Campeonato entre favelas na tela do cinema
Guerrero interrompe tratamento no joelho
Documentário “Campo de Jogo” é dirigido pelo cineasta Eryk Rocha
Jogador deve acompanhar seleção do Peru para cumprir contrato
RIO DE JANEIRO
1 a 2 de setembro de 2015
Gilvan Souza / Flamengo Pablo Vergara/Brasil de Fato
Pablo Vergara/Brasil de Fato
Esporte | pág. 16
Esporte | pág. 15
distribuição gratuita
Ano 3 | edição 117
Pablo Vergara/Brasil de Fato
Cidades | pág. 5
Maricá quer volta do ônibus vermelhinho O Brasil de Fato RJ foi a Maricá para saber o impacto da decisão da Justiça que proibiu a Prefeitura de oferecer ônibus de graça. Desde o último dia 21, os altos preços e a má qualidade do serviço privado voltaram a fazer parte da rotina dos moradores. A tarifa de R$ 3,60 é mais cara que a do Rio. A Prefeitura promete novo itinerário para retomar os “vermelhinhos” a partir do dia 7 de setembro. Especial | págs. 8 e 9 Cultura | pág. 11
Divulgação
Ocupação cultural no Glauce Rocha “Grandes Minorias” apresenta peças engajadas
AXÉ Cida Baiana veio de Salvador aos 19 anos e conquistou o Rio pela barriga. Ao menos daqueles que já provaram suas deliciosas comidas no Largo da Carioca, centro do Rio.
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Bilionários
lucram com crise Número de bilionários dobrou após a crise de 2008
Mundo | pág.6
2 | Opinião
EXPEDIENTE
Desde 1º de maio de 2013 O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e em nosso estado. CONSELHO EDITORIAL: Alexania Rossato, Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) EDITORA: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES: André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael Vilela REVISÃO: Sheila Jacob COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga Stefano Figalo TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
EDITORIAL
O arrastão e a PM de Pezão O termo “arrastão” se popularizou no Rio a partir dos anos 90, quando começaram a acontecer nas praias cariocas, com alguma frequência, roubos a banhistas, gerando correrias e pânico. As imagens dessa violência correram o mundo, explicitando uma das consequências dos problemas sociais brasileiros não resolvidos. No domingo (22) a palavra arrastão permeou os noticiários por conta de um caso emblemático. A polícia militar resolveu inovar em suas já questionadas abordagens e deteve mais de 160 adolescentes que iam, em ônibus do subúrbio, em direção às praias da zona sul. Simplesmente por suspeitarem que esses jovens poderiam organizar um arrastão e outros delitos na praia. Ora, essa atitude vergonhosa em uma sociedade que se diz democrática deve ser duramente combatida. Ela revela que agentes do Estado, que deveriam ser os primeiros a agir sob as letras da lei, violam todos os princípios que regem uma sociedade civilizada. A começar por suspeitar e deter alguém ou um grupo por sua cor ou origem social, negandolhes o direito de ir e vir.
Infelizmente esse é mais um dos inúmeros casos protagonizados por uma polícia mal preparada, sucateada e mal remunerada PEZÃO APOIA PMS São notórias as atitudes e o posicionamento de uma elite branca, que se pudes-
sem já teriam construído um muro físico dividindo a cidade do Rio de Janeiro e privatizado as nossas belas praias e parques. Agora, ouvir do governador Pezão declarações de apoio à atitude lamentável de sua polícia é no mínimo desconhecer as funções que ele deveria exercer e para as quais foi eleito. Esse caso precisa ser investigado e os responsáveis punidos. Infelizmente esse é mais um dos inúmeros acontecimentos protagonizados por uma polícia mal
PREVISÃO DO TEMPO Terça-feira, 1 de setembro, Rio de Janeiro, Brasil
(21) 4062 7105
redacaorj@brasildefato.com.br
29
ºC|F
Parcialmente Nublado
preparada, sucateada, mal remunerada, sem comando e que cada vez mais é contaminada por uma parte podre que tem na prática do crime seu ganha-pão. POLÍTICA FALIDA Esse modelo de polícia e a política de segurança pública estão falidos. Enquanto não houver um governo que tenha coragem de enfrentar esse problema desde a sua raiz, quem continuará pagando esse preço é a população pobre de nossa cidade.
Rio de Janeiro, 11 a 2 de setembro de 2015
Luiza Sigulem / Divulgação Divulgação
bem bem
“Os conselhos de medicina xxxxx da América Latina, de maneira geral, nos fazem pensar que são mercenários da saúde”,
Divulgação Divulgação
xxxxx disse a médica Aleida Guevara, filha de Che Guevara, ao criticar a forma como os conselhos médicos recebem os profissionais de saúde cubanos, em programas como o “Mais Médicos.”
xxxxx
xxxxxx A cartunista Laerte mandou bem ao responder o jornalista Reinaldo Azevedo sobre seus comentários preconceituosos em relação à artista transexual.
por Claudia Santiago
Metalúrgicos do
Procuradoria-Geral da República seguirá com Rodrigo Janot
xxxxx EBC Memória
O plenário do Senado aprovou na última semana a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao cargo, por 59 votos a favor, 12 contrários e uma abstenção. A indicação de Janot para continuar comandando a ProcuradoriaGeral da República
mandou mandou
mal mal
Divulgação
Wilson Dias/Agência Brasil
foi feita pela presidenta Dilma Rousseff. Ele foi o responsável por oferecer as denúncias da Operação Laja Jato à justiça. “O que tem sido chamado de espetacularização da Lava Jato nada mais é do que a aplicação do princípio fundamental de uma República: todos são iguais perante a lei”, disse Janot. (ABr) Antônio Cruz /ABr
mandou mandou
sIndICAL SINDICAL Claudia santiago
FRASE DA SEMANA
Manuel Angelini
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Botelho Betina Carcuchinski /Yasmin Fotos Públicas
xxxxxx MUJICA
O ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, lotou a concha acústica da UeRJ na última quintafeira (27) em um bate-papo com a juventude sobre democracia e legalização das drogas.
Ano
gratuita 2015 • distribuição 5 a 11 de fevereiro de
2 | ediçã
5 a 11 de feve reiro o 84
Os trabalhadores da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entraram em greve por tempo indeterminado no dia 24 de agosto. O motivo da paralisação são as demissões anunDivulgação ciadas pela empresa, que não informou quantos serão demitidos, mas que dois mil trabalhadores estão sobrando na unidade de São Bernardo. A empresa insiste em diminuição da jornada e dos salários, redução de reajuste já previsto e congelamenxxxx to de promoções. xxxxx
Governo recebe grevistas Após cercarem o prédio do Ministério do Planejamento, em Brasília, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais foi recebido na última quinta-feira (27) por um representante do Ministério. Os manifestantes exigem que o governo federal dialogue e abandone sua posição inflexível nas mesas de negociação.
entrevist 1|a | pág. mun do 5
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esporte
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Rubronegro fez 4 a 0 no frágil Barra Mansa
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16
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Souza
Fla volta com goleada ao Maraca
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Regua/R Marcelo
esporte | pág. 16
| pág. 5 entrevista 1 | mundo
“Hoje se dá muita importância aos carnavalescos”
Gilvan Souza
Marcelo Regua/Riotur
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xxxx O governador do estado, Luiz Fernando Pezão, mandou mal ao apoiar a ação policial que apreendeu, sem motivo, seis menores que saíam da zona norte em direção à praia na zona sul.
Geral Geral || 33
ita
Ano 2 | edição 84
Mídia Ninja
Brasil | pág. 7
Eduardo Cunha quer contrarreforma do sistema político Presidente da Câmara quer manter atual sitema para defender interesses dos grandes empresários mundo | pág. 6 Divulgação
Mídia
Ninja
Brasil
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| págs .
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Juv exigeentude brasi musile dançira e bra ud leira ent as Juv as para o paíspara Partido de esquerda “Podemos” propõe uma nova agenda política
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o de esqu “Podemos erda nova agen ” propõe da políti uma ca Jovens ávidos que lutam por discu tir e opina da União e querem r sobre Nacional construir dias 1 a políti um e dos ca nacio A Biena 6 de fevereiro, Estudantespaís melhor. nal. l da UNE Esse , na é consi Fundição que acontece é o clima Estudantes Progresso, na 9ª Biena derada e nessa esta semana, o maio ediçã r festiv na Lapa. entre l ticas e deba o conta al estud os Entre mostras tes. artís com uma antilsérie de atividades culturais, uma série de da Amér os tema Muitos deba nessa edição conta com e uma ativid s ica Estudantes tes. estão Latina nacional. educação ades cultu de: e debates. Muitos debates. e opinar sobre a política a necessidade por meio país, pública a atual situa rais, most clima na 9ª Bienal ticas Jovens ávidos por discutir atual situação política do ção de uma política de quali um país melhor. Esse é o a reforma ras artís Entre os temas estão: a Constituin dade política do que lutam e querem construir esta semana, entre os qualidade para todos e, claro, país, Estudantes, que acontece uma educação pública de te Exclu para todos da União Nacional dos Exclusiva. e, claro a necessida siva. Fundição Progresso, na Lapa. da América Latina por meio de uma Constituinte de , a refor dias 1 e 6 de fevereiro, na ma políti de o maior festival estudantil ca A Bienal da UNE é considerada
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Manifestação pede fim da austeridade na Espanha
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4 4 | | Cidades Cidades
1 a 2dedeJaneiro, setembro 2015 Rio 1 a de 2 de setembro de 2015
XXXXXX Camelôs denunciam divisão da cidade Divulgação/Mandato Vereador Reimont
Eles reclamam da perseguição e cobram explicações sobre mercadorias apreendidas
XXXXXX
Cedae reduz captação do Rio Paraíba do Sul
Reprodução
EBC Memória
xxxxxói _xxxxx
André Vieira
do Rio de Janeiro (RJ) Duas cidades. Uma da Rodoviária Novo Rio para a zona norte e outra do terminal para o centro. Segundo os camelôs, a região central do Rio está passando por uma higienização social através da intensificação da repressão da guarda municipal aos ambulantes e a cassação de licenças. Conforme noticiou o Brasil de Fato, foram quase 300 autorizações canceladas somente em junho deste ano. “O prefeito do Rio de Janeiro junto ao secretário de XXXX ordem pública querem fazer uma limpeza social na cidade. É um verdadeiro Apartheid que está acontecendo no Rio de Janeiro”, denuncia XXXXX o vendedor de tapioca José Mauro, de 35 anos. XXXXX
Rio é uma das principais fontes de água do estado Camelôs fizeram passeata na Avenida Rio Branco
ATO Na última quinta-feira (27) cerca de 200 trabalhadores informais percorreram o centro do Rio em ato reivindicando uma reunião com o prefeito Eduardo Paes. A atividade serviu ainda para divulgar uma consultaXXXXXX pública que os ambulantes estão fazendo. “Estamos perguntando se a população concorda com o nosso trabalho. A maioria nos dá apoio falando que temos que ocupar sim as ruas para trabalhar, ainda mais diante de tanto desemprego”, critica Maria dos Ca-
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Segundo os camelôs, a região central do Rio está passando por uma higienização social
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melôs, do Movimento Unificado dos Camelôs (MUC). Segundo a Secretaria de Ordem Pública (SEOP) não existe diferenciação para o tratamento dado às diferentes regiões da cidade.
Pablo Vergara/ Brasil de Fato
OCUPAÇÃO O Movimento os Trabalhadores Sem Teto (MTST) continua na luta por moradia. Na quinta-feira (27) eles ocuparam a Câmara dos Vereadores de Niterói para exigir dos parlamentares uma audiência pública sobre o direito à habitação de qualidade.
Desde a última quintafeira (27) a captação de água do Rio Paraíba do Sul para o sistema Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro, caiu de 80 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 75 m³/s. A medida foi autorizada em março pela Agência Nacional de Águas xxxxx (ANA) e está sendo implantada gradativamente pelo Grupo de Acompanhamento da Operação Hidráulica do Paraíba do Sul, que conta com representantes da agência, do Ope-
xxxx
rador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), dos comitês de bacia e de usuários. xxxxxxx Com isso, a vazão em Santa Cecília, onde é feita a transposição do Paraíba do Sul para o sistema Guandu, chegou ao limite mínimo autorizado, de 110m³/s. Os 35m³/s restantes seguem para a foz do rio, em São João da Barra. As reduções na vazão estão sendo implantadas desde maio de 2014, quando o limite mínimo passou de 190 para 173m³/s. (ABr)
Cidades | 5
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Todo o axé de Cida Baiana Pablo Vergara / Brasil de Fato
Nascida em Salvador, há 40 anos ela vem conquistando o Rio com seu acarajé André Vieira do Rio de Janeiro (RJ) O Rio de Janeiro é um encontro de diversas regiões do Brasil e nacionalidades diferentes. Não é difícil encontrar alguém que não tenha nascido aqui, mas que já adotou a cidade como seu lugar de trabalho e casa. No Largo da
Mais que um prato para matar a fome, o acarajé carrega a resistência do povo negro Carioca, um sotaque é fácil de encontrar: o nordestino. E foi justamente nessa região do país que nasceu uma das personagens mais marcantes do centro do Rio. Vinda de Salvador aos 19 anos, Cida
que criei meus dois filhos. Hoje eles são profissionais de sucesso, graças a Deus”, conta a baiana ao relembrar seu início de carreira há 40 anos.
PATRIMÔNIO Mais que um prato para matar a fome, o acarajé carrega a resistência do povo negro, sequestrado do continente africano e trazido para o Brasil escravizado. Luta que fez o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconhecer em 2004 o ofício das baianas de acarajé como “Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial” e toda a “importância Desde 2004, as Baianas de Acarajé são consideradas patrimônio imaterial pelo IPHAN cultural dos saberes e fazeres tradicionais Baiana conquistou a cidade dendê que frita majestosa- afro-brasileiras. “Eu tra- aplicados na produção e copela barriga. Ao menos da- mente uma iguaria feita de balhava numa loja e decidi mercialização das chamadas queles que já provaram suas feijão-fradinho, cebola e sal: chamar uma amiga para fa- comidas de baiana”. “Hoje eu o acarajé. De origem africa- zer acarajé. Começamos na sou tombada e trabalho com deliciosas comidas. De segunda a sexta, quem na, a comida é um prato para antiga Feira de São Cristó- todas as garantias”, comenpassa pelo Largo sente de Iansã, deusa dos ventos e das vão. Foi muito difícil no iní- ta com um grande sorriso a longe o cheiro do azeite de tempestades nas religiões cio, mas foi com essa comida baiana do Largo da Carioca.
A tradição deve ser mantida Diferenças entre religiões devem ser respeitadas do Rio de Janeiro (RJ) Antes de começar a vender seus quitutes, Cida frita seis pequenos acarajés e oferece a Iansã. Esse é um ritual de agradecimento e respeito ao orixá. Para fazer os pratos, a tradição deve ser respeitada. “Às
vezes alguém me pergunta se pode fritar o acarajé em outro tipo de óleo. Se eu fritar o acarajé em outro óleo ele passa a ser um bolinho de feijão qualquer. Moqueca de peixe sem dendê é um ensopado de peixe. A comida baiana não pode ser modificada”, destaca Cida. Perguntada sobre quantos acarajés são vendidos por dia, ela é direta: “não revelo isso pra ninguém. É meu segredo”, desconversa com
toda a sua simpatia. Cida garante que ela é a prova viva de que é impossível enjoar do prato. “Como acarajé todos os dias”, assegura a baiana. INTOLERÂNCIA Infelizmente, ainda existem aqueles que querem impor suas religiões e costumes a outras pessoas. Para a baiana, o respeito entre as religiões é fundamental. “Nosso Deus é um só. Nenhuma religião é maior que a outra. Deus ama a
todos igualmente”, finaliza. A intolerância religiosa é um conjunto de atitudes desrespeitosas a crenças e práticas religiosas ou àquelas pessoas que não se identificam com uma religião. Essa ação é considerada crime de ódio e tem punição. Publicada em 1997, a Lei 9.459 prevê prisão de um a três anos para o acusado. Para não cometer esse crime, uma coisa é fundamental: respeito. (AV)
Barraca da Cida Baiana O que tem? Acarajé, cocada, pé de moleque, cuscuz, bolinho de aipim, doce de leite e outras comidas deliciosas. Onde fica? Largo da Carioca, esquina com a Almirante Barroso, no Centro. Quando? De segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.
6 | Mundo
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Crise financeira dobrou o número de bilionários no mundo Divulgação
Aumento da desigualdade é registrado após início da crise internacional
Relatório divulgado pela Oxfam – organização não governamental que desenvolve campanhas e programas de combate à pobreza em todo o mundo – informa que, desde o início da crise financeira internacional, em outubro de 2008, dobrou o número de bilionários no mundo. Ao mesmo tempo, aumentou também a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres. “Crises como essa afetam, em geral, o lado mais frágil
da corda”, disse Simon Ticehurst, diretor da Oxfam no Brasil. E o aumento da desigualdade,_acrescenta ele, pode levar a um retrocesso de décadas na luta contra a pobreza. De acordo com ele, entre as causas da desigualdade está o “fundamentalismo do mercado”, que promove um crescimento econômico que beneficia apenas uma elite pequena, deixando em situação ainda mais difícil os pobres. (ABr)
Reprodução
EM FOCO
Cessar-fogo na Síria Um novo cessar-fogo de 48 horas entrou em vigor nesta quinta-feira (27) em três cidades da Síria, após negociações entre as forças do regime e os rebeldes. Esse fato foi informado por um mediador e a organização não governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido. A organização divulgou que os combates e o lançamento de foguetes estão suspensos em Zabadani, último reduto rebelde na fronteira sírio-libanesa, e em Fuaa e Kafraya, na província de Idlib, no Noroeste, controladas pelas forças do regime. (ABr) Divulgação / Operamundi
Forças de Segurança da Macedônia / Fotos Públicas
Milhares de refugiados, a maioria sírios, que fogem da guerra civil, estão tentando atravessar a fronteira entre Macedônia e Sérvia rumo à União Europeia. Segundo a ONU, até três mil sírios devem chegar à Macedônia por dia.
Repórter e cinegrafista foram baleados em entrada ao vivo em telejornal
Morre acusado de balear repórter e cinegrafista nos EUA _A_Polícia_da_Virgínia confirmou a morte do suspeito de atirar na repórter Alison Parker e no cinegrafista Adam Ward,_ambos_da_emissora WDBJ. A morte foi causada pelos tiros que disparou em si, informaram as autoridades. O suspeito se chamava Vester Lee Flanagan e foi âncora da emissora onde Parker e Ward trabalhavam. Ele aparecia no vídeo
com o pseudônimo Bryce Williams e foi demitido há dois anos da emissora. Investigações apontam que ele foi mandado embora após ter proferido ofensas racistas. A repórter e o cinegrafista morreram baleados na quarta-feira (26) enquanto faziam uma entrada ao vivo em um canal afiliado à rede CBS, em um telejornal matinal. (Opera Mundi)
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Cidades | 7
Missa lembra os 22 anos da Touca ninja é chacina de Vigário Geral Tânia Rêgo / Agência Brasil
Dos 52 policiais acusados, apenas sete foram condenados
autorizada para PM do Rio Tânia Rêgo / Agência Brasil
Paulo Virgílio da Agência Brasil Os 22 anos da chacina de Vigário Geral foram lembrados na noite deste sábado (29) com missa na Matriz Santa Rosa de Lima, no bairro Jardim América, zona norte do Rio. Foram convidados parentes de todas os mortos na chacina, ocorrida na madrugada de 29 de agosto de 1993. Naquele dia, cerca de 50 homens encapuzados, armados com metralhadoras, escopetas, pistolas e granadas, invadiram a favela de Vigário Geral, arrombaram casas e atiraram de forma indiscriminada nos moradores. Vinte e uma pessoas foram executadas. Todas tinham endereço fixo, profissão definida e não possuíam antecedentes criminais. A matança foi motivada por vingança. No dia anterior, quatro soldados do 9º Batalhão da Polícia Militar (PM) tinham sido assassi-
Bope usará touca ninja também no controle de protestos
Chacina de Vigário Geral completou 22 anos
nados na Praça Catolé do Rocha, vizinha à favela, em um crime atribuído a traficantes de drogas que atuavam em Vigário Geral. Os autores da chacina eram policiais militares de um grupo conhecido como Cavalos Corredores, por causa de sua maneira de agir. Dos 52 policiais militares acusados formalmente da matança em Vigário Geral,
apenas sete foram condenados e só um continua preso, o ex-PM Sirlei Alves Teixeira. Três foram absolvidos no segundo julgamento, um morreu e dois foram beneficiados com a liberdade condicional. Cinco acusados morreram antes do julgamento e dois estão foragidos. Os demais foram absolvidos ou nem chegaram a ser responsabilizados.
Lei de cotas garantiu mais de 111 mil vagas para negros Criada com o objetivo de ampliar o acesso da população negra, indígena e a de baixa renda ao ensino superior, a Lei de Cotas completou três anos no sábado (29). A lei garantiu mais de 111 mil vagas para estudantes negros em cursos superiores de universidades e institutos fede-
rais. Até o fim de 2015, o número deve chegar a 150 mil. A lei reserva no mínimo 50% das vagas das instituições federais de ensino superior e técnico para estudantes de escolas públicas, devendo ser preenchidas por candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas, levando
em consideração a proporção desses grupos na população total do estado onde fica a instituição. A legislação também garante que, das vagas reservadas a escolas públicas, metade será destinada a estudantes de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo.
As tropas especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) receberam autorização do secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, para utilizar a balaclava, um gorro especial parecido com a touca ninja, em operações específicas como resgate de reféns e em eventos como manifestações populares. A resolução, publicada nesta sexta-feira (28), autoriza o uso da balaclava como equipamento de proteção individual aos batalhões de Operações
Policiais Especiais (Bope), de Polícia de Choque, de Ações com Cães e ao Grupamento Aeromóvel. O Bope poderá usar a balaclava em alternativas táticas que envolvam resgate de reféns ou em ocorrências de interesse similar. Para a tropa de choque, o equipamento será permitido em ações de “controle de distúrbios civis”, como atos, protestos ou grandes eventos. A medida recebeu críticas de defensores dos direitos humanos, por impedir a identificação de policiais em casos de violação de direitos.
Divulgação / Visao nacional
Política pública completou três anos no último sábado (29)
8 | Especial
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
População de Maricá so falta de transporte Moradores se queixam dos altos preços, da má qualidade do serviço e da insuficiência de ônibus Fania Rodrigues de Maricá (RJ) A Justiça do Rio de Janeiro proibiu o funcionamento dos ônibus gratuitos da Prefeitura de Maricá e a população sofre com os altos preços da passagem e a má qualidade do serviço privado. A decisão da proibição foi tomada pelo desembargador Pedro Raguenet, com a justificativa de que as empresas privadas estavam sendo prejudicadas com a gratuidade dos ônibus da Empresa Pública de Transportes (EPT), da Prefeitura de Maricá. Sem circular desde o dia 21 de agosto, os “vermelhinhos”, como são conhecidos os ônibus públicos, fazem falta para a maioria da população. A dona de casa Diene Lene agora leva o filho para a escola a pé, pois os “vermelhinhos” eram a única forma de transporte coletivo do seu bairro, Araçatiba. “A Justiça está abandonando as pessoas carentes. Os empresários também precisam botar a mão na consciência”, afirma. A cozinheira Ivonete Pereira, moradora do Flamengo, em Maricá, usava os “vermelhinhos” todos os dias. “Agora está muito difícil. Essa semana gastei R$100 em transporte. Tenho que ir para o trabalho, levar as crianças na escola e ao médico. Fim de semana a gente não sai mais de casa, para não gastar”. A mãe de
D
Estudante e traba
População de Maricá sofre com proibição judicial e reivindica que o transporte volte ser gratuito e de qualidade
A decisão de proibir os vermelhinhos é injusta com o povo de Maricá Washington Quaquá, prefeito de Maricá
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Especial | 9
ofre com Fotos Pablo Vergara/Brasil de Fato RJ
Dona de Casa Diene Lene
Proibidos desde 21 de agosto, “vermelhinhos” voltam em setembro
Vermelhinhos voltam em setembro
alhadora Evellem Cristina
e
Balconista Diogo Galhardo
família ganha R$ 800,00, tem duas crianças pequenas e está grávida da terceira. Se os ônibus gratuitos não voltarem, ela estima que metade do seu salário será gasto em transporte. MÁ QUALIDADE Ônibus velhos, superlotação e preços abusivos. Essas são as principais queixas dos usuários de transporte de Maricá. A tarifa de R$ 3,60 é mais cara que a do Rio, e apenas duas empresas operam na cidade: Amparo e Costa Leste. “Depois que os ônibus da prefeitura pararam de circular, as empresas privadas cortaram linhas e o serviço piorou muito”, garante o balconista Dou-
Cozinheira Ivonete Pereira
glas Galhardo, morador de Ponta Grossa. “As empresas agora não têm concorrência, fazem o que querem”, diz o trabalhador. Já Evellem Cristina estuda, trabalha, faz curso profissionalizante e vive na correria. “Com menos ônibus circulando, agora, tenho que sair mais cedo do curso para conseguir volta pra casa. Sou obrigada a assinar um termo de responsabilidade para ser liberada dez minutos antes do meu horário”, conta a estudante que mora em Inoã. Além disso, os gastos aumentaram. Ela desembolsa R$ 43, por semana, com passagem. “No final do mês faz uma enorme diferença, ainda mais em tempos de crise”, destaca.
A Prefeitura de Maricá garante: no dia 7 de setembro os “vermelhinhos” darão seu grito de independência e vão voltar a circular. Como a proibição da Justiça foi em relação à rota que os ônibus faziam, que em alguns trechos coincidia com o trajeto
dos ônibus privados, agora a Empresa Pública de Transportes (EPT) está preparando um novo itinerário. Para o prefeito Washington Quaquá, o retorno à operação com a Tarifa Zero reafirma o compromisso com o direito à mobilidade. “A decisão de proibir os vermelhinhos
é injusta com o povo de Maricá. Continuaremos o transporte público gratuito abrindo novas linhas que não descumpram as decisões judiciais, até que cassemos todas as concessões das empresas que prestam um péssimo serviço ao povo”, afirma o prefeito.
Empresas do Rio cortam dezenas de linhas de ônibus Enquanto em Maricá a prefeitura luta para ampliar as linhas de ônibus e implementar a tarifa zero, no Rio de Janeiro o prefeito Eduardo Paes quer diminuir a frota de ônibus, um serviço que já é precário. Desde junho desse ano o Movimento Passe Livre (MPL) vinha denunciando o corte de linhas nas zonas norte e oeste da ci-
dade. O integrante do MPL, José Antonio Abrão, informou que até o final do ano mais 90 linhas podem sair de circulação. Mas esse número pode ser ainda maior. Segundo informações da Prefeitura do Rio, publicada no Diário Oficial do dia 24 de agosto, o objetivo é eliminar 78 linhas de ônibus, em toda a cidade, até 2016. Só na zona
sul 28 linhas serão excluídas e outras 21 terão o trajeto reduzido, até o final desse ano. A Prefeitura informou que as mudanças começam no dia 3 de outubro. Porém, José Antonio Abrão afirma que, na zona norte, esses cortes já vinham sendo feitos pelas empresas de ônibus, desde o começo do ano.
10 | Cultura
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
AGENDA DA SEMANA
O quê: Por meio de entrevistas com os editores, o documentário conta a trajetória do jornal “Meia Hora”. Onde: Cine Joia – Av. Nossa Senhora de Copacabana 680, subsolo H, Copacabana. Quando: Segundas-feiras, às 13h50. Quanto: R$ 20 (inteira)
Forró do Caramuela O quê: Formado por ex-estudantes da Universidade Federal Rural, o Grupo Caramuela comanda toda semana o forró no Bola Preta. Onde: Centro Cultural Cordão do Bola Preta. Quando: Toda quarta-feira, às 20h. Quanto: 0800 até 21h, após o horário o preço fica em R$ 10
Acertos de Babilônia
Divulgação/TV Globo
Divulgação
O quê: Exposição fotográfica leva para o público diferentes olhares sobre as transformações do Rio de Janeiro. Onde: Centro Cultural Justiça Federal – Avenida Rio Branco, 241, Centro. Quando: Diariamente, de meio-dia às 19h. Até 4 de outubro. Quanto: 0800
Contemporâneo Ultramarino Divulgação
Divulgação
Meia Hora e as manchetes que viram manchete
O quê: Exposição conta a história da extinta Rádio Fluminense FM e resgata o cenário do rock nacional dos anos 80. Onde: Imperator – Centro Cultural João Nogueira. Rua Dias da Cruz, 170, Méier. Quando: Sábados e domingos, das 10h ao meio-dia. De segunda à sexta, das 13h às 22h. Quanto: 0800 Divulgação
O quê: Feito por alunos da Escola de Teatro Martins Pena, “Sangre” é um espetáculo inspirado no cinema espanhol de Pedro Almodóvar. Onde: Teatro Armando Costa – Rua Vinte de Abril, 14 – Centro. Quando: Sábados às 21h e domingos às 20h. Até 27 de setembro. Quanto: 0800
Linhas de Fuga
Maldita 3.0
Divulgação
Divulgação/Paulo Borges
Sangre
SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela
O quê: Na instalação “Ultramarino”, Vicente de Mello recria o outro lado do mar. As quatro paredes da sala serão cobertas por uma imagem repetida, como um lambe-lambe. Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quando: De quarta à segunda, de 9h às 21h, até 29/9. Quanto: 0800
História de prefeito corrupto causou náuseas no público
Muitos estão dizendo: já vai tarde! Sim, a novela Babilônia, que exibiu seu último capítulo na sextafeira (28),_não agradou a gregos e troianos. Pelo contrário: desagradou a torcida do Flamengo, do Corinthians, do Galo e amargou uma média baixíssima de_audiência._Encurtada em dois meses e com mudanças na sinopse original, a novela pode ser considerada um fracasso. Mas eu quero trazer agora uma perspectiva diferente. Quero apontar dois importantes acertos do folhetim. Não em termos de atuação ou de enredo. Falo de alguns temas e histórias que valeram a pena assistir.
Encurtada e com mudanças na sinopse, novela pode ser considerada um fracasso SEXUALIDADE O casamento feliz de Tereza (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg) é um “cala a boca” para muitos que pensam que homosse-
xuais são incapazes de amarem e construírem relações duradouras. Na mesma linha, o final de Ivan (Marcello Melo Jr.) e Sérgio (Cláudio Lins) é um “tapa na cara” daqueles que pensam que a sexualidade é definitiva, que basta se casar para superar o desejo sexual. CORRUPÇÃO A história do prefeito corrupto e corruptor da cidade fictícia de Jatobá, Aderbal (Marcos Palmeira), sua corja de parceiros e seus conluios, não deveria ter causado náuseas no público. O texto dos personagens, suas peripécias de desvios e superfaturamentos deve ser idêntico ao que nossos políticos corruptos falam e fazem no dia a dia sombrio dos mensalões e afins. Não devia ter causado náuseas num momento em que as pessoas vão às ruas reclamar da corrupção no país. É um choque de realidade que as pessoas deveriam passar para, inclusive, saber porque estão protestando. Enfim, espero que esses dois pontos não sejam esquecidos! E que possam inspirar a outros autores de novela. E você, o que acha? Conta pra mim no quimvela@brasildefato.com.br
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Divulgação/ Rodrigo Mangolin
Teatro Glauce Rocha recebe ciclo de peças engajadas até setembro ‘Ocupação Grandes Minorias’ reúne obras que propõem reflexão sobre diversas questões sociais Xandra Stefanel da Rede Brasil Atual Condição da mulher, realidade nas prisões, preconceitos raciais e sociais, segurança pública, diversidade, o futuro sonhado pelos jovens. A Ocupação Grandes Minorias ocupa o Teatro Glauce Rocha, no centro do Rio, com peças que abordam temas ligados a questões sociais brasileiras. O evento fica em cartaz até setembro. Idealizada pela dramaturga e diretora Marcia Zanelat-
to, a ocupação pretende apresentar ao público um “novo teatro emocionalmente engajado”. “Tem um movimento novo, um posicionamento do teatro e uma contribuição mais clara neste sentido de refletir sobre o Brasil. Quando eu pensei no projeto, no ano passado, imaginei como eu poderia contribuir com esta cidade, com este país, com este pensamento”, afirma Zanelatto. ELES NÃO USAM TÊNIS NAIQUE Até o dia 6 de setembro, estará em cartaz o texto de Marcia Zanelatto, “Eles não usam tênis Naique”, da Cia. Marginal, dirigida por Isabel Penoni e sediada no Complexo da Maré. A peça conta a história de uma família que mora em uma coDivulgação
Tem um movimento novo, um posicionamento do teatro e uma contribuição mais clara neste sentido de refletir sobre o Brasil Marcia Zanelatto, diretora
Marcia idealizou o projeto
Cultura | 11
“Eles não usam tênis Naique” conta a história de uma família devastada pelo tráfico
munidade devastada pelo tráfico de drogas. As apresentações_acontecem_de quarta a sábado, às 19h, e domingo, às 17h. O público infantil também assistiu a espetáculos engajados. O musical Fuzuêzinho, da Cia. de Aruanda, formada por brincantes da Serrinha, em Madureira, explorou a cultura popular de matriz africana. E Sherazade, que será encenada em setembro, promoverá o encontro entre as culturas árabe e judaica. Sempre aos sábados, de 4 a 25 de setembro, às 16h. “As crianças estão aprendendo a ver o mundo. Se a gente disser para elas que judeu odeia árabe e árabe odeia judeu, elas vão aprender e sempre vão achar que a Faixa de Gaza é uma coisa normal. A criança que vê um jongo dançado, vê um brincante cantando uma música de matriz africana, não vai aceitar jogar uma pedra na cabeça da menina que é do candomblé”, opina Marcia Zanelatto. O último espetáculo da Ocupação Grandes Minorias, “Suave – Notícias Futuras”, traz uma criação
Divulgação / Luciana Avellar
Teatro Glauce Rocha fica na Avenida Rio Branco, Centro coletiva sobre a utopia e o mundo que os jovens pediram nas ruas, em junho de 2013. “Aumentando a faixa etária, colocamos uma peça inédita com um grupo de jovens atores que vão trabalhar com o tema ‘Qual é o mundo que vocês querem? O que vocês têm como utopia?’ Eles vão apresentar uma resposta cênica sobre a sociedade que eles têm em mente. É uma peça sobre jovens, feita por jovens para os jovens”, detalha a idealizadora do projeto. Esse espetáculo estará em cartaz de 10 a 27 de setembro, de quarta a sábado, às 19h, e domingo, às 17h. (RBA)
Ocupação Grandes Minorias Quando: até 27/9 Onde: Teatro Glauce Rocha - Avenida Rio Branco, 176, Centro, Rio de Janeiro (RJ) Quanto: peças infantis são gratuitas. Os ingressos para as demais custam R$ 20 e R$ 10 (meia) Programação completa e classificação em facebook.com/ parapensarobrasil
12 | Opinião
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Mário Augusto Jakobskind
EUA cobiçam reserva na região da Tríplice Fronteira
Não é de hoje que sucessivos governos dos Estados Unidos tentam aumentar a presença militar na América do Sul. Para tanto, além da Colômbia, onde a potência tem à disposição sete bases militares, o Pentágono procura de todas as formas ganhar espaço no Paraguai. AQUÍFERO Os Estados Unidos conseguiram, meio na calada da noite, montar um Centro de Pesquisa para Situações de Emergência contra Desastres Naturais, localizado próximo à Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) e tendo abaixo o Aquífero Guarani. Este manancial de água subterrânea ganha a cada dia maior importância com o aumento da carência de água em função da falta de chuvas nos mais diversos rincões do Brasil. Por sinal, o país passa por uma crise hídrica que se reflete agora em grande intensidade na região Sudeste, além do Nordeste e, segundo especialistas, poderá se
A presença norte-americana, por coincidência ou não, numa área estratégica, deveria ser objeto de maior preocupação e aprofundamento investigativo agravar nos próximos anos se persistir a estiagem atual. E nesse sentido, o Aquífero Guarani, que por si só é importante, ganha ainda maior relevância por se tratar de uma reserva estratégica a ser utilizada. A presença militar norte-americana no Paraguai, mesmo com a denominação pomposa como a do Centro mencionado, tem passado despercebida pela mídia de um modo geral. A presença norte-americana, por coincidência ou não, numa área estratégica, deveria
ser objeto de maior preocupação_e_aprofundamento investigativo. Há políticos paraguaios que defendem ostensivamente a presença militar norte-americana. COINCIDÊNCIA? A história tem demonstrado ao longo do tempo que aparentes coincidências não são verdadeiramente coincidências, ou melhor, suas motivações ficam mais claras com o passar dos anos. É preciso, portanto, ficar atento à presença militar norte-americana no país vizinho, até porque o Departamento de Estado norte-americano e o Pentágono, seja onde for, não pregam prego sem estopa, como diz o ditado popular. O tema, portanto, merece ser aprofundado e sem perder de vista que há previsões de que a água seja a principal causa de eventuais próximas guerras. Mário Augusto Jakobskind é do Conselho Editorial do Brasil de Fato RJ
Opinião | Tattiana Bretas
UFRJ: do jeito que está não é possível continuar Acabou a greve dos professores na UFRJ, mas os problemas não só continuam como tendem a crescer. Informações oficiais da reitoria dizem que o dinheiro vai acabar em setembro. Nos últimos anos, apesar do aumento no número de cursos e de vagas para estudantes, as verbas repassadas para as universidades vêm diminuindo. Aumentar a quantidade de estudantes significa que é preciso de mais prédios e salas de aula, mais concursos para técnicos e professores, mais alojamento, bandejão e outros itens da assistência estudantil. Queremos a expansão, porém isso requer responsabilidade com o financiamento das atividades. Para agravar a situação, o ajuste fiscal promoveu um corte de mais de R$10 bilhões na educação pública, afetando todos os níveis do sistema educacional, desde as creches até a pós-graduação das universidades. GREVE NA UFRJ Como forma de enfrentar este quadro de precarização, estudantes e técnicos da UFRJ entraram em greve no final de maio. Os professores se juntaram ao movimento no dia 23 de junho. A greve é uma maneira de dizer que do jeito que está não é possível continuar. Ela é o nosso grito! São hoje quase 50 universidades em greve pelo Brasil afora, mas o governo
se recusa a reconhecer a precarização_existente. Apesar das inúmeras solicitações, o Ministro da Educação, Renato Janine, insiste em não receber os professores e não dialogar com o movimento. Em uma votação apertada, a maioria dos docentes da UFRJ decidiu virar as costas para esta mobilização coletiva em um momento decisivo para o avanço das negociações.
São hoje quase 50 universidades em greve pelo Brasil afora, mas o governo se recusa a reconhecer a precarização existente LUTA CONTINUA Na última semana, para aumentar a pressão por uma efetiva negociação, houve em Brasília uma marcha_dos_servidores públicos federais e uma manifestação dos docentes federais em greve. Estivemos presentes nestas mobilizações mostrando que a derrota na assembleia não nos impedirá de seguir defendendo a universidade_pública, gratuita e de qualidade. Acabou a greve dos professores na UFRJ. Mas a luta continua! Tattiana Bretas é da coordenação nacional da Consulta Popular
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Variedades | 13
BOA E BARATA
Creme de batata-baroa
Divulgação
Ingredientes
Modo de preparo
3 batatas-baroa (grandes) 400g de linguiça (a sua escolha, eu usei uma artesanal) 1 abobrinha grande 1/2 colher de sopa de gengibre 1/3 de xícara de vinho branco Alho Cebola Sal a gosto Pimenta do reino a gosto
Cozinhe a batata. Pré-aqueça uma frigideira grande, jogue a linguiça picada em rodelas finas (sem óleo). Refogue a abobrinha picada sem deixar que ela cozinhe. No fim adicione 1/3 de xícara de vinho branco e meia colher de sopa de gengibre ralado. Depois de cozida, bata a batata no liquidificador com a água da panela. Refogue alho e cebola no azeite e adicione o creme de batata. Quando ferver acrescente meia caixinha de creme de leite. Tempere com sal a gosto e pimenta do reino.
Tempo de preparo 30min
AMIGA DA SAÚDE Olá, bom dia Amiga da saúde! Até quanto tempo a cor dos olhos das crianças pode mudar? Virgínia Maria, 37 anos, engenheira civil. Bom dia, Virgínia! A cor dos olhos é dada pela cor da íris, estrutura que filtra a entrada de luz nos olhos. As diferenças de cor entre as pessoas devem-se à quantidade de melanina presente na íris. Esse pigmento tende a aumentar após o nascimento, podendo demo-
rar até três anos para atingir a quantidade definitiva. Se um bebê nasce com os olhos escuros, provavelmente mudará pouco. Mas se nasce com olhos claros, até um ano já se aproximará da cor definitiva, porém ainda_podem_escurecer mais até os três anos. Divulgação
Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para redacaorj@brasildefato.com.br
Rendimento 6 porções
14 | Variedades
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
FASES DA LUA Cheia Até 5/9
Nova 13/9
Crescente 21/9
Minguante 27/9
LUA DA SEMANA CHEIA
Áries terá um mês em que terá de procurar o equilíbrio para se sentir melhor.
Pode acumular muitas responsabilidades, terá de dividir seu tempo .
É tempo de deixar para trás situações que já não podiam evoluir.
Câncer terá o período estável, com progressos lentos, mas favoráveis.
Leão terá um período positivo, trate os seus assuntos com mais atenção.
Virgem terá de mostrar que sabe como usar as suas capacidades.
Estabeleça as metas e objetivos que quer ver concluídos no final desta fase.
Terá um período rico em oportunidades, vai poder fazer mudanças.
Organize-se e programe-se com alguma antecedência para ter a sua vida facilitada.
Dê atenção às opiniões e conselhos de pessoas mais experientes.
Estará cheio de energia, mas é necessário fazer um bom uso da mesma.
O período é favorável, mas exigente. Poderá resolver muitos assuntos.
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Esportes | 15
“Nas peladas surgiram os nossos maiores craques” Cineasta Eryk Rocha, diretor de Campo de Jogo, concedeu entrevista ao Brasil de Fato RJ Pablo Vergara/Brasil de Fato RJ
Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ) Eryk Rocha carrega o cinema em seu DNA. Filho do lendário Glauber Rocha, filmou o campeonato entre favelas na região do Sampaio, zona norte do Rio, ao mesmo tempo em que os olhos do mundo inteiro estavam voltados para o Maracanã, na final da Copa do Mundo. Traçando esse paralelo, entre o futebol enquanto expressão cultural brasileira e o espetáculo midiático elitista que transformou nossos estádios em arenas, Eryk fala ao Brasil de Fato RJ. Brasil de Fato - Você filmou, em Campo de Jogo, um campeonato entre favelas, em contraponto ao grande evento da FIFA que acontecia a poucos quilômetros dali. O futebol ainda é um traço cultural nosso? Eryk Rocha - O desejo era deslocar o olhar para o futebol popular, de várzea, de pelada. Então durante a pesquisa descobrimos o Campo do Sampaio, situado na zona norte do Rio de Janeiro. Percebi que esse campo era uma síntese de muitos campos espalhados pelo Brasil, e decidi concentrar o filme lá. Sabemos que, no Brasil, o futebol não é só um esporte ou um jogo. É uma linguagem potente de expressão da nossa cultura, faz parte da formação do nosso povo. Vivemos uma crise aguda e profunda dentro e fora das quatro linhas. O futebol, que
Sabemos que, no Brasil, o futebol não é só um esporte ou um jogo, faz parte da formação do nosso povo
Eryk: “Lamentavelmente muitos desses campos estão sendo extintos”
é nosso patrimônio cultural e popular, está se elitizando, foi devorado pelo mercado e pela publicidade. Por outro lado acho que nós nos distanciamos das nossas matrizes e da nossa força originária. Importamos o que há de pior do futebol europeu, e paradoxalmente os europeus absorveram o que há de melhor do nosso futebol. Um exemplo vivo disso são as duas últimas campeãs do mundo: Espanha e Alemanha. Brasil de Fato - Ao longo da história, os nossos maiores craques saíram dos campos de pelada. A crise do futebol brasileiro passa pelo fim desses espaços?
Fotos Divulgação
Cenas do filme Campo de Jogo filmado na zona norte do Rio
Eryk Rocha - Foram nesses campos espalhados por esse Brasil das favelas, das periferias, onde surgiram muitos dos nossos maiores craques. A figura do “olheiro” era muito importante, ajudava muito na descoberta desses talentos e, pelo que percebi, se re-
duziu muito a presença deles. Nesse caldeirão, nessas matrizes corporais onde dança e luta se misturam, estão a substância principal, original e singular do futebol brasileiro. Esses campos são talvez um dos últimos espaços democráticos de resistência do povo. Lamentavelmente muitos desses campos estão sendo extintos ou ameaçados, entre outros motivos, pela especulação imobiliária. Querem fazer com esses campos de terra a mesma coisa que fizeram com o Futebol midiático Oficial. A privatização do imaginário e do gesto. Brasil de Fato - O que mais te chamou a atenção no período que você acompanhou este campeonato entre favelas?
Eryk Rocha - A importância vital do Campo na vida das comunidades da redondeza. Essa região do Sampaio tem muitas igrejas, tráfico, mas sem outras perspectivas: não tem bibliotecas, salas de cinema, de teatro, de concertos, etc... Inclusive o próprio baile Funk foi reprimido pela polícia do estado. Então, esse “Campo” é um espaço potente e fértil. É área de lazer, de respiro. Brasil de Fato - É possível retomar o futebol enquanto paixão popular, contra a elitização das novas arenas? Eryk Rocha - A crise e a falta de imaginação do futebol brasileiro dentro e fora das quatro linhas refletem a falta de imaginação e de projetos de país. Mas acredito que esses momento de crise podem despertar algumas perguntas urgentes. Como o Brasil pode se desenvolver sem deixar de ser Brasil? Como o Brasil pode absorver e dialogar com outras experiências do mundo sem esquecer a força originária do seu povo e da sua cultura? Quem somos nós?
16 | Esportes
Bota sempre sai atrás com Gomes Desde que Ricardo Gomes assumiu o Botafogo, o time vem enfrentando uma “escrita” negativa. Em todos os jogos sob o comando do treinador, a equipe sempre saiu atrás no marcador. Em nenhum dos seis jogos o Botafogo abriu o placar. Neste período, o Botafogo empatou uma vez, em 0 a 0, com o Luverdense, perdeu três, contra Santa Cruz (1 a 0), Paysandu (3 a 2) e CRB (2 a 1), e venceu outras duas de virada, contra o ABC-RN (3 a 1) e o América-MG (2 a 1). De todos os gols sofridos, que abriram os placares, apenas um não foi nos primeiros trinta minutos de jogo. Contra o Santa Cruz, o atacante Graf ite marcou apenas aos cinco minutos do segundo tempo. Nas duas vezes em que o Botafogo conseguiu virar o placar, o gol do time adversário saiu até os 15 minutos de jogo. Contra o ABC-RN, o atacante Edno abriu a contagem aos 12 minutos, e na partida contra o América-MG, Thiago Santos fez aos 15 da etapa inicial. Durante o último jogo, contra o CRB, o atacante Neilton, no intervalo, alertou para o problema: “No primeiro tempo estamos sempre sofrendo gols, fica difícil recuperar”. Nesta terça-feira (1), o Botafogo terá a oportunidade de se recuperar na Série B, quando enfrenta o Atlético-GO no estádio Nilton Santos, às 21h30. (BP)
Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015
Por contratos, Guerrero viaja com seleção
Brasileirão 2015 22a RODADA
Gilvan de Souza/Fla Imagens
X PON
Qua. 2/9 19h30
INT
Qua. 2/9 19h30
JEC
Qua. 2/9 19h30
FLA
Qua. 2/9 21h
CAM
Qua. 2/9 21h
COR
Qua. 2/9 22h
CFC
Qua. 2/9 22h
GOI
Qua. 2/9 22h
SAN
Qui. 3/9 19h30
FIG
Qui. 3/9 21h
CRU
X VAS
X SAO
X AVA
X
X
Guerrero, por contratos publicitários, interrompe tratamento no Brasil
Atacante não tem condições de jogar os amistosos, mas peruanos exigem sua presença Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ) Mesmo lesionado, o atacante Paolo Guerrero teve que viajar junto com a seleção peruana para os dois amistosos nos Estados Unidos, um no dia 4 de setembro, contra a seleção da casa, e outro no dia 8 contra a Colômbia. A alegação da Federação Peruana de Futebol (FPF)
para leva-lo é o cumprimento_de_contratos_publicitários_envolvendo_a grande estrela da seleção do país. Com a viagem de Guerrero,_o_tratamento para a lesão no tornozelo adquirida no clássico com o Vasco será interrompido. A decisão foi tomada após reunião entre o médico da seleção peruana e o departamento médico do Flamengo, representado por José Luiz Runco e Márcio Tannure. Os três atestaram que Guerrero não tem condições de disputar nenhum dos dois amistosos nos EUA. O diretor-executivo de fu-
tebol do Flamengo, Rodrigo Caetano, lamentou a viagem do atacante peruano. Em entrevista ao site Globoesporte. com, declarou que o clube, que paga o salário do atleta, sai prejudicado na decisão da FPF, devido à interrupção do tratamento, o que deve prolongar a recuperação. Para o jogo contra o Avaí, nesta quarta-feira (2), na Arena das Dunas, em Natal (RN), além de Guerrero, o Flamengo não poderá contar com o meia Ederson, também lesionado, o lateral direito Pará, suspenso, e o lateral esquerdo Jorge, cedido à seleção olímpica brasileira.
CBF mudará horário de jogos às quartas O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, anunciou possíveis mudanças no horário de jogos das quartas-feiras para 2016. Os jogos das 22h seriam antecipados em vinte minutos, passando a ser iniciados às 21h40.
As mudanças estão previamente sendo negociadas com a emissora que detém os direitos de transmissão do Brasileirão e da Copa do Brasil, pois o horário anterior respondia à necessidade de exibição das suas novelas. A emissora, além da CBF,
ouviu queixas de dirigentes de clubes da Série B, onde os horários já foram alterados. Além disso, a detentora dos direitos foi sensibilizada pela queda de audiência para o futebol no horário das 22h. (BP)
CAP
FLU
X
SPO
X
PAL
X
CHA
X
GRE
Classificação Série A 1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o 11o 12o 13o 14o 15o 16o 17o 18o 19o 20o
P Corinthians 46 Atlético-MG 42 Grêmio 38 Palmeiras 34 São Paulo 34 Atlético-PR 33 Fluminense 33 Sport 31 Santos 30 Flamengo 29 Chapecoense 28 Internacional 28 Ponte Preta 27 Figueirense 26 Avaí 23 Cruzeiro 22 Goiás 22 Coritiba 22 Joinville 19 Vasco 13
J 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21
V 14 13 11 10 10 10 10 7 8 9 8 7 6 7 6 6 5 5 5 3
SG 18 17 12 14 6 3 2 8 5 -5 -3 -8 -3 -6 -10 -6 0 -9 -8 -27
Zona de classificação para Libertadores Zona de rebaixamento para Série B