cidades | pág. 6
Carlos Magno/Governo RJ
mundo | pág. 10
Reprodução
Fugindo do paredão do Big Brother EUA
No dia 8, deputados protocolaram denúncia com vistas ao impeachment do governador, após revelação de que ele e sua família têm usado helicópteros oficiais nos finais de semana para fins particulares.
Venezuela, Bolívia e Nicarágua desafiam Obama e dão asilo a ex-agente da CIA que revelou que os EUA espionam a internet de milhares de pessoas – inclusive brasileiros.
Edição
Cabral nas alturas
Uma visão popular do Brasil e do mundo
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013 | ano 11 | edição 11 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato Pablo Vergara
cidades | pág. 5
Quinta-feira é dia de paralisação Unidas, sete centrais sindicais e movimentos sociais convocam para esta quinta-feira (11), o Dia Nacional de Lutas. Serão realizados atos e protestos em todo o país. No Rio, o período da manhã será de paralisações de diferentes categorias e de manifestação à tarde, com concentração na Candelária, a partir das 15h.
cultura | pág. 11
esporte | pág. 16
brasil | pág. 8
O chorão da Mangueira
Fla enfrenta o Asa, em Alagoas
Para virar médico, estudante terá de atender por dois anos no SUS
Aos 75 anos, o chorão e integrante da Velha Guarda da Mangueira José de Alcântara Siqueira lança seu primeiro álbum, intitulado Siqueira Entre Nós.
O Flamengo vai dar uma pausa no Brasileiro e volta a campo hoje (10) para encarar o ASA, em Arapiraca, pela terceira fase da Copa do Brasil. Os rubro-negros estão confiantes.
A partir de 2015, aqueles que quiserem receber o diploma de medicina no Brasil terão que primeiramente trabalhar na atenção básica e nos serviços de emergência da rede de
saúde pública. A medida é válida para faculdades públicas e privadas e faz parte do Programa Mais Médicos. Com isso, o curso passará de 6 anos para 8 anos de duração.
02 | opinião
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
editorial | Brasil
Por que a Rede Globo não é investigada? O JORNALISTA Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho, denunciou que a Rede Globo, em 2002, ainda no governo FHC, promoveu uma sonegação de impostos milionária. Foram sonegados 183 milhões de reais dos cofres públicos. Em 2006, quando a Receita Federal concluiu o processo, somados os juros e multas, a sonegação elevou-se para R$ 615 milhões. Mais de meio bilhão de reais, em valores de 2006, surrupiados do povo brasileiro. O autor d’O Cafezinho é ainda mais contundente: “(...) a ficha criminal da Globo vai muito além dessas estripulias em paraísos fiscais. A Globo cometeu crimes históricos
Será que, enfim, a Rede Globo sentará no banco dos réus dos tribunais desse país?
contra o Brasil. Lutou contra a criação da Petrobras. Fez parte do golpe que levou ao suicídio de Vargas. Consolidouse financeiramente, com dinheiro estrangeiro de um lado, e de golpistas internos, de outro, sobre o cadáver da nossa democracia”. Acrescenta-se que, durante a CPI do Carlinhos Cachoei-
ra, que investigava as relações promíscuas do bicheiro com a revista Veja, a Globo fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Não é de estranhar o silencio da revista do grupo Abril sobre essa denúncia e, muito menos, se amanhã ela retribuir o apoio recebido da família Marinho. Os conluios geram compromissos de mútua proteção. Agora, através do blog O Escrivinhador, do jornalista Rodrigo Vianna, soube-se que a Receita Federal, quando concluiu o processo, solicitou a abertura de uma Represen-
tação para Fins Penais – uma investigação criminal – contra os donos da Globo. Isso em 2006! Por que o Ministério Público Federal engavetou esse pedido e tornou-se conivente dessa ação criminosa? O mesmo MPF que, liderados por Gurgel e com apoio da Globo, fez a população brasileira acreditar que a aprovação da PEC 37 iria favorecer a corrupção no Brasil. Ambos, Globo e MPF, ao segurar os cartazes nas passeatas, não estavam somente nus. Estavam, também, cangados. Deve, o MPF, uma resposta à população brasileira, o porquê não investiga a Rede Globo. Vianna faz outra denúncia
grave: os funcionários da Receita Federal no Rio estão em pânico porque o processo contra a Globo simplesmente sumiu! É um processo que vai além dos R$ 615 milhões sonegados. Ele revela as contas da família Marinho nos paraísos fiscais. Ora, é assim que os ricos se livram das condenações, fazendo os processos desparecerem? Atestam suas inocências promovendo novas ações criminosas? Certamente, se comprovada essa denúncia, o sumiço do processo exigiu corromper alguns novos funcionários públicos. O cheiro de esgoto que exala da vênus platinada é cada vez mais forte.
editorial | Rio de Janeiro
O povo nas ruas e o Cabral nas alturas É IMPRESSIONANTE o grau de desimportância que o governador Sérgio Cabral dá às recentes mobilizações que assolam o país e em especial aqui no Rio de Janeiro. É como se as vozes da rua não fossem fortes o suficiente para atravessar as paredes do Palácio Guanabara e chegar aos ouvidos do principal chefe do executivo estadual. Nem mesmo o acampamento – montado próximo da sua residência – ecoando as principais reivindicações que são repetidas nas ruas, foram capaz de sensibilizá -lo ao ponto de sair a público e anunciar medidas estruturantes nas áreas sociais de sua responsabilidade. Ao contrário. O que se viu foi a ação da polícia barbarizando os manifestantes na madrugada e expulsando-os com violência.
Redação Rio: redacaorj@brasildefato.com.br
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É como se as vozes da rua não fossem fortes o suficiente para atravessar as paredes do Palácio Guanabara e chegar aos ouvidos do principal chefe do executivo estadual Agora vem a público a denúncia de que o governador estaria utilizando o helicóptero oficial para fins particulares. O Ministério Público do Rio de Janeiro já abriu investigação para apurar a denúncia. Se for comprovada, Cabral se juntará ao presidente do Se-
nado, Renan Calheiros; ao ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves; ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, entre outros, no clube daqueles que se utilizam do dinheiro público para fins particulares. Consta que o governador se move de helicóptero desde
sua residência no Leblon até o Palácio Guanabara em Laranjeiras, onde despacha todos os dias. Deve ser por isso que não vê o caos que está o transporte público. A última ação da Polícia Militar na Maré, que deixou 10 mortes e vários feridos, é mais um capítulo desse dra-
ma que vive o povo carioca. Essa truculência é o cartão de visitas de um governo que comanda uma das polícias mais violentas e corruptas do país. A situação dos hospitais estaduais é de caos total. Falta de atendimentos, má qualidade nos serviços e precarização são apenas algumas das tantas mazelas. Nesta quinta-feira (11), haverá novas mobilizações em todo Brasil. Aqui no Rio de Janeiro, seguramente esses temas e outros serão levados para as ruas. As Centrais Sindicais, juntamente com os movimentos sociais do campo e da cidade e os estudantes empunharão suas bandeiras e reivindicações que têm direção certa: o poder federal, estadual e municipal. Esperemos que dessa vez o povo seja ouvido.
Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Marcelo Netto Rodrigues, Eduardo Sales de Lima • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti • Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF), Vivian Virissimo, Daniel Israel e Cláudia Santiago (Rio de Janeiro –RJ) • Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas – Venezuela) • Fotógrafos: Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP), Flávio Cannalonga (in memoriam), João R. Ripper (Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro – RJ) • Ilustrador: Latuff • Editor de Arte: Marcelo Araujo • Revisão: Marina Tavares Ferreira • Jornalista responsável: Nilton Viana – Mtb 28.466 • Administração: Valdinei Arthur Siqueira • Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/ Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo/SP – redacao@brasildefato.com.br • Gráfica: Info Globo • Conselho Editorial: Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser, José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Milton Pinheiro, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos Santos, Ricardo Gebrim, Rosane Bertotti, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou assinaturas@brasildefato.com.br
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
Latuff
opinião | 03
João Roberto Lopes Pinto
Um jogo de cartas(éis) marcadas(os)
Fernanda Vieira
Quando a exceção é a regra imposta pelo Estado ACOMPANHAMOS estarrecidos uma operação policial na favela da Maré que acabou com 9 mortos oficiais (e relatos de 13 mortos pelos moradores). A explicação dos órgãos de segurança para tal massacre se resume à política de combate ao tráfico. Para o comando “apenas 3 vítimas não possuíam passagem pela polícia”, legitimando assim a operação de extermínio. O discurso dos órgãos de segurança revelam a implementação por parte do governador Sérgio Cabral de um estado de exceção: quando a política se volta para a pobreza, moradora das favelas e, em sua gran-
de maioria, composta de negros. Tanto é assim que o secretário de Segurança José Maria Beltrame declarou que “um tiro em Copacabana é uma coisa, um tiro na Coreia, no Alemão, é outra”. Esses dois pesos e duas medidas estabelecem para grande parcela da população moradora das favelas cariocas ou dos bairros pobres da nossa cidade uma ausência de direitos para o exercício da cidadania. Logo, não se pode falar em estado democrático e de direito nas favelas. Legitimar as ações de extermínio nas favelas vem sendo prática cotidiana tanto do go-
vernador, como do secretário de segurança. Em muitos casos com o silêncio do próprio Judiciário, que recebe autos de resistência e arquiva os processos de homicídios dos policiais. É fundamental denunciar o estado de exceção imposto pelo governo do Rio às favelas e exigir o fim da farsa das UPPs. As mobilizações das comunidades como do Horto, da Maré, da Rocinha demonstram que não é preciso UPP e sim saúde, educação, saneamento, logo: dignidade humana. Fernanda Vieira é advogada do Centro de Assessoria Popular Mariana Criola
Renato Cosentino
O Rio de Janeiro está à venda ASSIM QUE SE reelegeu, o prefeito Eduardo Paes declarou que os grandes eventos são uma ótima oportunidade para vender o país. É o que ele e o governador Sérgio Cabral têm feito no Rio de Janeiro. As PPPs estão repassando mais de 1 milhão de m² de terra pública para a construção de empreendimentos de luxo. O Maracanã, maior símbolo do futebol brasileiro, foi vendido. O governo gastou R$ 1,2 bilhão para a reforma do estádio e a oferta do Consórcio Maracanã (IMX, Odebrecht e AEG) foi de R$ 181,5 milhões. Ou seja, ao fim de 35 anos, o Estado recuperará só
15% do que foi gasto. Se não bastasse, o novo projeto prevê a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare, que foram destombados por Paes para serem destruídos, além da Escola Friedenreich e do Museu do Índio. O objetivo: construir estacionamentos, bares e lojas. Querem transformar o Complexo do Maracanã, que sempre foi um espaço público multiuso de esporte, lazer, cultura, educação e saúde, em shopping center. Com os equipamentos esportivos já fechados, atletas olímpicos tiveram que deixar o
país para manter sua rotina de treinamento e milhares de pessoas estão desassistidas, como crianças, idosos e deficientes. O Rio de Janeiro vive um contrassenso: perde equipamentos esportivos no momento em que se prepara para receber as Olimpíadas. Como disse uma atleta expulsa do Júlio Delamare: o foco para 2016 não está em medalhas, mas no dinheiro. É o que acontece em uma cidade à venda. Renato Cosentino atua na ONG Justiça Global e participa do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas
EM MEIO ÀS DEZENAS de obras, o Rio de Janeiro é objeto de um jogo de cartas marcadas, no qual quem ganha são algumas empresas e políticos. Até aí nenhuma novidade. O novo é que no caso do Rio a coisa está escancarada. O poder econômico além de dar as cartas virou o dono do baralho, ditando as regras, nas quais a banca é garantida pelo dinheiro público. As cartas são as grandes obras e os jogadores são as empreiteiras. O jogo está sendo jogado por poucos e grandes jogadores. Destacam-se aí as empreiteiras, as “quatro irmãs”: Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Camargo Correa. Dos 16 maiores empreendimentos/ obras no Rio, verificamos que em praticamente todos eles há a participação de pelo menos duas delas. Além disso, chama também a atenção o fato de que elas estão juntas em obras como o Arco Metropolitano e a Transolímpica, ligando a Barra à Avenida Brasil. Embora atuem claramente de modo consorciado e combinado, elas também se apresentam por vezes como concorrentes em licitações públicas, como foi o caso da disputa pela concessão para administrar o Maracanã.
O poder econômico além de dar as cartas virou o dono do baralho, ditando as regras, nas quais a banca é garantida pelo dinheiro público
O domínio do jogo pelas “quatro irmãs” é de tal forma evidente que levanta suspeição sobre possível formação de cartel, tipificado como infração administrativa sujeita a multas e como crime sujeito a prisão pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. No caso do Rio, é notória a presença destes indícios nas licitações de grandes obras. Outro indício deste domínio são os abusos cometidos pelas empresas vencedoras das licitações, que revisam os orçamentos das obras, elevando seus preços. O caso da reforma do Maracanã é emblemático, que teve seu orçamento duplicado. Cabe ao Ministério Público (MP) e aos órgãos de defesa da concorrência verificarem a existência de cartel, a exemplo do processo que levou à recente condenação de empreiteiras na África do Sul por fraude na última Copa do Mundo. Resta, ainda, indagar quem banca esta jogatina? A resposta: a banca pública, principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O dinheiro público alimenta uma concentração de poder econômico que, por sua vez, se alimenta de mais dinheiro público. Nos últimos dez anos, somente as “quatro irmãs” despejaram meio bilhão de reais nas campanhas. Em 2006, para cada real doado para campanha de deputados federais, a empreiteira recebeu em média 8,5 vezes o valor na forma de contratos de obras públicas. As grandes manifestações parecem indicar que a população não quer mais assistir a este jogo e que está disposta a entrar na partida para mudar as regras em favor das maiorias. João Roberto Lopes Pinto é pesquisador do Instituto Mais Democracia
04 | entrevista
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
“É uma grande vitória”
FATOS EM FOCO
Brasil de Fato celebra 10 anos com ato em SP
MORADIA Governos federal e estadual vão repassar R$ 2,9 milhões para reforma do Manoel Congo – prédio abandonado do INSS e ocupado desde 2007 Henrique Zizo
Vivian Virissimo do Rio de Janeiro (RJ) Os moradores da ocupação Manoel Congo, localizada na Rua Alcindo Guanabara, na Cinelândia, venceram uma importante batalha na última semana. O Diário Oficial da União publicou o edital que garante R$ 2,9 milhões dos governos federal e estadual para realizar reforma no edifício. Antiga propriedade do INSS, o prédio público ficou abandonado por mais de 15 anos e foi ocupado no dia 28 de outubro de 2007. Hoje a estrutura abriga 42 famílias que vão ter uma unidade individual depois da obra. “O governo federal vai repassar R$ 600 mil e o restante virá dos cofres do governo estadual”, conta Lurdinha Lopes, liderança do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), em entrevista ao Brasil de Fato. Os recursos são do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. Brasil de Fato – O que vai melhorar na vida dos moradores da Manoel Congo? Lurdinha Lopes – Com a obra, pretendemos garantir condições de moradia digna na Manoel Congo. Nesses quase seis anos que moramos na ocupação, usamos coletivamente um banheiro, uma lavandeira e uma pia de lavar louça por an-
“Trabalho, mobilidade urbana e saneamento básico são condições básicas para se morar nas cidades”
Lurdinha Lopes, liderança do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM)
dar [são dez andares]. A obra vai garantir que cada família tenha sua própria lavanderia, banheiro e cozinha. Esta é uma grande vitória que agregamos a outras vitórias. A primeira foi ter ocupado um prédio no centro da cidade, depois conseguimos permanecer no local, e com três anos de luta vencemos a reintegração de posse [o prédio foi comprado por R$ 900 mil com recursos do governo federal no final de 2010]. Quais eram os problemas enfrentados pelos moradores? Às vezes, até esquecemos o quanto sofremos nesse processo. Os primeiros três anos foram muito duros. Por conta da precariedade das redes de água e esgoto, ficamos um ano e três meses com cozinha coletiva e um banheiro em todo o prédio. Realmente nos sacrificamos nessa situação. Com recursos próprios conseguimos fazer uma rede improvisada auxiliar para
“Às vezes, até esquecemos o quanto sofremos nesse processo. Os primeiros três anos foram muito duros” que a gente pudesse abrir em cada andar uma estrutura mínima. Qual é o perfil dos moradores da Manoel Congo? São 127 pessoas de 42 famílias. Não são famílias muito grandes: só seis são compostas por mais de cinco pessoas. São famílias oriundas de comunidades de favelas no Rio, que moravam como agregados ou de aluguel. A remuneração varia de 0 a 3 salários, mas a maioria não recebe mais que um salário mínimo e meio. Muita gente atua no trabalho informal e muitas mulheres são chefes de
famílias. Há a presença de idosos, pessoas com deficiência mental e mobilidade reduzida. O MNLM acompanha a ocupação desde o começo? Nós estamos na Manoel Congo desde o começo, a ocupação foi organizada, planejada e efetiva pelo MNLM. Atuamos em 18 estados e já temos 23 anos de existência. Nos articulamos em 1990 para enfrentar o desafio de implementar o artigo 183 da Constituição que trata muito claramente a necessidade do solo cumprir função social e coibir a especulação imobiliária para garantir a universalização do direito à moradia. Essa é a nossa luta. Uma demanda antiga dos movimentos de moradia é a destinação dos imóveis públicos vazios para moradia popular. Por que é tão difícil tirar essa política do papel? Porque a terra no Bra-
sil é um capital inerte que se valoriza com o investimento de recursos públicos. Um exemplo disso é o Porto Maravilha da gestão Eduardo Paes. Um casebre abandonado não valia nada até o governo federal resolver aportar bilhões na revitalização. O metro quadrado subiu e não há mais espaço para os pobres que estavam lá invisíveis. Se os imóveis públicos abandonados desde o império, da Glória até a Leopoldina, fossem destinados para moradia popular poderíamos ter mais de 100 mil unidades. Esses dados são do Instituto Pereira Passos e do Sinduscon que mapeou esses imóveis vazios. O governo assume que o déficit é de 270 mil unidades no Rio, mas nós consideramos que esse número é muito maior. Habitação não é sinônimo apenas de moradia digna. Trabalho, mobilidade urbana e saneamento básico são condições básicas para se morar nas cidades.
O Brasil de Fato completou dez anos de existência em 25 de janeiro deste ano. Para celebrar esse feito, o jornal realiza um ato político-cultural no próximo sábado (13). O objetivo é celebrar, juntamente com todos os que colaboram com este veículo da classe trabalhadora esse feito histórico da impressa alternativa e popular. Estão confirmadas as presenças de vários artistas, intelectuais, personalidades da vida pública e lutadores do povo. O evento é aberto ao público e é gratuito. Portanto, anote: dia 13 de julho, com início às 14h e término às 21h, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo (SP).
Segurança pública Inicia nesta sexta-feira (12), com show da APAFUNK, Bonde da Cultura, Repper Fiell, entre outros, o Encontro Popular sobre Segurança Pública e Direitos Humanos (ENPOP). O evento será realizado no CAp Uerj, na Rua Santa Alexandrina, 288, no Rio Comprido. No sábado (13), os primeiros participantes vão discutir “Violências de Estado e Resistência Popular”, a segunda mesa de debates é “Das Senzalas Às Favelas: Criminalização da Juventude Negra e Guerra às Drogas”. No domingo (14), será abordado “O que está em Jogo nos Megaempreendimentos”. Os organizadores avisam que as inscrições já estão encerradas. Mais informações no site http://enpop.net.
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
cidades | 05
Trabalhadores convocam Dia Nacional de Lutas PARALISAÇÃO Nesta quinta-feira (11), principal objetivo das centrais é destravar pauta de reivindicações Pablo Vergara
Vivian Virissimo do Rio de Janeiro (RJ) Unidas, sete centrais sindicais e movimentos sociais convocam atos nesta quinta-feira, dia 11 de julho. No Rio, a manhã será de paralisações de diferentes categorias e de manifestação à tarde, com concentração na Candelária, a partir das 15h. “Este é o momento certo para conquistar os avanços necessários para que tenhamos um Brasil mais justo e igualitário”, comunicaram em nota CTB, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, CGTB e CSP/ Conlutas. Todas orientam que os sindicatos paralisem atividades, mas as suspensões estão sendo definidas por assembleia de cada categoria. Durante toda a quarta-feira (10), sindicalistas realizarão assembleias para definir a situação de cada setor. Algumas categorias importantes como os professores ligados ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), os trabalhadores ligados aos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) e ao Sindicato dos Bancários já definiram pela paralisação. Em plenária no SindipetroRJ, na noite de terçafeira (9), a NCST, na qual o sindicato dos transportes é filiada, informou que os indicativos de greve de 24h ou de 2h não foram aprovados durante as discussões. “Continua sendo discutido, mas até agora o transporte não vai parar no Rio”, disse Sérgio Luiz da Silva, vi-
Plenária reuniu centrais sindicais e MST no SindipetroRJ
“Este é o momento certo para conquistar os avanços necessários para que tenhamos um Brasil mais justo e igualitário” ce presidente da NCST. Essas sete centrais têm uma pauta de reivindicações que já foi encaminhada à presidenta Dilma Rousseff em 2010, após a realização do Conferência Nacional das Classes trabalhadoras (Conclat). Além da redução da jornada de trabalho, também consta o fim do fator previdenciário; reajuste digno para os aposentados; mais
investimentos em saúde, educação e segurança; transporte público de qualidade; fim do projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização; reforma agrária e fim dos leilões do petróleo. Reforma agrária Marcelo Durão, da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), defendeu a reforma agrária para minimizar os problemas das grandes cidades. “Superlotação dos transportes, a falta de moradia, saúde e educação de qualidade podem ser resolvidos com uma estratégia de desenvolvimento no campo que busque manter e deslocar parte da população para o campo. Hoje percebemos que acontece o inverso”, explicou. Durão também falou
sobre a importância da democratização da mídia. “Percebemos uma grande dificuldade da população ter vez e voz. Nas manifestações, a polícia foi o grande articulador e interlocutor entre o Estado e a população. A forma que o Estado se comunicou com a população foi com a violência da polícia”, criticou. Para ele, as manifestações mostraram o que já acontece com os movimentos e com os pobres na favela. “Na Maré, a polícia reagiu com fuzil, com bala de verdade. No centro do Rio, foi com bomba de gás e bala de borracha”, lembrou. Segundo Durão, os megaprojetos em curso na cidade potencializam essa forma de governar. “É a remoção de comunidades inteiras. A cidade está sendo construída beneficiando quem tem
dinheiro e trazendo dificuldades para os trabalhadores que estão sendo removidos para lugares cada vez mais distantes”, observou. A serviço da nação O sindicalista Edson Munhoz do Sindipetro -RJ informou que a pauta dos petroleiros pede a Petrobras 100% estatal, o fim dos leilões e o cance-
lamento dos leilões anteriores. “Nossa pauta é colocar o petróleo a serviço da nação. Não falo dos royalties que são apenas 15%, eu falo de 100% do petróleo. Saúde, educação, transporte, saneamento básico pode ser resolvido com dinheiro do petróleo do povo brasileiro”, explica. Munhoz acrescenta que a atuação da Petrobras deve ser voltada exclusivamente para os interesses do país e não de empresas estrangeiras. “Qualquer minério exportado do país não paga um tostão de imposto. Com a Petrobras seria diferente: destilaremos aqui, estimularemos a indústria petroquímica gerando emprego e imposto para o país”, afirma. Para o petroleiro, o leilão do pré-sal, que está agendado para outubro, não serve aos interesses do povo. “Em primeiro lugar, o leilão só é feito quando tem dúvida se existe petróleo ou quando não tem dinheiro para extração. Não é o caso do Brasil, o petróleo já está prospectado e a Petrobras tem condição técnica e financeira para a exploração. Barrando os leilões podemos mudar a cara do país”. Pablo Vergara
O sindicalista Edson Munhoz do Sindipetro-RJ
06 | cidades
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
Deputados pedem impeachment do governador Sérgio Cabral IRREGULARIDADES Família de Cabral utiliza helicóptero oficial nos finais de semana. Gasto com deslocamento da Lagoa para Laranjeiras seria de R$ 3,8 milhões Elaza Fiúza/ABr
do Rio de Janeiro (RJ) Os deputados estaduais Marcelo Freixo (PSOL), Paulo Ramos (PDT) e Luiz Paulo (PSDB), protocolaram, na última segunda-feira (8), denúncia contra o governador Sérgio Cabral por crime de responsabilidade e por quebra de decoro, com vista ao impeachment. A ação dos deputados ocorre por conta das denúncias publicadas na revista Veja que apontam que Cabral utiliza helicópteros oficiais para uso privado. Os parlamentares também vão entregar ao Ministério Público Federal uma representação contra o governador por crime de peculato. “São sete helicópteros a serviço do executivo. A utilização do helicóptero pela sua família, babá, pelo seu cachorro Juquinha e pelos amigos do seu filho não é um debate de razoabilidade, é um
debate de crime, de peculato. Não é um debate se é ou não é uma estripulia (termo que o governador utilizou). É debate de responsabilidade e crime, por isso queremos que o governador seja investigado”, explicou Freixo.
“Não é um debate se é ou não é uma estripulia. É debate de responsabilidade e crime, por isso queremos que o governador seja investigado” Ainda na segunda (8), o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, do Ministério Público (MP) também abriu investigação para apurar as denúncias contra Cabral. Segundo revista Veja, o governador usa o helicóptero oficial para ati-
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
vidades particulares nos fins de semana para se deslocar para Mangaratiba, na região sul fluminense, onde tem uma casa de praia. No Rio, um dos helicópteros, comprado por US$ 9,7 milhões em 2011, tem sido usado pelo governador Sérgio Cabral para seus deslocamentos diários. Segundo estimativa da revista, são
gastos por mês cerca de R$ 312 mil ou R$ 3,8 milhões anualmente. Em Brasília, o governador Cabral continuou defendendo a utilização de helicóptero para seus deslocamentos. Ele parte da Lagoa, onde chega de carro, até o Palácio Guanabara, em Laranjeiras, uma distância de 10 km. “Muitos têm até aviões, coisa que o gover-
no do estado não tem. Estamos falando de mobilidade de ir para a sua casa e voltar. A mobilidade de pegar o helicóptero quando a sua casa é fora da cidade do Rio de Janeiro. Não sou o primeiro a fazer isso no Brasil. Outros fazem também, e faço de acordo com o cargo que ocupo. Não estou fazendo nenhuma estripulia”, disse.
Situação “calamitosa” no Hospital do Andaraí Reprodução
do Rio de Janeiro (RJ) A Defensoria Pública da União (DPU) no Rio de Janeiro classificou a atual situação da infraestrutura do Hospital Federal do Andaraí, na zona norte do Rio, como “sucateada e calamitosa”. A declaração foi feita na segunda-feira (8) pelo defensor público federal Daniel Macedo durante vistoria para averiguar os frequentes cancelamentos de cirurgias de alta e média complexidade que vêm ocorrendo nos últimos dois anos, em consequên-
Hospital Federal do Andaraí, na zona norte do Rio
cia da falta de insumos e medicamentos básicos. A DPU deu prazo de dez dias para a direção do hospital responder
quais os medicamentos que estão em falta, quantas cirurgias foram desmarcadas e por quais motivos a unidade de
saúde se encontra em estado de abandono. O defensor Daniel Macedo explicou que, caso os problemas no Hospi-
tal do Andaraí não sejam resolvidos nesse período, uma ação civil pública será ajuizada e os gestores da unidade podem ser denunciados por negligência administrativa. Segundo Macedo, a unidade de saúde recebe mais de R$ 100 milhões de orçamento. “Aqui não tem absolutamente nada, está tudo quebrado e sucateado. A maternidade está fechada há dois anos e a emergência está destruída. O paciente que vier aqui tem que contar com a sorte para ser atendido”, disse Macedo. (Agência Brasil)
SINDICAL
Novo parecer do trabalho doméstico O Projeto de Lei do Senado nº 224/2013, que regulamenta os direitos dos trabalhadores domésticos, deverá ser modificado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), já apresentou novo parecer com cinco emendas. Além de tornar mais clara a destinação de 0,8% para financiar o seguro contra acidentes de trabalho, alterou a redação de inciso que destina 8% ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Outra modificação elimina a garantia de o trabalhador doméstico receber os salários correspondentes ao aviso prévio se rescindir o contrato de trabalho em virtude de novo emprego. O parecer pode ser votado quarta (10).
Inflação assinala tendência de queda O IPCA baixou e ficou em 0,26% no mês de junho. A informação é do IBGE. Em maio, havia sido de 0,37%. A alta do mês passado é a menor desde junho de 2012, quando ficou em 0,08%. O IPCA mede a inflação para famílias com renda de um a 40 salários mínimos em nove regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor subiu 0,28% em junho, ante 0,35% em maio. O INPC mede a inflação para famílias de um a cinco salários mínimos nas mesmas regiões pesquisadas para o IPCA.
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
brasil | 07
Samuel Tosta
FATOS EM FOCO
Democracia na mídia
Sindicatos e movimentos sociais são contra os leilões
Edital do primeiro leilão do pré-sal é divulgado PETRÓLEO A agência pretende leiloar o Campo de Libra, na Bacia de Santos no dia 21 de outubro do Rio de Janeiro (RJ) A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou, nesta terça-feira (9), a minuta de edital na área do pré-sal. A agência pretende leiloar o Campo de Libra, localizado na Bacia de Santos (SP), no dia 21 de outubro. Este será o primeiro leilão com o regime de partilha de produção. No próximo dia 23, no Rio de Janeiro, será realizada audiência pública sobre o leilão. A área a ser licitada tem cerca de 1.547 quilômetros quadrados de extensão e é considerada pela ANP de grande potencial para descobertas de petróleo e gás natural. Segundo o edital, os ganhadores da licitação têm de desenvolver as atividades de exploração no período de quatro anos, prazo que poderá ser estendido, como prevê o contrato de partilha de produção.
A Petrobras será o operador do bloco e terá participação mínima assegurada de 30% no consórcio, que não poderá ser integrado por mais de cinco empresas.
“Nós vamos criar todas as dificuldades políticas e jurídicas para impedir esse entreguismo”
Os movimentos sociais são contra os leilões. Segundo o diretor do Sindipetro-RJ Emanuel Cancella, a lei que criou o regime de partilha torna possível que a Petrobras seja a única empresa a explorar o pré-sal e os movimentos sociais vão lutar para que isso aconteça.
Cancella avisou que os movimentos sociais vão aumentar a pressão contra a política energética do governo para barrar o leilão do pré-sal. “Nós vamos criar todas as dificuldades políticas e jurídicas para impedir esse entreguismo”, garantiu. Já o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), Fernando Siqueira, questiona os critérios estabelecidos pela ANP para leiloar o campo de Libra. “O campo de Libra foi adquirido pela Petrobras por conta da cessão onerosa. Ela perfurou o campo, correu riscos, achou 15 bilhões de barris e a ANP, de forma inexplicável, tomou o campo da empresa e quer leiloar. Como leiloar petróleo já descoberto! Quais os critérios?”, indagou Siqueira. No mês passado, em entrevista coletiva, a presidenta da Petrobras,
Graça Foster, disse que a estatal pretende atuar neste leilão de partilha do pré-sal de forma diferenciada, na parcela de 70% que excede a participação de 30% a que tem direito e obrigação. “É fundamental conhecer o edital e o contrato, porque, na outra parte dos 70%, que está
além do direito e da nossa obrigação dos 30%, queremos buscar parceiros de fato relevantes, para atuar conosco em um consórcio para esses 70%”, afirmou Graça. Segundo o edital, a empresa que vencer o leilão terá que pagar à União um bônus de R$ 15 bilhões.
Na quinta-feira (11), mesma data do “Dia Nacional de Luta” convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, o Levante Popular da Juventude está chamando para o ato “Levante juventude contra o monopólio da informação”. No Rio de Janeiro, a concentração será ao final do ato das centrais, na Cinelândia. “Gritaremos: Fora Globo! que é a emissora de televisão que monopoliza 75% dos canais de comunicação no Brasil. Queremos a democratização dos meios de comunicação!”, explicam os organizadores. Manifestações também estão previstas em São Paulo, Belém, Porto Alegre e Aracaju.
Ministro pede urgência na MP do Programa Mais Médicos O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reuniu-se nesta terça-feira (9) com os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, para pedir celeridade na análise da Medida Provisória (MP) que institui o Programa Mais Médicos. A MP foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje. A partir de agora, o texto será apreciado por uma comissão mista de deputados e senadores, antes ir ao plenário das duas Casas.
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Aluno de medicina terá de trabalhar dois anos no SUS SAÚDE Os estudantes irão trabalhar na atenção básica e nos serviços de urgência e emergência da rede pública Tânia Rêgo/ABr
Luana Lourenço e Mariana Tokarnia de Brasília (DF) Os alunos que ingressarem nos cursos de medicina a partir de 2015 terão que atuar dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o diploma. A medida é válida para faculdades públicas e privadas e faz parte do Programa Mais Médicos. Com isso, o curso passará de 6 anos para 8 anos de duração. Os estudantes irão trabalhar na atenção básica e nos serviços de urgência e emergência da rede pública. Eles vão receber uma remuneração do governo federal e terão uma autorização temporária para exercer a medicina, além de continuarem vinculados às universidades. Os profissionais que atuarem na orientação desses médicos também receberão um complemento salarial. Os últimos dois anos do curso, de atuação no SUS, poderão contar para residência médica ou como pós-graduação, caso o médico escolha se especializar em uma área de atenção básica.
Com a mudança nos currículos, a estimativa é a entrada de 20,5 mil médicos na atenção básica
Com a mudança nos currículos, a estimativa é a entrada de 20,5 mil médicos na atenção básica. “Esse aumento será sentido a partir de 2022, quando os médicos estarão formados”, disse o mi-
Protesto contra a contratação de médicos estrangeiros no centro da cidade
nistro da Educação, Aloizio Mercadante. De acordo com os ministérios da Educação e Saúde, as instituições de ensino terão que acompanhar e supervisionar o aluno. Após o estudante ser aprovado no estágio no SUS, a autorização temporária de exercício será convertida em inscrição no Conselho Regional de Medicina. Por haver recursos federais no programa, os alunos das escolas particulares deverão ficar isentos do pagamento de mensalidade. Esse trabalho na rede pública não acaba com o internato, no quinto e no sexto anos do curso. Mais vagas Até 2017, a oferta de vagas nos cursos de Medicina terá um aumento superior a 10%. Com o
O aumento deve ser sentido este ano, com a abertura de 1.452 vagas. Em 2014, serão 5.435
programa Mais Médicos, serão abertas 3.615 vagas nas universidades públicas e, entre as particulares, devem ser criadas 7.832 novas matrículas. O aumento deve ser sentido este ano, com a abertura de 1.452 vagas. Em 2014, serão 5.435, anunciou Mercadante. De acordo com o ministro, haverá uma descentralização dos cursos que serão instalados em mais municípios. A residência médica terá de acompanhar o ritmo de vagas
abertas na graduação. “Não basta abrir curso de medicina para fixar um médico em uma região que temos interesse para ter. É preciso residência médica, que é um fator decisivo para a fixação, além de políticas na área de saúde. Estados que têm oferta de residência médica, têm uma concentração grande de médicos, como Rio de Janeiro e São Paulo”, disse o ministro. Segundo ele, haverá uma melhor distribuição dos cursos pelo país. Atualmente, 57 municípios oferecem cursos de medicina. Com o novo programa, mais 60 passarão a ofertar, totalizando 117 municípios no país. Isso acarretará, para as universidades federais, a contratação de 3.154 professores e 1.882 técnicos -administrativos.
Nas particulares, segundo Mercadante, não haverá mais a “política de balcão”, em que os institutos apresentam as propostas para a abertura de cursos. Agora, a oferta de cursos de medicina se-
rá definida por meio de editais públicos, de acordo com a necessidade do país. “Vamos verificar as áreas que têm condições e necessidade de ofertar vaga e lá ofertaremos”. (Agência Brasil)
MÉDICOS ESTRANGEIROS A decisão do governo de autorizar a vinda de médicos estrangeiros sem a aprovação no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida), no âmbito do Programa Mais Médicos, é para evitar que esses profissionais disputem mercado com os médicos brasileiros, disse no dia 9 de julho o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, todos os profissionais serão avaliados e atestados por universidades públicas, que são as mesmas instituições com atribuição e competência, definidas pela Lei de Diretrizes e Bases, para conduzir o processo de revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior. A contratação de médicos formados em outros países sem a obrigatoriedade da aprovação do Revalida tem sido criticada por entidades de classe. (Agência Brasil)
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A hora de desmilitarizar Marcelo Camargo/ABr
REPRESSÃO Ações truculentas da PM nas mobilizações e nas favelas apontam para os resquícios da ditadura civil-militar brasileira Márcio Zonta da Redação O homem tem 34 anos, aproximadamente um metro e oitenta e cinco de altura, braços largos e musculosos e algumas cicatrizes na face. “São marcas das batalhas”, diz. Suas primeiras palavras explicam muito de sua profissão: “Não, não existe essa de ir para rua para enxergar cidadão em manifestação, e pior ainda em favela, é tudo vagabundo, ou como gostam de falar uns coronéis, uns chefes mais antigos, é subversivo, então temos que ir para cima”.
“O problema de a Polícia Militar ter sido forjada na ditadura incide sobre sua filosofia de atuação” A descrição do homem acima e o sequente relato pertencem a *Robson, um soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que aceitou conversar com a reportagem do Brasil de Fato, sob a condição de sigilo de sua identidade. O PM está há dez anos na instituição e atua numa das periferias da cidade, no extremo sul. A clareza com que Robson explicita a violência, característica central das ações da PM brasileira, ilustra as cenas de truculência desmedida da corporação contra os manifestantes dos diversos protestos que eclodiram pelo país no mês de junho, episódios que trouxeram o tema da desmilitarização da Polícia Militar à tona
nas últimas semanas. Mas no morro, a bala não é de borracha. Para além da truculência policial nos protestos, a fala do policial militar Robson são corroboradas pelo episódio mais recente ocorrido na favela da Maré, no Rio de Janeiro, no dia 24 de junho, quando 13 moradores da comunidade foram mortos numa ação dos homens do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Desmilitarizar Para especialistas no assunto, agora é o grande momento de colocar em pauta a desmilitarização. “A PM sempre foi violenta contra os pobres e ninguém nunca se preocupou. Se aparece uma jornalista de um grande jornal, com o olho todo detonado, uma violência extremamente grave e que evidentemente não está legitimada, isso choca muito mais que 20 morrendo na favela.”, enfatiza o professor de direito penal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Túlio Viana. Com uma forma de atuação delineada nos tempos da ditadura civilmilitar brasileira, a PM tem um treinamento específico para combater os “inimigos” nas ruas. “O problema de a Polícia Militar ter sido forjada na ditadura incide sobre sua filosofia de atuação. Enquanto outras polícias do mundo são treinadas para abordar o sujeito, fazer averiguação e liberá-lo, ou se cometeu um delito enviá-lo para outras instâncias, como julgamento, no Brasil é diferente: a ordem é aniquilar o inimigo, que nesse caso é o povo”, esclarece Viana. *Nome fictício.
Operação da PM: “em favela, é tudo vagabundo”
Por onde começar? Uma das etapas da desmilitarização da polícia é dar fim às regras militares pesadas e humilhantes que influenciam no ímpeto violento dos soldados Mariana Martins/Folhapress
da Redação O especialista em segurança pública, Guaracy Mingardi, salienta que o processo de desmilitarização da PM no Brasil levaria anos por conta das mudanças jurídicas e ideológicas que implicam o processo. Para mudar uma polícia do status militar para civil, seria necessária uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e posteriormente submetida à votação em diversas esferas do governo. No entanto, segundo ele, um importante passo seria extinguir a Inspetoria Geral da Polícia Militar (IGPM), subordinada às Forças Armadas, que pode mandar nas ações da PM quando quiser. Segundo Guaracy, outro ponto importante a
Para Guaracy, regimento interno da PM precisa ser modificado
ser modificado é o regimento interno da PM. “Acabando com a influência da IGPM, teríamos que dar fim às regras militares pesadas, humilhantes que influenciam no ímpeto violento dos
soldados nas ruas. Mas, claro, com a existência de uma hierarquia como todo órgão público. Para isso, também não precisaríamos de mutações constitucionais”, diz. Por fim, outra mu-
dança seria igualar os direitos de um policial no mesmo patamar que de um civil, sem que ele seja julgado pelos seus próprios pares, mas sim como qualquer outro cidadão. (MZ)
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Venezuela, Bolívia e Nicarágua dizem “sim” a Snowden Reprodução
BIG BROTHER EUA Esses três países foram os únicos – de uma lista de 27, que também incluía o Brasil – a aceitar o pedido de asilo do ex-agente da CIA da Redação O ex-agente da CIA Edward Snowden, 30, que revelou ao mundo que os Estados Unidos espionam a internet de milhares de pessoas poderá escolher entre Venezuela, Bolívia e Nicarágua para se refugiar. Esses três países foram os únicos – de uma lista de 27, que também incluía o Brasil – a aceitar o seu pedido de asilo. Ontem, o governo brasileiro também disse “não” a Snowden, apesar de nos últimos dias terem vindo à tona informações de que cidadãos brasilei-
ros também estão sendo espionados. O jovem dos Estados Unidos, que teve seu passaporte cancelado pelo governo do seu próprio país, se encontra desde o dia 23 de junho na zona de trânsito de um aeroporto em Moscou – em uma área que legalmente não é considerada como território russo. Novas colônias Os Estados Unidos, que mesmo assim pressionam a Rússia para que ela entregue Snowden a eles, já advertiram que nenhum país deve permitir que ele viaje por ou
O ex-agente da CIA Edward Snowden
para seu território, exceto se não for em direção aos Estados Unidos. França, Itália, Espanha e Portugal obedeceram a ordem dada pelos
Estados Unidos e, na semana passada, deram a sua “contribuição” à caça de Snowden. Esses países, mesmo infringindo leis interna-
cionais, não autorizaram que o avião do presidente da Bolívia, que voltava de uma viagem a Moscou, cruzasse os seus espaços aéreos, por suspeitas de
que Evo Morales estivesse levando Snowden escondido a bordo. O avião foi obrigado a pousar em Viena, onde, segundo denúncias de La Paz, teria sido revistado. De acordo com o extécnico em segurança digital da CIA, o governo dos Estados Unidos teria acesso direto a servidores de nove grandes empresas de internet, incluindo Google, Microsoft, Facebook, Yahoo, Skype e Apple. Alguns analistas levantam que uma alternativa para Snowden, diante da dificuldade de sair de Moscou, poderia ser ele se abrigar na embaixada de um dos três países em Moscou, repetindo assim o que passa com o portavoz do Wikileaks, Julian Assange, que se encontra na embaixada do Equador em Londres.
EUA grampeiam e-mails e ligações telefônicas de brasileiros DE OLHO EM VOCÊ De acordo com o ministro das Comunicações, além da motivação política (combate ao terrorismo), a espionagem pode ter motivações comerciais Valter Campanato/ABr
Sabrina Craide de Brasília (DF) O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu ontem, dia 9, mecanismos mais fortes de proteção da privacidade das comunicações dos cidadãos brasileiros. Segundo ele, propostas neste sentido serão estudadas pelo grupo técnico interministerial que foi formado para analisar as denúncias de monitoramento das comunicações eletrônicas e telefônicas brasileiras pelos Estados Unidos.
Grampos De acordo com o ministro, além da motivação política (combate ao terrorismo), a espionagem pode ter motivações comerciais. “Existem relatos de interferência em disputas comerciais importantes”, disse ele. Paulo Bernardo voltou a afirmar que, se confirmadas as denúncias de monitoramento de dados de telefonemas e e-mails de brasileiros pela Agência Nacional de Segurança dos EUA, elas terão as consequências cabíveis. “Isso, caso confirmado, é crime. Se for real-
mente confirmado, vai ter que ter consequência, denúncia no Ministério Público, processo judicial, mas ainda não temos essa confirmação.” De acordo com o ministro, a presidenta Dilma está tranquila em relação ao assunto, mas não vai abrir mão de explicações. “Ela não está irritada ou zangada, mas também acha que isso é muito grave para ficar sem uma explicação. Então, a orientação é que nós continuemos averiguando. E o Itamaraty vai cobrar explicações.” (Agência Brasil)
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo
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cultura | 11
Cavaquinista de 75 anos lança seu primeiro CD Athur William/NPC
MÚSICA Siqueira Entre Nós é o primeiro álbum do Chorão e integrante da Velha Guarda da Mangueira, José de Alcântara Siqueira Arthur William e Marina Schneider do Rio de Janeiro (RJ) O músico José de Alcântara Siqueira, de 75 anos, tocou com a última formação da banda de Pixinguinha e acompanhou artistas como Beth Carvalho, Jamelão, Alcione, Nelson Gonçalves, entre outros. Siqueira também integrou vários grupos musicais (Carinhoso, Apoio e Chapéu de Palha), regionais (Chorões do Rio, Mário Pereira e seus Chorões, Conversa de Violão) e também participou de orquestras como Tabajara e Cuba Libre.
“Não tenho palavras, mas posso dizer que foi um prêmio porque eu esperei muito e muito tempo, e foram muitas as decepções que eu tive”
Mas em sua trajetória ainda faltava realizar um desejo: fazer um registro de sua obra autoral. Com mais de 450 composições no currículo, muitos já tinham prometido ajudar Siqueira. Mas foi o jovem músico Wellington Monteiro, junto com o amigo Pedro Cantalice, que conseguiu mobilizar cerca de 70 colegas músicos para concretizar o sonho do cavaquinista.
Brasil de Fato – Quantos anos o senhor tem e onde nasceu? José de Alcântara Siqueira – Eu nasci em Recife, em 21 de setembro de 1937. Estou caminhando para os 76 anos. O senhor veio de Recife para o Rio quando e por quê? Vim para o Rio em 1951. Perdi meu pai e minha mãe resolveu vir pro Rio. Sua família é de músicos? Meu pai tocava bandolim e minha mãe tocava piano. Só que, naquela época, violão, cavaquinho, bandolim não eram muito aceitos, não eram vistos com bons olhos. Só o pessoal que “manguaçava” que tocava (risos). E minha mãe não permitia que eu tocasse. E não dava para ganhar a vida disso? Não. Era muito difícil antigamente. Por incrível que pareça, hoje é mais fácil. Nesses 75 anos, como o senhor ganhou a vida? Sou funcionário público aposentado. Nunca acreditei na música como opção de vida. E como o senhor se sente hoje, aos 75 para 76… Velho! (risos) Como o senhor se sente tendo um CD de músicas suas gravado aos 75 anos? Não tenho palavras, mas posso dizer que foi um prêmio porque eu esperei muito e muito tem-
O músico José de Alcântara Siqueira (à direita), que acompanhou, dentre outros artistas, Pixinguinha e Beth Carvalho
po, e foram muitas as decepções que eu tive. Muitos me prometeram, mas só esses rapazes que fizeram para mim [Wellington Monteiro, Pedro Cantalice e o batalhão de músicos e amigos que colaboraram]. Se os mais velhos prometeram e não fizeram, eram os jovens que iam fazer? E não é que aconteceu? O senhor tem mais de 450 composições próprias. Como o senhor
compõe e como foi e é a convivência com grandes mestres? Conheci muita gente nessa trajetória de vida… Com relação às músicas, normalmente na calada da noite é que eu acordo já com uma música pronta e passo para o cavaquinho. E os mestres foi uma questão de sair tocando. Você conhece um, conhece outro… E o senhor se emociona lembrando de momenAthur William/NPC
“Eu sou mangueirense de carteirinha, então a Mangueira é tudo para mim. É como se fosse um pedaço de mim”
tos da sua história, como tocar na banda do Pixinguinha? Sente saudades? Não tem como não sentir saudades porque você falou de um santo, né? Aí é diferente. “São” Pixinguinha. Naquela época eu era um pouco mais jovem e agora é que dou importância para o que era aquilo. Naquela época era como tocar com outra pessoa. Eu vejo todo mundo no mesmo plano. Se é errado ou certo eu não sei, mas eu vejo assim. O senhor é da Velha Guarda da Mangueira. Fale um pouco dessa Escola de Samba para a gente. O que o senhor sente em fazer parte dela? É tão difícil… Eu sinto tanta coisa… Eu sou mangueirense de carteirinha, então a Mangueira é tudo para mim. É como se fosse um pedaço de mim. O senhor acredita que gravando CDs e regis-
trando suas composições outros compositores e outros jovens podem levar sua música adiante? O que vai acontecer só Deus sabe. Agora, da minha parte, eu vejo isso como uma contribuição à cultura. Não tem outra finalidade. A finalidade é contribuir para a cultura. Nós que tocamos choro, vivemos choro, respiramos choro temos que fazer isso sim, porque senão a música acaba. Eu já fiz a minha parte, dei minha contribuição.
SERVIÇO Quem quiser comprar o CD, que custa R$ 20, deve entrar em contato pelo e-mail siqueiraentrenos@gmail.com ou pelo telefone (21) 98071593. Mais informações em https://www.facebook. com/mestresiqueira
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Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
Cordialidade em cena no CCBB Divulgação
TEATRO Espetáculo O Patrão Cordial está em cartaz até o final de julho no Rio do Rio de Janeiro (RJ) O palco do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) recebe, até o dia 28 de julho, o mais novo trabalho da Companhia do Latão, a comédia O Patrão Cordial. Com direção de Sérgio de Carvalho, a peça está sendo encenada no Teatro III, mas ela foi concebida para ser apresentada em espaços alternativos, tais como pátios, igrejas, sindicatos, escolas etc. O espetáculo é baseado em duas fontes literárias: o estudo teórico
SERVIÇO
O Patrão Cordial
Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda e a peça O Senhor Puntila e seu Criado Matti, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Outro aspecto interessante é que O Patrão Cordial vem sendo apresentada na forma de ensaio aberto desde agosto de 2012, em assentamentos, escolas e teatros de São Paulo e Rio de Janeiro. A sinopse indica que o personagem central, Cornélio, é inspirado em “Puntila”, criado por Brecht. É o proprietário rural que oscila de caráter
Cena do espetáculo O Patrão Cordial, novo trabalho da Companhia do Latão
para manter sua condição de classe: cordial e fraterno quando bêbado, impiedoso e distante quando sóbrio. E que
através desse comportamento se relaciona com os trabalhadores que dele dependem. O espetáculo examina, ao mes-
mo tempo, a “dominação cordial” através da “ética de fundo emotivo” descrita por Sérgio Buarque de Holanda.
Duração: 100 minutos. Lotação: 90 lugares. Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Rua Primeiro de Março, 66. Teatro III. Horários: de quarta a domingo, às 19h. Temporada: até 28 de julho Classificação etária: 12 anos. Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (estudantes) Tel. (21) 3808-2020
AGENDA Divulgação
Irmãos Brothers no Parque das Ruínas
ARRAIÁ DOS IRMÃOS BROTHERS Um espetáculo circense com um toque diferenciado do tradicional casamento na roça. O musical conta a história do casamento de Rosinha que precisa ser realizado às pressas devido ao Andarilho Argemiro ter “embuchado” a moça. Com apresentação todos os sábados até o final de julho (27/07), acontece no Parque das Ruínas em Santa Teresa. Entrada franca. JUVENTUDE EM FOCO Os alunos do 9o ano da Instituição de Aplica-
ção da UERJ ganham exposição na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. As 80 fotografias proDivulgação
Chacrinha no Bangu Shopping
duzidas pela turma tem um enfoque na fuga do mundo virtual e na apreciação dos esportes. Fica em cartaz até 21/07 no Jardim Botânico. Entrada gratuita QUEM NÃO SE COMUNICA, SE TRUMBICA Em homenagem aos 25 anos sem o velho Chacrinha, o Bangu Shopping, está com uma exposição de 150 fotografias de convidados no programa, figurino e mostra de vídeos e depoimentos. Em cartaz em Bangu, a exposição vai até o dia 21/07. Entrada gratuita.
Divulgação
DOSE TRIPLA NA ARTUR FIDALGO A Galeria Artur Fidalgo traz para o público uma dose tripla de arte. A exposição teve início no final de junho e conta com a exibição do artista paulistano Sergio Sister e suas dimensões, juntamente com Suzana Queiroga e suas nuvens e Fábio Carvalho desvelando a intimidade do Cowboy. A entrada é gratuita e está aberta ao público até esse final de semana (13/07) na Rua Siqueira Campos 143, 2o andar – Copacabana. II ARRAIÁ BAIÃO DE DOIS Em sua segunda edição o evento contará com uma homenagem ao músico e compositor Severo, morador do Bairro. Além disso, terá apresentação de quadrilhas, brincadeiras, barraquinhas tradicionais, comidas típicas e uma Banda de Forró ao vivo. Com entrada gratuita, acontecerá na Praça em frente à Biblioteca Parque de Manguinhos – Benfica.
Dose Tripla na Artur Fidalgo
CINEBLOCO Grandes trilhas sonoras do cinema ganham através desse bloco sua versão brasileira, misturando grandes clássicos da história do cinema com samba, funk, maracatu e outros ritmos. O
grupo embala todas as gerações com seu repertório inusitado. Sábado, 13 de julho, se apresentarão na Pedra do Sal. Com entrada gratuita o evento começa às 20h. Rua Argemiro Bulcão, 35 – Praça Mauá. Divulgação
Cinebloco na Pedra do Sal
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
variedades | 13
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL 2013
Cilindradas de carros populares A greve que paralisa todos os serviços
Causadas pela explo- Represensão do ar durante tante da lei raios, são popular- no Velho mente chamadas de Oeste "trovões"
Inconveniente da estrada de terra Peso que dá estabilidade ao navio
Corante usado em salsichas
Riqueza do sangue arterial
Caráter eleitoral do analfabeto no Brasil
Regina Dourado, atriz baiana
As usuárias das sapatilhas de ponta
Tecido grosso e resistente, de tendas
Enxerguei
Cilindro, em inglês
Desejo de vingança
Dar um (?) em: tratar com indiferença (?) Nercessian, ator goiano
Belo (?), hidrelétrica paraense Adesivo postal Vinco na pele
Curral de ovelhas Quatro vintenas
S
E
L O Embarcação típica da Amazônia
104, em romanos Forma, em inglês
"(?) de Ódio", western clássico (Cin.)
P I B I
X E R I F E
N A I V
Cenário do "Big Brother Brasil"
S T E P A N
LIVRO 2 NAS BANCAS E LIVRARIAS
F
P O E L IR A A S T G R EL O O G AR A S I T O L S A
3/así — hit. 5/shape. 6/gaiola — roller — stepan. 7/rastros. 8/concerto.
HORÓSCOPO
RO
do QUADRINHOS quebUmralin -cabeça S O Grátis! CLÁSSIC 0 50 E ANOS 40
(?) dos santos: cânon (Catol.)
Base sólida que legitima algo (fig.) Divisões do processo paulatino Mudar de (?): ir para lugar saudável
BANCO
Corta (a grama) Assim, em espanhol
CA
(?) certo: ter resultado positivo
M A I G E N L E G I R L L A R I L O N M L A O VI L N C E R T R UG E S A H E D A M E A P A S R E S
Recipiente de sorvete (pl.)
Solução
EDIÇÃO AL ESPECIA
O I T E N T A
Cosmético facial Ave do cerrado (pl.)
O N D A S D E C H O Q U E
Da mesma forma A segunda vogal "(?) de Aranjuez", composição de Joaquim Rodrigo Sucesso, em inglês
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ASTROLOGIA - Semana de 11 a 17 de julho Semana positiva para dedicação a temas espirituais, terapias ou temas que revigorem energias; influência positiva para relacionamentos e para partilhar novas ideias
Áries
(21/3 a 20/4) Momento propenso para rever questões pendentes, principalmente relacionadas a familiares. Período bom para retomar conversas com parentes. Na vida amorosa, antigos sentimentos podem aflorar.
Touro
(21/4 a 20/5) Semana favorece novas ideias e criatividade. Período bom para se desligar mais de coisas burocráticas. No amor, tendência para assumir sentimentos com responsabilidades.
Gêmeos
(21/5 a 20/6) Momento de atenção com as finanças e novos projetos. Período bom para rever valores diante de suas relações. No amor, paciência será determinante para lidar com que vive.
Câncer
(21/6 a 22/7) Semana favorece reflexão sobre questões rotineiras. Período de idealizar novos projetos e decisões de médio e longo prazo. Na vida amorosa, novos emoções afloram com um pouco de nostalgia.
Leão
(23/7 a 22/8) A semana é propensa para reavaliar questões profissionais e negócios. Momento exige avaliações e cuidados com as coisas rotineiras. No amor, mais dedicação pode ajudar a ter momentos especiais.
Virgem
(23/8 a 22/9) Momento para recompor suas energias. Período bom para questões profissionais e trabalho. Procure fazer algo que faça bem às suas emoções. Na vida amorosa, boas conversas ajudam a aliviar angústias.
Libra
(23/9 a 22/10) Momento bom para novos desafios inclusive profissionais. Período importante para retomar assuntos pendentes e retomar antigos projetos. Na vida afetiva, período bom para refletir sobre valores e interesses em comum.
Escorpião
(23/10 a 21/11) Semana favorece para retomar projetos antigos. O momento é de estratégia para assuntos profissionais e financeiros. No amor, procure conselhos e boas conversas antes de tomar decisões sérias.
Sagitário
(22/11 a 21/12) Semana positiva para uma dedicação a temas espirituais. Momento especial para renovar energias. No amor, momentos afetuosos intensos e o poder de conquista estará aflorado.
Capricórnio (22/12 a 20/1) Semana favorece a retomada de projetos e assuntos profissionais. Momento também é bom para melhores entendimentos nas relações de amizade. No amor, período especial para decisões e novidades.
Aquário
(21/1 a 19/2) Semana traz influência boa para novas amizades partilhar novas ideias. Mas cuidado com as divergências, principalmente as profissionais. No amor, carinho e romantismo garantem momentos especiais.
Peixes
(20/2 a 20/3) Momento propício para demonstrações emocionais diante de seus relacionamentos. Período exige atenção para exageros com exigências diante das pessoas que gosta. No amor, compense desgastes da rotina com diversão e lazer.
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Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
Fifa garante ingressos mais baratos para Copa no Brasil Tânia Rêgo-ABr
COPA 2014 Secretário da entidade afirma que, em 70% dos jogos, entradas tendem a custar menos que os das últimas copas Isabela Vieira do Rio de Janeiro (RJ) O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, disse em 1º de julho que a Copa do Mundo de 2014, que será disputada em 12 cidades brasileiras, terá os ingressos mais baratos da história da competição, cuja primeira edição ocorreu em 1930. Após apresentar balanço sobre a Copa das Confederações, que terminou dia 30, no Rio, Valcke disse que, em 70% dos jogos de 2014, os ingressos tendem a custar menos que os das últimas copas, sem dar muitos detalhes. “Do jogo 2 ao 48, vai
ser o ingresso mais barato que já tivemos em Copa do Mundo, ainda mais se você aplicar o sistema de desconto. Vai ser realmente barato”, reforçou. Uma entrevista sobre o tema está prevista para 19 de julho.
“Se você tem gás ao redor do estádio, o gás entra no estádio, o que você pode fazer?” Gás lacrimogênio O secretário-geral também confirmou que o gás lacrimogênio usa-
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke
do para conter a manifestação no entorno do Maracanã dia 30, na partida final da Copa das Confederações, foi sentido no estádio. “Se você tem gás ao redor do estádio, o gás entra no estádio, o que
você pode fazer? Colocar voluntários para soprar?” Valcke evitou polemizar o assunto e foi enfático ao argumentar que a segurança é um “problema e responsabilidade” dos governos. “A Fi-
fa pede segurança para os torcedores, para o estádio, para o evento em si. Não estamos dizendo o que fazer e nem podemos, esse assunto é tema de governo”, alegou. (Agência Brasil)
Atleta baiano vence Maratona do Rio CORRIDA DE RUA Competição levou mais de 22 mil competidores de 61 países às ruas da orla carioca Flávia Villela do Rio de Janeiro (RJ) Pela primeira vez, em três anos, os quenianos não ganharam a prova masculina dos 42 km da Maratona do Rio. O principal lugar do pódio coube ao baiano Giomar Pereira da Silva, seguido dos quenianos Willy Kangogo Kimutai, campeão no ano passado, e Jonathan Kosgei Kipkorir. Na prova feminina, o título ficou com a etíope Letay Negash Hadush, seguida das quenianas Rose Jepchumba e Pamela Cheyech Anisomuk. A brasileira Ma-
rily dos Santos chegou em quarto lugar. A Maratona do Rio, uma das maiores corridas de rua do país e a mais antiga, levou mais de 22 mil competidores de 61 países às ruas da orla carioca neste no último domingo (7). Cerca de 6 mil atletas se inscreveram para o percurso de 42 quilômetros (km) da prova principal, e 9.500 mil corredores participaram da meia maratona, de 21 km. Mais 6 mil se inscreveram na Family Run, de 6km, uma corrida em família para se divertir. Por causa do evento,
a prefeitura do Rio criou um esquema especial de trânsito, com interdição de diversas vias e alteração de mão das principais vias por onde passaram os corredores. A aposentada Maria Dulce Ferreira, 60 anos, participou com amigas da competição de 6 quilômetros e disse ter gostado tanto que pretende competir mais vezes em corridas de rua. “É uma sensação única correr com esse mundo de gente e essa paisagem maravilhosa. Agora que descobri o que é bom, não paro mais”, disse. (Agência Brasil)
Maratona do Rio
FATOS EM FOCO
Patinação na Colômbia O patinador brasileiro Marcelo Sturmer disputa nos dias 26 e 27 de julho, em Cáli, na Colômbia, os Jogos Mundiais, competição que acontece de quatro em quatro anos reunindo diversas modalidades e esportes diferentes. Tricampeão pan-americano e atual vicecampeão mundial, o brasileiro vai em busca do inédito título para o país. “Conquistei duas medalhas de prata nos dois últimos Mundiais e agora tenho a chance de conseguir um título que ainda não tenho”, afirmou.
Pan-americano de pentlato O Brasil enviará seis atletas para a cidade de Santo Domingo, na República Dominicana, que recebe nos dias 12 e 13 de julho, o Campeonato Pan-Americano de Pentatlo Moderno. Brenna Lima e Priscila Oliveira, no feminino, e Danilo Fagundes, Enrico Ortolani, Felipe Nascimento e Luis Magno, no masculino representam o país.
Brasileiras na WTA
O atleta Giomar Pereira da Silva, vencedor da prova
As tenistas brasileiras Teliana Pereira e Beatriz Haddad garantiram nesta semana o melhor ranking de suas carreiras em simples na WTA. Teliana subiu para a 111ª colocação com a conquista do ITF US$ 25.000 de Perigueux, na França. Já Beatriz, de apenas 17 anos, atingiu o top 300 pela primeira vez e já é a número 2 do Brasil no ranking WTA com a 270ª posição, após fazer ótima campanha em torneios profissionais na Europa (COB).
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
esporte | 15 Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
opinião | Bruno Porpetta
Pare! É um assalto! Até a quinta rodada, a média de público do Brasileirão era de 10.813 torcedores. Não faz muito tempo, a Copa das Confederações levava às seis “arenas” um público em média de 50.291 pessoas. Com os números na mão, é possível interpretá-los de diversas formas. Apesar do perfil elitizado e notoriamente embranquecido do público “padrão Fifa”, a contundente presença nos estádios baseiase, majoritariamente, no gosto do brasileiro pelo futebol. O restante era um punhado de gente que foi ao “shopping”. Pois bem. Se o brasileiro gosta de futebol para ir aos jogos da Copa das Confederações, por que não vai ao seu próprio campeonato? Por que não assiste ao seu próprio clube? Alguns devem dizer que se deve ao conforto, acessibilidade e segurança que as novas arenas proporcionam. Co-
mo estes explicam os pequenos públicos da Arena Pernambuco nos jogos de sábado e domingo, sendo que o último era um clássico entre Botafogo e Fluminense? O possível motivo para o esvaziamento dos estádios no Brasileirão é, basicamente, a relação custo-benefício. Um alto custo por pouca qualidade. O Greuther Fürth – lanterna do último campeonato alemão – possui um estádio com capacidade para 18 mil pessoas. Do ponto de vista técnico, jogaria na série D do Brasil. Seu público médio é de 16.872 torcedores. Logo, o problema não é técnico. É econômico mesmo. Pagar caro para ver seleções jogando por aqui é um absurdo, mas compreensível. Já o ano todo, é um assalto! Bruno Porpetta é autor do blog porpetta.blogspot.com
Jô e Richarlysson conversam durante treino do Galo
Galo joga a vida na Libertadores LIBERTADORES Equipe de Ronaldinho Gaúcho encara o argentino Newell’s Old Boys na luta por uma vaga na final do torneio da Redação
brasileirão | 7ª rodada Santos X Portuguesa Sab | 13/07 | 18h30 | Vila Belmiro
Fluminense X Internacional Sab | 13/07 | 18h30 | Moacyrzão
Ponte Preta X Bahia Sab | 13/07 | 21h00 | Moisés Lucarelli
Coritiba X Atlético PR Dom | 14/07 | 16h00 | Couto Pereira
Grêmio X Botafogo Dom | 14/07 | 16h00 | Arena do Grêmio
Vitória X São Paulo Dom | 14/07 | 16h00 | Barradão
Corinthians X Atlético MG Dom | 14/07 | 16h00 | Pacaembu
Criciúma X Goiás Dom | 14/07 | 18h30 | Heriberto Hülse
Cruzeiro X Náutico Dom | 14/07 | 18h30 | Mineirão
Vasco X Flamengo Dom | 14/07 | 18h30 | Mané Garrincha
Confiança. Essa é a palavra repetida por atletas e torcedores do Atlético-MG, que hoje à noite, às 21h50, decide seu futuro na Taça Libertadores. O clube recebe, no Independência, em Belo Horizonte, o argentino Newell’s Old Boys em disputa por uma vaga na final do torneio. No jogo de ida, o time mineiro perdeu por 2 a 0 e agora precisa vencer o adversário por pelo menos três gols de diferença – uma vez que uma vitória pelo mesmo placar leva o jogo para as penalidades. “Estou sentindo muita confiança, sei que os torcedores estão confiando na gente, vejo nas conversas que a confiança é muito grande”, disse o atacante Jô em declaração ao site do time. “Acho que isso é o principal para um jogo deci-
sivo como esse. É um jogo que envolve invencibilidade dentro do Independência, uma final inédita para o clube, enfim, é muita coisa dentro de uma partida só e todos estamos cientes disso”, disse o goleador.
“Dentro de casa, a gente tem a força máxima, a torcida, a força ofensiva, um elenco muito bom, então, acho que tem tudo para dar certo” Bola na rede Com seis gols na competição, Jô (que divide a artilharia do torneio com seu companheiro de equipe, Diego Tardelli) diz respeitar o adversário, mas acredita que conse-
guirá reverter o placar e participar de uma final inédita para o Galo. “Dentro de casa, a gente tem a força máxima, a torcida, a força ofensiva, um elenco muito bom, então, acho que tem tudo para dar certo. Claro que temos que entrar pensando primeiro em fazer um gol, depois o segundo e assim por diante, até conseguir a classificação, mas, primeiro, temos que pressionar e ter atenção para não tomar gols também”, comentou. O técnico Cuca comandou o último treino
“É um jogo que envolve invencibilidade dentro do Independência, uma final inédita para o clube” antes da partida na tarde de ontem, que contou com um rachão descontraído. O zagueiro Leonardo Silva e o volante Leandro Donizete participaram normalmente, mas não foram confirmados.
FICHA TÉCNICA
X Atlético-MG
Newell’s Old Boys
Arena Independência Belo Horizonte (MG) | 10/07 | 21h50
16 | esporte
Rio de Janeiro, de 11 a 17 de julho de 2013
Mengão pra cima do Asa
FATOS EM FOCO
Alexandre Vidal/Fla Imagem
COPA DO BRASIL Jogadores rubronegros mostram confiança num bom resultado em Alagoas
Botafogo líder
da Redação O Flamengo vai dar uma pausa no Brasileiro e volta a campo, nesta quarta-feira (10), para encarar o ASA-AL, em Arapiraca, pela terceira fase da Copa do Brasil. A pressão da torcida local vai ser intensa, mas os rubro-negros estão confiantes num bom resultado. “Vamos tentar fazer um bom resultado em Arapiraca, porque será importante para nós”, disse Léo Moura ao site do clube. Apesar da confiança, o time de Manos Meneses tentará ficar mais atento no jogo para não ocorrer o que aconteceu sábado passado (6), no estádio Mané Garrincha Após o Flamengo abrir 2 a 0 de vantagem, o Rubro
Mano prepara time que irá enfrentar o ASA-AL pela Copa do Brasil
“Vamos tentar fazer um bom resultado em Arapiraca, porque será importante para nós” -negro cedeu o empate para o Coritiba. Ao menos o clima entre os jogadores e a torcida parece estar melhor. Afastado do elenco desde o Campeonato Carioca, o zagueiro Alex
Silva chegou a um acordo com o Flamengo e terá o contrato rescindido. O jogador aceitou abrir mão de parte de sua indenização, já que tem vínculo com o clube até junho de 2014. Ele também não vinha tendo um bom relacionamento com a torcida. O Flamengo deve enfrentar o Asa-AL com: Felipe, Leonardo Moura, Wallace, Marcos González e João Paulo; Víctor Cáceres, Val, Elias e Gabriel; Paulinho e Marce-
lo Moreno. A partida é válida pela terceira fase da Copa do Brasil e será disputada às
21h50 (de Brasília) desta quarta-feira (10), no Estádio Municipal de Arapiraca.
FICHA TÉCNICA
X ASA-AL
Flamengo
Coaracy da Mata Fonseca Arapiraca (AL) | 10/07 | 21h50
Vasco oficializa saída de Autuori FUTEBOL O nome preferido para substituí-lo é o de Dorival Júnior Vasco da Gama
da Redação A diretoria do Vasco confirmou o que todos já esperavam na manhã de terça-feira (8). Paulo Autuori, insatisfeito com a grave crise financeira do clube, deixou o time e muito provavelmente assinará com o São Paulo, interessado em sua contratação. Em São Januário, Autuori teve relação estreita com a diretoria, responsável por tentar amenizar a má situação econômica que já se alastra há tempos. Os salários do elenco
estão atrasados e seriam quitados em julho, como prometeu Dinamite, mas o juramento não foi cumprido e irritou o técnico. Após a derrota do Vasco para o Internacional, por 5 a 3, neste final de semana, Autuori desembarcou no Rio de Janeiro em clima de despedida. O Vasco já tem o nome preferido para substituir Paulo Autuori: é Dorival Júnior. Dorival Júnior ficou marcado como o treinador que comandou o Vasco na conquista do Brasileirão da Série B, em 2009.
A vitória sobre o Fluminense neste domingo levou o Botafogo para a liderança do Campeonato Brasileiro. Com 13 pontos, os alvinegros estão um a frente do Coritiba. Nesta temporada, o time vem fazendo excelente campanha, com apenas duas derrotas e 22 vitórias, coroadas com a conquista do Campeonato Carioca. O time espera descansar para evitar o desgaste para o próximo jogo, no fim de semana, contra o Grêmio.
Dinamite e Autuori: técnico deve acertar com o São Paulo
Fluzão sem pontaria A derrota para o Botafogo na última rodada do Brasileirão não foi o que a torcida esperava, mas, apesar dela, boas jogadas foram criadas e o Tricolor dominou boa parte do duelo. A falta de pontaria preocupa. Além das chances desperdiçadas, os tricolores lamentaram o momento de liberdade de Seedorf, que acabou decretando a vitória botafoguense. Um dos destaques do Brasil na Copa das Confederações, Fred não teve o retorno que desejava ao Fluminense. Trajando a faixa de capitão, o atacante não foi tão acionado no dia 7 de julho, na Arena Pernambuco. O próximo compromisso no Brasileirão, pela sétima rodada, será no sábado, às 18h30 (de Brasília), quando o time recebe o Internacional, em Macaé (RJ).