eu não poderia assumir
A deputada estadual
Leninha (PT) é a primeira mulher negra a ocupar um cargo na mesa diretora o mandato na Assembleia Legislativa sem a presença dos movimentos e lutadores que fazem parte da nossa construção”, afirmou a deputada.
Leninha ocupa a vice-presidência
Logo que empossados, os deputados realizaram a eleição da Mesa Diretora, em que escolheram os sete cargos que presidirão a Assembleia no biênio 2023-2025.
O deputado Tadeu Martins Leite (MDB) foi eleito presidente da Casa, mas o destaque ficou para a única mulher na Mesa, a deputada estadual Leninha (PT), que se torna a primeira mulher negra a ocupar o cargo de primeira vice-presidenta. Desde 1999, nenhuma mulher participa da Mesa Diretora da casa.
Romeu Zema vende as ações dos mineiros em única fábrica de helicópteros da América Latina
ESVAZIANDO O ESTADO Estado detinha ações na Helibras desde a sua fundação. Agora, trabalhadores temem por empregos
Divulgação /Helibras
Amélia
Gomes
Romeu Zema (Novo) concluiu, no último dia 20, a venda de 15,51% das ações que a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) detinha na Helibras, única fabricante de helicópteros para uso civil e militar da América Latina. A porcentagem foi adquirida pela empresa francesa Airbus Helicopters, por R$ 95 milhões.
Para os trabalhadores, além da perda de soberania na construção e fortale- cimento da defesa no país, a decisão coloca em risco também os mais de 400 postos de trabalho na empresa, sediada em Itajubá, no Sul de Minas.
“Defendemos que o Estado deveria ter adquirido mais ações para ter um domínio maior e não entregar o que detinha. Isso coloca os trabalhadores em total vulnerabilidade”, alerta José Carlos dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá.
Comendo pelas beiradas
A venda das ações da Helibras integra o chamado “Programa de gestão de portfólio da Codemge”.
O projeto é alvo de avaliações e rejeições no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em outubro de 2022, após denúncia do Ministério Público de Contas de Minas Gerais e investigação do Ministério Público Federal, o TCE suspendeu o programa por considerá-lo uma forma de privati- zação. Apesar da suspensão, a venda das ações na Helibras foi autorizada pelo TCE. “Faz parte da política ultraliberal do Zema. Ao invés de sanar as contas públicas, Minas Gerais está cada vez mais endividada”, critica o deputado federal Rogério Correia (PT). mente do processo de privatização do metrô e ameaça a Cemig e a Copasa. Faz parte da política ultraliberal do Zema. Mas, ao invés de sanar as contas públicas, Minas Gerais está cada vez mais endividada”, critica.