ELEMENTARQ Os Pilares de Brasília
na visão de Oscar Niemeyer Dos palácios às unidades de vizinhança
Palácio do Planalto Palácio do Itamaraty Palácio da Alvorada Igrejinha da 308
1ª edição JUL/2016
SUMÁRIO
04 EDITORIAL E ARTIGO
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OS PALÁCIOS DO PODER:
ALVORADA
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ENTREVISTA COM NIEMEYER: PALÁCIO DA ALVORADA
LINHA DO TEMPO:
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OS PALÁCIOS DO PODER:
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PILARES
ITAMARATY
ODE A OSCAR
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O MONUMENTO DA VIZINHANÇA:
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OS PALÁCIOS DO PODER:
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PLANALTO
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
ARQUITETURA E ESTAMPA
ARTE:
ARTE:
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EDITORIAL A ELEMENTARQ tenta trazer, em todas as suas edições, elementos arquitetônicos que sejam relevantes nos diferentes aspectos e que tenham se mostrado presentes como elemento central - ou de destaque - em obras icônicas. Nesta edição trazemos como elemento central o pilar, que além de ser elemento estrutural sem o qual nenhuma obra pode ser construída, apresenta-se nas obras modernistas de Niemeyer como elemento estético e gerador da própria forma e conceito. Niemeyer mostrou, em sua trajetória como arquiteto, de que forma elementos necessários como o pilar podem trazer uma estética e uma forma inovadora para obras arquitetônicas e, por isso, foi escolhido como arquiteto a ser apresentado nesta edição. As obras descritas a seguir estão todas presentes em Brasília, pois foi onde observou-se o início de sua paixão por pilares e seus efeitos visuais, mas ele teve diversas outras obras construídas que encaixam-se nessa temática construídas em outros locais. Algumas dessas outras obras são mostradas na linha do tempo. Esperamos que gostem!
Equipe Elementarq
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LINHA DO TEMPO A TRAJETÓRIA DE USO DOS PILARES NAS OBRAS DE OSCAR NIEMEYER Igreja de São Francisco - Pampulha 1940
Palácio da Alvorada - Brasília
Palácio do Itamaraty - Brasília
1957
Palácio da Justiça 1962
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - Brasília Catedral - Brasília Supremo Tribunal Federal - Brasília
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Copan - São Paulo
Palácio do Planalto - Brasília
1951
1958
Sambódromo - Rio de Janeiro
Centro administrativo de Minas Gerais
1983
Memorial JK - Brasília 1980
2003
Museu de arte contemporânea - Niterói 1991
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OS PALÁCIOS DO PODER PALÁCIO DO PLANALTO Arquiteto: Oscar Niemeyer Localização: Praça dos 3 Poderes - Eixo Monumental Engenheiro Calculista: Joaquim Cardozo Artista Plástico: -Paisagista: -Pintor: -Ano do projeto: 1958 - 60
Executado de 1958 a 1960, e com o nome oficial atribuído
O Palácio do Planalto é composto por uma colunata que
pel Presidente Juscelino Kubitschek como designação que
masrcam as fachadas frontal e posterior, que, com o auxílio dos
lembra a origem geográfica da sua localizção, o Palácio do
pilares internos do edificios trazem a sustentação da cobertura. o
Planalto faz parte da composição da Praça dos 3 Porderes, na ponta leste do eixo monumental, representando o Poder Executivo. Dentro de uma relação sensorial e de percepção do espaço podemos observar que a praça dos 3 Poderes trás
volume retângular de vidro , elevado do chão e afastado da projeção da cobertura trazem um sentido de permeabilidade, mas ao mesmo tempo, por sua escala e monumentalidade, sua cor branca extremamente formal e seu vidro escuro fazem com
consigo todo um peso formal e monumental, que se torna ainda
que o local se torno muito mais formal, se impondo dentro da
mais perceptível pela composição arquitetônica dos predios que
composição da praça dos 3 poderes.
estão situadas no seu entorno.
A sequência que estão destribuidos os pilares na fachada
Com isso se observa a relação formal do Palácio do
principal, aquela voltada para a Praça, apresenta uma relação
Planalto, que apresenta um dos elementos ais marcantes da
simétrica indireta, onte a partir da locação dos outros elementos
arquitetura de Oscar Niemeyer em Brasília, que são seus pilares
e contrapesos compositivos (rampa de acesso e o palanque),
da fachada.
trazer a relação de simetria na soma do conjunto arquitetônico. Os pilares, por mais que recebam uma certa quantidade de craga, apresentam-se muito mais como um elemento estético e compositivo, onde os verdadeiros esforços estão sendo absovidos pelos pilares internos da volumetria, sendo assim, é possivel trazer a liberdade de forma que passa a característica do arquiteto para dentro da obra, com sua fluidez e simplicidade do traço, mas com um peso e uma complexidade de cálculo que fazem dessas colunas, em conjunto com as outras propostas nos outros Palácios de Brasília, uma das características marcantes do poder político e monumental da cidade.
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FONTE: <http://www.moderndesign.org/2011/03/palacio-do-planalto-by-oscar-niemeyer.html>
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FONTE: Silva, Élcio Gomes da. Os Palácios originais de Brasília. Tese de Doutorado. Brasília: UnB, 2012.
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FONTE: Silva, Élcio Gomes da. Os Palácios originais de Brasília. Tese de Doutorado. Brasília: UnB, 2012.
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OS PALÁCIOS DO PODER PALÁCIO DA ALVORADA Arquiteto: Oscar Niemeyer Localização: Via Palácio Presidencial Engenheiro Calculista: Joaquim Cardozo Artista Plástico: -Paisagista: -Pintor: -Ano do projeto: 1956
O edifício é composto basicamente por 5 conjuntos de elementos: as colunas, o volume de vidro, as colunas internas do edificio, e os planos horizontais (cobertura e pisos). as colunas são trabalhadas plasticamente de forma muito limpa e com traços curvos que permeiam pelas obras dos edificíos de Brasíia, sendo que tal plasticidade só acontece devido ao fato de que a carga da cobertura e dos pavimentos estão atuando nas colunas internas da edificação, aliviando as tensoes estruturais dos pilares externos, tornando-os muitos mais estéticos do que estruturais. Sua impantação foi executada em um descampado a 4
Com a vinda da nova capital do Brasil para o Planalto Central era preciso uma série de edificios básicos para a implementação do governo, sejam eles de cunho monumental, religioso, poítico ou residêncial. Um desses edifícios em especal de certa forma atendeu a todos esses requisitos, pois apresenta em seu complexo uma capela, uma residência, e um simbolo do poder político brasieiro. O Palácio da Alvorada, também casa do Presidente da República, apresenta caracteristicas compositivas marcantes, principalmenta com relação as suas colunas que circunda todo o edifício. Consguindo trazer uma relação de contraponto entre um local restrito politicamente, mas sendo tambem uma residência, a leveza da composição do volume principal apresenta (assim como nos outros palácios projetados em Brasília - Planalto e Justiça) um caráter de permeabilidade, leveza mas tambem de monumentalidade.
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km do que é hoje a Praça do 3 Poderes. Tal situação fe com que Niemeyer tivesse a tarefa de projetar um palácio que tivesse toda uma relação de horizontalidade para manter uma escala visual do edifício em relação ao terreno. Mesmo com toda a horizontalidade, o conjunto da volumeria que “levita” sobre o gramado e se projto no espelho d’água parece se desculpar com o terreno, demonstrando todo um respeito com o seu entorno.
FONTE: <http://www.archdaily.com.br/br/777831/o-palacio-da-alvorada-nas-lentes-de-joana-franca> <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.161/4913>
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FONTE: Silva, Élcio Gomes da. Os Palácios originais de Brasília. Tese de Doutorado. Brasília: UnB, 2012.
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FONTE: Silva, Élcio Gomes da. Os Palácios originais de Brasília. Tese de Doutorado. Brasília: UnB, 2012.
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OS PALÁCIOS DO PODER PALÁCIO DO ITAMARATY Arquiteto: Oscar Niemeyer Localização: Esplanada dos Ministérios Engenheiro Calculista: Joaquim Cardozo Artista Plástico: -Paisagista: Burle Marx Pintor: -Ano do projeto: 1970
Palco da recepção dos convidades políticos do exterior, o Ministério das Relções Exteriores, também conhecido como
Vivenciando a obra e tendo a experincia de entrar no edifício te fornece 3 visões e escalas diferentes de análise:
Com a finalidade de manter a sobriedade do Palácio, mas também fazer do Itamaraty uma arquitetura
Palácio do Itamaraty, é um dos Edifícios de Niemeyer que
1ª- A escala de oponência: em qua visto de fora, o
vemos já uma diferença bem forte de uso de materiais se
edificio impoe um peso subjetivo de responsabilidade e
madeiras, pedras, carpetes, tecidos e vidros, além do
comparado com seus projetos para os Palácios da praça dos 3
seriedade da obra.
próprio concreto. Além da treliça de Athos Bulcão, as
inequivocamente
brasileira,
Niemeyer
explorará
Poderes e do Palácio da alvorada, usando de uma arcada já
2ª- Escala Interna: onde os ambientes, conversando
madeiras serão utilizadas no desenho dos peitoris
bem diferente das propostas pelas colunas brancas, trazendo
muito bem entre si através de uma planta mais livre e seus tons
instalados no prolongamento da caixilharia e no
uma relação de peso bem diferente.
mais escuros dão uma sensação de serenidade e aconchego,
revestimento das faces largas dos pilares internos,
como uma boa recepçao daqueles que estão lá dentro.
valorizando o concreto da arcada.
Peso esse que vai se anulando quando se começa a vizalizar os elementos de composição do edificio, onde
3ª- escala do Jardim: seja no jardim do térreo, que tem
O Palácio do Itamaraty ainda apresenta uma série
podemos observas a relação do edifício com o espelho d’agua,
um caráter bastante privado, e tendo como característica as
de elementos plásticos e arquitetônicos que fazem com
onde sua relação de altura acaba sendo maior pelo efeito do
relações biolimáticas de controle de temperatura, já o jardim do
que ele tenha um peso artístico muito grande, com
reflexo do edifício na água, que em conjunto com as fachadas
pavimebto superior possui um caráter mais formal e ao mesmo
quadros, tapeçaria, esculturas, jardins e a propria
de
tempo como um local de permanência
volumetria em si, que juntos compõem o cartão de visita
vidro
trazem
uma
certa
transparencias
permeabilidade do edifício com o entorno.
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e
uma
para o exterior.
FONTE: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.106/65>
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O MONUMENTO DA VIZINHANÇA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Arquiteto: Oscar Niemeyer
A cobertura da Igreja Nossa Senhora de Fátima tem a forma de um triângulo isósceles, cujos vértices são apoiados por três pilares
Localização: CLS 308 - Brasília, - DF, Brasil
e duas paredes estruturais. Esses pilares elevam-se, de um lado, perpendicularmente à base, enquanto o outro lado forma um arco
Engenheiro Calculista: Joaquim Cardozo
de circunferência, diminuindo a largura até encontrar a laje. Essa laje está estruturada sob cinco vigas que acompanham a
Artista Plástico: Athos Bulcão
similares em relação à curva lateral, diferenciam-se do primeiro, marcante frontalmente à edificação, pelo alinhamento horizontal
Paisagista: Roberto Burle Marx
em relação ao triângulo da laje e pela diminuição das dimensões gerais. A sutileza com que esses elementos estão conectados
Pintor: Alfredo Volpi Ano do projeto: 1958
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curvatura da laje, também diminuindo a largura à medida que encontra a extremidade. Os dois pilares posteriores, ainda que
demonstra uma riqueza formal e estrutural marcante nas obras de Oscar Niemeyer em Brasília.
FONTE: <http://www.archdaily.com.br/br/601545/classicos-da-arquitetura-igrejinha-nossa-senhora-de-fatima-oscar-niemeyer>
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ENTREVISTA Entrevista com Oscar Niemeyer Rio de Janeiro, 24/10/2008
Como? Íamos começar a obra e o Joaquim Cardozo, que era o calculista, chegou entusiasmado: “Oscar, encontrei a tangente”. Estava se referindo ao prédio da Câmara, aquele voltado para cima. “Será uma estrutura apenas pousada na laje”. [O arquiteto suíço-francês] Le Corbusier, ao subir na rampa do Congresso, pouco depois da inauguração, disse: “Puxa, aqui tem invenção!”. Muitas vezes as ideias surgem de repente. Foi o que aconteceu com a mesquita de Argel, capital da Argélia. Acordei de madrugada para desenhá-la. Essa mesquita nunca foi construída, não é?
Nunca. O Boumedienne [Houari, o presidente argelino de 1965 a 1978] era um sujeito simpático, muito ousado, mas disse que aquilo era muito revolucionário, mesmo para a Argélia revolucionária. Os famosos arcos do Alvorada, como é que eles surgiram? No papel ou na prática? Não existia nada pré-estabelecido. Aliás, só existia uma coisa: a vontade de criar uma arquitetura diferente. A ideia na cabeça precede o desenho e a prancheta. Pode parecer estranho afirmar isso em relação a uma estrutura que depois foi copiada mundo afora. Certa vez eu estava na Líbia, fui tomar banho de mar e, de repente, vejo uma construção – e lá, as colunas do Alvorada.
A impressão que se tem é de que o Palácio da Alvorada, por ser o primeiro grande edifício de Brasília, acabou definindo todo o estilo arquitetônico da cidade. O senhor concorda com isso? Concordo que o Alvorada demarca toda a minha preocupação em fazer uma arquitetura diferente. Nada que tivesse a ver com os palácios que já tínhamos. Outra característica marcante é que, no Alvorada, experimentamos aquilo que iria acontecer com o resto de Brasília: o tempo curto. Tínhamos de construir uma nova capital em menos de quatro anos. Claro que tivemos que optar por soluções, espaços, estruturas mais simples. Hoje, seria diferente. Há mais recursos tecnológicos. Mas, ontem como hoje, a arquitetura nasce de um traço. E esse traço pode atingir, bem conduzido, o nível superior de uma obra de arte. Criar um efeito visual? Prender pelo olhar. O que cria uma obra de arte é a surpresa, a emoção, a beleza. Foi assim que tentei fazer a arquitetura em Brasília. E a surpresa maior pode estar na simplicidade. O congresso nacional, por exemplo, é de uma simplicidade total. As duas cúpulas, uma para cima, outra para baixo. Simplicidade formal apoiada em uma enorme dificuldade técnica.
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O sociólogo Gilberto Freyre viu naquele avarandado horizontal do Alvorada a inspiração de antigos casarões coloniais. O senhor teve essa intenção? O Palácio da Alvorada obedece apenas a uma ideia muito simples. Tinha de ser parte residência, parte local de trabalho. Com uma unidade arquitetônica, mas separadas em duas funções. Meu cuidado todo era preservar o presidente: receber as pessoas no seu gabinete, entrar e sair, sem expor a intimidade de sua vida.
O estilo pessoal do presidente Juscelino Kubitschek estava na sua cabeça quando o senhor planejou o Palácio? Aqueles amplos salões, para um temperamento tão espaçoso? O arquiteto recebe a encomenda e executa dentro do que lhe foi pedido. Se a personalidade de JK se ajustou tão bem ali, melhor assim. Mas não foi proposital. Ele gostava de conversar, de ter gente com ele. Nesse caso, a escala, a varanda, os arcos, tudo isso pode ter ajudado na definição de um espaço de convivência.
O Palácio da Alvorada se estende horizontalmente, em linha reta, a topografia é toda plana. O senhor é considerado o poeta das curvas. Não é mais difícil trabalhar assim?
De fato, a forma do terreno é que vai sugerir a arquitetura. Eu não gosto de mexer na topografia. Minha casa [na Estrada] das Canoas, no Rio de Janeiro, não mexi. Com os quartos, nivelei o terreno. Então, botei a sala em cima. Mas a curva não é um artifício. Quando você tem um espaço maior, a curva é a solução natural para vencer o tempo – quer dizer, a falta de tempo. Curvas também presumem sensualidade. O escritor francês André Malraux, que era um homem de raro brilho, dizia que a gente tem um museu pessoal em que guarda tudo o que se viu e gostou na vida. Vai ver eu tenho essa influência dentro de mim, não é?
O projeto da Capela do Alvorada introduz uma ondulação na paisagem. Como é que surgiu? Nesse caso, defini a ideia antes. Desenhei-a e, depois, foi o acabamento normal, com mármore. Já na Catedral de Brasília, aquilo foi feito no chão. As colunas se erguem e criam o espetáculo. A luz ajuda a dar forma nova – e é uma forma simples.
Para um homem sem religião, o senhor demonstra ser ótimo construtor de igrejas. Eu devia ter religião, mas não tenho. Meu avô – com quem eu morei – tinha uma casa grande, sala com cinco janelas... uma delas virou, por obra de vovó, um oratório. Todo domingo tinha missa em casa. Tive até um primo que virou arcebispo de Brasília. A ciência elimina todas as fantasias, inclusive as da religião. Há cinco anos, todas as terças-feiras, eu sigo um curso sobre literatura e cosmologia. Eu digo para o professor: “A ciência traz a verdade, mas põe a gente muito pequenininho”. O sol é um milhão de vezes maior do que a terra, mas tem uma estrela que é um milhão de vezes maior do que o sol – e assim ao infinito. A ciência mostra nossa insignificância. A coisa boa é que também nos torna mais modestos.
FONTE: Beirão, Nirlando. Palácio da Alvorada: arquitetura e história = architecture and history = arquitectura y historia = architecture et historie / [Nirlando Beirão, Milton Bernard e João Musa]. – São Paulo: Adroitt Bernard, 2009.
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ARTE E ARQUITETURA
“ODE A OSCAR”
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Por Petterson Dantas
FONTE: <http://www.archdaily.com.br/br/783183/arte-e-arquitetura-ode-a-oscar-por-petterson-dantas>
ARTE E ARQUITETURA
PAINEL E ESTAMPA NA ARQUITETURA
NOS PILOTIS
Por:
Por Camila Aldrighi e a Julia Sóllero para O Novo Guia de Brasília
FONTE: <https://www.facebook.com/novoguiadebrasilia/photos/a.1475209346027241.1073741828.1474883989393110/1741717796043060/?type=3&theater> <https://www.facebook.com/novoguiadebrasilia/photos/a.1475209346027241.1073741828.1474883989393110/1695045824043591/?type=3&theater>
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1ª edição JUL/2016