Patrão que ameaça empregado para votar ou
votar em
está cometendo crime. Denuncie ao Ministério Público Eleitoral
Público
Trabalho (www.mpt.mp.br).
Está
RIO GRANDEPatrão que ameaça empregado para votar ou
votar em
está cometendo crime. Denuncie ao Ministério Público Eleitoral
Público
Trabalho (www.mpt.mp.br).
Está
RIO GRANDE▶ A poucos dias da eleição de nos sas vidas e que pode trazer de vol ta a democracia, as mulheres bra sileiras olham para trás, para o presente e para frente.
São três tempos em duas déca das: a primeira marcada pela cons trução do arcabouço de políticas para a igualdade fruto das lutas históricas, quando avançamos no reconhecimento como parte da ci dadania; a segunda manchada pe los impactos de um golpe contra a primeira mulher presidenta do país, a destruição de direitos, e que se mantém até o momento, assom brando nossas vidas com perdas, a insegurança econômica e social, o ódio e o feminicídio; e o futuro.
cos a partir deste milênio, que os movimentos populares de mu lheres e feministas acessam lugar de protagonismo. Legislações, políticas públicas, mecanismos de gestão e participação e até mesmo os orçamentos para que essa engrenagem funcione.
▶
Não vamos nos enganar: o próximo dia 30 vai marcar a maior decisão das nossas vidas. Não se trata de uma eleição a mais, resumida a comparecer à seção eleitoral e pressionar as teclas da urna eletrônica. É uma luta pela sobrevivência. Não é somente um modo de dizer.
Tudo está muito claro nas postulações de um grupo político que almeja retornar à ditadura de 1964. É algo que está aconte cendo pela primeira vez desde a volta da nossa cambaleante democracia em 1985. Seu líder é um admirador confesso da tor tura e dos torturadores e um cultuador da morte. Um segundo mandato completaria sua obra de destruição não apenas política, mas até mesmo física de seus opositores.
É por isso que acorreram a Lula antigos adversários de uma vida inteira como as principais lideranças do PSDB, muita gente do MDB, antagonistas encarniçados do PT como ex-mi nistros de STF, juristas que, no passado, cansaram de criticá -lo, economistas que, até ontem, eram seus opositores ferre nhos. Mais religiosos, personalidades da música, da televisão, do teatro, do cinema, da literatura. Pessoas que sempre o rejeitaram, entre elas muitos jornalistas e influenciadores, hoje abrem voto no candidato do PT.
Isto está acontecendo porque a questão está muito além de se gostar ou não de Lula. É porque gostam de democracia. Todos sabem que é sempre no segundo momento, o do segundo mandato, que os monstros se sentem confiantes para exibir todo o tamanho de suas garras.
Todos sabem que ninguém estará em segurança caso ocorra a tragédia. Que haverá mais perseguição, violência, crimes. Que não haverá lar inviolável nem casa segura. Que todos os direi tos de viver em paz e em comunidade irão se esfacelar no ar. Que todas as leis serão substituídas por uma só, a lei das armas.
Por isso, no encontro marcado que todos temos no segundo turno, também estaremos dizendo quem somos. A mãe de todas as batalhas também revelará qual o rosto que veremos no espelho. Se a face de um perverso, que gargalha diante da agonia de um ser humano a quem falta o ar para respirar, ou o semblante de uma pessoa que, com esperança, se comove com a dor do outro e estende a mão para o irmão ou a irmã que sofre.
Nunca foi fácil para as mulhe res, mesmo nos tempos de maio res conquistas. Pois as desigual dades no Brasil têm raízes de clas se, são patriarcais e racistas, se entrecruzam numa difícil trama a ser desfeita. Há um sistema sim bólico em permanente disputa, que ora nos empurra para frente e ora para o passado.
Mesmo assim, e convivendo com isso, a partir de 1988, se reco nheceu a violência baseada no gê nero, as diferenças salariais, edu cacionais e de oportunidades no mundo do trabalho. Uma série de medidas para reduzir o descom passo nos espaços de poder e de decisão, algo que persiste e é uma barreira para a igualdade.
São nos governos democráti
No entanto foi na esfera simbó lica que se situou, na percepção de muitas feministas, o campo da maior disputa: a ideia de que as mulheres pertencem ao mundo e que o mundo também lhes per tence; a divisão das esferas públi ca e privada como uma invenção a ser explodida; nossos corpos nos pertencem, por eles decidimos e não podem ser violados. Disputa só possível nas sociedades mais democráticas. O fascismo é impo sição do ódio e do silêncio.
Quando a tônica do discurso público é a demonização das mu lheres, sua restrição ao espaço privado e sua admissão ao público condicionada à defesa do domi nante, enquadrando-as na estru tura da família patriarcal, des montando as estruturas das polí ticas públicas e esvaziando os es paços de poder da presença das mulheres, destrói-se não só o ar cabouço, mas também o imaginá rio e a narrativa.
Além de termos perdido, com Bolsonaro, os direitos sociais, os empregos, as vidas na pandemia, a educação, a segurança alimen tar, as políticas para enfrentar a violência, voltamos a ser os demô nios do passado, um quase nada, aquelas que podem ir às fogueiras, que são culpadas pelos próprios sofrimentos e violações, incapazes do pensar, do agir e do produzir. Para as mulheres, armas aponta das e o abandono.
O que podemos ganhar com a democracia? A vida de volta.
(*) Jornalista e cientista política.
redacaors@brasildefato.com.br www.brasildefators.com.br (51) 98191 7903 /brasildefators @BrasildeFatoRS
CONSELHO EDITORIAL Saraí Brixner, Sandra Lopes, Enio Santos, Neide Zanon, Ademir Wiederkehr, Luiz Muller, Télia Negrão, Diva da Costa, Grazielli Berticelli, Bernadete Menezes, Gelson José Ferrari, Salete Carollo, Cedenir Oliveira, Lucas Gertz Monteiro, Marco Aurélio Velleda, Vito Giannotti (In memoriam) | EDIÇÃO Ayrton Centeno (DRT3314), Katia Marko (DRT7969) REDAÇÃO NESTA EDIÇÃO Ayrton Centeno, Fabiana Reinholz, Katia Marko, Marcelo Ferreira, Pedro Neves Dias e Walmaro Paz | DIAGRAMAÇÃO Marcelo Souza | DISTRIBUIÇÃO Alexandre Garcia e Saraí Brixner | IMPRESSÃO Gazeta do Sul | TIRAGEM 25 mil exemplares.
A POUCOS DIAS DA ELEIÇÃO DE NOSSAS VIDAS E QUE PODE TRAZER DE VOLTA A DEMOCRACIA, AS MULHERES BRASILEIRAS OLHAM PARA TRÁS, PARA O PRESENTE E PARA FRENTE.
As redes sociais seguem cada vez mais no centro das estratégias eleitorais e assim como em 2018 assistimos o fenômeno das fake news
PEDRO NEVES DIAS▶ A utilização de mentiras para obter fins políticos é anti ga na história da humanidade. Porém, com a evolução da tec nologia e, principalmente, da internet, essa situação ficou mais intensa e, até mesmo, mais perigosa.
Hoje em dia, o termo da moda para falar sobre isso fi cou conhecido com uma pala vra em inglês: “fake news” (ou “notícias falsas”, traduzindo).
Segundo o jornalista e pes quisador Frederico Oliveira, em entrevista ao Brasil de
Fato, as fake news são mensagens maliciosas que parecem verdadeiras.
Além disso, elas são produ zidas intencionalmente, com o objetivo de influenciar pessoas, para atingir objetivos políticos.
Se liga: fake news não são boatos, que surgem espontane amente e são passados adiante sem responsabilidade (o famo so “telefone-sem-fio”). Tam bém não é a mesma coisa que um erro jornalístico.
As fake news são feitas de propósito! O produtor busca atingir o público, para mobili zar e gerar emoções.
CONFIRME - Cheque se a notícia saiu em algum outro jornal, revista ou site. Tome cuidado, pois um conteúdo falso nem sempre é 100% mentiroso. Às vezes é só um trecho usado fora de contexto ou uma matéria muita antiga compartilhada como nova. Essa manipulaçãocontribui para a desinformação.
DENUNCIE - No Facebook, é possível classificar o conteúdo suspeito como “falso”: basta clicar nos três pontinhos do canto direito da publicação. As agências de checagem de fatos especializadas em confirmar ou desmentir discursos políticos, vídeos e até correntes de WhatsApp possuem formulários de denúncia.
A AOS FATOS (aosfatos.org) é uma agência especializada na checa gem de fatos. A agência aceita denúncias no Facebook e Twitter por meio de posts marcados com a hashtag #vamosaosfatos. É possível também enviar matérias diretamente pelo site ou pelo WhatsApp, no telefone (21) 99956-5882.
NA DÚVIDA, não ultrapasse, lembra? Então, na dúvida, não compar tilhe! Antes de mandar adiante qualquer conteúdo, se pergunte: E SE FOSSE COMIGO?
▶
Segundo o analista de redes sociais Lúcio Uberdan, as fake news estão muito presentes na internet nas eleições desse ano, assim como em 2018.
“Entre elas, abordagens de cunho religioso são as princi pais, assim como a situação dos processos de Lula, o com bate ao ‘comunismo’ e todo um grande leque de questões mo rais, com temas como aborto, relações homoafetivas e famí lia”, destaca.
Na véspera do primeiro tur no, por exemplo, um site divul gou um suposto áudio de que um líder de uma facção criminosa teria confessado que iria votar em Lula. Por ser uma mentira grosseira, rapidamente, a Justi ça mandou retirar do ar a maté ria, que havia sido compartilha
da por diversos sites.
Porém, já era tarde: no You tube de uma rádio famosa de São Paulo, a fake news teve mais de 1,7 milhão de visuali zações antes de sair do ar. O le vantamento foi feito pela Agên cia Pública.
Ou seja, por mais rápido que uma farsa seja descoberta, muitas pessoas são atingidas pela mensagem falsa. Mesmo que o responsável venha a se retratar, é quase impossível restabelecer a verdade por completo.
Dessa forma, as notícias falsas são um perigo para o país, pois contribuem para um clima de desconfiança e inse gurança entre as pessoas, ao fazer a população se guiar por mentiras.
▶ Nas eleições, a situação fica ainda mais complicada. O período de cam panha tende a ser bastante movi mentado, em que se busca levantar os pontos positivos de seu candidato, e os negativos do adversário.
Nesse sentido, candidatos ruins ou desonestos podem se utilizar das fake news para passarem uma imagem de que são pessoas boas. Por outro lado, a mesma ferramenta pode servir para destruir a reputação de uma pessoa inocente.
Por isso, a importância de conseguir informações confirmadas, que tiveram sua veracidade checada, através de veí culos jornalísticos com credibilidade.
Uberdan afirma que o posiciona mento mais efetivo da Justiça em re lação à produção e propagação de in formações falsas mostrou que essa estratégia traz consequências negati vas para os produtores.
Por exemplo, diversos produtores de conteúdo que ganharam notorieda de espalhando mentiras sobre as vaci nas e sobre a pandemia foram banidos de diversas plataformas.
Além disso, a pressão da socieda de, exigindo uma rede social mais saudável, também contribui para o estabelecimento de um ambiente vir tual mais imune a produtores de in formação maliciosa.
A maior eleição das nossas Luiz Inácio Lula da Silva, o 35º presidente do Brasil, versus Jair Messias Bolsonaro, Este é o confronto marcado para o dia 30 deste mês
AYRTON CENTENO▶ É a eleição mais importante da história recente do Brasil. Do embate sairá o destino do país. Desta vez, ao lado de Lula, estão antigos adversá rios, entre os quais o ex-presi dente Fernando Henrique Car doso e muitos críticos como ex-ministros do STF e outros juristas que combateram o sindicalista do ABC. Sem con tar muitos dos velhos desafe tos da imprensa.
Do lado oposto está Bolso naro, o candidato da ultradirei ta que, atrás do bordão Deus, Pátria e Família, ameaça a de mocracia. Ao seu lado estão quase as mesmas forças que
apoiaram a ditadura de 1964: empresários, militares, fazen deiros, financistas, pastores e a fração mais retrógrada dos religiosos.
É uma eleição sem meio ter mo. Não existe muro disponí vel. Até porque, como ensina a sabedoria popular, numa hora dessas o muro pertence ao diabo. Como também já se avi sou, a escolha não dirá somen te que Brasil queremos, mas também quem somos.
Para quem ainda não se de cidiu, vale a pena conferir nes ta página quem seu voto vai ajudar, que país vai construir e ao lado de quem vai estar no momento mais grave da nossa história.
Quando temos que tomar uma decisão, mas temos ainda alguma dúvida, uma boa pedida é comparar. Comparando, vamos achar o melhor caminho. É o caso da escolha para presidente. Quem mandou melhor? Para saber, a hora é de olhar os números. Vamos nessa?
Quando LULA assumiu o governo, o míni mo era R$ 613,10. Ao deixar o governo, ti nha subido para R$ 940,50. AUMENTOU MAIS DE 50%
BOLSONARO assumiu com um mínimo de R$ 1.087,00. Agora, está em R$ 1.212,00. Foram 3 anos SEM GANHO ACIMA DA INFLAÇÃO.
No começo do governo LULA , 35% da po pulação sofria de algum tipo de insegu rança alimentar. No final, havia caído para 30% e a FOME EXTREMA HAVIA SIDO ERRADICADA
Sob BOLSONARO, a fome voltou com tudo: o Brasil passou de 40% de pessoas nesta si tuação para 58,7%. A FOME EXTREMA ESTÁ DE VOLTA.
LULA tomou posse com uma inflação de 14,7%. Ao sair, HAVIA CAÍDO PARA 6,5%
Ao assumir, BOLSONARO recebeu uma in flação de 3,4%. Agora, SUBIU PARA 10,2%
Com LULA, os empregos formais subiram de 28,7 milhões para 44,1 milhões. Ou seja, mais de 15 MILHÕES DE NOVOS EMPRE GOS COM CARTEIRA ASSINADA, melho res salários e mais direitos ao trabalhador.
Com BOLSONARO, o EMPREGO ENCOLHEU, caindo de 46,6 PARA 46,2 MILHÕES
LULA REDUZIU O DESMATAMENTO na Amazônia de 25,3 mil km 2 PARA 7 MIL KM 2
BOLSONARO AUMENTOU O DESMATAMENTO de 7,5 mil km2 PARA 13,2 MIL KM2.
Quando LULA começou a governar, era pre ciso R$ 3,67 para comprar um dólar. No seu último ano, bastava R$ 1,67 PARA COM PRAR UM DÓLAR.
BOLSONARO chegou ao governo com o dólar valendo R$ 3,87. E agora UM DÓLAR CUSTA R$ 5,58. O que encarece muita coisa.
Maiores apoios - População mais pobre, que recebe até dois salários mínimos, desempregados, mulheres, negros, povos originários, movimentos sociais, partidos progressistas, militantes dos direitos humanos, jovens, católicos, religiões de matriz africana, trabalhadores organizados, agricultores familiares, defensores do meio ambiente, estudantes, universitários, professores, artistas, intelectuais.
Ampliar e renovar o Bolsa Família, somando aos R$ 600 mensais, mais R$ 150 por filho menor de seis anos;
Aumento real do salário mínimo;
Reduzir impostos dos mais pobres;
Criar o Programa "Desenrola Brasil" para renegociar as dívidas de milhões de famílias endividadas;
Zerar o desmatamento da Amazônia, combater o garimpo ilegal que conta mina os rios e os incêndios criminosos;
Mudar as regras do imposto de renda, com isenção para quem ganha até R$ 5 mil;
Aumentar o programa de cotas sociais e raciais nas universidades;
Retomar o Minha Casa, Minha Vida, o PAC e reativar a indústria naval;
Ampliar e fortalecer o SUS;
Recuperar a imagem do Brasil no exterior, reaproximando-se tanto dos EUA quanto da Europa e da China;
Implantar o Sistema Único de Segurança Pública, com modernização do se tor e valorização das carreiras policiais.
Dar maior acesso da população à armas de fogo, considerando-o um "im portante instrumento", elemento cultural e desportivo;
Investir nas Forças Armadas e nas polícias;
Autorizar indígenas a fazerem "uso responsável" dos recursos naturais;
Atrair investimentos através de acordos com outros países;
Avançar com suas atuais políticas de emprego e renda;
Manter o Auxílio Brasil em R$ 600;
Seguir com a política atual de meio ambiente, entregue aos militares;
Fazer uma reforma tributária com simplificação de impostos;
▶ Nunca tanta gente famosaartistas, músicos, escritores, cineastas - entrou com tanta força em uma decisão eleitoral. Na sua grande maioria, o mun do da cultura fechou com Lula.
É uma lista que, na música popular, inclui Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Anitta, Luisa Sonza, Mart`ná lia, Chico César, Arnaldo Antu nes, Pabllo Vitar, Maria Rita, Alceu Valença, Gal, Zélia Duncan, Nando Reis, Paulo Miklos, Ludmilla, Duda Beat, Teresa Cristina, Martinho da Vila entre muitos.
Do teatro, da televisão e do cine ma, Fernanda Montenegro, Glória Pires, Bruno Gagliasso, Cleo Pires, Paolla Oliveira, Xuxa Meneghel, Bru na Marquezine, Paulo Betti, Angéli ca, Luciano Huck, Fátima Bernar des, Claudia Abreu, Malu Mader, Marcelo Serrado, Rodrigo Lombar di, Alinne Moraes, Caco Ciocler, Evandro Mesquita, Osmar Prado e muitos mais abriram voto para Lula.
Escritores e cineastas como Paulo Coelho, Lira Neto, Fernando Morais, Wagner Moura e Kléber Mendonça Filho reforçam a frente.
Na trincheira oposta, pouca gente. A atriz Cássia Kiss é uma das raras vozes pró-Bolsonaro no meio artísti co. A maior parte dos apoios bolso naristas vem da música sertaneja, casos de Zezé de Camargo, Sérgio Reis, Gusttavo Lima e Latino. Bolso naro também vai levar os votos de Roger Moreira, Regina Duarte, An tonia Fontenelle e Amado Batista.
É o total de mentiras de Jair Bol sonaro durante sua presidência. O levantamento é da agência de che cagem Aos Fatos. Ela contabilizou as declarações falsas ou distorcidas desde a posse até o dia 5 deste mês. A mentira que ocupa o topo da lista é "Estamos há três anos e meio sem corrupção" que Bolsonaro repetiu 237 vezes.
Privatizar estatais;
Consolidar o ajuste fiscal no médio e longo prazo.
▶ Ninguém fica indiferente às elei ções nem mesmo no mundo do fu tebol, onde política certamente não é um dos temas preferidos.
Nem mesmo o goleiro Bruno Souza, ex-Flamengo, condenado pelo assassinato da sua namorada Eliza Samudio. O crime, que ocor reu em 2010, chocou o Brasil. O corpo de Eliza foi esquartejado e entregue aos cães. Ele abriu seu voto para Jair Bolsonaro nas suas redes sociais. “O 22 está fazendo um bom trabalho", opinou.
Outro nome polêmico que acom panha o voto de Bruno no atual pre sidente é o atacante Robinho, ex -Santos e Seleção Brasileira. Sen tenciado por participação em estu pro coletivo na Itália, recebeu pena de nove anos de prisão. Como resi de hoje no Brasil e não pode ser ex traditado, a justiça italiana pede que ele cumpra sua sentença aqui. Outro nome da mesma leva é Neymar, hoje enredado em um pro cesso sobre sua transferência para
o Barcelona, envolvendo dezenas de acusações e que, no limite, pode chegar inclusive à prisão.
Sem as atribulações judiciais dos três, há figuras bem conheci das do bolsonarismo, casos, por exemplo, do técnico Renato Porta luppi, do Grêmio, e do volante Feli pe Melo, ex-Palmeiras, hoje no Flu minense.
No time adversário estão os ex -atacantes Casagrande, ex-Corín thians, e Raí, ex-São Paulo. O pri meiro questionou duramente Bru no, Robinho e Neymar na sua colu na na Folha de S. Paulo. "Por que criminosos do esporte, como Bru no e Robinho, votam em Bolsona ro?", pergunta no título.
Ex-atleta e hoje técnico, Roger Machado também se manifestou: “Os brasileiros querem paz para trabalhar, para estudar e para cui dar das suas famílias. Mas não existe paz sem justiça social. Não existe paz onde existe racismo. Por isso, eu voto Lula”.
▶
Dos próximos 55 integrantes da Assembleia Legislativa do RS, 24 fo ram eleitos pela primeira vez. Já em relação a Câmara Federal somente sete dos 31 deputados federais fo ram eleitos pela primeira vez.
Tanto no Legislativo federal como no estadual a maioria dos parlamentares é formado por homens brancos. Do total de ca deiras da Assembleia, 11 (20%) serão ocupadas por mulheres. Uma a mais do que na atual con figuração.
Já em relação ao cenário fe
deral, dos 513 deputados eleitos, 91 (18%) são mulheres, entre elas, duas trans, fato inédito no Congresso Nacional. Das elei tas, nove são negras, represen tando os partidos PT, PSOL, PCdoB e REDE. Destas, duas gaúchas, Daiana Santos (PC doB) e Denise Pessôa (PT).
▶
Nas eleições municipais de 2020, Bruna Rodrigues, Daiana Santos, ambas do PCdoB, juntamente com Laura Sito (PT), Karen Santos e Matheus Gomes, ambos do PSOL, fizeram história na capital gaúcha, ao formarem a primeira bancada negra do Legislativo municipal.
Agora, nas eleições de 2022, o feito histórico se repete na Assem bleia Legislativa. Matheus, Bruna Rodrigues e Laura Sito formarão a ‘bancada negra’ no Parlamento. Sendo que Bruna e Sito se torna ram as primeiras mulheres negras a ocupar uma cadeira na Assem bleia Legislativa.
Em âmbito federal, Daiana San tos e Denise Pessôa tornaram-se as duas primeiras mulheres ne gras gaúchas a ocuparem o espa ço. Sendo Daiana a primeira LGBT QIA+ gaúcha na Câmara.
Eleita com 51.865 votos, Bruna Rodrigues, 35 anos, mãe, pontua que durante a pré-campanha e campanha refletiu sobre o quão simbólico e importante é a chegada coletiva de parlamentares negros e negras. “Nós pouco ou nunca, no caso das mulheres negras, nos vi mos ocupando esse espaço de po der. O povo preto precisa ocupar o Parlamento e a chegada de não uma, mas duas mulheres negras, fala muito sobre essa tomada de consciência que conquistamos.”
“Foram 187 anos sem represen tação das mulheres negras, encer rar esse ciclo é histórico. Nossa presença não pode mais ser igno rada. No momento tão profundo de crise que nós vivemos, é algo signi ficativo que a luta antirracista te nha tomado uma proporção muito significativa na prioridade das pes soas que lutam por igualdade so cial no país”, enfatiza Laura Sito, eleita com 36.705 votos. A parla
mentar de 30 anos é a deputada es tadual mais jovem dessa nova le gislatura.
Quinto mais votado para a As sembleia Legislativa na eleição de 2022, com 82.401 votos, o mestre em História Matheus Gomes (PSOL), de 31 anos, é o segundo mais jovem eleito para o Parla mento gaúcho. “É uma conquista histórica, porque nos últimos 20
Em relação às bancadas, na Assembleia Legislativa a maior bancada foi a do Partido dos Tra balhadores (PT), com 11 deputa dos eleitos. É o partido que mais terá representação feminina na próxima legislatura. Os apoiado res diretos de Jair Bolsonaro ele geram 14 representantes. anos nós mudamos a condição do debate sobre a questão racial no Brasil, sempre existiu o mito da de mocracia racial, que tornava o ra cismo um problema menor no nos so país.”
COMO ELES NOS ATACAM " Nascida e criada no Morro Santana, em Porto Alegre, Daia na Santos recebeu o voto de 88.107 gaúchos e gaúchas. Para ela, a eleição da bancada é muito importante, ainda mais no cená rio que estamos vivendo. “Do au mento da violência, o fascismo tomando conta. A gente vê a gra tuidade como eles nos atacam, a maneira como olham e desquali ficam algo que nem sequer eles têm elementos para fazer.”
“É uma grande honra e respon sabilidade assumir, junto com a companheira Daiana, as duas pri meiras cadeiras ocupadas por mu lheres negras na Câmara Federal eleitas pelo RS. Além disso, sou a primeira mulher eleita deputada federal na minha região, a Serra Gaúcha. Os ares de mudança estão cada vez mais presentes e fortes”, frisa Denise Pessôa, eleita para a Câmara Federal, com 44.241 votos. Denise é vereadora de Caxias do Sul desde 2009.
Em 2023 a Assembleia Legislativa passará por uma renovação de nomes após as eleições do dia 2 de outubroOs anos passam, mas a foto continua a mesma: o parlamento como espaço de homens brancos Foto: Agência Câmara Foto: Lucas Leffa
TRA O BRASIL (2013), dirigido por Alípio Freire, o filme é uma realização do Núcleo de Preservação da Memória Política e da TVT – TV dos Trabalhadores, com apoio do Memorial da Resistência de São Paulo e da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Através de fotos, vídeos e entrevistas com 22 prota gonistas da história (entre eles o do ex-ministro do Trabalho de João Goulart, Almino Affonso, e Aldo Arantes, presidente da União Nacional dos Estu dantes (UNE) entre 1961 e 1962) sobre o que ocorreu entre a campanha de Jânio Quadros para presidente, em 1960, e a posse do marechal Castelo Branco, em 15 de abril de 1964.
QUILOMBO (1984), dirigido por Cacá Diegues, e também baseado no livro de José Felício dos Santos, o filme mostra a história do Quilom bo dos Palmares agora tendo como pano de fundo a relação entre Ganga Zumba (Tony Tornado) e seu afilha do Zumbi (Antonio Pompêo).
O filme foi um grande sucesso pelos festivais mundo afora sendo apresen tado no Festival de Cannes.
o filme é baseado no livro de José Felício dos Santos e mostra a história de Ganga Zumba (Antônio Pitanga) o primeiro líder do Quilombo dos Palma res, comunidade de negros fugidos da escravi dão, situada na Serra da Barriga, em Pernambuco. O filme retrata desde o nascimento do persona gem título no navio negreiro até se tornar o líder do quilombo.
nio Conselheiro (José Wilker) contra o exército brasileiro. Os revoltados lutavam contra o alto valor dos impostos cobrados pela recém então formada República.
e seu bando na esperança de se tornar rico. Suas imagens são as únicas gravadas com Lampião ainda vivo. Mas os sonhos do mascate são prejudicados pela ditadura do Estado Novo. O filme mostra as imagens reais de Lampião filmadas por Benjamin que haviam sido apreendidas pelo governo na década de 1930.
GUERRA DOS CANUDOS (1997), dirigido por Sérgio Rezende, o filme retrata, como o nome mesmo diz, a Guerra de Canudos. A Guerra foi um levante liderado por um líder espiritual chamado Antô
LULA, O FILHO DO BRASIL (2010), de Fábio Barreto e Marcelo Santiago, o filme conta a trajetória do ex-pre sidente Lula (Rui Ricardo Diaz). De sua infância humilde em Garanhuns, no Pernambuco, a mudança para São Paulo até tornar-se líder sindical, e o caminho que trilhou para se tornar presidente do Brasil.
www.ijf.org.br/tributar.os.super.ricos/
BAILE PERFUMADO (1997), de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, o filme conta a história de Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) um mascate que decide filmar Lampião (Luís Carlos Vasconcelos)
XINGU (2012), de Cao Hamburger, o filme narra a história dos irmãos Villas Bôas que resolvem trocar o conforto da vida na cidade grande pela aventura de viver nas matas e se alistam para a Missão Roncador-Xin gu, que fazia parte da Marcha Para o Oeste instituída por Getúlio Vargas para incentivar o progresso e a ocupação da região Centro-Oeste. Essa viagem os ajuda a fundar o Parque Nacio nal do Xingu, uma das mais importantes reservas ecológica e indígena do Brasil.
Esquerda gaúcha, que não foi para o segundo turno por 0,04% dos votos, manifestou prioridade em eleger Lula presidente e orientou “nenhum voto” em Onyx
MARCELO FERREIRA PORTO ALEGRE▶ Repetindo 2018, eleito ras e eleitores do Rio Grande do Sul terão que fazer uma escolha entre dois candidatos alinha dos à direita do espectro político no segundo turno da disputa para governa dor. Por pouco não esteve na disputa a esquerda, que teve chances com Edegar Pretto (PT) e Pedro Ruas (PSOL) e ficou de fora por uma diferença de 2.441 votos (0,04%).
Com isso, resta de um lado Onyx Lorenzoni (PL), que já comandou quatro ministérios do governo Bolsonaro e venceu o primeiro turno com 37,5% dos votos válidos. Do outro, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), que renunciou ao cargo para, sem sucesso, dispu tar o posto de candidato à Presidência da República pelo seu partido, e ficou na segunda colocação na disputa ao Piratini, com 26,81% dos votos.
Governador mais jovem na história do RS, iniciou a carreira política como vereador e depois prefeito de Pelotas (RS). Na tentativa de concorrer à Presidên cia, renunciou ao governo estadual, mas o plano frustrado o trouxe de volta à corrida pelo Piratini.
Sua gestão do estado é marcada por privatizações e concessões, criação do teto de gastos no RS e críticas de falta de diálogo, por exemplo, na aprova ção do novo código ambiental sem debater com a sociedade. Acabou com a obrigatoriedade de plebiscito para vender empresas públicas, inclusive a Corsan, que na campanha anterior havia se comprometido em não vender, o que não cumpriu e seu sucessor segue tentando.
No segundo turno, Leite precisa dos votos dados à esquerda, mas sua neutralidade na disputa nacional impediu maior diálogo. Contudo, visando esses eleitores, comprometeu-se em não privatizar o Banrisul, proposta defendida por seu adversário.
Ganhou apoio do PSB, PDT e Solidariedade.
Foi eleito em 2018 pela quinta vez como deputado federal, pelo DEM, mas iniciou 2019 como Ministro -Chefe da Casa Civil de Bolsonaro. A primeira vez que ocupou seu posto do atual mandato na Câmara Federal foi para votar a favor da Reforma da Previ dência. Após, voltou ao governo federal, onde também comandou os ministérios da Cidadania, da Secretaria Geral da Presidência da República e do Trabalho e Previdência. Também foi ministro no governo Temer (MDB). Hoje no PL, Onyx concorre pela primeira vez ao governo do estado. Tentou sem sucesso ser prefeito de Porto Alegre em 2004 e 2008. Acusado de receber caixa 2 da JBS em campanhas de 2012 e 2014, admitiu o crime e fez acordo com a justiça, pagando R$ 189 mil para se livrar do julgamento. Ao passar para o segundo turno, repetiu seu lema “Deus, família, pátria e liberdade”. Recebeu o apoio de Luis Carlos Heinze (PP), que no primeiro turno ficou na quarta colocação, com 4,8% dos votos.
▶ Os partidos que encabe çaram as federações da es querda no estado manifes taram-se sobre o segundo turno. A orientação é focar na eleição de Lula (PT), can didatura que representa compromisso com a demo cracia em âmbito nacional, e a não dar “nenhum voto” a Onyx Lorenzoni (PL), na al çada estadual.
O PT gaúcho orientou “o combate sem tréguas ao bolsonarismo no Brasil e no
Rio Grande através dos seus representantes. Portanto, Nenhum voto a Onyx!”. A justificativa é o cenário es tadual “em que de um lado há um candidato que repre senta o extremismo de di reita, e de outro uma candi datura que não assume lado na disputa nacional optando pela 'neutralidade'”.
O PSOL gaúcho defendeu “Nenhum voto em Onyx, derrotar Bolsonaro e o bol sonarismo com Lula presi
dente”, liberando sua mili tância para exercer seu voto “nos marcos desta resolu ção”. A deputada estadual Luciana Genro, presidente do partido no estado, frisou que o partido será oposição ao próximo governo gaúcho, seja ele liderado por Onyx ou por Leite. “Vamos enfrentar a agenda econômica liberal que retira direitos dos servi dores, desmonta os serviços públicos e privatiza o patri mônio do estado”, disse.
Foto Ricardo Stuckert Esquerda unida para eleger Lula presidente Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil Foto: José Cruz/Agência Brasil