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WAVE MAGAZINE
Encontro de ruivos na Holanda, em 2024, é
FELIZ DIA DE CANADA
Jack Oliveira
Business Manager
Luis Camara Secretary Treasurer
Nelson Melo President
Bernardino Ferreira Vice-President
Marcello Di Giovanni
Recording Secretary
Jaime Cortez E-Board Member
Pat Sheridan E-Board Member
Mensagem da editora
Por Teresa Botelho, Toronto
Neste
ano, o Canadá celebra o 100º aniversário da Força Aérea Real Canadense (RCAF). Estabelecida em 1º de abril de 1924, a RCAF desempenha um papel crucial na defesa do Canadá e nos esforços globais de manutenção da paz. Feliz Dia do Canadá!
A matéria de capa dessa edição é uma entrevista com a alagoana DJ BIA.Esta brasileira autodidata está chamando a atenção no cenário musical canadense. Através do funk brasileiro e da música eletrônica, com apenas um ano e meio de carreira BIA já se apresentou nos clubes mais conceituados de Toronto, o que a levou a se apresentar em outras províncias do país.
Tony Bahia é líder de uma escola tradicional de Artes Marciais Chinesas (South Style Martial Arts) e vem ganhando destaque no Canadá. Relatamos a sua jornada e empenho em disseminar a sua arte.
Este ano, o Encontro de Ruivos de 2024, na Holanda (Roodharigendag), está
atraindo atenção global. Promete reunir milhares de pessoas com cabelos cor de fogo para celebrar sua herança única e compartilhar experiências. Fique por dentro do evento.
Por fim, destacamos o ícone brasileiro Paulão do Vôlei. É o novo presidente da Fundação Catarinense de Esporte. Depois de se aposentar das quadras, Paulão assumiu uma nova carreira, com contribuições ao Ministério do Esporte e apoiando projetos esportivos para a educação e a inclusão social.
Esta é uma edição especial 100% digital. Aos poucos, vamos consolidando a Wave Magazine em ambiente multiplataforma para atingirmos uma gama ampla de leitores, jovens e adultos.
Receita dessa edição? Cuzcus Doce de Tapioca, uma iguaria nordestina. Boa leitura!
DJ BIA
Vivendo um sonho noCanadá
Por Christian Pedersen, Toronto
Conhecida
pelo nome de BIA, esta DJ brasileira autodidata está chamando a atenção no cenário musical canadense. Através do funk brasileiro e da música eletrônica, com apenas um ano e meio de carreira, BIA já se apresentou nos clubes mais conceituados de Toronto, o que a levou a se apresentar em outras províncias do país.
Beatriz Lima é originalmente de Maceió, capital do estado de Alagoas. A jovem se mudou com sua mãe para o Canadá de forma definitiva em 2022, após sua tia, que já morava por aqui, tê-las convencido a fazer o mesmo. Beatriz já havia passado alguns meses em terras canadenses três anos antes, o que a
ajudou a aprimorar o inglês que já possuía. O Canadá foi a sua primeira experiencia no exterior. A Wave conversou com a DJ sobre sua carreira.
DJ BIA em Toronto (Fotos: divulgação)
"Sempre tive influência de música, desde novinha. Aprendi a cantar, tocar violão e piano sozinha."
ENTREVISTA COM A DJ BIA, TORONTO
Wave - Quais as suas influências musicais e como você iniciou sua carreira?
BIA - Eu diria que tenho muitas influências musicais, sou bem eclética… Vai desde Vanessa da Mata até Vintage Culture (um dos meus DJs de música eletrônica favorito). Diria que tenho influência em várias vertentes musicais!
Minha carreira se iniciou em torno de um ano e meio atrás. Sempre tive influência de música, desde novinha, aprendi a cantar, tocar violão e piano sozinha. Me lembro que bem novinha eu já pedia instrumentos musicais de presente. Quando adolescente me apaixonei por música eletrônica, e indo para as minhas primeiras festas eu fui entendendo o que os “DJs” faziam e me apaixonei mais uma vez. Minha oportunidade só veio de fato, após vir ao Canadá pela segunda vez, quando então decidi que não queria deixar aquilo só como um “e se “. Juntei uma grana e sem falar para ninguém comprei minha primeira controladora, treinando aqui, vendo vídeos online ali, e conversando com conhecidos, apenas 4-5 meses depois de ter comprado minha controladora, eu tive a oportunidade de tocar em uma bala-
da já bem renomada em Downtown Toronto, chamada Door Three.
Wave - Você veio para o Canadá já pensando em construir sua carreira como DJ por aqui? Como foi o início?
BIA - Não, acho que antes de vir para cá, eu nunca de fato imaginei que minha carreira como DJ poderia dar certo. Para mim o início foi difícil pela insegurança, já que tive pouco tempo para realmente me preparar como DJ antes de tocar nos primeiros clubes. Eu sempre ficava insegura de não tocar bem o suficiente, mas as oportunidades só aparecem quando nos colocamos para o mundo, então acho que tomei a decisão correta!
Wave – Hoje você vive só de sua carreira como DJ ou você tem outro trabalho? Quais trabalhos você precisou fazer para chegar até aqui?
BIA - Atualmente trabalho com marketing digital também, mas posso dizer que minha carreira como DJ vem me trazendo bons frutos. Espero que logo consiga me manter 100% com os lucros da minha carreira. Já trabalhei como ser-
ver, bartender e construção, entre outros. Todo o início é mais difícil, mas sou grata a tudo que me trouxe até onde eu estou hoje.
Wave – Conte-nos sobre como é ser uma DJ brasileira no Canadá. Quais os desafios e a receptividade sobre ser do Brasil e ser mulher.
BIA - Na minha concepção existem muitas vantagens e desvantagens. Ser uma mulher nessa área é diferente, não existem tantas no mercado, especialmente brasileiras, então acabou me dando um destaque
maior. Mas também ser mulher nesse meio é mais complicado, as pessoas já julgam, outras acham que podem tirar vantagem, e eu sempre tenho que saber como me portar e exigir meus direitos.
Wave – Existe diferença entre o público daqui e no Brasil?
BIA – Eu nunca cheguei a me apresentar no Brasil. Algumas propostas já chegaram, mas estou me organizando para
que tudo saia da maneira correta e na hora certa! Mas diria que existe sim uma diferença de público, acho que aqui por termos um público menor e bem diversificado, o meu trabalho como DJ é mais difícil, por que tenho que agradar públicos e gostos bem diferentes.
Wave – Quais os planos para 2024?
BIA – Muitas coisas legais a caminho! Quero evoluir todo dia um pouco mais como DJ, por ter apenas 1 ano e meio de carreira, acho que ainda estou me conhecendo e me descobrindo como artista. Muitas músicas para virem aí, lancei minha primeira música esse ano, e já estou com outras duas para virem!
Wave – Quais conselhos você daria para quem busca construir uma carreira musical em Toronto?
BIA - Acredite em você, treine, e use todos os recursos que conseguir ao seu favor. Esse ano eu entrei em um programa do governo chamado “Remix Project”. Todos os anos eles fazem entrevistas e escolhem em torno de 30 alunos, e temos acesso a estúdios, equipamentos de DJ, aulas de produção musical, DJ, administração de carreira. É muito legal e acho que todos que pensam em iniciar sua carreira deveriam se inscre-
ver e tentar aproveitar essa oportunidade. Tenho aprendido muito lá!
Wave – O que a BIA de hoje diria para a Beatriz que estava chegando ao Canadá?
BIA – Uma frase que definitivamente diria é: não se preocupe, tudo vai valer a pena no final. Estou vivendo um sonho que tenho desde novinha. Estar aqui, hoje, também é uma vitória da Bia que, lá atrás, estava chegando no Canadá. Muitas vezes eu me desacreditava e queria voltar para o Brasil. Hoje sei que todos os altos e baixos que passei durante a minha trajetória, estavam me preparando para o momento que estou vivendo agora.
Wave – Algo a acrescentar?
BIA - Apenas agradecer a Brazilian Wave pela oportunidade de estar aqui contando a minha história. Também, à minha mãe e minha família por me apoiarem e acreditarem no meu potencial. Sem esquecer de todos os que gostam de mim e querem ver o meu sucesso!
Agradecimentos a @papi.aq
O idioma português como herança cultural para crianças brasileiras
Por Alecsandra Maciel, Toronto
Paramuitas famílias expatriadas a manutenção da língua portuguesa como língua de herança tem sido um grande desafio, especificamente na cidade de Toronto, que já teve uma época de ouro. Há algum tempo atrás, contamos com a atuação de algumas iniciativas que proporcionaram às crianças o contato com a língua portuguesa através de vivências na cultura brasileira. Encontrar algo nessa linha hoje em dia está bem raro. Até temos alguns eventos voltados ao público adulto, mas iniciativas como leitura de contos, folclore, manifestações culturais como vivência em bailinhos de carnaval ou festas juninas voltados para o público infantil, são bem difíceis de serem vistas hoje em dia.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, enten-
de-se que a “Língua de Herança” é fruto da estreita relação entre língua, identidade e cultura, uma vez que a herança que está sendo passada de uma geração a outra não corresponde apenas a habilidades linguísticas, mas também à cultura, aos costumes do país de origem do(s) pai(s) e aos valores familiares. Sua importância é extremamente relevante no que diz respeito à comunicação afetiva e efetiva com os avós, primos e os demais parentes que ficaram na terrinha.
O saber falar português ajuda a estreitar os vínculos com a família, a dar a sensação de pertencimento, abre as janelas para o entendimento das manifestações culturais brasileiras, e ajuda a despertar a tolerância ao que é diferente. Além de tudo isso, proporciona a essa criança a oportunidade de se
tornar um adulto bilíngue, o que é uma habilidade profissional bastante positiva nos dias atuais.
Há inúmeras iniciativas em várias partes do mundo de brasileiros expatriados que dedicam um pouco de seu tempo para promover ações que estimulem o gosto pela cultura brasileira nas crianças. Se pesquisarmos em redes sociais, encontramos excelentes exemplos na Europa, Ásia e até na Oceania. Con-
tudo, infelizmente essa não é a realidade atual de Toronto. O Ciranda Brasileira, instituição sem fins lucrativos que proporcionava excelentes cursos, vivências e eventos presenciais e virtuais voltados para a cultura brasileira, infelizmente encerrou suas atividades logo após a pandemia. O distrito escolar da cidade de Toronto, por sua vez, oferece cursos gratuitos de língua portuguesa em algumas de suas
Imagem ilustrativa de jovens em sala de aula (Fonte:dreamstime.ca)
escolas, mas a oferta ainda tornase limitada levando em consideração a localização dessas escolas e o número de procura. Além do mais, tais cursos são voltados mais à gramática da língua portuguesa (de Portugal) e não exploram a cultura brasileira impressa ou falada. Em todo caso, mediante a escassez de iniciativas dessa natureza, é uma opção para algumas famílias nos dias atuais.
Outra estratégia muito utilizada pelas famílias é o idioma de casa, conhecido como “Home Language”, ou seja, a partir do momento que as crianças entram em casa, a língua falada no aconchego do lar é o português. Assim, elas têm a oportunidade de manter o idioma pelo menos no seu núcleo familiar.
Um bailinho de Carnaval com confete e serpentina, um samba, um frevo, uma festa junina ao som de Luiz Gonzaga, o Saci Pererê,
os povos indígenas brasileiros… Quanta cultura, quanta riqueza que nossos brasileirinhos expatriados poderiam estar tendo a oportunidade de conhecer e vivenciar. Que a consciência da importância de um legado tão rico como este possa despertar na nossa comunidade o querer fazer acontecer e unir forças que tragam de volta iniciativas que proporcionem essa vivência aos brasileirinhos/canadenses que cá estão. _________
Alecsandra Maciel é mãe de dois meninos. Formada em Letras, Pedagogia e Publicidade tem mais de 20 anos de experiência em sala de aula. Pós-graduada em Linguística, é coautora do livro “De Outro Lugar”. Atualmente vive e leciona em Toronto.
Visite o site do Ministério das Relações Exteriores: https://www.gov.br/mre/pt-br/ consulado-londres/portugues-como-linguade-heranca-1
Celebrando os 100 anos da Força Aérea Real Canadense
Por Teresa Botelho, Toronto
Em2024, o Canadá comemora um marco significativo com o centenário da Força Aérea Real Canadense (RCAF), estabelecida em 1º de abril de 1924. Desde suas origens como Força Aérea Canadense, em 1920, a RCAF desempenhou um papel crucial na defesa do país e nos esforços globais de manutenção da paz, incluindo contribuições vitais durante as Guerras Mundiais, como na Batalha da Grã-Bretanha. Hoje, a RCAF continua evoluindo com tecnologia avançada, operando desde caças até aeronaves de vigilância. Participa ativamente de missões de paz em todo o mundo, apoiando operações humanitá-
rias e integrando-se às iniciativas da OTAN.
Para celebrar seu centenário, Bradford West Gwillimbury sediou uma semana de eventos marcados por um desfile emocionante e espetáculos aéreos, destacando o legado de coragem e serviço da RCAF. O desfile contou com a presença de pessoal militar canadense e membros da comunidade e o time de paraquedistas SkyHawks realizou saltos impressionantes com bandeiras do Canadá.
As festividades da cidade para o centenário da RCAF foram a visão do residente de longa data de Bradford e tenente-coronel aposenta-
do Ferguson Mobbs, que primeiro apresentou suas ideias ao prefeito Leduc no outono de 2023.
"Estou emocionado com a participação”, disse Mobbs. "Superou minhas expectativas. Isso apenas mostra que as pessoas de Bradford querem celebrar e apreciar a Força Real Aérea Canadense.”
O brasileiro Claudio Teixeira da Ufly Simulator participou do evento e recebeu elogios do Mobbs: "Você proporcionou memórias muito especiais para mais de 400 crianças e adultos, que irão se lembrar e valorizar nos próximos anos. Isso também se deve ao profissionalismo, entusiasmo e alegria que você apresenta a cada um (...) e isso faz a diferença. Eu sei que você deu uma centelha a todos e espero que tenhamos pilotos ou membros em potencial trabalhando na aviação
como carreira. Muito obrigado pela sua contribuição para tornar esta semana um sucesso e um momento especial para tantos nos últimos cinco dias. Muitas felicidades para você e sua tripulação e sim, vamos voar!"
O prefeito do BWG, James Leduc, corrobora as palavras de Mobbs: "Não posso dizer isso melhor do que o tenente-coronel (aposentado) Ferguson Mobbs, ele expressou tudo muito bem. Espero que você tenha se divertido fazendo esta celebração conosco. Posso dizer que nos divertimos muito e a comunidade também. Muito obrigado novamente pelo seu tempo e esforço para entreter tantos novos pilotos. Tenha um ótimo dia. Olhando para o futuro, a RCAF reafirma seu compromisso com a defesa do Canadá e a promoção da estabilidade global. As celebrações do
Helicóptero da RCAF em trabalho de resgate, no Canadá (Foto: dreamstime.com)
O impacto da RCAF vai além das fronteiras militares, influenciando positivamente a comunidade e inspirando futuras gerações
centenário não apenas marcam um ponto alto na história militar do país, mas também celebram a resiliência do Canadá e sua dedicação à paz. Este marco destaca o compromisso contínuo da RCAF em proteger o Canadá e contribuir para um mundo seguro para as futuras gerações."
O impacto da RCAF vai além das fronteiras militares, influenciando positivamente a comunidade e inspirando futuras gerações, como destacado pelas palavras do Tenente-Coronel (aposentado) Ferguson Mobbs, que enfatizou a importância das celebrações para mais de 400 crianças e adultos. Seu profissionalismo e entusiasmo no evento proporcionaram memórias especiais que serão lembradas e apreciadas por muitos anos.
Assim, enquanto celebramos o centenário da RCAF, reconhecemos não apenas suas conquistas passadas, mas também seu papel vital no futuro da segurança e paz global.
Tony Bahia
Líder de escola tradicional de artes
marciais chinesas (South Style Martial Arts) vem ganhando destaque no Canadá
Por Wave, Toronto
Deuma pequena cidade do nordeste do Brasil, Garanhuns-Pernambuco, um artista marcial brasileiro está chamando a atenção da Sociedade Canadense de Kung Fu. No ano passado, em 2023, Shifu Tony Bahia, The Iron Tony, embarcou em uma jornada marcante, fazendo sua primeira aparição em solo canadense. Ele se inscreveu como único atleta de sua equipe para um torneio organizado pela NSO (National Sports Organization) no Markhan Pan-An Center em Markhan. Este não foi um tor-
neio comum, mas sim o prestigiado Campeonato Pan-Americano de Kung Fu Wushu, com cerca de 800 atletas de vários países. Representando a South Style Martial Arts, única escola do centro de Toronto, Iron Tony trouxe glória ao Canadá, ganhando 2 medalhas de ouro e 3 de prata.
Nos dias 18 e 19 de maio de 2024, o mesmo NSO, Wushu Canadá, sediou o 2024 Ontario Martial Arts Games and Selection Event no Centro para Imigrantes e Serviços Comunitários, em Scarborough.
Como líder de uma escola tradicional de artes marciais chinesas (South Style Martial Arts) e único representante de um estilo de Kung Fu desenvolvido no Brasil (Fei Hok Phai – Estilo da Garça em voo) por um dos cinco mestres chineses pioneiros desta arte naquele país, o Grão-Mestre Chiu Ping Lok (mestre de Tony ), Iron-Tony voltou a inscrever-se sozinho nas três principais categorias tradicionais do Kung Fu, mãos nuas (estilos do sul), armas médias/curtas e armas longas.
Desta vez, mais do que um lugar no pódio, nosso atleta de Toronto quis mostrar seu estilo de mestre para a sociedade canadense de Kung Fu e chamar a atenção para sua escola. "O Pan-Americano foi um grande evento e me saí bem, mas pela magnitude da competição ninguém me notou além dos árbitros. Fui só mais um atleta!" Ele diz.
"Este torneio (2024 Ontario Martial Arts Games and Selection Event) teve apenas a participação
Tony Bahia no Campeonato Pan-Americano de Kung Fu Wushu, torneio organizado pela NSO (National Sports Organization) no Markhan Pan-An Center em Markhan, 2024 (Foto: divulgação)
das principais escolas canadenses, e tive a oportunidade de conhecer grandes mestres e atletas de Quebec, Calgary, Ottawa e, claro, de outras áreas do GTA como Markham e Scarborough."
Iron-Tony, hoje com 46 anos, preparou-se seguindo um programa de periodização de treino intensivo de 5 semanas de sua própria criação, que ele chama de The Middle Age Warrior (O guerreiro de meia idade). Terminou em 1º lugar com uma grande diferença de pontuação nas três categorias!
“Voltei a ser atleta aqui no Canadá ao completar 40 anos, depois de 20 anos afastado das competições, e venho trabalhando neste método desde então. Até agora, esse método me garantiu um lugar no pódio em todas as minhas competições: 1º lugar em um campeonato mundial na China, em 2018; 3º lugar em um torneio de mestres
em Nova York (que não nomearam 1º lugar); dois 1º lugares e três 2º lugares no Pan-Americano. Agora, três 1º lugares neste torneio regional. Eu chamo o método de Middle Age Warrior porque quero motivar outras pessoas de meia-idade a permanecerem ativas e lutarem por aquilo em que acreditam, independentemente da idade, assim como eu estou fazendo!"
Para o próximo ano, nosso campeão quer trazer uma equipe inteira e está em busca de adultos, jovens e crianças para formarem o seu time. Nenhuma experiência é necessária para ingressar no "Team Iron-Tony".
Os interessados em aprender mais sobre as aulas e métodos de personal training do Iron-Tony podem visitar o site da escola (www. southstylemartialarts.ca) ou a página oficial do The Middle Age Warrior (www.irontony.org).
Encontro de ruivos em 2024 é atração global
Este
ano, o Encontro de Ruivos de 2024, na Holanda (Roodharigendag), está atraindo atenção global. Promete reunir milhares de pessoas com cabelos cor de fogo para celebrarem a sua herança única e compartilharem experiências.
O Encontro de Ruivos ocorre todos os anos na cidade de Tilburg e o propósito vai além da estética, abordando questões como os desafios de cuidados com os cabelos ruivos e o combate aos estereótipos. Ana, uma entusiasta participante, diz: "É incrível ver tantas pessoas com histórias diferentes, unidas por essa característica."
O Reino Unido apresenta o maior percentual de pessoas com madeixas vermelhas, especialmente a Escócia, que conta com cerca de 13% da população com essa características. Apesar disso, o país com o maior número absoluto de ruivos é os Estados Unidos, com cerca de 6 milhões, ou seja, 2% de sua população.
Em Portugal, estima-se que mais de 100 mil pessoas têm cabelos ruivos naturais e muitas participarão do evento. No Brasil, aproximadamente 40 mil indivíduos ruivos se destacam, enquanto no Canadá, o número chega próximo a
Por Teresa Botelho, Toronto
Imagem ilustrativa de menina ruiva e sardenta (Foto: dreamstime.com)
80 mil, todos prontos para celebrar sua singularidade.
Durante o evento, estão programadas atividades diversas, incluindo desfiles de moda focados em cabelos ruivos e workshops sobre cuidados específicos da pele sensível. Palestras educativas abordarão temas variados, desde a genética capilar até a história cultural dos ruivos.
Além das atividades, o encontro proporciona um espaço seguro para discutir a discriminação enfrentada por eles, incluindo bullying e estereótipos na mídia.
A hashtag #EncontroDeRuivos2024 tem sido tendência nas redes sociais, onde pessoas compartilham fotos e histórias. Influenciadores digitais também ajudam a promover a conscientização sobre a diversidade de cabelos bem como a sua aceitação.
Para jovens ruivos, o encontro não é apenas uma oportunidade de conexão, mas um momento de pertencimento em uma comunidade global que celebra a diversidade. Maria, uma adolescente brasileira participante, compartilha: "É incrível ver tantos rostos com ca-
Pedro, um dos organizadores, destaca: "Queremos que todos os ruivos se sintam valorizados e reconhecidos."
Imagem ilustrativa de um jovem e pai com filho ruivos. (Foto: dreamstime.com)
Roodharigendag O festival é uma
belos como o meu, celebrando o que nos torna especiais."
À medida que o Encontro de Ruivos de 2024 ganha destaque, esperase que inspire outras comunidades a celebrarem suas características únicas e promovam inclusão e aceitação. Eventos como este são um lembrete poderoso de que a verdadeira beleza está na diversidade, independentemente da cor do cabelo.
Com mais pessoas se unindo à causa, o futuro para os ruivos parece promissor. O Roodharigendag 2024 não é apenas uma celebração, mas um movimento para criar um mundo onde todos se sintam valorizados por quem são, e não pela aparência.
Imagem ilustrativa de três jovens ruivas. (Foto: dreamstime.com)
Paulão doVôlei Novo presidente da Fundação Catarinense de Esporte
Por Rosemary Baptista, Hamilton
Ésempre um privilégio entrevistar Paulo André Jukoski da Silva, conhecido como Paulão do Vôlei. Esse atleta foi Ouro Olímpico pela seleção brasileira de vôlei nos Jogos de Barcelona 1992. Com uma carreira de muitos êxitos, Paulão participou das Olimpíadas de Seul 1988 e de Atlanta 1996. Um pouco dessa longa trajetória de sucesso pode ser lida na edição da Wave de junho de 2021, quando fiz a minha prmeira entrevista com ele.
Depois de se aposentar das quadras, Paulão assumiu a carreira política junto ao Ministério do Esporte e trouxe importantes contribuições ao apoiar projetos esportivos voltados para a educação e a inclusão social.
Com a proximidade da edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 – de 26 de julho a 1 de agosto – entrevistei mais uma
vez o Paulão do Vôlei, como gosta de ser chamado, agora no cargo de presidente da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte). Nela, Paulão tem dois importantes objetivos a cumprir: a elaboração de um calendário esportivo de peso para Santa Catarina e o estabelecimento de um novo modelo de gestão para a Fundação.
Paulão do Vôlei (Foto: arquivo pessoal)
"Gostaria de ver os países de língua portuguesa desenvolverem mais esse esporte (vôlei), a nível olímpico e paralímpico. Portugal já tem uma equipe forte."
Rosemary – Desde a nossa última entrevista que você deu para a Brazilian Wave, quais seriam as atualizações no mundo do Voleibol?
Paulão – Primeiro quero agradecer pela lembrança do meu nome e pela oportunidade de uma conversa de atualização. O vôlei aqui em Santa Catarina continua crescendo muito bem, com foco na competitividade das equipes das categorias até 19 anos. Com os mais novos, crianças de 5 anos, despertamos a consciência motora e com aqueles na faixa dos 12 a 13 anos, começamos a vislumbrar um trabalho mais competitivo. Com muita honra, após convite, aceitei o cargo de
presidente da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte ), podendo assim atuar na liderança de importantes inicativas esportivas em um estado que investe muito no esporte. Melhor ainda agora, em um ano em que acontecem as Olímpadas e as Paralimpíadas. Eu fico muito orgulhoso de poder contribuir com a minha experiência de atleta olímpico. Acredito no esporte como ambiente educativo e de capacitação.
Rosemary – Você está envolvido nos Jogos Paralímpicos também? Paulão – Uma das minhas bandeiras são os Jogos Paralímpicos. Eu gosto muito e busco por investi-
"(...) aqui em casa todo mundo respira, come e dorme voleibol: o Pedro está jogando na Arábia e a Pietra continua jogando no Fluminense na Liga Profissional Nacional do Brasil."
mentos para aparelhar os espaços esportivos com mais equipamentos e aumentar a qualidade de treinamento (tournament). O alto rendimento paraolímpico é uma coisa que me encanta muito. Além do acesso a recursos financeiros, tem outros investimentos, como por exemplo, as técnica pedagógicas desenvolvidas nas escolas. A atual parceria com os comitês Olímpico e Paralímpico traz para Santa Catarina uma margem de desenvolvimento maravilhosa.
Rosemary – Na nossa última conversa, você declarou interesse em viver no Canadá. Isso ainda existe?
Paulão – O Canadá sempre me atraiu pela qualidade dos esportes, dos equipamentos e do trabalho desenvolvido. Veja que aqui em casa todo mundo respira, come e dorme voleibol: o Pedro está jogando na Arábia e a Pietra continua jogando no Fluminense na Liga Profissional Nacional do Brasil. Como o voleibol do Canadá é muito bom, sempre está a oportunidade de sair.
Rosemary – Existem parcerias com países lusófonos em relação o voleibal?
Paulão: O Brasil seria uma ótima referência para as Olimpíadas e as Paralimpíadas. Portugal já tem uma equipe forte e então, eu gostaria de ver os países de língua portuguesa desenvolverem mais esse esporte, o voleibol.
Feliz Dia do Canadá
CUSCUZ DOCE DE TAPIOCA
Nada
Preparo:
1. Em uma tigela grande, misture a tapioca granulada, o açúcar e o sal.
2. Despeje o leite morno sobre a mistura de tapioca, mexendo bem para que todos os ingredientes se incorporem.
mais gostoso e brasileiro do que um Cuscuz de Tapioca bem molhadinho. É um prato típicamente nordestino e vai bem no café da manhã ou também como sobremesa. Estamos compartilhando essa receita, para celebrar – nessa edição especial do Dia do Canadá – a brasilidade de nossa comunidade. Foto e receita: divulgação internet – Facebook
Ingredientes
500 g de tapioca granulada
1 litro de leite morno (pode ser substituído por leite de coco para uma versão vegana)
2 xícaras de açúcar
1 pitada de sal
200 ml de leite de coco
1 coco fresco ralado (reserve um pouco para decorar)
1 lata de leite condensado (opcional para cobertura e para adicionar ainda mais umidade)
3. Adicione o leite de coco e metade do coco ralado, misturando levemente até obter uma consistência homogênea.
4. Transfira a mistura para uma forma untada ou um refratário, espalhando de maneira suave e uniforme.
5. Deixe a mistura descansar por cerca de 30 minutos para hidratar a tapioca.
6. Se desejar adicione leite condensado por cima para dar um toque extra de doçura e umidade.
7. Leve à geladeira por pelo menos 2 horas antes de servir.
8. Ao servir, decore com o coco ralado fresco reservado.