Brasil de Fato PR - Edição 251

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Brasil de Fato PR 2 Opinião

Brasil de Fato PR

Paraná, 8 a 14 de abril de 2022

EXPEDIENTE Brasil de Fato PR Desde fevereiro de 2016 O jornal Brasil de Fato circula em todo o país com edições regionais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná. Esta é a edição 251 do Brasil de Fato Paraná, que circula sempre às quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

SEMANA

Bolsonaro vai pra guerra eleitoral, enquanto Brasil afunda editorial

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esde já, a disputa eleitoral se acirra, polarizada entre a liderança de Lula contra Bolsonaro. Em pesquisa recente, a diferença entre os dois aponta para 44% a 30%. Desta vez, porém, os números de Bolsonaro tiveram leve aumento. Mesmo que mantenha forte rejeição. Em meio ao desemprego e à inflação geral, Bol-

sonaro apresenta recuperação apoiada em viagens, medidas sociais pontuais e anúncios de obras em ritmo de campanha. Para agradar ao grande capital, realiza 84 leilões de concessão de rodovias, ao lado da tentativa de privatizar seis portos a toque de caixa. E ameaça de privatização da Petrobras. Denúncias ainda se somam e apontam o víncu-

lo da família presidencial com milícias. O mais recente escândalo é o áudio da irmã do miliciano Adriano Nóbrega afirmando que teriam sido oferecidos cargos no Planalto para que fosse morto e, os laços com a família do presidente, escondidos. Por tudo isso, motivos não faltam para a queda do governo, pressionado outra vez nos atos

de rua, no dia 9 de abril. Por sua vez, a candidatura de Lula carrega as aspirações do campo democrático e de esquerda. Cabe neste momento a Lula e às forças populares apresentar ao povo um programa com medidas que resolvam os problemas sociais e combatam o modelo neoliberal, que tanto piorou a vida desde 2016.

EDIÇÃO Frédi Vasconcelos e Pedro Carrano REPORTAGEM Ana Carolina Caldas, Gabriel Carriconde e Lia Bianchini COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Milton Alves ARTICULISTAS Cesar Caldas, Douglas Gasparin Arruda, Fernanda Haag, Marcio Mittelbach e Manoel Ramires REVISÃO Lea Okseanberg ADMINISTRAÇÃO Bernadete Ferreira Denilson Pasin DISTRIBUIÇÃO Clara Lume FOTOGRAFIA Giorgia Prates DIAGRAMAÇÃO Vanda Moraes CONSELHO OPERATIVO Daniel Mittelbach, Fernando Marcelino, Gustavo Erwin Kuss, Luiz Fernando Rodrigues, Naiara Bittencourt, Roberto Baggio, Robson Sebastian CONTATO pautabdfpr@gmail.com REDES SOCIAIS /bdfpr @brasildefatopr

A campanha eleitoral e a defesa de uma Petrobras para os brasileiros opinião

Milton Alves,

Escritor e colunista do site do Brasil de Fato Paraná

U

ma questão promete esquentar mais ainda a pauta da disputa eleitoral em curso no país, obrigando uma definição dos candidatos à presidência. Trata-se do futuro da Petrobras e do lugar da empresa estatal no projeto de reconstrução econômica do país. Uma pesquisa divulgada em abril pelo PoderData revela que 54% dos entrevistados são contra a privatiza-

ção da empresa, 30% são favoráveis e 16% não sabem ou não opinaram. Apesar da criminosa e permanente campanha do governo Bolsonaro e da mídia empresarial pela privatização integral da Petrobras, a pesquisa revela que cresce entre os brasileiros uma opinião contra a política sistemática de desmonte e venda fatiada da estatal, uma política antinacional e intensificada após o golpe contra o mandato da presidente Dilma Rousseff — e que foi um alvo prioritário da Operação Lava Jato. Com isso, o governo Bolsonaro

provocou, de imediato, uma elevação nos preços dos derivados de petróleo de amplo consumo popular – gasolina, gás de cozinha, óleo diesel -, impactando no bolso e nas condições de vida da classe média e dos trabalhadores. A adoção pela Petrobras do mecanismo do Preço de Paridade de Importação (PPI), instituído pelo golpista Temer e aplicado por Bolsonaro, dolarizou os preços domésticos dos combustíveis, o que teve o efeito nefasto de elevar o patamar do atual ciclo inflacionário.

A resposta do governo Bolsonaro para a crise nos preços dos combustíveis é a promessa de intensificar o processo de privatização total da Petrobras. Neste sentido, a indicação do lobista Adriano Pires no lugar do general entreguista Joaquim Silva e Luna aponta para uma radicalização da política privatizante. Portanto, a campanha eleitoral de Lula precisa combater as propostas privatistas da extrema direita bolsonarista e dos esquálidos candidatos da 3ª via neoliberal, que defendem em bloco a privatização total da Petrobras.


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