Cidades | p. 6
Opinião | p. 2
Esportes | p. 8
Vacina a contagotas
Gasolina e gás caros
Clubes no comando?
Doações caem, necessidade cresce
Atraso em doses pode comprometer imunização no estado
Culpa é de política de Temer e Bolsonaro
Times lançam documento querendo gerir campeonato Brasileiro
Associações lutam contra falta de doações em novas ocupações
Ano 5
Edição 216
17 a 23 de junho de 2021
distribuição gratuita
www.brasildefatopr.com.br
Perda de direitos, quase 500 mil mortes por Covid, crise econômica, desemprego… trabalhadores falam por que querem queda do presidente
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Fora, Bolsonaro
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Giorgia Prates
PARANÁ
Brasil | p. 3
Giorgia Prates
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CAPA | p. 2, 4 e 5
Brasil de Fato PR 2 Opinião
Por que o Fora Bolsonaro? EDITORIAL
C
om Bolsonaro, caem a renda, o trabalho, a esperança, os direitos sociais e crescem o custo de vida, da gasolina, do gás de cozinha; cresce a violência, estrutural no Brasil, contra mulheres, negros, comunidades LGBTQI+, povos indígenas, trabalhadores e trabalhadoras. A atual CPI da Pandemia, no Senado, não traz resultados imediatos, mas escancara a falta de planejamento, os interesses econômicos do governo e o desprezo pela ciência que levou o país a
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Paraná, 17 a 23 de junho de 2021
cerca de 500 mil mortes no período de pandemia. A pesquisa da XP Investimentos aponta que hoje são 50% os que consideram a administração federal ruim ou péssima, mostrando aumento na desaprovação do governo. Porém, Bolsonaro mantém apoio coeso em cerca de 25% da população desde o ano passado e tem uma base social pequena, mas agressiva, convocada por suas aglomerações sem máscara e ‘motociatas’. A urgência da saída de
Bolsonaro neste momento está no fato de que, em 2022, ano eleitoral, diante do embate entre esquerda e direita, setores pontualmente críticos ao governo podem, no fim das contas, compor com ele. Bolsonaro não cairá de graça. O momento, então, é gravíssimo. Não podemos perder mais parentes, empregos, casas, direitos, por culpa de um presidente corrupto, mentiroso, ignorante e o maior responsável por tantas mortes.
SEMANA
Entenda por que o gás e a gasolina estão tão caros OPINIÃO
Fernandes Neto,
diretor do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí
A
resposta está na política adotada em 2016, no governo Temer, pelo então presidente da Petrobras, Pedro Parente, e continuada com pequenas mudanças pelo governo Bolsonaro. É uma estratégia que vincula o preço interno ao mercado internacional, por meio de um mecanismo chamado Paridade de Preços Internacionais (PPI), que nada mais é do que o valor cobrado lá fora, transformado em real pela taxa de câmbio, mais 5%. Nosso combustível é negociado de acordo com os preços internacionais e essa política faz com que o brasileiro pague mais caro do que poderia pagar. Afinal, somos quase autossuficientes na produção e refino do petróleo. Importamos muito pouco petróleo bruto e derivados. Temos um parque de refino – composto por 13 refinarias, que se complementam no sentido de garantir o abastecimento de todo Brasil, com capacidade de suprir cerca de 80% das nossas necessidades. O alinhamento incondicional dos preços do mercado interno aos do mercado externo é ruim para a
sociedade. Características conjunturais e estruturais do nosso país, tais como a extensão territorial, modal de transporte de cargas, volume importado de petróleo e derivados, tipo de derivado e seu impacto econômico no país e na sociedade, são fatores que devem entrar na balança para uma política de preços mais justos. A atual estratégia foca principalmente os acionistas privados da Petrobras, os importadores de derivados e os compradores das nossas refinarias. Como o valor do petróleo no exterior está subindo, a tendência é que os preços no mercado interno continuem crescendo nos próximos meses, ultrapassando em muito a inflação. A Petrobras pratica hoje o preço de uma empresa privada, quando poderia (e deveria) praticar um preço mais justo, exercendo sua função de empresa estatal, que atenda aos interesses da população brasileira.
Somos quase autossuficientes na produção e refino do petróleo
EXPEDIENTE O jornal Brasil de Fato circula em todo o país com edições regionais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná. Esta é a edição 216 do Brasil de Fato Paraná, que circula sempre às quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.
Brasil de Fato PR | Desde fevereiro de 2016 EDIÇÃO Frédi Vasconcelos e Pedro Carrano REPORTAGEM Ana Carolina Caldas, Gabriel Carriconde e Lia Bianchini COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Fernandes Neto ARTICULISTAS Fernanda Haag, Cesar Caldas, Marcio Mittelbach e Douglas Gasparin Arruda REVISÃO Lea Okseanberg, Maurini Souza e Priscila Murr ADMINISTRAÇÃO Bernadete Ferreira e Denilson Pasin DISTRIBUIÇÃO Clara Lume FOTOGRAFIA Giorgia Prates e Gibran Mendes DIAGRAMAÇÃO Vanda Moraes CONSELHO OPERATIVO Daniel Mittelbach, Fernando Marcelino, Gustavo Erwin Kuss, Luiz Fernando Rodrigues, Naiara Bittencourt, Roberto Baggio e Robson Sebastian REDES SOCIAIS www.facebook.com/bdfpr CONTATO pautabdfpr@gmail.com
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Paraná, 17 a 23 de junho de 2021
Geral
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FRASE DA SEMANA
O Brasil está vivenciando outra pandemia tão grave e permanente: o desemprego. Ele agrava desde 2016 e já está na quarta onda sem enfrentamento adequado do governo federal. Os dados desta pandemia são do IBGE: o Brasil registrou no 1º trimestre de 2021 cerca de 14,8 milhões de desempregados. Isso representa 14,7% da população economicamente ativa. É um recorde negativo na série histórica. O país ainda tem 6 milhões de desalentados e 29,7% de subutilizados. A região do país que mais sofre com o desemprego é o Nordeste. São 18,6% de desempregados. No Sul, 8,5% dos trabalhadores estão padecendo com o desemprego. A maioria dos desocupados tem entre 14 a 17 anos. São 46,3% do público. Já 31% das pessoas entre 18 a 24 anos estão desempregadas. As mulheres também são as mais afetadas pelo desemprego: 17,9% delas estão sem trabalho contra 12,2% dos homens. Outro dado da falta de trabalho são os efeitos colaterais na renda da população em idade ativa. Ela caiu 10,89% entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. Entre a fatia dos 50% mais pobres, o recuo foi o dobro, de 20,81%. A queda foi de R$ 2677 para R$ 2544.
Divulgação
COLUNA DA
JUVENTUDE As ruas são do povo!
Questionou nas redes sociais o professor de surfe Matheus Nunes Ribeiro, de 22 anos, que é negro. Matheus estava esperando a namorada na frente de um shopping no Rio de Janeiro, quando foi acusado, por um casal de jovens brancos, de roubar a bicicleta elétrica que usava e era sua. “São coisas que encabulam o racista. Eles não conseguem entender como você está ali sem ter roubado dele, não importa o quanto você prove”, complementou.
Reprodução
Brasil sofre com epidemia do desemprego
Um preto numa bike elétrica?! No Leblon???!
Comunidades e novas ocupações necessitam de apoio em Curitiba Pedro Carrano
O
país segue com 14,8 milhões de desempregados. Com isso, a população de ocupações urbanas recentes passa dificuldades, em meio à redução de doações. Para o padre redentorista Joaquim Parron, é sensível a queda nas ações de solidariedade desde o início da pandemia. “Aumentou a demanda e diminuíram as doações que, em junho, caíram 40% em relação a abril”, afirma. Uma das áreas assistidas por Parron, em parceria com as irmãs Vicentinas e o Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), é a ocupação Nova Guaporé 2, que abriga 101 famílias, no bairro Campo Comprido. A comunidade apresenta demanda de regularização das contas de água e luz. Por sua vez, um dos coordenadores da comunidade Vila União, surgida em
maio, no bairro Tatuquara, Will Rosier, aponta que a população local de 328 famílias sofre com a falta de material de construção para a moradia. “Estamos construindo para sobreviver, pessoas ainda estão debaixo de lona, no meio da chuva e do frio”, afirma. Outra necessidade vem da cozinha diária. A maior parte hoje das doações vem dos próprios moradores, que oferecem pacotes de feijão e arroz. Também no Tatuquara, as ações de solidariedade no chamado Jardim Veneza, que abriga 341 famílias, diminuíram no decorrer
do tempo. Agora, a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), atuante no local, iniciará uma cozinha comunitária, “mas ainda tem demanda de doações de alimentos para as marmitas, que serão fornecidas de segunda a sábado para os moradores”, informa Bárbara Esteche, da coordenação do MTST no estado. A cozinha do MST no centro de Curitiba, que formou o coletivo chamado Marmitas da Terra, apoia todas as cozinhas das comunidades citadas nesta matéria, com marmitas às quartas ou alimentos frescos.
AÇÕES SOLIDÁRIAS Cozinha Marmitas da Terra Banco do Brasil | Ag. 4500-4 Conta corrente 108973-0 PIX acap.pr@gmail.com SOS Curitiba Redentoristas e apoiadores PIX 999632350 Cozinha MTST PIX mtstparana@gmail.com
MTD e Cozinha comunitária da União de Moradores do Bolsão Formosa Nubank 260 | Conta 324284-661 | Ag. 0001 | CPF 03655697988 | PIX 41999343280 Vila União – Moradia e cozinha comuniária Banco do Brasil | Ag. 4638-8 | Conta 20202-9 CPF 54961904287 (Wil)
Como resposta à arma apontada para a cabeça dos trabalhadores e trabalhadoras, com a convergência de crises conduzida pelo governo Bolsonaro, as organizações populares se mobilizaram. Não existe outra saída senão ocupar nas ruas para manifestar o descontentamento com a prática genocida da política de austeridade bolsonarista. Enquanto juventude, trazemos a bandeira da educação para mobilizar estudantes e jovens que sonham com um futuro melhor, de desenvolvimento e soberania. A educação é transformadora, por isso os governos neoliberais a atacam através de cortes que afetam desde a educação básica até o ensino superior. Eles não querem uma nação bem educada, pois isso ameaça o poder das elites. A burguesia brasileira, entreguista, prefere contratar um profissional estrangeiro do que ver o/a filho/a do/a pobre na universidade, com qualificação para ocupar os mesmos postos de trabalho que seus filhos/as. O povo e a juventude brasileira estão sofrendo ataques intermitentes e o objetivo é claro: extermínio. Por isso, dia 19 voltaremos às ruas com segurança sanitária, mas sem recuar um quarteirão, não sofreremos mais em silêncio, continuaremos em luta por um futuro de bem viver para todos os brasileiros e brasileiras. Ana Keil e Fernan Silva,
militantes do Levante Popular da Juventude e pesquisadores na área de arte e linguagem
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Fora, Bolsonaro
Trabalhadores pedem a saída do presidente por perda de direitos, mortes, volta da miséria e da fome, entre outros motivos Ana Carolina Caldas s ruas de todo o Brasil foram ocupadas no dia 29 de maio por quem defende o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Uma das maiores manifestações já vistas desde o início de seu governo. Para o próximo sábado, 19 de junho, nova manifestação foi convocada. Para entender os motivos das manifestações e da defesa da saída do presidente, o Brasil de Fato Paraná entrevistou trabalhadores e trabalhadoras:
A
Diana Abreu pedagoga da rede municipal de ensino Estamos diante de um governo mais letal que o vírus. Exigimos vacina para todos e todas e auxílio emergencial, e não aos cortes no orçamento na Educação e Ciência. Além disso, não podemos ficar passivos diante da proposta de reforma administrativa, que irá destruir o estado brasileiro.
Fabiano Stoiev professor da rede estadual, secretário geral da APP Norte
Giorgia Prates
Nosso sindicato aprovou, desde 2019, o “Fora, Bolsonaro” por causa dos cortes na educação superior e básica, sua política de destruição da educação pública e promoção de terceirizações, do projeto autoritário de militarização das escolas e sua aliança com o movimento ‘escola sem partido’, de controle ideológico e criminalização dos professores.
Alexandro Guilherme Jorge presidente do Sindipetro PR/SC Fora, Bolsonaro diz respeito, primeiramente, ao genocídio em relação ao não Giorgia Prates tratamento adequado da pandemia pelo governo federal. Em nossa categoria, essencial, tivemos várias mortes de trabalhadores. Para os petroleiros, nosso Fora, Bolsonaro diz respeito ao preço dos combustíveis, que poderia ser muito menor, a Petrobras poderia investir muito mais e gerar empregos.
Clóvis Casagrande bancário
Verônica Rodrigues atriz
Isso é só uma gripezinha... brasileiro pula em esgoto e não acontece nada, eu não sou coveiro... e, daí, quer que eu faço o quê?... Sou Messias, mas não faço milagre... a gente lamenta os mortos, mas é o destino de todo mundo... este é um país de maricas... Estas são algumas das frases irresponsáveis de Bolsonaro. Você pode ter votado errado uma vez, mas não repita o erro.
Fora, Bolsonaro não é só uma ‘hashtag’ para tirar um político do poder. Vai além, é um pedido de socorro, é um clamor para que mudanças estruturais aconteçam no Brasil. É uma engrenagem de políticos que deveriam lutar pela população e estão permitindo que um senhor como Bolsonaro permaneça na presidência cometendo genocídio, com mortes da pandemia e a destruição da economia.
Giorgia Prates
Giorgia Prates
Ivan Carlos Pinheiro trabalhador dos Correios
Os trabalhadores dos Correios, em nível nacional, são Fora, Bolsonaro porque tivemos perda de direitos, benefícios e garantias importantes. A ameaça de vender os Correios é, para nós, a constante ameaça de desemprego. Fomos considerados trabalhadores essenciais na pandemia, mas não somos essenciais para tomar vacina. Antonio Goulart eletricitário da Eletrobrás
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Juliana Mittelbach enfermeira de UTI e tratamento da Covid Sou Fora, Bolsonaro porque é um governo genocida, que nega a ciência e não defende o SUS. Mas, antes mesmo da pandemia, eu já era contra este governo por ser a favor das opressões: é machista, racista e homofóbico. Fora, Bolsonaro por vacina para todos, auxilio emergencial durante a pandemia e depois por um projeto de renda básica.
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Agora vivemos a barbárie com Bolsonaro e apoio dos militares e da elite. Fora, Bolsonaro é uma necessidade que exige unidade, inteligência e luta estratégica. Ou tiramos ou será o aniquilamento do povo brasileiro que já estamos assistindo, com perda de direitos, desemprego, mudança de Constituição, volta da miséria e da fome. Giorgia Prates
Giorgia Prates
Inês Camargo trabalhadora dos Correios Trabalho nos Correios há mais de 20 anos e digo “Fora, Bolsonaro” porque o atual governo, no ano de 2020, foi responsável pela retirada de 70 cláusulas do nosso acordo coletivo. Essas cláusulas diziam respeito a nossos direitos, conquistados com muita luta. Além disso, ele quer privatizar as empresas públicas como os Correios.
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Vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600 são algumas reivindicações Ana Carolina Caldas No sábado, 19 de junho, manifestações pelo “Fora, Bolsonaro” serão realizadas em todo o país e no exterior. No Paraná, várias cidades realizarão atos que, além de pedir o
impeachment do presidente, também reivindicam vacinação em massa, auxilio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia, contra os cortes na educação, contra a reforma administrativa e as privatizações. E em defesa das lutas do povo
Cristine Santos da direção da Cooperativa de Produção Agropecuária, Paranacity Meu ‘Fora, Bolsonaro’ é porque somos contra esta política de morte implementada por este governo que mata as pessoas de fome ou de Covid, por essa cultura negacionista que ceifa vidas e destrói possibilidades de desenvolvimento do País.
Brasil
Em todo o país, 19 de junho é Fora, Bolsonaro
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negro contra a violência e o racismo, dos serviços públicos e da soberania. A organização da campanha Fora, Bolsonaro é composta pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, partidos de esquerda, centrais sindicais e outras organizações. Uma das solicitações do comitê organizador é que as pessoas que forem participar sejam rigorosas nos cuidados quanto à pandemia, como distanciamento social, uso obrigatório de máscara e álcool gel. Em Curitiba, a concentração será a partir das 15h, na Praça Santos Andrade. Em Londrina, em frente ao Teatro Ouro Verde, às 16h. Em Ponta Grossa, na Praça Barão de Guaraúna, às 15h. Outras cidades paranaenses divulgarão seus atos nos próximos dias. Segundo levantamento da Frente Brasil Popular, já são180 atos confirmados pelo Brasil e no exterior. A primeira, manifestação “Fora Bolsonaro” realizada em 2021 aconteceu no dia 29 de maio e reuniu milhares de pessoas. A expectativa é que dia 19 de junho seja ainda maior.
TRABALHADORES
Centrais Sindicais farão mobilizações nos postos de trabalho A CUT e as centrais Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical, CGTB, Pública estão convocando os trabalhadores também para mobilizações nos locais de trabalho no dia 18 de junho. Em nota conjunta destacam a importância da organização da classe trabalhadora. “Torna-se fundamental mo-
bilizar os trabalhadores e as trabalhadoras, a partir de seus locais de trabalho para a luta em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome, contra a carestia, por vacina já para todos, pela extensão do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, contra a reforma administrativa (PEC 32/2020), em defesa da Agenda Legislativa das Centrais, que
está no Congresso Nacional, e pelo Fora Bolsonaro”. A nota diz, ainda, que as mobilizações de 18 de junho servirão à orientação sobre a importância de trabalhadores e trabalhadoras cumprirem protocolos sanitários no dia seguinte, 19 de junho, durante protesto nacional contra o presidente Bolsonaro”.
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Vacinação a conta-gotas
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Paraná promete vacinar toda a população adulta até outubro, mas atrasos podem prejudicar calendário Gabriel Carriconde
O
secretário de saúde do Paraná, Beto Preto, anunciou na quarta (16) calendário de vacinação para faixas etárias até os 18 anos. A promessa é que toda a população adulta esteja vacinada até outubro, com apenas uma dose. A promessa, no entanto, pode esbarrar no atraso na entrega dos imunizantes e na dinâmica da própria pandemia. Na capital, foram va-
cinados mais de meio milhão de curitibanos com a primeira dose, mas caso tivesse disponível a quantidade suficiente, a campanha duraria 28 dias. Outro exemplo: o governo do Paraná, em meados de agosto do ano passado, fez acordo com o Instituto Gamalea, da vacina russa Sputnik V, mas, até agora, o imunizante não teve seu uso aprovado pela Anvisa, apenas em caráter emergencial e, mesmo assim, apenas estaGiorgia Prates
Confira o calendário da vacina no Paraná 4/6 a 18/7 19/7 a 22/8 59 a 40 anos 39 a 30 (fase já iniciada) anos
23/8 a 19/9 29 a 20 anos
20 a 30/9 19 e 18 anos
dos nordestinos conseguiram usar o imunizante. Vacinas remanejadas em Curitiba Em Curitiba, a Prefeitura foi questionada pelas redes sociais por atraso na imunização e reiteradas suspensões da campanha. Pela sua conta no Twitter, justificou-se afirmando que “caso houvesse doses em quantidade suficiente para vacinar a população de domingo a domingo, em 28 dias Curitiba imunizaria com a 1ª dose toda sua população acima de 18 anos”. Até o momento, a capital recebeu cerca de 922.540 doses de vacinas, sendo 623.920 para primeira dose e 298.620 para segunda dose. Nesta semana, a cidade avançou na imunização na faixa etária entre os 59 e 53 anos, e também entre professores da educação básica. Na faixa entre 54 e 53 anos, são cerca de 28.688 pessoas previstas para serem imunizadas, e 12.550 não é suficiente para abrir a imunização de uma idade completa. A secretária de Saúde, Márcia Huçulak, prometeu o remanejamento de doses. “É a única forma que temos de avançar com mais uma faixa etária, usando um pouco do estoque de outros grupos, o que obviamente, precisa ser reposto depois”, alerta.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO O Presidente da COOPERATIVA CENTRAL DE REFORMA AGRÁRIA DO PARANÁ - CAA/PR, em cumprimento às disposições legais (Lei n° 5.764/1971 e Lei nº 14.030/2020) e estatutárias convoca suas associadas para a Assembleia Geral Ordinária Semipresencial, a realizar-se no dia 28 de junho de 2021, às 08:00 horas em primeira convocação, às 09:00 horas em segunda convocação e
às 10:00 horas em terceira e última convocação na Alameda Princesa Isabel, número 714, Bairro Mercês, Curitiba/PR, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: 1º Prestação de Contas do Exercício 2021; 2º Destinação das sobras apuradas ou rateio de perdas; 3º Análise do plano de metas da CCA/PR para o exercício de 2021; 4º Eleição dos novos membros do Conselho Fiscal; 5º Apresentação de
Projeto de Negócio a ser apresentado ao Edital de Chamamento Público SEAB/DEAGRO n° 001/2021. 6º Outros assuntos de interesse das associadas. NOTAS: 1. As associadas poderão participar e votar a distância mediante o envio de Boletim de Voto ao seguinte endereço eletrônico: cooperativacentralpr@gmail.com. 2. Para participar da Assembleia Geral Ordinária semipresencial a asso-
ciada deve enviar cópia de documento oficial com foto de seu representante legal para o e-mail: cooperativacentralpr@gmail.com ou físico na sede da Cooperativa, ambos com ao menos 30 minutos de antecedência ao início da Assembleia. Lapa/PR, 16 de junho de 2021 Olcimar da Rosa Presidente
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Cultura
Divulgação
Museu do Olho promove encontros virtuais com artistas do acervo
DICAS MASTIGADAS Reprodução
Bolo de mandioca A cada semana, publicamos receitas com produtos agroecológicos da rede colaborativa Produtos da Terra, da Sinergia Alimentos Saudáveis e da Rede Mandala. Parte dos ingredientes pode ser encontrada no site produtosdaterrapr.com.br
Ingredientes 500 gramas de mandioca orgânica 3 ovos orgânicos ¾ de xícara (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de leite 100 gramas de coco ralado seco 1 pitada de sal manteiga para untar a assadeira
Nova edição será virtual e gratuita para o público em geral com início no dia 18/6 Ana Carolina Caldas
A
ntes da pandemia, a agenda “Artistas do Acervo” era presencial com debates e mostras para o público. Agora, essa programação será em edição virtual, pela plataforma zoom, no próximo dia 18, com a participação da artista Vera Martins. As inscrições são gratuitas. No dia 18, às 10h30, Vera Martins apresentará a oficina “A Desconstrução da Pintura.” O trabalho da artista pôde ser conferido recentemente no Museu Oscar Niemayer,
Virada cultural solidária Vários artistas do Paraná, Brasil e do exterior participarão de 24 horas ininterruptas de apresentações culturais que integrarão a Virada Cultural Solidária, que acontece em julho. A iniciativa da ONG Reação se volta para arrecadar alimentos para comunidades das periferias do país. Para aquecer o evento, os organizadores farão o “Esquenta da virada: mais discos que amigos”, no dia 26 de junho, às 15h, via online, nas mídias da Reação.
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MON, em sua exposição individual “A Violência sob a Delicadeza”, com a mostra de 46 telas e instalações. Em suas obras, há sempre uma mensagem forte sobre o feminino que transforma reflexões em arte. Sobre o MON O acervo do museu conta com aproximadamente 7 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Divulgação
Fique por dentro Oficina “A desconstrução da pintura” com a artista Vera Martins Quando: 18/6, 10h30 Onde: Plataforma Zoom. Inscrições pelo formulário (bit.ly/ArtistasAcervoJunho) www.museuoscarniemeyer. org.br
Modo de preparo Preaqueça o forno a 180º C. Descasque, lave e corte a mandioca em pedaços pequenos. No liquidificador, bata a mandioca com os ovos, o açúcar, o leite e o sal, até ficar liso. Transfira para uma tigela e, com uma espátula, misture o coco seco ralado. Transfira a massa para uma assadeira untada, nivele com a espátula e leve ao forno para assar por cerca de 40 minutos (ou até dourar). Retire do forno e deixe amornar.
8 horas de música
Adélia Prado
O evento terá 8 horas de música com vários Djs participantes de diferentes estados brasileiros. Para acompanhar, é só acessar facebook e youtube da Organização Social Reação. Ao longo da live, os participantes poderão fazer doações via Pix para a compra de cestas básicas e máscaras para população de baixa renda.
Na seção “Dicas de Leitura”, a Fundação cultural está com destaque em sua Aponte o leitor de QR Code do seu celular para o código página para a obra da poeta Adélia Prado. Com o título “A Poesia Fora de Si: Adélia Prado Vem cá”, são destacados poemas de uma das mais importantes escritoras brasileiras. Há videopoemas e leituras dramáticas, além da reprodução de textos de Adélia. Acesse http://www. fundacaoculturaldecuritiba.com.br/pub/ file/AD%C3%89LIA%20PRADO2.pdf
Brasil de Fato PR 8 Esportes
Troca de técnico? Não. Por Cesar Caldas
A administração anterior do Coritiba teve como um de seus pecados maiores a excessiva troca de treinadores e, no mais das vezes, de comissões técnicas inteiras. O falho planejamento expunha a nu a falta de conhecimento e de convicção dos volúveis dirigentes coxa -brancas – e aí não se insere o G-5 apenas, mas também os superintendentes de futebol, tão sucessíveis, quanto fugazes. Não se justifica inculpar o paraguaio Gustavo Morínigo pela fracassada campanha no Campeonato Estadual e no início do Brasileiro. Ele tem experimentado variações táticas que, para surtirem o efeito que deseja, dependem de uma qualificação técnica que jogadores titulares de algumas posições não possuem. O esquema com três volantes, por exemplo, precisa de alas qualificados a puxar contra-ataques com velocidade. Substituir o paraguaio não resolveria nada.
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Será que dá liga? Dos 20 clubes da Série A, 19 assinam carta querendo gerir campeonato brasileiro Reprodução
Frédi Vasconcelos Priorizem o Ninho! Por Marcio Mittelbach
O Campeonato Paranaense 2021 acabou para o Paraná Clube. Não sem antes deixar uma lição importante. Precisamos dar mais que oportunidade aos atletas da base, é preciso dar prioridade. Ainda que a vantagem de dois gols possa ter reduzido a concentração atleticana para o segundo confronto das quartas, o Paraná fez no jogo da volta uma das melhores partidas da temporada. Não por acaso, quatro atletas formados no CT Ninho da Gralha foram titulares: Gabriel Pires, Lucas Sene, Paranhos e Bryan. Outros quatro entraram no decorrer do jogo: Léo Pettenon, Kriguer, Ruan e Guilherme Lacerda. Na situação que a gente se encontra, não tem aquele negócio de “entrar aos poucos para não queimar o garoto”. Parem de contratar pangaré na terça e colocar pra jogar na quarta, priorizem o que é nosso, priorizem os atletas do Ninho!
O
movimento não é inédito, mas dos 20 clubes da série A, 19 assinaram na última terça, 15, carta que, entre outros pontos, quer a criação imediata de “Liga de futebol no Brasil, que será fundada com a maior brevidade possível e que passará a organizar e desenvolver economicamente o Campeonato Brasileiro de Futebol.” O movimento acontece num momento em que a CBF está em crise, com o afastamento de seu presidente, Rogério Caboclo, por denúncias de assédio moral e sexual. Porém, dificilmente a medida passará sem outra alteração também pedida. A mudança dos votos para tomada de de-
cisão na CBF. As 27 federações estaduais têm voto com peso 3, o que dá 81 votos. Os 20 clubes da série A detêm 20 votos com peso 2, e, os da série B, 20 votos com peso 1. Aritmeticamente, mesmo que houvesse consenso entre os 40 clubes, eles teriam 60 votos e perderiam para as federações. Por isso a carta fala também em mudar esse sistema de poder. Quase impossível, ou alguém acha que os dirigentes das federações vão votar contra eles mesmos? E sem eles não há mudança... Clube dos 13 Movimento parecido com o atual ocorreu em 1987, quando os maiores clubes brasileiros fundaram o Clube dos 13. A CBF à época afi rmava não ter dinheiro para organizar um campeonato nacional. Bahia, Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco fundaram o C13, que à época organizou a “Copa União”. A CBF fez outra competição com outros times e, no final, eles jogariam entre si para decidir quem seria o campeão. O confronto não houve e a briga chegou aos tribunais, numa disputa de décadas. Depois, a CBF retomou a organização do campeonato e o Clube dos 13 foi destruído por dentro a partir de articulações da direção da CBF e a traição de presidentes de clubes.
ELAS POR ELA Perdeu a graça Por Douglas Gasparin Arruda
Já faz um bom tempo que o Campeonato Paranaense não tem a menor graça para os torcedores dos três times da capital, e por motivos distintos. As torcidas de Paraná e Coritiba amargam campanhas sofríveis. Para ter uma ideia da dimensão do que ocorreu neste ano: a última vez que ambos os clubes não estiveram entre os 3 primeiros colocados do Paranaense foi em 1981 (contando aí o Colorado, que deu origem ao Paraná). 40 anos de um tabu amargo! Assistindo aos jogos da dupla dá para perceber a gravidade da crise. O Athletico jogou, nesta quarta-feira, com os reservas contra o Paraná, e nenhum esforço precisou ser feito para garantir o placar de 0 a 0, já que na ida o rubro-negro havia vencido por 2 x 0. Sorte da torcida coxa-branca, que ao menos não enfrenta mais os aspirantes do Furacão este ano.
Fernanda Haag
Seleção Brasileira Os últimos dias foram movimentados para a Seleção Brasileira. Na última sextafeira, 11, as Guerreiras do Brasil entraram em campo contra a Rússia, em amistoso realizado no Estádio Cartagonova, em Cartagena, na Espanha. As brasileiras foram superiores em campo, pressionando bastante as russas e a vitória por 3x0 veio. Bruna Benites estava inspirada e guardou dois gols de cabeça após escanteio. O terceiro tento foi marcado por Andressa Alves, após o rebote da goleira Grichenko. Mas a seleção não fez bonito só dentro de campo, as jogadoras e a comissão técnica entraram
com a faixa “Assédio Não!”, posicionandose claramente com relação ao afastamento de Rogério Caboclo, em virtude de denúncias de assédio moral e sexual. O segundo amistoso ocorreu segunda-feira, 14, contra o Canadá. Foi a quarta vez que canadenses e brasileiras se enfrentaram na Era Pia. O jogo foi bastante disputado e terminou em 0x0. Foram os últimos desafios da Seleção Brasileira antes das Olimpíadas de Tóquio. Aliás, a lista de convocadas de Pia Sundhage, com 18 nomes e mais 4 suplentes, será divulgada na sexta-feira, 18, às 11h. Aguardamos ansiosas!