RIO DE JANEIRO
5 a 11 de maio de 2017
distribuição gratuita
CUSTO DE VIDA
Pablo Vergara/ Arquivo
Ano 5 | edição 218
28 DE ABRIL
Greve geral contou com 40 milhões »»O dia de mobilização ama-
Agência Brasil
nheceu com garagens de ônibus paralisadas, piquetes nas fábricas e centenas de categorias com os braços cruzados. GERAL PAG2
TEATRO
As empresas de ônibus do município do Rio de Janeiro pediram que a tarifa dos coletivos passe a custar R$1,50 a mais. O Sindicato das Empresas de Ônibus abriu um processo no Tribunal de Justiça (TJ-RJ) solicitando que a passagem aumente de R$ 3,80 para R$ 5,30. O cálculo da nova tarifa deverá ser apresentado pela prefeito Marcelo Crivella (PRB) na próxima semana. GERAL PÁG. 5
»»A peça conta a história da
trabalhadora Carolina Maria de Jesus (1914 - 1977) que deixou de ser catadora para se tornar uma das primeiras escritoras do Brasil. CULTURA E LAZER PAG7 Divulgação
EMPRESAS DE ÔNIBUS DO RIO QUEREM PASSAGENS A R$ 5,30
Espetáculo conta história de Carolina de Jesus
2
GERAL
RIO DE JANEIRO, 5 A 11 DE MAIO DE 2017
Maior greve geral da história do país contou com 40 milhões de brasileiros REDAÇÃO
N
DE SÃO PAULO (SP)
Marcelo Camargo/ABr
o dia da greve geral, convocada por centrais sindicais e movimento populares, mais de 40 milhões trabalhadores e trabalhadoras de todo o país paralisaram suas atividades, segundo dados dos organizadores. A sexta-feira (28) ficou marcada como a maior greve da história brasileira, segun-
do afirmou a Frente Brasil Popular, que junto com a Frente Povo Sem Medo convocou as ações. O dia amanheceu com garagens de ônibus paralisadas, piquetes nas fábricas, vias bloqueadas, ruas vazias e centenas de categorias de trabalhadores com os braços cruzados por todo o Brasil. Logo nas primeiras horas da madrugada, cidades em todas as regiões do país registraram piquetes de trabalhadores de diferentes
segmentos, como o de transporte público. Metrôs, ônibus e trens de uma série de cidades não circularam por 24h. Entre as dezenas de categorias que aderiram ao dia nacional de paralisação nos mais diversos ramos da economia, estão a de transporte, escolas, bancos e indústria em todo o país. Estabelecimentos de saúde – hospitais, unidades básicas, prontos-socorros –, onde não se pode paralisar 100%, os trabalha-
dores fizeram escala semelhante à de final de semana, priorizando o atendimento a emergências. Também aderiram à greve os bancários (em 22 estados), metalúrgicos (sete estados), comerciários (seis estados), eletricitários, químicos, petroleiros e trabalhadores de saneamento básico e dos Correios. Os servidores públicos das demais áreas, inclusive do Judiciário, aderiram em todas as capitais e dezenas de cidades.
APOSENTADORIA
PREVIDÊNCIA A Comissão Especial da Reforma da Previdência
aprovou o relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA) que modifica as regras para a aposentadoria. A intenção do governo é levar a proposta para ser votada no plenário da Câmara na segunda quinzena deste mês. A proposta precisará de pelo menos 308 votos favoráveis no plenário para ser enviada ao Senado.
(21) 4062 7105 (11) 94594 3576
www.brasildefato.com.br redacaorj@brasildefato.com.br /brasildefatorj @Brasil_de_Fato
CONSELHO EDITORIAL Alexania Rossato, Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) | EDIÇÃO Vivian Virissimo | CO-EDIÇÃO Fania Rodrigues | ADMINISTRAÇÃO Angela Bernardino e Marcos Araújo | DISTRIBUIÇÃO Kleybson Andrade | COLABORAÇÃO: Adília Sozzi, Mariana Pitasse, Norma Odara, Rubens Goiatá Campante e Sofia Barbosa (texto), Pablo Tavares (diagramação)
RUBENS GOYATÁ CAMPANTE
Q
DE BELO HORIZONTE (MG)
uando você receber seu 13º salário saiba que esse direito foi resultado de uma greve geral, em 05 de julho de 1962. Certas empresas, especialmente grandes estatais e multinacionais, já o pagavam. A grande maioria dos empregadores, porém, não o fazia até o Congresso Nacional aprovar, uma semana após a greve, a Lei 4090/62, estabelecendo sua obrigatoriedade. As associações patronais anunciaram o fim do mundo: ele desestabilizaria a economia, quebraria as empresas, traria desemprego. Quando o projeto de lei ainda estava em discussão no Congresso, o jornal “O Globo” estampou: “Considerado desastroso para o país um mês de 13º salário”. O desastre, é claro, não veio. Mas foi ferozmente combatido por um discurso que brandia “responsabilidade” e ar-
gumentos técnico-econômicos para disfarçar a exploração do capital sobre o trabalho. Como sempre. Cruzaram os braços trabalhadores de São Paulo, Fortaleza, Belém, Recife, Salvador, Campina Grande, Vitória, Santos, Cubatão, Belo Horizonte, Paranaguá, Itajaí, Criciúma, entre outras. Mas, no Rio de Janeiro o movimento teve o alcance mais profundo. A paralisação foi majoritária entre os trabalhadores da construção civil, de telefonia, gráficos e têxteis, e praticamente total entre os bancários, aeroviários, rodoviários, metalúrgicos e trabalhadores de transportes como os carris (bondes) e ferroviários da Central do Brasil. A greve de 1962, que nos trouxe o 13º salário, permanece, assim, quase esquecida. Temos que lembrá-la, para sabermos que os direitos de hoje são frutos de lutas de ontem, e que se não continuarmos a lutar, amanhã teremos nada.
EMPREGO
Empresas divulgam 731 vagas
»»Empresas de diversos setores anunciam 731 oportunidades de empre-
go em todo o Estado do Rio. Há chances para pessoas com formação entre o ensino fundamental incompleto e o superior completo. A seleção é feita por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab). A capital concentra 302 vagas, incluindo 100 de operador de telemarketing receptivo e 40 para despachante de transporte coletivo. As inscrições podem ser feitas nos postos SINE/Setrab ou no site maisemprego.mte.gov.br.
FRASE DA SEMANA “Sem debate e reflexão não podemos avançar. Sem ouvir todos os lados interessados não geraremos os empregos com a dignidade necessária” TAÍS ARAÚJO é atriz e está preocupada com as mudanças que alteram os direitos trabalhistas.
CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
O 13º nasceu de uma greve geral
3 Divulgação
GERAL
RIO DE JANEIRO, 5 A 11 DE MAIO DE 2017
O GOVERNO vai ampliar a presença da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal para atuar na crise de segurança pública no Rio. A capital permaneceu em estágio de atenção após uma operação policial em Cordovil, zona norte, que tentou conter uma disputa entre facções do tráfico.
4
GERAL
RIO DE JANEIRO, 5 A 11 DE MAIO DE 2017
GREVE GERAL
Violência policial em ato no Rio é apurada pela Comissão de Direitos Humanos
Imagens mostram policiais militares jogando bombas de gás em manifestantes
FANIA RODRIGUES
D
DO RIO DE JANEIRO (RJ)
esde a greve geral e os protestos, realizados no dia 28 de abril, relatos e vídeos que mostram manifestantes sendo agredidos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) não param de ser divulgados nas redes sociais. Diante de tanta repercussão, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu reunir relatos e documentos, principalmente imagens de celulares, que registraram os excessos dos policiais. A intenção é cobrar do governo do estado uma explicação sobre a conduta da PM. “Estamos na fase de coleta de relatos, vídeos e fotos. Depois vamos analisar a gravidade dos acontecimentos e ver se cabe uma ação administrativa ou se acionamos o Ministério Público para apurar as denúncias”, explica o coor-
denador da comissão, Antônio Pedro Soares. A Comissão de Direitos Humanos é presidida pelo deputado Marcelo Freixo (Psol). Vinte e dois deputados estaduais, de dez partidos, também assinaram uma nota repudiando a extrema violência que o ato foi dispersado e convocando o secretário de segurança pública, Roberto Sá, para prestar esclarecimentos. O ato, organizado pelas centrais sindicais e movimentos populares contra as reformas propostas pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB), estava marcado para as 16h, na Cinelândia. Às 16:30 já começaram a chegar as primeiras informações de forte repressão policial. A PMERJ divulgou uma nota sobre o dia do protesto, sem mencionar a ação violenta. “A PM realizou patrulhamento, trabalhando para garantir que as manifestações reivindicatórias fossem realizadas em segurança e não impedissem o ir e vir da população”.
5
RIO DE JANEIRO, 5 A 11 DE MAIO DE 2017
Empresas de ônibus do Rio querem passagens R$ 1,50 mais caras Tomaz Silva/ABr
Valores devem ser apresentados até a próxima segunda-feira (8) MARIANA PITASSE
A
DO RIO DE JANEIRO (RJ)
s empresas de ônibus do município do Rio de Janeiro pediram que a tarifa dos coletivos, congelada desde janeiro deste ano, passe a custar R$1,50 a mais. O Sindicato das Empresas de Ônibus abriu um processo no Tribunal de Justiça (TJ-RJ) solicitando que as passagens aumentem de R$ 3,80 para R$ 5,30, com base em estudo contratado por elas e realizado pela consultora inglesa EY. Na última semana, o TJ-RJ decidiu a favor das empresas, determinando que a prefeitura revisasse o valor cobrado na tarifa de ônibus. Com isso, o prefeito Marcelo Crivella tem até a próxima semana para decidir qual será o percentual de reajuste. O aumento exigido pelas empresas representa um reajuste de 39,5% no
?
VOCÊ SABIA
Se a tarifa aumentar R$ 1,50, passando de R$ 3,80 para R$5,30, o reajuste será de 39,5%. Isso quer dizer que quem pega dois ônibus por dia, cinco dias por semana, no final do mês pagará R$ 60 mais caro.
valor da tarifa. Essa pode ser considerada uma elevação exorbitante se comparada ao reajuste médio dos ônibus urbanos no país, que somou 6,31% em março, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE). “Nesse momento em que o país inteiro está passando por uma crise financeira, falar de aumento é complicado, qualquer que seja. Estamos vivendo uma bola de neve em que os governos querem aumentar arre-
Empresas de ônibus querem cobrar tarifa de R$ 5,30 na capital
cadação, as empresas querem manter os lucros, mas o trabalhador não tem como pagar mais”, garante Aurélio Murta, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). Segundo a diarista Marta Rodrigues, 40 anos, que mora em Parada de Lucas, zona norte, e pega mais de dois ônibus por dia, não dá para prever o impacto que teria um aumento dessa proporção em seu orçamento. “Os patrões não querem pagar aumento da passagem, então, tem que
sair do meu bolso. Geralmente, saio de casa mais cedo para pegar um ônibus que demora mais para não ter que pagar outra passagem. Esse reajuste será um baque em um orçamento que está apertado. Tudo aumenta, menos o salário.
Vai acabar de quebrar todo mundo”, afirma. Procurada pelo Brasil de Fato, a Procuradoria Geral do Município (PGM-RJ) informou que o cálculo do reajuste da tarifa de 2017 está em discussão e ainda será apresentado à Justiça.
6
CULTURA & LAZER
RIO DE JANEIRO, 5 A 11 DE MAIO DE 2017
NOSSOS DIREITOS
DICAS MASTIGADAS
Adília Sozzi é da Rede Nacional de de Advogados e Advogadas Populares
Divulgação
Alan Tygel é da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida.
Risoto de ervilha Ingredientes
• 250g de arroz para risoto • 300g de ervilha fresca ou congelada
• Caldo de legumes, de preferência caseiro • Cebolinha picada
• 1 caixa de creme de leite
• Azeite
• 2 alhos-porós médios, picados
• Sal e pimenta do reino à gosto
• 2 dentes de alho, picados • 3 colheres de queijo parmesão e/ou queijo provolone ralado
Modo de preparo
Frite o alho-poró e o alho em um fio de azeite até ficar levemente dourado. Enquanto isso, ferva um litro de água junto com o caldo de legumes. Acrescente ao alho-poró/alho o arroz e refogue até os grãos ficarem ligeiramente transparentes. Junte as ervilhas, se estiver usando ervilha congelada, não precisa descongelar antes, e metade do caldo de legumes fervente. Deixe em fogo baixo, mexa de vez em quando. Quando secar todo o líquido, acrescente aos poucos mais caldo quente até que o arroz fique macio. É importante que o arroz não fique totalmente seco, pois o risoto não ficará cremoso. Acrescente sal, o creme de leite e mexa. Desligue o fogo, misture o queijo e tampe por alguns minutos. Regue com azeite. Sirva polvilhado com a pimenta e a cebolinha picada.
Salário-maternidade
»O salário-maternidade garante a remuneração da mulher por 120 dias, podendo começar até 28 dias antes do parto. Se a empresa empregadora aderir ao programa Empresa Cidadã, a licença pode aumentar por mais 60 dias. Possui esse direito a mulher empregada, avulsa, doméstica, segurada especial, contribuinte individual e facultativa. As seguradas empregadas, domésticas e as trabalhadoras avulsas são dispensadas do cumprimento de carência para obtenção do benefício. A contribuinte individual, a especial e a facultativa têm carência de 10 contribuições mensais. Em regra, o benefício é pago com base na remuneração integral da trabalhadora. Mesmo estando a segurada da previdência social desempregada, mas com o recolhimento em dia, faz jus ao recebimento do benefício previdenciário de salário-maternidade. Em caso de dúvida, disque 135 para a Previdência Social.
Amiga da saúde Sofia Barbosa é enfermeira
Amiga da saúde, é normal a mulher ter pouco desejo sexual depois que tem filhos?
Essa é uma queixa bastante comum, Juliana Miranda, 28 anos, Juliana. Mas é técnica de enfermagem. importante entender porque isso acontece. Nosso corpo passa por Dúvidas? transformações durante a amigadasaude@brasildefato.com.br gestação e depois do parto, e é necessário um tempo de recuperação, que varia entre as mulheres. Os hormônios alterados podem afetar os sentimentos e desejos por muitos meses. Muitas mudanças ocorrem na vida após a chegada do bebê e esses fatores externos geralmente são os mais determinantes para a baixa libido. Talvez o mais importante seja o cansaço físico e emocional de cuidar de um bebê em tempo integral. Também contribui o fato de boa parte dos profissionais negligenciarem essas questões no acompanhamento pós-parto da família, perdendo oportunidades de intervir com orientações importantes para a retomada da sexualidade e do prazer.
RIO DE JANEIRO, 5 A 11 DE MAIO DE 2017
CULTURA & LAZER
O
Peça conta história da catadora de papel que virou escritora de sucesso
EXPOSIÇÃO
Profeta Gentileza completa 100 anos
»“Gentileza gera gentileza”, dizia José Datrino, conhecido como Profeta Gentileza. A frase ficou eternizada na memória dos cariocas.Para homenagear o poeta, que esse ano completaria 100 anos se estivesse vivo, sua família organizou uma exposição que será exibida em quatro estações de metrô do Rio. Ele faleceu em 1996. Onde: Estação São Conrado, até 11 de maio. Depois será levada às estações Coelho Neto, Central e Jardim Oceânico. Quanto: 0800
espetáculo homenageia a escritora Carolina Maria de Jesus (Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977). Mineira, a escritora morou boa parte de sua vida na favela paulista de Canindé. Trabalhava como catadora de papel e alimentava grandes sonhos. À noite, quando chegava em casa, escrevia sobre esses sonhos distantes e desabafava sobre a sua triste realidade nas folhas de um caderno encontrado no lixo. Assim foi nascendo o livro Quarto de despejo: diário de uma favelada, publicado em 1960. Depois disso a escritora lançou mais três livros. E depois de sua morte, em 1977, outros quatros títulos foram publicados, a
Escritora Carolina Maria de Jesus é considerada uma das mais importantes do Brasil
Divulgação
EVENTO
partir dos rascunhos que deixou. A peça de teatro conta a história vitoriosa dessa trabalhadora, que deixou de ser catadora para se tornar uma das primeiras escritoras do Brasil. Sua voz ecoou para o mundo e até hoje sua obra tem peso importante na literatura do país. Quando: Quartas e quintas-feiras, às 19h, até o dia 25 de maio. Onde: Teatro Dulcina, na rua Alcindo Guanabara 17 –Centro (Cinelândia). Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Samba na Praça Tiradentes
Fotos Vinicius Borovoy
»Uma
das rodas de samba mais animadas do Rio, a Pede Teresa, arma seu pagode todas as sextas-feiras, a partir das 18h. O local tem venda de bebidas e petiscos. Mas o grande atrativo da noite é o repertório, que tem Luiz Carlos da Vila, Nei Lopes, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, entre outros nomes do samba carioca. Quando: Sexta-feira (5). Onde: Praça Tiradentes, no Centro. Quanto: 0800
7
Divulgação
ESPORTES
RIO DE JANEIRO, 5 A 11 DE MAIO DE 2017
Divulgação
8
Divulgação
DECLARAÇÃO DA SEMANA
Maradona deve participar de inauguração do campo do MST
Chico Buarque e Maradona estão cotados para inauguração do campo de futebol do MST NORMA ODARA
DE SÃO PAULO (SP)
O
time do cantor Chico Buarque e o ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona são algumas das personalidades convidadas para o ato de inauguração do Campo Dr. Sócrates Brasileiro na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, interior de São Paulo. A obra, que está em sua última etapa, deve ser inaugurada em julho. “Esperamos para a inauguração contar com a presença do time de futebol do cantor e compositor Chico Buarque, o Politheama e estamos tentando articular a presença do Maradona, que já confirmou presença em conversas com dirigentes do movimento”, afirma David Martins, coordenador da construção do campo. O projeto reúne a Associação Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes e um grupo de alunos e professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. O objetivo é proporcionar um espaço de qualidade para receber jogos de fute-
bol mas também receber nas arquibancadas o público de reuniões e debates massivos. A construção do campo Dr. Sócrates Brasileiro é feita com o trabalho voluntário de 25 pessoas do MST provenientes dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Tocantins. “A brigada do campo é uma prática do MST, onde os espaços coletivos são construídos através do trabalho voluntário”, conta. FINANCIAMENTO. A obra só saiu do papel graças a um financiamento coletivo feito através da plataforma “catarse”. Com a colaboração de 602 pessoas, foram arrecadados R$ 67.200. A meta inicial era de R$ 60 mil. “Mostra a solidariedade da sociedade civil e de muitos outros militantes de fora do MST que se solidarizam”. O campo levará o nome de Dr. Sócrates Brasileiro em homenagem ao jogador que lutou pela redomocratização do país e um dos precursores da “Democracia Corinthiana”.
“Eu já disse uma vez e direi de novo: este mundo avançou muito, mas ainda temos muito a percorrer. Vou continuar a tomar uma posição de liderança e lutar pelo que é certo” SERENA WILLIAMS, após declarações racistas sobre sua gravidez.