brasil | pág. 9
João Zinclar
mundo | pág. 10
Reprodução
Obama insiste em atacar a Síria
Com o argumento de “modernizar” a estrutura tarifária, a Aneel implementará, a partir de março, um novo tipo de cobrança. Usar a eletricidade de segunda à sexta-feira, das 18h às 21h, custará ainda mais caro.
Enquanto os parlamentos europeus e a maioria da população dos EUA se opõem à beligerância da Casa Branca, médicos sírios confirmaram que rebeldes são os responsáveis pelo uso das armas químicas.
Edição
Energia ficará mais cara em 2014
Uma visão popular do Brasil e do mundo
Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013 | ano 11 | edição 19 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato Pablo Vergara
cidades | págs. 3 e 4
Neste sábado, tem o Grito dos Excluídos “Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular!” é o lema do 19º Grito dos Excluídos, que acontece em todo o Brasil, no dia 7 de setembro. No Rio de Janeiro, os protestos serão realizados na avenida Presidente Vargas, a partir das 9h. Para as mobilizações, o Grito convoca especialmente a juventude, categoria social que mais sofre as consequências de uma sociedade excludente. Renato Cosentino
esporte | pág. 14
Craques contra a máfia do futebol Maradona e Romário, ao lado de outros craques e cartolas do futebol sul -americano, unem-se contra os que comandam Conmebol, CBF e AFA. O presidente da CBF é um dos alvos.
cidades | pág. 5
Remoções por nada Jorge Santos (na foto ao lado) em cima dos escombros de sua casa, que ainda estão no mesmo local. Grande parte do terreno da Vila Recreio II não foi utilizado pela prefeitura na construção da Transoeste. Organizadores do Grito convocam os jovens para participar do tradicional ato
02 | opinião
Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013
editorial | Brasil
Médicos cubanos e leilões do petróleo A QUESTÃO da vinda dos médicos cubanos evoca o internacionalismo, o humanismo frente aos problemas de saúde do povo e a xenofobia corporativista de um setor de médicos brasileiros contra a presença desses profissionais em nosso território. A sociedade brasileira é o resultado da miscigenação de centenas de etnias. Somos os povos nativos, os europeus, os africanos, os asiáticos e, mais recentemente, os imigrantes da Bolívia, Paraguai, Chile, Peru, China e Coreia. Atualmente, há mais de 70 mil profissionais estrangeiros de arquitetura e engenharia atuando em nosso país. Nem uma linha na imprensa bur-
Acorda, Dilma! Junte-se ao povo e impeça o leilão. Você não havia prometido que ouviria as ruas? As ruas querem impedir o leilão do petróleo guesa contra eles. Por que, então, tanta raiva, ódio contra os médicos cubanos? Disputa de mercado não é. Afinal, eles vão ganhar menos que os brasileiros e somente irão trabalhar em municípios que os médicos brasileiros não querem ir. Então, só tem uma explicação: a xenofobia contra estrangeiros e o ódio de classe contra os pobres brasileiros que precisam de atenção. E as duas coisas são crimes.
Leilões do pré-sal A semana da Pátria evoca sempre a soberania nacional, os valores de nossa cultura brasileira e a necessidade de defendermos os interesses de todo o povo. É um bom momento para refletirmos e lutarmos contra os anunciados leilões das reservas do pré-sal, no chamado campo de Libra, que fica no litoral paulista/carioca. Os técnicos estimam que as reservas tenham petróleo equi-
valente a mais de 1 trihão de dólares. Mas o governo com sua Agência Nacional de Petróleo, feliz, anuncia que espera arrecadar 14 bilhões de reais e que os vai destinar à educação. As empresas petrolíferas estrangeiras agradecem e estão eufóricas com o leilão. Mas isso é um assalto ao patrimônio público de todo o povo brasileiro, como reza a Constituição. Os movimentos populares de todo o país, os sindicatos de petroleiros, as pessoas de sã consciência estão dispostas a lutar até o último minuto para impedir a realização desse leilão antissoberano e vende-pátria. O governo Dilma, se levar essa sanha até o final, conseguirá se sobrepor ao governo
FHC na categoria lesa-pátria, quando o então governo tucano entregou – a preço de banana, doado – a nossa maior empresa de mineração, a Companhia Vale do Rio Doce. Se houver leilão, quem ficará com maior parte do bolo serão as empresas transnacionais. O Estado brasileiro ficará apenas com a parcela de 10% de royalties e estes então seriam destinados à educação e à saúde. Nós precisamos garantir os 100% do petróleo para educação e saúde, e não apenas os 10% de royalties. Acorda, Dilma! Junte-se ao povo e impeça o leilão. Você não havia prometido que ouviria as ruas? As ruas querem impedir o leilão do petróleo.
editorial | Rio de Janeiro
A força da juventude e o projeto para o Brasil EM UMA DE SUAS mensagens, São João escreveu a um grupo muito especial. O discípulo de Cristo deixou claro o motivo da escolha dos destinatários: “Jovens, eu vos escrevi porque sois fortes”. Mas a que São João se refere? Que força é essa que a juventude carrega? Ela tem a ver com certa inquietação em relação à vida, com essa dificuldade que a juventude tem em se adaptar à monotonia, à mesmice. Alguém pode até dizer que nem todo jovem é assim. É verdade. Assim como também é verdade que a maior parte da juventude não gosta de se acomodar, de se moldar ao mundo. É esse inconformismo que empurra a juventude a assumir papel destacado na história. Do Oriente Médio a Cuba,
Redação Rio: redacaorj@brasildefato.com.br
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da Grécia à China, da Nicarágua ao Vietnã, da Rússia à África do Sul, todas as grandes mudanças contaram, e ainda contam, com a força da juventude. No Brasil, não é diferente. Da luta contra as elites da época da colônia e do império ao enfretamento à ditadura civilmilitar, ou, ainda, nas batalhas do cotidiano pra ganhar o pão e pagar as contas, a juventude se esforça por uma vida melhor, por um mundo melhor. Desde antes das manifestações de junho, na Jornada Mundial ou no dia-a-dia, a juventude vem dizendo que quer mudanças. Talvez, o caminho ainda não esteja bem definido para todo mundo. Mas todos e todas sabem que não é possível continuar com as coisas como estão. Mas o que mudar? A juven-
No dia sete de setembro, a juventude brasileira vai às ruas, com toda sua força, dizer que quer mudanças, que quer um país e um mundo melhores tude precisa se jogar na luta pela mudança das relações de poder. Precisa enfrentar os grupos políticos e econômicos que não deixam que o povo melhore de vida. Precisa lutar pela democratização dos meios de comunicação, pois a
maior parte da mídia que aí está representa os interesses das elites brasileiras. Essas são as primeiras lutas que a juventude tem que travar para melhorar o Brasil. Mas não são as únicas. Saúde, educação, transporte de qualidade, segurança, emprego, moradia, saneamento, energia com preços acessíveis, cultura e lazer só serão de todos se vencermos as elites que nos negam esses direitos. Todas essas questões fazem parte do que se chama de projeto popular para o Brasil. No dia sete de setembro, a juventude brasileira vai às ruas, com toda sua força, dizer que quer mudanças, que quer um país e um mundo melhores. Enfim, vai dizer em alto e bom som que juventude que ousa lutar constrói o projeto popular!
Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Marcelo Netto Rodrigues, Eduardo Sales de Lima • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti • Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF), Vivian Virissimo, Mariane Matos e Cláudia Santiago (Rio de Janeiro –RJ) • Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas – Venezuela) • Fotógrafos: Pablo Vergara (Rio de Janeiro – RJ), Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP), Flávio Cannalonga (in memoriam), João R. Ripper (Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro – RJ) • Ilustrador: Latuff • Editor de Arte: Marcelo Araujo • Revisão: Beatriz Calló • Jornalista responsável: Nilton Viana – Mtb 28.466 • Administração: Valdinei Arthur Siqueira • Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/ Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo/SP – redacao@brasildefato.com.br • Webmaster: marc@infofluxo.com • Gráfica: Info Globo • Conselho Editorial: Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser, José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos Santos, Ricardo Gebrim, Rosane Bertotti, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou assinaturas@brasildefato.com.br
Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013
opinião | 03
Rogéria Peixinho
Latuff
“Cultura” do estupro, o que é isso?
Marcelo Barros
A juventude e o Grito dos Excluídos “JUVENTUDE QUE ousa lutar constrói o projeto popular!” é o lema do 19º Grito dos Excluídos que, no dia 7 de setembro, acontece em todo o Brasil. Para as mobilizações, manifestações de rua e atividades que acontecerão, o Grito convoca especialmente a juventude, categoria social que mais sofre as consequências da sociedade excludente em que vivemos. Se falamos de trabalho, 3,7 milhões de jovens brasileiros não têm emprego fixo, o que representa 47% do total de desempregados do país. Em todo o Brasil, muitos jovens vivem situações de subemprego, realizam biscates, sem nenhuma segurança. Muitos rapazes e moças vi-
vem em situação de exclusão social, com pouco acesso - ou até nenhum - aos bens culturais, sociais e as mínimas condições para uma vida digna. Além do mais, a juventude é a maior vítima da prostituição, do tráfico e uso de drogas e da violência urbana. Para os movimentos sociais, sem mudança profunda na própria estrutura do Estado, não haverá transformações substanciais da sociedade e não se terá justiça nas cidades e no campo. Assim, o Grito evoca o direito de todas as pessoas ao acesso a políticas públicas de qualidade e se propõe a exigir mais recursos públicos para os direitos sociais, lutar por justiça social
e ambiental e defender os bens comuns (água, terra, minérios, sementes etc). O Grito considera urgente denunciar as formas de organização e exploração do capital que se mostram com novas roupagens, nos megaprojetos (hidroelétricas, portos, rodovias, arenas) e nos megaeventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Quer ainda construir espaços de unidade dos movimentos do campo e da cidade e garantir a importância de cada um dentro da organização e da luta popular. Marcelo Barros é monge beneditino, teólogo e escritor. Tem 44 livros publicados
Marco André da Silva
A cor dos Amarildos no Brasil A COR DOS Amarildos é a cor dos pobres moradores nas favelas e periferias, dos jovens executados pela polícia, dos homossexuais e das mulheres vítimas de violência, dos desempregados e dos condenados à informalidade, dos sem teto e dos sem terra e também dos índios e camponeses que lutam em defesa de suas terras. A cor dos Amarildos é a cor da faxina étnica, do extermínio acobertado pelos autos de resistência e pela figura do desaparecimento (“não tem corpo, não tem crime”), ambos protegidos pela política de seguran-
ça racista que promove o genocídio do povo negro pobre. A cor dos Amarildos no Brasil é a cor dos que vivem sem políticas públicas, sem saúde, transporte, habitação ou escola. É a cor dos que vivem e sobrevivem driblando a adversidade, vítimas do extermínio indireto praticado pelo Estado e/ ou realizado com sua complacência nas filas do SUS, nas prisões onde são encarcerados em massa, nas favelas, loteamentos irregulares, bairros pobres e periféricos, onde vivem em meio à precariedade de equipamentos urbanos e serviços públicos
e de onde são removidos para dar lugar a um projeto de cidade que não lhes contempla. A cor dos Amarildos é a cor dos homens e mulheres relegados nas favelas, nas periferias e nos territórios de maioria negra, e também ameaçados nas terras e reservas invadidas pelos fazendeiros. A cor dos Amarildos é a cor de todos os brasileiros só formalmente integrados à cidadania. É a cor de todos os excluídos. Marco André da Silva é da coordenação nacional do Círculo Palmarino
É COMUM QUE as pessoas não acreditem quando alguém fala em “cultura” de estupro. Isso acontece porque estamos tão imersos nela que já não conseguimos enxergar a realidade. Mas, infelizmente, essa “cultura” está em todo lugar. Ela se revela quando a dúvida da violência recai em cima da vítima e não do estuprador. Ela se manifesta quando se diz que a vítima estava vestindo uma roupa curta e por isso estava “pedindo” pra ser estuprada - como se mulheres vestidas dos pés a cabeça também não fossem vitimas de abusos sexuais. Também quando se justifica o estupro dizendo que ela estava andando na rua muito tarde da noite e, portanto, estaria pedindo por isso - esquecendo de que a grande maioria dos estupros acontece dentro de casa e por pessoas conhecidas e não somente em becos escuros, tarde da noite. Ou, também, quando ela estava no baile funk dançando com vários homens, ou que ela bebeu demais na festa, ficou bêbada e estava “dando oportunidade” para um estupro.
Seja a mudança que você quer ver no mundo. Una-se a pessoas e grupos que estão trabalhando e se organizando para construir essa mudança coletivamente Ou seja, quando a desculpa para justificar o crime é a afirmação que, ao ser “provocado”, o homem se torna incontrolável. Quando ensinamos as mulheres a não serem estupradas e não os homens a não estuprar. Quando se esquece que o corpo de uma pessoa não pertence a ninguém além dela mesma e que maridos também estupram esposas. Isso é a “cultura” do estupro e temos muita responsabilidade com isso! No Rio essa “cultura” está cada dia mais forte. Segundo dados do Dossiê Mulher do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), em 2012 houve um aumento de 24,1% no número de estupros de mulheres no estado do Rio de Janeiro, em comparação com o ano anterior. Foram registrados 6029 estupros nas delegacias do estado no ano passado, sendo 82,8% contra mulheres, entre estas, mais da metade tinham de zero a 14 anos de idade (51,4%) e 55,7% são negras (pretas e pardas). Sabemos que estes números são subnotificados, pois, na maioria dos casos, as vítimas não têm condições ou até mesmo coragem para denunciar. Os agressores mais frequentes são amigos ou conhecidos, com 1.333 registros; o pai, com 447 e o padrasto, com 444. Quando alguém que você conhece chamar uma mulher de “piranha” ou “vadia”, procure estabelecer um diálogo. Tente mostrar que esses termos são machistas e cheios de preconceitos, eles trazem consigo uma série de pré-julgamentos e conceitos discriminatórios sobre a sexualidade das mulheres. E que isso contribui para a perpetuação da cultura do estupro e da responsabilização da vítima. Sim, é uma tarefa dura que exige bastante paciência, mas acredite: funciona. Aja, atue, denuncie. Seja a mudança que você quer ver no mundo. Una-se a pessoas e grupos que estão trabalhando e se organizando para construir essa mudança coletivamente. Rogéria Peixinho é coordenadora nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)
04 | entrevista
Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013 Tânia Rêgo/ABr
“Estamos nas ruas para gritar pelos nossos direitos” Mariane Matos
7 DE SETEMBRO Dieymes Pechincha, militante do Levante Popular da Juventude, fala sobre o Grito dos Excluídos que acontece no próximo sábado Mariane Matos do Rio de Janeiro (RJ) O Grito dos Excluídos, manifestação popular que acontece efetivamente desde 1995, tem o tema deste ano ligado à questão dos jovens. Em contraste com a tradicional comemoração passiva em torno do Dia da Independência, 7 de Setembro, o Grito nasce com a finalidade de resgatar a soberania da nação diante do contexto crescente de exclusão social. Trazendo o lema Juventude que ousa a lutar Constrói Projeto Popular, o evento de 2013 levanta o debate em torno dos jovens, que estão cada vez mais à margem da sociedade.
“O grande saldo que tiramos dessas manifestações foi a capacidade de como as ruas se entupiram de gente”
“Estamos descontentes por completo e estamos indo para a rua gritar pelos nossos direitos”, defende o militante do Levante Popular da Juventude, Dieymes Pechincha, nesta entrevista ao Brasil de Fato. Para ele, é muito importante ocupar as ruas nesse momento. “Gritar é o que nos resta a fazer nesse contexto em que as instituições já não nos ouvem”, afirma.
Mais Médicos no Rio O Programa Mais Médicos no estado do Rio deve ampliar em até 200 mil pessoas a cobertura da atenção básica nos municípios atendidos pelos 60 profissionais formados no Brasil que começaram a atuar nas unidades de saúde. A estimativa é do secretário de Gestão do Trabalho e na Educação na Saúde, Mozart Sales, que explicou que cada médico cobrirá entre 3 mil e 4 mil pessoas nos programas de saúde da família.
O 19º Grito dos Excluídos acontece em todo o Brasil no dia 7 de setembro. No Rio de Janeiro, o evento que está marcado para este sábado (7) a partir das 9h, na Presidente Vargas, convida a população a repensar o modelo político, econômico e social em que vivemos, bem como ocupar as ruas e reivindicar seus espaços na cidade e na sociedade. Brasil de Fato – Qual o papel de manifestações populares, como esta convocada pelo Grito dos Excluídos, no fortalecimento de um projeto mais popular para o Brasil? Dieymes Pechincha – As manifestações, tanto as do aumento da passagem, em junho, como a dos professores, agora, contribuem para o avanço de um projeto de sociedade que contemple as classes de baixo. Esses protestos mostram que, de fato, não estamos felizes com a forma que as coisas estão e atestam que a gente tem a condição de colocar esse nosso grito na rua. Portanto, o grande saldo que tiramos dessas manifestações foi a capacidade de como as ruas se entupiram de gente. E, a partir disso, o retorno real de vitórias, a gratificação do quanto a luta, quando massificada, constrói. Diante do evidente protagonismo da juventude nas recentes manifestações, qual a importância do Grito deste ano? O Grito, e principalmente o seu lema, che-
FATOS EM FOCO
Dieymes Pechincha
ga em um momento bastante interessante. Estamos descontentes por completo e estamos indo para a rua gritar pelos nossos direitos. Ou seja, é interessante como um lema, dentro de um ato que tem 19 anos de história, contemple tão bem a nossa realidade atual. Por isso, é muito importante ocupar as ruas nesse momento, já que gritar é o que nos resta a fazer nesse contexto em
que as instituições já não nos ouvem. A juventude sempre foi sinônimo de esperança e energia. Trazê-los para a luta é essencial para os movimentos sociais atualmente? É fundamental que a juventude se enfileire, construa com as próprias mãos esse projeto. A gente tem visto o quanto que dialoga a forma como a juventude Mariane Matos
“É essencial seguir na luta contra o extermínio da juventude e não tem como desatrelar esta questão da redução da maioridade”
tem se colocado na rua, trazendo novas metodologias e, principalmente, trazendo toda uma nova simbologia para as lutas. Vivemos em tempos de extermínio da juventude negra e debates, como o da redução da maioridade penal. Como você analisa este momento de emancipação popular? Esse processo de emancipação popular nas lutas e até mesmo esse diálogo com essas questões do extermínio da juventude e a redução da maioridade penal colocam a gente em um cenário de choque. É um momento fundamental para se questionar qual a pauta real que precisamos focar para avançar. É essencial seguir na luta contra o extermínio da juventude e não tem como desatrelar esta questão da redução da maioridade. Até porque, sabemos para quem está sendo projetada essa lei, pois quem é preso de verdade em nosso país é a juventude pobre, negra e periférica.
CPI dos Ônibus O vereador Eliomar Coelho (PSOL), autor do pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus da Câmara Municipal e único da bancada de oposição, deixou o colegiado. Os demais vereadores do PSOL - Jefferson Moura, Paulo Pinheiro e Renato Cinco - também não vão ocupar a vaga do partido na CPI. O grupo anunciou que vai criar uma comissão paralela e encaminhar o relatório ao Ministério Público.
Lixo Zero O Programa Lixo Zero chegou ao bairro de Copacabana. No dia 10, o programa chega a Ipanema, ao Leblon e à Lagoa. Em seguida, passará pelos demais bairros da zona sul, como Botafogo, Laranjeiras e Catete. Na zona norte passará inicialmente pela Tijuca, o Meier e pela zona oeste, em Campo Grande.
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cidades | 05
Tânia Rêgo/ABr
FATOS EM FOCO Polícia Federal no caso Amarildo
Após remoções, terrenos vazios na Transoeste
Um grupo de deputados do Rio entrou com representação no Ministério da Justiça pedindo que a Polícia Federal (PF) investigue o desaparecimento de Amarildo. Para os deputados, é necessário que um órgão neutro entre na investigação, já que a polícia do estado é suspeita de envolvimento no caso. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, aguarda um posicionamento da PF e da Advocacia-Geral da União.
HABITAÇÃO Moradores que perderam suas casas em comunidades do Recreio denunciam arbitrariedades e questionam o motivo da remoção
Hackers
Uma missão organizada pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíadas na quarta-feira (4) percorreu as comunidades do Recreio dos Bandeirantes, que foram removidas entre 2010 e 2011. O objetivo foi registrar os casos de violação de direitos humanos para entregar ao Ministério Público e subsidiar uma audiência pública sobre o tema na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, que vai acontecer até o fim deste mês. Desde 2009, início do governo Eduardo Paes, pelo menos 65 mil pessoas perderam suas casas, segundo a Secretaria Municipal de Habitação.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou sofrer ataques de hackers em sua página na internet desde terça-feira (3). O grupo Anonymous assumiu a autoria dos ataques, mas, até o momento, não há como confirmar a autoria. O caso está sendo investigado. O site foi retirado temporariamente do ar, como medida de proteção. O MP-RJ esclarece que não houve comprometimento de seu banco de dados.
Sindicância O corregedor da Assembleia Legislativa (Alerj), Comte Bittencourt (PPS), abriu sindicância para apurar a suspeita de quebra de decoro parlamentar por parte da deputada Janira Rocha (PSOL). Em conversas gravadas por ex-assessores, Janira afirmou ficar com parte dos salários de integrantes da equipe. Ela também admitiu ter usado, para fins eleitorais, recursos do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social.
Renato Cosentino
Renato Cosentino do Rio de Janeiro (RJ)
“Eu achei que era um abuso. Aquela brigaria que tem no legislativo para se construir uma lei e depois pisar nela” “A construção da Transoeste resultou na remoção de cerca de quinhentas famílias em três comunidades. Não houve notificação”, disse Renata Neder, da Anistia Internacional, que acompanhou o grupo. Segundo ela, as
A Vila Harmonia era formada por dezenas de casas, comércio e dois terreiros de Candomblé, com famílias remanescentes de quilombolas
indenizações foram muito baixas, forçando os moradores a ficarem na informalidade, e a alternativa de reassentamento foi em área muito distante. “É inadmissível que uma obra de mobilidade resulte na violação do direito à moradia dessas famílias”, afirma Renata. Jorge Santos, ex-morador da Vila Recreio II, teve sua casa derrubada em agosto de 2011. A opção dada pela Prefeitura foi um apartamento num conjunto habitacional em Campo Grande, a 25 km do local. “Eu achei que era um abuso. Aquela brigaria que tem no legislativo para se construir uma lei e depois pisar nela. A minha maior questão para não aceitar foi a Lei Orgânica, o art. 429, porque lá diz que o reassentamento deve ser próximo, então é próximo. Ou é ou não é. Então pra que vale lei?”, questiona. Através da Defensoria Pública, Jorge conseguiu uma indenização de R$ 14 mil e hoje mora de aluguel, já que o valor foi insuficiente para adquirir
uma outra moradia. Motivação Os atingidos não contestam apenas a forma como as remoções aconteceram, mas sua motivação, já que casas que ficavam a até 40 metros da Avenida das Américas também foram destruídas. Eles relatam que o prefeito Eduardo Paes, no dia do início das obras do túnel da Grota Funda, em setembro de 2010, disse que lugar de pobre era depois da serra, não no Recreio. Três meses depois, as primeiras casas foram para o chão na Vila Recreio II e Vila Harmonia, comunidades consolidadas há décadas, que já não existem mais. “O projeto de cidade que está em curso, associado aos grandes eventos esportivos, tem como base a elitização da cidade. A existência de classes populares se constitui numa barreira”, afirma Orlando dos Santos Júnior, professor IPPUR/ UFRJ e pesquisador do Observatório das Metrópoles.
Desde 2009, início do governo Eduardo Paes, pelo menos 65 mil pessoas perderam suas casas, segundo a Secretaria Municipal de Habitação Para ele, para esse projeto dar certo é necessária a relocalização dos pobres na cidade. “Isso implica na construção de conjuntos habitacionais em áreas periféricas e a remoção de comunidades, que é um requisito para a atração de investidores”, argumenta o professor. Especulação imobiliária A região do Recreio onde ocorreram as remoções concentra muitos lançamentos imobiliários. Entre o Túnel da Grota Funda, próximo à Vila Recreio II, e o sho-
pping Recreio, ao lado do terreno da Vila Harmonia – hoje ocupado pela 18ª Gerência de Conservação da Prefeitura do Rio, está sendo construída a Vila de Mídia, que abrigará jornalistas durante as Olimpíadas de 2016. Após os Jogos, o local será mais um condomínio da região, com apartamentos que estão sendo comercializados com preços entre R$ 415 mil e R$ 937 mil. Para os ex-moradores, não é fácil ver que suas casas foram demolidas em vão. “Eu sinto como se tivesse morrido alguém. É bem parecido com isso”, diz o ex-morador Jorge Santos. Ele afirma que os primeiros dias são bem mais difíceis, mas depois você vai acostumando. Mas ainda não é fácil. “Eu chego aqui, fico vendo tudo e recordo a covardia. Não é raiva não, mas vem uma coisa ruim quando você vê que seus direitos foram violados brutalmente. Que liberdade é essa? Que direito é esse que você tem?”, finalizou Jorge.
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Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013
Professores municipais decidem nesta sexta se greve será mantida Fran Ribeiro
ENSINO Educadores reivindicam plano de carreira e outras pautas Vivian Virissimo do Rio de Janeiro (RJ) Os professores da rede municipal de ensino do Rio vão decidir nesta sexta-feira (6), às 10h, os rumos da greve da categoria. Os profissionais se reúnem em nova assembleia, em frente ao Centro Administrativo da prefeitura na Cidade Nova. Os professores estão em greve desde o dia 8 do mês passado. Eles pedem plano de carreira, melhorias pedagógicas, reajuste salarial, dentre outras pautas. Na segunda-feira (2), o desembargador Antônio Eduardo Ferreira Duarte deferiu liminar em ação movida pelo município
Os professores estão em greve desde o dia 8 de agosto
do Rio de Janeiro contra o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe). Em sua decisão, o desembargador determinou que o sindicato suspendesse, em um prazo de 48 horas, o movimen-
to grevista. Com a medida, se os professores não voltarem ao trabalho, o sindicato terá que pagar multa de R$ 200 mil por dia. Com o objetivo de reverter a decisão, o departamento jurídico do sin-
MONOPÓLIO Militantes pedem democratização da mídia
Na última sexta-feira (30), cerca de 50 militantes do Levante Popular da Juventude (LPJ) escracharam a sede das Organizações Globo, no Rio. No ato, o grupo jogou sacos de lixo e esterco na porta da emissora. O objetivo foi denunciar o monopólio dos meios de comunicação no controle de poucas famílias e criticar a qualidade do conteúdo veiculado em rede nacional.
Trem enguiçado Milhares de passageiros dos trens que ligam o centro às zonas norte e oeste tiveram uma manhã de caos, na terça-feira. Vinte e sete estações da SuperVia, concessionária que administra o serviço, ficaram fechadas por mais de uma hora.
Protestos
Levante Popular da Juventude escracha Rede Globo do Rio de Janeiro (RJ)
FATOS EM FOCO
Priscila Mello, do Levante Popular da Juventude, explicou o objetivo do ato. “O monopólio da rede Globo não nos representa e impede que nós coloquemos nossa voz e nossa diversidade na televisão”. No mesmo horário, integrantes da organização realizaram atos semelhantes em outros estados. No último sábado, as Organizações Globo publicaram um editorial no principal jornal do grupo
(O Globo), onde reconhecem que foi um erro ter apoiado o golpe militar de 1964. O texto, publicado após o ato, foi visto como um sinal de recuo. “O editorial não foi simplesmente um ato de autocrítica. É muito mais forçado pela correlação de forças e por uma situação que eles se encontram hoje de recuo. A sociedade toda vai para as ruas e grita: a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”, destacou Tiago Pará, do LPJ. (VV)
dicato apresentou um agravo para suspender a liminar. “A gente contesta a decisão judicial dentro dos trâmites constitucionais. É uma decisão que cabe recurso e, portanto, nós vamos entrar com recur-
so”, explicou o dirigente do Sepe, professor Danilo Serafim. “Nas assembleias, a categoria está dizendo e reafirmando que é uma greve legítima e justa e, por isso, nós vamos continuar na luta”, acrescentou Danilo.
Pressão de centrais derruba urgência para votar PL da terceirização Viviane Claudino do Rio de Janeiro (RJ) Em reunião com representantes das centrais CUT e Força Sindical e parlamentares da Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ), na tarde de quarta-feira (4), o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB -RN), propôs a formação de uma comissão geral para discutir a votação do Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização. Antes que se realize o debate, ficará suspenso o requerimento de urgência e não haverá a votação do projeto, de autoria do deputado
Sandro Mabel (PMDBGO), empresário dono da empresa de biscoitos que leva seu nome. “É uma matéria de alcance nacional. Vamos realizar uma audiência pública que permita um amplo e inesgotável debate, para que todos os atores nesse cenário tenham direito de expressão”, disse o deputado Décio Lima, presidente da CCJ. As sessões de terça e quarta da CCJ foram canceladas por conta de manifestações de trabalhadores, barrados pelos seguranças da Câmara e agredidos com cassetetes, bombas e spray de pimenta. (Rede Brasil Atual)
Um trem do ramal de Santa Cruz enguiçou antes de chegar na Estação de Engenho de Dentro. Indignados, muitos passageiros fizeram um protesto pacífico, colocando camisetas e mochilas sobre os trilhos. Na estação vizinha, de Quintino Bocayuva, alguns passageiros atearam fogo na cabine de uma composição.
Trem enguiçado 2 Na manhã de quartafeira (4), o filme se repetiu. Mais um trem enguiçou na Estação do Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio. Passageiros tiveram que saltar e andar na linha férrea. Como a composição ficou parada, outras não puderam circular, o que gerou atrasos nos ramais de Japeri, Deodoro e Santa Cruz.
Cada vez pior O diretor do Sindicato dos Ferroviários do Rio, Pedro Ricardo de Oliveira, disse que o sistema de trens está cada vez pior. “Cada vez mais, o sistema está deteriorado. Cada vez mais, vemos a falta de manutenção, a falta de compra de novos materiais. Se alguém está sabotando alguma coisa é a SuperVia que está sabotando a população”.
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cidades | 07
Tânia Rêgo/ABr
SINDICAL
Petroleiras reivindicam a Graça Foster O Coletivo Nacional de Petroleiras da FUP se reuniu no final da tarde do dia 3 com a presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster (foto), para apresentar as principais reivindicações relacionadas à saúde dos trabalhadores, ao combate aos assédios moral e sexual e demais violências contra a mulher.
Professores em luta nas escolas privadas Professores da Universidade Castelo Branco fizeram greve de 24 horas no dia 3. Na ocasião, foi feito um ato na porta da universidade, no campus de Realengo. A instituição tentou intimidar alunos e professores filmando o ato e chamando a PM. O protesto dos professores é contra os descumprimentos dos contratos trabalhistas. Os professores da UniverCidade, também em greve, fazem assembleia no dia 13.
30 horas para os assistentes sociais Assistentes sociais do Rio de Janeiro fizeram assembleia na manhã do dia 4, na porta da Prefeitura, para reivindicar 30 horas semanais, condições de trabalho e fim do assédio moral. Pediram também o cumprimento da lei 953, que trata do enquadramento funcional dos trabalhadores da saúde.
No Rio, rosto coberto é crime inafiançável
Armando Paiva/Fotoarena/Folhapress
BLACK BLOCS Determinação da Justiça é para que a polícia faça a identificação criminal de pessoas com o rosto encapuzado José Francisco Neto da Redação Adeptos da tática anarquista Black Bloc foram presos na quarta-feira (4) no Rio de Janeiro. Até o fechamento dessa edição, seis administradores e um criador de conteúdos da página do Facebook dos ativistas foram encaminhados à 6ª DP pelos crimes de formação de quadrilha armada e incitação à violência. Os dois crimes são inafiançáveis. A determinação da Justiça do Rio é para que a polícia faça a identificação criminal de pessoas que participem de manifestações com o rosto encapuzado.
“Os vândalos do Choque sem identificação e usando as máscaras de gás vão apresentar os documentos de identidade também?” A decisão é da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do estado, que atendeu ao pedido da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismos em Manifestações Públicas (CEIV). A Comissão é formada por representantes do Ministério Público e das polícias Civil e Militar. Com isso, quem for flagrado usando máscaras, capuzes ou lenços na cabeça pode ser abordado pela polícia, que está autorizada a pedir a retira-
da do material usado para cobrir o rosto. Além de encarcerar, a polícia também está confiscando computadores e notebooks para levantar mais provas que possam ratificar a prisão das pessoas. A chefe da Polícia Civil, Marta Rocha, disse que o material apreendido será encaminhado ao Poder Judiciário e que a polícia vai analisar o conteúdo. “Essa investigação, que hoje chegou aos administradores da página do Black Bloc no Facebook, sofrerá ramificações e continuaremos a investigar essas pessoas”, explicou. Os ativistas contestam as prisões “arbitrárias” realizadas pela polícia à mando da Justiça carioca, que obriga os manifestantes a entregarem suas senhas pessoais. “Mais uma inconstitucionalidade do governo carioca. Ninguém é obrigado a fornecer senha e, inclusive, pode permanecer em silêncio absoluto até a chegada do advogado”, contesta o Black Bloc em sua página oficial. Na casa de um dos presos, foi recolhida uma máscara de gás para “provar a detenção do suposto criminoso”. No entanto, o equipamento é comumente usado por manifestantes para evitar a inalação de gases ácidos atirados pela PM. “Os vândalos do Choque sem identificação e usando as máscaras de gás vão apresentar os documentos de identidade também?”, questionaram os ativistas referindo-se aos policiais que usam máscaras. “Estão querendo trans-
Daniel Guimarães, um dos administradores da página do Black Bloc no Facebook, deixa a delegacia
formar táticas e ideologias em movimentos. Estão querendo transformar cidadãos em líderes. E assim, um a um, vão fazendo exatamente o que se
fazia na ditadura.” Mesmo em meio a criminalização promovido por setores do Estado, ativistas da tática Black Bloc e da Frente Independente
Popular (FIP) convocam um ato para o dia 7 de setembro no Rio de Janeiro. O ponto de encontro será na esquina da Av Passos com a Presidente Vargas.
Quem são os Black Blocs? TÁTICA Durante os protestos, eles andam sempre juntos e, usualmente, atacam símbolos do capitalismo Pablo Vergara
da Redação Em contraste com meios de comunicação que procuram deturpar a configuração dos Black Blocs, o Brasil de Fato apurou, durante uma manifestação contra a revista Veja em São Paulo, que os jovens que praticam ações diretas contra a opressão capitalista são oriundos de bairros pobres e periféricos. Em sua maioria, trabalhadores e estudantes que convivem diariamente com a violência do Estado. “Destruímos bancos porque eles servem ao capitalismo. Eles geram
Adeptos do Black Bloc no Rio de Janeiro
miséria, ódio, tristeza e desavença na população”, complementou. Durante os protestos, eles andam sempre juntos e, usualmente, atacam bancos, grandes corporações ou qualquer
outro símbolo de instituições. “Essa é a defesa do oprimido contra o opressor. Ninguém é invisível. Essa invisibilidade é imposta pelo capitalismo”, finalizou.
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Recurso ao TCU contesta edital de licitação de Libra PRIVATIZAÇÃO Documento assinado pela Associação de Engenheiros da Petrobras e pelo Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro lista várias irregularidades contidas no edital da Agência Nacional de Petróleo Ricardo Stuckert Filho/PR
Fátima Lacerda do Rio de Janeiro (RJ) Mesmo admitindo que as gravíssimas denúncias de espionagem por agências estadunidenses (NSA e CIA), a ela e ao presidente do México, tinham como alvo o petróleo, até o momento, a presidenta Dilma Rousseff não propôs a possibilidade de suspender o leilão de Libra ou a participação das petrolíferas dos Estados Unidos no leilão; ao contrário. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) preferiu burlar a lei a correr o risco de adiar o 1º Leilão do Contrato de Partilha, marcado para 21 de outubro.
“Se o objetivo do governo americano era obter ilegalmente dados que pudessem favorecer suas empresas em disputas comerciais, o governo brasileiro deve deixar as empresas ianques fora de disputas”
A notícia da confirmação do leilão pelo ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, foi divulgada antes que o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizasse a licitação, contrariando a legislação em vigor. O ministro justifica, em entrevista concedida
Michelle Amaral/ Editoria de arte BDF
Por que tanta pressa em garantir a data da licitação e a validade de um edital, provavelmente negociado com as petrolíferas que vão concorrer ao leilão? ao jornal O Globo, que “o TCU não teria sugestão, observação ou crítica a fazer, portanto, está tudo dentro dos conformes”. Representação Não é o que afirmam os autores de uma representação protocolada no TCU, em 30 de agosto, e entregue em mãos ao relator do processo, ministro José Jorge, e ao presidente do Tribunal, ministro Augusto Nardes. O documento é assinado pela Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) e pelo Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) . Em três páginas, lista várias irregularidades contidas no edital. Portanto, seria prematuro adiantar a posição do órgão fiscalizador, como fez Lobão, antes da apreciação do recurso e da posição oficial dos ministros. Em síntese, são questionadas partes do contrato que estão em desacordo com o modelo de partilha aprovado pelo Congresso. A primeira objeção trata do ressarcimento do bônus de R$ 15 bilhões, pelo governo brasileiro, ao consórcio que vencer o leilão. “Significa que
Apesar de denúncias de espionagem, Dilma não propôs a possibilidade de cancelar o leilão de Libra.
o bônus será abatido da parcela que o consórcio vai pagar à União, o que fere a Lei 12351/2010” – afirma o documento. O segundo e o terceiro questionamentos foram antecipados na semana passada pelo Brasil de Fato. No edital, a ANP introduz uma variação de percentual, determinada em função da produção e do preço do barril no mercado internacional, que é “altamente favorável aos consórcios e prejudicial à nação brasileira” – dizem os autores da denúncia. De qualquer forma, essas condições variáveis não estão previstas na lei. Terceira irregularidade: a União também terá de devolver à petrolífera que vencer o leilão o valor destinado ao Fundo Social, o que igualmente não está na lei. Ao todo, a representação da Aepet e do Sindipetro-RJ ao TCU lista nove razões que fundamentam a necessidade de se
Por que a pressa em entregar Libra, que teria reservas estimadas em mais de um trilhão de dólares e está sendo oferecido por 15 bilhões de reais, a serem ressarcidos em suaves parcelas ao comprador?
anular o edital de licitação de Libra. A íntegra do documento está disponível em www.apn.org. br (Razões para Anular o Leilão de Libra) Questionamentos Diante disso, cabe perguntar: por que tanta
pressa em garantir a data da licitação e a validade de um edital provavelmente negociado com as petrolíferas que vão concorrer ao leilão? Por que a pressa em entregar Libra, que teria reservas estimadas em mais de um trilhão de dólares e está sendo oferecido por 15 bilhões de reais, a serem ressarcidos em suaves parcelas ao comprador (conforme edital da ANP)? Por que 21 de outubro, dois dias antes do encontro marcado, nos Estados Unidos, entre Dilma e Obama? Cabe a contestação do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que vai integrar uma comissão formada no Senado para apurar a espionagem dos Estados Unidos ao Brasil. Segundo Requião, se o objetivo do governo estadunidense era obter ilegalmente dados que pudessem favorecer suas empresas em dispu-
tas comerciais, o governo brasileiro deve deixar as empresas ianques fora de disputas, como a venda de caças ao Brasil e a concorrência pela exploração do Campo de Libra. (Agência Petroleira de Notícias)
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Energia ficará mais cara em 2014 Douglas Mansur/Novo Movimento
EXPLORAÇÃO Implantação de novos sistemas e bandeiras tarifárias aumentam as contas de luz e lucros do setor Patrícia Benvenuti da Redação A conta de energia elétrica deverá pesar ainda mais no bolso dos brasileiros, em 2014. Com o argumento de “modernizar” a estrutura tarifária, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) implementará, a partir de março do próximo ano, um novo tipo de cobrança: a chamada tarifa branca. A modalidade tarifária propõe preços diferenciados de custo da eletricidade. O sistema funcionará a partir de “postos tarifários”, que determinam quais dias e horários serão mais dispendiosos para utilizar a energia. O horário mais caro, “de ponta”, será de segunda à sexta-feira, das 18h às 21h. Uma hora antes e depois deste período (das 17h às 18h e das 22h às 23h) será o “posto intermediário”, com tarifa um pouco menor.
De acordo com a Aneel, o objetivo da tarifa branca é estimular o consumo de energia fora do horário de pico Em ambos os intervalos, o preço da energia será maior do que o valor pago atualmente. Nos demais horários, a tarifa será mais barata do que o empregado hoje em dia, garante a Aneel. Segundo o diretor da agência, Edvaldo Alves de Santana, a economia do consumidor pode ser de até 45%, caso haja redução do consumo de energia fora do horário de ponta. Nos finais de semana e feriados nacionais, a tarifa mais bai-
xa será adotada para todas as horas do dia. De acordo com a Aneel, o objetivo da tarifa branca é estimular o consumo de energia fora do horário de pico, diminuindo a necessidade de expansão da rede de atendimento.
A estimativa é de que a substituição dos 65 milhões de medidores movimente, pelo menos, R$ 13 bilhões.
A implementação da tarifa branca exigirá trocar os antigos relógios de captação por medidores eletrônicos, que ainda precisam passar por uma certificação do Inmetro. As trocas serão feitas pelas distribuidoras de energia, que poderão repassar os custos aos clientes. Lucros Para
Gilberto
Cer-
vinski, o principal objetivo da tarifa branca é aumentar os lucros dos empresários do setor, que, além de não precisarem investir na expansão do sistema, ainda poderão cobrar tarifas mais caras. “Elas [empresas] aumentam o lucro sem nenhum tipo de investimento, só mudando os consumidores do horário de consumo”, acusa. Dorival Gonçalves Junior aponta outro interesse: o mercado de aparelhos eletrônicos. Prova disso, para ele, foi a Resolução nº 502 da Aneel, de agosto de 2012, que regulamentou a medição de energia elétrica para consumidores de baixa tensão por meio de medidores com os atributos exigidos pela tarifa branca. O prazo para instalação dos novos equipamentos era de 18 meses após a publicação da decisão. Sua conclusão – em janeiro de 2014 – coincide com a entrada em operação do novo sistema de cobrança. A estimativa é de que a substituição dos 65 milhões de medidores movimente, pelo menos, R$ 13 bilhões.
Gráficos: Michelle Amaral/ Editoria de arte Brasil de Fato
Abertura do encontro nacional do MAB, em Cotia, onde o preço das tarifas também é pauta de discussão
O povo já paga muito caro ENERGIA Nos últimos 20 anos, as tarifas de energia elétrica para residências aumentaram cerca de 202% da Redação Nos últimos 20 anos, a energia elétrica foi privatizada e grandes corporações internacionais se apropriaram de toda a cadeia, desde a geração até a distribuição. Como consequência, as tarifas de energia elétrica para residências aumentaram cerca de 202%, muito além da inflação (IPCA), que ficou em torno de 130%. O Brasil é um país onde o custo para produzir energia elétrica é bastante baixo, principalmente porque, em média, 80% dela é gerada através de hidrelétricas. No entanto, as tarifas brasileiras foram elevadas a preços internacionais e a população brasileira passou a pagar uma das tarifas mais altas do mundo. Bilhões de lucro Como consequência direta desses preços, um estudo realizado pelo Movimento dos
Empresas que atendem cerca de
35%
da população brasileira tiveram um lucro líquido total de
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R$ ,7 bilhões de reais Atingidos por Barragens (MAB) constatou que, nos últimos sete anos (2006/2012), as empresas AES Eletropaulo, AES Tietê, Suez Tractebel, CPFL Energia e Cemig, que atendem cerca de 35% da população brasileira, tiveram um lucro líquido total de R$ 45,7 bilhões de reais. Neste mesmo período, elas remeteram aos acionistas R$ 40,7 bilhões na forma de dividendos, 90% do lucro.
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Parlamentos europeus se opõem à guerra SÍRIA David Cameron não convenceu os parlamentares britânicos; Itália rejeitou decisão da OTAN Official White House/Pete Souza
Assim, dois navios russos, armados com foguetes antiaéreos e antifoguetes, entraram nos portos da Síria
Achille Lollo de Roma, Itália Os governos do Canadá e da Itália declararam que não participariam de nenhuma aventura orquestrada pelo comando da OTAN. Angela Merkel, chanceler da Alemanha, optou por se desligar da lógica beligerante de Obama e. por isso, abria um canal de negociações com o presidente russo Vladimir Putin. Algo que foi muito mal recebido na Casa Branca. Diante disso, Emma Bonino, ministra das Relações Exteriores da Itália, destacou que o Parlamento autorizaria o uso das bases aéreas italianas por parte da OTAN somente após a decisão das Nações Unidas. Enquanto isso, canais de TVs estadunidenses provocaram um efeito devastador nos programas da Casa Branca, ao reprisarem a moção do Labour
Apesar de isolado internacionalmente, Obama se prepara para apertar o gatilho contra a Síria
Party britânico contra a participação da Grã Bretanha no ataque à Síria. Mesmo assim, os conservadores do Parti-
do Republicano, alguns setores do Partido Democrata e, em particular, o senador John McCain (que Obama derro-
tou em 2008 na corrida à presidência) exploram a complexidade da crise síria para atacar Barack Obama e dizer que os
EUA têm um presidente “bambo, lasso, sem energia e, sobretudo, sem espírito de comando”. Acusações que não
correspondem à verdade, visto que a aparente indecisão de Obama é determinada pela firme decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em evitar uma segunda Líbia, quando a Rússia ficou em cima do muro. Assim, dois navios russos, armados com foguetes antiaéreos e antifoguetes, entraram nos portos da Síria, fazendo aumentar para seis os navios de guerra que a Rússia mantém na região, algo que não acontecia desde a crise de Suez, em 1956.
Armas químicas teriam vindo da Arábia Saudita Reprodução
GÁS MORTAL “Estrangeiros junto de rebeldes é que são os responsáveis pelo uso das armas químicas”, dizem médicos de Goutha de Roma, Itália Quando o exército sírio mostrou aos fiscais das Nações Unidas o tonel em que os rebeldes da Frente Jabhat Al-Nusra guardavam armas químicas, a correspondente da Associated Press, Dale Gavlak, foi à região de Goutha, periferia de Damasco, onde, no dia 21 de agosto, houve a explosão química que matou mais de 1300 pessoas. Nessa reportagem, Dale Gavlak entrevistou vários rebeldes ligados ao ESL. Segundo eles, “os
tambores com os gases químicos eram destinados aos grupos da Frente Jabhat Al-Nusra, que já os haviam usado em outros locais. Esse material chegou à Síria por intermédio dos agentes dos serviços secretos da Arábia Saudita, pois foram eles que sugeriram o uso dos gases para forçar o ataque do Ocidente.” Além disso, a correspondente da AP gravou as declarações de outras testemunhas. Segundo elas, “os combatentes estrangeiros que estavam aqui não estavam devi-
Reprodução
A jornalista Dale Gavlak (à esq.) afirma que os tambores com gases químicos eram destinados à Frente Jabhat Al-Nusra (à dir.)
damente treinados para usar esse tipo de armas. Inclusive, eles não sabiam que se tratava de armas químicas que deviam ser entregues ao pessoal da Frente Jabhat Al-Nusra, que é um afilhado de Al Qaeda.”
“Os tambores com os gases químicos eram destinados aos grupos da Frente Jabhat Al-Nusra”
Nessa entrevista, que foi reprisada apenas por Rússia Today e poucos jornais europeus, os médicos residentes em Goutha confirmaram que “um grupo de estrangeiros estava junto dos rebeldes. Eles receberam
essas armas, enviadas pelo chefe da inteligência da Arábia Saudita, príncipe Bandar bin Sultan. Eles é que são os responsáveis pelo uso das armas químicas, utilizando, para isso, um gás mortal como os sarin.” (AL)
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Tranquilidade e lazer para os amantes da natureza CURTIR O Parque Estadual do Grajaú, localizado na zona norte do Rio, é uma das reservas florestais onde é possível fazer piqueniques, caminhadas em trilhas, escalada, rapel ou simplesmente sentar e ver o tempo passar Fernando Alan/CC
Rodrigo Marcelino da Silva do Rio de Janeiro (RJ) Quase centenário, o Grajaú está em forma e mantém a beleza. O lugar, localizado na zona norte do Rio, em uma região que já foi fazenda, que já sediou fábricas e vilas operárias, atualmente, se tornou uma das mais agradáveis da cidade para se morar. O bairro tem muitas casas, ruas arborizadas e praças em que adultos e crianças passeiam nos finais de semana, sem se preocupar com a pressa dos grandes centros urbanos. Outra atração são os bares que vêm proliferando nas esquinas do Grajaú, dando ares mais boêmios ao bairro vizinho da Vila Isabel, de Noel Rosa.
O Parque Estadual do Grajaú é pequeno, se comparado a outras unidades de conservação estaduais e federais. Mas, nem por isso, menos agradável Engana-se quem pensa que no Grajaú há só a tranquilidade das belas ruas ou a diversão da vida noturna. Fica ali uma das reservas florestais do Rio de Janeiro, o Parque Estadual do Grajaú, situado à rua Comendador Martinelli – nº 742. Durante muitos anos, a região em que o parque se localiza sofreu muito com
Engana-se quem pensa que no Grajaú há só a tranquilidade das belas ruas ou a diversão da vida noturna o desmatamento. A devastação da área fez com que crescesse apenas capim, no lugar da mata nativa, o que contribuiu para aumentar os deslizamentos em épocas de chuva. Em junho de 1978, uma empresa imobiliária endividada cedeu seu terreno de aproximadamente 55 hectares ao estado, como forma que quitar seus débitos. O governo aproveitou para tentar conter o problema dos deslizamentos, iniciando o reflorestamento da área e criando a Reserva Florestal do Grajaú. Em outubro de 2002, a Reserva, como os frequentadores a chamavam, passou a ser denominada Parque Estadual do Grajaú, nome que carrega até o presente. O Parque Estadual do Grajaú é pequeno, se comparado a outras unidades de conservação estaduais e federais. Mas, nem por isso, menos agradável. Lá, é possível fazer piqueniques, caminhadas em trilhas, escalada, rapel ou simplesmente sentar e ver o tempo passar. No passado, a degradação imposta àquela área fez com que a cobertura vegetal se limitasse praticamente à parte inferior do parque. Infelizmente, isso também impactou a vida animal, reduzindo a ocorrência a poucas espécies.
Mesmo impactada, a vida animal persiste no parque; na foto, macaco no pico do Grajaú
Outra dimensão A Pedra do Andaraí, ou Pico do Perdido, com 444 metros de altitude é um dos lugares mais bonitos do parque, dado sua forma piramidal. Do seu cume, é possível ver a Ponte Rio-Niterói, parte do Centro e da zona norte, Caxias e a região serrana. Uma curiosidade: diz a lenda que em seu cume há um portal para outra dimensão. O parque, que conta ainda com auditório para 50 pessoas e com um anfiteatro, está sob administração compartilhada do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e não cobra entrada para utilização. Na sua folga ou em um final de semana, passe por lá. Certamente serão momentos de lazer que ficarão guardados na memória.
NÃO SE ESQUEÇA:
FIQUE ATENTO
Sua segurança também depende do conhecimento que você tem sobre a prática de atividades na natureza, do seu condicionamento físico e dos equipamentos que carrega. Por isso, não deixe de levar: • Filtro solar. • Repelente: no PEG isso é quase item de sobrevivência. • Boné. • Camiseta preferencialmente clara. • Calça (ou bermuda) bem leve e confortável. • Anorak (tipo de abrigo que protege do vento e da chuva). • Tênis fechado e confortável, se possível, com o solado não muito gasto. • Lanterna com pilhas extras. • Máquina fotográfica. • Ao menos 1,5 de água. • Para alimentação o ideal é levar biscoito, barrinhas de cereal, frutas, castanhas etc. • Pequena mochila para acomodar tudo isso. Tente adaptar suas necessidades de alimentação e proteção ao que suporta carregar.
• O PEG é uma unidade de conservação. Isso significa que sua visitação deve respeitar algumas regras. É proibido colher plantas, fazer fogueira, alimentar animais silvestres ou caçá-los e é vedada a entrada de animais domésticos. • Ao chegar, procure os funcionários do INEA e informe-se sobre as regras de uso do local. • Mais informações pelo telefone (21) 2576-4296 ou pelo site: http:// www.inea.rj.gov.br/ unidades/pqpeg.asp
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Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013 Reprodução
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Livros de A a Z BIENAL DO LIVRO Evento que termina no domingo traz debate sobre as recentes manifestações no Brasil Mariane Matos do Rio de Janeiro (RJ) Até domingo (8), acontece, no Rio de Janeiro, a 16ª edição da Bienal do Livro, um dos maiores eventos literários do Brasil. Na sexta-feira (06), como parte da programação de uma das suas atividades, o Café Literário, o escritor Frei Betto e o professor de Filosofia da Unicamp, Marcos Nobre,
discutem o “Bem-estar e mal-estar no Brasil após manifestações”. A Alemanha é a homenageada desta edição, com o slogan Quando ideias se encontram. Por conta disso, no Pavilhão Azul, o público pode conhecer cerca de 30 editoras alemãs, além de assistir à exposição multimídia Alemanha de A a Z. Também há a preocupação, nesta edição, de
Na sexta, Marcos Nobre e Frei Betto discutem o “Bem-estar e mal-estar no Brasil após as manifestações”
se aproximar o espaço literário do mundo do futebol, com o programa Placar Literário, que contempla a convergência desses dois universos. Há ainda o Acampamento na Bienal, uma área exclusiva para o público adolescente; o es-
paço Mulher e Ponto, que evidencia o universo feminino na literatura e o tradicional Planeta Ziraldo, que dá vida às inesquecíveis personagens do autor. A Bienal do Livro, que este ano completa 30 anos, tradicionalmente
traz uma programação diversificada com debates, exposições e lançamentos. O evento é sempre uma boa oportunidade de conhecer novos autores e entrar em contato com os já conhecidos e adorados.
SERVIÇO Bienal do Livro Local : Rio Centro Avenida Salvador Allende, 6555. Barra da Tijuca Programação Completa: www.bienaldolivro.com.br
AGENDA Divulgação
úne 37 peças, vídeo e fotografias em que se mescla paródia, citação e pastiche. Em cartaz até este domingo (08). Entrada franca. Caixa Cultural – Avenida Almirante Barroso, 25 – Centro. RODA DE CAPOEIRA Todo sábado, acontece na Quinta da Boa Vista uma roda aberta de capoeira. Sob o comando do professor Fantasma, o parque é ocupado por uma roda convidativa para entrar na ginga do tradicional jogo ao ritmo do berimbau. Evento gratuito. É só aparecer e participar. Em frente ao circo que fica dentro do parque.
Dacorso. Em cartaz até o dia 22 de setembro. Entrada gratuita. Rua Luís de Camões, 68 – Centro. RODA CULTURAL DO MEIER Toda quarta-feira, diversas tribos se encontram na Roda Cultural do Meier. No próximo dia 11, o evento contará com a participação de Pedro
Seth, Caixa Baixa, Link e Paula Conc. Às 19h. Na rampa de skate do Meier (esquina com a rua Medina). MUNDO SUTIL No dia 5, foi inaugurada a exposição Mundo Sutil, do artista niteroiense Gustavo Duarte. Enriquecida com vídeos, artes gráficas,
pinturas e experimentação sonora, a mostra aborda como sutilmente somos tomados pela enxurrada de informações no nosso dia-a-dia. Segunda à sexta-feira: das 10h às 17h, sábados, domingos e feriados: das 10h às 15h. Entrada gratuita. Rua Lopes Trovão s/ nº, Icaraí – Niterói. Divulgação
Alexandre Mury, de Fricções Históricas, na Caixa Cultural
1a FEIRA DE ARTES DO SUBÚRBIO Neste sábado (07), acontece a primeira edição da Feira de Artes que promete unir culturalmente Marechal Hermes e suas redondezas. Além de exposição de artes e exibição de vídeos, o evento conta com recreação infantil, shows, ba-
talha de rap e “troca-troca”. Das 10h às 22h. Entrada gratuita. Praça XV de Novembro – Marechal Hermes. FRICÇÕES HISTÓRICAS Com a proposta de fazer uma releitura de obras famosas da História da Arte, a exposição Fricções Históricas, do artista carioca Alexandre Mury, re-
FOTORIO 2013 O movimento FotoRio, que aglutina grandes nomes da fotografia atual, abre exposição com 7 artistas diferentes, em conjunto com o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Nela, é possível observar, dentre outros, trabalhos como Based on a true story, do estadunidense David A. Harley, e (sub)Urbano, de Daniela
Based on a true story, de David Harley, no Centro de Arte Hélio Oiticica
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS www.coquetel.com.br Aline (?), cantora gospel Entidade que posLoja que vende os sui CNPJ itens da lista de material escolar
© Revistas COQUETEL 2013 A letra do plural Grande Formato quan- tradicional de velas tidade
Função publicitária de ator ou modelo famoso FerraCaricaturista menta do coveiro ítalo-carioca
Marca da dança da Mulata Globeleza Terreno para cultivo
Peça do chaveiro De (?): falso (bras.)
A R O
O Amarelo banha a China
Fora do comum Estado de Cuiabá
Marília (?), atriz de "Pé na Cova" (TV) Efetuar operação matemática básica
Abreviatura de "dama", no xadrez
(?) Lanka, país de origem do catamarã Corrida, em inglês Acúmulo de pus
Os quatro (?): os avós paternos e maternos de uma pessoa
Nome da letra que simboliza "hora"
Metal do anel do papa Francisco Inescrupulosa; desavergonhada
Município do Ceará "(?) Clarín", jornal argentino
Lado, em inglês Interno; íntimo
Os poemas como "Eneida", de Virgílio Cada dente na extremidade das arcadas
Solução
3/hat. 4/door — race — rain — side. 5/gleba. 8/costados.
HORÓSCOPO
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BANCO
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Contorno luminoso de imagem sagrada Informação que falta na carta anônima
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Anno Domini (abrev.)
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Peso de veículo vazio Trecho de viagens
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Instrumento de percussão popular na Espanha
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Sufixo de "assessor" Chapéu, em inglês
5 $ , 1
Altar (?) Mata Atlântica, ONG
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Seiva (de quiabo) Chuva, em inglês
Porta, em inglês 19, em romanos
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Iguaria servida como petisco Tomara!
Superficial (o texto)
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Veículo de passeios em praias nordestinas
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ASTROLOGIA - Semana de 5 a 11 de setembro Período traz tendências para mais ansiedade diante de assuntos simples e cotidianos; Nestes tempos, recomendam-se pausas para reflexões
Áries
(21/3 a 20/4) Os cuidados com a saúde e o corpo serão mais frequentes, especialmente para repor energias. Cuidado para não agir por impulsos em função de falsas impressões. Na vida amorosa, evite o individualismo.
Touro
(21/4 a 20/5) Período especial para momentos de diversão. Alguns prazeres compensarão desgastes de sua rotina. A semana traz um clima de romantismo nos assuntos amorosos.
Gêmeos
(21/5 a 20/6) Momento bom para criatividade coletiva. Este é um momento providencial para colocar ordem em seu lar, arrumar gavetas e liberar espaço nos ambientes em que vive. No amor, seja mais solidário.
Câncer
(21/6 a 22/7) O momento possibilita vivenciar relações com mais afinco. Assuntos relacionados a documentos, papéis e e-mails tendem a tomar sua dedicação de maneira mais intensa. No amor, mais atenção com quem você ama.
Leão
(23/7 a 22/8) Período bom para reavaliar sua rotina. Há tendências para lidar com definições materiais e gastos extras. Valorize as atividades coletivas, seja prestativo. Busque o equilíbrio entre solidariedade e sacrifício. No amor, evite a rotina.
Virgem
(23/8 a 22/9) Tendências para mais empenho a organizar assuntos domésticos e do seu cotidiano. Período para rever gastos financeiros. Evite o consumismo e supérfluos. Na vida amorosa, seja mais cuidadoso com quem você gosta.
Libra
(23/9 a 22/10) Momento bom para questões profissionais. Há tendências para lidar com novas responsabilidades. É propenso a estar mais sensível aos lugares e também à energia das pessoas. No amor, faça algo mais para agradar quem você ama.
Escorpião
(23/10 a 21/11) Este é um momento para mais integração social. Novas amizades estarão favorecidas e antigas tendem a ser retomadas. A semana é especial para novas responsabilidades profissionais. No amor, momento bom para sentimentos sérios.
Sagitário
(22/11 a 21/12) Momento bom para rever sua rotina. Propensões a se envolver em debates e polêmicas, algo que costuma despertar empolgação de sua parte em momentos sociais. No amor, paciência e diálogo vão ajudar.
Capricórnio (22/12 a 20/1) A semana pode ser proveitosa para aspectos criativos. Contatos com pessoas à distância estão propensos, seja com amizades ou relações com parentes. Procure ser mais parceiro(a). Na vida amorosa, momento para decisões de longo prazo.
Aquário
(21/1 a 19/2) Atente-se para não se envolver de maneira intensa em assuntos de outras pessoas. Há sempre um limite do quanto podemos ajudar. Período de maior intensidade nas questões profissionais. No amor, atente para novos sentimentos.
Peixes
(20/2 a 20/3) Semana boa para traçar novos rumos e metas. Momento para tratar de assuntos com mais clareza e respeitando as diferenças em seus relacionamentos. No amor, boas conversas vão ajudar e podem trazer momentos especiais.
14 | esporte
Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013 Divulgação/CBV
Brasil dá vexame na Copa América
FATOS EM FOCO
Brasil vence Grand Prix
BASQUETE O técnico Rubén Magnano critica atletas que preferiram não representar o país Marcelo Figuera/Divulgação/CBB
da Redação A Seleção Brasileira atestou a péssima campanha que fez na Copa América. Contra a Jamaica, precisando do resultado positivo para se classificar, o Brasil jogou um péssimo basquete e perdeu pelo placar de 78 a 76. O resultado elimina os comandados do técnico Rubén Magnano ainda na primeira fase do torneio. “Eu sou o primeiro responsável por isso, mas também são os jogadores que decidiram não estar aqui representando seu país. Havia 3 ou 4 jogadores que pensei que estariam aqui, mas não estão. Os caras que não vieram
“Havia 3 ou 4 jogadores que pensei que estariam aqui, mas não estão” nos deixaram na mão. Isso tem a ver com a representação de um país”, declarou Magnano. Na competição, além da Jamaica, o Brasil perdeu para Porto Rico, Canadá e Uruguai. Último colocado do Grupo A, a equipe não conseguiu se classificar, assim como Paraguai, no Grupo B, em que se classificaram Argentina, México, República Dominicana e Venezuela.
Flamengo fecha parceria
Na competição, além da Jamaica, o Brasil perdeu para Porto Rico (foto), Canadá e Uruguai Danilo Verpa/Folhapress
Romário e Maradona se unem contra Conmebol MÁFIA “É hora de acabar com essa roubalheira”, avisa ídolo da Redação Maradona, Romário, Careca e Chilavert participaram de uma reunião na quarta-feira (4), em São Paulo, para debater a insatisfação contra dirigentes da Conmebol, CBF e da AFA, entre outras entidades. Todos se reuniram na manhã de quarta-feira (4) para debater o futuro do futebol sul-americano, principalmente do modo como a entidade vem administrando o esporte no continente. Os principais alvos de críticas durante o encontro foram o presi-
“Sinto vergonha de tudo isso, pois vivemos uma ditadura comandada pelo mafioso do Grondona” dente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, o da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, e o da Conmebol, Eugenio Figueredo. O mandatário da Confederação Brasi-
A Seleção Brasileira feminina de vôlei conquistou o nono título do Grand Prix. A equipe entrou em quadra no domingo (1), podendo se sagrar campeã até mesmo perdendo para a China no tie-break, mas jogou com ritmo forte e garantiu vitória por 3 sets a 0, com parciais de 25/15, 25/14 e 25/20.
leira de Futebol (CBF), José Maria Marin, também não foi esquecido por Romário. “Está na hora de acabar com essa roubalheira. Tenho certeza que a minha participação é muito mais envolvida por eu ser ex-jogador e um cara que quer ver as coisas acontecendo honestamente no futebol”, desabafou. Por seu lado, Maradona lamentou a situação atual dos clubes argentinos e não poupou críticas ao presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona. “Sin-
A diretoria do Flamengo fechou um acordo de parceria com o Comitê Olímpico dos Estados Unidos, que vai durar de agosto de 2013 até a conclusão dos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O novo contrato estabelece que o comitê estadunidense deva fornecer recursos necessários para melhorias na infraestrutura, enquanto que o Flamengo libera o clube para que seja o centro de treinamentos da delegação estadunidense no período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio.
Suborno no Mundial de Judô Romário e Maradona se encontraram em São Paulo
to vergonha de tudo isso, pois vivemos uma ditadura comandada pelo mafioso do Grondona. Ele não permite que nenhuma agremiação se rebele e este é o motivo por não haver nenhum representante aqui”, declarou à imprensa assim que chegou ao Parque São Jorge, em São Paulo.
Além dos ídolos já citados, participaram do encontro do ex-mandatário alvinegro – ainda envolvido com o clube por conta da Arena São Paulo – representantes de 20 clubes sul-americanos, dentre eles do Corinthians, Santos, Botafogo, Peñarol (Uruguai) e LDU (Equador).
O judoca cubano Asley González, medalha de ouro da categoria médio no Campeonato Mundial de judô do Rio de Janeiro, revelou que tentaram suborná-lo para que ele perdesse a decisão. Segundo o atleta, ofereceram-lhe entre 15 e 20 mil dólares para ser derrotado na final contra o georgiano Varlam Liparteliani.
Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013
esporte | 15 Sérgio Lima/Folhapress
opinião | Bruno Porpetta
Com a água no traseiro O FLAMENGO saiu do êxtase da vitória sobre o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, ao amargo sabor da goleada sofrida contra o Corinthians. Com a derrota, o Flamengo aproximou-se da zona de descenso e acendeu o sinal amarelo nos lados da Gávea. Entre as duas partidas, sua diretoria emitiu carta aberta sobre o Maracanã, onde descasca o enorme custo para jogar no estádio. Dos 2,1 milhões da renda, descontadas as penhoras, o clube levou pouco mais de 600 mil reais. Se paga 380 mil reais por serviços, para os quais o Flamengo tem um orçamento de 180 mil. Ou os caras rasgam dinheiro, ou tem 200 mil voando por aí à toa. Após a goleada, o papo sobre o Maraca voltou à tona. O Flamengo, longe de seus domínios e com um time limitado, estaria ameaçado pelo rebaixamento? O Consórcio – que não
botou nenhum centavo na reforma do estádio – se vê cheio de direitos cedidos gentilmente por Cabral e se recusa a devolver a galinha dos ovos de ouro. O Flamengo, por sua vez, acenou com a proposta de gerir o estádio em parceria com os demais clubes, mas os próprios não toparam. O governo, que não deixa de patrocinar interesses privados, ainda mais quando se tratam de empresas tão generosas em ano de eleição, chamou os clubes para um bate-papo. Além de rechaçar a possibilidade de retomar o Maracanã, ainda “mediou” o conflito entre Flamengo e Consórcio. Podem chegar a um acordo melhor, mas o fato dos clubes pedirem a bênção de um Consórcio para o qual ninguém torce e só ganhou dinheiro mole, é um absurdo! Bruno Porpetta é autor do blog porpetta.blogspot.com
brasileirão | 19ª rodada Ponte Preta X Internacional Sáb | 07/09 | 18h30 | Moisés Lucarelli
Santos X Goiás
Briga entre torcedores de organizadas do Corinthians e do Vasco, no dia 25 de agosto, durante jogo no estádio Mané Garrincha
Vasco perde quatro mandos de campo PERDEU Dois jogos com portões fechados; outros dois, só com visitantes da Redação Vasco e Corinthians foram considerados culpados, na quarta-feira (4), pela briga envolvendo torcedores de ambas as equipes, no dia 25 de agosto, no Mané Garrincha, em Brasília, durante partida do Campeonato Brasileiro. O julgamento foi realizado no Superior Tribunal de Justiça Des-
portiva (STJD), no Rio de Janeiro, e condenou os clubes por unanimidade - cinco votos a zero. Cada um dos clubes perdeu quatro mandos de campo – dois jogos com portões fechados e dois com a presença apenas da torcida visitante. Além disso, o Vasco terá que pagar uma multa de R$ 50 mil, enquanto o Corinthians ar-
cará com R$ 80 mil. Ainda cabe recurso no caso e a CBF é responsável por escolher quais partidas serão fechadas. Contudo o Vasco teve também uma notícia positiva nessa quartafeira. O clube iniciou o processo para quitar todas as dívidas pendentes com seus atletas. Os vencimentos de julho e agosto, porém, ainda
não foram pagos. A diretoria pretende resolver essa questão até o fim da semana, pois aguarda a chegada das certidões negativas de débito com a União (CNDs) até sexta-feira (6). Assim, será possível formalizar o acordo de patrocínio com a Caixa Econômica Federal e levantar algumas verbas retidas a título de penhora.
Sáb | 07/09 | 18h30 | Vila Belmiro
Vitória X Atlético-MG Sáb | 07/09 | 18h30 | Barradão
Fluminense X Bahia Sáb | 07/09 | 18h30 | Maracanã
Botafogo paga salários atrasados ALÍVIO A diretoria não informou a maneira como o clube conseguiu o dinheiro
Grêmio X Portuguesa Sáb | 07/09 | 21h00 | Arena do Grêmio
Corinthians X Náutico Dom | 08/09 | 16h00 | Pacaembu
Coritiba X São Paulo Dom | 08/09 | 16h00 | Couto Pereira
Cruzeiro X Flamengo Dom | 08/09 | 16h00 | Mineirão
Criciúma X Botafogo Dom | 08/09 | 18h30 | Heriberto Hülse
Vasco X Atlético-PR Dom | 08/09 | 18h30 | São Januário
Divulgação/Botafogo Oficial
da Redação Pouco antes do empate sem gols com o São Paulo, na tarde de domingo, os jogadores do Botafogo foram informados pela diretoria que já estavam depositados nas suas contas os dois meses de salários em atraso, um mês de direito de imagem e até mesmo os valores referentes a premiações pela conquista do Campeonato Carioca.
A atitude deixou todos aliviados, já que os atrasos salariais eram apontados como um dos principais dramas vividos pelo Glorioso na temporada. A diretoria não informou a maneira como o clube conseguiu arrecadar esse dinheiro, haja vista que os valores das negociações recentes continuam bloqueados por conta de dívidas fiscais.
Os atrasos foram criticados até pela esposa de Oswaldo de Oliveira
Rio de Janeiro, de 5 a 11 de setembro de 2013
16 | esporte
Em noite de Hernane, Fla vence BROCADOR Atacante marca dois, Rubro-Negro supera o Vitória e respira no campeonato Alexandre Vidal/Fla Imagem
da Redação O atacante Hernane marcou dois gols, ambos no primeiro tempo, e o Flamengo voltou a vencer no Campeonato Brasileiro, depois de um jejum que durou quatro partidas. O Rubro-Negro derrotou o Vitória por 2 a 1, no jogo disputado na noite de quarta-feira (4), no Maracanã. A equipe comandada por Mano Menezes chegou aos 22 pontos ganhos e pulou para a 12ª posição, afastando-se da zona de rebaixamento.
A equipe comandada por Mano Menezes chegou aos 22 pontos ganhos e pulou para a 12ª posição O Vitória, agora sob a direção de Ney Franco, sofreu sua quarta derrota consecutiva na competição. O time baiano segue com 23 pontos ganhos, na décima colocação. Jogo O Flamengo se mostrou mais objetivo durante a partida, mas o primeiro momento de perigo foi criado pelo Vitória, antes do primeiro minuto de partida. Maxi Biancuc-
chi recebeu pela esquerda, passou por Chicão e cruzou para a área, mas Alemão não estava acompanhando a jogada e a defesa ficou com a bola. Depois disso, de tanto pressionar, o Flamengo acabou marcando o primeiro gol, aos 22 minutos. Elias fez um ótimo lançamento para Hernane que, de pé esquerdo, deslocou o goleiro Wilson e colocou a bolas no fundo das redes. O Flamengo voltou a se aproximar da área do Vitória aos 42 minutos. Hernane recebeu na esquerda e tentou cruzar para Rafinha, mas a zaga baiana cortou o passe e mandou para escanteio. Na cobrança, executada por Gabriel, Hernane subiu mais do que os zagueiros e testou para as redes de Wilson. No segundo tempo, o Vitória voltou mais ofensivo, mas com dificuldade no último passe e na finalização. O Flamengo passou a se preocupar apenas em manter a vantagem, mas acabou sofrendo um gol, aos 46 minutos. O lateral-esquerdo Juan acertou um belo chute e definiu o placar da partida. Na próximo domingo, o Flamengo enfrentará o Cruzeiro, no Mineirão. O Vitória vai receber o Atlético-MG, sábado, no Barradão.
FICHA TÉCNICA
2X1 Flamengo Felipe, Léo Moura, Chicão (Diego Silva), Wallace e Samir; Luiz Antonio, Elias, André Santos e Gabriel(Bruninho); Rafinha(Paulinho) e Hernane
Vitória Wilson, Ayrton, Fabrício, Victor Ramos e Juan; Michel, Cáceres, Luís Alberto(Marquinhos) e Renato Cajá(Leilson); Maxi Biancucchi e Alemão(Dinei)
Maracanã | Rio de Janeiro (RJ) | 04/09 | 19h30 Gols de Hernane (Flamengo) e Juan (Vitória)
Elias comemora com Hernane, autor dos dois gols do Flamengo
Empate amargo para o Tricolor INCÔMODO O Fluminense foi a 19 pontos e segue na 16º colocação Nelson Perez/Fluminense F.C.
da Redação Atlético-MG e Fluminense ficaram num empate ruim para as duas equipes na classificação do Campeonato Brasileiro. A atuação alvinegra não teve brilho, com um time sem vibração, contra um Tricolor bem postado em campo e jogando no erro do adversário. O Fluminense chegou a ficar duas vezes à frente do placar, enquanto que o Galo deixou escapar mais pontos dentro de casa. O 2 a 2 na noite de quarta-feira (4), no estádio Independência, manteve as duas equipes próximas da zona de rebaixamento. O Fluminense foi a 19 pontos e segue em 16º, última posição fora do Z-4. Os mineiros estão em 13º, com só dois pontos à frente, e permanecem
na ressaca da Libertadores: depois da conquista sul-americana, a equipe venceu só duas vezes em 11 jogos. Com um Fluminense fechado e jogando no erro do adversário, Wagner e Rhayner deixaram o Tricolor duas vezes à frente do placar. Mas Ronaldinho Gaúcho, que voltou ao time após ser poupado com dores musculares contra o Goiás, desequilibrou. Gaúcho igualou o placar em duas cobranças de falta perfeitas. Sem Pierre e Réver, que levaram o terceiro cartão amarelo, o Atlético-MG na próxima rodada, visita o Vitória, no sábado, às 18h30 (de Brasília), no Barradão. No mesmo dia e horário, o Fluminense receberá o Bahia, no Maracanã, sem Rhayner, que foi expulso.
Wagner marcou o primeiro gol do Flu aos 13’ do primeiro tempo
FICHA TÉCNICA
2X2 Atlético-MG Victor; Michel (Rosinei), Réver, Leonardo Silva e Richarlyson (Emerson); Pierre, Luan, Guilherme (Neto Berola) e Ronaldinho; Fernandinho e Tardelli
Fluminense Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos; Edinho, Willian, Rafinha (Marcos Júnior) e Wagner (Felipe); Rhayner e Rafael Sobis (Samuel)
Independência | Belo Horizonte (MG) | 04/09 | 21h50 Gols de Ronaldinho (Atlético-MG); Wagner e Rhayner (Flu)