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NOSSOS DIREITOS 10
NOSSOS DIREITOS 10
CULTURA 11
Nesta semana, movimentos de mulheres ocuparam as ruas em todo o país para marcar o 8 de março, dia de fortalecer a luta internacional por direitos iguais. Em Minas Gerais, pelo menos 11 municípios registraram ações em defesa da vida e do bem viver. Belo Horizonte contou com 3 mil mulheres, que marcharam pelo Centro com música, cartazes e críticas ao governo privatista de Romeu Zema (Novo)
I EDITORIAL 2 | MINAS 5 | BRASIL 7
Negociação
Para analista, ainda é cedo afirmar que relação entre o governador e a ALMG será fácil
MINAS 6
Perseguição
Com multa milionária imposta por Zema, professores organizam campanha para manter Sind-UTE
MINAS 6
Mais da metade das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 2022, uma família a cada cinco estava vivendo em situação de insegurança alimentar. Vida digna, trabalho decente e o fim da violência são pautas da luta diária das mulheres brasileiras.
Embora o governo Lula esteja avançando na reconstrução do Brasil, o bolsonarismo ainda está presente nas forças políticas e disputa a aplicação do programa econômico ultraneoliberal, defendido pelo setor financeiro, pelo agronegócio e pela mídia comercial.
Em Minas Gerais, o governo de Romeu Zema (Novo) é um grande representante do bolsonarismo. No passado, chegou a naturalizar a opressão contra as mulheres. Atualmente, autopromove-se com a participação de mulheres em cargos de gestão.
Mas é fácil perceber que essa “representatividade” é vazia no que diz respeito à garantia dos interesses da maioria das mulheres. O Partido Novo é um grande defensor da redução de investimentos na área
“Parabéns MST”
Cirlei Curi, sobre a matéria “Mulheres do MST acampam em BH e doam alimentos para famílias da maior favela do estado”
“Zema não tem projeto social e nem apoia políticas públicas para as mulheres. Aliás, o único projeto dele é privatizar tudo e destruir a educação e os professores”
Andreia Oliveira comenta o artigo “Pela vida das mulheres: os desafios da retomada da democracia”, de Bruna Camilo
“Mãos abençoadas”
Ronisia Carvalho, sobre a matéria “Cozinheiras de BH são homenageadas em vídeo neste 8 de março: ‘guardiãs da cozinha ancestral’”
“Vai está vendendo na esquina do Universitário? Bairro pobre na região da Pampulha? Na Vila Santa Rosa? No PPG? Na PPL?”
Saimon Bessa comenta o artigo “Fim da circulação de dinheiro nos ônibus: avanço ou exclusão?”, de Juliana Afonso e André Veloso
Esse programa, empregado intensamente pelo governo misógino de Bolsonaro, destruiu políticas
Vida digna, trabalho decente e o fim da violência são pautas da luta diária das mulheres
essenciais para promoção de vida digna para as mulheres.
Esse cenário está mudando, com Lula, que retomou o Ministério das Mulheres e diversas políticas sociais fundamentais, como o Bolsa Família. Mas as famílias brasileiras ainda vivem as consequências desses trágicos quatros anos passados.
O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.
social, o que, na prática, é uma política de abandono das famílias mineiras pelo Estado.
Zema defende a entrega para a iniciativa privada de serviços de saúde, como hospitais públicos, e a venda de estatais que fornecem serviços essenciais, como a Cemig e a Copasa. Essas iniciativas, quando foram implementadas em outros estados, causaram a piora dos serviços públicos e o aumento das contas de água e energia.
O bolsonarismo ainda é uma força enraizada na sociedade, e sua erradicação passa pela denúncia e oposição a todos que, na arena política, disputam seu legado.
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Geral: Larissa Costa (Mtb 22066/MG) Subedição: Amélia Gomes, Elis Almeida, Frederico
A política do Partido Novo, na prática, é de abandono das famílias mineiras pelo Estado
de hectares. Esse é o total de superfície de água que o Brasil perdeu em 30 anos, segundo levantamento do MapBiomas. O dado é alarmante, já que o Brasil possui 12% do volume de água doce de todo o planeta.
Na quarta (8), data em que é comemorado o Dia Internacional de Luta das Mulheres, as cidades mineiras foram tomadas por manifestações. Para saber o que motivou o protesto das mulheres, o Brasil de Fato MG foi às ruas e perguntou:
Por que você participou da luta do 8 de março?
Estão abertas as inscrições para o Casamento Comunitário realizado anualmente pela Defensoria Pública de Minas Gerais. A ação é voltada para residentes de Belo Horizonte, que não têm condições de arcar com as taxas de cartório. Ao todo, 300 casais serão contemplados. A celebração está marcada para o dia 23 de maio e contará com todo requinte tradicional da cerimônia. A inscrição é presencial e fica aberta até o dia 14 de abril. Os interessados devem comparecer à sede da Defensoria, na Rua dos Guajajaras, nº 1.707, Barro Preto, de segunda a sexta, das 9h às 16h.
“Estava saindo do serviço e indo embora para casa, quando me deparei com o ato passando. Resolvi ficar e fortalecer o movimento, porque quero combater o feminicídio, que acontece todos os dias. Estamos aqui e vamos resistir”
Leda Lino, trabalhadora de eventos
“Acho muito importante estarmos presentes nesse momento, porque nós sofremos violência todos os dias. Precisamos protestar e lutar a favor dos nossos direitos. Isso é o que me move. Temos que estar nas ruas”
As pessoas acham que o ódio e a intolerância ficam só nas ruas, mas vão para dentro de casa. E o porte de armas nada mais é do que uma autorização para matarFernanda Resende, do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz
AGROECOLOGIA Proposta pretende apoiar o escoamento da produção da agricultura familiar e fomentar a alimentação de qualidade
Três trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados por uma equipe formada exclusivamente por mulheres do Ministério do Trabalho e Emprego. Os trabalhadores foram localizados em Bom Jardim de Minas, na região da Zona da Mata mineira, após ações fiscais realizadas entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março.
Os homens resgatados trabalhavam em um sítio, realizando serviços gerais e cuidando do gado. Duas das vítimas eram irmãos, que
Michele SoteroCerca de 40 mulheres, entre negras, quilombolas, periféricas, com deficiência, trabalhadoras rurais e trabalhadoras domésticas, participaram, na terça (7), de três atividades na Câmara Municipal de Viçosa, cidade da Zona da Mata de Minas Gerais: um banquete, com comidas da agricultura familiar, uma reunião ampliada da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e uma reunião ordinária com os vereadores.
As ações, que contaram com depoimentos das mulheres no plenário, teve o intuito de pressionar o poder público pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 06/2022, conhecido como “Comida de Verdade”. O PL busca apoiar o escoamento da produção de alimentos locais e fomentar a alimentação de qualidade para a população viçosense.
“Viemos para mostrar o que as mulheres fazem.
Elas puderam contar as suas histórias, explicar os processos de produção e as dificuldades que elas têm”, explicou Liliam Telles, coordenadora do Programa Mulheres e Agroecologia do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM).
Agricultura familiar
Do lado de fora da Câmara Municipal, um banquete, que antecedeu as reuniões com os vereadores, mostrou a diversidade de alimentos produzidos pelas agricultoras do município. Ivanilda Cunha, agricultora familiar e moradora da comunidade rural Córrego dos Nobres, ressaltou a importância do projeto de lei na melhoria das condições de vida das famílias.
“Esse projeto foi para a gente uma felicidade muito grande ali no meio rural.
Foi uma luz no fim do túnel, porque a partir do mo-
O pessoal do meio rural não tem preguiça de trabalhar”, disse agricultora
mento que a gente ficou sabendo que ia ter esse projeto, animamos mais a plantar, a colher, incentivamos as pessoas. O pessoal do meio rural não tem preguiça de trabalhar”, disse.
Outra mudança proposta é a retirada do mecanismo que garante que o plano não possa ser revisto antes de oito anos de vigência. Essa também foi a motivação que levou a Mesa Diretora da Câmara Municipal a ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade na Justiça mineira. Porém, na terça-feira (28), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) indeferiu o pedido.
estavam sob condições degradantes desde 2015. Eles viviam em casebres precários, de um só cômodo, compartilhando o espaço com produtos químicos utilizados para controle de vermes dos animais, e recebiam cerca de R$ 100 por semana.
A terceira vítima, um homem de 74 anos, era explorado havia mais tempo, ao menos 15 anos. Ele também recebia cerca de R$ 100 por semana. As vítimas não tinham acesso a alimentação adequada.
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Os vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovaram, na segunda (6), uma moção de repúdio aos atos golpistas que depredaram as sedes dos Três Poderes da República, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Proposto por Bruno Pedralva (PT) e assinado por outros 12 parlamentares, o texto destaca que as ações, que marcaram o segundo domingo do ano, ferem o Estado Democrático de Direito, suas instituições e foram idealizadas e executa-
das por pessoas que não respeitam o resultado das urnas que, no último pleito eleitoral, consagrou Lula (PT) presidente do país.
“A representação legislativa como voz do povo de Belo Horizonte tem necessidade de se posicionar publicamente contrária a esses intentos e favorável aos processos de investigação, prisão e condenação das pessoas envolvidas diretamente nos atos, financiadores e figuras públicas que ajudaram na agitação da tentativa de golpe no Brasil”, justifica o texto da moção.
8 DE MARÇO Para manifestantes, atos simbolizaram esperança na reconstrução do país. Porém, governo estadual está na contramão
Ana Carolina Vasconcelos
Manifestações de rua, atividades culturais, rodas de conversa e até mesmo um acampamento deram o tom do 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, em Minas Gerais. Na capital, manifestantes marcharam pelas ruas do Centro da cidade, em luta contra a fome e a violência, reivindicando democracia e bem viver.
O protesto em Belo Horizonte, que reuniu 3 mil pessoas, teve batucada feminista, intervenções visuais, poesias e palavras de ordem em defesa da vida das mulheres. Na avaliação de Sônia Mara Maranho, uma das organizadoras da manifestação, o sentido expresso na marcha foi de esperança.
“Fazia seis anos que nossas manifestações eram de resistência, diante do golpe e do avanço do fascismo no Brasil. Agora, foi um ato com a perspectiva de que, no próximo período, as mulheres tenham políticas voltadas para o reconhecimento de seus direitos”, comenta Sônia, que também é dirigente do Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB).
Durante a caminhada, que saiu da Praça da Liberdade rumo à Praça Sete, 500 mulheres do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de todas as regiões de Minas, se somaram.
Na quarta (8) pela manhã, antes do início da manifestação, as sem-terra já tinham realizado uma
Mulheres sem-terra doaram alimentos e plantaram árvores no Aglomerado da Serra, em BH
ação de doação de alimentos e plantio de árvores, no Aglomerado da Serra, maior favela de Minas, que fica em Belo Horizonte. Desde terça (7), as mulheres do movimento construíram o Acampamento Pedagógico, em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“Nosso objetivo é fortalecer a unidade das mulheres, construindo ações de formação, de cultura e de diálogo com a sociedade, apresentando o nosso projeto de reforma agrária popular”, explica Michele Capuchinho, da direção do MST.
Além de Belo Horizonte, outros municípios do estado também tiveram atividades com protagonismo feminino, no dia 8 de março. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, as mulheres se concentraram no Parque Halfeld e, durante a marcha, espalharam música, cores e cartazes pela cidade.
Em Ouro Verde de Minas, no Vale do Mucuri, uma roda de conversa no Quilombo São Julião debateu a situação das mulheres na região. Betim, Viçosa, Lavras, São João Del Rei, Pirapora, Teófilo Otoni, Uberlândia e outras cidades também tiveram atividades.
No Norte de Minas, em Montes Claros, a programação vai até o dia 29, com acampamentos, se-
minários, acolhimento psicológico e rodas de conversa.
Para Andréa Cangussu, Secretária Estadual de Mulheres do Partido dos Trabalhadores, o balanço dos atos em terras mineiras é positivo. Ela enfatiza que, após um longo período de ataques e derrotas, é revigorante ver que as mulheres não perderam a capacidade de lutar em unidade e de serem propositivas.
“Passamos por um governo genocida que só queria a morte das mulheres e retirada de todos os direitos e garantias que tínhamos conquistado, ao longo de décadas. Vimos no 8 de março as mulheres unificadas, dando vida ao sentimento de reconstrução do país”, aponta.
Uma das pautas que apareceram com maior ênfase nas manifestações em Minas foi a denúncia da política econômica aplicada pelo governador do estado, Romeu Zema (Novo). Para as manifestantes, as medidas tomadas pelo governo estadual contribuem para a precarização da vida das mulheres.
“Se nacionalmente estamos em um quadro de avanço, após a superação do fascismo nas urnas, Zema em Minas representa a continuidade de um governo ultraliberal, que impacta diretamente em categorias femininas, como as educadoras e enfermeiras. Ele implementa uma precarização generalizada do trabalho, de ataque ao funcionalismo público e ao meio ambiente, que atinge principalmente as mulheres”, explica Esther Maria, do Movimento Brasil Popular.
objetivo de Zema era conseguir conformar um bloco de apoio na ALMG. Porém, a base do governador ficou dividida em dois.
“Isso significa dificuldades para negociação. Ele terá que negociar duplamente quando houver a necessidade de submeter seus projetos à ALMG”, avalia Claudemir.
No cenário em que apenas 20 dos 77 parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) não são da base do governo de Romeu Zema (Novo), muito tem se avaliado sobre qual será a capacidade política do governador de aprovar seus projetos no Legislativo mineiro.
O número expressivo de aliados, que se configura em uma maioria absoluta dentro da Casa, tem preocupado partidos e setores de oposição ao governo de Minas.
Para se ter uma ideia, com os votos dos 57 parlamentares que o apoiam, Zema conseguiria aprovar qualquer projeto.
“Tem sido comum na cobertura jornalística da imprensa empresarial dizer que o governador tem o cenário dos sonhos. Se nós considerarmos apenas esses primeiros números, poderíamos dizer que a Assembleia recupera o caráter governista que ela tradicionalmente teve”,
Segundo pesquisador, Assembleia recuperou o caráter governista que tradicionalmente teve
comenta Claudemir Francisco Alves, coordenador do Monitoramento dos Poderes
Públicos do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
Ele destaca que a ALMG possui em sua história recente a tendência de se posicionar de forma alinhada ao governo estadual, com exceção dos períodos de mandato de Fernando Pimentel (PT) e da primeira gestão de Zema.
Base dividida e primeira derrota
Na avaliação de Claudemir, a situação é mais dinâmica e complexa. Como exemplo, o analista destaca que o
Outra questão já enfrentada por Zema, logo no início da atual legislatura da assembleia, foi a eleição da presidência da Casa. Mesmo tendo maioria numérica, o governador não conseguiu garantir que um de seus nomes saísse vitorioso na disputa.
No segundo turno das eleições presidenciais de 2022, Zema declarou apoio e ajudou a articular a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) em Minas. Com a derrota do ex-presidente, configura-se um contexto diferente daquele da primeira gestão de Zema, quando seus interesses eram alinhados aos interesses do governo federal.
Ele destaca que projetos caros para o governador, como a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que implica em privatizações e mudanças na relação com o funcionalismo público, dependem do diálogo com o presidente.
Na última semana, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha (PT), fez declarações contrárias à proposta do governador mineiro.
O maior sindicato de Minas Gerais e terceiro maior da América Latina está sob risco de fechar as portas. Isso porque o governador do estado, Romeu Zema (Novo), judicializou uma greve realizada em 2022 pelos trabalhadores da educação, cujo processo resultou em uma multa de R$ 3,2 milhões.
O valor inviabiliza as atividades da entidade por três meses. Diante dessa situação, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) iniciou uma campanha de arrecadação para manter a instituição de portas abertas.
A categoria chama a atenção para o fato de que a greve em questão já foi paga com dias repostos. Além disso, outros servidores que também cruzaram os braços no ano passado, como os trabalhadores das forças de segurança, não enfrentam a mesma situação.
“O objetivo não é simplesmente o pagamento da multa. O objetivo é fechar o sindicato que dá voz à categoria que está sendo massacrada pelo governo. Minas Gerais não paga nem o piso proporcional que propagandeia nas ações de mídia e redes sociais, e pratica o pior vencimento básico do país”, denuncia Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-Ute.
O governo de Minas foi procurado para comentar o caso, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
Quem quiser contribuir com a campanha de arrecadação do Sind-Ute, basta entrar no site www. sindutemg.org.br.
Com multa milionária imposta por Zema, professores organizam campanha para manter sindicatoPedro Gontijo / Imprensa - MG
8 DE MARÇO PL da igualdade salarial, retomada de obras de creches e distribuição gratuita de absorventes estão entre medidas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, na quarta (8), um conjunto de medidas dirigidas à população feminina. A lista inclui distribuição gratuita de absorventes, retomada de quase 1,2 mil obras de creches, que estavam paralisadas pelo país, proposta de equidade salarial entre homens e mulheres e ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O anúncio das políticas veio à tona como símbolo da comemoração pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres.
“Houve um tempo em que o 8 de março era comemorado com distribuição de flores para as mulheres, enquanto os outros 364 dias do ano eram marcados pela discriminação, o machismo e a violência”, disse Lula, ao anunciar as medidas.
O presidente também comparou as medidas lançadas pela gestão e a postura do governo Bolsonaro que, segundo ele, “optou pela destruição de políticas públicas, cortou recursos orçamentários essenciais e chegou a estimular de forma velada a violência contra as mulheres”.
O pacote do governo prevê a refundação do programa “Mulher viver sem violência”, que inclui a construção de 40 novas unidades das Casas da Mulher Brasileira e contará com um investimento de R$ 372 milhões.
Também foi anunciado um projeto de lei, que será enviado ao Congresso Nacional, com o objetivo de promover a igualdade salarial entre homens e mulheres que exerçam a mesma função no mercado de trabalho. Em 2022, o Brasil atingiu a marca de 21% de diferença de remuneração entre homens e mulheres.
Lula também assinou decretos e documentos que formalizam várias ações, como a oferta de vagas em cursos profissionais dirigidos a mulheres em situação de vulnerabilidade e a criação da Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas e Mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação.
Além disso, o governo irá lançar um edital de assistência técnica rural para mulheres do campo no âmbito do programa “Organização produtiva econômica das mulheres rurais”.
A secretária nacional de promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+, do Ministério dos Direitos Humanos, Symmy Larrat, afirmou que os temas mais urgentes para as mulheres trans e travestis são o credenciamento de ambulatórios trans, a revisão das informações do RG e criminalização da transfobia.
“A gente tem que entender que não se constrói política pública, nem luta social, se a gente fizer só com que uma parcela das mulheres chegue nesse lugar. A gente tem que chegar, e esse acesso, essa promoção, tem que chegar para todo mundo”, afirmou.
A pesquisa “Visível e invisível”, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto ao Instituto Datafolha, aponta que mais de 18 milhões de mulheres sofreram alguma forma de violência no país em 2022. De acordo com o levantamento, em comparação com as pesquisas anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento acentuado.
A grande maioria dos crimes é cometida dentro de casa, por maridos, namorados, companheiros e ex-companheiros.
“A violência é algo muito complexo e vem de muitos lugares. Precisamos entender que a falta do básico, de direitos humanos básicos, é um fator que pode ajudar a gerar violência”, afirma a psicóloga Thays
Carolyna Pires Mazzini Bordini.Ela chama atenção para a perspectiva de raça dentro desse contexto, no qual os índices de violência contra as mulheres negras são ainda mais alarmantes. “Precisamos olhar para outros fatores que fazem com que essas mulheres tenham mais risco de sofrer a violência, justamente porque temos uma rede de atendimento que, às vezes, pode ser muito falha”, avalia.
‘Um novo tempo’: Lula anuncia conjunto de políticas públicas para mulheresJosé Cruz /ABr Mídia Ninja Fabiana Reinholz
PROPINA Governo Bolsonaro tentou trazer colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões
Caroline OliveiraA Controladoria-Geral da União (CGU) abriu uma apuração sobre as joias que foram trazidas ilegalmente da Arábia Saudita pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo, o governo Bolsonaro tentou trazer colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões, em outubro de 2021. Os itens foram apreendidos pela fiscalização do Aeroporto Inter-
nacional de São Paulo, em Guarulhos.
As joias foram trazidas por um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que, por sua vez, ao saber
Ministro tentou negociar a liberação dos itens utilizando a posição de seu cargo
superior a US$ 1 mil precisa ser declarado à Receita Federal.
ral Luciene Cavalcante (PSOL-SP) enviou um ofício à Embaixada da Arábia Saudita pedindo esclarecimentos sobre o assunto.
da apreensão, tentou negociar a liberação dos itens utilizando a posição de seu cargo. A tentativa, no entanto, não funcionou e as joias continuaram apreendidas, já que qualquer bem cujo valor seja
A Polícia Federal e a Receita também abriram investigações.
Pedido de explicações
A deputada fede-
“Caso tenham sido um presente pessoal para a ex-primeira-dama, esta incorreu na tentativa do crime de descaminho ao não declarar os bens “, defende o documento. “Caso tenha sido um presente para o governo brasileiro, estes incorreram no crime de peculato quando da apropriação de bem público”, completa.
www.malvados.com.br
POR LETÍCIA MASSULA, DA COZINHA DA MATILDE
Peças usadas embanquetese recepções
Confusa; aturdida
Vegetal
Ahora decisiva
Basta; chega (interj.)
Antigoveículo urbanosobretrilhos Ricardo Tozzi,ator Pardo cavalheiro
Tipode dança Decâmetro (símbolo)
Veiase artérias Sucede 12ao"U"V3
415675474
Tecla detelevisores
8941014348
Provisórios
Tumor uterino Figurinha deálbuns
711125114
Erasmo Carlos, cantor "Tudo",na linguagem internauta
81311314431
Ingredientes
• Manga ou mamão verde
• Cebola roxa
Amulher acusada
Tocaia; armadilha
6136133113
131125314474
• Tomatinhos
• Alho
"Nacional", emINPE Fontede oxigênio
500,em romanos Sereia brasileira
133815114107
Colarinho dochope Piedade
Ofrutoda pereira Acordo; tratado
Dígrafode "farrapo"
Pintar comcal
• Limão
• Açúcar
Juro ilegal Adocéu éoazul
Brinquedo feitocom penas Sílabade "bucha" Ponto cardeal Agatha Christie, escritora inglesa
7554G125 81364146154 8414151264 66156121046
Fazer xixi Braço, eminglês
• Sal
Não cozida Nascida naTurquia Fúria Índicede Massa Corporal
Círculo emtorno domamilo (?)além: excedero limitede
• Pimenta dedo de moça
• Hortelã
• Amendoim torrado
• Coentro
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1. Descasque a manga ou o mamão verde e passe em um cortador de legumes em espiral. Se não tiver, rale a polpa no ralo grosso ou corte as frutas em tiras finas;
2. Junte a cebola roxa cortada em lâminas finas e os tomatinhos partidos ao meio. Misture bem;
3. À parte, faça um molho de suco de limão com uma colher de sobremesa de açúcar, sal a gosto, pimenta dedo-de-moça e metade de um dente de alho picadinhos;
4. Tempere a salada com essa misturinha. Deixe descansar por dez minutos para pegar gosto;
5. Finalize com o amendoim torrado, as folhas de hortelã, de coentro e cebolinha verde laminada.
Maria Eduarda acorda cedo para levar seu filho, de dez meses, para o berçário. Ela vai empurrando o carrinho com o bebê pelos passeios esburacados do bairro, desviando-se do lixo que pernoitou nos canteiros. É uma das primeiras na fila da creche. Deixa o filho e segue para o ponto do ônibus.
Maria Rita trabalha de forma remota desde a pandemia. É ela que, nos intervalos da jornada de trabalho flexível, sai para fazer o supermercado, o sacolão e as compras da farmácia. O carro fica com ela, se o marido não for usar. Ela só tirou a carteira depois dele – e com sua autorização.
Professora, Maria Cecília tem que conciliar o emprego em duas escolas, transitando de um lado para o outro da cidade. Ela também cuida de seus pais idosos, garantindo mantimentos e pernoites para acompanhá-los. Descansa o corpo um pouco, se conseguir sentar-se no ônibus ou no metrô durante o trajeto. Ainda assim, tem medo do assédio sexual.
Essas e outras Marias representam os deslocamentos típicos das mulheres pelas cidades. Somos maioria no transporte público e andando a pé. As que andam de carro, em geral o fazem na carona ou com menos prioridade que os homens da família.
Sendo socialmente responsáveis pelas tarefas de cuidados com a família, a mobilidade das mulheres também é uma mobilidade do cuidado. Por ocorrer a pé, pela vizinhança, na informalidade ou nas brechas do tempo do trabalho chamado produtivo, esse deslocamento não é priorizado pela política pública.
Calçadas precárias ou inexistentes, falta de arborização, travessias por passarelas e alta velocidade das vias só mostram que o gestor público não percebe que as ruas estão cheias de gente, mulheres que cuidam de outras pessoas.
Tudo isso contribui para que estejamos exaustas.
Ainda assim, seguimos os caminhos, sendo força motriz da sociedade. E reafirmamos a luta cole-
O Banco Central disponibilizou novamente uma consulta de valores que foram deixados pelas pessoas em contas correntes encerradas com saldo, pagamentos de consórcios esquecidos e estornos realizados pelo banco por tarifas cobradas indevidamente. São várias situações que podem fazer com que exista um saldo disponível. A consulta pode ser feita em www. bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber. Este é o endereço ofi-
Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Unico de Saúde I Coren MG 159621
Giulia Azevedo, 23 anos, garçonete.
precárias, falta de arborização, travessias por passarelas: tudo isso contribui para que estejamos exaustas
tiva e a organização política para que sejamos verdadeiramente livres em nossos deslocamentos pelas cidades e nos diversos aspectos de nossa existência.
Até o fechamento desta edição, ainda não havia terminado a partida do Atlético contra o Unión Santa Fé.
cial para consulta. Estão circulando no WhatsApp muitos links maliciosos com prazos que não são verdadeiros. A consulta pode ser feita utilizando apenas o CPF e a data de nascimento. Havendo valores a receber, é necessário efetuar login em uma conta do portal Gov. O procedimento é bastante simples e orientado pelo site. Feito o login e verificado o saldo, deve ser indicada uma chave pix para recebimento do dinheiro em até 12 dias úteis.
Existe risco de se fazer depilação a laser?
Sim. O principal é o risco de queimaduras na pele. O laser age queimando a raiz do pelo. É atraído pela melanina, portanto, quanto mais escura a pele, maior o risco. O laser pode provocar manchas e outras complicações relacionadas às lesões. A sociedade pressiona as mulheres para que fiquem sempre bonitas, custe o que custar. Isso é resultado do machismo, que vai mudando ao longo dos anos e se adaptando à modernidade, mas ainda continua presente e forte. Além da pele lisa, o padrão de beleza imposto às mulheres inclui magreza, seios grandes, etc. Precisamos nos organizar e dizer não a tanta imposição. Temos que ver a beleza que existe em cada mulher a seu modo, na diversidade natural. Cada uma deve ser e fazer somente aquilo que lhe dá prazer e felicidade.
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Se você tem alguma dúvida sobre saúde e vida saudável, manda um zap para mim! O número é (31) 9 8468.4731.
A quarta Mostra Diálogos Pela Equidade acontece até o dia 26 de março, em Belo Horizonte, no Cine Santa Tereza. As exibições trazem curtas e longas-metragens para debater o cotidiano das mulheres e homenageiam a produtora mineira, Anavilhana, e as sócias Clarissa Campolina, Luana Melgaço e Marília Rocha, referências na produção cinematográfica de Minas Gerais. O endereço é Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza), ingressos gratuitos retirados pelo Disk Ingressos.
Quem gosta de consumir produtos feitos com respeito e de forma solidária tem uma nova programação mensal em Belo Horizonte. A partir de 10 de março, em toda segunda sexta-feira do mês, das 8h às 18h, a Feira de Economia Solidária traz artesanato, confecção, cosméticos, alimentos e uma grande variedade de produtos. Só em Belo Horizonte, são mais 780 produtores cadastrados. Visite na Rua Goiás, Centro (em frente à prefeitura).
O Parque Municipal, em Belo Horizonte, passa a ficar aberto de 7h às 21h. A ampliação de horário começou em 8 de março e deve contar com reforço da Guarda Civil para garantir a segurança dos frequentadores, segundo a prefeitura. O novo horário busca atender, por exemplo, pessoas que querem visitar o parque ou praticar atividade física antes ou depois do horário de trabalho. A visita é gratuita e aberta. O endereço é Avenida Afonso Pena, 1377, Centro.
Acontece na próxima quarta-feira (15), a apresentação dos jogadores de base brasileiros, convocados pelo técnico Phelipe
Leal para compor a equipe que disputará o torneio Sul-Americano sub-17. A competição começa no dia 30, no Equador.
O Brasil divide o grupo A com Chile, Colômbia,
Equador e Uruguai. Classificam-se para o hexagonal final as três melhores equipes do grupo. O torneio também vale vaga na Copa
do Mundo Sub-17, que será disputada em novembro, no Peru.
A Seleção Brasileira é a maior campeã do Sul-Ame-
Na terça (7), o Minas venceu o Dentil/Praia Clube (MG) por 3 sets a 1 (28/26, 25/18, 15/25 e 25/17) e, com isso, é campeão da Copa Brasil feminina 2023. Parabéns às duas equipes mineiras, por mais uma decisão de título nacional!
O Paris Saint-Germain de Neymar, Mbappé e Messi caiu, pela quinta vez em sete anos, nas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa. Desta vez, o algoz foi o poderoso Bayern de Munique, que venceu as duas partidas da classificatória.
ricano, com 12 títulos. Na última conquista, em 2017, o escrete canarinho contava com Vinicius Junior, Yuri Alberto, Brenner, Paulinho e Rodrigo Nestor. Para esta edição, foram convocados 23 atletas, dos quais dois atuam na base
do futebol mineiro: o lateral direito Vitor Gabriel, de 16 anos, do Galo, e o meio-campista Rhuan Gabriel, com 17 anos, do Cruzeiro.
O Brasil estreia na competição no dia 30, em Guayaquil, contra o anfitrião do torneio, o Equador.
“Quando criança, eu não podia jogar uma partida de futebol de verdade porque não se encontrava futebol feminino. Só dava para jogar junto dos meninos, o que não era permitido. Aí, um treinador me aconselhou a trapacear. Então, deixei de ser Pia para ser Piele, um nome masculino na Suécia. Essa história significa muito, porque passei a ser reconhecida e tive a chance de jogar futebol como gostaria”
Foram vários os momentos recentes em que o América demonstrou que, definitivamente, está em um novo e mais elevado patamar no futebol. Desta vez, foi no último jogo da primeira fase do Campeonato Mineiro: se o América empatasse com o Tombense, o Cruzeiro não se classificaria para as semifinais e teria que vencer o Troféu Inconfidência para ir para a Copa do Brasil de 2024. Diante disso, e para evitar o confronto direto, o Coelho poderia ter entrado com a equipe reserva ou jogado sem vontade de vencer. Mas de jeito nenhum! Foi com força total, venceu bem e puxou o Cruzeiro para ser nosso adversário na semifinal. Podemos até perder, mas ficou claro que não temos medo de ninguém e sempre vamos jogar para vencer!
Decacampeão É Galo doido! La Bestia
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O Atlético esteve mais perto de vencer do que perder o jogo contra o Millionarios, em Bogotá. E o empate, apesar das chances desperdiçadas, foi bom resultado e trouxe a decisão para BH. Comentaristas até viram evolução no time, embora critiquem Jemerson, Patric e outros. E ainda denotam que a equipe colombiana é superior ao adversário anterior, o Carabobo. O Galo joga para o gasto. Continua sem padrão de jogo e dependendo do talento individual. Enfrentará o Athletic domingo (12), pela semifinal do Campeonato Mineiro, para depois receber os colombianos na quarta (15). Vejamos o que Eduardo Coudet vai arranjar. Com o elenco que tem, tanto faz poupar ou usar os titulares. Quem sobra mesmo é o incrível Hulk e, às vezes, o goleiro Everson.
Neste sábado (11), iniciamos mais uma disputa de semifinal do Campeonato Mineiro. A campanha irregular e a classificação alcançada, graças à vitória do nosso rival, estão bem abaixo da expectativa. Neste início de temporada, alguns pontos já chamam a atenção: os reforços, que ainda não demonstraram uma evolução de desempenho, e a condição de time itinerante. Quanto ao primeiro aspecto, Pezzolano parece estar perdido no modo como escalar os jogadores contratados. Já o segundo aspecto, a briga com a Minas Arena tem afastado o torcedor do estádio. Se ano passado era possível ter acordo para jogarmos no Mineirão, por qual motivo agora não mais? Ronaldo está brincando com um elemento fundamental para a reconstrução do time: a própria torcida.