Brazilian Wave Magazine 19

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Editores Executivos / Publishers Regina Filippov e Teresa Botelho Editora / Editor Fátima Mesquita Colaboradores / Contributors Benny Hakak Cláudia da Silva Dora de Souza Leandro Cavalcanti Lúcio Mesquita Maya Sangawa Roberta Wiseman Tradução / Translation Vania Dantas Pinto Revisão / Copy Editor Claudia Pina (Português) Roberta Wiseman (English) Direção de Arte / Art Director Teresa Botelho Design Gráfico / Graphic Design Erika Landim Publicidade / Sales Edmonton Antonieta Crerar Vancouver Marco Castro Publicação e Distribuição: BRZ Group|828-C Bloor Street W. Toronto, ON M6G 1M2 Canadá Brazilian Wave Magazine is published four times a year: Spring, Summer, Fall, Winter. Endereço / Mailing Address P.O. Box 451, Station ”E” Toronto, ON M6H 4E3 Canadá Tel.: (416) 533-1376 | Fax: (416) 533-8658 Toll Free: 1.866.488.6739 info@brazilianwave.ca www.brazilianwave.ca Print / Impressão 13,000 cópias / copies Circulação / Circulation Canadá ISSN: 1708-2159 Copyright©2007 Brz Group Inc. ***

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We acknowledge the financial support of the Government of Canada through the Canada Magazine Fund toward our editorial cost.

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PRIMAVERA 2008

7 Entrevista: Naomi Lipowski 11 Especial: Québec City Em sintonia com o passado e o futuro 14 18 21 41 44 48 50 52 57

Comunidade Negócios Comportamento Portfólio Esporte Receita Playground Newsflash Meio Ambiente

SPRING 2008 9 Interview: Naomi Lipowski 14 Special: Quebec City In tune with the past and the future 16 Community 20 Business 23 Life Style 43 Portfolio 46 Sport 48 Recipe 50 Playground 52 Newsflash 59 Environment


BEM-VINDO / WELCOME

Brazilian WAVE Por/By Fátima Mesquita, Editora/Editor

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em-vindo. Enquanto o verde toma conta do país, pipocando na ponta de cada galho de toda árvore, a gente colore as nossas páginas com a mesma cor, trazendo aqui matérias sobre a cana e o café brasileiros. Mas misturamos tudo isso com uma pitada high tech para falar de Internet, de etanol e ainda do e-mail como fonte de informação para quem pensa em vir de vez para o Canadá. E isso vem sem que a gente esqueça do passo leve e consciente do Ivaldo Bertazzo, do sabor delicioso de uma torta gelada de banana e ainda de uma dose máxima de identidade brazuca através do velho e bom futebol. E para coroar esta edição ainda carregamos você, leitor, para um passeio pela multicultural e bela Québec City, que comemora este ano 400 primaveras!

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elcome. While green shades come back to conquer the country, popping up on the end of every branch of all the trees, we colour in our pages in the same pallete, bringing you pieces about Brazilian sugar cane and coffee. All of this, however, comes mixed with a high tech flavour, in discussions about Internet, ethanol and e-mail as a source of information for immigrants-to-be. Then we have the awareness brought by Ivaldo Bertazzo’s choreography, the delicious taste of a banana cold torte and a powerful dose of “brazuca” identity achieved with the help of the old and beautiful game, soccer. As a cherry on the top of this, let’s have a nice stroll together in the gorgeous and multicultural Québec City, right now celebrating 400 springs!

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TER-

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ENTREVISTA

COM A MÃO NO LEME

Brasileira de mil talentos, Naomi Lipowski vem deixando sua marca no competitivo mercado da Internet no Canadá. E é de dentro de uma das indústrias mais poderosas da atualidade que ela manda um aviso aos navegantes: a web ainda é um mar de oportunidades. Por Leandro Cavalcanti

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aomi Lipowski é uma dessas pessoas que enche de energia qualquer ambiente. A paraibana radicada em Toronto há quase 20 anos curte sol, mar, amigos, música e tudo mais de bom e bonito que a vida oferece. Mas na hora de arregaçar a manga e mostrar trabalho, ela também não deixa por menos. Aplicada e competente, Naomi já faturou vários prêmios pela vida afora - como o Top 10 da McMaster University em um campeonato nacional de matemática – e ainda fala nada menos que cinco línguas – português, inglês, francês, espanhol e polonês! Mesmo assim, ela segue em frente com toda a simplicidade do mundo, encarando tudo o que a vida traz com otimismo e muita disposição. Wave: De onde você é e como veio parar aqui no Canadá? Naomi Lipowski: Nasci em Campina Grande, Paraíba, mas sou descendente de brasileiro com polonês. Eu e meus pais mudamos para o Canadá em 1988. Antes disso, eu já havia viajado bastante porque meu pai, Janusz Lipowski, era professor de engenharia elétrica no Brasil e vivia indo trabalhar em várias partes diferentes do mundo. Ele trabalhou, por exemplo, em universidades na Indonésia, em Cingapura, no Reino Unido e na Rússia. E eu sempre o visitei. Aliás, esta é uma das razões pelas quais hoje eu conheço 48 países. E foi assim até que o meu pai veio para a Universidade de Waterloo, em Ontário. Dali

Naomi Lipowski, gerente de produtos da Yahoo! Canada

eu mudei para Toronto, onde eu fiz o colegial e depois tirei meu diploma, com honra, em Sistemas de Informações Geográficas e Estatística na Universidade de Toronto. 77


Wave: E a sua mãe? Naomi Lipowski: Ela se chama Barbara Lipowski e é psicóloga. Ela trabalhou em várias empresas importantes e hoje tem o consultório dela. Minha mãe me ajuda a ter o pé no chão e me dá equilíbrio, que é uma coisa muito importante para mim. Adoro sair com os amigos e leio muito. Eu me esforço para ficar sempre no topo do que acontece no ramo em que atuo e amo aprender coisas novas. Além disso, faço parte do conselho de associações profissionais e estou muito envolvida com a Síndrome Guillain-Barré, que é uma desordem causada por uma bactéria e que faz o sistema imunológico do corpo atacar o seu próprio sistema nervoso periférico. Meu pai sofreu com isso e acabou superando o problema, mas a doença afetou muito a minha vida e agora eu quero ajudar outras pessoas que passam pelo mesmo. Wave: Que desafios você enfrentou nos seus primeiros anos no Canadá? Naomi Lipowski: Eu tinha 15 anos quando cheguei com a minha família e não enfrentei nenhum desafio especial por ser imigrante. Achei o clima, o tempo complicado e, porque estava em Ontário, longe do oceano, aquilo também me afetou, porque eu fui criada à beira-mar, em João Pessoa. Mas eu sempre me senti muito bemvinda aqui. Wave: Você é gerente sênior de produto e está encarregada dos produtos da linha de comunicação da Yahoo! Canada. Qual foi sua trajetória até assumir esta posição e que tipo de projetos estão hoje em dia sob sua responsabilidade? Naomi Lipowski: Eu gerencio o serviço de email e o serviço de mensagens instantâneas do Yahoo! Canada, além também de gerenciar o Flickr, que é uma aplicação de compartilhamento de fotos online. Meu papel é acompanhar o produto em todas as etapas do seu ciclo de vida, do desenvolvimento até o lançamento, cuidando do marketing, do desenvolvimento de negócios, da venda e da engenharia. E eu adoro cada pedacinho do que faço. A web é hoje uma coisa muito ampla e é 8

agora esse grande meio de comunicação, além de também ser uma parte muito mais integral da vida de todo mundo. O Yahoo tem o email número 1 do mundo, o mais usado, com 250 milhões de usuários. E pela competitiviadade desse mercado, é fácil ter uma idéia de como o meu dia-a-dia é puxado. Mas eu andei muito até chegar aqui. Comecei fazendo websites em 1994, quando ainda estava na universidade, quando a Internet era coisa só de nerd. Então, foi um desenrolar natural essa coisa de eu ir trabalhar para empresas de tecnologia. E antes de vir para a Yahoo!Canada, eu trabalhei para empresas como AOL, FedEx e Reuters. Wave: Que diferenças você vê entre os mercados de Internet do Brasil e do Canadá? Naomi Lipowski: De acordo com o eMarketer, a conexão no Brasil continua ainda muito cara para a maioria dos brasileiros. Embora o país lidere na América Latina no número total de internautas, menos de 15 por cento da população tem acesso à Internet. Mas em 2011, a expectativa é de que um quarto da população do Brasil esteja online. Ou seja, serão mais de 47,5 milhões de pessoas. No Canadá, já existem mais de 23 milhões de pessoas conectadas à rede. Só de usuários do Yahoo temos mais de 16 milhões. E esta é a grande diferença. Wave: A Internet já criou uma revolução na vida de todo mundo. Para você, que está dentro desta indústria, o que vem por aí? Naomi Lipowski: Hoje, a Internet é uma ferramenta essencial na vida da maioria das pessoas e, por isso mesmo, tudo que tem a ver com networking na web tem crescido de modo rápido e intenso. Se eu compro alguma coisa e falo dessa minha compra com cinco amigos, isso que fiz é networking. Acontece que a Internet dá a um gesto simples como esse um crescimento exponencial. Além disso, vamos ver mais conteúdo gerado pelo usuário, mais fusões e uma penetração maior da Internet em alguns países. A web está cada vez mais aberta, mais interoperável, e mais social e móvel. E o grande desafio nesta área é que a gente não pode parar de aprender, porque as coisas mudam o tempo todo.


INTERVIEW

HANDS ON THE TILLER

A multitalented Brazilian, Naomi Lipowski, is making her mark in the competitive Canadian Internet market. And is such an insider to one of the most powerful industries of our time that she sends out this message for all surfers: the web is still a sea of opportunities. By Leandro Cavalcanti

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aomi Lipowski is one of those people who spread energy wherever they are. Originally from the State of Paraíba, but living in Toronto for almost 20 years, she enjoys sunshine, the seaside, friends, music and all the good stuff. But when it’s time to work hard, she goes to it with the same enthusiasm. Committed and competent, Naomi has received a good bunch of awards throughout her life – for example, she was in the Top 10 in a national mathematics competition from McMaster University. She also speaks five languages fluently – Portuguese, English, French, Spanish and Polish! Still, she is as humble as possible, viewing life with optimism and a great disposition. WAVE: Where are you from and what brought you to Canada? NAOMI LIPOWSKI: I was born in Campina Grande, Paraíba, Brazil. My parents are of Brazilian/Polish descent and we came to Canada in 1988. Prior to that I traveled extensively as my father, Janusz Lipowski, was a professor of Electrical Engineering in Brazil and had different assignments all over the world. He taught in various universities in countries such as Indonesia, Singapore, the UK and Russia, to name a few. I always went to visit him and this is one of the reasons I have been to 48 countries to date. Finally, he settled at the University of Waterloo, in Ontario, and from there I moved to Toronto, where I went to high school and got my BA Honors majoring in Geographic Information Systems and Statistics from U of T. WAVE: And your mother? NAOMI LIPOWSKI: Her name is Barbara Lipowski. She is a psychologist and has worked in several renowned

Brazilian Naomi Lipowski came to live in Canada when she was 15 years old. companies. Now she has a private practice. She also helps me stay grounded and gives me the balance of wellbeing, something that is really important for me. I love going out with friends and I read a lot. I like to stay on top of the industry and love learning new 99


things. I am also on the Board of different professional associations. I am very involved in the Guillain-Barré Syndrome or GBS. This is a disorder, caused by bacteria, in which the body’s immune system attacks part of the peripheral nervous system. My dad had it and eventually overcame it, but it affected my life and now I want to make a difference by helping other people. WAVE: What challenges did you find as a new immigrant in Canada? NAOMI LIPOWSKI: I was 15 when I came with my family and never really had any issues in that sense. The weather was tough, and living in Ontario, miles away from the ocean, also affected me since I grew up just beside the sea in João Pessoa. However, I always felt welcome. WAVE: You are now a Senior Product Manager and Head of Communications Products for Yahoo! Canada. How did you get into such a position and what are the projects you are currently involved with? NAOMI LIPOWSKI: I manage the mail and the messenger services at Yahoo! Canada and also Flickr, our online photo sharing application. My role involves taking the product through its whole lifecycle, from development to launch, working with marketing, business development, sales and engineering, and I love all aspects of this. The web has evolved into so much and is now a huge communications medium and a more integral part of everyone’s lives. Yahoo is the number 1 web mail application worldwide with a quarter of a billion users globally. So you can see how exciting and fast paced my working life is. But I came a long way. I start-

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ed building web sites in 1994, while still at University and when the web was just for geeks. So it was a natural path for me to start working for tech companies. I worked for companies like AOL, FedEx and Reuters before I came to Yahoo! Canada. WAVE: What differences can you see between the Brazilian and the Canadian Internet markets? NAOMI LIPOWSKI: According to eMarketer, home connectivity remains too costly for the majority of Brazilians. Although the country leads Latin America in the number of Internet users, less than 15 per cent of the population access the Internet. But by 2011, nearly a quarter of Brazil’s population will be online, representing about 47.5 million people. In Canada, there are over 23 million Canadians online, and over 16 million Yahoo users. So, this is the main difference. WAVE: The Internet has already created a revolution in everybody’s life, as an industry insider, what do you think is coming next in the web world? NAOMI LIPOWSKI: Today, the Internet is a very essential tool in most people’s lives and currently its social networking capabilities are growing fast. If I buy something and tell five of my friends about this, that’s essentially social networking. But the Internet gives an exponential growth to such a simple act. We will see more and more user generated content, more mergers, buy-outs, and a higher online penetration in many countries. The web is becoming more open, more interoperable and more social as well as mobile. The biggest challenge is that you need to keep learning, because things change every day.


ESPECIAL

QUÉBEC

EM SINTONIA COM O PASSADO E O FUTURO

A comemoração dos 400 anos da cidade de Québec pode ser a desculpa ideal para você fazer o mesmo que seis milhões de turistas do mundo inteiro fazem todos os anos: visita e cair de amores pela Ville de Québec.

foto/photo: Sevenchang

Por Fátima Mesquita

Vista geral da cidade de Québec

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oi em um dia 3 de julho, 400 anos atrás, que Samuel de Champlain fundou um povoado em um local conhecido como “Kebek”. A origem do nome vem da língua dos Algonquin e significa “onde o rio se estreita” o que, aliás, é uma descrição perfeita do que acontece com o rio St. Lawrence ali, onde ele não tem mais que um quilômetro de largura. Champlain viera da França para estabelecer um posto de comércio de peles. E a escolha parecia mesmo perfeita, afinal de contas, dali de cima era possível ficar de olho no tráfego do rio e garantir, assim, a segurança do povoado. Era o ano de 1608 e, embora Champlain não pudesse imaginar, nascia ali o berço da civilização francesa no Novo Mundo: Québec City. 11


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uébec é uma cidade norte-americana de origem francesa e que funciona sob as regras do sistema parlamentar britânico. Em outras palavras, trata-se de uma cidade multicultural e moderna, que exala história, tem recantos de beleza rara e charme para dar e vender. É também um patrimônio histórico da UNESCO que vale a pena ser visitado uma ou talvez até mais vezes, porque só assim você poderá conferir os sabores diferenciados que cada estação traz para a cidade.

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omo ponto central da Nova França, Québec City dominava um império que cobria todo o leste do Canadá e quase a metade do que são hoje os Estados Unidos. E embora a França Norte-Americana não tenha resistido por muito tempo, a cidade manteve seu lugar especial na história, primeiro tornando-se a capital do Lower Canada e, em 1867, a capital de Québec. Hoje, a cidade de Québec tem 650.000 habitantes e recebe a cada ano seis milhões de turistas de todas as partes do mundo – gente que vem e se apaixona pela Vieux-Québec, a Velha Québec, uma cidade que esbanja charme europeu com sua atmosfera única e imperdível.

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SPECIAL

IN TUNE

WITH THE PAST AND FUTURE

Québec City is celebrating its 400th birthday, what better excuse is there for you to do what 6 million people do every year: visit Ville de Québec and fall in love with it. By Fátima Mesquita

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n July 3, 400 years ago, Samuel de Champlain founded a settlement at a place called Kebek. The name came from the local Algonquin language meaning “place where the river narrows” and was an accurate description of the St. Lawrence River, only a kilometre wide at the location. Champlain came from France to set up a fur trading post. The chosen spot seemed perfect. From there, they could keep an eye on the river traffic, and be sure of their safety. It was the year of 1608, and though Champlain didn’t know, he was establishing the cradle of French civilization in the New World: Québec City.

GUARDSMAN AT QUEBEC CITADEL

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s the centre of New France, Québec City was the most important location in an empire that covered all of Eastern Canada plus almost half of the current US territory. And, though, French North America didn’t last long, the city kept its place in history, first becoming the capital of Lower Canada and, in 1867, the capital of the province of Quebec. Nowadays, Québec City has a population of 650,000, and receives six million tourists from all around the world every single year. People who fall in love with the European charm, the unique urban feel of the Vieux-Québec, the Old Québec.

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uébec is a North American city of French origin that has a British parliamentary system. In other words, it is a multicultural and modern place full of history, beautiful spots and tons of charm. It’s also a UNESCO Heritage travel destination that’s well worth a visit or even more than one, since every season gives the place its own very special flavour. 13 13


COMUNIDADE

PARA UM POUSO SUAVE…

É fundamental que os candidatos à imigração estejam bem informados sobre o que vão encontrar em seu novo país. E neste processo, quanto antes a informação chegar, melhor a vida fica. Por Fátima Mesquita

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inguém disse que mudar de país é fácil, mas entre os brasileiros que sentaram praça no Canadá, poucos são os que conseguiram imaginar desde cedo como o começo podia ser difícil. Afinal de contas, a lista de coisas a fazer vai muito além do gerenciamento da saudade da família e dos amigos. É preciso achar uma casa ou apartamento, tirar seu CPF canadense - que é o SIN, o Social Insurance Number, resolver a questão do cartão que lhe dará direito ao atendimento médico gratuito na sua província, abrir conta de banco e começar a procurar emprego. Além disso, mesmo quem não pensa em ter carro logo, deve já começar o processo de tirar uma carteira de motorista canadense. E aqueles que vêm com criança a tiracolo precisam achar escola e se inscrever o quanto antes no Canada Child Tax Benefit, para ver se a família se qualifica a receber uma ajuda mensal que é uma espécie de salário-família daqui.

chegados nesta tarefa, existem centenas de centros financiados com dinheiro do governo espalhados pelo país. Nestes centros, você pode fazer perguntas sobre qualquer coisa, pode pedir ajuda para lidar com os milhares de formulários que preencherá e pode ainda achar programas interessantes que vão ser úteis na hora de achar o primeiro emprego ou obter o reconhecimento do seu diploma brasileiro. Mas é sempre bom visitá-los sem a ilusão de que alguém estará ali à disposição para, de fato, resolver seus problemas, porque estes centros estão cada vez mais assumindo uma postura de “faça você mesmo”. Ou seja, eles oferecem a informação em guias, livretos, websites, workshops e palestras e é você quem, na prática, acha o seu próprio caminho. Quase todas as unidades têm uma coleção enorme de serviços gratuitos ou com taxas simbólicas e oferecem o mesmo kit básico de serviços com cursos de inglês para iniciantes, uso de computador, Internet, fax e fotocópia, workshops que ensinam a fazer o currículo à moda canadense e palestras sobre reconhecimento das Desenrolar este novelo de lã sozinho, suas qualificações. E, às vezes, é possível achar obviamente, não é fácil. E, para ajudar os recém- serviços até mesmo em português.

FAÇA VOCÊ MESMO

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para as suas dúvidas em 48 horas. E eles aceitam perguntas até de quem ainda está só pensando em mudar para cá. A novidade é, claro, muito bem-vinda porque quanto mais informado o candidato a imigrante estiver, melhores são as suas chances de fazer um pouso suave e tranqüilo em seu novo país.

QUANTO ANTES, MELHOR Porque o mundo das agências de apoio aos imigrantes é competitivo, vira e mexe alguém acha um jeito diferente e mais efetivo de ajudar de verdade quem está começando ou pensando em começar uma vida nova no Canadá. Em Ontário, por exemplo, o NIC (Newcomer Information Centre) do Centre for Education and Training (www.tcet.com), que fica na região de Peel, na Grande Toronto, atende via email (nic@tcet.com), com promessa de resposta

DISCANDO 211 EM ONTARIO – Em várias partes de Ontário, basta discar 211 que você será atendido por um especialista em informações para a comunidade. O pessoal desse serviço responde a dúvidas, encaminha as pessoas para as agências ou os departamentos responsáveis pela área que tem a ver com a sua pergunta, oferece endereços e telefones de quem presta serviços na área que você deseja. Tudo prático, rápido e de graça.

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COMMUNITY

FOR A SMOOTH LANDING Information is the key to success for newcomers. And the sooner you get it, the better! By Fátima Mesquita

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obody says that immigrating is an easy task, but among the Brazilians settled in Canada, few are the ones who could imagine how hard the challenge really is. You just need to have a glance at the list of things to do after landing to realize that there is much more to cope with than managing your homesickness. You need to find a house or apartment, get your SIN, find out the rules about getting a health card in your province, open a bank account and start to look for a job. Even those who are not planning to buy a car immediately also need to start thinking about a driver’s license, while parents will need to find their children a school and enrol themselves at the Canada Child Tax Benefit. Untangling this yarn alone, of course, is a huge undertaking. So, to help newcomers, there are hundreds of government funded centres everywhere in the country.

IT’S ALL DO-IT-YOURSELF At these centres, you can ask questions about everything. You can get help to deal with the many forms you will need to fill in and can even find yourself some useful programs to help you to find your first job in the new country. But it is always a good idea to see these services without illusions. Nobody is there to take your hand and solve your problems. In fact, the centres are tending more and more to have a do-ityourself approach. This means that they offer information in guides, leaflets, websites, workshops and lectures, and the onus in on you, to find your own path. These centres will have huge lists of free or inexpensive services and offer the same basic aids, with English courses for beginners, the use of computers, Internet, fax, copy machines and voicemail facilities,

along with workshops to teach immigrants how to design their resumes in a Canadian style. Additionally, they will have information about Canadian accreditation for foreign professionals, and sometimes you can even find services being offered in Portuguese.

THE SOONER, THE BETTER Since the world of immigration support agencies is often quite competitive, from time to time one will come up with a different and perhaps even more effective assistance. In Ontario, for example, the NIC (Newcomer Information Centre) from the Centre for Education and Training (www.tcet.com), established in the Peel region of the Greater Toronto Area, now answers questions via e-mail (nic@tcet.com), promising a response in 48 hours. They even accept queries from those outside the country, offering a very welcome new service for those still thinking about coming to Canada. Indeed, the more informed an immigrant-to-be is, the greater their chances are of having a smooth landing in their new country.

DIALING 211 IN ONTARIO – In many parts of Ontario, calling 211 puts you in touch with an agent specializing in useful community information. This representative can not only answer your questions, but also refer you to the proper sources of help. They give addresses and phone numbers of services available in your area – and always free of charge. 17


NEGÓCIOS

ACEITA UM CAFÉZINHO?

O café exportado pelo Brasil pode não ter o mesmo marketing pesado de outros países, mas está presente em mais xícaras canadenses do que você pode imaginar! Por Dora de Souza

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o mundo inteiro, Brasil e café são praticamente sinônimos, e por isso mesmo há gente que ache até difícil acreditar que ele não tenha nascido em solo brasileiro. Originário da Etiópia, na África, o café se espalhou rapidamente pelo mundo graças a árabes e europeus. Torrado a primeira vez pelos persas no século XVI, o sucesso da nova bebida foi imediato e prova disso é que, naquela altura, uma mulher podia até pedir o divórcio se seu marido não conseguisse prover café suficiente no lar. A conquista da Europa começou na Itália e depois se espalhou pelo resto do continente. Em pouco tempo, casas especializadas apareceram em todas as grandes cidades da época. Ali, junto a uma xícara de café, discutia-se política, literatura e arte, o que só mostra que café e boa conversa sempre estiveram unidos.

O SABOR DA CONQUISTA Dessa paixão européia, a bebida ganhou o mundo. Em toda parte fez admiradores. Mas só em alguns lugares encontrou condições idéias para crescer e multiplicar-se. Foi o caso do Brasil, onde o café chegou de mansinho, vindo da Guiana Francesa, até Belém, passando depois 18

pelo Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Em pouco tempo, tornou-se a base da economia brasileira. A riqueza gerada pelo “ouro verde” trouxe imigrantes, fez crescer cidades e ferrovias, e gerou empregos e desenvolvimento. Hoje, o Brasil ainda é o primeiro produtor de café do mundo. Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Rondônia têm lugar de destaque na produção dos cafés Arábica e Robusta. O Canadá é um dos importadores mais tradicionais da iguaria - quase 20 mil toneladas de café verde do Brasil foram trazidas para o país ano passado. E redes importantes como Starbucks, Second Cup e Tim Hortons usam o café brasileiro em seus blends e sabores especiais. Aliás, muitas dessas redes fazem suas compras de fazendas certificadas. É o caso do Café Brazil Ipanema Bourbon, da Starbucks. Esse blend, suave e ligeiramente achocolatado, vem de uma enorme fazenda brasileira que segue as práticas recomendadas pelo Coffee and Farmer Equity. A Second Cup, por sua vez, tem em um de seus fornecedores a Fazenda Vista Alegre, que utiliza métodos especiais de cultivo, garantindo aroma e sabor inigualáveis. E aquele cafezinho rápido e instantâneo da marca Nescafé tem também uma boa dose de sabor brasileiro em sua composição.


QUALIDADE E SAÚDE Essa tendência de certificação e de se seguir processos cuidadosos no plantio, colheita e beneficiamento do café veio mesmo para ficar. A Associação Brasileira da Indústria do Café possui um programa importante de qualidade e a certificação de origem, o comércio justo e a sustentabilidade estão entre as preocupações mais constantes tanto dos produtores quanto dos consumidores. E isto tudo para que os apreciadores de uma boa xícara de café possam saboreá-la à vontade. Afinal de contas, estudos e mais estudos apontam para os inúmeros benefícios do café. Além da estimuladora cafeína, o café vem com potássio, ferro, zinco e magnésio - tudo isso junto a uma boa dose de antioxidantes. Em outras palavras, o café, em doses moderadas, além de gostoso, faz bem para o corpo e a mente.

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BUSINESS

FANCY SOME COFFEE?

Brazilian coffee may not have the same aggressive marketing as products from other countries, but in fact it is the coffee most often found in Canadian cups! By Dora de Souza

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ll over the world, coffee and Brazil are virtually synonyms, the very reason why many people find it difficult to believe it isn’t originally from Brazilian soil. Nevertheless, coming from Ethiopia, in Africa, coffee quickly spread all over the world thanks to Arabic and European people. Once toasted by the Persian people in the XVI century, success of the new beverage was immediate. So much so that, at that time, a woman could even file for divorce if her husband wasn’t able to provide enough coffee for the household!

THE CONQUERING FLAVOUR The conquest of the beverage in Europe began in Italy, later spreading through the whole continent. Soon, special houses were to be found in all the big cities, where cups of coffee were sold while people gathered to discuss politics, literature and art, proving that coffee and good conversation have always been hand in hand. It didn’t take long before the European coffee craze began to take over the rest of the world, finding admirers everywhere. But in only a few countries the seeds found proper weather conditions to happily grow. This was the case with Brazil, where coffee arrived swiftly, coming from French Guiana to Belém, going then to Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro and São Paulo. In a short period of time, it became the basis of Brazilian economy. Wealth generated by the “green gold” brought in immigrants, gave birth to cities and railways, and created jobs and development. Brazil is to date the primary coffee producer in the world. Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia and Rondônia have an outstanding position in the production of Arabica and Robusta coffee, which 20 20

is one of Canada’s most common imports – almost 20 thousand tons of green coffee was brought from Brazil into this country last year. Moreover, important chains such as Starbucks, Second Cup and Tim Hortons use Brazilian coffee in their special blends and flavours. Actually, many of these chains purchase from certified farms. This is the case with Starbucks’ Café Brazil Ipanema Bourbon. This blend, mild and lightly chocolatey, comes from a huge Brazilian farm that adheres to the practices recommended by the Coffee and Farmer Equity. Second Cup, in its turn, has among its suppliers the Vista Alegre Farm, which uses special planting methods to assure unbeatable smell and flavour. And the quick instant coffee from Nescafe also has a good share of Brazilian flavour in its composition.

QUALITY AND HEALTH The certification trend, which implies careful planting, harvesting and processing methods, is here to stay. The Associação Brasileira da Indústria do Café (Brazilian Coffee Industry Association) has an important quality program which states that origin certification, fair trade and sustainability should be among the most important concerns, both for producers and consumers. All this ensures lovers of a good cup of coffee may taste it in a relaxed way. After all, more and more studies point to the many benefits of the beverage. Besides the stimulating caffeine, coffee provides us with potassium, iron, zinc and magnesium – together with a fair dose of antioxidants. This means that coffee, in moderate amounts, is not only tasty, but good both for the body and the mind, as well.


COMPORTAMENTO

NOVELA:

UMA MANIA INTERNACIONAL

Estimativas apontam que os folhetins têm quase dois bilhões de espectadores no mundo todo e provam que a paixão por novelas não é exclusividade brasileira, apesar de continuar a ser um traço cultural do nosso povo – onde quer ele esteja. Por Maya Sangawa

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ocê já tirou o telefone do gancho para não ser incomodado na hora da novela? Já conversou com a televisão na hora do programa? Já pensou em batizar seu filho com o nome de algum personagem? Se você respondeu sim a alguma destas perguntas, você pode estar viciado em novelas. Pelo menos é o que diz o site soaps.about.com. Mas não se assuste. Antes de procurar um grupo de Noveleiros Anônimos, saiba que novelas são mania nacional em vários países. No Brasil, por exemplo, novelas como Roque Santeiro (1985) e Vale Tudo (1988) já conseguiram manter sin-

tonizados quase cem por cento dos televisores do país. E conseguiram também conquistar o telespectador internacional. Desde 1973, quando a Rede Globo vendeu a novela O Bem-Amado para o Uruguai, o produto se tornou artigo de exportação. Mas o grande marco da teledramaturgia brasileira no exterior foi a novela Escrava Isaura, de 1976. O folhetim foi vendido para mais de 100 países e fez a atriz Lucélia Santos, que fazia o papel da própria Isaura, ser reconhecida até por monges do Himalaia. Daí para frente, a novela brasileira não parou mais de fazer sucesso. 21


NOVELEIROS OCASIONAIS E SAUDOSISTAS

PARA MELHORAR O PORTUGUÊS

A hora da novela pode ser sagrada. Foi o que descobriu o professor canadense Chris Webb, 27 anos, ao passar uma temporada no Brasil em 2004. Na pequena Itapira, cidade com cerca de 60 mil habitantes no interior de São Paulo, a população parava na hora da novela das oito e o professor logo se adaptou à rotina: “Assisti à Celebridade e Da Cor do Pecado”. Chris voltou para Toronto, mas o gosto por novelas permaneceu: “Ainda dou uma espiada na TV para rever novelas que vi no Brasil.” Já para quem está longe do Brasil, assistir a uma novela também é uma forma de matar a saudade da terra natal. A bancária Raquel Silva, 52 anos, sempre viu novelas no Brasil. Quando veio morar em Toronto, em 2005, o hábito permaneceu. Mas, agora, ver novela tem um gostinho especial para Raquel: “Antes, era só para relaxar, mas hoje também assisto para me sentir mais perto do Brasil. Quando vejo as paisagens, me sinto em casa”.

Quando era ainda estudante, a advogada canadense Jennifer Mesquita, de 32 anos, passou alguns meses no Brasil. De volta a Toronto, começou a alugar vídeos com capítulos de novelas, para melhorar seu português. Aos poucos, foi se tornando fã. Para Jennifer, “as novelas brasileiras são divertidas e mostram cidades diferentes”. Hoje, na rotina puxada da advogada casada com um brasileiro e que tem filhos gêmeos de dois anos e meio, a hora da novela brasileira é sagrada: “Tento conciliar minhas atividades para não perder um capítulo. Quando isso acontece, assisto pela Internet”. Na Grande Toronto, quase sempre há novela brasileira mais antiga passando na Omni 1 por volta das quatro da tarde. Mas há também aqueles que pagam a assinatura na Rogers para ver a Globo que, aqui, passa as novelas atuais, mas com um dia de atraso.

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LIFE STYLE

SOAP OPERAS: AN INTERNATIONAL CRAZE It is estimated that soap operas have almost two billion viewers all over the world, proving that passion for the genre is not exclusively Brazilian, although they are definitely a cultural trace of our people, wherever they may be. By Maya Sangawa

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ave you ever taken the phone off the hook to stop callers bothering you while you watch your favourite soap opera? Have you talked back to the television while the soap was on? Have you thought of naming your son or daughter with the name of its main character? If you answered “yes” to any of those questions, you may be addicted to soap operas. This is at least what the site soaps.about.com says. But don’t be scared. Before seeking a group of Soap Opera Watchers Anonymous, take note that the genre is a national mania in many countries. In Brazil, soaps like Roque Santeiro (1985) and Vale Tudo (1988) kept

almost one hundred per cent of all televisions sets turned on, but the Brazilian made shows also seduced the international viewers. Since 1973, when Globo Network sold the miniseries O Bem Amado to Uruguay, the product became a Brazilian exported good. But the true landmark in Brazilian tele-drama overseas was Escrava Isaura, in 1976. It was sold to more than 100 countries and turned actress Lucélia Santos, who played the role of the white slave called Isaura, into a celebrity recognized even by monks in the Himalayas. From then on, Brazilian soap operas were a permanent success everywhere.

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OCCASIONAL AND NOSTALGIC VIEWERS Soap opera time can be sacred. That’s what Canadian teacher Chris Webb, 27, discovered after spending some time in Brazil in 2004. In little Itapira, a town with about 60 thousand inhabitants in the Sao Paulo countryside, people would stop all activities for the eight o’clock showing, a routine he soon joined: ‘I watched Celebridade and Da Cor do Pecado’. Chris returned to Toronto, but his taste for soap operas came with him: ‘I still peep at the TV to see the soap operas I’ve watched in Brazil again’. For those away from Brazil, watching a soap is also a way of coping with their longing for their home country. Bank worker Raquel Silva, 52, had always watched soap operas in Brazil. When she came to live in Canada, in 2005, she kept her habit. However, watching it now has a special flavour for Raquel: ‘Before, it was only for relaxing, but today the soaps also give me a feeling of being closer to Brazil. Seeing the landscapes, I feel at home’.

TO IMPROVE PORTUGUESE LANGUAGE SKILLS When she was still a student, Canadian lawyer Jennifer Mesquita, 32, spent some months in Brazil. Back in Ontario, she started renting videos of soap operas, in order to improve her Portuguese. Little by little, she’s become a fan. For Jennifer, “Brazilian soap operas are funny and show different cities”. Today, she finds an escape from her busy life as a lawyer, married to a Brazilian, and raising thirty-month old twins, in Brazilian soap operas. For her, nothing gets in the way: ‘I try to manage my activities so as to never miss an episode. And, if the worst happens, I look for the show on the Internet”. In the Greater Toronto Area, there is always an older Brazilian soap opera showing on Omni 1, around 4 p.m. But there are also those who pay Rogers cable company to get Globo, which shows the current soap operas, with just a day’s delay from its Brazilian airing. 24 24


ENGLISH INDEX ALL CITIES Bradford, 32 Calgary, 25 Cambridge, 32 Edmonton, 26 London, 32 Moose Jaw, 31 Niagara Falls, 32 Oakville, 32 Ottawa, 32 Montreal, 40 Toronto, 33 Vancouver, 27 Saskatoon, 31 Winnipeg, 31

TORONTO

Accountants, 35 Advertising, 38 Aesthetics, 35 Appliances, 35 Architects, 34 Arts & Crafts, 34 Associations, 34 Bakeries, 37 Beauty Supplies, 36 Benefits, 33 Bookstores, 37

Brazilian Gems, 37 Brazilian Media, 37 Brazilian Prod., 37 Brazilian Snacks, 38 CableTV (Braz.), 39 Car Dealers, 34 Car Rentals, 34 Car Repair, 34 Carpenters, 34 Children’s Wear, 38 Chiropractor, 38 Churches, 36 Cleaning, 37 Computer Service, 37 Computer Stores, 35 Cosmetics, 35 Counselling, 33 Dance Classes, 35 Dance Groups, 335 Dancewear, 35 Dentists, 35 DJ’s, 35 Dressmakers, 35 Driving Schools, 35 Employment, 33 English Courses, 35 Event Production, 36 Financial Cons., 35

Fitness, 37 Fitnesswear, 37 Flowers-Baskets, 36 Furniture, 37 Graphic Design, 34 Home Inspection, 36 Homestay, 33 Immigration Cons., 36 wImport / Export, 37 Ins. & Inves., 39 Interior Design, 35 Intl. Transport, 39 Lawyers, 33 Legal Services, 33 Make-up Artists, 36 Manicure, 36 Martial Arts, 34 Massage, 36 Money Transfer, 38 Mortgages, 36 Movers, 37 Music Groups, 37 Music Lessons, 37 Natural Products, 37 Novelties, 34 Nutritionists, 37 Online Shopping, 39 Optometrists, 37

Parties, Decor, 36 Phone Cards, 35 Photographers, 36 Physiotherapy, 36 Portuguese Courses, 35 Printers, 36 Psycotherapy, 38 Radio & WebTV, 38 Railings, 39 Real Estate, 37 Religious Groups, 38 Renovations, 38 Restaurants-Bars, 38 Snacks-Brazilian, 38 Snow Removal, 37 Telecom., 39 Telemessages, 39 Therapy, 39 Toys, 34 Translators, 39 Travel Agencies, 33 Video Prod., 39 Web Design, 39 Women’s Wear, 38

AIRLINES Airlines, 25

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PORTFÓLIO

O HOMEM QUE CRÊ NO PODER DA DANÇA

Ivaldo Bertazzo é um visionário coreógrafo brasileiro que acredita que todo mundo pode dançar. Agora, suas idéias, arte e movimentos se preparam para conquistar palcos do mundo todo. Por Roberta Wiseman

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esde a década de 1970, Ivaldo Bertazzo vem eletrificando platéias com shows que emanam energia e beleza. Ele é famoso por trabalhos que envolvem um grande número de pessoas no palco e que incorporam sempre uma mensagem social, enquanto servem também para expandir a concepção usual que temos da arte da dança. Tratado com reverência pelos brasileiros, Bertazzo vem agora ganhando atenção internacional. Ele faturou, por exemplo, o importante prêmio do Fundo Príncipe Claus para Cultura e Desenvolvimento de 2004 – o Fundo é uma organização holandesa que promove a arte no mundo todo. Por causa disso, o coreógrafo foi convidado a apresentar um de seus espetáculos, Samwaad – Rua do Encontro, para o público da Holanda em 2005. Além disso, as produtoras Bossa Nova Films, do Brasil, e Espace Vert e Stormy Nights, do Canadá, criaram em conjunto um documentário sobre os dançarinos de Bertazzo, o processo de produção do espetáculo e os bastidores da recente apresentação do grupo em Paris.

NO PRINCÍPIO, ERA AÇÃO Foi por volta de 1976 que Bertazzo começou a desenvolver a idéia de que a dança era para todo mundo – e não só para quem consegue pagar aula de balé – e que o movimento podia ser usado para uma reconquista do nosso próprio corpo. Sua noção de “cidadão-dançante” promove isso mesmo: o uso do movimento como meio de acabar com todo tipo de opressão. Para ele, mesmo quem não é dançarino profissional é capaz de dançar, tem o direito político de ser dono do seu próprio corpo e de movimentá-lo à vontade.

Partindo dessa concepção, ele fundou uma escola de dança em São Paulo onde dá aulas para quem pode pagar para reeducar o corpo, mas Ivaldo também trabalha com grupos de jovens de favelas no que define como “dança comunitária” – um movimento que unifica expressão artística com ação social. E foi com os alunos de sua dança comunitária que ele produziu Samwaad. Quem foi admitido no projeto dança comunitária treinou seis horas por dia e teve aulas de português, inglês, canto, percussão, terapia física, história da dança e origami. As aulas de dobradura de papel à moda japonesa foram consideradas importantes para o desenvolvimento da consciência espacial do aluno. Além disso, os garotos e garotas tiveram acesso a aconselhamento psicológico, médicos, dentistas e até mesmo comida. Bertazzo acredita que cuidar do corpo através da dança estimula o respeito próprio, a autoconfiança e o respeito ao próximo. Os jovens entre 13 e 28 anos que participaram do projeto acham que conseguiram mesmo usar a dança para desenvolver um senso de identidade própria e, ao mesmo tempo, encontrar seu lugar na sociedade. E era isso mesmo que desejava a tal “dança comunitária” desse visionário Bertazzo.

Rua do Encontro O documentário sobre o trabalho e a vida de Ivaldo Bertazzo, Rua do Encontro, foi exibido no dia 3 de março de 2008 em horário nobre no canal Bravo! E sua versão em francês, entitulada Loin des Favelas, entrou também na programação do FIFA (Festival international du film sur l’art) que aconteceu em março em Montreal. O documentário faturou ainda o Silver Chris Award na categoria de melhor documentário de arte em sua edição de 2007.

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PORTFOLIO

THE MAN WHO BELIEVES IN

THE POWER OF DANCE

Ivaldo Bertazzo is a Brazilian visionary choreographer who believes everybody can dance. His ideas, his art and his movements are now set to take the world’s stage. By Roberta Wiseman

Ivaldo Bertazzo and his dance group

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ince the 1970s, Ivaldo Bertazzo has been wowing audiences with his uniquely vital and beautiful performances. He is known for dance works that involve a large number of people on stage, and embody a social message and practice that expands the ordinary realm of dance. In the last few years, he has been drawing international acclaim, having been awarded a prize in 2004 from the prestigious Prince Claus Fund for Culture and Development – a Dutch organisation that promotes arts all over the world. On the back of this, he was invited to take one of his works, Samwaad – Street of Encounters, to audiences in the Netherlands in 2005. Now the film production companies Bossa Nova Films of Brazil, and Espace Vert and Stormy Nights of Canada, co-created a documentary about Bertazzo’s dancers, the process of producing Streets of Encounters and what happened when they took the piece to Paris. It was around 1976 that Bertazzo first developed his ideas that dancing is for everybody, not just those who can afford dance classes, and that movement can be used to reclaim the body. His notion of “citizen dancers” promotes the use of movement as a means to explode all types of oppression. Even people who are not professional dancers are able to dance, 44

have a political right to own and to move their bodies. Building on this central idea, he founded a dance school in São Paulo. And with funds from the government and other organisations, he worked with a group of young people from slums in his “community dance” – a movement that unites artistic expression with social action. To be granted a place on the project, young people had to show enthusiasm and commitment, but not necessarily previous dance experience. The students prepared themselves for the Samwaad performance by spending six hours a day training. On top of this, they had lessons in Portuguese, English, singing, percussion, physical therapy, the history of dance and origami. The origami lessons were considered important for developing spacial awareness. They also had access to a psychologist, doctors and dentists and other social assistance, as well as simply, balanced meals. Bertazzo believes that caring for the body through dance stimulates self-respect, self confidence, discipline and respect for others. The young people, who ranged in age from 13 to 28, used dance to develop their sense of identity and an idea of how they fit in their society. And this is what “community dance” is all about.

Streets of Encounter Streets of Encounter was broadcast on March 3rd, 2008 at prime time on Bravo! and its French version, entitled Loin de Favelas, was in the programming of FIFA (Festival International du Film sur L’art) that took place in March in Montreal. The doc about Ivaldo Bertazzo’s work and art won the Silver Chris Award (best in Arts Documentary Category) in 2007


RECEITA / RECIPE

TORTA BANANA-SPLIT

Apesar de a banana ser originária da Ásia, ela se deu muito bem nas terras tropicais brasileiras. Tanto é assim que o Brasil é o segundo maior produtor de banana do mundo. Mas não se anime a encontrar a banana brasileira em supermercados fora do país, porque apenas três por cento da nossa produção é exportada. Os outros 97 por cento são devorados, com prazer, pela população local.

BANANA SPLIT TORTE

½ xícara chá de margarina 1 ½ xícara de farelos de biscoito tipo Maizena

Although the banana originally came from Asia, the fruit has done quite well in tropical Brazilian soil, and this explains why Brazil is the second biggest banana producer in the world. But don’t get excited about finding Brazilian bananas at supermarkets outside of the country. Only three per cent of the Brazilian production is exported. The other 97 per cent are happily devoured by our local population.

Recheio

Crust

Base

2 xícaras de açúcar de confeiteiro 2 ovos ½ xícara de manteiga amolecida 1 colher de chá de baunilha 3 a 4 bananas em rodelas 1 lata de abacaxi, escorrido e bem picado 270 gramas de chantilly ½ xícara de nozes

Derreta a margarina e misture-a com o biscoito esfarelado. Coloque esta base em uma forma untada de 33 cm x 24 cm x 13 cm, apertando a mistura com os dedos até fazer uma camada firme no fundo e dos lados. Junte o açúcar, os ovos, ½ xícara de margarina e a baunilha. Bata até a massa ficar lisa e cremosa. Despeje sobre a massa de biscoito e alise. Faça uma camada de banana e outra de abacaxi. Espalhe o chantilly por cima. Salpique com as nozes. Leve à geladeira até ficar firme. Rendimento: 16 porções.

1 ½ cup margarine 1 ½ cups graham cracker crumbs

Filling 2 cups icing sugar 2 eggs ½ cup margarine 1 tsp. vanilla extract 3 or 4 large bananas, sliced 1 (20 oz.) can crushed pineapple, drained 1 (9 oz.) carton frozen whipped topping, thawed ½ cup chopped pecans or walnuts

Melt ½ cup margarine and add the graham cracker crumbs. Mix well and pat into a 13”x 9 1/2“ x 2“ pan. Combine sugar, eggs, ½ cup softened margarine and vanilla. Beat until smooth and creamy. Spread over graham cracker crust. Add layer of banana slices and pineapple. Spread whipped topping evenly over fruit. Sprinkle with nuts. Refrigerate until set. Serves 16. 45


ESPORTE

FUTEBOL,

UMA QUESTÃO DE IDENTIDADE

Incentivar a prática da modalidade no exterior pode ser uma forma de manter a próxima geração em contato com um forte traço da cultura brasileira. Por Benny Hakak*

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m dos desafios que a vida fora do Brasil proporciona é o de transmitir para a próxima geração nossas raízes brasileiras. Mesmo no Canadá, onde o multiculturalismo é incentivado até pelo Governo, os brasileiros – muitos recém-chegados – ainda buscam uma forma de passar adiante sua identidade e laços culturais, como já fazem grupos étnicos com mais tempo de casa, como os italianos, indianos e portugueses. A maioria dos jovens canadenses, principalmente nos grandes centros, tem na ponta da língua uma descrição de sua herança familiar. Mais do que isso, eles guardam dentro de si a riqueza herdada das gerações anteriores, cada um com as características e peculiaridades de seu povo ou país de origem. Para preservar uma cultura, é necessário buscar elementos práticos para que as novas gerações mantenham seus laços com a terra de seus pais. 46

A PÁTRIA DE CHUTEIRAS O futebol, sem dúvida, é um dos elementos primordiais da identidade nacional. A relação do brasileiro com a bola é um caso inequívoco de amor correspondido. E isso se reflete em diversas formas. O futebol brasileiro é reconhecido mundialmente, não só por suas conquistas internacionais, mas também pelo talento ímpar de seus jogadores. E não é exagero algum dizer que a Seleção Brasileira é a equipe de futebol mais admirada em todo o mundo. Futebol no Brasil começa ainda no berço, quando o pai orgulhoso entrega ao seu filho a primeira camisa do time do coração. Todo menino tem a sua bola, bate uma bola e sonha em ser jogador profissional. Seja na cidade ou no campo, na Amazônia ou no Rio de Janeiro, encontrar alguém jogando futebol é missão fácil no Brasil. Mas para quem não pode levar o filho ao Maracanã em dia de clássico, como é possível preservar esta paixão?


AS ESCOLINHAS DE FUTEBOL Uma das boas opções para quem deseja ver seu filho ou filha torcendo pela Seleção é incentivá-los, de fato, a jogar futebol, que é um esporte saudável, divertido e que estimula o trabalho em equipe. Na região da Grande Toronto, onde há grande concentração de praticantes desta modalidade, são muitas as alternativas para os candidatos a craque. Veja abaixo algumas das opções disponíveis, selecionadas pela equipe da Brazilian Wave. _____________ * O carioca Benny Hakak é publicitário, especialista em Marketing Esportivo e Internet Marketing em Toronto.

Manchester United Soccer Schools (MUSS) Website: www.muss.ca Telefone: 905-847-3649 Presente em Oakville e Mississauga desde o início de 2007, a filial canadense da escolinha da equipe de futebol mais rica da Inglaterra tem opções de cursos durante praticamente o ano inteiro, para meninos e meninas entre seis e 18 anos, desde iniciantes até o nível avançado. O programa – o mesmo aplicado na sede em Manchester – ensina e aprimora fundamentos como passe, toque de bola, defesa, chute ao gol e posse de bola. Porém o programa da MUSS também utiliza o futebol como uma forma de transmitir conceitos importantes para o dia-a-dia, como auto-estima, trabalho em equipe, confiança, liderança e atitude positiva. Tudo isso coordenado pelo diretor-técnico Robin van der Laan, ex-jogador profissional da English Premier League. O pacote inclui um kit com uniforme e produtos da Nike e os alunos têm a chance de ganhar uma viagem para conhecer a sede do time no Reino Unido.

SSantos FC Soccer Academy Canada (SFCC) Website: www.santosfcontario.ca Telefone: 905-828-8366 O principal mote da escolinha do Santos, como não poderia deixar de ser, é ensinar futebol no estilo brasileiro. Utilizando-se de dois campos na região de Milton e Mississauga, o SFCC tem uma grande variedade de cursos, para alunos dos dois sexos a partir dos cinco anos de idade, ministrados por técnicos profissionais e que, em sua maioria, falam português. Todos os alunos recebem uniformes da UMBRO e algumas equipes participam de torneios regulares na região. Uma das atrações este ano é um curso de verão que inclui uma viagem ao Brasil, com aulas no Centro de Treinamento do Santos, no litoral paulista - no mesmo campo em que o Peixe revelou craques como Diego, Robinho, Elano e, claro, o Rei Pelé.

Confira mais opções na GTA (Greater Toronto Area):

AC Milan Soccer School - http://www.thesocceracademyforchampions.com Play Soccer – http://www.playsoccer.ca Soccer Academy Alliance Canada – http:// www.academysoccer.ca Power Soccer – http://www.powersoccer.ca Toronto FC Academy – http://toronto. fc.mlsnet.com/t280/youth/academy

Futebol Profissional de Volta O Toronto FC abre a temporada 2008 da Major League Soccer (MLS) no dia 29 de março, fora de casa, contra o Columbus Crew. A estréia no BMO Field, estádio da equipe no Exhibition Place, está prevista para o dia 19 de abril, sábado, contra o Real Salt Lake. Mais informações no site http://www.torontofc.ca 47


SPORTS

SOCCER, A MATTER OF IDENTITY Encouraging the practice of this sport abroad can be a way of keeping the next generation in touch with a strong side of Brazilian culture. By Benny Hakak*

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ne of the challenges that life away from Brazil imposes is passing on our Brazilian roots to the next generation. Even in Canada, where “Multiculturalism” is often discussed and encouraged by the media and the government, Brazilians – many of them recently arrived – still look for a way of passing on their cultural identity, facing the same challenges that groups that have been here longer, such as Italians, Indians and Portuguese, have faced. Most young Canadians, mainly in the big urban centres, have at the tip of their tongues a description of their family heritage. Furthermore, they carry within them the cultural wealth that was inherited from past generations, each with the characteristics and peculiarities of their people or countries of origin. However, to preserve a culture, it is necessary to embrace certain practical elements so that the following generations will maintain strong links to their parents’ land.

THE SOCCER-SHOE COUNTRY Soccer is without a doubt one of the prime elements of our national identity. The relationship between Brazilians and the soccer ball is an unmistakable love affair and this can be noticed in a number of ways. Brazilian soccer is recognized worldwide, not only for its international achievements, but also for the unique talent of its players. And it is 48 48

not an overstatement to say that the Brazilian National Team is the most admired soccer team in the world. Soccer in Brazil starts in the crib, when the proud father gives his son the first jersey of the team of his heart. Every boy has his ball, plays ball, and dreams of being a professional player. Either in the city or in the country, in the Amazon Rainforest or in Rio de Janeiro, finding someone playing soccer is an easy task in Brazil. But for those of us who cannot take our kids to a big game at the Maracanã Stadium, how is it possible to preserve that passion?

SOCCER SCHOOLS One of the good options for those who wish to see their sons or daughters cheering on the Brazilian National Team is to get them involved in actually playing the game, a fun and healthy sport, which also stimulates teamwork. In the Greater Toronto Area, where a high concentration of people involved with soccer can be found, there are many opportunities for aspiring young soccer stars. Some of the available options, selected by the Brazilian Wave team, are listed below.

*Born and raised in Rio de Janeiro, Benny Hakak lives in Toronto and specializes in Marketing, Sports Business and Internet Marketing.


Manchester United Soccer Schools (MUSS) Website: www.muss.ca Telephone: 905-847-3649

Santos FC Soccer Academy Canada (SFCC) Website: www.santosfcontario.ca Telephone: 905-828-8366

With activities in Oakville and Mississauga since the beginning of 2007, the Canadian soccer school branch of England’s wealthiest soccer team has courses virtually all year round, for boys and girls ages 6 to 18, from a beginners to an advanced level. The program – the same implemented at the team’s headquarters in Manchester – teaches and improves fundamentals such as short passing, dribbling, defence, shooting and ball control. The MUSS program also uses soccer as a way of transmitting important life concepts such as self-esteem, teamwork, self-confidence, leadership and positive attitudes. All of this is coordinated by Coaching Director Robin van der Laan, a former English Premier League professional player. The package includes a kit with a uniform and other Nike products, and students have the opportunity of winning a trip to visit the team’s training complex in the United Kingdom.

Santos FC’s school main motto – and it couldn’t be different – is to teach soccer the Brazilian way. Using two fields in the Milton and Mississauga area, SFCC has a great variety of courses for students of both sexes starting from the age of five, taught by professional coaches, most of them Portuguese speakers. All the students get an Umbro uniform and some teams take part in regular tournaments in the region. One of the highlights this year is a summer course that includes a trip to Brazil, with classes at the Santos’s Training Centre, on the coast of São Paulo State – where the “Fish” (as Santos is called by its fans) unveiled soccer stars such as Diego, Robinho, Elano and, of course, Pelé.

Check out more soccer options in the greater Toronto area AC Milan Soccer School

Pro Soccer is Back Toronto FC opens the 2008 Major League Soccer (MLS) season on March, 29th, playing the Columbus Crew in the United States. The home opener at BMO Field, TFC’s stadium at Exhibition Place, is scheduled for Saturday, April 19th, playing the Real Salt Lake. More information is available at http://www. torontofc.ca

www.thesocceracademyforchampions.com

Play Soccer: www.playsoccer.ca Soccer Academy Alliance Canada www.academysoccer.ca

Power Soccer: www.powersoccer.ca Toronto FC Academy

www.toronto.fc.mlsnet.com/t280/youth/academy

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NEWSFLASHNEWS

CLÍNICA DE FUTEBOL EM EDMONTON A Associação Cultural Brasileira de Edmonton (Brased) está organizando uma clínica de futebol para fins caritativos, em Edmonton. Para tanto, estão trazendo Gilmar Rinaldi do Brasil. Gilmar jogou na seleção campeã do mundo de 1994 e aceitou o convite para dirigir a clínica que será realizada entre 2 e 6 de junho no Victoria Soccer Club. Somente 28 jovens entre as idades de 13 a 16 anos terão a oportunidade de participar de um alto nível de treinamento e aconselhamento, ministrado pelo ex- jogador. Gilmar vai trazer também videos de treinos do time

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nacional brasileiro para ilustar algumas jogadas e técnicas. Após o sucesso do time brasileiro em 1994, Gilmar foi convidado a jogar no Japão, onde terminou sua carreira de jogador e iniciou sua carreira de agente. No momento ele agencia vários jogadores importantes no mundo futebolístico, como Adriano e Juan. Para maiores informações entre em contato com a Brased (www. brased.org). Para obter maiores informações sobre Gilmar, visite o site: www.gilmarsports.com.br.

AMARELOU A Vigilância Sanitária começou recomendando que moradores e visitantes do estado de Goiás e do Distrito Federal tomassem a vacina contra a febre amarela, mas em janeiro o órgão resolveu ampliar a área considerada de risco para quase todo o país. Quem está com viagem marcada para o Brasil deve ficar de olho e tomar mesmo a vacina – ou conferir direitinho se a última dose tomada continua dentro do prazo de validade.

NO AR O Discovery Channel do Canadá está preparando uma série de matérias sobre ciência e tecnologia “made in Brazil” para ir ao ar em outubro no programa Daily Planet. As filmagens em HD acontecem agora nos meses de maio e junho e devem cobrir os últimos avanços da pesquisa científica no Brasil. A iniciativa segue uma tendência mundial apontada em um extenso estudo preparado e divulgado em 2005 pelo Institute for the Future (IFTF), da Califórnia, Estados Unidos. Nele, os pesquisadores definem o Brasil como sério candidato a uma papel de liderança no mundo científico em 2025.


NEWSFLASHNEWS AGENDE-SE

LOTAÇÃO ESGOTADA Em 2008, o empenho de Québec em atrair imigrantes brasileiros parece estar mais forte que nunca. A programação de palestras sobre a província no Brasil para este ano inclui, até agora, 30 eventos – 60 por cento deles já com lotação esgotada – cobrindo todas as capitais do sul e sudeste, além de Brasília, Recife e Salvador, e ainda Campinas, São José dos Campos e Uberlândia. Cada palestra gratuita tem duração de 90 minutos e discute pontos como a tramitação do processo de imigração e a busca de emprego, além de características culturais da província e dicas práticas sobre moradia, escola e afins.

Os festivais de cinema brasileiro que aconteceram com grande sucesso no final de 2007 em Montreal e Toronto já reservaram sala e estão em processo de seleção de títulos para a edição de 2008. Em Toronto, a novidade vai ser a série de encontros entre profissionais dos dois países que o Brazil Film Fest vai organizar. Além disso, a programação vai abrir espaço para a animação brasileira. A idéia segue uma longa tradição de parceria e intercâmbio entre o Brasil e o Canadá que pouca gente conhece. Na sede do National Film Board em Toronto, por exemplo, o campeão de audiência entre as crianças que freqüentam a filmoteca high tech instalada no térreo do prédio é um curta brasileiro, de 1987. Todo ano, cerca de 3.500 meninos e meninas canadenses vibram assistindo aos 13 minutos de “Animando”, dirigidos por Marcos Magalhães – que é o fundador de um dos mais

respeitados festivais de animação do mundo, o brasileiríssimo Anima Mundi.

ÁGUA NA BOCA As frutas brasileiras encerraram 2007 batendo a casa dos US$ 3 bilhões de dólares em volume de exportação. O IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas) comemora o crescimento, da ordem de 45 por cento sobre os números do ano anterior, e aponta as vedetes do bom desempenho como sendo a uva fresca, a laranja processada para suco e ainda as castanhas de caju e do Pará. E quem consome tudo isso? O campeão de importação é a União Européia, em especial a Holanda, que funciona como um distribuidor dos produtos para o restante da Europa. Juntos, os europeus literalmente devoram 70 por cento das exportações brasileiras do setor.

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NEWSFLASHNEWS SOCCER CLINIC IN EDMONTON

PORTAS ABERTAS No dia 6 de fevereiro, o Consulado-Geral do Brasil em Vancouver entrou em operação. Quem estiver na British Columbia, em Alberta, Saskatchewan, Yukon ou nos Territórios do Noroeste deve tratar agora de toda e qualquer questão consular diretamente com o pessoal instalado no número 666 da Burrard Street, suite 2020, em Vancouver, BC, V6C 2X8. O telefone de lá é o (604) 696-5311 e o fax é (604) 696-5366. Agora, quem estiver residindo ou de passagem pela área de jurisdição do Consulado de Vancouver e mesmo assim enviar documentação para Toronto, vai ter dor de cabeça, porque a papelada não será processada nem encaminhada para o consulado certo. Os documentos serão simplesmente devolvidos para o interessado.

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BANHO-MARIA Ano passado, as mudanças ortográficas da língua portuguesa pareciam estar a ponto se serem implementadas. Mas o pessoal do Ministério da Educação brasileiro, mais extamente da COLIP, que é a Comissão para Definição da Política de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa, diz que o assunto continua em ritmo de avaliação. Raquel Perea, representante da COLIP, esclarece que “o Acordo Ortográfico ainda não tem data para ser implantado”, e prossegue explicando que “o processo para colocá-lo em prática apenas começou. É necessário fazer um estudo sobre os impactos dessa mudança interna e externamente para começar a implantá-lo”.

The Brazilian Cultural Society of Edmonton (Brased) is organizing a soccer clinic as a charitable event in Edmonton. They are bringing Gilmar Rinaldi from Brasil. Gilmar played in the 1994 Brazil’s FIFA World Cup champion team and kindly accepted the invitation to run the clinic that will take place at the Victoria Soccer Club from June 2-6, 2008. There will be only 28 lucky participants between 13-16 years of age who will have an opportunity to be exposed to a high level of training and advice from a very successful ex-professional soccer player. Gilmar also is bringing some videos from the training of the Brazilian national team to illustrate some plays and techniques. After the success of the Brazilian team in 1994, Gilmar was invited to play in Japan where


NEWSFLASHNEWS he ended his career as a player and started his career as an agent. He now manages several important players in the soccer scenario such as Adriano and Juan to name a few. For more information please contact Brased at www.brased.org. Also to obtain more information about Gilmar, please visit www.gilmarsports. com.br (site in Portuguese).

YELLOW FEVER The Brazilian Health Inspection Office have been for some time advising locals and visitors to Goiás State and Federal District to have a yellow fever shot. But in January, the Office increased the area considered of risk to almost the whole country. If you are going to Brazil you should make sure you have the vaccine – or carefully check if your last shot is still valid.

ON AIR Canada Discovery Channel is preparing six hours of reports about science and technology ‘made in Brazil’ to be broadcast in October as part of their Daily Planet show. The shooting, with High Definition equipment, will take place in March and April, and will cover the latest advances in scientific research in Brazil. Since the release of the 2006 study by the Institute for the Future (IFTF), from California, United States, the world is looking at the country with fresh eyes. According to the IFTF, Brazil is a serious candidate to be a world scientific leader by 2025.

SOLD OUT In 2008, Quebec’s efforts to attract Brazilian immigrants seem set to be stronger than ever. Thirty lectures have been scheduled so far, for all the capitals in Southern and South Eastern Brazil, besides

Brasilia, Recife and Salvador, as well as Campinas, São José dos Campos and Uberlândia. Sixty percent of all these free lectures are already sold out. Each one lasts 90 minutes and not only gives information about how to apply to immigrate, but also tips about job hunting, the province’s cultural landscape and matters like housing, school and other issues.

TAKE NOTE The Brazilian movie festivals that so successfully took place at the end of 2007 in Montreal and Toronto have already booked their screening venues and are in the process of selecting titles for the 2008 event. This year, the Brazil Film Fest in Toronto will be holding a series of professional meetings for film industry representatives both from Brazil and Canada, as well


NEWSFLASHNEWS as a new animation program. This comes to honour a long, but little known partnership between the two countries. At the National Film Board in Toronto, for example, the most frequently requested title at their state-of-the-art facilities is a Brazilian 13-minute long animated movie dated from 1987. Every year, about 3,500 Canadian kids are thrilled as they watch Animando, by Marcos Magalhães. Marcos spent some time studying animation in Canada and is the founder of one of the most respected animation festivals in the world, the Brazilian Anima Mundi.

MOUTHWATERING

The volume of fruits exported by Brazil topped US$ 3 billion in 2007. IBRAF (the Brazilian Fruit Institute) points out that the numbers are 45 percent greater than the previous year. The best performers were fresh grapes,

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processed orange for juice, and both cashew and Brazil nuts. And who consumes all of this? The top importers are the European Union, especially the Netherlands, which operates as a distributor of the products for the rest of the continent. Together, Europeans enjoy 70 percent of all Brazilian exports in this sector.

SLOWCOOK Last year, everybody thought the changes in the Portuguese spelling system would be coming soon, but the Ministry of Education, through COLIP, its department in charge of everything that has to do with the language, guarantees that the implementation issue is still under evaluation. Raquel Perea, a COLIP representative, says that “there is no date set for the Orthographic Agreement implementation”. She explains, “ the process has just started. We still need to make an assessment of its impacts in the country and abroad before we start implementing the changes.”

OPEN DOORS On February 6th, the Consulate-General of Brazil in Vancouver opened its doors for the public. Now, anyone in British Columbia, Alberta, Saskatchewan, Yukon or the Northeast Territories should deal with them for all queries or services at 666, Burrard Street, suite 2020, Vancouver, BC, V6C 2X8. Their telephone number is (604) 696-5311 and the fax is (604) 696-5366. Now, if you are in the new Consulate catchment area, be sure to send your papers to the Vancouver office since any documents sent to Toronto will not be processed or forwarded to BC. They will just send them straight back to you.


MEIO AMBIENTE

PIONEIRISMO E COMPETÊNCIA

FAZEM DO BRASIL REFERÊNCIA EM BIOCOMBUSTÍVEL

O Brasil é pioneiro e domina muito bem a tecnologia de biocombustíveis, mas precisa ainda achar uma fórmula mágica para não ver o etanol feito a partir da cana cair na mesma armadilha de outros grandes produtos da agricultura brasileira.

É

impossível negar que o programa de álcool combustível, ou etanol, deu certo no Brasil. É claro que muitos brasileiros foram testemunhas dos desafios tecnológicos e políticos do programa ao longo dos anos. Mas boa parte deles tem uma explicação histórica porque, enquanto se fala muito aqui na América do Norte, em E10 ou E85, no Brasil, já havia veículos rodando com E100 nos anos 80! Essa classificação diz respeito ao teor de etanol na mistura com a gasolina. A composição de um combustível E10 é 90 por cento gasolina e 10 por cento etanol, enquanto E100 significa 100 por cento etanol. Ou seja, já faz mesmo tempo que o Brasil tem carros rodando com combustível 100 por cento etanol. Mas aqui vale lembrar que esse pioneirismo teve seu custo, como aqueles carros que não pegavam nunca em dias frios, os tanques corroídos e até a famigerada falta de etanol nos postos brasileiros, em uma crise que parecia que ia sepultar de vez o programa brasileiro do álcool, ou PROALCOOL. Quem diria que haveria tamanha reviravolta no cenário do etanol? Com o constante aumento dos preços do petróleo, o desenvolvimento dos

carros Flex Fuel, que podem rodar com qualquer mistura de etanol e gasolina, e toda a preocupação com os gases de efeito estufa, o etanol renasceu. E passou a ser uma grande esperança brasileira de bons negócios.

CANA VERSUS MILHO O Brasil e os Estados Unidos são os maiores produtores de álcool combustível, com uma produção em 2005 que chegou a 16 bilhões de litros em cada país -- no Canadá, no mesmo período, foram produzidos 230 milhões de litros. Mas existe uma diferença enorme entre o produto brasileiro e o da América do Norte. No Brasil, o etanol é produzido basicamente a partir da cana-de-açúcar, enquanto por aqui a matéria prima principal é o milho. Acontece, porém, que o etanol da cana custa cerca de 40 por cento menos para ser produzido, usa quase três vezes menos terra para produzir um litro de combustível, e ainda gasta muito menos energia para ser produzido. Aliás, a quantidade de energia usada na produção de 57


etanol através do milho é fruto de constante discussão científica, com alguns pesquisadores concluindo que o etanol a partir do milho dá prejuízo energético, isto é, gasta-se mais energia para plantar e fabricar o produto do que se obtém no final, ao usar o combustível. Por outro lado, vale lembrar que a maioria dos estudos ignora o problema da queima da plantação da cana-de-açúcar que, em geral, antecede a colheita no Brasil. E quem já viveu nas regiões de plantação sabe o quanto é poluente esta prática... Polêmicas à parte, o uso do etanol continua a crescer. O governo canadense lançou em 2006 uma iniciativa para aumentar o teor de etanol na gasolina, de um para cinco por cento até 2010. Mas os governos de Ontário e Saskatchewan se anteciparam à medida, e em 2007 já tinham obrigatoriedades de 5 e 7,5 por cento, respectivamente. Dentro desse cenário, o Brasil deve se beneficiar com o aumento do uso do etanol na América do Norte, mas isso dependerá do

lobby dos fazendeiros e produtores locais. Os Estados Unidos, por exemplo, impõem uma tarifa de importação de cerca de 14 centavos de dólar por litro, o suficiente para proteger as empresas beneficiadoras americanas assim como os fazendeiros de milho, que já são mesmo detentores de ricos subsídios. Assim, enquanto as discussões sobre os benefícios ambientais do etanol prosseguem, o Brasil vai tentando se posicionar de forma privilegiada em uma provável corrida na direção de combustíveis renováveis, ou biocombustíveis. Resta saber se a agricultura vai conseguir mesmo fornecer essa vantagem estratégica a uma nação que não faz parte do time dos países mais ricos do mundo. Os exemplos passados de outras culturas, como o açúcar, o café e o cacau, mostram que não. __________________ *Lúcio Mesquita é engenheiro mecânico com PhD pela Queens University.


ENVIRONMENT

PIONEERISM AND COMPETENCE

MAKE BRAZIL A LEADER IN BIOFUEL TECHNOLOGY

Brazil is the pioneer and has a strong grasp of biofuel technology, but it still needs to find a formula to prevent its sugar cane ethanol from falling in the same trap as other Brazilian agricultural products. By Lúcio Mesquita*

I

t’s impossible to deny that the history of alcohol for fuel, or ethanol, in Brazil is a great success. Of course many Brazilians witnessed the technological and political bumps that the ethanol program had to deal with over the years. But most of these challenges have an historical explanation: while E10 or E85 are all the talk in North America today, in Brazil, there were vehicles running with E100 as early as in the 1980’s! Those E10, E85 or E100 classifications refer to the amount of ethanol mixed into the gasoline. An E10 fuel has 90 per cent gasoline and 10 per cent ethanol, while E100 is a fuel made of 100 per cent ethanol. In other words, it’s been a long time since Brazil has had cars powered by a 100 per cent ethanol fuel. However, this pioneerism was not without problems. Drivers suffered with cars that would not start up on cold days, with corroded fuel tanks, and even with a dreadful shortage of ethanol in Brazilian gas stations. The latter caused a crisis that seemed to point to the end of the Brazilian alcohol program, or PROÁLCOOL. Who could imagine that this disastrous situation could change so much? Under the threat of constant

increases in oil prices, with the development of “Flex Fuel Cars” – vehicles that run with any mix of ethanol and gasoline -- and with the growing concern about greenhouse gas emissions, the ethanol program was reinvigorated in the country. And it triggered a great hope for good business.

SUGAR CANE AND CORN Brazil and the United States are the biggest producers of ethanol for fuel. In 2005, they pumped into the market 16 billion litres each, while Canada, in the same period, reached 230 million litres. But there is a huge difference between the Brazilian and the North American product. In Brazil, ethanol is made from sugar cane, while corn is the raw material most commonly used in the US. The production costs of sugar cane ethanol are almost 40 per cent cheaper than its corn rival. The Brazilian product also uses nearly three times less land per litre of fuel produced, and much less energy than the

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US version. Indeed, the amount of energy used in the production of corn ethanol is something of a permanent scientific debate. Some research even concluded that it’s a serious case of energy loss: more energy is spent to plant and process the corn than what it yields when the ethanol is eventually used. But to be fair, most studies about sugar cane ethanol ignore the burning of the crops as part of the harvesting process. And people living around those fields know exactly how pollutant that practice is. Despite all debate, the use of ethanol is a growing trend. In 2006, the Canadian government decided to increase the amount of ethanol in gasoline from 1 to 5 per cent by 2010. The provinces of Ontario and Saskatchewan preferred not to wait. By 2007, they already had mandatory 5 and 7.5 percentages, respectively.

A TRUE ADVANTAGE? Brazil might benefit from the rise of ethanol percentage in the North American fuel, but that will depend on the lobby of local farmers and producers. The United States, for instance, has a tariff of about 14 cents per litre for all imported ethanol. This is enough to protect the American ethanol producing companies, as well as all corn farmers, who are already the recipients of rich subsidies. So while discussions about the environmental benefits of ethanol go on, Brazil keeps trying to place itself in a privileged position in a likely race for renewable fuels, or biofuels. The big question, however, is if Brazilian agriculture will really be able to make the most of this strategic advantage. The history of other agricultural products, like sugar, cocoa and coffee shows that most of the profits fall in the hands of companies in developed nations. *LĂşcio Mesquita is an engineer and PhD in mechanical engineering.

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