Brasil de Fato RJ - 152

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Pablo Vergara / Brasil de Fato

Maricá amplia frota de ônibus gratuitos

Alegorias e adereços fazem a diferença no Carnaval

Cidade oferece transporte de graça desde dezembro de 2014

Confira matéria com trabalhadores que fazem os carros da Imperatriz Leopoldinense

RIO DE JANEIRO

1 a 3 de fevereiro de 2016

distribuição gratuita

Ano 3 | edição 152

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Programa Rio Sem Homofobia é quase desativado por Pezão Dos 85 profissionais, 65 foram demitidos pelo Pastor Ezequiel Teixeira, atual secretário de assistência social e direitos humanos do Rio de Janeiro. Centros de cidadania foram afetados em Niterói, Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Friburgo. Movimentos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis (LGBTs) criticam postura do secretário, no cargo há pouco mais de um mês. Cidades | pág. 4

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

A crise econômica e o alto custo de vida no Rio levam milhares de pessoas a morarem nas ruas da cidade. Segundo o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-RJ), este problema não tem sido tratado de forma adequada pela Prefeitura. Para o conselho, nos últimos dez anos, mil vagas de assistentes sociais que atuam com a população de rua foram cortadas. Cidades | pág. 5

Alerta para desidratação infantil no verão Médico pediatra dá dicas para evitar riscos à saúde das crianças. Cidades | pág. 6

Gabriel Santos/Riotur

Cultura | pág. 11

Cidades | pág. 7


EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013 O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintasfeiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais. CONSELHO EDITORIAL: Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) EDIÇÃO: Vivian Virissimo (MTb 13.344) SUB-EDIÇÃO: Fania Rodrigues REPORTAGEM: André Vieira, Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela REVISÃO: Sheila Jacob COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Stefano Figalo ESTAGIÁRIO: Victor Ohana ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

EDITORIAL

PMDB: um partido a serviço dos poderosos H

á uma década organizações políticas, movimentos populares e sindicais, associações de moradores, militantes de esquerda e alguns dirigentes políticos avisam: o PMDB quebrará o Rio de Janeiro. Muitos desses avisos foram considerados exagerados, por vezes chamados de “mimimi” de quem não aceita a derrota nas urnas. Passados exatos 10 anos que Cabral assumiu o poder no estado, ajudou a eleger o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, e fez seu sucessor no Palácio da Guanabara, Luiz Fernando Pezão, o que vemos é a confirmação daquelas previsões. UM ESTADO QUEBRADO Salários de servidores atrasados, décimo terceiro parcelado, privatização na educação e na saúde, sucateamento de serviços públicos, remoções de comunidades para benefício da especulação imobiliária etc. Uma das poucas políticas públicas tocadas pelo PMDB em que se verificou algum avanço, aquela voltada para o combate à homofobia, agora é desmontada pelo atual secretário estadual de direitos humanos e assistência social, Pastor Ezequiel. Mesmo no campo da segurança pública, antiga “menina dos olhos” do PMDB, o que se vê é o aumento da violência por parte das forças de segu-

rança, a falência das UPPs e a degradação das condições de trabalho de policiais e agentes penitenciários, o que acarreta no aumento das mortes daqueles profissionais.

Podemos começar tirando o PMDB de cada uma das prefeituras do estado, para derrotar de vez esse projeto em 2018 Por outro lado, o lucro das concessionárias de trens, me-

PREVISÃO DO TEMPO (21) 4062 7105 redacaorj@brasildefato.com.br

Segunda-feira, 1 de fevereiro, Rio de Janeiro, Brasil

trô e barcas não para de subir e as empresas de ônibus são beneficiadas com o aumento absurdo dos preços das passagens. As empreiteiras e empresas envolvidas com o setor imobiliário aumentam seus lucros dia a dia, enquanto morar fica cada vez mais caro para o povão. Nem o Maraca escapou: ingressos e demais serviços têm preço padrão FIFA, enquanto o povão foi privado da saudosa “Geral”. POVO SENTE NO BOLSO A cidade e o estado, que deveriam ser governados pela e para a maioria trabalhadora do povo, são geridos a serviço dos grandes empresários.

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ºC|F

Ensolarado

Você sabe que isso é verdade: sente no bolso, no tempo que demora no transporte, no IPVA e no IPTU, na educação das crianças, no preço da moradia e nas filas dos hospitais e postos de saúde. O PMDB nos governa há muito tempo. Já mostrou o que nos tem reservado. Não se trata de simples “alternância de poder”. Está na hora de procurarmos as alternativas que apontem um novo e melhor Rio de Janeiro para nós. Podemos começar tirando o PMDB de cada uma das prefeituras do estado, para derrotar de vez esse projeto em 2018. Depende de nós fazer com que o Rio volte a ser do povo.

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Fonte: Google

2 | Editorial


Geral l 3

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

FRASE DA SEMANA

mandou

Viviane Araújo deu o recado sobre preconceito contra candomblé e umbanda. “O mal das pessoas é achar que fora das igrejas, dos templos ou qualquer recinto que você pratique a sua fé, não tem Deus”. Ela vai representar uma pomba-gira na Avenida pelo Salgueiro.

mandou

mal

Tânia Rêgo/Agência Brasil

SETOR AÉREO

Trabalhadores ameaçam greve

Safadão: “Aquele 1% bilionário”

N

o topo das paradas sertanejas com a música “99% anjo, perfeito, mais aquele 1% vagabundo”, Wesley Safadão teve o seu sucesso parodiado por integrantes do Levante Popular da Juventude. Eles relacionaram o refrão com a pesquisa divulgada pela ONG Oxfam que revelou que 1% da população concentra mais dinheiro do que os 99% restantes. Confira: Eu abro os dados que estão disponíveis na internet/ Ando na rua reparan-

do quem me pede/ Comida, esmola ou me vendendo chiclete/ O meu problema sempre foi enxergar contradição. Ligo no outro dia no jornal da manhã/ Violência, injustiça, falta de educação/ Vamos ligar os pontos essa crise tem um jeito/ Expor do capitalismo, o seu maior defeito. Tá explorando todo mundo/ 99% pobre, quebrado/ Mas aquele 1% é bilionário/ Aquele 1% é bilionário/ Safado e só te rouba.

TRABALHO ESCRAVO

Mais de mil resgatados

Divulgação

O prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) afirmou na última quinta-feira (28) que a poluição da baía de Guanabara não é um problema olímpico. A poluição é tão grande que dirigentes olímpicos cogitam até mesmo transferir provas para Búzios.

Pilotos e comissários podem entrar em greve, caso não entrem em acordo com as empresas aéreas. As empresas propõem 5,5% de reajuste em fevereiro e 5,5% em junho. A categoria quer reajuste de 11% dos salários e outros benefícios, retroativo a 1º de dezembro, data-base dos trabalhadores. Se não houver acordo nessa segunda-feira (10), os funcionários ameaçam entrar em greve.

disse a ministra do Meio Ambiente Kátia Abreu. Defensora do agronegócio, ministra propõe mudança que poderá prejudicar ainda mais a indústria brasileira.

Divulgação

Divulgação

“Para que alguns vivam, outros têm que morrer”,

Antônio Cruz/ABr

bem

SINDICAL por Claudia Santiago

VIDA EM MARTE “Se houver vida em Marte, saberemos nos próximos 5 a 15 anos”, garante o cientista Charley Lineweaver, da Universidade Nacional Australiana. Ele diz que nunca encontraremos vida alienígena em Marte, pois ela se extinguiu provavelmente pouco depois de seu surgimento.

O Ministério do Trabalho e Previdência Social resgatou 1.010 trabalhadores em 2015 que estavam em condições análogas à escravidão. As 140 operações feitas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e por auditores fiscais do trabalho identificaram trabalhadores nessa situação em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados. Os dados foram divulgados pelo ministério para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, lembrado na quinta-feira (28).


4 | Cidades

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Divulgação

Salvador Scofano/GERJ

Funcionários do Programa Rio Sem Homofobia denunciam que estão sem receber desde outubro, além da segunda parcela do 13° salário e um terço das férias

Pastor Ezequiel desmonta programa Rio Sem Homofobia Dos 85 profissionais, 65 foram demitidos. Centros de cidadania no Rio, Niterói, Duque de Caxias e Friburgo já foram afetados André Vieira do Rio de Janeiro (RJ)

H

á pouco mais de um mês no cargo, o novo secretário de assistência social e direitos humanos do Rio de Janeiro, pastor Ezequiel Teixeira, tem recebido inúmeras críticas de diversos movimentos populares, em especial do movimento de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis (LGBTs), por sua atuação, ou a falta dela, em determinados projetos de responsabilidade de sua pasta. Um desses é o Programa Rio Sem Homofobia, de responsabilidade da secretaria do pastor Ezequiel. Dos 85 funcionários que trabalhavam no programa, 65 foram demitidos este ano. Com isso, os quatro Centros de Cidadania (Niterói, Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Friburgo), responsáveis por fazer atendimentos jurídicos e de saúde, tiveram seus trabalhos afetados com a diminuição do quadro. E os problemas não param por aí. Além da demissão, os funcionários denunciam que estão sem receber desde outu-

Divulgação

bro, além da segunda parcela do 13° salário e um terço das férias. Bruno Silva, de 32 anos, trabalhava desde 2012 no programa como auxiliar de adminis-

Pezão nomeou um secretário que em sua campanha que chamou os LGBTs de anticristo e nos associou com a pedofilia Felipe Carvalho, do Grupo Diversidade de Niterói (GDN) tração no Centro de Cidadania Leste, localizado em Niterói. Segundo Bruno, além dele, outras oito pessoas que trabalhavam na unidade, que contava com assistente social, advogado, psicóloga e demais profissionais administrativos, ficaram sem emprego. Com as demissões, apenas

Pastor Ezequiel é criticado por desprezar Programa Rio sem Homofobia

o coordenador da equipe está trabalhando em regime de plantão. “Nós realizávamos o casamento coletivo homoafetivo, além de todas as demandas psicológicas, jurídicas e sociais”, conta sobre o trabalho que realizava no Centro. Para o coordenador do Grupo Diversidade de Niterói (GDN), Felipe Carvalho, a desatenção do governo do estado com o Programa Rio Sem Homofobia não é nova, mas a nomeação do pastor Ezequiel é a “cereja do bolo” desse abandono e desprezo pelo programa.

“Pezão nomeou um secretário em sua campanha que chamou os LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) de anticristo e nos associou com a pedofilia”, criticou. Ezequiel, que é pastor e deputado federal licenciado, em sua campanha de 2014 chegou a colocar na rua um material com conteúdo altamente preconceituoso em que fazia ataques, dentre outras questões, à adoção de crianças por parceiros homoafetivos, à legalização do aborto, dentre outras pautas ligadas aos direitos humanos.

ESCOLHA ERRADA Integrante do movimento Transrevolução e travesti, a ativista Indianara Siqueira culpa o governador Luiz Fernando Pezão pela escolha do secretário. “É uma afronta aos direitos humanos a nomeação desse pastor, que tem posturas homofóbicas, transfóbicas, contra o direito das mulheres. Ele não deveria nem ser cogitado para ser secretário de direitos humanos”, denuncia. EM NÚMEROS Em cinco anos, o Rio Sem Homofobia foi responsável pelo atendimento de 41.046 pessoas, sendo 21.235 pelos Centros de Cidadania LGBTs e 19.731 pelo Disque Cidadania LGBT, que presta atendimento pelo número 0800 0234567 FREE. SEM RESPOSTA O Brasil de Fato entrou em contato com a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos para questionar sobre as denúncias apresentadas, mas até o fechamento desta edição não recebemos nenhuma resposta.


Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Prefeitura corta mil vagas da Assistência Social em dez anos

Cidades l 5 Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-RJ) denuncia que pouco mais de 500 assistentes sociais atuam na rede pública municipal Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ)

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prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) vem diminuindo, ano a ano, o investimento na área social. Conforme dados do Conselho Regional de Serviço Social (Cress-RJ), cerca de 1.500 profissionais de assistência social atuavam há dez anos. Hoje, eles são pouco mais de 500. “Isso mostra a situação caótica que estamos enfrentando no Rio”, denuncia Rodrigo Lima, diretor do Conselho. Na semana passada, a equipe do Brasil de Fato percorreu as ruas do centro, passando pela Praça Tiradentes, Largo de São Francisco e Avenida Chile. Ao lado dos dois grandes motores da economia brasileira, a Petrobrás e o BNDES, a Avenida Chile costuma abrigar grupos de até 15 pessoas que dormem em baixo do elevado. Durante a reportagem, assistentes sociais da prefeitura foram vistos apenas na Praça Tiradentes. Questionada sobre o número de profissionais na cidade do Rio, a assessoria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) informou que há 608 profissionais atuando na área. A secretaria também informou que conta com 29 Unidades de Reinserção Social (URS) próprias e 24 abrigos conveniados, totalizando 2.177 vagas na rede de acolhimento. “Trabalho na Avenida Chile há dois anos e nunca vi nenhum funcionário da prefeitura conversando com as pessoas que

Usuários de abrigos criticam regras rígidas impostas pela Prefeitura

Na Avenida Chile, grupos costumam dormir em baixo do elevado

Segundo Prefeitura, há 2.177 vagas na rede de acolhimento

dormem embaixo do elevado”, comenta Valter Luiz dos Santos, despachante de ônibus. A SMDS afirma ainda que as equipes têm como meta a reinserção dos acolhidos num prazo máximo de nove meses. As pessoas em situação de rua passam por três etapas desse processo: acesso, evolução e reinserção. Mas, não informou os resultados obtidos até o momento.

PERFIL DOS MORADORES O diretor do Cress destaca que grande parte das pessoas em situação de rua são trabalhadores que não têm como voltar para casa todos os dias. “Tem uma pesquisa que mostra que essas pessoas ganham entre 20 e 80 reais por semana. É um valor muito baixo. O Rio é uma cidade cara e as pessoas moram longe dos lu-

Trabalho na Avenida Chile há dois anos e nunca vi nenhum funcionário da prefeitura conversando com as pessoas que dormem embaixo do elevado Valter Luiz dos Santos, despachante de ônibus

gares onde estão as melhores oportunidades de trabalho”, destaca Rodrigo Lima. Isso, aliado ao alto valor do transporte, contribui para o aumento da população de rua. Outros perfis dos moradores de rua, de acordo com o presidente do Cress, são aqueles

expulsos de suas casas ou comunidade pela violência e o tráfico de drogas. E, por último, há aquelas pessoas que sofrem de dependência química ou de algum problema mental. Entretanto, um estudo do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública que traçou o perfil das pessoas em situação de rua, na zona metropolitana do Rio de Janeiro, mostrou que 65% não bebem e 62% não usam drogas. REGRAS RÍGIDAS Nos abrigos, as queixas são muitas. Os usuários afirmam que não há quase nenhuma atividade e as regras são muito rígidas. Rodrigo conta que existe um estatuto para lidar com a população de rua, mas ele não é cumprido. “Não existe nem a tentativa de tornar esses espaços mais democráticos, com assembleias onde eles poderiam discutir as regras de convivência. Poderia haver mais flexibilidade”, destaca Rodrigo.


6 | Cidades

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Pais devem ficar atentos para evitar desidratação infantil durante o verão É preciso oferecer água constantemente para as crianças Paula Laboissière da Agência Brasil

“O mais importante, no tratamento, é a terapia de reposição oral com o soro preconizado pela Organização Mundial da Saúde, que pode ser retirado gratuitamente em postos de saúde ou comprado nas farmácias. É, inclusive, mais se-

Excesso de exposição ao sol pode provocar desidratação em crianças

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combinação de altas temperaturas, típicas do verão brasileiro, com o período de férias escolares e viagens em família pode se transformar em um prato cheio para o aumento de casos de desidratação infantil. O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da entidade, Tadeu Fernandes, explicou que o quadro de desidratação consiste na perda de água pelo organismo por meio de vômitos, diarreia ou mesmo pelo suor. “Muitas crianças ficam desidratadas por causa do calor, do excesso de exposição ao sol ou quando não há uma preocupação, por exemplo, em manter o quarto fresquinho. A criança perde calor pela pele, transpirando. Isso acontece principalmente entre crianças pequenas, que não têm boa reposição.” Segundo o especialista, alimentos mal acondicionados podem atuar como grandes vilões durante o verão, sobretudo em praias, festas e restaurantes. “No verão, se a gente não conserva direito os alimentos, eles estragam mais rápido. Um iogurte comprado no mercado, por exemplo, ao entrar em contato com as altas temperaturas do porta-malas pode já chegar em casa azedo e, posteriormente, é servido à criança”. Dicas simples de prevenção, de acordo com o pediatra, incluem evitar pedir gelo para

Arquivo pessoal

Divulgação

A criança perde calor pela pele, transpirando. Isso acontece principalmente entre crianças pequenas, que não têm boa reposição Tadeu Fernandes, pediatra

sucos e rodelas de limão ou laranja em refrigerantes. “Onde essas frutas estavam guardadas e há quanto tempo? Será que esse gelo foi feito com água filtrada ou da torneira? A ideia é limitar o risco”. Também é preciso oferecer água constantemente para as crianças. Os sinais de desidratação infantil incluem urina muito con-

centrada e em menor quantidade, criança mais irritadiça, pele com menos elasticidade e de aparência seca e olhos fundos. Em bebês, é possível perceber ainda a moleira com aspecto afundado. A orientação é procurar serviço médico sempre que houver quadro de vômitos e diarreia, para que a situação não se agrave.

guro do que preparar o soro em casa, já que pode haver erros na preparação, como mais sal ou menos sal”, explicou. “Muitas mãe se enganam utilizando bebidas isotônicas como soro para reidratação. Elas não servem para reposição em casos de diarreia, vômito e desidratação infantil. Outra lenda é o uso da água de coco, que não é a bebida correta para se fazer a reidratação oral. Também não adianta dar água pura para a criança porque o que ela perde é água salgada, com sódio e potássio”.

Tadeu Fernandes, pediatra


Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Maricá mostra que passe livre é possível

Cidades l 7 Fernando Silva/ Prefeitura Maricá

Frota de vermelhinhos terá um reforço de dez micro-ônibus

Um ano depois de começar a fornecer transporte público gratuito, prefeitura vai ampliar sua frota de ônibus Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ)

A

partir de março, os vermelhinhos, como ficaram conhecidos os ônibus coletivos da prefeitura de Maricá, vão ganhar um reforço e passarão a funcionar com 23 veículos. Atualmente, a Empresa Pública de Transportes (EPT), da prefeitura, opera com 13 coletivos, que interligam regiões que não eram atendidas pelas empresas privadas de ônibus. Quatro linhas cortam a cidade, de Ponta Negra ao Recanto de Itaipuaçu, 24 horas por dia. Em nota, a prefeitura de Maricá afirma que foram comprados dez micro-ônibus. “O itinerário está sendo definido e os veículos serão utilizados para beneficiar os moradores de bairros distantes do Centro, como Santa Paula e Espraiado, e dos condomínios do Minha Casa Minha Vida de Itaipuaçu e Inoã”, informou a assessoria de imprensa. Maricá é o primeiro município brasileiro com mais de 100 mil habitantes a oferecer ônibus gratuito. Segundo a prefeitura, foram transportadas mais de 2 milhões de pessoas, em um ano de operação. Além disso, o primeiro concurso público da empresa foi realizado em outubro de 2015 e teve quase 19 mil candida-

tos às 128 vagas oferecidas. Os motoristas e os demais funcionários aprovados devem ser incorporados à empresa a partir do dia 1º de março. QUEDA DE BRAÇO Desde o ano passado, a prefeitura de Maricá vem lutando contra as grandes empresas que fazem o transporte coletivo no município. Elas tentaram impedir na Justiça o funcionamento dos ônibus gratuitos. A frota ficou um mês parada, em agosto do ano passado, mas

Maricá é o primeiro município brasileiro com mais de 100 mil habitantes a oferecer ônibus gratuito

Divulgação/Prefeitura Maricá

Prefeito Washington Quáquá observa ônibus adaptado para cadeirantes

Pablo Vergara / Brasil de Fato

voltou a funcionar depois que a prefeitura de Maricá venceu a queda de braço. Há 40 anos as empresas Aviação Nossa Senhora do Amparo e Costa Leste monopolizavam o transporte público no município. TARIFA ZERO Especialistas em transporte público, como o engenheiro civil Lúcio Gregori, que foi secretário de Transportes da gestão Luiza Erundina (1989-1993) na prefei-

População de Maricá conta com transporte gratuito desde 2014

tura de São Paulo, garantem que a gratuidade do transporte coletivo é possível no Brasil. Segundo ele, os subsídios não precisam ser exclusivamente com impostos municipais, mas com a coparticipação de governos estaduais e federal. “Essa pode ser uma solução e não pode ser minimizada só porque o prefeito x ou o governador y diz que não tem dinheiro”, disse. Ele mostra ainda como a passagem no Brasil é cara se comparada a outros lugares do mundo. “É preciso uma discussão séria a respeito de como um país do porte do Brasil, que é a sétima maior economia do mundo, tem uma tarifa nessas proporções”, critica. Segundo ele, se fosse comparado com o sistema de transporte de Paris (França) e Pequim (China), a tarifa de ônibus de São Paulo, que hoje é de RS 3,80, deveria ser de R$ 1,27. Comparando com os subsídios aplicados em Buenos Aires, a tarifa na capital paulista cairia para R$ 0,85. “Política é isso. É construir possibilidades e não gerir impossibilidades”, destaca Gregor, em entrevista à Agência Brasil.


8 | Mundo

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Dinamarca vai confiscar bens de imigrantes O

parlamento da Dinamarca aprovou uma reforma legal que permite confiscar recursos de refugiados com bens ou valores superiores a 10 mil coroas dinamarquesas, que equivale a 1.340 euros. A medida foi proposta pelo governo do primeiro-ministro Lars Lokke Rasmussen, do Partido Liberal. A Anistia Internacional criticou a nova lei e disse que ela

prolonga o sofrimento dos refugiados. “O voto mesquinho no Parlamento dinamarquês não apenas procura confiscar os valores em posse dos refugiados, mas também prolongar desnecessariamente a sua separação das pessoas que lhes são queridas”, afirmou John Dalhuisen, diretor da organização de defesa dos direitos humanos para a Europa e Ásia Central.

Sputinik

Divulgação

Mulher lidera lista de cientistas mais influentes

Anistia internacional criticou ataque aos direitos dos refugiados

O representante da Anistia Internacional considera a decisão dos deputados uma “triste reflexão sobre como a

Dinamarca se afastou de seu apoio histórico às normas internacionais incluídas na Convenção dos Refugiados”.

Colômbia: Farc e governo chegam a acordo para o cessar-fogo Uma missão liderada pelas Nações Unidas vai monitorar o cessar-fogo em oito zonas da Colômbia. Esse pode ser o fim do conflito armado que já dura meio século no país. Atualmente, não existe uma trégua no território, embora a guerrilha das Farc mantenha desde julho do ano passado uma pausa no fogo unilateral, o que significou uma redução próxima a 90% das investidas

Markus Ercksen/Fotos Públicas

Farc e governo da Colômbia seguem buscando acordo Fotos Públicas

ESPAÇO A Nasa apresentou fotos de uma flor cultivada na Estação Espacial Internacional (ISS). Desde maio de 2014, os astronautas que ali vivem mantêm um projeto para cultivar plantas no espaço.

CIÊNCIA

armadas, segundo informou o governo da Colômbia. O acordo foi anunciado pelo governo colombiano, que mantém diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há três anos, em Cuba. De acordo com dados oficiais, a guerrilha das Farc possui certa de sete mil combatentes em todo o território. (Telesur)

A pessoa mais influente do mundo na ciência é uma mulher. Trata-se da pesquisadora do Instituto Broad do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e Universidade de Harvard, Stacey Gabriel, cujos trabalhos são dedicados à genética. A empresa multinacional Thompson Reuters, que possui uma base de dados de nove milhões de cientistas, fez uma lista dos mais importantes cientistas do mundo, que produziram pesquisas entre 2003 e 2013. A Thompson Reuters publica dois milhões de artigos científicos todos os anos e tem a maior base de publicações científicas do mundo. O Brasil foi representado por cinco cientistas nas disciplinas de física, medicina clínica, geofísica e duas outras ciências. (Sputnik)


Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Brasil l 9

Multinacionais pressionam contra regras do pré-sal Divulgação

Atuais regras direcionam recursos do petróleo para saúde e educação do país

Exploração do pré-sal está sendo questionada por multinacionais

Pedro Rafael Vilela de Brasília (DF)

P

oucas vezes o petróleo esteve com um preço tão baixo. O barril mais comum tem variado próximo a 29 dólares nas cotações mais recentes. Cenário drasticamente oposto ao de anos anteriores, quando a cotação girava acima dos 100 dólares. Esse cenário tem sido o combustível para que a imprensa comercial brasileira estampe em suas capas o fim do pré-sal brasileiro, cuja produção teria deixado de ser vantajosa. Será isso mesmo? O Brasil de Fato conversou com trabalhadores e especialistas do setor para entender os interesses envolvidos. De um lado, setores empresariais atuam no país para rever regras do setor. Eles querem acabar com o modelo de partilha. Esse modelo tornou a Petrobrás a operadora única dos consórcios que atuam nas reservas, além de estabelecer um Fundo Social soberano. Esse fundo aumenta a arrecadação do Estado e destina esses recursos para gastos sociais, principalmente saúde e educação, áreas subfinanciadas no Brasil e alvo das principais reclamações da população. O contrato de partilha ainda favorece compras e encomendas de produtos fabricados e desenvolvidos no país, impulsionando a indústria local e gerando empregos. As multinacionais querem mudar esse cenário. Representantes do Instituto Brasileiro de

Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) se reuniram nessa semana com a presidenta Dilma Rousseff. Na pauta, um pacote de medidas para estimular o setor, que incluem pedidos de isenção de impostos e flexibilização das regras que obrigam as empresas a comprarem parte de seus produtos da indústria brasileira. As medidas negociadas só devem ser anunciadas nas próximas semanas. “O que existe é um movimento que, aproveitando que o petróleo está em baixa, pede mudança nas regras do pré-sal diante da vulnerabilidade do Brasil. Ora, se o pré-sal não está mais vantajoso, por que eles querem que a Petrobrás deixe de ser operadora única? No fundo, eles sabem que o preço do petróleo não vai ficar muito tempo nessa faixa dos 20 dólares e voltará a subir no mé-

dio prazo”, aponta Paulo Metri, conselheiro do Clube de Engenharia e especialista no tema de petróleo e gás. O coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Emanuel Cancella, destaca que

Nos próximos 50 anos, o petróleo continuará sendo a principal matriz energética Emanuel Cancella, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

não só a Petrobrás, mas todas as petroleiras estão vendo suas ações caírem nesse momento.

“Nos EUA, a indústria do petróleo de rocha, que seria uma alternativa, está parada porque ela só se viabiliza com barril de petróleo a 60 dólares. O Brasil consome 2,2 milhões de barris de petróleo por dia. Já os EUA consomem nada menos do que 22 milhões por dia. Nos próximos 50 anos, o petróleo continuará sendo a principal matriz energética”, analisa. ENFRAQUECENDO A PETROBRÁS O outro lado da moeda tem a ver com a atual gestão da Petrobrás. A opção de vender parte de suas empresas, como a Gaspetro, a BR Distribuidora e a Braskem – para fazer caixa em uma empresa endividada –, pode ser um tiro no pé, avalia Metri. “Com o mercado em crise, esses ativos serão vendidos a preços muito baixos. Com

isso, o preço do barril de petróleo tende a se valorizar muito depois, já na mão de outras multinacionais”, explica. Os trabalhadores do setor também defendem outras saídas para a crise financeira da Petrobrás. De acordo com Cancella, uma opção seria a obtenção de empréstimo junto ao banco do Brics, instituição que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Outra alternativa seria vender petróleo numa chamada conta futuro para a China. Ela importa muito petróleo e daríamos garantia de fornecimento do petróleo do pré-sal a preços de mercado, sem necessidade de desafazer do patrimônio da Petrobrás. A China adiantaria um dinheiro para a Petrobrás voltar ao patamar financeiro de outubro de 2014”, argumenta.


10 | Cultura

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

AGENDA DA SEMANA

Bloco das Carmelitas

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

O Capote

Batuke Nuclear

Divulgação

O quê: Bloco irreverente se apresenta em mais um desfile, tradição desde 1991. O Bloco surgiu como uma homenagem descontraída ao Convento das Carmelitas. Onde: Esquina da Ladeira de Santa Teresa com Rua Dias de Barros – Santa Teresa. Quando: Sexta (5), 15h. Quanto: 0800

Regula mas libera Fernando Maia/Riotur

Fernando Maia/Riotur

O quê: Peça conta história de um escrevente que precisa se submeter a restrições para economizar e comprar um novo capote. Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quando: De quarta a domingo, 19h. Até 13/03. Quanto: R$ 10 (meia R$ 5) Divulgação

Banda do Tio Marco O quê: Bloco comemora 25 anos repleto de energia para festejar com a criançada e comemorar sua tradição de levar folia e alegria para a zona norte. Onde: Esquina da Rua Padre Manoel da Nóbrega com a Rua Porto Válter – Piedade. Quando: Quarta (3), 19h. Quanto: 0800

Reprodução

O quê: Bloco dos Empregados da Eletronuclear se apresenta cheio de energia e alegria para aquecer de vez as turbinas na chegada do carnaval carioca. Onde: Esquina da Rua Candelária com Rua Teófilo Otoni – Centro. Quando: Quintafeira (4), 18h. Quanto: 0800

Banda da Rua do Mercado Fernando Maia/Riotur

EBC

O quê: Criado por servidores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Bloco se apresenta com bateria formada pelos próprios trabalhadores. Onde: Esquina da Rua Teófilo Otoni com Rua Da Quintana, Centro. Quando: Quarta (3), 20h. Quanto: 0800

Personagens de “A Regra do Jogo” lembram “Avenida Brasil”

O quê: Fundado por jornalistas, comerciantes, estudantes e trabalhadores em geral, o Bloco da Banda da Rua do Mercado se apresenta pronto para arrastar multidões no centro histórico do Rio. Onde: Rua do Mercado – Centro. Quando: Quinta (4), 19h. Quanto: 0800

Dinorah é uma nova versão de Zezé, cozinheira da família Tufão

Nem de longe A Regra do Jogo conquistou o público e a crítica do megassucesso Avenida Brasil (2012), escrita pelo mesmo autor João Emanuel Carneiro. A expectativa de que a crise de audiência e criatividade da teledramaturgia brasileira seria minimizada com a trama sobre a facção criminosa não se concretizou. Mesmo tendo bons índices de audiência, sobretudo depois do encerramento de Os Dez Mandamentos, a média geral de A Regra do Jogo, até o momento, é de 26 pontos, segundo o site http://audienciadatvmix.com/. Mas não quero falar aqui dos erros e acertos do folhetim. Há tempos quero identificar a grande semelhança de alguns personagens da novela com os de Avenida Brasil. Comecemos pelos mais emblemáticos: a família de Feliciano (Marcos Caruso) imita as cores das cenas, a confusão, a gritaria e o amor-comédia da família Tufão (Murilo Benício). A empregada que sabe tudo o que passa na casa de Dinorah (Carla Cristina Cardoso) lembra bem a diver-

tida Zezé (Cacau Protásio) que trabalhava com a família do ex-jogador de futebol. E o personal trainer Vavá (Marcello Novaes) é quase uma cópia do marombeiro Leleco (Marcus Caruso) de Avenida Brasil. Ascânio (Tonico Pereira), pai de criação de Romero

A família de Feliciano (Marcos Caruso) imita as cores das cenas, a confusão, a gritaria e o amor-comédia da família Tufão (Murilo Benício) (Alexandre Nero), homem sem moral que vive na cola de Atena e do “filho”, se parece muito com Nilo, que explorava Carminha (Adriana Esteves) no lixão de Avenida Brasil. Além do aspecto decadente dos dois personagens, a relação de amor e ódio com os vilões e os xingamentos dirigidos a eles são outros traços que reforçam a semelhança.


Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Cultura l 11

Escolas apostam na especialização para produzir alegorias e adereços Tata Barreto/Riotur

Cristina Indio do Brasil da Agência Brasil

O

quesito Alegorias e Adereços costuma chamar a atenção tanto do público quanto dos críticos de carnaval, por reunir notas dos jurados para os carros alegóricos, elementos cenográficos e complementos. Esse é o quesito que está mais diretamente relacionado ao trabalho do carnavalesco da agremiação. Com o desenvolvimento de novas técnicas e a necessidade de aprimorar os acabamentos das alegorias, as escolas buscam contratar os profissionais especializados em diversas áreas. A Imperatriz Leopoldinense, por exemplo, tem há quatro anos um escultor. Daniel Soave está na escola há dez anos, desde quando foi contratado como pintor. A mudança de função ocorreu dentro do barracão. “Eu fazia pintura de arte e me interessei em fazer as esculturas dos carros, tive oportunidade de ser chamado e estou aqui hoje [como escultor]”, contou. “O artista no Brasil tem poucas oportunidades para trabalhar com arte mesmo, esculturas e pintura. Essa é uma chance de mostrar o nosso trabalho, junto com os carnavalescos que também passam os serviços para a gente. Estou super feliz de poder executar este trabalho”, completou Daniel. O escultor explicou que, na maioria das vezes, as esculturas são realizadas em isopor, mas podem ser feitas em ferro ou com espuma. De acordo com o tipo de material, um escultor diferente executa o serviço. “Cada um tem uma especialização. Dependendo do que o carnavalesco quer, cada um fica com um carro”, disse. Depois de prontas no isopor,

Cristina Indio do Brasil/ABr

Escolas investem cada vez mais na especialização de profissionais para a fabricação de alegorias e adereços diferenciados

Daniel Soave é escultor da Imperatriz Leopoldinense

Antonio Cavalcanti/Riotur

Em 2015, a Imperatriz participou do Desfile das Campeãs

as esculturas recebem os acabamentos em pintura ou de revestimentos com outros tipos de materiais. Daniel consegue se manter com o que recebe nos meses em que está na escola. Para o carnaval deste ano, o trabalho no barracão começou em julho de 2015. No resto do ano, ele faz outros serviços. “[Em 2015], trabalhei com o artista plástico Damián Ortega. Fizemos uma exposição bem bacana, trabalhamos com isopor e fizemos reprodução de várias esculturas”. E quem trabalha durante tanto tempo no barracão não perde a oportunidade de desfilar com a escola. “Eu costumo desfilar com a minha esposa. A gente não vai em cima do carro não. Vamos no chão. Gosto de ficar ali próximo da escultura que eu gosto mais. Todo ano tem [uma]”, acrescentou. ENREDO Neste carnaval, a escultura que reproduz os sertanejos Zezé de Camargo e Luciano, enredo da Imperatriz, está entre as favoritas. “Gos-

Eu costumo desfilar com a minha esposa. Vamos no chão. Gosto de ficar ali próximo da escultura que eu gosto mais. Todo ano tem [uma] Daniel Soave, escultor tei muito de executar a escultura da dupla. Tem também um anjo caipira que vai tocar uma viola. Foram as que mais gostei de fazer”, disse, com esperança de conquistar o campeonato. “A gente quer que seja campeã. Nosso objetivo é esse e acho que este ano está tudo muito bonito. As cores estão muito vivas”, acrescentou. Em 2015, a Imperatriz ficou em 6º lugar e com isso teve direito de participar do Desfile das Campeãs, no sábado seguinte ao carnaval.


12 | Geral

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Máfia da Saúde: justiça determina que irmãos voltem para prisão

Donos de organização social teriam desviado R$ 48 milhões de hospitais

A prefeitura do Rio repassava dinheiro para Biotech, mas a empresa contratava fornecedores e pagava um valor mais alto do que os serviços valiam. Os fornecedores de-

volviam os valores para a organização, que lucrava com a diferença. A cada R$ 3 milhões recebidos, cerca de R$ 1 milhão era desviado pela quadrilha. (ABr)

Comissão da OAB recebe jovens torturados no Saara Três jovens grafiteiros agredidos e torturados por seguranças no Saara, na semana retrasada, foram ouvidos na quarta-feira (27) pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Os jovens foram obrigados a tirar a roupa por seguran-

ças que cuidavam das ruas do centro na outra quinta-feira (21). Vídeo publicado pelos próprios agressores nas redes sociais mostra os grafiteiros, apenas de cueca, sendo espancados com barras de ferro, ameaçados de morte e pintados com tinta. A 4ª Dele-

gacia de Polícia está apurando o caso. O presidente da comissão da OAB, Marcelo Chalréo, disse que os jovens estão com medo e talvez sejam necessárias medidas protetivas. “Estão temerosos, porque foram ameaçados de morte.” (ABr)

OMS convoca comitê de emergência para tratar do vírus Zika A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, anunciou nesta quarta-feira (28) a criação de um comitê de emergência para tratar do vírus Zika. O grupo deve se reunir nesta segunda-

O Brasil no espelho de Mariana

Reprodução/TV Globo

N

ovos mandados de prisão preventiva contra os irmãos Walter e Vagner Pelegrine, responsáveis pela organização social (OS) Biotech, foram expedidos pela Justiça. Acusados de desviar R$ 48 milhões, desde 21 de dezembro, eles estavam em prisão domiciliar. Walter e Vagner são acusados de integrar uma quadrilha que fraudou recursos públicos dos hospitais municipais Pedro II, em Santa Cruz, e Ronaldo Gazolla, em Acari. Conversas flagradas em escutas telefônicas revelaram que os réus ocultaram os verdadeiros endereços residenciais.

OPINIÃO | João Roberto Lopes Pinto*

feira (1º) para tratar do aumento de casos de malformações em bebês e de doenças neurológicas associadas à infecção. De acordo com a OMS, o comitê também deve definir se a epidemia do vírus Zika consti-

tui emergência em saúde pública de importância internacional, como aconteceu com a epidemia de ebola detectada na África Ocidental. Até o momento, 23 países já reportaram casos da doença. (ABr)

2015 ficou para trás, mas não Mariana. Sobre o crime ambiental em Mariana-MG, duas questões para o Brasil em 2016. Uma, absurdamente, ausente do debate público. E, outra, não totalmente explorada, apesar do esforço de muitos nas redes sociais. Neste caso, temos a questão sobre de quem é a responsabilidade pelo crime ambiental. Sem dúvida, a Vale como controladora (juntamente com a BHP) da Samarco é diretamente responsável e deve responder administrativa e judicialmente. Mas cabe também indagar, quem são os controladores da Vale? O Bradesco, que possui 21% do consórcio controlador da Vale, nem de longe foi citado no caso. Outro importante controlador é o próprio Estado, por meio do BNDES (11%) e da Previ, Fundo de Pensão do Banco do Brasil, que detém 49% do consórcio. Está na hora dos donos da Vale serem também chamados à responsabilidade. CRIME AMBIENTAL Uma outra questão não tem sido sequer mencionada. Trata-se do quanto este crime ambiental expõe a insustentabilidade econômica, social e ambiental do atual modelo de “desenvolvimento”, centrado em commodities (minério, soja, carne, papel e celulose, etanol). Algo que já se mostrava notório, seja pelos extensos passivos sociais e ambientais, seja pela atual retração eco-

nômica fruto da queda dos preços das commodities no mercado externo. Se era notório, agora é inapelável, diante da destruição da 5ª bacia hidrográfica do País e parte de região costeira do Espírito Santo. PRESENÇA ESTATAL Certamente, a presença do Estado brasileiro como sócio das corporações beneficiárias do modelo explica, em boa medida, o silêncio em torno à questão. A associação do Estado com os interesses destas corporações ficou, inclusive, explícita na demora cúmplice do governo em agir sobre o caso, como nas suas declarações patéticas, se não fossem trágicas. A exemplo da entrevista da Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, antes de seguir viagem para a COP21 em Paris, comparando o caso de Mariana com o desastre natural do Tsunami na Indonésia. Silêncio também das principais forças de oposição, igualmente comprometidas com as mesmas corporações, assim como da ex-candidata à presidência Marina Silva/ Rede, cuja falta de posicionamento é ainda mais gritante por ela se apresentar como defensora do meio ambiente. Mariana é evidência cabal da necrose de uma classe política dominada pelos interesses privados, incapaz de renovar a pauta política do País e falida como canal de expressão dos anseios por justiça social e mais democracia. *é coordenador do Instituto Mais Democracia.


Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Variedades l 13

AMIGA DA SAÚDE

BOMBOU NA INTERNET

Amiga, tenho vários problemas de saúde e todos os remédios que eu uso estão em falta na farmácia do Centro de Saúde. Não tenho condições de comprar. O que eu faço? Maria do Socorro, 62 anos, aposentada. EBC

Q

uerida D. Maria, esse é um problema muito sério que está acontecendo no SUS. Vários medicamentos que deveriam estar disponíveis para os usuários sumiram das farmácias desde o fim de 2015. Acredito que esse problema seja devido à má administração da prefeitura, que compra menos remédios que o necessário e quando chega no fim do ano, na hora de fechar as contas, diz que não tem mais dinheiro para gastar com os remédios. E a gente fica pensando: para onde vai tanto dinheiro

que o povo paga de impostos o ano inteiro? É um absurdo essa falta de medicamentos. A população tem direito a receber seus remédios todos os meses, sem falta. O povo precisa se organizar e exigir das autoridades que eles cumpram com seus deveres e garantam os direitos da população. Reúna o pessoal do seu bairro, converse com o conselho local de saúde, levem o problema também ao ministério público. Todos precisam saber o que está acontecendo e pressionar o governo a repor as faltas.

Receita

Divulgação

Dúvidas? amigadasaude@brasildefato.com.br

Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Crepe fácil Ingredientes

Modo de preparo

• 2 xícaras de farinha de trigo • 2 xícaras de leite • 3 ovos • sal a gosto • óleo para untar

Misture todos os ingredientes no liquidificador e bata por 2 minutos ou até que a massa fique homogênea e com uma consistência um pouco líquida. Pré-aqueça a frigideira antiaderente, já untada com óleo, em fogo baixo. Despeje a massa na frigideira girando a frigideira de forma que todo o líquido preencha sua superfície. Quando começar a levantar as bordas da massa vire para assar o outro lado. Quando assar os dois lados, retire da frigideira e recheie com o recheio de sua preferência.

Tempo de preparo 30 minutos Rendimento 8 porções


14 | Variedades

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

HORÓSCOPO Viva a sua vida amorosa protegido dos olhares indiscretos. Pode se dividir entre dois amores.

Touro (21/4 a 20/5) Analise com serenidade e sabedoria a sua vida sentimental para obter maior alegria no seu coração.

Gêmeos (21/5 a 20/6) A sua vida social pode tender a misturar-se com alguns importantes contatos profissionais

Câncer (21/6 a 22/7) Se está direta ou indiretamente ligado ao campo das artes terá uma semana produtiva e recompensadora.

Leão (23/7 a 22/8) Serão a calma e o equilíbrio na sua vida a dois que darão a força para viver os próximos dias.

Virgem (23/8 a 22/9) A solidão poderá fazer parte dos seus dias. Contrarie esta tendência com todas as suas forças.

Libra (23/9 a 22/10) Sentirá necessidade de viver uma vida afetiva liberta de todo o tipo de compromissos.

Escorpião (23/10 a 21/11) Poderá empreender um compromisso amoroso estável, sem interferências de terceiros

Sagitário (22/11 a 21/12) Nem sempre encontrará uma boa recepção das suas ideias. Seja paciente e persistente.

Capricórnio (22/12 a 20/1) Controle os excessos. Os seus impulsos poderão atrapalhar as suas relações pessoais.

Aquário (21/1 a 19/2) Uma discussão mais acalorada poderá terminar um relacionamento já por si muito fraco.

Peixes (20/2 a 20/3) Notícias inesperadas e de grande importância poderão levá-lo a questionar a sua vida amorosa.

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Áries (21/3 a 20/4)

FASES DA LUA Minguante 7/2

Nova 8/2

Crescente 15/2

Cheia 22/2


Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

COI quer refugiados nos Jogos, mas só com índice Thomas Bach, presidente do COI, esteve em campo de refugiados na Grécia

Fernando Frazão/ABr

O

presidente do Comitê Olímpico Internacional visitou um campo de refugiados chamado Elaionas, em Atenas (GRE), e afirmou em seu discurso que o COI disponibilizará a bandeira olímpica para que refugiados possam disputar os Jogos Olímpicos do Rio 2016. No entanto, para que os refugiados possam se abrigar sob a bandeira olímpica, precisarão conquistar o índice mínimo em suas modalidades para

TOQUES CURTOS | Bruno Porpetta

Cavalo de pau

Nasr na lanterna da grana

Divulgação

O site italiano Omnicorse publicou os salários dos pilotos de Fórmula 1 em 2016. O espanhol Fernando Alonso, apesar dos resultados ruins na pista com sua McLaren, continua tendo o maior salário da categoria, recebendo cerca de R$ 162 milhões em toda a temporada. Sobrou para um piloto brasileiro ter o pior salário da F-1. Felipe Nasr, junto com seu companheiro de Sauber, o sueco Marcus Ericsson, estão empatados na lanterna com “apenas” 760 mil reais em todo o ano. Divulgação/CBB

Thomas Bach esteve na Grécia visitando refugiados

BINÓCULO

poder competir nos Jogos. Desfilarão com a bandeira na abertura, em 5 de agosto, e um dos refugiados carregará a tocha. Existe a possibilidade de três refugiados conquistem índice para disputar os Jogos. Um judoca do Congo que está no Brasil, uma nadadora síria que está na Alemanha e a iraniana Raheleh Asemani, que ainda pode competir pela Bélgica, caso consiga se naturalizar a tempo. (BP)

Halterofilismo paralímpico brasileiro está em luto Morreu Joseano Felipe, ouro no Parapan de Toronto na categoria até 107kg

Na última quinta-feira (28), o halterofilismo paralímpico brasileiro sofreu um baque por uma trágica notícia. O medalhista de ouro no Parapan de Toronto (CAN), na categoria até 107kg, Joseano Felipe, faleceu aos 42 anos de idade por um

infarto durante a madrugada. Como havia conquistado a medalha de ouro na etapa do Rio de Janeiro da Copa do Mundo de Halterofilismo, Joseano estava na zona de classificação para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016, com vaga quase garantida.

Esportes l 15

Joseano era policial militar em Natal (RN) e tornou-se cadeirante após ser baleado em uma tentativa de fuga do conhecido assaltante de bancos potiguar, Valdetário Carneiro, da Penitenciária de Alcaçuz, em 2000. (BP)

Galo e Flamengo jogaram para 30 mil pessoas no Mineirão

Nada como um banho de realidade para fazer com que uns e outros acordem para a vida. A tentativa de sabotagem da Primeira Liga por parte da FERJ, com a chancela da CBF, soa como um “mimimi” infantil diante do inevitável início da SulMinas-Rio. Por mais que Rubens Lopes, ou o fantoche do Coronel Nunes, tentem dar algum ar de ilegalidade à competição, os clubes estão mais do que certos ao peitar esse rosário de bobagens ditas no documento da CBF que proibia a realização da Liga. Só que não são apenas dirigentes de federações, CBF e clubes que fazem as coisas acontecerem no futebol brasileiro. Existe um fator fundamental para definir o rumo das coisas. Ainda mais aqui no Brasil, onde os clubes estão à míngua. A televisão. Não foram divulgados os números de audiência dos primeiros jogos da Liga. Mas é possível imaginar que Atlético-MG e Flamengo foram vistos por mais pessoas em suas casas do que duas hipotéticas partidas entre Galo contra Guarani de Sete Lagoas e Flamengo contra Nova Iguaçu, juntas. Aí reside o provável motivo da mudança repenti-

na de posição da CBF e do sapão que o Rubens Lopes teve que engolir. A televisão fez as contas, simples assim. Para a TV, importam menos os laços de fidelidade canina aos sujeitos que comandam o futebol e mais quantas pessoas estão de

Aí reside o provável motivo da mudança repentina de posição da CBF e do sapão que o Rubens Lopes teve que engolir. A televisão fez as contas, simples assim olho nos seus anunciantes nos intervalos da programação. Além disso, os clubes que formam a Liga arrastam multidões e, diante da possibilidade de perdê-los em negociações futuras, a TV teve que ceder um pouco. A Primeira Liga corre o sério risco de fazer história no futebol brasileiro, como um ensaio para uma reunificação dos clubes, perdida com o fim do Clube dos 13, que produziu esta divisão desigual do dinheiro da TV para os clubes.


16 | Esportes

Rio de Janeiro, 1 a 3 de fevereiro de 2016

Nenê comanda goleada do Vasco

Mailson Santana / Fluminense FC

Paulo Fernandes / Vasco

Meia mostra futebol de alto nível e dá o tom na vitória por 4 a 1 sobre o Madureira Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ)

O ex-rubro-negro Vinícius Pacheco fez boa partida contra o Flu

O Vasco estreou no Campeonato Carioca contra o Madureira, em São Januário, querendo começar bem um ano em que a torcida espera que o clube se reconstrua, após o terceiro rebaixamento em oito anos no Brasileirão. O jogo, apesar do forte calor, começou a todo vapor. Logo aos sete minutos do primeiro tempo, Nenê cruza bola açucarada para o cabeceio firme de Riascos, abrindo o marcador na Colina. Apesar do placar adverso, o Madureira mostrou bom preparo físico diante do calor e não demorou muito para empatar. Após cobrança de falta, Daniel subiu mais do que a zaga para marcar o gol do tricolor suburbano, também de cabeça, aos 15 minutos. No intervalo, Jorginho sacou o jovem Matheus Pet para colocar o estreante Yago Pikachu. A substituição surtiu efeito logo aos três

Flu tem uma estreia para esquecer contra Voltaço

Nenê, que marcou um, e Riascos, com dois gols, foram os destaques do Vasco

minutos da segunda etapa. Bola cruzada na área por Luan para Andrezinho, de ombro, desempatar. A vantagem no placar deu ao cruzmaltino mais tranquilidade para tocar a bola e ditar o ritmo da partida. Desta forma, foi mais fácil encontrar espaços na defesa do Madureira e ampliar a diferença. Aos 35 minutos, Nenê, que fez excelente partida, cobrou pênalti, so-

frido por Madson, e botou a bola de um lado e o goleiro de outro. Estava se desenhando a goleada. Já nos acréscimos, aos 47 minutos, Nenê achou bom passe para Eder Luis na esquerda. O veterano atacante cruzou de pé direito para a entrada de Riascos, que fuzilou para as redes. Depois o time saboreou a goleada com os quase oito mil vascaínos presentes em São Januário.

O Fluminense foi ao estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, enfrentar o time da casa e saiu de lá com uma derrota amarga na sacola. O time não se encontrou em momento algum da partida e perdeu por 3 a 1. O primeiro tempo do tricolor foi muito ruim, com o time ameaçando muito pouco a meta do goleiro Mota. A equipe ainda perdeu Felipe Amorim, lesionado, logo aos 10 minutos de jogo. Aos 33, o zagueiro Henrique perde uma bola no ataque, que o ex-rubro-negro Vinícius Pacheco carrega em velocidade e lança para Tiago Amaral bater firme e abrir o placar para o Volta Redonda.

O Flu ia tão mal que o treinador Eduardo Baptista não esperou nem o intervalo para mexer, tirando Magno Alves aos 38 minutos. Mas não teve jeito. Aos 41, Wellington Silva cortou um cruzamento com a mão dentro da área. Pênalti convertido por Thiago Amaral e 2 a 0 no placar. Apesar de o Flu ir para cima no segundo tempo, foram poucas as chances criadas. Ainda o time perdeu Henrique, expulso, aos 19 minutos. O tricolor só diminuiu aos 43, com Fred de pênalti, mas viu o Voltaço puxar outro contra-ataque aos 46 para Pedro Isidoro marcar e definir o placar. (BP)

Fla vence Correcaminos pela Liga das Américas O Flamengo foi à Cidade do Panamá enfrentar o Correcaminos, em jogo válido pela Liga das Américas de Basquete, e venceu de novo na competição. Apesar das duas equipes já entrarem em quadra classificadas para a segunda fase,

a vitória deu ao rubro-negro a liderança do grupo C. O time carioca teve um primeiro tempo bastante instável contra a boa equipe panamenha, que conta com cinco jogadores dos EUA. Apenas no final os rubro-negros reagiram e terminaram o se-

S. Vélez FIBA

Flamengo tenta o bicampeonato da Liga das Américas, no Panamá

gundo quarto perdendo por apenas um ponto. No segundo tempo, quem comandou a reação rubro-negra foi o dominicano Ronald Ramón, cestinha da partida com 20 pontos. Assim, o Flamengo conseguiu abrir uma boa vantagem e venceu por 68 a 61. (BP)


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