Man Candy (Billionaire Bachelors, #4) by Lila Monroe

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Capítulo Um —EU APOSTO QUE se eu mudasse meu nome para Pussy Galore, eu ficaria tão puta, — minha irmã, Gemma, diz em voz alta quando saímos do cinema depois de uma sessão dupla de James Bond. —Gemma! — Eu sorrio, olhando em volta para ver se alguém ouviu. Mas nós estamos em uma rua movimentada em Manhattan, então esta é provavelmente a conversa mais baixa aqui por perto. Gemma me dá uma piscada. —Você está tentando me dizer que não daria ao jovem Sean Connery um Oddjob1? Ou deixaria que ele lhe desse um Goldfinger2? Eu bufo e empurro meus óculos no meu nariz. —Você é terrível, — eu digo. —Você está de brincadeira? Eu deixaria o jovem Sean Connery me dar um punho de ouro inteiro, — diz Gemma. —Ou... espera... um Membro de Ouro. — Ela ri de sua própria piada.

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Oddjob é uma personagem do livro e filme de James Bond 007 contra Goldfinger, criado pelo escritor britânico Ian Fleming. O coreano Oddjob é um capanga do fanático milionário Auric Goldfinger e um dos mais memoráveis personagens da franquia cinematográfica 2 Goldfinger é um filme britânico de 1964 de acção e espionagem, o terceiro da série 007 com Sean Connery no papel do agente secreto James Bond.


Tentando não sorrir, dou-lhe meu melhor olhar severo. —Você sabe que O Membro de Ouro era de Austin Powers, certo? Não é exatamente o ícone sexy que você está procurando. Ela encolhe os ombros. —Ele é fofo, à sua maneira. —É um mistério porque você está solteira, — eu respondo, em seguida, verifico meu telefone para ver se há novas mensagens. Gemma reclama. —Sem trabalho! Você prometeu. —OK, OK— Eu sorrio e olho em volta. —Bebidas? —Sempre. Nós atravessamos a rua. Não que eu me importasse de passar o resto da noite no meu sofá, bebendo vinho com meu pijama, mas Gemma veio de San Francisco por alguns dias, então eu quero maximizar o tempo perto da minha irmã - apesar de seus horríveis trocadilhos. —Eu só tenho tempo para uma, — Gemma me avisa quando caminhamos pela rua na tarde de verão. —Eu tenho um encontro. —O que? — Eu exclamei. —Como? Você está na cidade há apenas três horas! E duas delas estavam no cinema escuro comigo. —É o chamado: multitarefa, — Gemma sorri. —Você deveria tentar algum dia. Chegamos ao meu costumeiro ponto de encontro pós-filme, um bar antigo que parece algo saído de um filme: todas as cabines de madeira escura e de couro polido. É escuro e aconchegante, e parece


que o próprio Connery poderia estar acendendo um charuto no bar. Se não fosse pela lei do —não fume. —Eu multitarefa? Bem. — eu digo a ela, indo para dentro e direto para a minha mesa habitual. —Eu estou fazendo malabarismos com quatro relatórios diferentes com pesquisa de fundos no trabalho. —Você não prefere fazer malabarismos com quatro caras gostosos? — Gemma pergunta, balançando as sobrancelhas. —Quem tem tempo? — Eu pergunto. —Sério, você conhece todas aquelas histórias sobre caras que têm uma família secreta escondida e duas amantes em cada lugar? Como eles conseguem? Não consigo encontrar tempo para ir buscar a minha roupa na lavagem a seco, quanto mais construir uma vida falsa! Gemma ri. —Bem, não importa se esse cara tem uma família falsa, porque só estou na cidade até quarta-feira. Ele é um comprador de roupas masculinas da Macy's, — explica ela, —Mike alguma coisa. Ou é o Mark? De qualquer forma, ele é muito fofo. Ótimo gosto para ternos. Quer que eu veja se ele tem um amigo? —Não, obrigada, — eu digo automaticamente. —Oh? — Gemma pergunta, fingindo surpresa. —Então você está vendo alguém? Eu dou a ela uma olhada. —Vamos, Alice! — ela exclama. —Quanto tempo tem sido até agora? Você sabe, pode voltar a crescer, — ela diz, dando um olhar significativo para o meu colo até eu perceber o que ela quer dizer.


—Gems! —Estou apenas dizendo. Você nunca vai ser tão jovem ou quente novamente. E você é. —Jovem? Eu tenho vinte e nove, — eu respondo. —Isso é como cinquenta anos em Nova York. —Eu quis dizer quente. — Gemma sorri. —Mas é tudo a partir daqui. A gravidade não espera por nada. Vamos lá, quando foi a última vez que você saiu? —Eu tenho encontros! — Protesto. Ela revira os olhos. —Mas você odeia todos eles e nunca liga de volta. —Assim? Não é minha culpa. Estou ocupada. E eles são... Chatos. Previsíveis. Arrogantes. Tímidos. Faça a sua escolha, eu já vi de tudo. Se os primeiros encontros fossem um esporte olímpico, eu pegaria ouro na maratona. Porque normalmente, no momento em que a conta vem, estou cansada e indiferente, mancando para a linha de chegada para que eu possa desmoronar em um banho de espuma quente. Sozinha. A triste verdade é que nem me lembro de quando tive um ótimo encontro. Você sabe, um daqueles com tremores no joelho, que aceleram o coração, —cale a boca e me beije!. — Mas eu não vou deixar Gemma apagar o meu perfil no meu app Encontro Perfeito (de novo), então eu só dou um sorriso vago. —Estou apenas esperando pelo cara certo. E talvez eu até me lembre do nome dele, — acrescento brincando.


Gemma ri. —Eu acabei de conhecê-lo, — explica ela. —Tenho certeza que vou aprender o nome dele até o final da noite. Caso contrário, 'baby' vai funcionar bem, — ela sorri. —Tem certeza de que é seguro sair com um total estranho? — Eu franzo a testa, entrando no modo irmã mais velha. —Você pode acabar num beco em algum lugar. —Só se eu tiver sorte. — Gemma pisca novamente. —Eu quis dizer morta! Ela ri. —Relaxe, tudo ficará bem. Eu sempre passo meus planos aos meus amigos antes de sair, e também temos um aplicativo de rastreamento de localização em nossos telefones. —Oh— Eu relaxo. —Isso é bom. Gemma me dá um olhar de pena. —Para alguém que ama filmes de aventura tanto quanto você, não consigo imaginar o que aconteceria se James Bond subitamente aparecesse e quisesse levála embora. Você provavelmente pediria referências e executaria uma verificação de antecedentes completa. E depois diria a ele para voltar no mês que vem, quando você tivesse uma folga na sua agenda. Ela diz isso carinhosamente, mas suas palavras ainda doem. Porque no fundo eu sei que ela está certa. Eu sempre digo que quero uma aventura. Uma escapada imprudente para elevar minha adrenalina, algo inesperado e selvagem. Mas a verdade é que eu construí minha vida para ser tão previsível quanto ela é. Acordo, vou trabalhar, sento atrás de uma


mesa de secretária durante todo o dia, organizando as aventuras selvagens de outras pessoas na Agência. Então eu chego em casa, tomo um banho e me perco em um romance de espionagem ou em um filme clássico, imaginando a vida como uma femme fatale até a hora de apagar as luzes. Selvagem, certo? Mas eu não sou o tipo casual. Eu sempre fui a tímida; não é da minha natureza ir até lá e ser notada como Gemma faz. Até o estilo dela é ousado e arriscado. Claro, ela está na indústria da moda, mas não há nada que me impeça de aparecer para o trabalho em um terno vintage que colocaria Pussy Galore no escanteio. Em vez disso, eu compro roupas sexy's e guardo-as escondidas na parte de trás do meu armário, nunca deixando a minha Bond girl interna sair em público. A menos que você conte meus sapatos. Esse é o único lugar que eu deixo meu lado selvagem aparecer. Eu torço meus dedos dos pés feliz. Esta noite, estou usando um par de saltos escarlate que encontrei em uma loja de consignação no Brooklyn. Acontece que você pode conseguir algumas pechinchas reais quando estiver disposta a usar uma grife por meses. E também talvez os esconda atrás de um kaftan hediondo para que ninguém mais os veja. —Deixe-me adivinhar, Martini? — Gemma pergunta, quando a garçonete finalmente chega. —Batido, não mexido?


—Obrigado, mas eu vou tomar um orgasmo hoje à noite, — eu digo casualmente, querendo mostrar a minha irmã que eu não sou tão reprimida, afinal. Eu sou recompensada com uma risada. —Faça dois! Seu telefone vibra e ela verifica suas mensagens, então eu sento e olho em volta pelo salão. O bar está apenas se enchendo agora, com uma mistura de tipos, criativos e legais e a multidão mais tradicional, após o trabalho, relaxando com um... Ooo-láaa. Meus olhos se fixam em um homem sentado sozinho no bar. Eu não posso ver seu rosto, apenas o perfil forte e os ombros largos vestidos com uma jaqueta escura e bem cortada que apenas grita dinheiro, e bom gosto. Eu rapidamente vejo o resto dele: sapatos mostrando arranhões de uso, mas não desgastados, um pedaço de meias vermelho vivo, cabelos escuros recém-cortados. Eu sempre noto os detalhes. Eu não posso evitar. Como gerente de escritório da The Agency, é meu trabalho selecionar potenciais clientes e aprender todos os seus segredos sujos. Apenas me chame de Moneypenny, sem a intriga internacional, mas com uma dúzia de bilionários quentes. Esse cara ficaria totalmente em casa andando pelas portas do nosso escritório. De repente ele se vira e olha para a porta, e eu tenho um vislumbre de seu rosto.


OK, não importa The Agency, esse cara poderia estar correndo para substituir Daniel Craig como o próximo Bond, porque olá, gostosura. Cabelo escuro. Características cinzeladas. Mandíbula forte. Olhos azuis e um sorriso encantador. —Ooh, eu aprovo. A voz de Gemma me faz recuar. —O que? —O Mad Men3, — ela sorri. —Você sabe, eu acho que ele estava no cinema com a gente. Eu lembro da maleta. Quem carrega uma maleta hoje em dia? Eu olho para a maleta de couro duro no chão ao lado do seu banco. —Isso se encaixa no visual. Ele é provavelmente um homem de negócios, de Wall Street. Gemma faz uma careta. —Ok, então ele é um empresário que saiu do trabalho em uma quinta-feira, veio de Wall Street para Hell's Kitchen para ir sozinho no cinema e ver um longa-metragem de James Bond? E depois parte para um bar, também sozinho? Ele provavelmente tem fita adesiva, facas e outros suprimentos de assassino naquela pasta. OK, então eu não sou a única da família com uma imaginação fértil. Eu sorrio. —Você assistiu muitos filmes sobre maníacos. Talvez ele seja um agente duplo e recebe indicações como Bond.

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Referência ao filme Mad Max de 2017 e o protagonista Tom Hardy.


Ela ri. —Você assistiu muitos filmes de espionagem. Eu dou outra olhada. —Ele não está sozinho, ele está esperando alguém, — eu digo, inventando sua história, do jeito que eu costumava fazer quando éramos crianças, jogando Nancy Drew¹. — Ele continua olhando para a porta, como se estivesse esperando alguém. Provavelmente um encontro ou algo parecido com isso. —Garota de sorte, — diz Gemma. —Você sabe, ele é o tipo de cara que você deveria estar namorando. Eu bufo, divertida. —Certo. Vou apenas desfilando até ele para pedir seu número. —Por que não? Eu não respondo e, felizmente, a garçonete entrega nossas bebidas. —Eu viro? — Eu pergunto. Gemma ri. —Alguém pensaria que você não sabe como é um orgasmo, — ela pisca, passando o meu copo. —Um brinde, querida. Que os próximos sejam reais. —Eu vou beber a isso, — eu concordo, e brindo com ela antes de virar o copo.


Capítulo Dois GEMMA SE DIRIGE para seu encontro quente, deixando-me sozinha com o meu iPhone e os relatórios de pesquisa. Eu provavelmente deveria ter ido embora com ela, mas sou uma louca por esses horários quentes do happy hour - e estou curiosa sobre o homem ainda sentado sozinho no bar. Eu o batizei de Bond 2.0, e quanto mais eu olho, mais tenho certeza de que ele está esperando por alguém. O que me faz pensar: que garota deixaria um cara como ele esperando por tanto tempo? Um tipo com tantos pretendentes, que ela pode mantê-lo esperando, eu me respondo com tristeza. Enquanto isso, o último encontro que eu tive, o cara teve a coragem de procurar outra no Tinder durante nossa conversa. 1- Parker Brothers começou a comercializar um jogo de tabuleiro Nancy Drew em 1957. Em todas as versões, o objetivo do jogo é ser o primeiro jogador a descobrir onde você pode encontrar Nancy É seguro dizer que não vou ser deixada na mão novamente. Estou terminando de debater se é aceitável pegar o resto do molho apimentado da tigela com meus dedos quando, do outro lado do bar, a cabeça do Bond 2.0 se vira para a porta. Ele se endireita, e


um olhar de alívio cruza seus belos traços. Seu encontro misterioso chegou! Eu sigo o seu olhar para ver... um homem que se aproxima e senta ao lado dele. Hmmm. Esse cara é um amigo? Colega de trabalho? Um encontro? Eu vejo como eles trocam algumas palavras, sua linguagem corporal é calma mas nada amigável. Além disso, o recém-chegado é uma espécie de cara sem graça, em calças de veludo sem forma e uma jaqueta folgada, com uma pasta maltratada que ele coloca no chão ao lado de suas banquetas. Bond está muito à frente dele. Eu suspiro, desapontada por não ser um grande caso de amor ou uma cena dramática. Apenas dois caras tendo umas pequenas conversas estranhas sobre amendoins. Porque a vida real não é um filme, eu me lembro. Claro, passo meus dias criando relacionamentos que envergonhariam Hollywood, ajudando as pessoas com falsos encontros dos seus sonhos, mas, no fim das contas, sou apenas uma secretaria. Eu nunca estive fora em uma das missões emocionantes, muito menos tive um bilionário quente me fazendo flutuar, de verdade ou não. Eu termino minha bebida e olho em volta para a garçonete, mas ela está longe de ser encontrada. Em vez disso, meus olhos voltam para Bond no bar...


Assim que ele casualmente chuta sua maleta para mais perto do cara sem graça. O sem graça olha em volta, nervosamente, depois se levanta, pega a pasta de Bond e sai. Deixando sua própria pasta arranhada para trás. Que diabos? Eu pisco, mas ninguém mais parece ter notado. Até Bond está casualmente bebendo sua bebida como se nada tivesse acontecido. Acabei de imaginar a coisa toda? Não. Eu lembro, e nunca entendi os detalhes errado. Eles totalmente só fizeram uma troca de bolsa! Meu coração começa a correr. Eu só vi algo assim em filmes de espionagem, trocando segredos de estado ou comprometendo informações. Mas definitivamente não sou uma espiã. E além disso, o que eu vou dizer aos outros? Que esses dois caras estão fazendo negócios nefastos entre os coquetéis? Você está bêbada, Alice. Hora de ir para casa. Eu vou até o bar para pagar minha conta. E, claro, é uma coincidência que haja um espaço livre ao lado de Bond, onde posso esperar que a garçonete me atenda. Eu cuidadosamente me empoleirei no banquinho, meu pulso ainda acelerado, e deslizo um olhar totalmente casual para o homem. Que está olhando diretamente para mim.


Eu engulo em seco, minhas bochechas coradas, mas ele apenas me dá um sorriso torto que faz com que ele seja simplesmente atraente no território de derretimento de calcinha. Especialmente acompanhado com essa loção pós-barba. Além disso, não faz mal que seus olhos, enrugados nos cantos enquanto ele sorri para mim, sejam incrivelmente azuis. Este homem é quente como o inferno. E também está tramando algo. O que, se estou sendo honesta, apenas o deixa mais quente. — Então, — ele diz casualmente, sua voz baixa e suave. —Por que você está sozinha em um bar em uma noite de quinta-feira? —Essa é a sua melhor cantada? — Eu deixo escapar, por Deus espero que essa seja sua cantada. De repente eu quero muito ser pega por esse homem. Ele parece divertido. —Na verdade, não. Mas você está falando comigo, então é a minha favorita agora. Uau. Eu pisco, imaginando quem é mais suave, esse cara ou seu uísque. —Eu estava com a minha irmã, — explico, desejando ter algo mais glamoroso para compartilhar. —Nós vimos a sessão dupla de Bond no cinema. —Uma fã de Bond. — Ele arqueia uma sobrancelha. Então seus olhos deslizam pelo meu corpo de um jeito que me faz sentir muito quente. —Quem é seu favorito?


—É um empate, — eu admito. —Entre Connery e Brosnan. Eu sei, ninguém leva Pierce a sério, mas ele foi o primeiro que vi, então ele tem um lugar especial no meu coração. Além disso, ele é assim... arrojado. Cale a boca, eu me peço, mas, felizmente, o homem não parece se incomodar com minhas divagações. Ele sorri. —Eu também gosto de Brosnan, mas apenas entre nós...? — Ele se inclina um pouco. Eu me aproximo, sem fôlego. —Meu favorito é George Lazenby. O cheiro inebriante de sua loção pós-barba é quase o suficiente para me fazer perdoar seu gosto por Bonds. Quase. —Lazenby? — Repito, incrédula. —É sério? —O que posso dizer? — O homem sorri de novo, mas desta vez, não é suave ou charmoso, é um sorriso juvenil. —Eu gosto do azarão. — Seus olhos vão para minha bochecha, a poucos centímetros dela. —Fique quieta, você tem... — Ele chega e toca suavemente minha pele. Calor surge através de mim e eu engulo ar. —Um cílio, — diz ele, segurando na ponta do dedo. —Agora faça um pedido e sopre. Soprar? Eu faço um barulho distorcido. O desejo que eu faria agora definitivamente envolve soprar. E chupar. E lamber...


—Você me desculpa um momento? — O homem está de pé. — Eu volto já. —Uhmgh, — eu consigo murmurar, depois vejo como ele caminha casualmente para a parte de trás do bar onde estão os banheiros. Se recomponha! Eu chamo o barman e peço um copo de água, depois engulo o líquido frio, minha frequência cardíaca voltando ao normal. Não importa o mistério, esse cara é absolutamente perigoso. 007, licenciado para transformar as mulheres adultas em poças derretidas. O que me lembra... Eu olho para baixo, para a pasta misteriosa descansando casualmente contra seu banquinho. Aquela que o cara malhumorado deixou lá em troca do que quer que estivesse na maleta de Bond. Apenas apoiada lá. Inconfundivelmente. Segurando quem sabe quais informações importantes. Material de chantagem. Suprimentos de assassinato. Códigos nucleares. Eu não seria uma boa cidadã se não verificasse que tudo estava acima de qualquer suspeita. Quero dizer, eu sei que eles dizem que se você vir alguma coisa, deve fazer uma notificação, mas o que eu poderia dizer à polícia? —Por favor, oficial, eu tenho certeza que


esses dois caras trocaram as pastas, mas estava escuro no bar e eu tomei três drinques. É meu dever olhar, se você realmente pensar sobre isso. Só uma espiada. Você sabe, pelo bem do país. Eu olho para a parte de trás do bar para procurar por Bond. Mas eu sei que os banheiros estão lá embaixo, no porão. O que significa que ele vai demorar um pouco... Com o coração acelerado, eu lentamente me inclino e pego a pasta. É bastante pesada, mas duvido que esteja segurando barras de ouro como em Goldfinger. Eu agito, mas não há muito movimento, nenhum barulho metálico. Nenhuma evidência de facas ou outros materiais de maníaco. Provavelmente. Pode estar trancada. Eu nunca saberei com certeza. Opa! De alguma forma, uma das travas se abriu. Oh, querido, e agora a outra se soltou. Eu definitivamente deveria fechar, digo a mim mesma, mesmo enquanto abro a maleta um pouco. Eu me preparo, esperando não encontrar um rolo de fita adesiva, corda ou uma arma. O que espero ver são relatórios e prospectos de ações enfadonhos. Em vez disso, um aroma doce e familiar me atinge, fazendo minha boca escorrer enquanto tento registrar o que estou olhando. São barras. Mas não de ouro. Chocolate.


Eu verifico o bar novamente, mas ainda está tudo calmo, então eu abro a bolsa mais larga, revelando que a pasta está cheia de barras de chocolate. Eles estão envoltos em invólucros rosa e dourado da CandyShack, a mais popular loja de doces da cidade. Mas ainda assim, meu homem misterioso e seu contato acabaram de executar uma troca secreta de maletas... com barras de chocolate. Lembro-me de que estou contra o relógio, então rapidamente fecho a tampa e coloco as travas de volta no lugar, antes de jogá-la de volta no chão em posição novamente. Eu tomo outro gole de água, minha mente correndo. Que porra é essa? Eu estou ficando com exatamente zero explicação, mas antes que eu possa me debruçar sobre isso, o próprio Bond retorna. Ele se senta e gesticula para outra bebida. —Agora, — diz ele. —Conte-me sobre você. O que tem James Bond que você gosta tanto? Ele não é exatamente um cara moderno. —Não. Mas é uma fantasia, certo? Ele está confortável em sua própria pele. Ele assume riscos, mas ele confia em suas habilidades, — eu digo melancolicamente. —Não há problema que ele não pense, não, que ele não saiba, que pode resolver. —Então, onde todas as suas conquistas românticas se encaixam nessa metáfora? — Bond pergunta, sorrindo. —Ou eles são apenas mais fantasias? A maneira como ele diz —fantasia— me faz pensar se ele sabe que é o material da fantasia. Provavelmente. Ele está flertando sem


esforço e ele não é convencido de uma maneira arrogante. Ele é confiante, apenas arrogante o suficiente. Eu limpo minha garganta, corando novamente. —A fantasia é parte disso, — eu admito. —Bond assume riscos, ele tem confiança. Isso é atraente. Tipo, se ele quer beijar uma mulher, ele faz isso. Na vida real, você não iria querer um cara pulando em você. Mas na terra da fantasia, uma mulher quer ser beijada. E bem. As palavras saem da minha boca antes mesmo de eu pensar. Normalmente eu nunca diria esse tipo de coisa para um homem, muito menos para um estranho em um bar. Eu culpo a bebida. Eu me deixo cair dos olhos dele e estou prestes a anunciar que é hora de ir, quando um dedo toca meu queixo, virando minha cabeça para ele. Não tenho tempo para imaginar o que está acontecendo antes que seus lábios estejam nos meus. Eu me assusto com a surpresa, mas - oh Deus - então eu estou cheia com o perfume que invade meu nariz e meus olhos se fecham porque meu corpo sabe exatamente o que está acontecendo. Seus lábios firmes provocam os meus, a ponta da sua língua me provando, me dando um gostinho do uísque que ele estava bebendo. O barulho desaparece no fundo, fazendo-me esquecer que estamos em um bar lotado. Mais, meu corpo grita. Mas antes que eu possa me derreter em uma poça no chão, ele está se afastando. Seus olhos se movem pelo bar até a minha boca enquanto eu lambo meus lábios.


—Você parecia que queria ser beijada, — diz ele com um sorriso. —E bem. Antes que eu possa responder, ele puxa um maço de notas de sua carteira, tira várias delas e as empurra pelo bar. —Deixe-me cuidar da sua conta também. Certo. Porque eu nunca recebi minha conta. Como quero que meu cérebro volte a funcionar, ele pega a pasta. —Foi muito bom conhecer você, Alice, — diz ele. E então ele se foi. Eu engulo quando penso nas coisas que deveria ter dito. Coisas como Por favor, fique, ou Vamos trocar os números. Ou, ainda: Posso subir em você como numa árvore e fazer ovos no café da manhã? Mas não, ele mexeu com meu cérebro com aquele beijo, então eu não disse nada daquelas coisas. Eu nem peguei o número dele. Eu só acho que ele tem que ser uma memória muito, muito boa para a próxima vez que eu acabar em um encontro on-line de merda, me perguntando por que eu sequer me incomodei em perguntar.

ESTOU A MEIO CAMINHO do metrô quando percebo que ele me chamou de Alice. Mas eu nunca lhe disse meu nome.


Capítulo Três NA MANHÃ SEGUINTE, ACORDO com uma dor de cabeça - e deliciosas lembranças da boca do cara Bond contra a minha. Eu me alongo, deleitando-me com a lembrança: o calor de seu corpo, o forte e seguro toque de suas mãos... Há um baque na minha porta. —Alice! Você disse que me acordaria! Vou me atrasar! Eu checo meu alarme - eu esqueci de definir ontem à noite. Droga. Eu saio da cama e luto com Gemma para o banho, antes de correr para o metrô para chegar ao escritório a tempo. The Agency está localizada no Upper East Side, em um imponente edifício de pedras marrom que assegura a todos os nossos clientes ricos que sabemos exatamente o que estamos fazendo. Eu geralmente sou a primeira a entrar, mas quando chego - tarde, suada e sem fôlego -, vejo que já está aberto. O que só pode significar uma coisa: minha chefe, Olivia, já está aqui. E como ela atualmente ama seu novo namorado bonitão e não se arrastaria para fora da cama sem um bom motivo, isso significa que ela está esperando um cliente. Tenho certeza de que não havia nada em sua agenda para esta manhã, mas estamos sempre recebendo chamadas de S.O.S de última hora. Um príncipe herdeiro dos tabloides que por todos os


motivos errados precisa de um relacionamento estável, uma herdeira cujo testamento acabou de mudar e que precisa ser noiva o mais rápido possível. Pense The Agency como o melhor serviço de encontros falsos da cidade: fornecemos parceiros escolhidos a dedo para qualquer ocasião - por um preço muito alto, é claro. Quando eu começo a subir as escadas, me ilumino antecipadamente pela manhã a frente. Uma das melhores coisas desse trabalho são os clientes - especialmente os imprevisíveis que nos mantêm atentas. Quem será hoje? Eu me pergunto. Um magnata da mídia? Um senador? Realeza estrangeira? Estou sempre animada para ver quem entra pela porta. E embora meu cargo oficial seja simplesmente secretária, nunca é chato. Ontem mesmo, cheguei a investigar antecedentes criminais de dois clientes em potencial (um deles falhou, que vergonha, senhor Juventude Desperdiçada) e mergulhei fundo na mídia social dos chamados bilionários. Acontece que ele é apenas um aspirante a cripto4-comerciante que mora no porão de sua mãe em Hoboken. Por favor. Eu o coloquei como um — inferno, não. —Bom dia, — eu digo enquanto tiro meus tênis e troco-os pelo visual de hoje: um par de sandálias de tiras fúcsia com pequenos pompons sobre os dedos dos pés. —Esteja certa! Eu faço um tour rápido pelo espaço, arrumando e trocando as flores murchas pelo buquê de peônias lindas que eu peguei no meu caminho. O escritório é mais parecido com um apartamento do que 4

É uma espécie de moeda virtual


com um escritório, com uma área de salão principal decorada com móveis antigos e sofás macios, e a elegante sala de estar de Olivia nos fundos. Com certeza é melhor que o cubículo que eu trabalhava no meu último emprego, processando reclamações de seguro a cinco metros de distância da cozinha comunitária. Há um miado, e eu acho nosso gato residente, Thor, ronronando nos meus tornozelos. —Não pense que eu estou enrolando, — eu rio, indo encher sua tigela de comida na pequena cozinha. —Você só me ama pela minha ração. —Como foi o festival Bond? — Olivia pergunta quando sai do escritório. Ela está parecendo sofisticada, como sempre, em calças largas e uma blusa de seda creme, e o mesmo sorriso que ela teve em seu rosto desde que se apaixonou por seu cara, Ryan Callahan. Sim, aquele Ryan Callahan, ex-astro da NFL. Que também é um excliente e um cara incrível. Eu posso estar com inveja do relacionamento deles, mas honestamente, eles são tão nauseantemente perfeitos um para o outro que eu não posso estar nada menos do que 100% feliz por ela. —Foi bom, — eu digo. —Alguns clássicos. Perseguição de espiões pela França e Itália. Ela se senta ao lado da minha mesa. —Parece ótimo. Eu sempre quis ir. —Comichão para viajar? — Eu pergunto, enchendo os travesseiros.


—Ryan e eu temos falado sobre fugir, mas parece que não conseguimos encontrar tempo. Eu sei que não deveria reclamar da agência indo tão bem, mas tem sido sem parar durante todo o verão. —Quem saberia que tantas relacionamentos falsos? — Eu sorrio.

pessoas

precisariam

de

—De qualquer forma, estou pronta para encontrar um novo cliente em potencial, — suspira Olivia, —quando o que eu realmente adoraria estar fazendo é estar em uma praia italiana... —Somos duas. Eu tenho uma longa lista de lugares que adoraria visitar. Inferno, gostaria de fazer algumas viagens aqui nos EUA. Eu nem sequer saí da área há três anos, a menos que você conte uma semana chuvosa em uma cabana de férias assustadora no Maine. Que eu não faço. —De qualquer forma, temos outro cliente esta manhã, — continua Olivia. —Eu lhe enviei os detalhes dele. Ele é um investigador. —Como um IP? — Eu me ilumino, imaginando Sam Spade e o mistério de Hitchcock. —Como forense corporativa, — Olivia me corrige, e minha fantasia se desvanece para um cara idiota com um protetor de bolso. —Ele precisa de uma noiva para um de seus casos, para agir como cobertura enquanto ele investiga. Algo sobre segredos comerciais e violações de direitos autorais.


Não parece emocionante, mas ainda assim, talvez seja a chance que eu estava esperando. —Eu vou fazer isso, — eu digo. Olivia pisca. —A atribuição, — eu digo apressadamente. —Eu vou ser a esposa troféu desse cara. Por mais que eu goste das peripécias super secretas aqui no escritório, uma pequena parte de mim está querendo mais: ser a única a sair em missões secretas encantando estranhos e flertando com caras quentes em vez de processar a folha de pagamento de todos. Eu até mencionei isso a Olivia há alguns meses, mas não acho que ela me levou a sério. Por que ela iria? Eu não ando exatamente por aí exalando confiança. Sapatos sensuais à parte, eu não me encaixo no papel de ‘visualmente tentadora’. Mesmo agora, Olivia apenas me dá um sorriso indulgente. — Vamos apenas esperar e descobrir os detalhes, — diz ela. —Seu nome é Nicholas Cameron, ele é esperado às dez. —Quer que eu investigue antes que ele chegue? Olivia assente com a cabeça. —Ele foi encaminhado através de um amigo, mas ainda assim, é melhor prevenir do que remediar. Ela volta para seu escritório, assim que um novo e-mail aparece na tela de Gemma. Parabéns, você tem um encontro às cegas amanhã!


Eu tento alcançar meu celular... E acho que não está na minha bolsa. Eu rapidamente a chamo do telefone fixo do escritório. —Ei, irmã mais velha! — Ela canta quanto responde. —O que você fez? —Eu não fiz nada. Você tem um monte de caras interessados no seu perfil Encontro Perfeito. Então... você respondeu a alguém que parece promissor. Você vai a um encontro com ele amanhã à noite. De nada! —Gemma, — eu choro, por deixar ela vir para a cidade e brincar de cupido. —Você roubou meu telefone só para me arrumar um cara aleatório? —Ele não é um cara aleatório. — Há uma pausa, e eu ouço seu andar arrastando antes que ela recite: —Ele é Don Chelsea. Trabalha com seguro e ele não pode esperar para conhecê-la. Ele é muito fofo, — ela acrescenta. —Cerca de trinta, estou supondo. Minha irmã deve ouvir minha relutância alta e clara, mesmo durante o meu silêncio. —Al, não vai doer ir a um encontro com esse cara. Sério, eu me preocupo com você. Pelo menos, você terá uma noite fora. —Ok, — eu digo, porque ela está certa. —Então, onde eu estou conhecendo o Don que trabalha com seguro? Eu posso ouvir o sorriso em sua voz quando ela diz: —No Grand Central Oyster Bar. Você está se encontrando com ele no relógio do saguão principal. Sete horas. —Se eu for, você promete nunca me incomodar de novo?


—Não, mas faça assim mesmo. E nem pense em usar um dos seus ternos chatos, — acrescenta ela. —Eu quero que você use algo sexy. Ooh, eu posso invadir o closet de amostras em nossa reunião hoje e encontrar algo incrível. —Mas... — Estou prestes a responder quando sinto um cheiro de loção pós-barba. Uma loção pós-barba muito familiar. Eu sacudo minha cabeça. Aparentemente, eu quero tanto voltar para a noite passada e para o meu estranho misterioso que eu posso realmente sentir o cheiro dele. Eu inalo profundamente porque minha memória sensorial parece tão real. Deus aquele homem cheirava bem. —Tudo bem, — eu concordo, só para tirar Gemma do telefone. —Até logo. Eu desligo e verifico o resto dos meus e-mails. Então, alguém limpa a garganta. Assustada, quase pulo da cadeira. —Olá? — Eu me viro e vejo o impossível parado ali na minha frente. Um metro e oitenta e tanto de cabelos escuros, ombros largos, sorriso maliciosamente impossível. É ele. O homem da noite passada. Oh meu Deus! —Sinto muito, — eu coaxo, minha mente correndo. —Eu não ouvi você bater.


Um olhar para os fundos do prédio me diz que Olivia ainda está atrás da porta fechada de seu escritório. Ainda bem. —Sem problemas. A porta estava aberta. Além disso, eu posso ser muito furtivo, — acrescenta ele com uma piscadela. Então isso me atinge. Ele sabe que eu olhei em sua pasta e está aqui para me fazer pagar. Ou me prender. Ou seja, o que for que os estranhos misteriosos trocando doces fazem com as mulheres que atrapalham. Eu abro minha boca, pronta para rastejar minhas desculpas, quando a porta de Olivia se abre. —Aí está você, Sr. Cameron. Bemvindo The Agency. Sr. Cameron. Eu olho para o arquivo que acabei de ver na tela. Este é o nosso novo cliente em potencial? Eu olho para ele, tentando desvendar as últimas doze horas. Não incluindo todas as fantasias dele que criei na minha cabeça depois que voltei para casa. Mas as coisas reais. Como de volta ao bar. Aquele beijo o que foi realmente real. Além disso, o fato de ter bisbilhotado em sua pasta - isso também era super real. E como ele sabia misteriosamente meu nome. —Alice? — Olivia diz, me tirando dos meus pensamentos. — Você ofereceu ao Sr. Cameron uma bebida?


—Eu acabei de chegar aqui, — diz Bond, também conhecido como Cameron, virando aquele sorriso de volta para mim. —E é Nick, por favor. Mas estou bem. Outro expresso, e eu vou estar saltando pelas paredes. —Ok, então, — diz Olivia quando ela gesticula para ele segui-la. —Venha comigo e vamos começar. Eles desaparecem em seu escritório e eu me sento com uma guinada. Eu estou tão demitida. OK, então o que eu fiz não foi tecnicamente errado. Eu não roubei nada (apesar de ter um desejo sério por CandyShack), e eu definitivamente não sabia que Nick era um cliente, mas Olivia é uma defensora das regras, especialmente quando se trata de profissionalismo. Muitas pessoas acham que o que fazemos aqui é algum tipo de agência de acompanhantes de alta classe e ela odeia qualquer tipo de escândalo. E eu tenho certeza que jogar hóquei de amígdala com um novo cliente não está no topo da lista de comportamento do empregado modelo. Ou, percebo com o coração apertado, que provavelmente me levaria para fora da mesa e em uma missão. Na verdade, estou supondo que minha próxima excursão de campo será direto para a agência de trabalho mais próxima, procurando por um novo emprego.


Droga. Eu gosto daqui. E eu com certeza escolheria ‘pequenas frustrações de carreira’ em vez de ‘desempregada e sem dinheiro’ em qualquer dia. A campainha da minha mesa soa. —Alice, você poderia por favor vir aqui por um momento? — A voz de Olivia pergunta, não dizendo nada. Eu relutantemente me levanto, me preparando para o colapso que está por vir. Não, não é o estilo de Olivia. Ela só vai olhar para mim com um desapontamento - o que é provavelmente pior. Dizem que a curiosidade matou o gato. Bem, Thor está alegremente rasgando o canto do tapete, enquanto eu sou a única fazendo a caminhada da vergonha pelo corredor. O mínimo que posso fazer é manter a cabeça erguida. Eu bato levemente na porta e entro. —Aí está você, — diz Olivia, apontando para a cadeira ao lado da que Nicholas Cameron ocupa. —Posso, humm, ajudar com alguma coisa? — Eu puxo uma respiração. Percebo que Thor - geralmente o gato mais excêntrico do mundo - já se sentou no colo de Nicholas, ronronando alto enquanto o homem o acariciava distraidamente. Ele parece uma espécie de super-herói malvado e sexy - o homem, quero dizer, não o gato. —Nosso novo cliente tem algo para discutir com você, — diz Olivia lentamente. E, engole, ela não parece satisfeita.


Eu uno minhas mãos e espero que os últimos quatro anos de emprego remunerado desapareçam em uma nuvem de colônia sexy. —Eu quero me casar com você. Espere o que?! Eu olho para Olivia, mas ela está sentada lá como se ele dissesse que quer um latte. Eu me esforço para formar uma frase coerente. —Eu... umm... Hã? Nicholas Cameron me dá um sorriso provocante. — Temporariamente. Preciso de uma noiva falsa para me ajudar com um trabalho e achei que você seria apenas a mulher certa para o trabalho. Leva um momento para o meu pânico se desvanecer o suficiente para descobrir o que diabos está acontecendo. Ele é um cliente... À procura de uma noiva falsa... E ele escolheu... Á mim? Eu engulo em seco. Alívio cai através de mim. Eu não estou sendo demitida! E... Eu fui solicitada para uma missão? De verdade! Fora do escritório, disfarçada, com... Bond em pessoa.


No espaço de dez segundos, passei de me sentindo na véspera de um fuzilamento, para ser uma criança na véspera de Natal. —Sim! — Eu deixo escapar muito alto. —Claro, estou feliz em ajudar com qualquer tarefa! Fique calma, Alice. —Quero dizer, quais são exatamente os detalhes? — Eu pergunto, conseguindo soar mais calma. Tento pegar meu fiel caderno de anotações - apenas para perceber que o deixei na minha mesa, porque tinha certeza de que aquela era uma reunião de ‘demissão’, não uma reunião de ‘oferecimento de promoção’. Nick se inclina para trás em seu assento, um tornozelo descansando em seu joelho. Ele parece divertido, como se ele pudesse ver quão nervosa eu estou. —Estou investigando espionagem corporativa, — explica ele, —e para eu passar despercebido, preciso me misturar aos executivos e suas esposas. Ter uma linda mulher ao meu lado para me fazer parecer digno de confiança e honrado, esse tipo de coisa. Ele mostra um sorriso que é 10 por cento honroso, 90 por cento rasga calcinha. Eu engulo em seco. Mas espere... ele disse que quer uma mulher bonita. Isso significa que ele acabou de me chamar de bonita? Sim, acho que sim. Este homem já está fazendo coisas boas para o meu ego.


—Eu posso te informar sobre os detalhes mais tarde, — diz ele. —Contanto que você esteja pronta para o desafio. — Ele faz uma pausa, seu olhar se transformando em avaliação. —Você está? —Sim! — Eu respondo rapidamente. Ele está brincando? Não há como perder esta oportunidade que acabou de aterrissar no meu colo. Uma que eu esperava. Embora nas minhas mais loucas fantasias - fantasias de carreira - eu não poderia ter invocado esse homem para ser meu chefe-cliente-chefe. —Alice, — começa Olivia. —Antes de concordar com ... —Ela já aceitou, — interrompe Nick, dando-me outro daqueles sorrisos maliciosos. Eu tenho que pressionar meus lábios para não sorrir. —Eu entendo, — diz Olivia em um tom suave que é todo de aço por baixo. —Mas tem certeza de que não quer entrevistar nenhuma das outras candidatas que discutimos? Alice é minha gerente de escritório, é indispensável, claro, mas nunca fez nenhum trabalho de campo. Para uma tarefa complexa como esta ... —Eu estou bem com a falta de experiência de Alice, — diz Nick, mostrando um sorriso para mim. —Na verdade, prefiro ter alguém nova; ela vai parecer natural, certo coelhinha? Ele pega minha mão e dá um aperto quente. O toque envia calor correndo através de mim, mas consigo manter a calma. —Você conseguiu, docinho, — eu digo em retorno. Ele ri e eu sei que sou a mulher perfeita para essa tarefa.


Especialmente se isso significa segurar mais a mão deste homem. —Então, parece que estamos todos de acordo aqui. — Nick vira seu sorriso para Olivia, e fico com a suspeita de que ele sabe que ela não me quer nessa tarefa - mas ele vai fazê-la me deixar ir de qualquer jeito. —Sua agência foi tão altamente recomendada, — acrescenta ele, —e já vejo o porquê. Você me parece uma mulher com excelente julgamento e, se Alice é indispensável para você, essa é a única referência de que preciso. Xeque-mate. Estou impressionada - e Olivia também está, porque ela dá um suspiro relutante. —Deixe-me verificar alguns detalhes, — diz ela suavemente. —E vamos conversar mais. —Perfeito. Eu viajo para San Francisco em alguns dias e posso fazer todos os arranjos para Alice se juntar a mim lá na próxima semana. —San Francisco? — Eu me animei. Minha irmã mora lá e eu queria visitá-la. Quão mais perfeito pode essa atribuição? —Eu sempre quis ir. —É uma ótima cidade, — diz Nick com um sorriso fácil. —Estou ansioso para mostrar-lhe ao redor. —Como eu disse, — Olivia interrompe com um olhar de advertência. —Vamos discutir mais isso. Ela leva Nick até a porta, mas ele faz uma pausa ao meu lado. — Eu espero que você aceite a minha proposta, — diz ele, sua voz baixa e sexy.


Eu tremo. Inferno, eu seria sua esposa, sua amante, até mesmo sua passeadora-de-cães-barra-colhedora-de-cocô-superior qualquer coisa. Desde que ele me peça assim. Eu sinto um rubor subindo pelo meu pescoço e rosto e só posso esperar que ele não seja um leitor de mentes. —Nós estaremos em contato, — diz Olivia rapidamente. —Eu sei onde fica a saída. — Nick me dá um aceno de cabeça e um sorriso sexy, e - a menos que isso seja apenas uma ilusão da minha parte - seus olhos caem para os meus lábios. —Até a próxima vez, coelhinha. — Ele pisca e depois sai.


Capítulo Quatro —ENTÃO, ISSO FOI INTERESSANTE, — diz Olivia, quando ouvimos a porta se fechar atrás dele. —Uh huh, — eu respondo, minha cabeça ainda girando. Não tenho certeza do que dizer. Meu homem misterioso tem um nome e um trabalho para mim. Eu quero a tarefa. Seriamente. Mas eu não sei como convencer Olivia quando ela parece determinada a me manter atrás da mesa de secretária. Ela cai em seu assento. —Você olhou... assustada, — ela diz, franzindo a testa. Eu rapidamente e deliberadamente relaxo. Se Olivia sabe sobre a noite passada, é ainda menos provável de me dar esse trabalho, mas ao mesmo tempo... Ela não é inimiga. Ela tem sido uma chefe incrível e uma amiga também, e algo me diz que vou precisar da ajuda para descobrir o que nosso novo cliente está fazendo aqui. —Ele já me conhecia, — eu admito. —Nick Cameron. Ontem à noite, depois do cinema, Gemma e eu fomos a um bar e ele estava lá. Eu só falei com ele por um minuto, nem tempo suficiente para me apresentar. — Eu não acrescento que ainda era tempo suficiente para ele me beijar. —Mas ele usou meu nome, então ele já sabia quem eu era.


Eu também não falo sobre a troca de pastas. Talvez eu deva, mas parece que esse é o segredo de Nick para contar. Olivia parece pensativa. —Hmmm. Isso faz sentido. Fiquei surpresa que ele escolheu você depois de apenas uma breve conversa no lobby, mas se ele está fazendo uma pesquisa de fundo por conta própria... Ele provavelmente tem um dossiê completo sobre mim, você, todas as mulheres em nossos livros. Provavelmente até Thor, — ela acrescenta com um sorriso irônico. —Ele parecia saber exatamente onde aquele gato gosta de ser arranhado. Oh. Isso faz sentido. Eu meio que gostei da ideia de que eu era especial, por algum motivo. ‘De qualquer forma, — continua Olivia. —Eu tenho que admitir, estou em conflito aqui. —Sobre levá-lo como um cliente? Ela sacode a cabeça. —Não. Eu definitivamente quero o contrato - é um contrato lucrativo e, com sua linha de trabalho, isso pode significar repetir negócios. — Ela faz uma pausa antes de dizer: —O que me preocupada aqui é... você. Ai Eu sei que posso fazer o trabalho e quero muito. Mas eu nunca fui muito de ostentar minhas forças. Eu sou mais uma fã da tática ‘faça seu trabalho tão bem que eles notarão você’. Mesmo que eles não tenham funcionado tão bem para mim...


Eu não quero perder essa chance, então eu respiro fundo e me preparo para o confronto. Você pode fazer isso. —Eu posso fazer isso, Olivia, — eu começo. —Eu sei que nunca fiz um trabalho em campo antes, mas planejei cada um para você. Pesquisa, logística, planejamento. Lembre-se, fui eu quem percebi que a ex-mulher do CEO que o chantageava! E que conseguiu que nossos clientes fossem transportados de avião para uma ilha caribenha quando ela teve uma reação alérgica a uma picada de aranha! Se eu consegui fazer tudo isso por trás de uma mesa, estou mais do que preparada para lidar com a coisa real! Eu sinto que estou em uma entrevista de emprego. Mas Olivia ainda parece dilacerada. —Eu sei que você é capaz. Não foi isso que eu quis dizer. — Ela se move para se sentar ao meu lado no sofá. —Eu confio em você incondicionalmente! Você não trabalharia para mim se eu não fizesse isso. Esse não é o problema. —Então qual é o problema? — Eu pergunto, frustrada. Olivia suspira. —Preciso de você aqui. Isso não foi apenas uma conversa anteriormente, quando eu disse que você era indispensável. Se eu te enviar para esta tarefa, quem vai te substituir? Uma temporária? — Ela arqueia uma sobrancelha. —Eu ainda precisaria que você executasse todas as verificações de antecedentes e acordos de não divulgação, e mesmo assim... O que fazemos aqui é tão sensível que não posso arriscar dar a ninguém o acesso aos arquivos.


Ela está certa. Minhas engrenagens mentais começam a girar enquanto tento descobrir como resolver esse problema. —Então, encontramos alguém que já conhecemos. Uma das mulheres do livro, talvez, que já conhece as regras. Temos uma tonelada de mulheres profissionais: advogados, contadoras, talvez alguém que esteja entre empregos ou ... —Esse não é o único problema, — Olivia me interrompe. — Estou preocupada com você. Eu engulo. —O que você quer dizer? — Eu pergunto em voz baixa. —Essas tarefas podem ficar complicadas, — diz Olivia francamente. —Esses não são relacionamentos reais, o objetivo é fingir, mas às vezes, pode ser difícil manter... limites. Você viu o que aconteceu no trabalho de Carlisle. E a situação dos McAdams. E, bem, o Callahan, — ela acrescenta com um sorriso irônico. Eu estremeço, o namorado dela, Ryan, começou como seu cliente, então, se alguém sabe sobre limites imprecisos, é Olivia. Ainda assim, só porque ela não conseguiu manter o trabalho e o amor separados, não significa que eu não possa. E só porque eu já compartilhei uma partida quente com Nick, isso não significa que vai acontecer de novo. —Eu posso ser profissional, — eu tranquilizo ela. —Eu sei, — responde Olivia tristemente. —É apenas complicado. Eu não quero perder você, mas ao mesmo tempo, eu sei que você quer a oportunidade de crescer. Eu não quero te segurar.


Bem, quando ela coloca assim. . . Nós duas suspiramos ao mesmo tempo. Então nós duas rimos. A tensão quebra, e de repente eu tenho uma ideia. —Você sabe, talvez esta seja uma oportunidade para você também. Se eu aceitasse o emprego, poderíamos desligar pelo resto do verão. Então você poderia tirar férias com Ryan. Não há muito nos livros, — acrescento. —As coisas estão sempre quietas no final do verão. Apenas alguns clientes repetidos que conhecem o serviço e, em seguida, alguns prospectivos novos contratos que podemos levar até setembro. Olivia parece pensar sobre isso. Estou perto! —Apenas imagine, — acrescento, tentadoramente. —Você e Ryan, naquela praia na Itália... Quando foi a última vez que você tirou férias? E esse casamento na Flórida não conta, — acrescento rapidamente. —Essa foi uma viagem de trabalho. Os lábios de Olivia se espalharam lentamente em um sorriso. — Isso soa incrível, — ela admite. Sim! Mas antes que eu possa dar cambalhotas mentais, a sobrancelha de Olivia se franze. —Que tal isso, — ela finalmente diz. —Vamos dar o fim de semana. Eu quero que você pense sobre essa tarefa com Nick Cameron. Realmente pense nisso. E se você ainda quiser tentar, faremos isso acontecer.


—Sim! — Eu grito, saltando do meu lugar. —Obrigado! Você não vai se arrepender! Olivia ri. —É do seu arrependimento que estou preocupada. Deixe-me saber o que você decidir.

TENHO certeza de que minha decisão foi tomada no momento em que os lábios de Nick encontraram os meus, mas acho que é certo fazer a devida diligência, só para ter certeza de que nosso misterioso novo cliente não está escondendo um quarto vermelho ou um porão de serial killer atrás daquele charmoso sorriso. Mas duas horas e três expressos duplos depois, eu não consigo nada. Porque Nicholas Cameron não existe. Claro, eu o vi em carne e osso e fui beijada por ele, então, tecnicamente, ele existe. Não tem nada. Mas ele não tem nada na web - ilegal ou não. E acredite em mim, eu olhei. Peguei todos os meus recursos, me escondi atrás de proxies e até pedi um favor do meu amigo no escritório da secretaria da cidade e outro no - shhhhh - IRS5. Não há nada. Zero. Nada. O que significa que nosso Sr. Cameron conseguiu passar trinta e cinco anos sem se registrar para votar, usando uma conta bancária, obter uma carteira de motorista ou até mesmo sem contato com a internet, ou...

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Receita Federal


Ele tem que estar usando um nome falso alias. Eu suponho que não é de surpreender que um investigador particular saiba como esconder seus rastros. E mesmo que ele tenha sido encaminhado para Olivia através de um contato de confiança, a falta de informação está fazendo meus dedos coçarem. Eu quero saber mais sobre ele. Eu quero saber tudo.


Capítulo Cinco —POR QUE você tem todas essas roupas, se você nunca usa? Na noite seguinte, minha irmã e eu estamos em frente ao meu closet microscópico e muito cheio, tentando descobrir o que eu deveria usar para meu encontro às cegas. —Eu preciso me vestir de maneira conservadora para o meu trabalho. —Certo, — diz ela. —Seu trabalho na empresa de contabilidade. — Ela faz um grande show de bocejo, porque sim, parte do meu acordo de não divulgação com a agência é que ninguém - nem mesmo amigos e família - pode saber exatamente o que eu faço. Eu odeio mentir para Gemma, mas vamos encarar, minha irmãzinha pode fofocar como ninguém. Mesmo que ela fizesse o seu melhor para manter o meu segredo, ela provavelmente acabaria derramando o feijão - em uma história ao vivo no Instagram para todo o mundo. O que não ajudaria exatamente o meu caso ‘profissional’ para essa nova tarefa. Eu sinto uma pontada. Eu adoraria falar tudo isso com ela. Mas é claro que não posso. Eu nem contei a ela sobre aquele beijo. Ou que eu vi o Nick de novo.


Gemma puxa um vestido preto muito decotado do meu armário. —Que tal agora? —Muito peitos. Ela me dá um olhar fulminante. —É um encontro, — diz ela. — De qualquer forma, você tem bons peitos. —Mesmo? — Eu olho para baixo, satisfeita. —Mesmo se você estiver certa, o Oyster Bar não é sofisticado o suficiente para isso. E eu não estou mostrando meus peitos no Grand Central Station, — acrescento. Eu alcanço o meu vestido preto padrão: simples e elegante. — Eu estou pronta para ir —Chata! — Gemma chora. —Ele vai pensar que você trabalha em uma empresa de contabilidade. —Ha há, — eu digo, embora talvez o vestido seja um bocejo. Eu seguro um vestido idêntico - em cinza. —Cinza é o novo preto? Gemma sacode a cabeça. —Muito antiquado. Diga olá para essa mamãe gostosa... — Ela segura um vestido de designer vermelho. — Olha o que eu peguei na amostra de designer hoje! —Eu não posso. — Eu realmente dou um passo para trás, recuando do sexy vestido. —É assim... —Perfeito? Deslumbrante? Exatamente sua cor? — Gemma pergunta, sua exasperação vindo alto e claro. —É todas essas coisas, — eu concordo, rindo. —E também é possível que me prendam.


—Vamos! — Gemma protesta. —É totalmente elegante. —Em um universo alternativo, talvez. — Eu sinto uma pontada. Realmente ficaria quente em mim, mas é demais para as bebidas casuais de primeiro encontro às cegas. —Talvez da próxima vez, — eu minto, para aplacar minha irmã. —É mais tapete vermelho do que toalhas de mesa vermelhas. Talvez esse cara consiga os ingressos de Hamilton para o segundo encontro e eu possa usá-lo lá. —Baby, — Gemma sorri. —Se você usar o vestido vermelho hoje à noite, você seria tão gostosa, que o cara faria qualquer coisa em seu poder para conseguir assentos no camarote para Hamilton. Eu rio, mas eu ainda agarro o vestido cinza e ponho na minha cabeça. —Tudo bem, tudo bem, — ela suspira, exagerando. —Use o seu antiquado chato, em vez disso. Talvez Don ame Volvos. Não me culpe se tudo o que você tem são assentos sangrentos para algum show fora da Broadway de merda. Eu sorrio, puxando o zíper. —Eu vou aproveitar minhas chances.

JUNTAMENTE com um par de saltos altos azuis - com lindas tiras entrecruzadas - o vestido bate na divisa entre o ‘contadora na rua, gatinha de sexo nos lençóis’ que estou querendo. Infelizmente, meu encontro às cegas não aprecia o charme.


. —.. e é por isso que as mulheres não devem usar sapatos de salto alto. Você não tem ideia de quantas mulheres reclamam por quedas e tornozelos quebrados. Tanto para Don apreciar meus sapatos. Como ele os chamou? Ah sim: tipificação de riscos. Não leva muito tempo - como, talvez segundos depois de me sentar - para perceber que esse cara não é para mim. Ele parece bom o suficiente, com um rosto sério e amistoso, e sua careca nem é tão óbvia, mas a partir do momento em que ele abre a boca, é tudo a partir daí. Por que se eu tiver que escolher entre um cara e meus sapatos? Decisão fácil. Vamos apenas dizer que vou continuar namorando Christian Louboutin e Steve Madden. Isso é um ménage que eu posso realmente posso apoiar. —Você não acha que os tropeços e as quedas são mais por causa de, eu não sei, pavimentação solta na calçada ou ruas rachadas? — Eu pergunto, tentando manter a defensiva da minha voz. Don bufa. —Eu consigo andar pela cidade muito bem. Boas e robustas sandálias, é isso que você precisa usar para manter um nível de risco baixo. —Hmmm. — Eu engulo meu martini e dou uma olhada na hora. Eu estou aqui por. . . dez minutos? Aff.


Ainda assim, é uma noite fora. E o Grand Central Oyster Bar é um dos pontos de encontro icônicos da cidade; com seus tetos abobadados, telhados de espinha de peixe e a mistura de fregueses - frequentadores regulares, turistas, viajantes, é um dos meus lugares favoritos em Manhattan. Mesmo sem contar a boa comida, é um ótimo lugar para observar as pessoas e sonhar com as vidas secretas que todos escondem. Eu esperava que Don escolhesse este lugar seria um sinal de que nos daríamos bem. —Você quer pedir alguma comida? — Eu pergunto, meu estômago roncando. —Eles fazem frutos do mar incríveis aqui. —Está maluca? — Don olha para mim. —Você conhece o risco de ostras cruas? Eles são um notório terreno fértil para salmonelas e parasitas. E mais ainda... Ele se lança em uma discussão sobre bactérias, então eu desvio e olho para o menu. De repente, estou com vontade de comer ostras. Tanto quanto eu possa caber no meu maldito prato. Antes de ir para casa com meus saltos arriscados. —Alice? Alice? De repente, percebo que ele parou de falar. —Desculpe, — eu digo com um sorriso. —Eu estava apenas tentando descobrir o que pedir. —Eu perguntei sobre o seu trabalho. O que você faz? —Eu sou uma agente secreta.


—Hã? — Don olha para mim sem expressão. Eu suspiro. —Gerente de escritório, — respondo em vez disso. Eu olho em volta da sala, me perguntando se seria terrivelmente rude fingir um problema no estômago e pagar antes de pedir comida. Quero dizer, ele já acha que esse lugar está cheio de salmonela... Espere um minuto. Meus olhos se prendem em um rosto familiar do outro lado da sala. Nick Cameron. Ele está sentado no bar, um prato de ostras e um copo com líquido âmbar na frente dele. Ele não está olhando para mim, mas vamos lá, ou esta é a maior coincidência desde, bem, sempre, ou ele está aqui por uma razão. Eu. Meu coração começa a bater mais rápido em antecipação. O que ele está fazendo me seguindo aqui? Ele está fazendo mais reconhecimento para se certificar de que ele me quer para o seu trabalho? Como ele sabia que eu estaria aqui? Eu olho de volta para Don, mas ele está ocupado perguntando ao garçom sobre segurança na preparação de alimentos e avaliações de saúde. —Desculpe-me, — murmuro, ficando de pé. —Eu só estou indo ao toalete. Don assente. —Lembre-se de lavar as mãos!


Fingindo que não vejo Nick, me escondo na multidão em direção ao banheiro. Eu fecho a porta atrás de mim e respiro fundo, encarando meu reflexo no espelho. O que eu faço agora? Eu deixo meu encontro? Devo me aproximar de Nick? Ou apenas encontrar um caminho de volta para fora daqui e ir para casa para começar a construir meu kit de solteirona com gatos de rua? Se acalme, Alice. Se eu estiver mesmo pensando em aceitar o emprego de Nick (o que eu realmente estou, porque: oi), eu preciso afiar minhas habilidades de ‘sob pressão’. Surpresa penetra no meu encontro? Sem problemas. Eu só preciso voltar lá, jogar bem, e explodir Nick com minha reação casual, sem pânico. Eu volto para o bar e, desta vez, vou direto para Nick. Pelo menos, eu tento passear, mas sai mais uma espécie de plataforma na passarela. Porra, ele é lindo, sentado lá com as mangas da camisa enroladas sobre os antebraços musculosos. Seu cabelo escuro é apenas bagunçado o suficiente para ser sexy, e seu paletó está colocado sobre a parte de trás de seu banquinho, fazendo-me perceber que essa parte traseira larga é de 0% de guarda-roupa e 100% de homem. Enquanto eu estou lá, eu vejo quando ele levanta uma concha cinzenta manchada até os lábios e inclina a cabeça para trás, permitindo que a ostra deslize em sua boca. Eu não poderia ouvir um chiado molhado sobre a multidão barulhenta no restaurante,


mas eu ouvi um no entanto. Ou talvez seja apenas todo o sangue correndo... para o sul. Tipo, todo o caminho para o sul. Porque, eu juro por Deus, é a coisa mais erótica que eu já vi na minha vida. De repente eu realmente entendo porque ostras são afrodisíacos. Especialmente quando comido por este homem. Então, como eu gritei seu nome no alto dos meus pulmões, ele se vira e me vê. Ele me dá um aceno casual, e isso confirma. Isso não é coincidência. Eu ando até ele. —Sr. Cameron. —Alice. Por favor, me chame de Nick. Já que vamos trabalhar tão juntos. —Nós vamos? — Eu consegui arquear uma sobrancelha. —Eu não decidi ainda. E se você continuar me seguindo assim, eu posso ter que recusar você. Bom Alice. Legal, casual. Lembre-o de quem é o chefe. Mas Nick não parece atingido. Ele me olha de cima a baixo, seu olhar se demorando nos meus pés. —Belos sapatos, — diz ele. —Oh. Obrigado. — Eu torço meus dedos, satisfeita. Não apenas um perigo para a saúde, então. —Junte-se a mim? — Ele acena para o assento ao lado dele.


Estou tentada, mas seria realmente uma merda dispensar meu encontro. Não importa o quanto eu queira. E que merda é o meu encontro. —Eu não posso. Estou aqui com alguém. Ele olha por cima do meu ombro. —Oh, certo. Don. Ele está na área de seguro, não é? Como vai o seu encontro? — Ele pergunta casualmente. Eu pisco. —Espere... como mesmo você sabe literalmente disso? Você está rastreando meu celular? — Minha voz se eleva. — Registrando meus áudios gravados? Nick ri. —Não desta vez, — diz ele, imediatamente me pergunto quando foi a última vez que ele fez esse tipo de rastreamento de alta tecnologia. —Eu ouvi você no telefone no escritório ontem. Oh. Estou aliviada. Porque se esse cara está hackeando meus sistemas, tem uma fan fic do Capitão América que eu realmente não quero que ele veja. —Minha irmã marcou, — eu explico. —É um encontro às cegas. —Eu imaginei. — Nick parece convencido. —Ele não é o seu tipo. —Oh? E como você sabe qual é o meu tipo? — Eu pergunto, inquieta. —Você já me disse. — Nick sorri. —Pierce Brosnan e Sean Connery. E esse cara é mais... Austin Powers. Eu rio, então tento esconder com uma tosse. Porra, ele é encantador - e ele sabe disso.


—Você não respondeu a minha pergunta, — acrescenta ele, divertido. —Como está o grande encontro? Eu poderia mentir, mas por que se incomodar? —Não está tão bom. Ainda assim, eu deveria voltar. —Quer que eu te salve? — Nick pergunta. —Eu poderia ser seu... vamos ver... irmão perdido há muito tempo? Se ele fosse meu irmão perdido há muito tempo, o incesto seria uma preocupação real. —Tentador, — eu sorrio, —mas. . . não, obrigado. Eu suportarei. —Deite e pense na Inglaterra? — Ele brinca. Eu ri. —Confie em mim, não haverá colocação de qualquer tipo, — eu juro. Pelo menos não com o Sr. Salmonela. —Estou feliz em ouvir isso, — diz Nick, e eu juro que seus olhos recebem uma dose de calor quando ele olha para mim. Minha mente fica em branco. Ele está. . . flertando comigo? —Eu preferiria que minha noiva fosse descomprometida, — acrescenta ele. Certo. O emprego. —Noiva em potencial, — eu o corrijo. —Eu nem vi o contrato ainda. Ou o pacote de compensação. —Oh, você não precisa se preocupar com isso. — Nick sorri. — Meu pacote é mais que suficiente. Tenho certeza de que você ficará satisfeita.


Eu dou risada. —Registrado... Aproveite o resto da sua noite. —Você também. Sem alguma chance. Volto para a mesa e encontro uma bebida fresca. E Don mudou a conversa da segurança alimentar para o controle de tráfego. —As estatísticas mostram que você tem cinco vezes mais chances de morrer quando... Eu engulo meu martini. Se eu inclinar a cadeira para a direita, coloco Nick diretamente na minha linha de visão. Eu o vejo comer outra ostra e tenho que apertar minhas coxas porque oh. Meu. Deus. Don fala, trazendo minha atenção de volta para ele. —Então, você estava dizendo, você é uma gerente de escritório? Tentando não me distrair com Nick na minha visão periférica, sorrio e entrego a mesma história que dou a todos. —Em uma empresa de contabilidade. —Sério? — Ele diz em um tom monótono. Meu trabalho deve ser muito chato para ele. Ele muda de assunto e deixa cair os olhos no cardápio. —Então, estou pensando no peixe e batatas fritas. Eles devem ser fritos o suficiente para se livrar de qualquer risco. O que você vai querer? —Bem, eu... —Alice. — Há uma voz ao meu lado e, quando olho para cima, Nick se materializou ao lado da mesa. Ele colocou o paletó e está com os olhos arregalados de pânico. —O serviço de limosine disse que você estaria aqui.


Espere o que? —Eu sinto muito. — Ele se vira para Don e lhe dá um olhar de desculpas. —Alice é nossa técnica chefe de controle. Existe um problema com os acionadores. Esperamos que não seja sabotagem. Ela é a única pessoa que pode ajudar. Vou ter que roubá-la, para que possamos resolver isso. Eu tenho torcicolo. De repente, Nick transformou-se de um sedutor charmoso para uma bagunça afobada. Falando . . . Acionadores? Sabotagem? Eu não tenho ideia do que está acontecendo, mas eu reconheço um bote salva-vidas quando vejo um, então eu agarro com as duas mãos. Eu soltei um suspiro exasperado. —Giuseppe? É sério? Eu estou em um encontro aqui. Você não pode ligar para um dos outros técnicos dessa vez? Nick levanta uma sobrancelha. —Giuseppe? — Ele fala para mim e eu tento não rir. Don franze a testa para mim e diz: —Eu pensei que você trabalhava em uma empresa de contabilidade. Eu dou um suspiro alto e me inclino mais perto dele do outro lado da mesa. —Meu trabalho no metrô é altamente secreto. Eu seria um alvo para o ISIS se eles soubessem que eu controlo todo o sistema de trânsito de Manhattan. — Eu dou a ele uma olhada com suspeita. —Você não tem nenhum vínculo com o ISIS, não é?


Seus olhos se arregalam e ele balança a cabeça. —Não, não, claro que não. Eu o olho por um tempo avaliando antes de concordar. —Bem, de qualquer forma, divulgar meu trabalho é mais uma coisa de terceiro encontro. — Eu lanço meus olhos para Nick. —Giuseppe deveria saber melhor. —Desculpe, senhora, — diz Nick atentamente. —Mas, com todo o respeito, não temos muito tempo. Se não nos apressarmos, haverá um desligamento total do sistema. Você é a única que pode ajudar. Ele é tão bom, até eu estou quase acreditando. Eu apenas tento manter-me quando me levanto. —Lá vai minha noite. Você me dá licença, Don? Isso pode se tornar uma questão de segurança nacional se eu não lidar com isso imediatamente. —É claro, — diz Don, balançando a cabeça com sinceridade. — Isso é sério. —É muito sério, — Nick concorda quando eu pego minha bolsa. —Mais uma vez, desculpe interromper. —Nós vamos reagendar, — diz Don. —Umm, claro, — eu digo, deixando Nick me empurrar para fora do restaurante. —Eu vou te ligar! Consigo manter tudo tranquilo até chegarmos lá fora e explodir em gargalhadas histéricas. —Uma emergência no metrô? — Eu cuspo. —Giuseppe? — Nick pergunta, rindo. —ISIS?


—Eu estava improvisando! — Eu limpo as lágrimas dos meus olhos. —Aquele pobre cara, ele não sabia o que o atingiu. —Azar o dele. — Nick sorri para mim e minha risada desaparece. Porque não há nada divertido sobre a onda de calor que rola através de mim. Limites. Eu ouço a voz de Olivia na minha cabeça e tenho que admitir que ela está certa. Isso já está ficando... embaçado, e ainda nem começamos. —Então, para onde agora? — Nick pergunta casualmente, como se fosse uma conclusão precipitada de que estamos passando o resto da noite juntos agora. E a noite... ? Eu tossi. —Casa, — eu digo. Ele arqueia uma sobrancelha. — Sozinha! — Eu exclamo, corando. —Obrigada por me resgatar, mas eu tive mais do que suficiente de emoção para a noite. —Eu não acredito em você, — diz Nick, sorrindo. —Faça do seu jeito. Mas nós temos algo importante para discutir. Minha mente está em branco. Ele quer dizer toda a coisa de ‘bisbilhotar em sua pasta?’ —O trabalho, — Nick esclarece. —Talvez possamos nos reunir amanhã para discutir os detalhes? Eu quero você para esta tarefa, mas se você for passar, prefiro saber mais cedo do que tarde.


—Claro, — eu concordo. Por mais que eu goste de pensar que sou insubstituível, Nick está sendo sensato aqui. E eu realmente deveria descobrir mais antes de tomar minha decisão final. Mesmo assim, vamos encarar, minha mente - e meu corpo - já estão decididos. —Amanhã. Onde e quando? —Que tal a uma da tarde no CandyShack na Times Square? Minha mente voa para as misteriosas barras de chocolate. Curioso, muito curioso. —Eu estarei lá. E então eu vou para casa, sozinha, para o banho frio mais longo do mundo.


Capítulo Seis —... Sem prisões, falhas no histórico de trabalho, sem multas de estacionamento, nada. Inferno, eu ficaria surpreso se ela já tivesse um livro da biblioteca atrasado, — meu amigo Jackson diz com algo como admiração. —Quer que eu continue tentando? Eu posso pegar o telefone dela e os registros do cartão de crédito. Até mesmo seu histórico da web, se você quiser. Eu paro. Eu contratei Jackson para ajudar nas checagens de antecedentes; é um procedimento operacional padrão na minha linha de trabalho. Eu não construí uma reputação como o melhor - o mais discreto - investigador particular ao redor, deixando qualquer pedra sobre pedra em busca da verdade. Mas, geralmente, meus clientes são simples: traição de cônjuges, chantagem de exs, até mesmo alguma arte de valor inestimável que eu sou capaz de trazer de volta ilesa. Alice é diferente: estou cavando sua sujeira para mim, não para outra pessoa. E com certeza, se eu dissesse a palavra, Jackson provavelmente encontraria uma maneira de rastrear seus diários de infância. Mas de alguma forma, parece errado cavar muito fundo na vida de Alice Jones. Especialmente quando eu gosto de ser surpreendido por ela. —Não, — eu decido. —Vamos deixar isso. Se houvesse grandes bandeiras vermelhas, você já as teria encontrado.


—Você é o chefe, — diz Jackson, com um sorriso em sua voz que me diz que nem por um minuto. Eu desligo e olho em volta, impaciente. A loja CandyShack fica ao lado da Times Square, cheia de turistas e bandos de crianças correndo com um grande pico de açúcar. Mas mesmo que o lugar esteja fervendo com as pessoas, meus olhos se fixam em cada nova chegada, esperando por Alice para entrar. Se ela chegar, uma mulher que, por todas as aparências, parece bem certinha no papel, ela me surpreende a cada esquina. Eu quase não posso esperar para ela me jogar outra bola curva. Esse pensamento me faz pensar em suas curvas, aquelas que meus dedos estão coçando para rastrear. O que me leva de volta ao beijo. Eu não tinha planejado isso. Inferno, eu deveria estar mantendo distância enquanto eu a observava, mas então ela estava olhando para mim com aqueles grandes olhos castanhos, seus lábios macios ali para serem tomados... Era como se ela de repente se tornasse uma pessoa totalmente diferente. Adeus, secretária de confiança Alice Jones, com os óculos de bibliotecária e vestido chato que tenho certeza que saiu de um catálogo de roupas de banho de 1964. Olá, sedutora tentadora. O que posso dizer? Eu geralmente me orgulho do autocontrole, mas todo homem tem sua fraqueza. E acontece que a minha é uma sedutora fã de Bond com uma queda por sapatos sensuais...


—Do que você está sorrindo, Giuseppe? — Uma voz feminina e sedosa diz ao meu lado, e me viro para encontrar a futura Sra. Cameron. A futura falsa Sra. Cameron. Ela está vestida casualmente hoje em jeans e uma blusa listrada, sua roupa casual completa com um par de All-Star Converse vermelho. Seu cabelo está em um rabo de cavalo alto, evidenciando seus óculos e fazendo-a parecer infantil e fofa. E perigosamente desarmante. Ela é uma garota-propaganda para a saúde, e se não fosse pelo brilho inteligente em seus olhos, eu a escreveria como uma marca fácil. Eu só preciso lembrar que há aço escondido debaixo do exterior da torta de maçã. Aço, curvas exuberantes e sensuais. Eu me recomponho. Eu estou em uma missão aqui, para convencê-la a assumir minha tarefa, então eu preciso estar no meu jogo. —Eu estava pensando em você, na verdade, — eu admito. É gratificante vê-la engolir quando o rubor sobe até as bochechas. —Seu pequeno desempenho ontem à noite com o Dud6, — eu continuo. —Teve uma boa sustentação.

6

Duplo sentido com inútil


—Você quer dizer Don, — ela me corrige com um sorriso. —Eu quis? — Eu atiro de volta. Ela ri. —Então... Eu acho que há uma razão pela qual estamos nos encontrando aqui? — Ela olha em volta da loja de doces e respira fundo. —Deus, isso cheira incrível. Ela também. Ela está usando algum tipo de fragrância com aroma de morango ou xampu que me faz pensar no verão. Não aqui na cidade, cheio de fumaça e lixo, mas em algum lugar do país. Campos abertos, lagoas frescas e quiosques de beira de estrada, quando eu era criança. —Nick? Eu retruco de volta. Quem sou eu, Norman Rockwell? Eu preciso me controlar agora. —Vamos encontrar um lugar para conversar, — eu anuncio, marchando em direção à escada. Há um café no segundo andar que deve ser ligeiramente mais silencioso do que aqui em baixo. Eu posso estabelecer os termos do acordo, ela pode concordar, e todos seremos parceiros. Estritamente negócios. Sem permissão para novos beijos.

MAS CINCO MINUTOS DEPOIS, vendo Alice tomar seu milkshake com uma expressão de puro êxtase no rosto, os negócios são a última coisa em minha mente.


Tenho certeza de que a expressão dela não pareceria muito diferente nos espasmos da paixão sexual. E esse zumbido de satisfação? Pode ser apenas a minha morte. Foda-se, mas o que eu não daria para ser um marshmallow agora. Ou aquele canudo. Ela se inclina para trás e lambe os lábios, fazendo meu pau se contrair. —Isso foi incrível... — Ela me dá um sorriso tímido. —Precisa de um cigarro? — Eu pergunto, porque sim, isso tem que ser seu rosto pós-orgasmo. Ela ri. —Não, obrigado, talvez apenas um minuto para me recuperar. Do mesmo modo. Ela afasta o copo vazio e quase consigo ver as engrenagens mudarem as ideias em sua mente. —Então, esse seu misterioso trabalho. Você quer me dizer por que você me escolheu? E não tente alegar que o pensamento só ocorreu a você quando você veio ao escritório, — ela acrescenta, avisando. —Você me seguiu até o cinema, então eu devia já estar no seu radar. — A testa de Alice se enruga em uma carranca. —Há quanto tempo você estava me perseguindo? —Não muito tempo, — eu tranquilizo ela. —E não estava perseguindo. Eu apenas fiz algumas pesquisas, verifiquei sua agenda e locais habituais, e... — Eu paro, me ouvindo. —OK, talvez te perseguindo um pouco, — eu admito. —Mas você tem que


entender, este é um trabalho importante. Eu costumo trabalhar sozinho, então trazer uma parceira - até mesmo alguém para me cobrir - é um grande negócio. Tenho que me certificar de que a parceira seja a certa para o trabalho. Alice me observa, parecendo pensativa. —E eu sou a certa? Tente perfeita. Olivia me enviou uma série de perfis, mas quando eu comecei a investigar o escritório da agência e vi Alice correndo para fora dos portões naqueles saltos vermelho brilhante, eu soube instintivamente que ela era a única. —Sim, você será um bom ajuste, — eu digo no lugar. — Especialmente depois de ver você devorar aquele milk-shake. Ela bufa. —Por quê? Isso é algum tipo de trabalho com glutonaria? Você vai me inscrever para competições alimentares? Eu noto uma pequena gota de chocolate em seu lábio inferior, e quero saboreá-la novamente. Eu quero explorar todos os sabores de Alice Jones. —Perto. — Eu forço para me concentrar, no negócio, não no prazer. Eu olho em volta para verificar que ninguém está ao alcance da voz, e então me inclino mais perto. Alice me espelha. —Uma velha amiga minha é uma chocolatier. Ela acha que CandyShack roubou sua nova receita. Ela está planejando um grande lançamento, mas se CandyShack passar na frente, tudo vai ser em vão. Alice pisca. —Esta missão é altamente secreta e de alto risco, é investigar espionagem de chocolate ? — Ela ri e eu não a culpo, mas preciso que ela leve isso a sério.


—Este não é apenas um bando de Oompa Loompas atrapalhando, — eu explico. —Isso é roubo de segredos comerciais. Isso poderia significar milhões em vendas perdidas, franquias canceladas e o fim dos negócios de Chocorella-Lainey. Sem mencionar que é ilegal. O sorriso de Alice desaparece. —Certo. Desculpa. —Eu sei que parece bobo, — eu admito. —Mas olhe em volta, é um grande negócio. CandyShack vale quase um bilhão de dólares. —Por doces ?! — O queixo de Alice cai. —Certo. — Concordo. —O que significa que as apostas são altas. Se eles roubaram a nova receita de Lainey, eles serão um sucesso - e a colocarão fora do negócio. —Ok. — Alice acena com a cabeça, seu rosto pensativo de volta novamente. —Então, qual é a sua estratégia? —Eu estou indo para San Francisco para me infiltrar na alta administração da CandyShack, — eu explico. —Eles são uma empresa unida e familiar, então eu vou fingir ser um rico empresário e encontrar uma maneira de ser convidado para suas festas e começar a cavar por aí. —E para isso você precisa de uma noiva. Eu concordo. —Ter uma noiva me ajudaria a parecer mais legítimo, para conversar com os executivos e suas esposas. Ou devo dizer, ajuda meu personagem. Estaríamos disfarçados. Alice se ilumina.


—Não será nada dramático, — acrescento, avisando. —Apenas um monte de jantares de caridade chatas e festas da sociedade. Mas, como eu disse antes, o pacote é muito atraente e pode ser uma pausa divertida para você. Eu puxo alguns papéis do meu casaco e deslizo sobre a mesa. Eu assisto Alice examinar o contrato e esperar que sua mandíbula caia no honorário e bônus. Mas ela mantém uma face de pôquer notavelmente estável. —Isso pode funcionar... Eu escondo um sorriso. —Então, estamos todos de acordo? —Não tão rápido. — Alice me para com um olhar. —Eu tenho algumas questões. —Continue. — Eu abro minhas mãos. —Eu sou um livro aberto. Ela bufa. —Uh, não. Eu fiz o meu melhor pesquisando sobre você e não encontrei nada. Não é surpreendente. Eu dou de ombros. —Eu mantenho um perfil bastante discreto. —Oh sim? — O olhar de Alice permanece fixo. —Qual é a sua data de nascimento? —Eu sou leonino. —Onde você cresceu? —Aqui e ali. —Quaisquer irmãos?


—Alguns. —Claro, livro aberto. — Ela suspira. —Olha, tudo que você precisa saber é que eu estou loucamente apaixonado por você. — Eu mostro a ela meu melhor sorriso encantador. —E vou dar a minha falsa noiva um banho de presentes e carinho enquanto durar o trabalho. Isso não parece tão ruim agora, não é? — Eu alcanço a mão dela, mas Alice a puxa de volta. —Se eu aceitar o trabalho, você sabe como Agency funciona, não sabe? As relações são falsas. Todos os aspectos do relacionamento. — Ela me fixa com um olhar, como se soubesse exatamente como eu tenho fantasiado sobre ela - e aquele milkshake. —Sim, senhora. —Eu quero dizer isso, — ela me avisa, mas eu juro, suas bochechas ficam rosadas. —Precisamos ser profissionais. Ter limites. Nada inesperado... encontros. Ela parece tão determinada, não posso deixar de querer ficar sob sua pele. Debaixo daquela blusa. —Mas, Alice, — eu falo mansamente enquanto me inclino sob a mesa novamente. Eu deslizo minha mão sobre a dela, traçando a linha de seu pulso. —Se quisermos ser um casal convincente, será necessário algum toque. O rosa em suas bochechas fica mais escuro.


Porra, ela é adorável. —Por exemplo, eu precisaria segurar sua mão... — Eu entrelaço meus dedos nos dela. —E murmurar doces palavras... — Eu mudo minha cadeira para mais perto e me inclino, perto o suficiente para sentir o cheiro daquele perfume novamente. Minha boca está cheia de água. —E até mesmo dar a minha amada um beijo... Eu toco sua bochecha. Suavemente. Alice tem uma expressão vítrea e se aproxima... mais próximo... —Não! — De repente, ela se afasta. —Eu não assinei o contrato ainda, — diz ela rapidamente. Eu sorrio. Tão perto e tão longe agora. Mas é provavelmente o melhor. Outro beijo, e quem sabe aonde isso levaria? Ser preso por rolar no meio da loja. Claro, isso me ajudaria a voar sob o radar. Eu me levanto - antes que eu possa carregar ela. —Deixe-me saber esta noite. —Uma última pergunta, docinho? Eu sorrio. —Sim, querida? —Eu deveria confiar em você? Se eu disser sim, ela vai assumir que estou dizendo a ela o que eu acho que ela quer ouvir. Se eu disser não, ela nunca aceitará o


emprego - ela é um pouco segura demais para jogar toda a cautela ao vento. Não importa o quão desesperada ela esteja por excitação. Essa mulher tem bons instintos e eu quero que ela os use. Confie neles. Isso sempre a levará mais longe do que confiar em outra pessoa. Então, em vez de lhe dar uma resposta qualquer, eu sorrio e digo: —Acho que vamos descobrir. E então eu a deixo lá antes que eu possa mostrar a ela exatamente por que não pode confiar em mim. Pelo menos não ao redor dela.


Capítulo Sete OLÁ San Francisco! Uma semana depois de Nick ter deslizado a passagem pela mesa até mim, estou percorrendo meu caminho pelo campo primeira aula, claro. Eu estive tão ocupada organizando as coisas para a minha viagem - e as grandes férias românticas de Olivia - que não foi até que eu me acomodei no assento luxuoso e espaçoso, tomando meu champanhe de cortesia, que me bateu. Eu estou realmente fazendo isso. É algo que ultrapassa minha mente. Grande momento. Eu li o dossiê que Nick enviou depois que eu aceitei o trabalho. E reli. Na verdade, eu o tenho memorizado. Eu sonho com isso. Eu recito os detalhes no chuveiro. Eu até os transformei em uma música. Eu faço passos de dança interpretativa, no entanto. Eu ainda estou ensaiando enquanto nós pousamos e eu caminho para o desembarque. Para manter as coisas simples, Nick construiu verdades ao preparar o dossiê. Até usaremos nossos nomes verdadeiros - ele não tem um histórico pesquisável, como eu já sei, e ele disse que há Alice Jones suficiente para expulsar os Googlers ávidos de qualquer maneira. —Eu— costumo ser uma


gerente de escritório em uma empresa de contabilidade. Sim, sou eu, mantendo isso simples. Sou tão amiga do meio ambiente, que até reciclo as minhas histórias. Mas o trabalho é bastidor. Agora que estou noiva de um multibilionário, não preciso mais trabalhar. Vivendo o sonho das senhoritas, sou uma noiva conservadora. Para logo ser uma esposa conservadora. O dossiê de Nick é um pouco mais detalhado: ele vem da família Rossi, construtores de iates (notoriamente reclusa e difícil de ser pesquisada), com sede em Salerno, Itália. Ele conseguiu seu MBA nos Estados Unidos, mas voltou para a Itália para administrar o estaleiro familiar. Nós nos encontramos na festa de um amigo em comum em Mônaco alguns meses atrás. Foi amor instantâneo. O plano é casar no ano que vem no meu vinhedo na Toscana. Aquele que ele me comprou como presente de noivado. Ele não é um amor? A vida falsa de Alice Jones é tão glamorosa que já estou com ciúmes. Se eu não estivesse tão preocupada com o disfarce. Nós vamos ser capazes de fazer nossos papéis? Quero dizer, ninguém nem me conhece, mas e o Nick? Ele já não passeia nesses círculos abastados de ricos? Como ele vai ficar incógnito? O que ele sabe sobre iates? Eu chego ao portão e olho em volta. Nick prometeu que mandaria um motorista, e eu comecei a rir quando vi um chofer uniformizado, parado ali com uma placa que dizia: coelhinha.


De repente, minha ansiedade desaparece. Obrigado, Nick Cameron.

O MOTORISTA ME LEVA para o centro da cidade, e eu sou como uma turista, observando as ruas íngremes e a vista da baía, animada por estar aqui. Isso me lembra... Estou na cidade para um trabalho! Eu mando mensagem para minha irmã. Vamos nos encontrar em breve. Isso é vago o suficiente para deixar Nick orgulhoso. Chegamos a um prédio moderno e elegante, e o motorista usa seu cartão no elevador para me levar até o andar da cobertura. As portas se abrem para a suíte e eu saio do elevador. Meu queixo cai. Todo o lugar é envolto em janelas do chão ao teto, com uma vista incrível da Baía. —Impressionante, não é, coelhinha? — Nick diz atrás de mim. Eu giro ao redor. —Oh. Oi. Eu engulo em seco. De alguma forma, seus olhos são ainda mais azuis do que eu me lembrava. Ele está bonito e casual, claramente vindo da academia em uma camiseta suada e apertada. Droga. —Quem está pagando por isso? — Eu deixo escapar. —Quero dizer, uau.


Nick sorri. —Eu te disse, há muito na linha com esse negócio. Minha cliente não poupa despesas para garantir que CandyShack não roube sua invenção. Quem sou eu para discutir? —Ela vai estar aqui em breve, — acrescenta Nick, pegando minhas malas. —Eu poderia te apressar. Mas você deve estar cansada daquele voo inicial. Eu vou te mostrar o seu quarto. Eu noto que ele diz —seu— quarto e não —nosso— quarto. Não que eu esperasse menos. Não fui eu quem deu a ele o ultimato —vamos continuar profissionais—? Sem mencionar que Olivia é muito clara em sua papelada de acordo com o cliente. Não deve haver travessuras indesejadas com suas —agentes. Por mais divertida que essas travessuras possam ser. Enquanto Nick me conduz pelo corredor, dou uma olhada, concentrando-me desta vez no interior da cobertura. Para o que deve ser uma locação, é surpreendentemente acolhedora, sofás brancos de pelúcia, design arejado e toques masculinos como cadeiras de couro e armários de madeira rústicos. Meu quarto é tão luxuoso - e quase do tamanho de todo o meu apartamento em Manhattan. Há uma cama king-size coberta com lençóis brancos e uma cadeira confortável - perfeita para ler - está ao lado da janela, com uma manta aconchegante pendurada nas costas.


Eu enfio a cabeça no banheiro. Há um enorme box de vidro e uma grande banheira de hidromassagem, grande o suficiente para cinco pessoas. Ou um casal muito energético. . . —Isso servirá? — Nick pergunta. Ele está de pé atrás de mim. Perto demais. Eu sorrio. —Uh, sim, eu posso lidar com isso. Obrigado. —Eu preciso dar um pulo no chuveiro, mas sinta-se em casa. A geladeira está cheia. Há uma chave para você na ilha da cozinha; abre a garagem, a academia, etc... —Ótimo, — eu respondo fracamente, impressionada com a imagem dele no chuveiro. Ele sai do meu quarto e vai pelo corredor. Eu ouço uma porta abrir e depois o som de um chuveiro ligado. Eu me sento na cama com um whoomp. Estou começando a perceber que meu maior desafio neste trabalho não será fingir ser outra pessoa. Não vai ser ajudar Nick a expor as atividades comerciais nefastas da CandyShack. Vai ser ficar profissional. Resistindo àquele homem. Mantendo meus dedos coçando para mim mesma. Especialmente quando eu sei que ele está a apenas um quarto de distância. Gotejando, molhado.


E nu.

EU RAPIDAMENTE DESEMBALO MINHAS COISAS – O QUE ocupa cerca de 10% do enorme closet - e então ouço o som da campainha principal. Eu saio do meu quarto, pronta para encontrar esta velha amiga dele. Quando Nick disse que Lainey era uma velha amiga, por algum motivo, pensei que ele queria dizer que ela era velha. Tipo, uma vovó velha. Então, quando as portas do elevador se abrem, espero ter que falar alto com uma idosa octogenária doce. Cara eu estava errada. Realmente, muito errada. O que surge é uma modelo alta e ruiva que parece que acabou de sair das passarelas da Fashion Week. A Fashion Week que foi ambientada na ilha da Mulher Maravilha. Velha amiga? Ou velha namorada? Mesmo em saltos baixos, ela é mais alta que Nick. —Baby, desculpe, estou atrasada. O trânsito estava um pesadelo e meu motorista do Uber não tinha ideia do que estava fazendo. — Ela se inclina e lhe dá um beijo na bochecha. —E você deve ser Alice! — Ela exclama, voltando-se para mim. —Tão bom conhecer você. —Da mesma forma, — eu digo, conseguindo não me encolher quando ela esmaga minha mão. Talvez ela não conheça sua própria força, sendo uma amazona e tudo.


Eu me pergunto o quanto ela sabe sobre mim. Nick assinou o contrato de confidencialidade da Agency. Mas ela sabe que fui contratada como a noiva troféu de Nick? —Eu quase esqueci! — Lainey acrescenta, empurrando uma sacola para mim. —Estas são para você, Alice. É um pouco de obrigado por ajudar. É rosa, com um logotipo escrito #Chocorella . —Minhas novas trufas, — ela anuncia. —Nem mesmo foi lançada ainda. De repente, eu amo Lainey. Eu sorrio para ela enquanto pego a bolsa. —Muito obrigada. — Eu abro. Porque seria rude não os experimentar imediatamente. Há uma caixa dentro, segurando seis trufas de chocolate perfeitamente redondas. Minha boca jorra instantaneamente. — Você gostaria de um? — Eu me forço a oferecer. Lainey sorri. —Tudo bem, eu como dia e noite. De alguma forma, com sua figura, duvido. —Nick? — Eu pergunto em vez disso. Nick me dá um olhar divertido, mas balança a cabeça. Homem inteligente. Eu dou uma mordida e tenho que abafar um gemido. Rico e delicioso. —O que você acha? — Lainey pergunta. —Eu estou chamandoos de Petites Morts.


Nick engasga com uma risada. Meu francês do ensino médio está enferrujado, mas acho que petite mort significa pequena morte. Morte por chocolate, eu acho. Faz sentido. —Bem o que são chamados, eles são deliciosos, — eu digo brilhantemente. —Obrigada. —Então, — diz Nick. —Nós temos nosso primeiro evento em poucas horas. É um grande baile de caridade onde estaremos conhecendo o CEO da CandyShack e o restante dos executivos da empresa, — explica ele. —Perfeito! Não vou ocupar muito do seu tempo— - lamenta Lainey. —E tenho certeza que Nick contou tudo, mas eu simplesmente... Bem, significa tanto o que vocês estão fazendo por mim. — Ela faz uma pausa e suspira, olhando para o colo. —Meses de trabalho. Centenas de formulações para obter esse novo sabor e agora esses bastardos vão roubar tudo... — Ela funga quando as primeiras lágrimas começam a rolar pelas suas bochechas. Eu pulo do sofá e pego uma caixa de lenços. Ela pega a caixa. —Obrigada. — Ela enxuga as bochechas. —Você foi capaz de diminuir a lista de suspeitos? — Nick pergunta. —Você colocou todos em uma lista? —Existem alguns. — Lainey acena com a cabeça. —Um ex, que eu estava namorando quando a ideia veio pela primeira vez para mim. Mais um dos meus químicos, Kent Hargreaves. Ele saiu logo depois que aperfeiçoamos a receita, então ele saberia todos os detalhes.


—Nós vamos chegar ao fundo disso, — Nick a tranquiliza. — Estou feliz que você me ligou. —Mesmo? — Ela pergunta, agitando seus cílios lindamente. — Nós não nos vemos há tanto tempo. Eu não queria ser aquela pessoa do seu passado que aparece do nada com um problema. Especialmente, bem, como tudo terminou... Eu olho para trás e para frente entre eles, morrendo de curiosidade. Amores cruzados? Exs tóxicos? —O que aconteceu é água debaixo da ponte, — diz Nick com um sorriso fácil. —Vamos lá, nós éramos crianças na faculdade. Todos nós cometemos erros naquela época. As minhas eram geralmente aquelas com Jager Bombs. Lainey ri. —Obrigada. Eu sabia que podia contar com você. Ela se aproxima e aperta a mão dele, agitando-o com um sorriso agradecido. Sinto uma faísca de suspeita - ou talvez seja apenas inveja que outra mulher esteja tocando meu falso noivo. —Nós vamos deixar você saber como foi hoje à noite, — diz Nick, soltando a mão. —Mas vou precisar de uma cópia da receita, qualquer detalhe que você tenha sobre quem possa ter tido acesso. —O que exatamente é essa nova barra? — Eu pergunto, interrompendo. Lainey vira, como se ela tivesse esquecido que eu estava aqui. Que, ao lado de Nick, eu posso entender. —Oh, é incrível, — ela sorri. —Você sabe quando você está comendo chocolate e o que você realmente quer é um copo de leite também? Bem, eu projetei uma


barra que é oca, com leite dentro! Ou café ou champanhe . . .Todos os tipos de sabores. —Isso soa... interessante. — Eu tento esconder minha reação. Leite? Dentro de uma barra de chocolate? Soa como um desastre confuso para mim - para não mencionar, um sério risco de azedar depois de um momento na prateleira. Mas o que eu sei sobre o mundo de alto risco do chocolate? —Eu estou dependendo de você, Nick. — Lainey se levanta e joga os braços ao redor de Nick novamente. —Você é o único que pode me salvar. Eu investi tudo nesta nova barra. Se CandyShack for lançado antes da minha... Eu vou perder tudo. —Você não vai, — diz Nick suavemente. —Eu prometo, vamos descobrir isso.

LAINEY SAI e eu vou me preparar para esse evento de caridade. Não por mais duas horas, mas se preparar para uma festa extravagante exige muito preparo - especialmente para entender nossas histórias de capa. Mas quando o relógio diminui, meus nervos estão crescendo. Posso realmente fazer isso? Ou vou deixar Nick cair e explodir toda a operação? Agora que estou realmente aqui - neste estranho apartamento, me preparando para fingir ser alguém que não sou - entendo por que Olivia estava tão hesitante. Há uma grande diferença entre fazer cronogramas e fazer pesquisa e, na verdade, ser a única a ter que colocá-los em ação.


E se eu estragar as coisas? Não será só eu parecendo uma tola isso vai refletir mal na Agency. E eu vou deixar o Nick para baixo. —Pronta para ir? — Nick bate levemente na porta aberta enquanto estou retocando minha maquiagem. Uau. Ele está em um smoking, a pele bronzeada contra a camisa branca. Ele iria deixar 007 com vergonha. —Oi. — Eu engulo em seco, meus nervos subindo um nível mais alto. —Você está ótima, — diz ele. Eu exalo e aliso o vestido vermelho que estou usando. Aquele vestido vermelho. Roupa mamãe sexy de Gemma. Eu pensei que isso poderia me dar uma confiança muito necessária, mas agora eu não tenho tanta certeza. O jeito que Nick está olhando para mim não me deixa nada segura. Quente sim. Com tesão, definitivamente. —Nós devemos ir, — eu digo, de repente desconfortável. Porque ele está no meu quarto. Comigo. Estamos sozinhos neste quarto. Com uma cama.


E ele está olhando para mim como se quisesse me jogar sobre ela. —Ela é sua ex? — Eu pergunto de repente. Ele pisca. —O que? —Lainey. Quero dizer, vocês dois... você namorou ela? —Brevemente. — Nick sorri. —Anos atrás, na faculdade. Apenas uma daquelas coisas, sabe? Eu não sei. Não realmente, mas eu não quero parecer com ciúmes, então eu aceno. —Ela parece legal, — eu digo, forçando um sorriso. Ele concorda. —Ela é ótima. Teve alguns anos de festa selvagem, mas ela realmente virou isso. E esta empresa significa o mundo para ela. —Uh huh. Bem, então é melhor irmos. Eu vou para a porta. —Só um segundo, — diz ele, puxando a mão do bolso. —Há algo faltando. Seu anel de noivado, coelhinha. Eu olho para baixo. Não fique esquisita, não fique esquisita, digo a mim mesma. Mas o anel, um diamante de corte esmeralda em platina, é grande. E brilhante. E tão foda. Tudo o que eu sempre quis em um anel de noivado. Só que não vem com um noivo de verdade. Detalhes estúpidos. Eu olho para ele. —É real? Sua sobrancelha esquerda sobe.


—Claro, é real, — murmuro. Mas o noivado não é, eu me lembro. —Você gosta dele? — Ele pergunta enquanto desliza no meu dedo. Os falsos deuses do noivado estão sorrindo - ele se encaixa perfeitamente. Seu toque é elétrico. Correntes de luxúria saem de seus dedos e me arrepio por todo o corpo. —Gostar não é a palavra certa, — eu digo, minha voz fraca. Eu tenho que limpar minha garganta. —Não fique muito apegada, — diz ele com uma risada desajeitada. —Eu não vou, — eu digo. Ele poderia estar falando sobre ele ou o anel. De qualquer forma, há um sério risco de eu falhar. Em ambas as partes.


Capítulo Oito NÓS PEGAMOS UM UBER PARA A FESTA, e eu bombardeio Nick por detalhes pessoais sobre a nossa vida falsa durante todo o caminho. Eu posso dizer que ele está ficando cansado de todas as perguntas, mas eu não consigo parar de perguntar. Seu dossiê tinha informações, mas estava seriamente carente de material pessoal que os casais conhecem um ao outro. —Então, não há alergias alimentares? Ele sacode a cabeça. —Já quebrou algum osso? —Quebrar? Não, — ele diz. —Mas eu acho que deveria falar sobre minha perna de pau, hein? Eu olho para baixo enquanto ele bufa. Só por isso, eu belisco sua coxa direita. Então a esquerda. Uma garota tem que saber com certeza. —Ow! — Ele diz, mas ele está rindo enquanto captura minha mão na dele. —Você vai se sair bem. Apenas aja como se fosse uma festa normal. Você já esteve em festas antes, não foi?


—Claro, black-tie, mil dólares por prato, — eu digo com um aceno de desdém. —Eu faço isso o tempo todo! Seu sorriso de repente parece mais orgulhoso do que o normal. Eu olho para ele de lado. —O que? —Adicione um zero. —Dez mil um prato? — Eu fico boquiaberta. Ele encolhe os ombros. —É uma despesa de negócios. E a caridade é uma boa causa. Assobio. —Chocolate deve ser bom para Lainey. —E seu fundo fiduciário. — Nick me dá uma piscada. Só então o carro se vira para a entrada circular em frente à casa. Não, mansão. Não muito Downton Abbey, mas muito perto. As pessoas estão chegando em um longo desfile de Teslas e Porsches, então eu respiro fundo. Eu me sinto como uma impostora. Não, eu sou uma. Nick aperta minha mão. —Você vai se sair muito bem, — ele diz suavemente. —Além disso, você será a mulher mais gostosa lá. Eu sorrio. —Você não viu todas as outras mulheres. —Eu não preciso. Assim que meu coração está saltando do meu peito, o motorista abre a minha porta. Nós vamos para a entrada, e Nick mantém uma mão nas minhas costas. Me tranquilizando, ou me certificando de não fugir. De qualquer forma, é bom.


Castigo. Seguimos a multidão pelo saguão de mármore com pé-direito alto até o opulento salão de baile. Sim, esta mansão tem um salão de baile. Não estou falando de uma grande sala transformada em um salão de festas, mas de um salão legítimo, com um palco e um monte de lustres e arandelas. As janelas do chão ao teto são cobertas por cortinas de veludo. O teto é de ouro. Eu nem estou brincando. Ouro! Eu rio quando percebo a decoração. —Parece que um saco de jujubas vomitou aqui! Nick bufa. —O cheiro também. Algo me diz que nós estaremos com alto nível de açúcar até o final da noite. A sala é decorada com as cores da CandyShack. Ou seja, todas as cores. Há cerca de uma dúzia de mesas para o jantar em torno da pista de dança. As peças centrais são tubos transparentes cheios de doces. Cada lugar tem o que parece ser um embrulho com papel alumínio com- você adivinhou - doces. Então eu vejo: uma barra de trufas gigante do outro lado da sala. Uma mesa inteira dedicada ao chocolate. —Venha para a mamãe, — suspiro de prazer. —Calma aí, viciada em açúcar, — diz Nick, rindo. Eu sorrio para ele. —Champanhe, Sr. Cameron? — Um garçom aparece ao lado de Nick.


Uau. Este baile é tão exclusivo que os garçons conhecem o nome de todos? —Obrigado, — diz Nick, pegando duas taças da bandeja. Ele me entrega uma quando eu olho para ele interrogativamente. —Ele é um dos meus, — Nick explica em voz baixa. Ele toma um gole. Um pequeno gole, percebo. Certo. Porque estamos trabalhando. Eu levanto o copo para os meus lábios. Pena que estamos no trabalho - o champanhe é tão bom. Esta noite será um teste para resistir a todas as tentações. Mas então me dou conta do que Nick disse. —Você tem pessoas plantadas aqui? — Eu pergunto, de olhos arregalados. —Apenas um, — diz Nick casualmente. —Jackson trabalha para mim às vezes. Ele pode ser invisível aqui, ouvir a conversa enquanto ele serve. Ninguém pensa em se censurar diante da equipe de garçons. Eu me viro para olhar, mas o garçom se foi. —Certo. — O corpo de Nick endurece. —Aí está Janssen. —Nosso alvo. — Eu sigo o olhar dele. Com esse cara, a pesquisa foi fácil. Bertram Janssen, o CEO da CandyShack. Ele está na casa dos cinquentas e poucos anos, um novo e elegante Coronel Sanders meio que com um pouco de cabelos grisalhos e um corpo alto e magro. Bertram começou sua carreira na


Godiva antes de partir para a CandyShack, que cresceu muito, e continuará fazendo isso, especialmente se a nova barra de chocolate - baseada na receita de Lainey - for lançada em breve.

—PRONTA? — Nick pergunta, pegando minha mão. —Como eu sempre estarei, — eu digo, resistindo à vontade de beber o champanhe. —Mas... Nick? Ele levanta uma sobrancelha. —Faremos uma visita á aquela barra de trufas. Seu sorriso se espalha como calda de chocolate - lento e delicioso. —Conte com isso.

SE EU ACHAVA QUE Nick estava quente em Manhattan, então aqui ele é nuclear. Exibindo todos os seus milhões: ele está usando um smoking, ele tem um toque italiano, ele não raspou sua barba sexy, ele está tagarelando com todo mundo à vista, e (talvez o mais importante) ele continua me tocando. Tipo, ele não consegue tirar as mãos de mim. Estamos de mãos dadas, e de vez em quando, ele olha e aperta meus dedos encorajadoramente.


Eu sei que é um ato, mas ele deve ganhar um Oscar, um SAG, um Tony e um Grammy por sua performance. E sim, eu sei que o Grammy é para música, mas o jeito que ele faz o meu corpo cantar tem que valer um troféu. Pelo menos eu não tenho que fingir que estou ficando excitada pelo meu noivo. Na verdade, eu estou tão quente agora, que estou feliz que ele esteja falando com o Sr. Janssen sobre golfe. . —.. nunca pensei que fosse possível, — diz Janssen. —Mas eu fiz. Em Pebble Beach, não menos! Nick ri e balança a cabeça. —Eu não acredito, — diz ele. —Um buraco em uma tacada? Lamento ter perdido isso. Eu ouvi dizer que é um belo campo. O Sr. Janssen inclina a cabeça. —Você estará na cidade tempo suficiente para jogar uma rodada? É apenas cerca de cem milhas daqui. Eu apostaria meus Manolos que Nick ansiava apenas por este convite. Ele age surpreso. —Absolutamente. Que fã de golfe poderia recusar um convite como esse? —Perfeito, — diz Janssen. —Nós vamos pegar meu helicóptero. Podemos fazer um passeio cênico pela costa. Meus ouvidos se animam com isso. Um passeio de helicóptero pela costa? Conte comigo. —Um! Golf, Bertram?! — A imponente Sra. Janssen desliza até nós. —A história do buraco-com-uma-tacada de novo?


Ela sorri indulgentemente e Bertram ri. —Sinto muito, chéri. Você já conheceu minha adorável esposa, Veronique? —Encantado. — Nick beija suavemente sua bochecha, depois fala em francês rápido. Porque, obviamente. —Ele é encantador. — Veronique sorri para mim. Ela é elegante, com cabelos escuros em um coque e um discreto vestido de seda azul-marinho. —Sim, ele consegue ser, — eu concordo, batendo meus cílios para ele no verdadeiro estilo —noiva apaixonada. — Eu pego um olhar de Nick para perceber que estou me levantando. —Vamos deixá-los com suas conversas esportivas? — Eu sugiro. —Eu adoraria uma visita guiada à mesa de doces. Veronique sorri. —Sim. Uma ideia maravilhosa, — diz ela. — Você está familiarizada com nossos produtos? —Alguns, — eu digo quando nos afastamos dos homens. —Eu estava na loja da Times Square na semana passada. Eu tive um milkshake s'mores. Valeu a pena as milhas extras na esteira na academia, — eu suspiro com a memória. A Sra. Janssen ri. —Estou feliz que valeu a pena. Chegamos à mesa e estou admirada com todos os prazeres. Onde começar? Eu não poderia provar tudo. Poderia? Eu sinto que poderia morrer feliz tentando.


—Você sabe o que eu realmente poderia comer? — Pergunto enquanto pegamos um prato da pilha no final da mesa. —Uma petite mort. Eu tive uma há algumas horas, mas sinto que preciso de outro. Eu acho que estou viciada. A Sra. Janssen olha para mim. —Pardonnez moi? — Ela diz, parecendo chocada. —Você já comeu um? — Eu pergunto. —Eles são incríveis. É quando percebo. Merda. Por que mencionei a nova trufa de Lainey no evento da CandyShack? Muito bem Alice. —Quero dizer, esta fonte de chocolate parece ótima! — Eu pego um morango e o ponho no chocolate antes de trazê-lo aos meus lábios. Porque se eu tiver algo na minha boca, não direi coisas estúpidas. Com a Sra. Janssen lá, olhando para mim como se eu fosse uma louca, chocolate escorre pelo meu queixo. Antes que eu possa parálo, ele cai no meu peito direito. Oh Deus. Eu olho para baixo. Sim, há uma gota de chocolate bem ali no tecido vermelho sobre o meu mamilo. Basicamente, um chocolate pastoso. Meu rosto deve estar vermelho como o vestido. —Opa! — Eu digo com uma risada, tentando limpar o rosto. Como se eu não tivesse acabado de arruinar tudo. Não só fiz uma bagunça no meu vestido, eu de alguma forma insultei nosso


anfitrião. Nick vai despejar meu traseiro incompetente e me mandar de volta para Nova York. Para lidar com Olivia. Que não vai apenas fazer a dança do eu-te-disse, mas como essa falha é tão épica, que vai contratar as Rockettes para fazer isso com ela. —É melhor eu ir cuidar disso, — eu digo, e fujo na direção do banheiro mais próximo.

ENCONTRO a imensa extensão de mármore escondida atrás de uma das portas ornamentadas e começo a esfregar água fria, tentando tirar a mancha. —Oh querida. Eu olho para o espelho do banheiro para a mulher que acabou de se materializar ao meu lado. Ela tem a minha idade e é linda em um tipo de explosão loira, pequena, cheia de curvas, com brilho labial rosa brilhante e grandes cílios falso batendo. —Vamos cuidar disso, — diz ela, pegando uma das toalhas de mão no balcão. —Está tudo bem, eu resolvo, — eu digo. Que é uma enorme mentira. Felizmente, ela parece preparada para me ignorar e ajudar de qualquer maneira. —Fonte de chocolate? — Ela pergunta depois de inspecionar a mancha. De alguma forma, isso me faz sorrir. —Como você sabe?


Ela sorri. —Perigo ocupacional. Trabalhando na CandyShack, posso ter uma mancha de chocolate a cada dez passos. Ah, uma funcionária. Interessante. —Então você foi enviada para me salvar, — eu digo, apenas meio brincando. —Me chame de sua fada madrinha. — Ela sorri e coloca a toalha debaixo da torneira. —A coisa com a fonte é que é muito óleo misturado com o chocolate. É assim que eles mantêm o fluxo. Então você quer usar água morna. Frio remove o chocolate, quente remove o óleo. Quem sabia que muita química estaria envolvida? Ela me entrega a toalha umedecida. —Passe, não esfregue. Eu sigo suas instruções com gratidão. —Eu sou Alice Jones, a propósito. —Tiffany Trout, — minha salvadora diz, com um olhar triste. —E sim, eu pensei em mudar isso. Eu ri. Agora eu realmente gosto dela. —Então, o que você está fazendo aqui? —Eu tive que vir. Sou Assistente Executiva do Sr. Janssen, — explica ela, pulando na bancada. Ela balança os pés - vestida com sandálias pretas grossas, com um esmalte néon rosa. Que eu quase não percebo, porque estou muito ocupada arquivando seu trabalho para futura referência.


Assistente para o grande chefe? Muito interessante. —Eu apenas baguncei totalmente na frente da Sra. Janssen. — Eu admito, imaginando se ela tem alguma informação sobre o casal. —Ouch— Tiffany parece simpática. —Não se preocupe com isso, ela sempre fica com aquela cara de bunda francesa perfeita. O que você fez, usou o garfo errado? Eu sacudo minha cabeça. —Eu comi uma trufa hoje cedo e foi tão bom. Eu nem estava pensando e perguntei se eles tinham algumas na mesa. Mesmo sendo de um concorrente da CandyShack. Tiffany puxa o gloss e reaplica o rosa chiclete. —Que tipo de chocolate? —Um petite mort. Ela gargalha. —Você perguntou à sra. Janssen - a rainha das prostitutas - se havia algum petite morts no cardápio? Eu penso de volta. —Na verdade, eu disse a ela que eu poderia realmente escolher um. Que eu sou viciada neles. Com isso, Tiffany grita como uma alma penada. —Alguém quer explicar a piada? — Eu pergunto impotente. — Porque eu realmente não entendo. —Sinto muito, — ela bufa, os olhos brilhando de alegria. —Eu realmente sinto. Deixe-me adivinhar, você não fala francês. —Não muito, — eu admito. —Eu sei que isso significa pequena morte. Não é?


—Literalmente, sim. — Ela ri. —Mas também é um eufemismo para o orgasmo. Demora um segundo. Mas então: —Nãoooooooooooo! Eu pensei que era como petit fours - como pequenas sobremesas. Morte por chocolate? Tiffany balança a cabeça, rindo novamente. —Não, desculpe, amiguinha. Eu quero enterrar minha cabeça debaixo da torneira fria. —Eu não acabei de dizer isso à esposa do CEO. —Eu acho que você fez. A esposa seca do CEO, baunilha, sexo uma vez por mês e só no escuro. Oh. Minha. Fodida. Godiva. Tiffany limpa seus olhos marejados. —E eu sinto muito, mas é a coisa mais engraçada que eu já ouvi na vida. Só lamento não ter conseguido ver isso. Eu olho em volta do banheiro por uma janela de fuga. Claro que não há uma. Eu suspiro. —Estou tão ferrada. —Ela parecia escandalizada? Eu dou risada. —Ela ficou. Ela parecia... Eu não sei. Como se eu tivesse acabado de pedir para ela se despir e se cobrir com o chocolate da fonte. — Eu me encolho. —Ela parecia... sim, isso não é bom. Tiffany começa a piar novamente e, de repente, é totalmente contagiante. A coisa toda é tão ridícula que não consigo me


controlar. Um momento depois, nós duas continuamos como lunáticas. Um segundo depois, há uma forte pancada antes que a porta se abra. Um homem enfia a cabeça para dentro. Não tenho 100% de certeza, mas acho que é o garçom de antes - o cara de Nick. —Tudo bem aqui? —Sim, estamos bem! — Tiffany grita para ele. Ele olha para mim. Eu aceno, então ele sai. —Foda-me, mas eu não consigo parar de rir, — diz Tiffany, pressionando a mão para o estômago. —Melhor treino de abdominal sempre. Minha bolsa vibra. É um texto do Nick: O que está acontecendo aí? A diversão acabou. Mas, pelo menos eu fiz uma nova amiga. Ah, e me livrei do mamilo de chocolate.

AGRADEÇO A TIFFANY, e volto à festa para encontrar Nick no centro de um grupo de homens, incluindo o Sr. Janssen. Eles estão todos de pé ali, claramente arrebatados enquanto ele fala. Ele é animado e encantador, contando algum tipo de história sobre velejar, em seu sotaque italiano. Eu me afasto e desfruto de sua performance. Não só ele é Hottie McHotterson (ou qualquer que seja o equivalente italiano disso) em


seu smoking, mas ele é o showman. Não demora muito para que eu seja sugada, prendendo a respiração e esperando para ouvir a história da época em que ele foi ao mar durante uma competição importante. De repente, ele chama minha atenção e ele para no meio da frase. Seu rosto suaviza e seus lábios se abrem em um sorriso sexy que faz com que minhas partes íntimas tomem conhecimento. Porque é dirigido diretamente para mim. —Cara—. Ele diz o apelido carinhoso de uma maneira que quase me tira o fôlego enquanto ele caminha em minha direção e pega minhas duas mãos nas dele. —Aí está você, minha linda noiva. Senti sua falta. Ele está me encarando tão intensamente. É enervante. Além disso, inebriante. Eu aceno, de repente me sentindo como a única pessoa na sala. Este homem sabe encantar uma dama. Logo após a calcinha dela. Deus está quente aqui, ou o quê? —Cameron!, — exclama um dos homens, batendo a mão no ombro de Nick. —Termine a história! Não nos deixe pendurados! Nick não tirou os olhos de mim. Mas ele sorri e levanta as sobrancelhas, quando ele diz, em voz alta. —Voltei a subir no barco. Nós ultrapassamos os outros e vencemos a corrida. E fim. Estamos cercados de gargalhadas quando ele coloca o braço em volta dos meus ombros. —Venha, querida, quero mostrar-lhe os belos jardins.


Ele me leva até as portas francesas gigantes que se abrem para os jardins formais, iluminados e bonitos à noite. Quando saímos para o pátio, nos deparamos com o ar quente da noite, perfumado com honeysu-urk! —Vamos! — O feitiço é quebrado quando Nick sussurra. Ele puxa minha mão e corre por um dos caminhos laterais —Nick! — Eu grito. —Desacelere! Eu estou de salto alto! Ele diminui, menos mal. —Onde estamos indo? — Eu pergunto, sem fôlego tentando acompanhar. —Fazer algumas investigações. Meu pulso pula. Estou animada e apavorada. —Lidere o caminho. Nick me leva até a parte de trás da casa e através de uma porta indefinida. Meu coração vai de corrida para marteladas enquanto olho em volta do corredor vazio. —Esta não é a ala privada? —Exatamente. E de acordo com Jackson, o escritório é... Por aqui, — ele sussurra, puxando minha mão. Um segundo depois, estamos diante de uma porta gigante com painéis de madeira de aparência muito sólida. Ele tenta a maçaneta. Trancada. —Próxima sala? — Eu digo. Nick sorri para mim. Ele solta a minha mão e chega a tocar meu cabelo. Eu seguro minha respiração. O que está acontecendo?


Um segundo depois, sinto uma mecha de cabelo deslizar pelo meu pescoço. Ele segura o grampo de cabelo roubado na frente do meu rosto como um troféu, então se põe a trabalhar para abrir a fechadura. Duas respirações depois, a porta se abre. Existe alguma coisa que esse homem não possa fazer? Não tenho tempo para pensar nisso antes que ele me puxe para dentro. É um grande escritório. A sala é pouco iluminada pela luz da lua entrando pelas janelas altas. Já vi filmes de espionagem o suficiente para saber que não podemos nos arriscar a acender as luzes. Mas de repente, há um feixe estreito, graças ao celular de Nick. Ele se aproxima da mesa. Há papéis em pilhas organizadas em volta das bordas e espalhadas pelo mata-borrão. —O que você está procurando? — Eu sussurro. —Qualquer coisa que prove que eles roubaram as receitas de Lainey. —Isso reduz a busca. Ele bufa. Mas continua olhando atentamente os papéis. —Eu vou verificar as gavetas, — eu ofereço, querendo ser útil. Um par delas está trancada, mas eu acho um que está cheio de material de escritório e um par de cadernos. De repente, vozes vêm de fora. Eu congelo.


Nick coloca uma mão reconfortante no meu ombro. —Não entre em pânico, — ele murmura. —Eles provavelmente são apenas convidados perdidos. As vozes se aproximam. Vozes masculinas. —O escritório não deveria estar trancado? — Eu ouço alguém dizer. Meu coração para, mas eu não tenho tempo para surtar porque, de repente, Nick está desligando o telefone e me agarrando pela cintura, me puxando para o lado da mesa. —Apenas deixe-se levar. —Apenas deixarrrrr? Não consigo terminar a pergunta, porque duas coisas acontecem de uma só vez. A porta se abre e alguém entra. E Nick me inclina sobre a mesa e me beija apaixonadamente.


Capítulo Nove OS LÁBIOS DE NICK roçam os meus, macios no início, mas depois mais fortes. Mais fundo, sua língua sondando ao longo da abertura dos meus lábios até eu abrir e encontrar sua boca com a minha. Olá amante. Onde você esteve toda a minha vida? Ele tem gosto de champanhe e chocolate, como a coisa mais deliciosa que eu já provei. E não importa a boca dele, porque as mãos dele... Elas seguram minha cintura firmemente, em seguida, deslizam para baixo, abaixo da curva da minha bunda. Eu caio de volta contra a mesa, me perdendo no calor e na adrenalina selvagem. Eu quero rasgar a camisa aberta e sentir cada centímetro desse peito largo e musculoso. Eu queroA luz do teto acende. É tão brilhante, é como uma daquelas luzes do Bat sinal que alcança o espaço. Nick geme. —Você se importa? — Ele late, beijando meu pescoço dessa vez. Meus olhos estão fechados. Eu sei que isso é tudo para mostrar, mas porra, parece real para mim agora. Meus braços estão ao redor


de suas costas largas. É meu novo lugar feliz. Eu sorrio em sua pele. Ele cheira tão bem. Contra o meu melhor julgamento, eu provo-o bem onde seu pulso está latejando. Assim como eu suspeitava: delicioso. Esqueça chocolates, esse homem vai ser a minha morte. Meus lábios permanecem em sua carne. Ele endurece. Quero dizer, suas mãos em mim endurecem. —Oh, desculpe, senhor, — diz o homem. Sim, acabamos de ser pegos. Eu dou uma olhada. Ambos estão usando uniformes de segurança. Nick se vira com um suspiro. —Podemos ter alguma privacidade? Os caras não se mexem. —Sr. Janssen pediu que este quarto seja fechado para os hóspedes. Deveria ter sido trancado. —Nós estaremos fora em cinco minutos, — diz Nick, acrescentando um monte de maldições murmuradas de sonoridade italiana. Ele está determinado. Seu tom diz que ele não aceitará nada menos que a total submissão desses homens. E para minha surpresa, eles concordam. —Sim senhor. —Claro senhor. A luz se apaga. A porta se fecha. E Nick me libera.


—Isso foi perto, — diz ele, parecendo aliviado - e totalmente não afetado por aquele encontro quente como o inferno que acabamos de ter. Não posso deixar de me sentir um pouco rejeitada, mas me recomponho. —E agora? Ele solta um suspiro alto e olha para a janela. —Eu poderia comer. Quer ir até Chinatown? O que? Eu cruzo meus braços. —Sério? —Não há muito mais que possamos fazer aqui sem sermos pegos. — Nick dá um encolher de ombros casual. —Eu fiz contato com a Janssen e vamos jogar golfe. Espero que Jackson esteja tendo sorte em ouvir algo. Eu acho que é mais do que viemos atrás. Mas: —Então espere. Você vai trocar uma refeição de dez ou vinte mil dólares para ir a Chinatown? Ele me dá aquele sorriso torto e matador dele. —O que posso dizer? Eu amo dim sum.

VINTE MINUTOS DEPOIS, estamos sentados em uma pequena casa de dim sum na Chinatown de San Francisco. Ainda estou de vestido e Nick ainda está de smoking - embora a gravata borboleta esteja desamarrada e pendurada nos dois lados do pescoço, mas ninguém nos dá uma segunda olhada. É lotado e barulhento, e agora


que meu pânico desapareceu, percebo que estou com fome como o inferno. . —..E o shumai, a carne de porco e às tirinhas de frango... Eu digo ao garçom, praticamente babando. Nick parece divertido. —O que? — Eu protesto. —Eu mal comi desde... o voo. —Então é melhor fazermos dois pedidos de moo shu. Enquanto esperamos pelo nosso pedido, tomo um gole de chá gelado de jasmim. Está me esfriando e é exatamente o que eu preciso para me ajudar a me recompor depois de tudo que aconteceu na festa. Primeiro dia, e já conversei com CEOs com uma identidade falsa, ofendi mortalmente a esposa do chefe e - ah, sim - tive um amasso quente enquanto invadia. Apenas um dia normal no escritório, então. Nick relaxa na cabine e toma um gole de cerveja. —Então, — ele começa, olhos brilhando. —Feliz por ter vindo? Eu não estou, mas se nós continuássemos naquele escritório, era uma possibilidade distinta. —Sim, — eu respondo, ignorando o rubor quando penso no quanto eu queria violar a mesa. —Estou indo... bem? Sua sobrancelha esquerda se ergue.


Eu ri. —Ok, então não exatamente bem ainda. Eu ainda estou pegando o jeito das coisas. Você disse a Olivia que queria alguém sem experiência de campo. — Eu faço mãos de jazz desajeitadas. — Voila! Nick ri. —Eu disse. Mas esta noite se saiu bem. Você conseguiu atrair Veronique para longe quando eu precisei. Obtê-lo sozinho para poder construir um relacionamento com ele foi o primeiro passo. Um importante. —Mesmo assim. — Eu suspiro, voltando à terra agora. —Eu realmente não fiz muito. Além de colocar os pés pelas mãos - e chocolate por todo o meu peito. —Você fez o que eu precisava que você fizesse. — Nick sorri. —Certo, pare e fique bonita, — eu digo, brincando, mas Nick concorda. —Exatamente, — ele concorda, cavando o edema. —Se eu aparecesse como um cara solteiro, então eu teria a distração com mulheres tentando chamar minha atenção. Eu preciso ficar focado no trabalho. Arrogante, mas é verdade. Ele é muito quente para ser deixado sozinho em um mar de pumas e socialites. Eu não passei muito tempo naquele salão de baile, mas vi muitas cabeças femininas virarem quando entramos. E elas com certeza não estavam olhando para mim.


—Mas eu quero ajudar, — eu lembro a ele. —Não apenas ser... seja qual for o equivalente feminino de um empata fodas. —Você irá. Nossa comida chega e eu caio sobre ela como um animal raivoso. Por alguns momentos, nós comemos em silêncio, o que eu amo. Alguns caras querem manter uma conversa mesmo durante o jantar. Porque eu realmente quero estar fazendo conversa fiada sobre minha cidade natal enquanto rouba mordidas de comida. Mas logo estou satisfeita - por enquanto, de qualquer forma - e recosto com um suspiro satisfeito. —Então, como você entrou nesse trabalho? Talvez Nick esteja concentrado demais no porco moo shu para manter sua rotina de —homem misterioso, — porque ele engole e limpa a boca. —Está no meu sangue, eu acho. Meu pai e seu irmão tinham uma agência de IP quando eu estava crescendo. Meu outro tio é um contador forense. Minha avó trabalhava para a CIA. Avô era militar. Também da inteligência. — Ele fala com um sorriso. —Uau. Então você estava destinado a isso. Eu pego mais alguns bolinhos da cesta e os coloco em minha tigela de porcelana. Sem vítimas. Se pelo menos eu tivesse tido a boa sorte naquela fonte de chocolate. —Você parece que sabe o que está fazendo, — diz Nick, apontando para os meus pauzinhos.


—Não é minha primeira vez, cowboy. — Eu sorrio para ele. — Não é a sua também. — Porque ele lida com seus pauzinhos como um profissional. —Eu morei em Hong Kong por um tempo. Além disso, em Pequim. Passei um tempo viajando ao redor. Europa também. —E se estabeleceu em San Francisco? — Eu pergunto, tentando ser casual. Nick faz uma pausa, um bolinho entre os pauzinhos a meio caminho da boca. Ele desliza para fora e cai na toalha de mesa de plástico com um plush mole. Ele ri quando ele pega de novo e joga em sua boca. —Estabelecido? — ele finalmente diz depois de mastigar. — Estou aqui há um tempo, mas eu não diria que estou estabelecido. —Aquele apartamento parece bem fixo, — eu digo, fazendo um palpite. —É um contrato. Veio mobilado. Bingo. Ele não se mudou apenas para o trabalho, com o dinheiro de Lainey - ele está morando lá há algum tempo. O que significa... Nick Cameron é rico. Não que isso importe. Já vi bilionários suficientes para saber que o dinheiro não compra felicidade. Ou uma alma. Apenas excelentes vistas da baía.


—Então, onde você aprendeu sua técnica de abrir fechaduras? — Eu pergunto, mudando de assunto. Por alguma razão, a guarda de Nick está baixa hoje à noite, e de jeito nenhum eu vou deixar essa chance passar por mim. Ele me dá um sorriso tímido. —Meu tio. Ele estava no comando de todos as... vamos apenas dizer... coisas legalmente questionáveis na nossa agência. Ele me ensinou a abrir fechaduras, ligação direta em carros, esse tipo de coisa. Algumas trapaças também. Mesmo o show de mágica - tudo é baseado nos mesmos princípios. — Ele faz uma pausa. —Eu provavelmente não deveria estar te contando essas coisas. Eu mexo meu dedo anelar para ele. —Estamos noivos, lembra? Você tem que me contar tudo. —Certo. — Ele sorri. —Coelhinha. —Então, você é um agente altamente treinado, — eu digo, provocando. —Existe alguma coisa que você não pode fazer? Eu quero dizer isso como uma piada, então eu fico surpresa quando o sorriso dele vacila um pouco. Ele olha para longe e empurra outro bolinho em sua boca. Hã. Algo está acontecendo lá. Mas seu rosto tem novamente aquele mesmo sorriso. Fechado para negócios. Meus instintos me dizem que ele já me contou mais sobre si mesmo do que pretendia. Você é mesmo um mistério, Nicholas Cameron, penso enquanto pego outro bolinho.


Mas estou determinada a resolver.

QUANDO terminamos no restaurante, não é muito tarde. Exceto que ainda estou no horário de Nova York. E eu estive acordada por aproximadamente um zilhão de horas. Então parece muito tarde. Eu quase durmo em Nick no carro, mas me forço a ficar acordada. Difícil. —Eu preciso dormir, — murmuro quando a porta dos elevadores se abre para o apartamento. Eu chuto meus sapatos e me arrasto pelo corredor como uma zumbi. Em tempo recorde, eu lavo meu rosto, solto meu cabelo e coloco meus pijamas. Estou prestes a me arrastar para a cama quando percebo que deixei minha bolsa de mão no elevador. Com o meu celular dentro. Deixe isso, eu digo a mim mesmo. Mas eu não posso. Eu preciso definir um alarme, porque Deus sabe que vou dormir até o meio-dia a esse ritmo. Com um suspiro, eu deslizo meus pés em meus chinelos de coelho e desço o corredor. A TV está ligada na sala de estar e, quando chego, descubro que Nick vestiu uma camiseta desbotada e calças de moletom, e está assistindo a um filme, algo sombrio e ágil. Ele parece diferente assim - confortável e muito em casa. Acolhedor. Marido.


Marido falso, eu me corrijo. Ele olha para cima, curioso. —Você precisa de alguma coisa? —Apenas pegar meu telefone. — Eu faço isso, e pego uma garrafa de água da geladeira também, então me aproximo, observando a ação na tela. Sem uma palavra, Nick dá um tapinha no sofá ao lado dele. Eu quase me junto a ele. Eu tenho uma visão repentina de me aconchegar nele naquele confortável sofá enquanto assistimos o que quer que seja. Poderia ser um documentário sobre calçadas de concreto, por tudo que eu me importaria. Ele cheiraria incrível. Ele provavelmente até colocaria o braço em volta de mim... Então, uma das duas coisas aconteceria: eu não seria capaz de manter minhas mãos e lábios para mim mesmo. Ou eu dormiria e babaria em cima dele. Nenhum cenário é uma boa ideia. —Muito cansada, — eu digo. —Te vejo amanhã. E então, com o autocontrole sobre-humano, vou para a cama. Sozinha.


Capítulo Dez ACONTECE que o luxuoso passeio de helicóptero de Janssen ao longo da costa é apenas para garotos, e assim toda a socialização que Nick quer, o que significa que eu passo os próximos dias tropeçando por conta própria. Enquanto o prédio tem uma ótima piscina e academia, logo me canso de ficar parada, esperando Nick ligar e dizer que precisa de mim ao seu lado o mais rápido possível, então saio pela cidade, batendo em todos os grandes pontos turísticos e descobrindo os melhores pontos turísticos da cidade. OK, a melhor comida da cidade. Hoje, eu estava esperando que Nick pudesse precisar de mim para alguma tarefa, mas eu acordei para encontrar outra nota no balcão. Tire o dia de folga, divirta-se! Eu amasso e suspiro. Bond nunca precisa se sentar e esperar. Ele está sempre fazendo coisas, pegando bandidos. Seu único tempo de inatividade é quando ele está na cama - nunca sozinho. Não que eu tenha essa opção também. —Ei, Gems. — Eu chamo a minha irmã, vagando pelas janelas. —O que você está fazendo hoje?


Ela geme. —Sinto muito, sei que iríamos nos encontrar, mas estou fazendo hora extra com um novo cliente. A outra estilista está doente, — explica ela, soando atormentada. —Então eu herdei todo o trabalho dela também. —Tudo bem, — digo a ela. —Você precisa se apressar enquanto pode. —Me fale sobre isso. Mas por que você não vem amanhã? Oh, droga, — ela se corrige. —É a noite do Chick Flick Club, com as garotas. —Como se chama agora? — Eu pergunto. Gemma ri. —Chick Flick Club. É uma tradição, nos reunimos todos os meses para beber vinho e assistir comédia romântica brega. Você deveria vir! —Eu não quero me intrometer... —Você está de brincadeira? Minhas amigas adorariam conhecer você. Divulgação completa: Zoey precisa de conselhos contábeis para seu food truck, mas isso significa que você pode gastar todo aquele vinho caro que você vai trazer. Ser mais velha e com emprego estável... — Ela brinca. Eu ri. —Dica tomada. E eu adoraria ir. —Fabuloso, até logo! Eu desligo. Esse é o meu plano para amanhã, pelo menos, mas quanto o agora...


Não que eu não tenha feito algo útil desde que cheguei. Eu sou uma pesquisadora mestre, afinal. Eu construí expandidos dossiês dos executivos da CandyShack. Também de alguns dos parceiros que se beneficiam do crescimento da empresa. De seus fornecedores brasileiros de cacau a distribuidores locais, franqueados, até a empresa que fabrica os envoltórios de papel alumínio. Eu virei muitas pedras. E então Nick apenas pegou os arquivos, me agradeceu e desapareceu para algum clube abafado de homens para beber uísque e celebrar o patriarcado, ou o que quer que seja que os caras fazem em um lugar como esse. Então, outro dia brincando de turista então. Não que eu possa reclamar. Eu queria viajar, e aqui estou: livre para explorar a cidade com o dinheiro de outra pessoa (muito generoso). Então, coloco minhas confortáveis espadrilhas, arrumo meu telefone e meu notebook, pego o elevador até o saguão. Nick disse para ligar para o serviço de carro se eu precisar ir a qualquer lugar, mas sou nova-iorquina e adoro andar. Saio para fora e descubro que é outro dia brilhante de verão. Eu penso em ir para o Fisherman's Wharf, ou talvez o Chinese Gardens, mas em vez disso, eu me vejo indo para o distrito financeiro. Eu digo a mim mesma que é porque a Pequena Itália e Chinatown estão mais para cima da colina, mas quem eu estou enganando? O letreiro luminoso da CandyShack aparece, enfeitando sua grande loja - com os escritórios da empresa abrigada acima. Estou virando a esquina quando ouço alguém gritando meu nome.


—Alice? Alice! AAAALLLIIIIICE! Eu olho em volta. Do outro lado da rua, Tiffany, minha salvadora da festa CandyShack, está por trás de todo o grito. Ela está carregando uma caixa grande em seus braços enquanto ela chama meu nome de novo. —Oi! — Ela acena e vem em minha direção, com um grande sorriso no rosto. Eu estou apenas cruzando em direção a ela quando - quase em câmera lenta - seu corpo se detém e a caixa sai de suas mãos e através do ar. Direito para mim. Finalmente, todos esses anos de vôlei do ensino médio valem a pena. Minha reação rápida é pegar a caixa. Que nem um chefe. Se eu tivesse uma mão livre, eu faria uma bomba de punho. —OHMEUDEUS! — Tiffany grita, enquanto eu a alcanço na calçada. —VOCÊ É A MAIS FODA Eu ri. —Aquela caixa está cheia de um punhado de decorações de vidro soprado únicas que acabei de pegar da artista, — explica ela. —Você acabou de salvar quarenta mil dólares em Tiffany sendo demitida. —Uau, — eu pisco.


—Sim, eu sei. — Ela faz uma careta. —Se eu tivesse uns quarenta K extras, não os gastaria em bugigangas. É melhor eu levar isso de volta ao escritório. — Ela se move e depois para. —Oh merda, — diz ela. E então grunge. —Você está bem? — Eu pergunto. —Não! — Tiffany grita. —Meu salto! Eu sigo o olhar dela em direção aos pés dela. Na verdade, pé. Leva apenas um segundo para ver o problema: ela não apenas tropeçou, seu calcanhar está preso na grade. —Aqui! — Eu me abaixei e agarrei seu tornozelo para firmá-la e depois desfiz as correias para soltar o pé. Mas o calcanhar está realmente preso. Eu mexi e mexi, exercendo a quantidade certa de... O sapato cede e eu caio sobre a minha bunda. Tiffany me ajuda a me levantar. Eu entrego-lhe o sapato - agora ostentando um salto quebrado. —Eu tenho um pouco de cola na minha bolsa que vai consertar isso, — eu sugiro. —Pelo menos para você passar o dia. Ela faz um duplo exame. —Mesmo? Você carrega cola por aí Eu ri. —Passei muito tempo em Nova York, ralando por toda parte. Isso aconteceu comigo duas vezes, na verdade. Por mais que eu odeie admitir, o seguro Don talvez tenha um ponto.


Tiffany olha para mim com admiração. Mais ou menos como se eu fosse Calçado Yoda. Então seu rosto se abre em um sorriso e ela acena em direção ao prédio. —Venha para dentro. Você já fez um tour? —Não. Mas eu adoraria um! — Eu digo, agradecendo aos deuses das grades da calçada porque acabei de obter uma oportunidade. Uma oportunidade realmente boa. Porque, como administradora, sei que não há ninguém mais próximo do CEO do que sua assistente.

DEPOIS DE DEIXARMOS a caixa de enfeites, vamos ao banheiro para consertar o sapato da Tiffany. Um pouco de cola depois, está pronto, e Tiffany me leva para a loja principal. É basicamente o paraíso na terra. Esta loja faz com que a localização da Times Square pareça uma bilheteria de metrô. E o cheiro? Nirvana. E eu não estou falando da velha banda grunge. Eu estou falando quente, doce, reconfortante, deliciosa. Imagino que seria como receber um abraço do Coelhinho da Páscoa. —Oh Deus, — eu suspiro, babando. —Como você trabalha aqui e não pesa três mil libras? Tiffany ri enquanto me leva até o balcão. —Você pode se surpreender ao ouvir que se acostuma com isso. As primeiras semanas são matadoras, eu admito. Mas agora? Não é tão ruim. — Ela desliza as palmas das mãos pelos quadris bem torneados, mas


bem aparado. —De qualquer forma, eu tenho que ficar em forma de performance, se você sabe o que quero dizer. — Ela pisca para mim. —Peça o que você quiser. É por conta da casa. — Ela continua dizendo à mulher atrás do balcão - cujo crachá diz Dani - tudo sobre como eu apareci no APENAS NO MOMENTO CERTO. E como eu a salvei antes da morte certa. A história é cheia de detalhes extras, subtramas, aldeões e mais drama do que um sapato preso em uma grade deveria ter. Mas Tiffany é uma contadora de histórias natural e até eu me envolvo em sua história. Dani fica encantada, ofegante e rindo em todos os momentos certos. Mesmo quando nenhuma parte da história se parece com os eventos reais. É tão ridículo, essas coisas não seriam possíveis nem se eu fosse a Alice e me encontrasse no País das Maravilhas. Há grades de calçada no País das Maravilhas? Tanto faz. Tudo o que importa é que minha rotina de heróis me leva a obter um latte de caramelo coberto com uma montanha de chantilly e raspas de chocolate. E aqui eu pensei que era cedo demais para algo realmente decadente. —Você merece, — insiste Tiffany. Nós nos sentamos em uma mesa no meio da loja e meus olhos quase doíam pelas cores e variedade de doces ao meu redor. É meio incompreensível, na verdade. Tiffany se inclina para frente e lambe o topo de sua própria torre de creme chantilly. Então ela pisca. —Quase tão bom quanto a coisa real.


Eu bufo, mas não estou tocando seu comentário com um poste de barbearia de três metros. —Então, como é trabalhar aqui? —Eu pergunto em vez disso. —É bom, — diz Tiffany com um encolher de ombros. — Algumas boas vantagens. Tipo, eu nunca mais tenho que comprar chocolates ou doces para ninguém. Bons benefícios e seguro também. Eu concordo. —Isso é importante. O que o Sr. Janssen gosta como chefe? Tipo, estou me perguntando se ele é honesto. Não acima de roubar segredos comerciais? Um cruel assassino? Ela abre a boca. Sim, derrame! Eu quero dizer. Conte-me tudo! Mas ela aperta os lábios fechados. Então ela olha para mim de lado, de repente franzindo a testa. —Por que você quer saber? Uh-oh Eu estou tão presa. Você é a pior espiã de todos os tempos, Alice! Nick vai me matar. —Estava só pensando. — Eu digo rapidamente. —Ele parecia um homem legal quando eu o conheci na festa. E meu noivo está saindo com ele a semana toda.


—Oh— Tiffany parece relaxar. —Sim, ele é um bom chefe. Há muito trabalho embora. O outro assistente acabou de sair, então eu estou, tipo, correndo mais que meus próprios pés. Ela toma sua bebida, parecendo relaxada, como se ela tivesse todo o tempo do mundo. Espere um minuto . . . —Então, você precisa de outro assistente? — Eu pergunto, me animando. Ela acena com a cabeça. —Você conhece alguém? —E quanto a mim? — As palavras saem da minha boca antes que eu possa pensar sobre isso, mas uma vez que eu disse isso, eu percebi o quão perfeito seria. Um passe de acesso total ao escritório do CEO? Eu encontraria a evidência em pouco tempo! Tiffany faz uma pausa. —Mas por que você precisa de um emprego? — Seus olhos se dirigem para minha pedra de noivado. — Você não está envolvida com aquele rico italiano do iate? Sim, Alice, não é? —Sim. — Eu acho rápido. —Mas ele está arrastando a bunda para marcar a data. Ele está voltando para Salerno em breve. Mas talvez eu fique aqui e trabalhe por um tempo. Você sabe, para lembrá-lo de que tenho opções. —Sorrateira. Eu gosto disso, — diz ela, levantando a mão para um high five. —O trabalho não paga muito. Eu dou de ombros. —Eu não preciso do dinheiro.


Ela ri. —Claro que você não precisa. —Mas isso vai te atrapalhar se eu não trabalhar aqui por muito tempo? — Eu pergunto. —Quero dizer, sem ofensa, mas se ele quer me levar para Florença para fugir, eu estou tão fora daqui. — Eu posso estar colocando em risco o que ela acabou de me dar, mas depois do que ela fez, eu não quero foder as coisas com ela. —Não, tudo bem, — diz ela, acenando-me. —Quero dizer, eu prefiro ter um cara quente debaixo de mim, se você sabe o que quero dizer. Mas você já salvou minha bunda hoje, então... O trabalho é seu. —Eu não preciso de uma entrevista? Ela encolhe os ombros. —Bertie confia em mim. —Então eu estou dentro! — Eu digo, feliz. —Perfeito, — diz ela. —Beba e vou levá-la para cima e podemos começar a papelada. Você pode começar amanhã, certo? Amanhã? Ela está falando sério? Ela parece estar. Mas eu nem sequer recuo - minhas habilidades de atuação definitivamente estão melhorando. —Claro que eu posso! — Eu digo com toneladas de entusiasmo. Embora talvez seja o açúcar falando.


Capítulo Onze BEBER NO MEIO DO DIA NORMALMENTE NÃO É coisa minha, mas encontrar Jackson nesse bar no meio da tarde é menos sobre beber e mais sobre o trabalho. Não se incomodando com porta-copos de papel, a garçonete carrancuda coloca as cervejas na frente de Jackson e eu. Ela tem trinta e poucos anos, endurecida pelo mundo e de pele grossa. Definitivamente não é o tipo de flertar por gorjetas. Ela também nunca leva nenhuma merda. Eu meio que a amo por isso. —Obrigado, Deb, — eu digo, dando-lhe um sorriso. O crachá dela diz claramente Candace. —Foda-se, menino bonito, — diz ela com um sorriso, como de costume. —Este lugar parece ainda pior na luz do dia, — diz Jackson. Ele pega sua cerveja. —Sim, mas a cerveja está fria e nós não seremos ouvidos, — eu digo. Mas ele não está errado sobre este bar, é um buraco. E não um estilo de imitação de hipster. Este lugar é uma merda legítima. Há um trio de ciclistas na mesa remendada de sinuca nos fundos. Um casal regular de auto-medicação sentados no bar, bem fora do alcance da voz.


Perfeito para manter as coisas disfarçadas. Eu tomo uma bebida. Eu não estava brincando sobre a cerveja estar fria. Ela cai bem. Preciso disso depois dos vinte e sete buracos de golfe que joguei com a Janssen hoje de manhã. Sem mencionar a rodada completa ontem em Pebble Beach. Acontece que se infiltrar nessa multidão é mais como um clube de campo, 24/7. Apesar da desidratação, eu deveria estar amando a minha vida agora. Deveria estar. —O que é essa carranca, raio de sol? — Jackson sorri. —Está demais viver essa vida boa? —Não encha o meu saco, — eu digo. —Este caso está me matando. Mas antes de eu realmente começar a choramingar, mostre-me o que você tem. Talvez meu humor melhore. O rosto de Jackson está em branco enquanto ele desliza sua pasta pela mesa em minha direção. Sua cara de pôquer é material lendário. E eu quero dizer sua cara de poker real, o bastardo limpa em seus jogos. Com senhora sorte e grandes planos são as únicas maneiras que eu posso vencê-lo. Ainda bem que eu gosto do cara. Eu abro a pasta e escaneio os registros de telefone e as finanças pessoais da Janssens... e tudo limpo. —Realmente? — Eu pergunto. Ele encolhe os ombros. —Nada? — Eu olho para baixo, os olhos examinando a página, mas não, eu não perdi nada. —Absolutamente nada que os ligue de volta ao traidor da companhia de Lainey?


—Eu cavei o mais fundo que pude, — diz Jackson. Ele é um pouco defensivo, mas sabe que confio nele mil por cento. Minha frustração não é pessoal. Talvez ele se arrepie porque também está frustrado. —Você sabe tão bem quanto eu que não significa que não tenha acontecido. Mas, cara, eu não consigo encontrar muito mais. Especialmente se eles estão sendo inteligentes. Se eles estão usando telefones celulares descartáveis, talvez eu nunca saiba. Se o Janssen estiver lavando dinheiro para pagamento, talvez nunca descobriremos. Há um milhão de maneiras que ele pode cobrir sua bunda. Eu sei disso. Mas isso não facilita. Eu pensei que este seria um caso rápido e fácil, e em vez disso, está ficando perigosamente complicado. —Ou talvez não tenha origem em Janssen, — sugere Jackson. —Talvez seja alguém mais abaixo na cadeia alimentar. Um membro do conselho com muitas ações. Um COO torto? — Ele sacode a cabeça. —Poderia ser qualquer um. —Eu sei. — Eu suspiro. —Mas ainda há geralmente algo para agarrar. —Que tal alguém no interior?’ Jackson pergunta. Eu sacudo minha cabeça. —Nós não temos tempo. Precisamos expor o roubo em breve, como agora. A empresa de Lainey vai parar se a CandyShack lançar a barra. Ela estará acabada. Eu sinto que estou ficando sem opções. Estou bem, mas a Janssen está provando ser melhor. Eu também odeio isso.


—No mínimo, você será capaz de consolar Lainey quando tudo isso acabar. Eu olhei. —O que isso significa? Ele me dá um sorriso. —Porra, o que você acha que isso significa, cara? Ela é gostosa. Aquelas pernas... — Ele assobia. Eu reviro meus olhos. —Não estou interessado. —Mesmo? — Jackson está surpreso. Mas ele não conhece a história. Lainey é uma amiga, claro. Ele não está errado sobre ela ser gostosa também. De uma forma perfeita e intocável. —Porque a última vez que você ficou um tempo com uma mulher bonita foi... Nunca. Você nunca fez isso. O que aconteceu, ela faz um número em você? —Não, não foi assim. — Eu tomo outro gole. —Nós não éramos uma boa mistura. Divertido, no entanto... Jackson bebe. Então ele dá um olhar —aha. — —Você gosta dessa mulher. —Qual? — Eu pergunto casualmente, embora eu saiba exatamente de quem ele quer dizer. O mesmo acontece com o meu pau, que dá uma pequena contração de reconhecimento. —Porque sempre há algumas... —Sua noiva ? — Jackson diz. —Lembra-se dela? Aquela que você deu o anel da sua avó? —Minha noiva falsa, — eu digo como um aceno para ele. — Quem eu contratei para este trabalho. E a única razão pela qual ela tem esse anel é porque eu esqueci de comprar um falso antes dela


chegar aqui. Estava apenas guardado no cofre. Ela sabe que isso não é real. Jackson olha para mim de lado. —Dormiu com ela? Eu olho —Isso não é um não, — diz ele. Normalmente eu gosto de como ele é inteligente. Até que seja usado contra mim. —Eu. Não. Dormi. Com. Ela, — eu digo. —Não que seja da sua conta. Ele não perguntou se eu pensei sobre isso. Porque não há muito mais em que pensei, especialmente depois daquela noite no escritório de Janssen. Deus, aquilo foi gostoso. Seu corpo pressionado contra mim, e aquele gemido ofegante que ela fez quando eu beijei seu pescoço. Porra, levei até a última fibra da minha vontade normalmente de aço para parar. Eu tão facilmente poderia tê-la dobrado sobre a mesa e... Não, não vá lá. Nem mesmo na minha cabeça e especialmente quando estou do outro lado da mesa de Jackson. Eu limpo minha garganta. —É um relacionamento profissional. Você viu o contrato que eu tive que assinar. A agência provavelmente levaria meu primogênito se eu quebrasse alguma de suas regras. — E estou me mantendo o mais longe dela que posso. Por isso, estou aqui sentado em um bar com você enquanto ela está de volta ao meu apartamento.


—Negue tudo o que quiser, mas acho que você gosta dessa garota, — brinca Jackson, cantando. Porra, ele pode ser chato. Como um irmão mais novo e malcriado, apesar de ter a minha idade. —Ela está trabalhando para mim. E ela é uma menina doce. —Com uma maré safada, aposto. — Ele abaixa as sobrancelhas. —Bibliotecária durante o dia, gatinha sexual à noite. —Chega, — eu lato. Eu sei que ele está me provocando, mas eu não estou de bom humor. —Não encha o meu saco. —Não seja tão burro. Ele sorri, despreocupado. —Vou continuar procurando, mas ainda acho que você precisa de alguém lá dentro. Talvez a secretária de Janssen. Ela parece que vai cantar se for devidamente motivada. Não é a pior ideia. Mas descobri que alguém que pode ser motivado a se transformar em um informante pode facilmente ser motivado a se dedicar a uma cruz dupla. Essa é a última coisa que precisamos. —Fodida espionagem de doces. — Eu sacudo minha cabeça. — Você já pensou em como nós viemos para isso? Jackson bate a garrafa na minha. —Não em um milhão. Mas, claro, isso mantém as coisas interessantes, não é?


VÁRIAS CERVEJAS E QUATRO (CINCO?) jogos de bilhar depois, eu vou para casa... para Alice. O que provavelmente não é uma jogada inteligente... Inferno, estou um pouco nervoso, mas tenho certeza que posso resistir a ela. Com certeza. Talvez 50% de certeza. A menos que ela esteja usando aquelas pantufas de coelhinho. Porque sim, se ela está usando isso, estou ferrado. Eu tive visões daqueles coelhinhos no ar, orelhas saltando enquanto eu. . . Pare com isso, digo a mim mesmo enquanto subo no elevador, meu pau já a meio mastro. A resistência pode ser apenas fútil. Cerveja foi uma má ideia. Chegando em casa zumbindo? A pior ideia. As portas se abrem na minha cobertura e, um segundo depois, ela está bem na minha frente. —Você está de volta, — ela sorri. Ela está animada com alguma coisa, sorrindo largamente. Saltando nos dedos dos pés. Seus dedos dos pés nus. Enquanto eles são fofos, eu tenho que admitir, mas eu ainda estou bem frustrado. —Onde estão seus coelhos? — Eu pergunto.


Ela franze a testa e olha para os pés. —Eu não sei. No meu quarto? Eu tenho algo para te dizer. Que você quer envolver suas pernas em volta da minha cabeça? Não vá lá, Cameron. Eu sacudo minha cabeça. Péssima ideia. Eu pego uma garrafa de água e vou para o sofá. —O que está acontecendo com você? — Ela me segue. —Espere. Você está bêbado? Ela é adorável quando seu nariz enruga. Apenas como um coelho. Eu olho para os pés dela. Porra, ainda não há chinelos. Espera. Ela me perguntou alguma coisa. Oh, certo. —Eu tomei algumas. Eu me encontrei com Jackson para obter algumas informações. —Ooh— Ela se ilumina. —O que ele descobriu? Eu levanto a minha mão e faço um grande donut com o polegar e o indicador. —Fecho éclair. Seu rosto cai. —Eu sei, — eu digo. —Ele acha que eu preciso de alguém lá dentro. Ela sorri. Deus, eu gosto do sorriso dela. —Mesmo? — Ela diz. —Bem. Sobre isso...Você vai gostar disso. Eu deito de volta nas almofadas e bocejo. —O que eu vou gostar?


—Eu consegui um emprego lá. —Onde? Ela revira os olhos. —Foco, Nick. Na CandyShack. —Você. Conseguiu um trabalho. Na CandyShack? —Sim, — ela diz, muito devagar. —Eu consegui um emprego. Na CandyShack. De repente, as palavras se uniram. Eu entendo o que ela acabou de dizer. Eu me sento. —Que porra é essa, Alice? Tem alguma ideia de como isso foi estúpido? Quando olho para ela, está claro que essa não é a reação que ela esperava. Mas o que ela estava pensando? Seu rosto se contrai e, por um segundo, tenho certeza de que ela vai chorar. Em vez disso, seus olhos se estreitaram, sua expressão se transformando em aço. Ela cruza os braços. —Eu pensei que você ficaria feliz. —Isso é insano! — Eu grito. —Por quê? —Porque você é louca. Alice... Você e seus coelhos são adoráveis como o inferno. Mas vocês três não têm experiência de campo.


—Coelhinhos? Que porra é essa, Nick. Eu posso fazer isso. — Alice cruza os braços, determinada. —Tenho certeza que você pode. —Não seja irônico. — Ok, ela está muito brava agora. Então ela se levanta. —Talvez devêssemos falar sobre isso quando você estiver sóbrio. Algo sobre essa ideia faz sentido. Mas o nariz dela é tão enrugado e fofo que não consigo lembrar o quê... —Nick! —O que? —Você seriamente apenas fez boop no meu nariz? —Não. — Eu sorrio. —Sim, você fez! — Ela ainda está brava. Mas ela está rindo ao mesmo tempo. Como as mulheres fazem isso? Isso a torna ainda mais adorável. —Não, eu não fiz, — eu protesto. Mas talvez eu tenha feito porque mal posso resistir a fazê-lo novamente. Ela sacode a cabeça. —Nós vamos falar sobre isso amanhã, — ela bufa. —Mas apenas como cortesia. Porque eu estou aceitando esse trabalho. E quando você tiver tempo para ficar sóbrio e tomar um banho, perceberá que estou certa. Então ela se afasta.


AINDA ESTÁ ESCURO quando acordo com uma faca no crânio. Eu olho de relance para o relógio na minha mesa de cabeceira. Nem mesmo cinco ainda. Mais sono. Mas estou morrendo de sede. Algo pega em um olho. Eu abro o outro. Há um copo de água e dois comprimidos ao lado. Quero agradecer ao meu bêbado por ser tão proativo. Mas eu bêbado não é um tipo de pensamento voltado para o futuro. Então os acontecimentos da noite passada voltam correndo. Leva apenas alguns segundos para chegar à conclusão de que agora devo a Alice um agradecimento e um pedido de desculpas. Com um suspiro, eu me levanto e pego as pílulas. Eu ainda estou completamente vestido, então pelo menos eu não tenho que me perguntar se ela me despiu. Ela me colocou na cama? Nenhuma ideia. Uma coisa que eu sei é que depois que ela me deixou no sofá eu tomei uma bebida. Talvez dois. É tudo muito confuso, mas o que mais eu faria, sabendo que ela estava no final do corredor... na cama... talvez até dormindo nua... Eu engulo as pílulas e bato a água. Não é o suficiente. Quero voltar para a cama, mas sei que vou me arrepender amanhã - hoje se não me hidratar. Eu saio da cama e dispo para boxers. Então eu puxo um par de calças de moletom. Apenas no caso de.


Quando saio do meu quarto, vejo uma faixa de luz sob a porta de Alice. É cedo para ela estar de pé, mas talvez ela ainda esteja no horário de Nova York. Ou ela adormeceu com a luz acesa. Ou ela está ocupada costurando uma boneca de vodu Nick Cameron. —Provavelmente é isso. —Nick? Merda. Não pretendia dizer isso em voz alta. Meio segundo depois, a porta dela se abre. —Você está bem? — Ela realmente parece preocupada. O que me faz sentir como bundão ainda maior. —Sim, — eu digo, segurando o copo. —Obrigado por isso. Ela fecha o rosto. —Você saiu da cama antes do sol nascer para me agradecer por um copo de água? —Foi legal. Ela encolhe os ombros. —Um bom administrador antecipa as necessidades. Às vezes, antes que o empregador saiba quais são essas necessidades. Eu não tenho certeza do que estamos falando mais. Muito cerebral para mim agora, no entanto. —De qualquer forma, eu aprecio isso. —É um copo de água, Nick. Eu não resolvi a fome no mundo. Eu sorrio para ela. —Não desconte o Tylenol. Obrigado por aqueles também.


Suas sobrancelhas sobem sobre os óculos. —Mas sim, obrigado. E me desculpe por ser um idiota ontem à noite. Ela cruza os braços e olha para mim como, oh, então estamos fazendo isso agora? —EU... Eu deveria ter sido um pouco... menos perturbado. —E menos insultante. E babaca sobre eu conseguir um emprego na CandyShack? Quão útil dela relacionar minhas transgressões. —Sim, tudo isso também. Suas sobrancelhas sobem novamente. —Bem? Uh-oh O que estou perdendo. Pense Nick. —Eu sinto muito? —Eeeeeee. Pense mais, Nick. Porra. Eu Não tenho nada. —Deixe-me ajudar, — ela diz como se estivesse falando com uma criança. —Alice, eu sinto muito por ter me assustado quando você tomou a iniciativa de entrar na empresa de uma maneira que ainda não consegui. Eu era um idiota e você merecia melhor. —Tudo isso, sim.


Ela rola a mão até eu repetir a coisa toda. —Mesmo assim, — acrescento no final, —não amo a ideia. Seu olhar diz - muito alto e claro - eu não dou a mínima. Eu quase rio. Provavelmente é uma coisa boa que eu não sei. E toda essa conversa está fazendo minha boca um deserto pastoso. —Você acordada para o dia? — Eu pergunto. Ela acena com a cabeça. —Venha. — Eu aceno para a cozinha. —Estou aceitando esse trabalho, Nick, — ela diz enquanto me segue. Coloco meu copo embaixo da torneira da porta da geladeira. — Eu entendo, Alice, — eu digo, resignado. Porque não há como ela me deixar escapar, apesar de ser o único com a experiência. Eu respeito sua iniciativa, mesmo que eu ache que é um erro. Mas eu não vou deixá-la ficar cega. —Mas vamos ser inteligentes sobre isso. Nós vamos levar algum tempo e eu posso prepará-la para o trabalho secreto. Quando você começa? Eu trago o copo para os meus lábios. —Hoje. Eu quase engasgo. —O que? Ela está ali com o polegar entre os dentes, parecendo envergonhada. Adorável, mas envergonhada. —Uh, eu começo hoje.


—Você só pode estar brincando. Seus olhos se estreitam. —Desculpe, — eu digo. —Mas como? Quando isto aconteceu? Quanto tempo eu fiquei desmaiado? —Cale a boca, — diz ela, pegando o copo de mim e reabastecendo-o antes de pressioná-lo de volta na minha mão. —Eu encontrei Tiffany - Sra. PA da Janssen - ontem. Ela está desesperada por ajuda e me contratou no local. Eu olho para o relógio. Ainda é cedo. —Cristo. Ok, deixe-me criar uma identidade falsa para a papelada... —Uhhhh... — Há aquele polegar entre os dentes novamente. Eu fecho meus olhos. —Não me diga que você deu a eles o seu número de segurança social real. —Como eu deveria ser paga? Meus olhos se abrem para que eu possa dar a ela um olhar incrédulo. —Sério, Alice? Você precisa do dinheiro? — Eu sei que ela não faz. Entre o que ela está recebendo por este trabalho e o que eu vi no extrato financeiro que Jackson puxou, Alice Jones está indo muito bem, mesmo com seu fetiche por sapatos caros. —Não, — diz ela. —Mas eu preciso parecer legítima. Eu... Eu não pensei em você fazendo identidade falsa. Me desculpe por isso. —Nós vamos descobrir isso, — eu digo enquanto engulo o resto da água e coloco o copo na pia. Eu volto para o meu quarto.


—Eu pensei que você ficaria satisfeito, — diz ela para as minhas costas. —Eu... Eu pensei que era uma ideia inteligente. Quando ela disse que havia um emprego, eu... — ela pensa . —..Eu posso fazer isso. Seu tom ferido me deixa frio. Você realmente é um idiota, Cameron. Eu volto para ela. Ela não está chorando. Ainda. Por alguma razão, eu dou os dois passos em direção a ela e a puxo para os meus braços, colocando a cabeça dela embaixo do meu queixo. —Sinto muito, Alice. Foi uma ideia inteligente. Estou apenas frustrado com este caso. —Então me deixe ajudar, — diz ela. Ela empurra para trás e olha para mim. —Eu quero ajudar. Eu não quero apenas ser um troféu. Ela está certa. Ela está tão certa. Estou tão acostumado a trabalhar sozinho que não me deixei ver que ela poderia ser o que eu preciso. Quero dizer, o que este caso precisa. —Tudo bem, — eu digo, mudando de marcha quando eu a deixo ir e volto para a cozinha. —Vamos tomar um café porque temos muito a fazer antes de começar seu novo trabalho.


Capítulo Doze NÃO ME LEMBRO DE ESTAR tão nervosa no meu primeiro dia trabalhando como no de Olivia. Mas quando entro no edifício CandyShack na manhã seguinte, estou em pânico. Há muito em jogo. Eu preciso lembrar da minha reportagem de capa. Eu preciso procurar pistas, anomalias, coisas que não parecem corretas. Ah, e seja rápida, Lainey está ficando sem tempo antes que seus negócios sejam arruinados. Tudo isso em cima do nervosismo do primeiro dia. E se sentindo como uma fraude total. Além disso, uma pessoa horrível para enganar Tiffany. Pelo menos eu pareço bem no meu elegante suéter de seda, saia de linho sem rugas e saltos de gatinho. Como eu estava me preparando para sair do condomínio, Nick ainda me deu o polegar para cima. —Ótimo traje, — ele balançou a cabeça. —Você parece uma boa assistente responsável. O que é engraçado, porque essas são minhas roupas normais de trabalho.


Mas apesar dos nervos, me sinto bem. Depois de suavizarmos o drama, Nick subiu a bordo. Quando ele fez, ele completou um oitenta. Quando o sol começou a nascer e brilhar através das enormes janelas, ele abriu todo o dossiê do CandyShack. Literalmente. Ele espalhou todos os arquivos sobre a ilha da cozinha e me pegou em tudo até que minha cabeça começou a nadar com todos os detalhes. O que eu consegui juntar à minha própria pesquisa não foi nada comparado aos arquivos detalhados que ele montou na CandyShack, seus donos e todos, mesmo vagamente conectados à marca. Ele fez minha pesquisa na agência parecer uma brincadeira de criança. No começo, isso me fez sentir como uma amadora. Mas então, acendeu algo em mim. De repente, eu estava com fome de poder compilar esse tipo de dados eu mesmo. Para agir sobre isso. Para resolver mistérios. —Trabalho de campo— parece tão comum. Mas não isso; no campo é onde está a verdadeira excitação. Eu atravesso o saguão principal e me aproximo do balcão de segurança para entrar. O guarda me entrega um envelope com meu passe de segurança e alguns formulários de impostos, o que parece ser assim... oficial. Espero não estar aqui o tempo suficiente para receber um cheque de pagamento. Eu penso novamente sobre a quão estúpida eu tinha sido para dar-lhes a minha informação real. Claro, Nick teria me dado um falso SSN. Tão amadora, Alice. Bem, tarde demais agora.


Enquanto estou cortando meu crachá de segurança, meu telefone vibra. Eu puxo para fora da minha bolsa para ver um texto de Nick. Boa sorte hoje. Você tem isso. Eu sorrio, bato rapidamente: Obrigada. Eu espero pelo elevador. Agora que estou sozinha e tenho dois segundos para respirar, não posso deixar de pensar na noite passada. Tentei desvendar tudo e entender o que aconteceu. Nick ficou com raiva de eu conseguir o emprego. Enquanto eu fiquei surpresa na hora, agora que eu olho para o lado dele, faz sentido. Ele estava certo: eu não tenho a experiência e fiz isso sem consultá-lo. Mas ele veio por aí. E eu percebi que depois que o choque passou, ele ficou impressionado com a minha iniciativa. Mas isso foi apenas metade do que me fez pensar a maior parte da noite. Ele estava bêbado. E acontece que o bêbado Nick é doce e engraçado e tão delicado. Ele parece ter uma queda por meus chinelos de coelhinho, o que é estranho, mas fofo ao mesmo tempo. Eu não sou normalmente uma pessoa que gosta de bêbados, mas eu poderia dizer que era tão fora do personagem para ele. Algo sobre vê-lo com a guarda baixa era quente. Eu gostava dele um pouco desleixado, mais solto, não tão no controle o tempo todo. Embora, não me entenda mal, eu iria tomar o controle de Nick em um piscar de olhos. Por favor, com chantilly por cima.


Aposto que ele nem se lembra de como tentou me levar para a cama com ele. Eu só estava em seu quarto para colocar o copo de água e Tylenol em sua mesa de cabeceira quando ele pegou minha mão. Eu fui tentada. Muito tentada. Mas eu sabia que seria um erro. Um grande e gigante erro de final de carreira. Porque, por mais estranho que as coisas tivessem sido depois daquela farsa do escritório de Janssen, acordar com ele naquela manhã teria sido um zilhão de vezes pior.

SUBO AS escadas para o andar executivo e encontro Tiffany esperando. —Você está aqui! — Ela me cumprimenta, radiante. — OMG, isso vai ser ótimo. Ela me leva ao escritório da esquina - ou melhor, suíte de escritórios, desde que Tiffany e eu temos mesas em uma ante-sala, vigiando a entrada do domínio de Janssen. —Lar doce lar, — diz ela, apontando para a minha nova estação. Então ela literalmente me entrega as chaves do império da CandyShack. —Esta é a chave para o escritório do CEO, o banheiro executivo - tecnicamente não devemos ter acesso a ele, então apenas certifique-se de ir somente quando não houver ninguém por perto a sala de suprimentos, a sala de descanso, a sala de reuniões, a outra sala de reuniões, o armário do zelador. —Espere, é esperado que eu limpe? — Eu pergunto, meu coração afundando.


—LOL, — diz ela, nomeando as letras em voz alta. —Isso é apenas no caso de seu noivo quente decidir visitar e o banheiro executivo estiver ocupado. — Tiffany me dá uma piscada. —Oh. Obrigado? —Seja bem-vinda! Uma vez que tenho as chaves guardadas em segurança na minha mesa, Tiffany começa com todas as coisas digitais. Ela me dá códigos para as copiadoras, as impressoras de rede, um login para o software de RH e depois o código-mãe: ela me adiciona como administrador ao perfil do Outlook do Sr. Janssen, concedendo acesso a tudo: calendário, e-mails, seus arquivos digitais. Tudo. Se for preciso, posso até enviar e-mails como ele. Isso me enche de pavor e alegria - é muito poder. Mas isso significa que eu estou aqui. Nick definitivamente ficará satisfeito. Com certeza desta vez. Graças a Deus eu sei o que estou fazendo. Alice Jones, super secretária para o resgate! Capaz de mala direta com uma única macro! Descompacte uma copiadora com um único clipe de papel! Mas, falando sério, se eu não tivesse meu histórico como gerente de escritório, nunca seria capaz de fazer isso. As pessoas gostam de desprezar as secretárias, mas a verdade é que nós administramos o mundo. Estou feliz por ter todas as habilidades na ponta dos meus dedos - especialmente quando Tiffany deixa de ser


divertida, hilária, rainha de orientação para uma princesa totalmente preguiçosa. Começa quando ela deixa cair uma pilha de arquivos na minha mesa enquanto explica o relatório de vendas detalhado que ela precisa que eu compile. Ah, e ela precisa disso por dois, porque é quando ela está esperando o Sr. Janssen depois de sua reunião importante. Não tem problema, eu acho. Vou começar e pedir-lhe alguma direção. Às dez da manhã, quando estou presa, ela não está em lugar nenhum. —Hora de colocar sua capa do Super Secretária e descobrir isso, — digo a mim mesmo enquanto enrolo minhas mangas metafóricas. Mas no almoço estou completamente confusa. Depois do sono de merda da noite passada, estou fumegando, e minha cabeça está doendo seriamente. Este lugar tem zero sistemas de arquivamento de computador decentes. —O que você ainda está fazendo aqui? — Tiffany se materializa. —É almoço! —Mas os arquivos... —Oh, querida, deixe-os. Venha se juntar a mim e às garotas, estamos no andar de baixo. Eu exalo com alívio. —Ótimo. Eu não posso esperar para conhecer todo mundo.


É a verdade. Uma coisa que eu perdi sobre deixar meu emprego na empresa de contabilidade (não tudo sobre a minha história é uma mentira!) é a camaradagem que vem com estar em um escritório maior. Não me entenda mal, eu amo Olivia, mas ter um grupo com quem sair (e com quem você não fala) é divertido também. Além disso, isso me dará a oportunidade de sentir todo mundo. Assistentes sabem tudo. Já que é na Califórnia, eu suponho que vamos acabar em um lugar vegano, aprovado pela Gwyneth Paltrow. Não. Tiffany leva eu e as outras quatro mulheres para um lugar legal no estilo de uma rua na mesma rua. Todos pedem coisas gordurosas, fritas e recheadas de maionese. Ainda bem que esperei até o último minuto, segui o exemplo delas e comprei um cheeseburger com anéis de cebola. Quando em Roma! Além disso, yum. —Você vai se encaixar bem, — Suzie, a garota à minha direita, diz com um sorriso, me cutucando com o ombro. —Este é o dia da fraude, a propósito. Nós normalmente não comemos assim. —Ah, — eu digo, grata pela explicação. Essas mulheres são muito magras para comer assim o tempo todo. —É bom saber que eu não tenho que odiar todos vocês por serem naturalmente magras. —Eu sei certo? — Ela ri. —É ruim o suficiente com o doce. Nós só fazemos isso uma vez por mês, ou em ocasiões especiais. — Ela acena para mim, claramente a ocasião especial.


—Então, há quanto tempo você trabalha para a CandyShack? —Quatro anos, — diz ela. —Eu comecei na linha de embalagem e subi. —Oh sim? Isso é legal. —Eles são grandes em promover a partir de dentro, — diz ela com orgulho. —Agora sou assistente do chefe de pesquisa e desenvolvimento. Bingo! —Oh? — Eu digo, não tendo que fingir meu interesse. — Então você vê todos os novos doces antes de chegar às lojas? Ela me dá um sorriso tímido. —Sim. Às vezes também participo dos grupos focais. —Que legal! Você ajuda a desenvolver novos produtos. Ela sorri e acena com entusiasmo. —Sim. — Então ela se aproxima. —Na verdade, temos algo novo saindo em breve. Ainda não posso falar sobre isso, mas ajudei com isso. Bingo ao quadrado! Estou prestes a cutucá-la gentilmente para mais detalhes quando: —Oh, Aaaaliiiiiice, — Tiffany canta. Eu olho para ela interrogativamente. Espero que seja importante, eu estava progredindo. —Você tem um stalker. —O que? — Como posso ter um stalker? Eu nem moro nessa cidade!


Ela inclina a cabeça para o outro lado do restaurante barulhento e mal iluminado. Como um, todos na nossa mesa seguem seu olhar para onde um homem está sentado no bar. Está escuro no restaurante, mas ele está usando óculos escuros. —Mmmhmmm, — Suzie cantarola em apreciação. —Isso é um barfly7 sexy. Estou prestes a concordar quando percebo que não é um perseguidor. Ou barfly. É o Nick! Depois da noite passada, os óculos de sol fazem sentido. Mas por que ele está aqui? —Com licença, — eu digo, me afastando da mesa. Enquanto me afasto das mulheres, ouço os sussurros. Bem, todo mundo exceto Tiffany está sussurrando. Ela anuncia em voz alta que esse homem, pedaço quente de carne é meu noivo. Eu deslizo para o banquinho ao lado dele. —Temos que parar de nos encontrar em bares como este, — eu digo. Ele sorri, mas eu posso dizer, mesmo com os óculos de sol, que ele não está realmente sentindo isso. Eu gentilmente puxo os óculos de seu rosto, revelando seus impressionantes olhos azuis. Como noiva, tenho o direito de tocar o rosto dele. Especialmente quando sei que todas aquelas mulheres estão assistindo. Quem sabia que você era tão exibicionista, Alice?

7

Trocadilho com o filma Barfly


—Como vai você? — Ele pergunta quando coloco o copo no bar. Eu olho para ele de lado. —Você está me verificando? —Não, — diz ele. E então seus ombros caem um pouco. —Ok, sim. Não fique brava. Não é que eu não confie em você. Eu sou... Minhas sobrancelhas sobem enquanto espero. Ele sorri para mim sem jeito. —Estou entediado. E você estava tão bonita quando saiu hoje de manhã e eu me senti um pouco estranho sobre a noite passada ainda. Eu queria ter certeza de que estamos bem. Eu me pergunto se isso significa que ele se lembra do que aconteceu - na verdade, o que não aconteceu - em sua cama. Como se ouvisse meus pensamentos, Tiffany sussurra alto atrás de nós. —Então, ela é divertida, — diz Nick, olhando por cima do meu ombro. —Ela é inofensiva, — eu digo. Seus olhos retornam para mim. —Então, como está indo? —Na verdade, — eu digo. —Eu estava conversando com o assistente do chefe de pesquisa e desenvolvimento. Eles estão trabalhando em um novo produto... Ele inclina a cabeça. —Você não acha? Eu concordo.


—Alguma notícia sobre Janssen? —Eu não o vi hoje. Eu realmente pensei que ele estaria com você desde que você está melhor agora. Nick balança a cabeça - depois estremece. —Ele me surpreendeu. Eu me pergunto o que é isso. —Eu tenho acesso ao calendário dele, — lembro-me. —Posso verificar quando voltará ao escritório. Tiffany disse que espera por ele às duas. —Boa. Veja se você pode bisbilhotar disfarçando, deve haver uma trilha de papel. Verifique sua mesa para contas comerciais ou despesas. Qualquer papelada que parece fora dos livros. Ele não terá pago pessoalmente pela informação— acrescenta Nick, —mas eles também não vão querer deixar claro nos livros da CandyShack. Eu concordo. —Vou tirar fotos, se ver alguma coisa. Ele olha atrás de mim. —Você deveria voltar. —A minha comida é aqui? — Eu ilumino, e começo a voltar, mas ele pega meu braço, me impedindo. —Eu acho que você esqueceu alguma coisa. — Nick toca meu lábio inferior com um dedo. —Seu noivo não tem um beijo de despedida? Oh Deus. Seja legal, Alice. Sim, boa sorte com isso.


—Ha há, — eu digo, cada centímetro de pele sobre todo o meu corpo corando. Calorosamente —Claro. Certo. Como sou tola. Eu ando na direção dele e agradeço por estar de costas às mulheres na mesa. Porque eu não me sinto nada legal. Fisicamente ou figurativamente. Mas o Nick está. Seu olhar desce para a minha boca, fazendo seus olhos pesados e oh, tão sexy. Eu sinto as mulheres atrás de mim suspirarem coletivamente, como se estivessem assistindo o filme de romance mais quente se desenrolando na frente delas. A palma quente de Nick desliza ao redor do meu pescoço, deixando arrepios em seu rastro. Ele me puxa para perto enquanto a outra mão desliza sob o meu suéter para ancorar nas minhas costas, bem na minha pele. Minha pele superaquecida. —Nick? — Eu sussurro. —Mmmhmm, — ele cantarola contra os meus lábios. Seus olhos se fecham e os meus seguem enquanto a música, as vozes, as vaias, todas desaparecem no fundo. Ele puxa meu lábio entre os dentes e meus joelhos quase cedem. É possível ter um orgasmo enquanto está completamente vestida, de pé em um bar? Eu sinto que estou prestes a descobrir. Mas então, com uma última varredura de sua língua sobre o meu lábio inferior, o beijo acabou. Meus olhos se abrem. Nick está sorrindo para mim. —Vejo você em casa, cara.


Ele pega seus óculos de sol. Então, ele olha preguiçosamente para a mesa de mulheres certamente desmaiando e as cumprimenta antes de se virar e sair.

DE VOLTA AO ESCRITÓRIO, olho para a agenda do Sr. Janssen, mas não vejo outra coisa senão um calendário social muito ocupado: eventos de caridade, jantares e shows na galeria. Mas isso não explica por que ele iria cancelar com Nick. Eu não posso imaginar por que alguém iria cancelar algo com esse homem... Eu certamente gostaria que o ar condicionado neste escritório estivesse funcionando melhor. —Como está indo esse relatório? — Tiffany pergunta, se materializando ao lado da minha mesa. —Quase pronto. As sobrancelhas de Tiffany sobem em choque. Ela acha que eu não faria isso? Foi algum tipo de teste? Ela suspeita das minhas verdadeiras razões para estar aqui? —Estou surpresa que o Sr. Janssen não esteja aqui. Ele não vem todos os dias? — Eu pergunto casualmente. —Normalmente, sim. Embora ultimamente, ele parece estar gostando de passar tempo com seu noivo, o que eu entendo totalmente. — Ela se abana. Eu não a culpo nem um pouco.


Concentre-se, Alice. —Ele não estava com ele hoje de manhã, — eu digo. —Não, ele esqueceu que tinha um compromisso muito importante, — ela diz e então aperta o rosto e acrescenta, mais calmamente: —Na verdade, eu estraguei tudo e fiz uma reserva dupla para ele. Compromisso muito importante? Como, tendo a ver com segredos comerciais? —Oh? Soa interessante. —Não exatamente. — Tiffany olha em volta e se inclina para mim. —Ele estava recebendo suas costas depiladas. Eu pisco. —Eu entendi direito? — Ela ri, provavelmente pelo olhar horrorizado no meu rosto. —Mas eu disse a ele que não vou tocá-lo a menos que ele se livre dos pelos regularmente. Ela estremece e faz uma cara de grosseria. Espera. O que? E aqui eu pensei que estava horrorizada com a depilação. —De qualquer forma, — diz ela. —Ele estará aqui em breve, então... — Ela acena a mão para o meu computador antes que ela desapareça no corredor. —Bem, isso era muita informação, — eu digo para minha tela. Tiffany está tendo algum tipo de caso secreto com Bert Janssen?


Oh garoto. Mas quando ouço Tiffany falando em voz alta com alguém no corredor, percebo que esta é a minha chance. Eu me enfio no escritório do Sr. Janssen e examino a sala. Como o escritório em sua casa, é tudo verde caçador masculino, grandes estantes de livros e uma enorme mesa coberta de pilhas de papel e pastas aleatórias. Existe um computador, mas não está ligado. Não é grande coisa, já que tenho acesso a todos os seus arquivos digitais - os quais vou dar uma olhada mais tarde. Eu nem sei o que estou procurando, então eu uso meu telefone para tirar um monte de fotos, esperando que algo seja útil. Estou tentado começar a procurar dentro das pastas, mas não quero desarrumar nada. Esperar. Há uma pasta vermelha debaixo de uma pilha. Isso tem que significar alguma coisa. Eu uso minha unha (sem impressões digitais!) para deslizar dos outros. A guia impressa na pasta vermelha diz: Projeto Wonka - planos de lançamento classificados. Isso tem que estar relacionado aos chocolate, certo? Estou prestes a abri-lo para tirar algumas fotos quando ouço passos. E eles estão chegando mais perto. Crapsticks! Eu olho em volta da mesa e realmente considero mergulhar, mas isso só funciona nos filmes. Não há nenhuma maneira no inferno que eu seria capaz de fazer isso. Dois segundos depois, o Sr. Janssen aparece na porta.


—Oh, olá. Eu endireito as pastas e sorrio para ele, espero que não seja como uma pessoa louca. —Oh! Oi Sr. Janssen! Eu estava apenas arrumando para você. —Alice, certo? —Sim! Noiva do Nick. Ouvi dizer que você está chutando a bunda dele no golfe. Ele sorri. —Eu acho que ele está me deixando ganhar, para ser honesto. Não que eu não aprecie isso. Embora aquele décimo sétimo buraco de ontem tenha ficado um pouco cabeludo. Eu quase engulo a minha língua com a menção de cabeludo. Me mantenho focada em organizar os arquivos. —Você não precisa fazer isso, — diz ele. —Ah, ai. Essa é a que eu vim para pegar. Ele pega a pasta vermelha. Enquanto assisto, desejando ter mais dois minutos para investigar, ele coloca a pasta na bolsa. Ele me dá um sorriso. —Bem-vinda ao time. —Posso fazer alguma coisa? Fazer algumas cópias? Como do conteúdo dessa pasta vermelha. —Não, obrigado. Estou indo para casa agora, então não se preocupe em trabalhar até tarde. Tenha uma boa noite. E então ele sai - com a nossa maior pista até agora trancada firmemente naquela bolsa.


Capítulo Treze HOJE À NOITE É A NOITE DAS GAROTAS no Gemma, e mesmo que eu esteja com um cérebro morto desde o longo dia que eu tive, eu lembro de passar pela sala de doces grátis no meu caminho para fora da porta e carregar muitos lanches do cinema. Parte de mim só quer cair na cama, mas estou animada para conhecer os amigos dos quais venho ouvindo tanto - desde que eu não seja a desajeitada quarta irmã mais velha. Também é uma boa desculpa para evitar Nick no apartamento. E garoto, eu preciso de um. Porque: aquele beijo no almoço. E o toque de ontem à noite. Eu preciso ser profissional. Mas droga, ele está quebrando minha resistência, e a distância física real pode ser a única coisa que me impedirá de pular em seus ossos. Eu chego do trabalho e encontro um apartamento vazio. Graças a Deus. Eu tiro o —anel de noivado— e coloco em uma gaveta, porque não estou explicando isso para minha irmã. Depois de uma rápida mudança para calça de yoga e uma camiseta confortável, chamo um Uber para ir até Gemma. Fora com amigos esta noite, eu escrevo para o Nick no caminho.


Não vou esperar, ele responde. Uma piada. Eu acho. Eu odeio não poder contar o contexto a partir de uma mensagem digitada. Ou talvez o que eu realmente odeie seja meu crescente desejo por esse homem. Quando o carro estaciona no prédio de Gemma, eu finalmente me sinto relaxada. Noite das garotas com carboidratos, açúcar, filmes e amigos é exatamente o que o médico receitou. Pego minha sacola gigante de guloseimas e dou gorjeta ao motorista, depois subo dois lances de escada. Gemma mora em um prédio de tijolos em uma área que ela chama de forma otimista —para cima e para frente, — mas não parece tão ruim para mim. Quando chego ao seu andar, já consigo ouvir a música e as vozes, e quando encontro a porta destrancada, enfio a cabeça para dentro. —Olá? —Lá está ela! — Gemma exclama. Ela está de pé na pequena cozinha da cozinha com seu grande liquidificador e as preparações para margaritas alinhadas na frente dela. Eu coloco o saco de doces no balcão, e ela vem para me dar um grande abraço. Como se tivesse passado meses desde que a vi e não apenas dias. —O que você trouxe? — Ela pergunta enquanto olha por cima do meu ombro na bolsa. —CandyShack! Você deve ter gasto um zilhão de dólares! Veja tudo isso! Ela pega um pirulito, arranca a embalagem e enfia na boca. — Margarita? — Ela diz em torno de sua boca cheia.


—Sim por favor! — Eu exclamo, em seguida, viro para cumprimentar a mulher do outro lado da cozinha que está misturando uma massa numa tigela gigante. —Oi, eu sou Alice. —Zoey, — ela sorri, empurrando para trás uma mecha de cabelos escuros. Ela está vestindo jeans e uma camiseta que se ler O futuro é feminino. Eu gosto dela já. —Eu ouvi muito sobre você! —Você também, — eu rio. —Estas serão as panquecas que Gemma prometeu em seu nome, eu presumo? Ela revira os olhos. —Não panquecas. Crepes. Juro que sua irmã diz merda assim só para me irritar. —Esse é o esporte favorito dela. — Eu sorrio, mas agora estou mais ansiosa pela comida. Zoey é uma cozinheira treinada que Gemma me disse ter deixado uma carreira de restaurante de muito sucesso para abrir seu próprio caminhão de comida, servindo lanches durante todo o dia. O lugar tem muitos seguidores nas mídias sociais agora, e eu não posso esperar para provar os produtos por mim mesma. De repente, eu ouço um barulho latente, e dois cachorrinhos gordinhos vêm correndo para a cozinha. Outra mulher chega logo atrás dos cachorros, esta é magra e esbelta, com cabelo loiro escuro em uma trança, usando um lindo vestido de verão... —Esses pequenos monstros marinhos? — Eu pergunto, apertando os olhos. Ela sorri. —Sim! Você deve ser Alice. Eu sou Eve. Eve me dá um abraço amigável antes de pegar as pequenas bolas de pelos uma em cada mão. —Eu sinto que já conhecemos você, tão bom conhecê-la pessoalmente.


—Espero que minha irmã só lhe diga coisas boas sobre mim, — eu digo. Gemma estende a língua: —Você deseja! Antes mesmo de perceber o que estou fazendo, eu alcanço os filhotes. —Eu posso... —Sim! Esse é o Tink. — Eve coloca o filhote de coleira rosa nas minhas mãos. —E esse carinha aqui, — ela diz ao mesmo tempo que enche o filhote de coleira roxa de beijos, —é o Petey. Não é? Petey da carinha fofa! Eu rio e aconchego Tink porque: são cachorrinhos! A noite das garotas ficou ainda mais terapêutica. —Eles são adoráveis. Eles são seus? Ela sacode a cabeça. —Infelizmente não. Eu só estou cuidando deles enquanto os donos estão em uma excursão em vinhedos. Não que eu me importe nem um pouco. Eu poderia ter que manter esse cara. Certo, Petey? Petey rosna em resposta, fazendo-nos rir. —Eu não te contei a parceira de Eve é uma passeadora de cães para as estrelas? Gemma diz, segurando o pirulito da boca enquanto fala. —Seus clientes são tão exclusivos, ela teve que assinar NDAs para cães de famosos. Eu nem estou brincando. Eu olho para Eve porque minha irmã tem que estar exagerando, mas ela está concordando. —Então, se você perguntar o que Petey come no café da manhã, eu não posso nem te contar. —Whoa, — eu digo. —Isso é louco. É alguém famoso?


—A maioria deles são bilionários de tecnologia, — diz ela. — Mas uma vez, um dos cachorros fez xixi em Justin Timberlake no parque. Eu ri. —Glamouroso! —Então, o que te traz à cidade? — Zoey olha para cima de sua preparação de comida. —Gem diz que você está aqui a trabalho? Eu aceno, grata pelo filhote para me concentrar para que eu não tenha que olhar nos olhos de ninguém quando eu mentir. —Sim. Um dos clientes da minha empresa está sendo auditado, então precisa se preparar. Há muita papelada e planilhas que eles me pediram para ajudar. —Quem é o cliente? — Gemma pergunta. É uma pergunta razoável e ela provavelmente nem se importa muito. Eu paro por um momento, distraindo-me esfregando a barriga de Tink para organizar meus pensamentos. Eu estava prestes a dizer CandyShack para simplificar. Mas isso não parece inteligente. Não quero que haja uma maneira de me rastrear até a empresa. Além disso, sinto que preciso contar a ela pelo menos alguma coisa sobre Nick, e se ela nos ver pela cidade juntos? —Então, aqui está uma história engraçada, — eu digo, tomando fôlego. —Lembra-se em Nova York, aquele cara no bar? Gemma pisca para mim. —Que cara? —Aquele com a maleta? Que foi para os filmes de Bond? — Eu tento parecer casual. Ela aponta seu pirulito para mim. —Oh! Homem louco?


Eu concordo. —Esse mesmo. Gemma assobia. —Aquele cara era gostoso demais. — Ela olha para as amigas. —Cabelos escuros, ombros largos, mandíbula quadrada, tão espetacular. Eu rolo meus olhos para ela. Mesmo que ela esteja tão certa. — De qualquer forma, coincidência, ele acabou sendo o cliente. Ele estava na cidade para se encontrar com minha empresa. —A sério. Então... , — acrescenta ela, maliciosa. —Você está dormindo com ele? —NÃO! — Eu grito, surpreendendo Tink. —Shh! — Eve apela. —Esses filhotes não estão totalmente treinados ainda. —Opa, — eu digo, aconchegando o cachorro no meu peito, grato por não ter causado um acidente. —De qualquer forma, não. Eu não estou dormindo com ele. Ele é um cliente. Eu não posso. Mesmo se eu quisesse. O que eu realmente faço. Gemma franze a testa. —Mas você não é a contadora. Você é apenas uma assistente. Eu dou a ela uma olhada. —Apenas um assistente? —Você sabe o que quero dizer, — diz ela, acenando. —Mas não há realmente um conflito de interesses. Você não está na sua folha de pagamento, certo? Quero dizer, puta merda, como você deve conhecer pessoas?


—Combinação Perfeita? — Zoey oferece. —Estive lá, falhei nisso, — eu digo, pensando em Don em seguro. —Minha última experiência foi... vamos apenas dizer, menos que incrível. — A menos que você conte como Nick me salvou. —Aplicativos de namoro são ruins, — lamenta Eve. —Mas o que mais devemos fazer? Vá para a Whole Foods8 e espere o Sr. Perfeito entrar e apertar o abacate ao seu lado? —Ou a lavanderia, — diz Zoey. —Porque quem não quer ver um cara desgastado no primeiro encontro? —Ugh, — Gemma diz, estragando o rosto. —Eu não namoraria um cara que não tenha sua própria lavadora e secadora. É onde o bar fica, senhoras. Eu ri. —Como estamos indo no jantar, café da manhã, almoço? — Gemma se vira para Zoey. —Estou pronta para desmaiar em uma bagunça patética e faminta no chão. —Rainha do drama, — Zoey sorri, com o afeto familiar de um verdadeiro amigo. —Crepes estão prontos em dez. —Perfeito. Margaritas estão prontas. Eve, você quer começar o filme? —Feito.

8

é uma rede de supermercados multinacional dos Estados Unidos que comercializa produtos naturais, orgânicos ou sem preservantes, sabores, cores e gorduras artificais


—O que estamos assistindo? — Eu pergunto, pegando uma barra de chocolate para me ajudar. O cheiro desses crepes está deixando minha boca com água. —Notting Hill— Gemma sorri. —Porque quem não ama um cara quente em uma livraria. —Exatamente ninguém, — eu concordo, rindo. —Exceto sempre que eu vou, é sempre um tipo com um rabode-cavalo que me quer convidar para a sua oficina de escrita de fantasia. — Gemma suspira. —É a vida. Hugh nunca nos decepciona.

UM FILME, três margaritas, e quatro - tudo bem, seis deliciosos crepes depois, e estou bem e verdadeiramente satisfeita. Sufoco um bocejo enquanto coloco o último copo no escorredor. —Você não precisa lavar a louça. — Gemma entra atrás de mim. Eu desligo a torneira. —Engraçado como você espera até que eu termine de fazer isso. Ela sorri. —Opa. Eu limpo minhas mãos em seu pano de prato. —Mas com isso, estou saindo. Estou exausta. —Não é mesmo tarde! — Minha irmã protesta. —Fique, assista outro filme comigo. Ou Heartbreak Hospital! — Ela acrescenta, nomeando nosso drama médico de prazer culpado. Estamos assistindo há dez anos, e nós duas somos as únicas pessoas que


sabemos que ainda estão esperando por ligações ilegais de quarto de plantão e travessuras médicas. Mas por mais que eu gostaria de desmaiar com o cabelo amarrotado perfeito do Dr. Casanova, —eu tenho trabalho de manhã. —Certo. Com seu cliente quente. Eu concordo. —O que há de errado? — Ela pergunta, me observando. —Nada, — eu insisto. —Alice— Gemma me dá uma olhada. —Você não pode me enganar. Ela está certa. —Eu talvez, possivelmente, tenha uma pequeníssima paixão pelo meu cliente, — eu admito. —Eu sabia! — Ela lança um punho triunfante no ar. —Pegue ele! Problema resolvido. Eu ri. —Eu não posso, Gems. Ele é meu cliente. É tão complicado. — Muito mais complicado do que ela sabe, mas não posso contar. Eu também não posso contar a ela sobre os beijos. E o fingimento de estarmos noivos. Eu quero, mas legalmente não posso. Para evitar soltar alguma coisa, coloco uma trufa na minha boca.


Deus é tão delicioso. Talvez esteja traindo Lainey, mas CandyShack realmente sabe o que está fazendo. —Uau, isso é bom, — eu digo, olhando para o invólucro. É rico e aveludado com um toque de algo picante. Na verdade, é semelhante ao de Lainey no outro dia. Eu me pergunto... —Terra para Alice, — Gemma chama. Ops! —Desculpa. Eu... É realmente muito confuso. De qualquer forma, ele mora aqui. E eu estou em NYC. — Mais ou menos. Nick Cameron é uma pedra rolante. Mais uma razão para ele não ser o cara certo para mim. Mesmo que tudo sobre ele pareça que ele é o cara certo para mim. —Pare de pensar demais, — diz Gemma, pegando uma trufa. — Deixe suas partes de senhora decidirem por você uma vez. Ela sabe que você precisa transar. A vida é curta. Bate-lo e depois voltar para Nova York. Suas regiões inferiores agradecerão. Ela faz parecer tão simples. Mas é claro que ela não conhece a história toda. Embora eu não tenha certeza se isso mudaria de ideia se ela soubesse. Além disso, seria dois contra um. Minhas partes de senhora estão muito do lado dela. —Foda-se, — diz Gemma, pegando outro chocolate. —Essas trufas são orgásticas. Eu ri. —Essa é a minha sugestão para sair. Vou deixar você e suas partes de senhora sozinha com o doce.


Eu pego minha bolsa e abro a porta, e quase caminho direto para o que parece ser um lenhador. Um lenhador jovem com cabelos longos e uma barba escura, descalço em uma calça de moletom baixa. Ele não me vê, porque ele está de outra forma envolvido, beijando em adeus uma mulher na porta do apartamento do outro lado do corredor. Gemma olha para mim e sua risada desaparece. —Ótimo— Gemma rosna. —Aberração. Meu vizinho idiota, — ela acrescenta, explicando —Shhhh! — Eu digo por que minha irmã pode ser barulhenta. Realmente barulhenta. Ela suspira e levanta a voz. —Zach! O homem parece ignorar Gemma. Mas seu encontro não, é quando ela solta um grito de surpresa, murmura algo e corre pelo corredor em direção ao elevador. O olhar do lenhador finalmente se vira para nós. —Olá, Emma, — diz ele. —É bom ver você, como sempre. Gemma não o corrige. —Bom ver você e seu sabor da semana. Quem foi desta vez? Kiki? Kelsey? —Kate. — Ele dá a ela um sorriso preguiçoso. —Você sabe, eu acho que posso ter uma abertura. Eu poderia te ajudar... a última semana de julho, — diz ele. —Devo pegar meu calendário? Eu sufoco uma risada enquanto minha irmã se vira para mim.


A expressão presunçosa do homem desaparece quando ele me percebe. Ele se aproxima e estende a mão. —Zach, — diz ele com um sorriso encantador. —Você deve ser a irmã mais legal e muito menos tensa de Emma. —Você está exatamente certo, — eu digo enquanto aperto sua mão. —Eu sou Alice. Gemma solta alto, —UGH! Zach está prestes a dizer algo mais quando um telefone toca atrás dele. —Eu acho que é o sabor da próxima semana. — Ele pisca para nós e depois desaparece em seu apartamento. Eu me viro e olho para minha irmã. —Não mesmo, — diz ela. —Esse cara é tão nojento. —Eu não sei, Emma, — eu digo. —Eu dei uma olhada lá dentro, parece que ele ainda tem sua própria máquina de lavar e secar roupa.

QUANDO ESTOU no Uber e volto, eu mando para Nick que estou a caminho. Eu ainda não estou acostumada a dividir um lugar com ele, então eu sinto que preciso dar a ele um aviso justo, caso ele esteja andando nu ou algo assim. Eu definitivamente precisaria de aviso para isso.


Ainda fora, ele retorna apenas um momento depois. Assistindo o jogo com Jack. Estou aliviada e desapontada por ele não estar em casa. Tanto para ele não esperar, acho que quando o Uber contorna a última curva. Mas quando o carro estaciona, vejo o que parece ser um ninja emergindo furtivamente do saguão. Não, não é um ninja, porque isso é ridículo. Um ladrão de gatos. De preto: calças, camiseta de manga comprida, gorro preto. Muito suspeito. Sim, um ladrão de gatos faz mais sentido, Alice. Eu balancei minha cabeça, lembrando-me de não ficar muito dramática. Então o ninja-ladrão-gato começa a andar e eu reconheço o andar casual. É o Nick. O que isso? O que ele está fazendo? Ele disse que ainda estava fora... o que significa que ele mentiu para mim. Mas por que? —PARE O CARRO! — Eu grito. Desnecessariamente. Porque o carro já está parado. Estou prestes a sair do banco de trás. Mas antes que eu tenha a chance, Nick corre até um Prius estacionado na rua. Ele pula para o lado do motorista e decola.


—Siga aquele Prius! — Eu falo. —Senhora, eu sou... —VAI! — Eu grito. —Eu vou pagar o que for! APENAS VÁ! Ele pisa no acelerador, empurrando-me de volta para o banco. Eu coloco meu celular na minha bolsa e me preparo para o que quer que seja. Meu coração está acelerando. Eu não consigo recuperar o fôlego. Meus olhos estão treinados no carro à nossa frente enquanto ele está descendo a rua. E eu não consigo parar de sorrir. Isso. Essa é a sensação que eu estava esperando.


Capítulo Quatorze SEGUIMOS Nick através de um labirinto de ruas, até que finalmente ele encosta no meio-fio e para o carro. —Obrigada! — Eu digo ao cara do Uber, jogando algumas notas sobre o banco para ele antes de pular para fora. Eu corro pela rua e me coloco na frente do carro de Nick, assim que ele sai. —Bem, é bom ver você aqui. O queixo de Nick cai. Eu sorrio. —Alice? Mas? O que você está fazendo aqui? —Eu poderia te fazer a mesma pergunta. Ele olha para a rua. —Nada. —Certo, — eu digo, cruzando os braços sobre o peito. —Boa história. —Tudo bem, — Nick suspira. —Eu preciso fazer algum reconhecimento, — diz ele, acrescentando um muito pontudo, — Sozinho. Eu olho em volta, imaginando o que é tão interessante. É quando percebo que estamos na esquina da mansão dos Janssen. E, com base em sua roupa, por —reconhecimento, — ele quer dizer


bisbilhotar. E eu que pensei que estava animada com uma perseguição de carros. —Isso é ótimo! — Eu exclamei. —Você pode me ensinar esses truques de abrir cadeado. Nick ri. —Sim, não. Volte para o apartamento, Alice. —Não posso. — Eu dou de ombros. —Meu Uber se foi. Seus olhos se movem atrás de mim e depois de volta para os meus. —Não tanto quanto eu posso dizer. O que? Eu me viro para ver o carro do Uber. Que é apenas sentado lá. Sério, cara do Uber? Você parecia com tanta pressa há apenas dois segundos! Como o motorista me ouviu, o carro se afasta do meio-fio e canta pela rua. Eu volto meu olhar para Nick. —Você estava dizendo? Ele franze a testa. —Eu estava prestes a dizer que você não poderia estar aqui. —E porque não? Se não fosse por trazer-lhe o calendário de Janssen, você nem saberia que ele e sua esposa estão fora esta noite. — Meus olhos se arregalam. —Você vai atrás da pasta vermelha? Aposto que a informação está aí. Se encontrarmos ... —Alice! — Ele parece frustrado. —Eu não estou fodendo por aí. Isto não é um jogo. Você precisa voltar para o apartamento. —Não.


Eu olho para ele. É por isso que aceitei esta tarefa. Quero dizer, não para quebrar e entrar, exatamente, mas... Para ter aventuras. Assumir riscos. Me empurrar para fora da minha zona de conforto. E eu estou supondo que tudo o que Nick planejou esta noite é muito diferente da minha rotina habitual. Ele deve ver que estou falando sério porque finalmente, ele exala. —Bem. Mas você deve me ouvir, não tocar em nada e... e me escutar. Compreendeu? Eu digo. —Entendido. Ele balança a cabeça, mas eu juro que vejo a sugestão de um sorriso. —Vamos, — diz ele enquanto agarra meu braço e me puxa para a mansão. —E lembre-se, sem tocar!

SÃO NECESSÁRIOS dois segundos para passar por um portão dos fundos e entrar na casa, pela porta que usamos da última vez. Nick não é apenas um perito em fechaduras, mas algum tipo de mago dos alarmes, porque ele faz um trabalho rápido no sistema principal. —O aniversário do filho de Bert, — explica ele, enquanto as luzes piscam para verde. Estou impressionada. Nós nos esgueiramos pelo corredor e voltamos para o escritório principal, mas para minha decepção, a pasta vermelha está longe de ser vista.


Na verdade, parece que nada foi tocado desde que fomos pegos aqui naquela noite. Aquela noite. Garota, aquela escrivaninha traz de volta memórias. Eu olho para Nick e engulo em seco. Talvez aparecer nesse filme não tenha sido uma ótima ideia, afinal. Especialmente quando Nick parece tão gostoso como um ladrão de gatos muito competente, usando calças justas. Eu nunca me referi a um homem como catnip9, mas Nick Cameron se encaixa nessa descrição agora. —Então, — eu digo quando estamos saindo do escritório, procurando algo para tirar minha mente das calças de Nick. Ou, mais especificamente, o que está nelas. —Você mentiu para mim. Nick olha para mim por cima do ombro. —O que? —— Então, antes que eu possa responder, ele pega minha mão e me puxa pelo corredor em direção a um conjunto de escadas de volta. —Quando você me mandou uma mensagem. Você disse que estava fora. —E? —Eu não gosto de ser enganada, noivo. Ele sorri. —Falso noivo. E você teria ficado no apartamento se eu tivesse contado o que eu estava fazendo? Sem hesitação. —Não.

9

Erva de gato ou um homem irresistível.


Ele levanta uma sobrancelha como se dissesse: Bem? Eu sorrio para ele. —Eu estou aqui de qualquer maneira, então... —Contra meu melhor julgamento. Eu gosto de trabalhar sozinho. — Seus olhos deslizam pelo meu corpo. São como oito mil graus nesta casa? —Mesmo que você seja uma ladra muito fofa. —Não é tão ruim assim, Ocean's Eleven, — eu volto. Ele bufa enquanto olha para si mesmo. Será que ele seriamente não sabe o quão quente ele é? Claro, isso só o deixa mais quente. —Vamos lá, — diz ele, puxando-me para as escadas. —Você acha que James Bond tem as mãos em seus parceiros? — Eu digo enquanto nos apressamos para o próximo andar. —Você sabe o que dizem... Eu olho para ele, esperando. —Mantenha seus inimigos próximos, sua noiva falsa mais perto. Estou prestes a protestar quando chegarmos a um conjunto de portas duplas. —Quarto principal, — Nick sussurra. —Talvez Janssen tenha deixado o arquivo aqui. Ele usa a lanterna do telefone, iluminando a sala apenas o suficiente para ver. Ele se aproxima de uma cômoda coberta de papéis. Eu olho em volta enquanto ele começa a folheá-los, com cuidado para manter tudo no lugar.


O quarto é enorme. Mas é tão lindamente decorado que é aconchegante e luxuoso, mas não muito. Este quarto faz com que o espaçoso quarto de Nick pareça pequeno. Não, Alice. Não vai lá. Porque a última coisa que preciso é estar pensando no quarto de Nick. Embora. Aqui estamos nós neste quarto. Juntos. Não que nós vamos fazer qualquer uso da cama. Embora haja aquela chaise suntuosa... Fico feliz que as luzes estejam apagadas e Nick ocupado. Porque eu estou de repente corando ferozmente. Espera! Na espreguiçadeira! Maleta de Janssen. Eu dou uma olhada por dentro. A pasta vermelha! Jackpot — Nick! — Eu sussurro. Ele olha por cima. Eu levanto a pasta. —Projeto Wonka - é isso que você estava procurando? Isso chama sua atenção. Ele vem e eu passo as primeiras páginas para que ele possa tirar fotos, organizando mais no topo quando ele gesticula que está pronto. Estamos quase na metade quando ouvimos uma porta bater embaixo. Eu congelo. Oh meu Deus. De repente, a verdade do que estamos fazendo me atinge: nós invadimos a casa de uma pessoa. Uma pessoa muito rica com um exército de seguranças privados e advogados.


O que parecia ser apenas um jogo antes de repente se torna real, bem rápido. Eu não quero ir para a cadeia! Nick rapidamente empurra o arquivo de volta para a pasta — Closet! — ele sussurra, gesticulando. Ele abre a porta, mas a frase — closet— é risível quando se refere a este enorme camarim, completo com armários, outra chaise, e uma ilha com tampo de mármore com uma centena de gavetas. Além do quarto é um grande banheiro. Não que eu esteja surpresa. Porque o quarto dos meus sonhos obviamente teria esse armário dos sonhos. Um que faz Carrie Bradshaw parecer meh em comparação. Nick procura um esconderijo. A porta do quarto exterior se abre. Merda. Eu o agarro e silenciosamente o puxo para o banheiro. Podemos nos esconder no chuveiro. Nãoooooooo O chuveiro é de paredes de vidro. Não fosco, não colorido. É uma porra de janela. Cristal limpo também. Nem uma gota de espuma de sabão. Os Janssens estão vivendo minha vida de sonho em todos os sentidos. Os olhos de Nick vão ainda mais largos. Até eu notar uma porta estreita ao lado de uma pilha de prateleiras de toalha. Por favor, Deus, deixe isto ser um armário! Eu abro a porta. Aleluia! Orações respondidas. É minúsculo, mas terá que servir.


Eu empurro para dentro, abrindo os roupões pendurados para me esconder atrás deles. E quase quebro minha perna quando o chão desaparece. — Cuidado, — eu sussurro, avisando Nick enquanto ele me segue. — Venha até a parte de trás. —Que porra é essa? — Ele aponta seu feixe de luz para o chão. Ou, onde o chão deveria estar. —É uma rampa de lavanderia. Vamos. Ele olha para baixo novamente. Então para mim. Eu concordo. —Não é grande o suficiente para escapar, se é isso que você estava pensando. —Esperando, — ele suspira. Então ele fecha a porta atrás de nós, mergulhando-nos na escuridão. Eu sinto sua forma ao meu redor. A parte de trás deste armário é talvez dezoito polegadas de profundidade. O que significa que Nick está pressionado contra mim, suas mãos estão na parede atrás de mim, me prendendo. Não tenho onde colocar meus braços, então descansei minhas mãos na cintura dele. Oh, sua cintura justa e firme. Meu coração já está batendo forte, mas agora, parece batendo extra rápido.


Eu mencionei que ele está bem contra mim? Como cada centímetro dele. Eu tenho um pensamento repentino de quantos centímetros eu gostaria de ter contra mim. Este momento de oh baby é subitamente interrompido por uma risada alta, Sra. Janssen. Nick e eu ficamos parados. —Oh, Margie! Não seja boba! — Ela diz em seu sotaque belga, enquanto entra no banheiro. Eu posso ouvir seus saltos no chão de mármore. —Não... Eu disse a ele que o encontraria lá. Ele tem estado tão ocupado com esse italiano... sim, o gostoso do iate. — Ela ri novamente. —Ele é... Eu sei... Eu levantaria suas velas! Talvez seja a adrenalina me dando uma reação inadequada a toda a situação, mas eu tenho que pressionar meu rosto no ombro de Nick para não rir junto com a Sra. Janssen. Mas ao mesmo tempo, isso não é interessante? Tiffany está tão errada. A Sra. Janssen não é tão puritana quanto pensa. Eu me pergunto se ambos os Janssens têm seus navios em outros portos. —Aposto que ele me faria vir! — Mais risos. Eu arrisco um olhar para Nick. Seus olhos estão fechados e ele parece um pouco envergonhado. Mas também divertido. Não que eu possa culpá-lo.


Ele abre os olhos e me vê olhando para ele. Ele morde o lábio. Tenho certeza de que ele está fazendo isso para não explodir em gargalhadas. —Aposto que seu mastro é enorme! Oh Deus. Eu tenho que pressionar meus lábios juntos ou vou perder isso. —Tudo bem, Margie, — diz Veronique, —é melhor eu ir. Bert está me dizendo que ele está esperando... Sim. Verei o que posso fazer. Vejo você no vinho... Quero dizer clube do livro. Quando ela diz isso, ela parece muito próxima. Como, muito, muito perto. Eu estou segurando minha respiração. Tenho certeza que Nick também está. Felizmente, a Sra. Janssen não tem nenhuma roupa suja, então continuamos despercebidos. Alguns momentos depois, ouvimos passos. Então a porta do quarto se fecha. Alívio cai através de mim. Oh meu Deus, isso estava próximo! Eu me agarro a Nick, ofegando por ar. Eu não posso acreditar que quase fomos pegos assim. Ou que estamos tão próximos, sozinhos aqui no escuro.


—Você estava certo. Me desculpe, isso está muito acima do meu salário, — eu sussurro, ainda me agarrando a ele. —Eu não posso acreditar que quase fomos pegos! Eu não ficaria bem na cadeia! Eu sinto o murmúrio de uma risada. —Eu não sei, — Nick murmura, provocando. —Eu posso ver você, administrando os livros para as gangues da prisão. Você ficaria fofa em laranja. —Nem brinque! — Eu bato no peito dele. Seu peito duro e musculoso. Ele pega minha mão na dele. —Tudo bem, — ele me tranquiliza. —Eu nunca teria deixado ela te encontrar. Sua voz é baixa e protetora e, porra, sexy como o inferno. Ele aperta minha mão e eu aperto de volta. Meu pulso pula novamente, mas desta vez, não é de pânico. É puro, 100% de Nick Cameron. Estou prestes a abrir a porta do armário quando Nick me segura. —Precisamos dar-lhe tempo para sair, — Nick murmura baixinho. Ele se move contra mim e as coisas ficam... mais quente. Como quente derretido. De repente, estou ciente de cada centímetro do seu corpo. A constante subida e descida de sua respiração. O peso suave de suas mãos, ainda descansando levemente em meus quadris. Eu tenho que abafar um gemido. Eu não sabia que era possível ficar tão excitada ao ficar ao lado de alguém, mas aparentemente Nick estava lá para provar que eu estava errada.


Pense em coisas que não são legais, digo a mim mesmo, inconscientemente apertando as coxas juntas. Lavar pratos. O cheiro no metrô em um dia quente. Não está funcionando. Porque eu ficaria feliz em sentir as axilas suadas o dia inteiro se isso significasse que eu teria que passar cinco minutos pressionada contra Nick, sentindo o corpo dele me cercar. Seguro, quente e sexy como pode ser. Minhas mãos deslizam pelo seu peito, só um pouco, mas eu juro, sinto ele inalar com pressa. Hmm. Eu me aproximo mais, só para testar minha teoria. E sim, sinto Nick tenso. Um tenso bom? Um tenso tipo —me impedindo de agarrar ela? Ou um tenso tipo —droga, eu queria que ela usasse mais desodorante? Há apenas uma maneira de descobrir. Antes que eu possa me convencer disso, eu descanso minha cabeça em seu ombro, naquele recanto perfeito em seu pescoço. Nick relaxa, seus braços apertando em volta de mim. Ele levanta uma mão e gentilmente acaricia meu cabelo e foda-se, eu não posso mais jogar limpo. Eu preciso quebrar as regras. Eu respiro fundo e levanto a cabeça, assim como Nick se inclina. Nossos lábios se encontram no meio.


E assim, estamos nos beijando novamente.


Capítulo Quinze ESTÁ quente e apertado e escuro como breu neste armário. Mas enquanto eu não posso ver, o resto dos meus sentidos está apurado. Eu beijo Alice mais fundo, provocando sua boca aberta e acariciando por dentro. Deus, ela é gostosa. Ela está pressionada contra mim, todas as curvas quentes e suaves. Tudo que eu posso provar é ela. E seus pequenos suspiros? Porra, eu quero me enterrar nela. Esta é uma má ideia. Uma ideia muito ruim. Mas porra, parece a melhor ideia do mundo agora. Necessário. Eu rosno e a puxo para mais perto, pressionando-a contra a parede de trás do armário para que eu possa sentir cada centímetro. Eu puxo o moletom e tiro-o de lado. Seus lábios são suaves e necessitados enquanto sua língua se enrosca com a minha. Suas palmas espalmadas ao redor da minha cintura até minhas costas, me puxando para mais perto, e ela se arqueia contra mim, pressionando a dureza que surgiu em atenção cinco segundos depois que encontramos este esconderijo. Tem sido uma tortura, querê-la assim, mas agora não há como voltar atrás. Minha necessidade por ela é tão forte e inegável que é quase animal.


Eu poderia dizer a mim mesmo que é a adrenalina de quase ser pego. Mas a verdade é que eu a quero por dia, semanas, até. Foi sendo construído para isso. É ela. Ela desliza as mãos pelo meu cabelo, gemendo quando eu tomo seu peito na minha mão. Eu rosno contra sua boca e, em seguida, beijo meu caminho até o pescoço, lambendo e chupando enquanto eu esfrego contra ela. Foda-se, é quente, proibido e perigoso, e maldito se eu não quero puxar sua calça jeans para baixo e fodê-la bem aqui, o inferno com quem nos ouve. Como o Janssen? Porra. Eu me lembro bem na hora. Estamos em um armário na mansão de Janssen. Que nós invadimos, pelo amor de Deus. Essa é a maior estupidez. E eu não cometo erros assim. Discreto, profissional, no controle. Então Alice captura minha boca novamente, e porra, estou me perdendo nela de novo: sentindo a curva exuberante de sua bunda com uma mão, enquanto a outra percorre seus seios novamente. Eu sinto vontade de saboreá-la, na minha língua. Mas esse armário é muito pequeno. Então eu tenho que me virar deslizando os polegares pelos mamilos dela, amassando e beliscando, sentindoa ficar ainda mais difícil. Um pequeno gemido sexy sai dela. Isso faz meu pau se contorcer.


—Nick, — ela respira. Aguardo mais: um pedido, uma demanda, outro gemido. Mas em vez disso, a mão dela desliza para a minha frente e acaricia meu pênis. Um gemido me escapa. Mesmo através das minhas calças, é quase mais do que posso suportar. Eu me inclino, sugando seu pescoço, movendo-se atrás de sua orelha, amando o gosto dela, sentindo o pulsar de seu pulso acelerado. Desejando poder provar mais dela. Minha mão encontra o cós de suas calças de yoga e facilitando o acesso. Eu paro por um momento, esperando por sua resposta. Ela geme e aperta minha mão, e é todo o incentivo que preciso. Eu acaricio mais baixo, abaixo de sua calcinha. Ela é quente. E úmida. Não encharcada. Porra do inferno. Ela diz meu nome de novo e começa a mexer a mão, acariciando meu pau através das minhas calças. A pressão não é suficiente e demais ao mesmo tempo. Eu estou tonto, me sinto tão bem, e sou incapaz de evitar a transpiração dentro dela. Eu me sinto como um garoto verde de novo, mas desta vez, pelo menos eu tenho algumas habilidades. Eu pressiono o calcanhar da palma da minha mão suavemente contra ela, bem em cima de seu clitóris, facilitando um dedo para dentro. Então um segundo. Ela empurra contra mim, balançando na minha mão. —Deus, Nick, — ela respira. —Aí. Por favor...


Eu amo que ela é reduzida a implorar, embora eu não esteja longe. Eu empurro para trás dela para obter um ângulo melhor para que eu possa fazê-la gozar. Não demora muito, apenas uma pressão constante, enquanto eu giro meus dedos dentro dela e pulso contra o clitóris. Todo o corpo de Alice se contrai, e então ela afunda a cabeça no meu ombro e grita, sua voz abafada quando seu corpo se quebra e estremece contra mim. —Uau, — ela sussurra, recuando, instável. Eu controlo um gemido resmungado. Eu mereço um milhão de estrelas de ouro para o que vou fazer em seguida, porque ao invés de empurrar Alice contra a parede e fodê-la até que ela grite meu nome, eu abro a porta do armário, saio e coloco alguns pés de espaço vazio entre mim e seu corpo incrível. —Hora de ir, — eu digo em breve. —Antes que alguém venha visitar. E antes de cruzar uma linha a partir da qual não há como voltar atrás.

—ENTÃO FOI DIVERTIDO, — Alice diz quando estamos na estrada de volta para o condomínio. —Você parecia se divertir, — eu sorrio, com uma nota de orgulho na minha voz.


—Oh meu Deus, — ela bufa, levando as mãos até o rosto. Acho que ela está começando a chorar, quando um segundo depois percebo que ela está rindo. Essa garota. Eu nunca sei o que vai sair dela em seguida. Eu olho para a estrada. —O que está acontecendo? —Eu quis dizer que a parte do ladrão de gatos era divertida, eu não quis dizer... ugh... espera. O armário era divertido, mas... em um... Deus. Cala a boca, Alice! Eu meio que amo o quão nervosa ela está. Mas preciso me concentrar na questão real aqui. —Você ia dizer que foi um erro? Ela engole em seco. —Oh... sim. Erro. Isso é o que eu ia dizer. Nós definitivamente precisamos permanecer profissionais e não ficar enroscados... — Ela acena ambiguamente. —Você sabe. —Certo, — eu concordo, mesmo quando meu pau pensa o contrário. —Porque eu sou apenas sua falsa noiva. Eu não sei o que eu estava pensando lá atrás. Eu era apenas... —Tentando um levantar velas de mim? — Eu provoco. — Porque acho que nós dois sabemos: missão cumprida. Ela balbucia algo. E então ri. —Eu culpo a Sra. Janssen e seus trocadilhos ruins. Eu evito mostrar que não eram os trocadilhos que estavam me pressionando naquele armário.


—De qualquer forma. O que fiz foi inapropriado, — acrescenta ela, soando severa. —E perigoso. E idiota. Especialmente quando você nem me queria aqui hoje à noite. Sinto muito, Nick. Ela está certa, mas ainda assim, não posso segurar isso contra ela. —Estou feliz que você veio, — eu digo em seu lugar. Ela bufa. —Nós não deveríamos... — Ela limpa a garganta. — Precisamos nos manter focados. Isso não vai acontecer novamente. Devemos apenas deixar isso para trás. Provavelmente não é uma boa ideia mencionar que eu realmente gostaria de ficar atrás dela. Eu aceno e mantenho minha boca fechada, os olhos na estrada. De volta ao estranho como o inferno.

EU NÃO SEI quem já teve a ideia de que os banhos frios são uma maneira de difundir a tensão sexual, mas eles estavam cheios de merda. A menos que —banho frio— seja um eufemismo para se masturbar sob um jato de água. Porque é isso que é preciso para desgastar as bordas da minha excitação o suficiente para pensar além do meu pau. Quando saio do meu quarto para uma bebida, Alice está sentada na ilha da cozinha, olhando atentamente para um laptop. Ela olha para mim, empurrando seus bonitos óculos bibliotecários para cima do nariz. Meu pau se contorce. Não vinte minutos depois de toda essa liberação sexual que foi pelo ralo no meu chuveiro.


Você está em apuros, Cameron. —O que está rolando? — Eu pergunto. Ela limpa a garganta e percebo seus olhos deslizarem pelo meu peito nu a caminho da tela do laptop. Uma camisa teria sido uma boa ideia, mas eu não posso dizer que odeio o jeito que ela me checa. —Só olhando as fotos que você tirou esta noite. Obrigado por carregá-las para esse arquivo compartilhado. Deixe para ela voltar ao trabalho real enquanto eu me trabalhava no chuveiro. Eu pego uma água e bebo um gole, tentando esfriar. Novamente. —Qualquer coisa digna de nota? —Bem, a boa notícia é que o arquivo é para um novo produto. — Ela franze o rosto em uma carranca quando ela olha para mim. — Mas parece um material bastante normal para uma empresa se preparar para lançar um novo produto. Planos de marketing, relatórios de grupos focais - que são todos muito favoráveis - muitos pedidos de compra e relatórios de distribuição, blá, blá, blá. Não há indício de que veio de Lainey, e não há detalhes reais sobre a barra em si. Isso é tudo em segredo, extremamente secreto. —Então, não é o tipo de coisa que precisamos. Ela sacode a cabeça. —Não que alguém com metade do cérebro colocasse 'roubando segredos comerciais' no papel, mas... — Ela encolhe os ombros. —Precisamos ir mais fundo, — eu digo. Seus olhos se arregalam o suficiente para me fazer rir.


—Com a investigação, — eu esclareço. Ela engole e balança a cabeça, suas bochechas rosadas de um jeito que me fazem considerar seriamente outro banho. —Certo, — diz ela. —Eu estou trabalhando nisso. Há alguém que trabalha em pesquisa e desenvolvimento, eu poderia fazer algumas perguntas, ver o que acontece. —Boa ligação, — eu digo. —Nick... — Ela faz uma pausa, e eu me pergunto se ela está prestes a dizer: esqueça o profissionalismo, me leve agora. —Você já se perguntou se você é realmente um bom rapaz? —O que? — Isso quase me faz cair. —Eu só quero dizer... — Alice suspira. —Hoje à noite foi por pouco, mas nós estávamos invadindo. E bisbilhotando e mentindo para os Janssens e todos na CandyShack. Eu sei que esse sempre foi o plano, mas, eu não sei, parece que estamos fazendo todo tipo de coisa obscura. Entende? —Você quer dizer, eticamente. — Eu exalo. —Veja, na minha linha de trabalho, as linhas ficam borradas. É por isso que as pessoas me contratam para fazer as coisas que elas não podem. Às vezes, a única maneira de fazer a coisa certa é fazer a coisa errada, mas pelas razões certas. Alice franze a testa. —Quero dizer, este caso, — explico. —Se CandyShack realmente roubou a receita de Lainey, a única maneira de expô-los,


levá-los à justiça, é encontrar a prova. Caso contrário, eles vão se safar. —E se acontecer que eles não tenham? —Então o que nós realmente fizemos? — Eu aponto. —Sim, nós mentimos para as pessoas, e bisbilhotamos, mas não roubamos nada, e não estamos usando nenhuma das informações que encontramos. Nós vamos desaparecer, e CandyShack nem vai saber que algo aconteceu. Nenhum dano, nada de mal. —Eu acho... — Alice parece um pouco mais feliz. —Eu acho que não estou acostumada a mentir. É diferente em filmes e livros, — acrescenta ela com um sorriso irônico. Ela tem uma consciência. É louco que eu ache isso sexy também? Quanto mais eu a vejo em ação, mais percebo o quão errado eu estava. Eu a descrevia como uma assistente calma e com aparência de bibliotecária. Eu pensei que ela trabalharia como uma doce esposa troféu, nada mais. Mas algo sobre ela chamou minha atenção. Agora que estou trabalhando com ela, eu a vejo quem ela realmente é. Minha arma secreta.


Capítulo Dezesseis SE ESTOU nervosa sobre como as coisas vão ser entre Nick e eu depois daquele encontro com o orgasmo, eu não deveria ter me preocupado. Porque Nick... age como se nunca tivesse acontecido. Oh, ele é perfeitamente gentil: contar piadas e ser o seu eu habitual, charmoso, e irritante, mas ele tem, na maioria das vezes, desaparecido no começo da manhã e não volta até tarde da noite. Ele diz que está fazendo pesquisa e tenho certeza de que é porque esse caso está deixando-o louco. É também uma boa desculpa para ele ficar longe. Ele deve saber que minha promessa de não pular em seus ossos é uma que eu terei problemas em manter. Especialmente se ele continuar andando pelo apartamento sem camisa. Ele não tem ideia? Deus, eu juro que se não soubesse melhor, acho que ele está fazendo isso de propósito. Então, eu me concentro no meu novo (falso) trabalho. Aprender as coisas no CandyShack ocupa a maior parte do meu tempo, especialmente enquanto estou à procura de atividades e pistas suspeitas. No final da semana, estou na sala de conferências da CandyShack, usando a grande mesa para montar pacotes para os produtos encadernados para as novas barras de chocolate. Claro, eu os li. Mas é tudo o mesmo que Nick e eu encontramos na pasta. Coisas legítimas. Coisas chatas.


Eu empurro com força a alavanca do grande perfurador de três furos para o serviço pesado. Eu tenho que colocar todo o meu peso nisso. O papel dá lugar a um barulho alto, enquanto o furador passa pelas trinta e seis páginas do pacote. É um trabalho físico, mas não do tipo que ajudaria a resolver todas as minhas frustrações. E eu tenho muitas. Primeiro, há este caso. Quero dizer, sério, onde diabos está a trilha de papel? Não está nos arquivos. E não estão nos e-mails. (Eu fiz uma pesquisa extensa do Outlook do Sr. Janssen e a única coisa questionável lá são e-mails grosseiros da Tiffany que não deveriam estar em um servidor de trabalho.) Então, a trilha deve ser dinheiro. Mas até agora, além de ser um diretor executivo enganador com problemas excessivos de pelos, a empresa parece completamente limpa. Através do meu acesso ao portal de RH, não consegui encontrar o ex-empregado de Lainey, Trent, na folha de pagamento. Nenhum bônus por demissão foi emitido para ninguém. Nenhuma demissão. Não há novos funcionários cujos cronogramas correspondam ao roubo. Então isso significa que alguém dentro da empresa fez um pagamento de algum tipo. Todo o final de semana, eu passei pelos dossiês e todos os dados que conseguimos reunir. Nada. Então, onde está o dinheiro?


Eles pagaram alguém com jujubas? Eu não ficaria surpreso neste momento. Quero dizer, sério, Nick e eu somos pessoas muito inteligentes; devemos ser capazes de descobrir isso. Nick. Nick me beijando. Dedos de Nick KER-CHUNK! Como meu cérebro se derrete ao redor dele? Eu sei que todas as razões que caem na cama com ele seriam uma ideia terrível, tarde da noite, eu fico lá, sabendo que ele está no corredor. Imagino suas mãos no meu corpo novamente e sua boca... KER-CHUNK! Porcaria, eu preciso de uma distração. Quando olho para o relógio, percebo que já faz horas desde que eu cafeinei. Hora da minha folga. Quando chego na sala de almoço, noto um cara de jaleco sentado em uma das mesas. Eu o vi por aí e sei que ele é o chefe da equipe de pesquisa e desenvolvimento. Mas Tiffany me manteve tão ocupada com o que eu suspeito que é todo o seu trabalho, eu não tive a chance de conhecer muitas pessoas ainda. O homem tem trinta e poucos anos, cabelo ruivo curto, bigode largo e encerado e óculos redondos parecidos com Harry Potter sobre olhos cor de avelã. Ele meio que tem uma vibe de hipster e cientista louco, o que funciona totalmente nele.


—Oi, — eu digo quando eu caio na cadeira ao lado dele. —Eu não acho que nos conhecemos. Eu sou a Alice Eu trabalho no escritório do Sr. Janssen. —Benji, — diz ele. —Desenvolvedor-chefe aqui. —Oh! — Eu digo com um sorriso. —Como Willy Wonka do próprio CandyShack? Como no Projeto Wonka? —Eu suponho. — Ele revira os olhos, mas está sorrindo. — Prazer em conhecê-la, — diz ele, estendendo a mão sobre a mesa. Um toque de cor me chama a atenção enquanto apertamos as mãos. —Ei, essas jujubas estão na sua gravata? Ele olha para baixo. —Culpado. —Gostei, — eu digo. Ele sorri. —Então, você é a nova ajudante da Tiffany? —Sim, — eu digo. Mas eu quero manter o tópico sobre ele. — Então, se você é o desenvolvedor chefe, você deve estar por trás da nova barra, então. Ele apenas balança a cabeça. Hmmm lábios apertados sob aquele bigode. Eu olho ao redor da sala e, em seguida, inclino-me para perto. —Oh, eu sei que é um segredo, — eu cochicho. —Mas eu tenho preparado os materiais de marketing, então eu sei sobre isso.


—Certo, — diz ele. —Bem... Estamos muito animados com isso. —Como surgiu a ideia para você? — Eu pergunto, ainda pescando. —É engenhoso. —Mesmo? Eu achei que parecia óbvio, — ele responde. —Bem, sim, como todas as melhores ideias, certo? — Eu balbucio. —No minuto em que você os vê, você fica tipo: 'Por que ninguém pensou nisso antes?’ —Certo. — Ele ri, em seguida, pega seu telefone, sinalizando o fim da conversa. Ele obviamente não vai desistir de nada. Eu me pergunto, ele é o tipo de cara para roubar a receita de outra pessoa? —Eu ouvi que vai ser um grande negócio. Deve ser bom. — Eu tento de novo. ‘Não podemos falar sobre isso antes do lançamento interno, — diz ele em voz baixa e firme, e de repente se afasta de sua cadeira. —Eu deveria voltar. Prazer em conhecê-la, Alice, — diz ele com um sorriso. Só então, Suzie entra, sua caneca manchada de batom na mão. —Suzie, — diz Benji. —Quando você voltar para sua mesa, você pode agendar uma reunião com Franz para que possamos conversar sobre a cadeia de suprimentos? Eu estou preocupado que vamos ficar com poucos ingredientes. —É claro, — ela responde.


Benji sai, deixando Suzie na cafeteira. Hora da segunda rodada. —Você gosta de trabalhar para ele? — Pergunto casualmente quando ele sai da sala. —Sim, — diz ela. —Ele é um bom chefe. Esquecido às vezes. Tipo, ele me pediu para agendar essa reunião com o Franz duas vezes. — Ela revira os olhos, mas com bom humor. —Já está agendado. Mas ele é um gênio com chocolate, então... Ele é realmente um gênio com chocolate? Ou um gênio em roubar formulações de outras pessoas? —Há quanto tempo ele trabalha aqui? — Eu tento parecer casual. —Não tanto tempo. — Ela olha para cima quando pensa. — Talvez... mais ou menos um ano? —Sério? De onde ele veio? Ela franze a testa. —Não me lembro exatamente. Uma das pequenas lojas, eu acho. Bertram pegou-o. Temos um excelente laboratório e cozinha de teste aqui. Isso dá a ele muita oportunidade de trabalhar sua mágica. Eu acho que foi isso que o atraiu. E a nova barra é incrível. Como fora deste mundo incrível. Mas você não ouviu isso de mim. Ela faz um show de fechar o lábio antes de se virar para falar sobre seus gatos. Eu tenho um pensamento estranho e saudoso sobre Thor. Espero que ele esteja bem no gatil. Engraçado, agora que estou pensando nisso, Benji lembra o gato guloso de Olivia.


DEPOIS DO INTERVALO, volto para a sala de conferência para terminar os pacotes. Estou quase terminando (e meu braço está começando a doer) quando o Sr. Janssen entra. —Oh, bom, — diz ele com um sorriso. —Você tem estes quase prontos para ir. — Ele pega um dos folhetos e vira através dele, assentindo. —Eles estão ótimos. Obrigado pela ajuda. —De nada, — eu digo, apreciando suas palavras. Eu sou, afinal, tecnicamente uma empregada. E uma boa assistente, como se eu dissesse isso mesmo. —Quando você terminar, eu vou precisar daqueles embalados para a viagem. Ele deve perceber do meu olhar vazio que eu não tenho ideia do que ele está falando. Ele acrescenta: —A equipe de gerenciamento está se reunindo no Blue Horizon Resort. Formação de equipes e revisão de estratégias para o próximo ano. Além disso, a equipe do produto está apresentando a nova barra. É por isso que precisamos disso. — Ele acena o relatório em sua mão antes de colocá-lo de volta na pilha. —Oh, certo. Tenho certeza que Tiffany ia mencionar isso. Eu devo ter perdido isso no seu calendário. —Talvez ela tenha esquecido de colocar lá. Ela tem estado um pouco distraída ultimamente, — ele diz, e então sorri quando ele acrescenta: —É por isso que agora nós temos você. Mas, caso ela esqueça, você pode ter os próximos dois dias de folga. Não adianta


você ficar mexendo os polegares enquanto a maior parte da empresa está fora. —Tem certeza, senhor? Há muito por aqui que eu poderia fazer. Como conhecer as instalações, com especial atenção para o laboratório de P & D... Ele sorri como ele aprecia minha ética de trabalho. —Está bem. Tiffany diz que você é nova na área. Tome um par de dias para aproveitar a cidade com o seu noivo. Vamos chamar de dias de férias não oficiais de CandyShack. É difícil argumentar. Especialmente quando ele está sendo tão legal. Uma pessoa normal adoraria a ideia de dois dias de folga pagos. —Obrigado, — eu digo, desejando que ele não fosse tão bom enquanto eu estou tentando investigar ele e sua companhia. Quando ele sai, minhas engrenagens mentais começam a girar. Toda a empresa vai ficar longe? Se Nick conseguir passar pelo alarme da Janssen, tenho certeza de que ele pode entrar nesse prédio. Mas então percebo: com meu passe de segurança? Vai ser um pedaço de bolo. Err... doces.

DEPOIS DO TRABALHO, estou animada para voltar ao apartamento, esperando que Nick esteja lá. Eu não posso esperar para contar a ele sobre a viagem. Como a maioria da empresa vai embora. Ele vai adorar que teremos a oportunidade de bisbilhotar,


especialmente se pudermos entrar no laboratório. Deve haver mais pistas lá. Benji parece legal, mas um pouco cauteloso, suspeito que ele seja a chave para o que está acontecendo. Além disso, quanto mais cedo encontrarmos as evidências, mais cedo a minha culpa desaparecerá. Está ficando mais estranho mentir para todos, especialmente quando eles são todos tão legais e acolhedores para mim. As portas do elevador se abrem para a cobertura. Eu percebo imediatamente que Nick não está sozinho. Por alguma razão, me incomoda que Lainey esteja aqui. Mesmo que uma olhada na ilha da cozinha me diga que ela trouxe mais chocolate. Isso tira a borda da minha irritação. Um pouco. Ciúmes. Claro e simples. Sobre um cara que não é nem nunca será meu. —Oi! — Eu digo, colocando uma cara que não sou nem um pouco ciumenta. Lainey se levanta de seu assento no sofá e sorri enquanto se aproxima. Nick segue atrás dela. —Alice, tão bom ver você. O que você descobriu? — Ela pergunta, esperançosa. —Bem, nada ainda, — eu digo, olhando para Nick. Ele está franzindo a testa. —Mas pode haver uma oportunidade. Os executivos estão indo em uma viagem para fazer algumas reuniões e um lançamento interno da nova barra. Então poderemos... Ela bate as mãos em emoção. —E você está indo!


—Bem, não, — eu digo, olhando para Nick novamente antes de olhar para ela. —É para gestão. —Você tem que ir! — Lainey diz, com os olhos arregalados. Ela acena para Nick. —Vocês dois. —Mas eu pensei que nós poderíamos. —Não! — Ela fala sobre mim novamente. —Você deveria definitivamente ir onde todos eles estão. Pense em quanto vocês podem descobrir! —Não é uma má ideia, — diz Nick. —Mas o Sr. Janssen me disse para tirar uma folga. Eu não posso simplesmente aparecer na viagem só de gerência e dizer que estou lá para trabalhar. —Onde está sendo realizada? — Nick pergunta. —Big Horizon Resort. Eu penso perto de Big Sur. Nick concorda com a cabeça. —Eu sei bem como. — Um sorriso lento se espalha em seu rosto. —Isso poderia funcionar. Nós vamos nos disfarçar. Oh. Bem então. A chance de se vestir e ir disfarçado? Como posso resistir? Eu sorrio de volta para ele. —Tudo certo. Conte comigo.


Capítulo Dezessete CEDO NA MANHÃ SEGUINTE, nós dirigimos ao Blue Horizon Resort onde a reunião está sendo realizada. Eu nunca estive em Big Sur, mas Gemma ficou entusiasmada com isso, então estou muito animada para ver do que se trata o falatório. Até agora, o passeio tem sido épico - vistas pelas quais é quase impossível de se competir. Ondas batendo, falésias dramáticas... Muito diferente do horizonte de Manhattan, com certeza. Mas voltando para minha irmã intrometida. Ontem à noite, quando eu a visitei e disse a ela que eu estava indo para uma viagem com Nick - o cliente que eu precisava manter minhas mãos longe ela me deu uma piscadela e um olhar de conhecimento. —Não é assim, — eu assegurei a ela. E tudo bem, talvez eu também estivesse tentando me convencer. —Certoooo, — ela demorou. —viagem profissional. Mão para fora. Então ela enfiou uma caixa de preservativos na minha bolsa. Eu ri e chutei para ela quando os tirei. Mas depois que ela os colocou novamente quando eu não estava olhando, fingi não notar e os deixei no bolso.


Porque Nick disse estar preparado para qualquer coisa. Não que eu vá pular em seus ossos. Não. Não vai acontecer. Apenas sendo uma boa escoteira. Preparado para qualquer coisa. O que também significa que eu peguei todos os meus equipamentos femme fatale que eu trouxe de Nova York. Todas as coisas que eu esperava, mas nunca pensei, usaria. Perucas, batom vermelho vivo e roupas sexy que basicamente gritam —NÃO é a Alice. — Finalmente, vou ter uma boa razão para usá-los. Embora quase não tenha acontecido. Porque depois que Lainey saiu do condomínio, Nick tentou me dizer que eu não podia ir. Blah, blah, blah, preocupado com minha segurança, sendo pego ou reconhecido. Blá blá blá. Talvez eu tivesse sido intimidada antes, mas desta vez eu apenas ri. Enquanto ele cruzava os braços e franzia as sobrancelhas. Mas eu fiz o meu argumento. Um argumento forte. Ele finalmente cedeu quando percebeu que A, não havia nenhuma maneira no inferno que eu não estava indo e B, ele estava sendo um idiota e ele tinha que admitir que eu já tinha contribuído de maneira significativa. Finalmente, ele veio e até se desculpou. Especialmente quando eu lembrei a ele como ele tinha sido o único a me dizer que ter uma mulher como parte de sua capa tornava mais fácil para ele fazer o seu trabalho.


Sim, esse é o jeito de jogar suas próprias palavras na cara dele. O que, devo admitir, foi mais doce do que uma das trufas de orgasmo de Lainey. Então aqui estamos nós, viajando pela linda costa, nos preparando para nos infiltrar no retiro de Candy Shack. Totalmente incógnito. Como verdadeiros espiões. Eu. Não posso. Esperar. —Porque você tem sorrindo assim? — Nick diz, tirando os olhos da estrada por um segundo para me dar um sorriso. Eu olho para ele, tentando determinar de que maneira eu gosto mais dele: barbeado como ele está agora, ou com a barba desalinhada com a qual eu me acostumei desde que viajei para a Costa Oeste. Eu acho que —ambos— é uma resposta perfeitamente aceitável. —Oh, apenas ansiosa para o trabalho disfarçada. —Eu aposto que você está. Seus olhos se movem para o meu cabelo. Que agora é um loiro claro, graças a minha peruca. Eu também estou usando um bonito vestido de verão estampado (graças a Gemma e suas vendas de amostras de estilistas) e minhas alpargatas corpulentas. Meu chapéu gigante, que é muito grande para usar no carro esporte de Nick, está no porta-malas em cima da nossa bagagem. Eu quase não me reconheço... e eu meio que amo isso.


No CandyShack, estou interpretando outra pessoa, mas meu — personagem— ainda é uma administradora muito capaz. Um papel familiar. Mas agora, de acordo com a história de Nick, eu sou Gina, a nova esposa de Rex Salisbury, magnata de cascalho de quarta geração de Nova Jersey. Isso mesmo, cascalho, como nas coisas em estradas e calçadas. Porque é tão chato, ninguém se importará o suficiente para perguntar qualquer outra coisa. Tanto faz. Cascalho, concreto e cimento à parte, estou amando ser Gina. Eu estou amando a quão fortalecida eu me sinto. —Pronto para ir, Rex? — Eu experimento o novo nome dele. Ele ri. —Claro, Gina. Provavelmente será mais fácil para mim ficar no personagem com você aparecendo assim. Você não parece em nada como a minha Alice. Ele provavelmente não quis dizer nada com isso, mas o jeito que ele diz —minha Alice— faz meu coração balançar no meu peito. Eu resisto ao impulso de pressionar minha palma contra o meu peito. Em vez disso, eu engulo em seco e olho pela janela. —Como você está lidando com as lentes de contato? — Ele pergunta. Eu volto para ele. —Elas são ótimas! — Eu digo, embora possa não ser 100% verdade. Nick pediu um favor a um amigo optometrista, que nos trouxe lentes de contato descartáveis. Nick é marrom, fazendo com que ele pareça tão diferente, especialmente com o cabelo dele iluminado.


Não me entenda mal: ele ainda está quente como o inferno, embora eu sinta falta do seu deslumbrante olhos azuis. Minhas lentes são prescrição, o que significa que não preciso dos meus óculos. Eles também são castanhos, mas mais leves. Âmbar. Elas são desconfortáveis e borram minha visão um pouco, mas elas valem totalmente a pena. Porque honestamente? Uma vez que eu coloquei a peruca e as lentes de contatos e o vestido de estilista sexy? Eu nem sequer me reconheci no espelho. É assim que a transformação é completa. E mal posso esperar para dar uma volta com a Gina.

CHEGAMOS ao hotel no início da tarde e nos dirigimos diretamente para o balcão de check-in. —Você tem muita sorte, Sr. e Sra. Salisbury, — diz o funcionário enquanto ele bate o teclado. —Este é o nosso último quarto. —Sério? — Nick pergunta casualmente como se fosse simplesmente curioso. Seu braço está ao meu redor - uma das vantagens de ser —recém-casado. Quarto? Singular? Como em, estamos compartilhando um quarto? Duh, Alice. Não sei por que não me ocorreu que, como recémcasados, teríamos que dividir um quarto. Não sei por que não me ocorreu que, como recém-casados, teríamos que dividir um quarto.


Vou culpar Gina, que, determinei, não é a faca mais afiada da gaveta. No entanto, perceber isso antes deste segundo não teria mudado muito. Eu só teria tido mais tempo para surtar sobre isso. Talvez seja melhor assim. —Sim, — continua o funcionário. —Estamos hospedando uma conferência corporativa. É para a CandyShack, a companhia de doces. Como se ele as invocasse mencionando a empresa pelo nome, Janssen e alguns executivos da CandyShack entram no saguão logo em seguida. Os homens estão vestidos com camisas de golfe e calça cáqui, puxando malas de rodinhas. Logo atrás deles está Tiffany arrastando sua própria mala, uma sacola gigante pendurada no ombro. Meu coração começa a bater e eu tenho que continuar me lembrando que estou disfarçada. Eu tenho certeza que eles vão me reconhecer, mas seus olhares passam como se eu nem estivesse aqui. Tiffany é abordada por um mensageiro com um carrinho que a ajuda com suas malas. Os homens vêm atrás de nós, então me inclino para longe deles, enfiando meu corpo no de Nick. Ele olha para mim. —Como você está, querida? — Ele diz com um forte sotaque de Nova Jersey. Eu sorrio para ele, o sotaque e o nome de estimação ajudam a aliviar minha ansiedade. Um pouco. —Grandes, shmoopycakes, — eu volto, canalizando meu interior Real Housewives de New Jersey.


Ele se inclina e me dá um beijo doce nos lábios. O persistente beijo doce. Um que tenho certeza que é parte do ato de recémcasado, mas ainda está fazendo minhas partes negligenciadas de dama tomarem conhecimento. Oh Deus. Esse homem pode beijar. Alguém atrás de nós ri. —Obtenham um quarto! Nick me dá um último beijo antes de se virar para os homens da CandyShack e dá um sorriso para eles. —Trabalhando nisso, mano. O funcionário limpa a garganta, trazendo nossa atenção de volta para ele. —Aqui está, Sr. e Sra. Salisbury, — diz ele com um sorriso educado enquanto entrega a pequena pasta a Nick. —Duas chaves para vocês. Por favor, aceite nossos parabéns pelo seu casamento. Agradecemos e pegamos nossas malas. Nick pisca por cima do ombro para os homens da CandyShack. Eu faço o meu melhor para não rir. Pelo menos enquanto estiverem ao alcance da voz. Paro de rir quando abrimos a porta do nosso quarto e vejo a cama. A única cama. Quero dizer, é enorme e provavelmente poderia ter uma família de seis, mais um cachorro, um par de gatos e talvez até uma cobaia. Mas não há como negar o fato de que é uma cama. Algum alongamento estratégico ou rolar no meio da noite traria meu corpo contra o de Nick...


Eu olho para ele e ele está olhando para ela também. Ele deve estar pensando a mesma coisa. Talvez esta seja a verdadeira razão pela qual ele não queria que eu viesse com ele. —Você sabe o que? — Eu digo, atravessando a sala com minha mochila no reboque. —Eu vou mudar para a minha roupa de banho e pegar algum tempo na piscina enquanto eu puder. Você não se importa, não é? Ele murmura algo que eu não me incomodo em decifrar. Eu vou para o banheiro, trancando a porta atrás de mim. Deixando de lado a bolsa, eu dou alguns passos para o espelho. Eu tenho que fazer uma dupla olhada na mulher que vejo lá. Ah sim, sou eu. Eu tiro o grande chapéu e os óculos escuros. Com a peruca e as lentes de contatos, a mulher no espelho ainda não se parece comigo. Mas por dentro é definitivamente a Alice. A nervosa e ansiosa Alice que está pirando em compartilhar uma cama com Nick Cameron. E sério. O que diabos eu estava pensando?


Capítulo Dezoito NICK GRITA que ele está indo para o caso do resort, então eu comecei a passar protetor solar no meu corpo e vestir meu novo biquíni que eu peguei emprestado da Gemma que —Alice— não seria pega de surpresa. Embora, —Gina— se preocupe, que ainda pode ser grande o suficiente para sair com linhas de bronzeado feias. Eu dou uma olhada no meu reflexo e quase tenho um ataque cardíaco. Não deixa nada para a imaginação. Todos os meus nada. Eu quase mudo de ideia. Eu não posso sair no que é basicamente Kleenex e fio dental, penso eu, escandalizada pelo meu próprio reflexo. Exceto que Gina parece muito quente. Gina dá um foda-se. Gina é a mulher que eu gostaria de poder ser às vezes. Que diabos. Eu posso ser totalmente Gina. Eu a canalizo enquanto reforço minha coragem, escorrego para um disfarce que é basicamente um roupão curto e transparente, e saio do quarto.


Eu vou para a piscina no meu amplo chapéu de sol e óculos escuros. Longe de Nick e do quarto, é mais fácil relaxar. E fazê-lo como Gina, a dona de casa não tão inteligente, não tão real de Nova Jersey, não é apenas um alívio. Também é muito divertido. Sento-me no bar da piscina, deslizando em um dos bancos. Eu examino meus arredores enquanto cruzo minhas pernas e a descuidadamente balanço a de cima, um chinelo balançando dos meus dedos (apressadamente pintados). Agora que estou aqui, me sinto basicamente nua, mas estou me lembrando de que ninguém me conhece. —O que eu posso pegar para você? — a barman pergunta. Ela é uma mulher sorridente em seus quarenta anos vestindo uma camisa engomada e longa gravata preta. Estou prestes a dizer um scotch, mas lembre-me que sou Gina de Jersey. O que Gina beberia em sua lua de mel? Algo frutado, com certeza. —Que tal um daiquiri de banana? — Eu pergunto. A barman acena com a cabeça e se vira para montar minha bebida, dando-me alguns minutos para apreciar a paisagem ao redor da piscina. O resort é muito bom e seria o local ideal para uma verdadeira lua-de-mel. Alguns minutos depois, a barman me traz minha bebida, completa com um pequeno guarda-chuva. É delicioso. Eu poderia me acostumar com essa vida, eu acho.


Estou prestes a levar minha bebida para uma espreguiçadeira ao lado da piscina quando vejo rostos familiares. Quatro executivos da CandyShack vão até o bar ao meu lado. Merda. Eu resisto à vontade de fugir, embora eu tenha 97% de certeza de que estou prestes a ser presa. Mas eu me lembro de estar aqui para trabalhar, então abro um pouco a aba do meu chapéu e fico parada. Talvez esses caras nunca tenham notado Alice a nova administradora. Finalmente, ser a garota invisível compensa. . —.. não queria sair para tomar uma bebida? — Um dos homens - Stefan, o chefe de merchandising - está dizendo. Outro homem que reconheço balança a cabeça. —Não. Ele ainda está aprimorando seu PowerPoint para o lançamento. Sua assistente fez isso, mas você sabe como ele é. — Ele revira os olhos. Carl, gerente de compras, diz: —De qualquer forma, sendo um ruivo tão pastoso, ele iria fritaria nesse sol. — Ele se inclina sobre o bar e acena para o garçom chamando sua atenção. Esses caras estão falando sobre Benji. Eu apostaria meu chapéu de disquete nisso. Eu casualmente pego meu celular para mandar uma mensagem para Nick. Caras CS falando no bar da piscina. Venha agora! —Um tipo estranho, não é? — O quarto homem diz. Eu acho que ele tem algo a ver com vendas. —Totalmente. — Stefan acena com a cabeça. —Mas um mestre com chocolate. Você já viu o que eles estão lançando? Os outros homens balançam a cabeça.


—Eu nem gosto de chocolate, mas é incrível. Tipo, há crack ou algo assim. Você verá. Eles trouxeram parte do lote de protótipos para todos experimentarem antes de começarmos a fabricação em larga escala. Eu me pergunto se Nick está roubando algumas barras. Eu sinceramente espero que sim. Você sabe, para o caso. —Como ele surgiu com essa formulação? — Baldy diz. É ISSO! Eu acho que. Eu prendo minha respiração e meus ouvidos se abrem para pegar esse cara dizendo algo incriminador enquanto tomo um gole casual da minha bebida. —Nenhuma pista. Ele tem um bom paladar, eu acho. Antecedentes na ciência dos alimentos e química. Oh. Então isso é decepcionante. E chato. Algum desses caras tem problemas? —Mas, — diz ele, inclinando-se perto de seus colegas, —ouvi um boato... AQUI VEM! —O que eu posso pegar vocês, caras? — A barman pergunta. NÃO! Eu quero gritar com ela. Como: que boato??? —Quatro cervejas, — diz Baldy. Quando a barman sai para pegar suas bebidas, espero que a conversa continue. Mas enquanto estou olhando para Stefan, ele


olha para mim. Meus olhos estão escondidos atrás de óculos de sol, mas é como se ele pudesse me ver. Ele está pensando que pareço familiar? Ele está prestes a me reconhecer? Merda. Eu tomo um gole para me comprar um segundo. Ele continua olhando para mim. Que diabos? Eu me esforço para tentar pensar em algo inteligente para dizer, mas minha mente está completamente vazia. Em pânico, estou a dois segundos de fugir quando ouço: —Ei, amor. Então, reconheço a voz de Nick. Ele abaixa sob a aba do meu chapéu e seus lábios pousam nos meus. —Eu senti sua falta, — diz ele contra a minha boca, seu sotaque grosso enquanto ele permanece no personagem. —Eles têm alguns caminhos de concreto bem doces. Verdadeira habilidade artesanal. Eu me distraí um pouco. Não é difícil jogar junto. Especialmente quando isso significa que eu beijei Nick. Eu envolvo meus braços em volta do pescoço dele. Antes que fique realmente aquecido, ele se afasta e sorri para mim como se eu fosse a única mulher que ele amava. Eu engulo. Difícil. Estou tão ferrada. Pego algo para me concentrar, tomo outro gole. Claro, minha bebida está vazia. —Oops, — eu lhe dou um sorriso tímido. —Estou entrando no espírito das ferias.


—Nós vamos ter que pegar outra pra você. Estou provando... — Ele dá uma lambida nos meus lábios. —Rum? Eu concordo. —Delicioso... — Ele diz, sua voz ardente. Eu olho para os homens da CandyShack que estão nos observando com interesse. —Shmoopycakes, estamos fazendo um show. Guarde algo para mais tarde. —Oh, eu tenho muito para mais tarde, — ele fala e olha para os homens. —Não se preocupe conosco, — diz ele e acrescenta um conspiratório: —Recém-casados. Os homens acenam e dão as costas para nós. Mas quando eu espero que eles continuem a conversa, as bebidas chegam e eles se afastam do bar. —Droga, — murmuro enquanto eles desaparecem por um desses caminhos de concreto finos alinhados com vegetação densa. —Tenho certeza de que estava prestes a ouvir algo bom. Nick se senta no banco ao lado do meu. —Está bem. Eu peguei o itinerário. O lançamento é hoje à noite. — Ele abaixa a voz e acrescenta: —Eu já sei em que sala estarão. Nós vamos ter fita da coisa toda. —Como você é engenhoso, — eu digo. Ele sorri. —Eu não sou apenas um bruxo com pedras e cimento, você sabe, — diz ele em seu sotaque de Jersey. Aposto que você tem muitos talentos.


—Então, agora o que, Sra. Salisbury? — Seus olhos deslizam pelo meu corpo de um jeito que parece uma carícia. Apesar de me sentir muito exposta como Gina, ele - ou pelo menos Rex - parece estar apreciando a visão. —Um mergulho na piscina? —Eu poderia usá-la para me refrescar, — eu digo, sendo completamente sincera. Mas então eu ouço risos e gritaria da direção que os homens do CandyShack entraram. —Espera. Vamos seguir esses caras, — sugiro. Porque temos um trabalho a fazer. Sem mencionar que o trabalho vai me impedir de me jogar no Nick. Por agora.

UM POUCO MAIS TARDE, estamos espreitando por arbustos espessos como crianças num acampamento de verão. Estamos observando os executivos da CandyShack enquanto eles estão sendo guiados por um exercício de formação de equipe que inclui um bambolê, balões de água, chapéus de festa estúpidos e ovos em colheres. Sim, com certeza parece um acampamento de verão. Exceto muito mais esquisito e muito menos divertido. Tiffany está com eles como uma líder de torcida, usando shorts curtos e uma camiseta muito apertada da CandyShack. Ela está distribuindo folhas de papel para os executivos que - além do gerente de RH - estão obviamente muito mais interessados em vê-la pular e balançar do que em participar do verdadeiro desenvolvimento do time.


Não. Eu estava errada; A Sra. Faeber parece tão entediada que está assistindo a Tiffany também. —Entãoooo isso é uma enorme perda de tempo, — eu digo baixinho enquanto me viro para Nick. —Nós não vamos descobrir nada aqui. —Você está certa, — ele sussurra. —Vamos voltar para o quarto e podemos descobrir o que fazer a seguir. Eu sei o que eu gostaria de fazer a seguir, eu não digo, mas eu dou a ele um aceno de cabeça. Ele gesticula para a frente e eu separo a folhagem densa com um braço. —Eu me sinto como um exploradora da selva, — eu digo por cima do meu ombro. Isso é um erro. Porque significa que meus olhos não estão no caminho à minha frente. Minha sandália pega uma raiz de árvore, e eu vou de cara na folhagem. —Alice! — Nick sussurra - grita um segundo depois. —Você está bem? —Mrrghhh, — é o que sai. Algo não está muito bem com meu tornozelo esquerdo, embora quando eu giro, eu não acho que ele está quebrado. Eu apenas caí errado. —Eu estou bem. Só me dê um minuto, — eu digo enquanto me viro para minha bunda. Nick pega minhas mãos e me puxa para os meus pés novamente. —Você tem certeza de que está bem? —Eu estou bem, — eu repito, revirando os olhos. —Apenas me sentindo idiota.


Ele me dá um sorriso doce. —Você nunca deve se sentir estúpida quando a gravidade leva a melhor sobre você. É uma força muito forte. Eu mesmo tenho sido sua vadia em mais de uma ocasião. Eu olho para ele com desconfiança. —Você? Ele concorda. —Difícil de acreditar. — Eu olho para ele e para baixo. —Você é muito resistente. E musculoso, com uma boca deliciosa. —Eu não fui sempre, — diz ele. Eu levanto uma sobrancelha. Ele parece envergonhado. —Eu era uma criança muito desajeitada. Todos os braços e pernas. Eu era magro e idiota também. —Não, — eu protesto, incrédula. —Ah sim. Eu era o membro fundador do clube de xadrez da escola, — diz ele com um sorriso irônico. —População, eu. E minha professora de matemática, que teve pena de mim. Então, ele cora. Nick Cameron, porra, cora. Então, é claro, eu não tenho escolha a não ser puxá-lo de volta contra uma árvore em um beijo quente e delicioso. Mas Nick se conteve, seu corpo todo tenso. —Alguém está assistindo? — Ele pergunta contra a minha boca.


Eu me inclino para trás e olho em seus irritantes olhos castanhos. Demoro um segundo para perceber que ele acha que beijá-lo é sobre a gente agir. Jogando papéis. Estar no trabalho. —Não. — Eu me inclino novamente. Por meio segundo, temo que ele me pare. Ele disse que a pegação no armário tinha sido um erro. Mas mesmo se fosse, isso não pode ser. Não quando parece tão certo. E quaisquer dúvidas que eu tivesse sobre ele estar caindo rapidamente, ele pegaria meu rosto em suas mãos e me beijaria de volta. Nossas línguas dançam enquanto nós dois nos entregamos ao calor e à atração que está fervendo entre nós por dias, e droga, isso é bom. Na verdade, além do ramo que está cavando no lado esquerdo da minha bunda, esse momento é perfeito. Eu suspiro. Interpretando mal o suspiro, ele se afasta e olha para mim. — Você está bem com isso? Ele está brincando, certo? —Considerando que eu comecei? Ele me dá aquele sorriso torto. —Droga, Nick, você está me matando com esse sorriso. O sorriso fica mais largo. —Cale a boca, — eu rio, puxando-o para baixo novamente. Ele ri contra a minha boca, mas apenas por um momento, então ele morde meu lábio inferior. Suas mãos vêm para os lados do meu roupão, abrindo a faixa.


Eu me movo para ajudá-lo, mas ele balança a cabeça. —Deixeme. Eu quero desembrulhar este presente. Certo, porque eu precisava ficar mais ligada. Tentando afastar minha autoconsciência, deixei-o abrir o roupão e tirá-lo dos meus ombros. Não que estivesse cobrindo muito, mas na sombra sob as árvores, quando o roupão se foi, sinto um leve frio em minha pele, mesmo que minhas entranhas estejam em chamas. —Arrepios, — observa Nick, inclinando-se para beijar a pele exposta ao lado do meu umbigo. Minha barriga treme ao toque dele. Ele olha para mim, sorrindo. —Cócegas? — Ele pergunta. —Excitada, — eu corrigi, fazendo-o rir. É um dos meus novos sons favoritos. Ele beija meu estômago novamente e então sobe meu corpo, lentamente, provocando um gemido de frustração. —Agora, agora, — ele diz em uma repreensão fingida enquanto ele cobre meus seios através do pequeno roupão, um com cada mão. Ele amassa e aperta as pontas, meus mamilos endurecendo. Eu arqueio minhas costas, pressionando meus seios em suas mãos. Uma parte de mim está pirando pelo que eu estou fazendo isso aqui - ao ar livre. Claro, estamos escondidos na floresta, mas qualquer um pode tropeçar em nós. Mas talvez não seja eu. Talvez seja Gina sendo a vadia devassa agora. Então ele chega nas minhas costas e toca a corda. Estou prestes a dizer a ele que está amarrado duas vezes, quando sinto que está solto, o tecido caindo. Nick e seus dedos mágicos.


O ar frio aperta meus mamilos ainda mais, mas ele está lá. Sua boca está quente e úmida sobre um bico de pedra enquanto a mão continua trabalhando no outro. Não tenho certeza do que é melhor. Contanto que ele nunca pare. —Cristo, Alice, — ele murmura enquanto troca os lábios por mãos como se ele não quisesse ser negligenciado. Nunca antes apreciei tanto a simetria. Ele beija seu caminho até meu pescoço sensível, suas mãos me explorando, me deixando louca. Eu estou ofegante e puxo a camisa para fora da calça dele, mas quando eu pego seu cinto, ele gentilmente afasta minhas mãos. —Deixe-me, — diz ele. Meus dedos passam por baixo de sua camisa e deslizam pelo peito sólido e musculoso. Ele tem a quantidade perfeita de pêlo. Ele geme meu nome enquanto eu me concentro em seus mamilos planos, querendo prová-lo do jeito que ele me provou. Camisa maldita está no caminho, mas eu não posso tirá-la. Um momento depois, ele está me colocando de volta na árvore para me equilibrar. Ele se inclina para mim, o comprimento duro dele pressionando minha boceta sobre o pedaço de tecido, a pressão dele exatamente onde eu preciso dele. Eu gemo. Alto. —Shhhh, — diz ele, capturando minha boca em um beijo ardente enquanto pressiona seus quadris nos meus novamente. Ele sorri. —Você tem que ficar quieta. —Então você precisa parar o que está fazendo, — eu digo, sem fôlego. —Exceto que você não ouse parar o que está fazendo.


Ele ri enquanto morde meu lábio de brincadeira. Então ele se move pelo meu corpo. Eu arqueio meus quadris, precisando da pressão dele contra mim. —Shhhh, — ele repete, fazendo-me perceber que devo ter dito alguma coisa. O que? Eu não faço ideia. Meu cérebro é um mingau. Meu corpo está apertado como uma corda. Eu preciso de mais. Muito mais. —Nick, — eu imploro. E então ele está lá. De joelhos, bem na minha frente. Ele cobre minha boceta fora do biquíni e rosna, pressionando a palma da mão contra mim. —Você está tão molhada para mim, — diz ele. —Sim— eu concordo. Pressionando-se nele. —Por favor. —Por favor, o que? —Toque me. E então a mão dele se foi. Ele não estava escutando? Eu choro de frustração. —Como você quer ser tocada, Alice? — Nick olha para mim, seus olhos escuros. Será que ele espera que eu seja capaz de pensar agora? —Por você, — eu consigo, arqueando meus quadris. —Por favor. —Você não precisa implorar, — ele ri. —Sim, eu faço, porque você ainda não está me tocando! Ele sorri. Mas ainda sem contato.


Minhas mãos descem até onde ele deveria estar, mas ele as para. —Espere, — ele brinca. —Eu vou te dar o que você precisa, eu prometo. — Ele coloca uma palma quente em cada uma das minhas coxas, afastando minhas pernas, mesmo quando eu quero apertá-las juntas. Eu preciso da pressão. Atrito. Alguma coisa. —Nick, — eu digo e, em seguida, um segundo depois, ele está lá, seu rosto contra o tecido do biquíni, sua respiração quente enquanto ele pressiona o meu clitóris. Eu quero chorar de prazer e alívio. Mas ainda não. Porque preciso de mais de ambos. —Deus, você cheira bem, — diz ele. Suas palavras são quentes enquanto vibram contra mim. —Eu me pergunto como é provar você, — ele reflete. —Você sabe, — eu mordo. —Há uma maneira de descobrir. Ele ri contra mim. Eu considero esmagar seu crânio com minhas coxas. Mas antes que eu possa até ameaçar, ele puxa o biquíni de lado e sua boca quente está em mim. Eu suspiro quando me agacho contra ele. Ele para. —Alice, — ele me lembra, rindo. —Você tem que ficar quieta. Como se para provar seu ponto de vista, um coro de risadas estridentes irrompe do grupo CandyShack. Oops Eles ainda estão bem próximos. —Desculpe, — eu sussurro. —Mas eu juro por Deus, se você parar, eu irei... — Eu não posso nem pensar em uma ameaça, eu preciso tanto dele. —Faça alguma coisa.


Ele ri, mas retoma o que ele estava fazendo. Eu me contorço contra ele, enfiando meu pulso em minha boca enquanto ele chupa meu clitóris. Ele alisa seus dedos em mim enquanto eu enrolo mais e mais. Loucamente, ele para novamente. Embora desta vez ele mantenha sua boca em mim, sem se mexer. Apenas respirando. Eu olho para o meu corpo, passando pelos meus seios e pela minha barriga lisa para ver a metade superior do rosto dele sobre o meu monte. E eu que pensei que vê-lo comer uma ostra era quente. Como ele sabe o que estou pensando, seus olhos se enrugarem de diversão. Uma fração de segundo depois, ele arqueia os dedos dentro de mim e bate meu clitóris em um ritmo vertiginoso. Oh. Meu. Deus. Eu me desfaço no orgasmo mais quente e selvagem da minha vida. Ou pelo menos, desde a última vez que ele me fez vir no armário do banheiro. Eu tenho que morder minha mão enquanto ele me carrega através do meu orgasmo, puxando-o para fora até que os tremores cessem e eu não aguento mais. Enquanto recupero o fôlego, ele se recosta em seus calcanhares e alisa meu biquíni de volta ao lugar. Ele fica de pé, enquanto eu ainda estou me recuperando em prazer da merda sagrada. —Duplo wow, — eu consigo respirar sem fôlego, e ele dá um sorriso satisfeito. —Não pareça tão presunçoso, — acrescento, provocando.


Ele ri. —Por quê? Não ouvi reclamações. Eu dou-lhe um empurrão brincalhão Então uma voz ecoa pela floresta. —Pronto ou não! Aqui vou eu! Nick olha para mim. Eu olho para ele. Nós começamos a rir. Nós corremos para pegar meu top de biquíni de volta, então nos apressamos para fora da floresta e de volta para o quarto.

NÓS MAL ESTAMOS dentro da porta antes de Nick me pressionar contra ela. Sua boca é urgente na minha, retomando de onde paramos na floresta. Eu provo a mim mesmo nele e isso apenas me empurra mais. Minha bolsa cai. Meu disfarce desliza para o chão. Eu puxo sua camisa. Eu posso pressionar meu rosto no peito. O sonho da minha vida. Enquanto eu percorro meus lábios pelos planos duros dele, meu biquíni fica desamarrado e jogado em algum lugar. A parte de baixo sofre o mesmo destino. Então a mão dele está lá novamente. Ele geme. Minha palma encontra sua ereção e eu o acaricio através de suas calças. —Estes precisam ir, — eu digo sem fôlego.


—Feito. Eu desfiz o cinto e as calças e os jogo no chão. Uma vez que ele está livre, ele me puxa para cima e me beija novamente, sua língua quente e insistente, uma prévia do que está por vir. Eu fecho meu punho ao redor dele novamente, acariciando seu pênis glorioso e fazendo-o gemer. —Droga, Alice... — A expressão de Nick é vidrada e selvagem, e eu não consigo o suficiente. Eu adoro vê-lo assim, fora de controle. E ainda mais, eu amo que eu sou a única a fazê-lo se sentir assim. Nós voltamos para a cama, e eu quase tropeço na minha mala de fim de semana, onde deixei no chão. Obrigado, Gemma, eu silenciosamente aplaudo, lembrando da grande caixa de preservativos. E me afasto o tempo suficiente para pegar um, então Nick me levanta, envolvendo minhas pernas em volta de sua cintura e me jogando de volta na cama. Seus beijos estão ardendo, e eu estou tão molhada, pronta para ele. É um emaranhado sem fôlego de mãos, lábios e línguas, mas de alguma forma conseguimos pegar o preservativo. Eu gemo, impaciente, guiando-o entre as minhas coxas. Nick se segura acima de mim; eu sinto a ponta dura de seu pênis contra mim. Ele segura a respiração. Ele empurra para dentro de mim. Ele me enche completamente. Oh Deus, ele se sente tão bem. Ele começa a empurrar para dentro de mim. Lento no início, o atrito tortuoso e surpreendente ao mesmo tempo. Estou prestes a dizer-lhe para se mover mais rápido quando ele faz.


Mais rápido. Mais difícil. Aperfeiçoado —Assim... porra... bom, — ele diz com cada impulso enquanto bombeia para dentro de mim. Eu concordo, mas não posso formar palavras. Eu gemo alto, me deixando ir agora que eu não tenho que ficar quieta. —Porra, Alice, — ele grunhe, rolando de repente. Agora estou no topo e, porra, o ângulo parece ainda mais incrível. Eu acho o ritmo, montando ele. Estou perdida no prazer quando vejo meu reflexo no espelho do outro lado da sala. Eu pareço uma estranha. Eu ainda estou usando a peruca e as lentes, mas é definitivamente eu, minhas costas arqueadas enquanto Nick empurra para cima de mim. Eu nem tirei meus sapatos. Está... muito, muito quente. —Alice? — Ele geme, sua voz rouca. Ele está perto. É tudo o que preciso para me enviar ao limite. Eu solto um grito quando venho mais forte do que nunca em minha vida antes. Eu sinto Nick explodir dentro de mim, nossos corpos convulsionando de prazer. Eu desmoronei ao lado dele na cama. Acontece que Gina é um animal na cama. E eu gosto.


Capítulo Dezenove EU ACORDO DURO. Não que seja uma coisa rara. Mas quando volto à consciência, reconheço como esta manhã é diferente. Porque raramente eu acordo com meu pau duro e a mulher perfeita nua na minha cama. Deve ser assim que acordar no céu parece. Antes que eu possa me parar, meus quadris pressionam na bunda de Alice. Com um gemido suave, Alice arqueia de volta em mim. Então ela se acalma, sua respiração é lenta e uniforme. Ela ainda está dormindo, então eu deslizo para fora da cama e pulo no chuveiro, repetindo os eventos da noite passada novamente. Não para me gabar, mas nós fizemos um grande estrago naquela grande caixa de preservativos. Pensar nisso faz meu pau se contorcer. Cara. Eu sabia que ela tinha um lado interno de gatinho sexual, mas não como o que ela desencadeou na noite passada. Foda sempre amorosa. Quanto mais eu a conheço, mais me surpreendo com suas muitas camadas. Ela parece um livro aberto, mas eu estou encontrando uma dúzia de novos capítulos, quanto mais fundo eu fico.


E eu gosto deles. Não apenas o sexo, a louca química entre nós, mas ela. O modo peculiar como sua mente funciona, aquela inteligência afiada e sua doçura também. E eu gosto de como posso baixar minha guarda um pouco com ela. Normalmente, eu tenho que mentir através dos meus dentes para os meus encontros, o que acaba com qualquer relacionamento real e de longo prazo. Agora, pela primeira vez na eternidade, não estou escondendo meu trabalho ou mantendo-a à distância para fugir do trabalho. Inferno, Alice também encontra um jeito de se esgueirar através de mim. É estranho. Libertador. Como se eu pudesse ser eu mesmo. Não me segurando, como o jeito que estávamos na noite passada, apenas conexão animal crua. Aaaa e lá vai meu pau. Ansioso para entrar nela. Para senti-la quente, molhada... Não, eu não posso perder meu foco. Nós temos um caso para resolver. E assim por diante. E por mais que eu queira passar as próximas vinte e quatro horas trancados neste quarto de hotel, fazendo-a vir de uma centena de maneiras diferentes, o mundo não vai parar. Volto para o quarto e a encontro acordada, espreguiçando-se e bocejando na cama. Seu cabelo está como um halo em volta de sua cabeça e ela parece adorável. —Bom Dia. — Eu não posso resistir a voltar para a cama.


—Mmm... dia. — Alice sorri contra o meu beijo. Eu envolvo meus braços ao redor dela e tomo um seio, preguiçosamente trabalhando seu mamilo até endurecer entre o polegar e o dedo. Sua respiração se acelera. Eu seguro sua boceta com a outra mão, puxando-a para que ela esteja ainda mais confortável contra mim. Ela já está molhada e se contorcendo. Porra, ela é gostosa. Eu quero pegar sua coxa e trazê-la sobre o meu quadril para que eu possa afundar nela. É apenas uma das oito milhões de maneiras que eu quero transar com ela. Eu a coloquei contra a porta e depois na cama de maneiras diferentes na noite passada. Mas algo me diz que nunca me cansarei de todas as maneiras que posso ter essa mulher. Ela empurra meu ombro até que eu role de costas. Sua timidez parece ter evaporado. Eu quase venho com o brilho malicioso em seus olhos. Estou à mercê dela, e meu pulso dispara enquanto espero pelo que virá. Seja o que for, eu sou o jogo. Ela sobe meus quadris e pressiona em mim quando ela alcança os preservativos. Minhas mãos pousam em suas coxas e elas estão quase tremendo com o quanto eu a quero. Ela abre o invólucro, seus seios balançando quando ela faz. Quando ela desenrola a camisinha em mim, eu quase a perco, me sentindo como um adolescente excitado enquanto observo suas unhas pintadas guiarem o látex para baixo do meu pau.


Eu agarro suas coxas. Ela olha para mim e sorri. É uma das coisas mais sexy que eu já vi: ela nua em cima de mim, sorrindo maliciosamente, antecipando ser fodida muito, muito bem. Ela se posiciona bem em cima do meu pau. Meu coração bate forte. Meu corpo inteiro treme, esperando. —Pronto para mim, fofinho? — Ela pergunta. Eu aceno e me preparo para a perfeição. Ela não decepciona.

ALGUMAS HORAS DEPOIS, nos arrastamos para fora da cama e tomamos banho - e pegamos a estrada de volta a San Francisco. Nós íamos ficar para o resto da convenção, mas depois de rever algumas das fitas do lançamento, é óbvio que não vamos conseguir nada de estar aqui. O roubo da fórmula de Lainey aconteceu muito antes de agora e não há como o culpado anunciar em um evento de toda a empresa. Ainda assim, tenho que lutar para manter meu foco. A verdade é que este caso é a última coisa em minha mente. O que significa que precisamos de uma mudança de cenário, rápido. Então, tomei a decisão executiva de voltar à cidade e nos reagrupar. Ir por cima dos arquivos. Devemos estar perdendo alguma coisa. Diferente de nossas roupas. —Qual é o sorriso? — Eu pergunto, dirigindo pela costa.


—Bem, para começar, — diz ela, piscando esse sorriso para mim. —Eu não tive que colocar essas lentes de contato horríveis de volta. Foi como se elas se desintegrassem como areia em meus olhos. —Amém, — eu digo. Eles foram partes efetivas de nossos disfarces, mas eu nunca fui fã de enfiar meus grandes dedos em meus olhos. Além disso, se eu estou confessando aqui, eu gosto de Alice com seus óculos bibliotecários. Há algo sobre o jeito que ela parece tão estudiosa, como toda mulher esperta que é. Ao mesmo tempo, ela tem aquele lado secreto e desinibido que eu realmente adoro desenhar. —Além disso... — Ela faz uma pausa. —Mmmhmm? —Aqueles aproximadamente quatro mil orgasmos que você me deu estão me fazendo sentir muito relaxada hoje. Eu quase saio da estrada. Eu ri. —Feliz por estar de serviço. Seu sorriso se alarga e de repente eu tomo outra decisão executiva. Essa vibe relaxada é boa demais para ser desperdiçada com trabalhos chatos. —Vamos matar trabalho hoje. —O que? —Você trabalha desde que chegou à cidade. Eu tenho trabalhado por anos. Vamos nos divertir um pouco.


Ela olha para mim como se eu estivesse maluco. E talvez eu esteja. Mas enquanto este caso está me deixando louco, eu percebo que talvez o que eu precise seja algum tempo longe disso. Com ela. —OK, — ela diz lentamente. —O que você quer fazer? —Essa é outra história, — eu sorrio. Ela ri. —Calma, rapaz. — Ela faz uma pausa, parecendo pensativa. —Vamos ser turistas. Eu já vi todos os pontos turísticos, mas quero ver sua San Francisco. —Seu desejo é uma ordem.

NÓS PARAMOS no apartamento para mudar de roupa e deixar o carro. Eu considero abandonar o plano e apenas levá-la para a minha cama. Mas eu digo ao meu pau para relaxar e que essa garota merece alguma diversão. Algumas roupas divertidas. Para agora. Eu tenho uma noção de onde eu gostaria de levá-la, então caminhamos ao sol até Fisherman's Wharf. Ao longo do caminho, quando o ar fica salgado e eu quase posso sentir o borrifo do mar no meu rosto, ela me conta a história de como ela veio trabalhar para Olivia.


—A parte divertida é a pesquisa, — ela diz, —mas principalmente, é coisa de escritório habitual. Horários, compromissos, atendimento de telefones... —Apenas para bilionários arrojados, — eu provoco. Eu quero perguntar se ela já esteve envolvida com algum cliente antes, mas eu sei de alguma forma sem perguntar que ela não esteve. Isso me faz sentir muito bem em ser a exceção. Chegamos ao cais e passamos pelas fileiras de lojas e cafés agora abrigados no ponto turístico. Normalmente, eu não viria até aqui, mas há um ponto que acho que ela vai gostar. —Musée Mécanique? — Ela pergunta, olhando para o grande edifício. Há um letreiro antigo, a porta ladeada por cartazes com diamantes vermelhos. Partes da minha infância voltam correndo. —Costumava estar em North Beach, meu pai me trazia quando eu era criança, — explico. —Eles mudaram isso aqui anos atrás. Quer ver? —Claro. — Alice sorri. —Mas eu estou te avisando, se eles tiverem uma Sra. Pac Man aqui, você está morto. Entramos no prédio cavernoso e somos atingidos por uma cacofonia de sons que me trazem de volta à minha infância: crianças rindo e gritando, ressoando dos jogos, ruídos de equipamentos mecânicos. Os cheiros são tão indecorosos quanto a nostalgia: madeira, graxa, mofo e um certo mofo que se agarra às velhas máquinas.


Alice aperta meu braço e olha para mim. —Você parece um garotinho, — diz ela. —Como você não sabe com o que brincar primeiro. Eu olho para ela e não posso deixar de sorrir. Ela entende. Ela me entende. —É meio avassalador, hein? Completamente. E não apenas por causa da variedade de jogos. —Isso me faz sentir falta do meu pai, — estou surpreso ao me ver admitindo. —Ele está desaparecido há quase dez anos, mas algumas das minhas melhores lembranças dele são de nós dois jogando pinball ou assistindo o diorama do Carnaval. Ela aperta minha mão. Eu aperto de volta. —Onde você quer começar? — Ela pergunta. —Eu não sei... —Eu sei. — Ela acena com a cabeça em direção à parede. — Change machine. —Tão prático. — Eu rio e puxo-a para o meu lado, beijando o topo de sua cabeça antes de perceber como é íntimo. Quer dizer, fomos íntimos. Mas isso parece um nível diferente de intimidade. O que parece maluco. Ela está usando o anel da minha avó, então... Empurrando esse pensamento para longe, eu pago uma quantia ridícula de dinheiro na máquina de troca, sabendo que estou pagando muito mais do que o valor do meu dinheiro, se isso faz Alice sorrir.


Capítulo Vinte O MUSEU É UMA MARAVILHA. Nós jogamos a tarde toda, tentando todas as máquinas antigas no lugar enquanto falamos sobre tudo sob o sol. Nossas famílias, ex’s, listas de viagem, os méritos de Red Vines vs M & M popcorn como o melhor lanche de filme. Depois que eu chuto seu traseiro em um jogo de boxe, dobramos uma curva e nos encontramos em frente ao Kiss-OMeter. É sério. Isso é como é chamado. É um jogo antigo que avalia sua capacidade de beijar. —O que você acha? — Nick pergunta, apontando para a máquina. —Eu acho que é o marketing no seu melhor. — Eu dou a máquina um olhar suspeito. —Como uma máquina pode determinar como você beija pela maneira como você lida com um joystick? Ele levanta uma sobrancelha. Eu ri. —Vamos. — Ele me puxa para mais perto. Eu olho para a máquina, meu olhar subindo pelas leituras do termômetro que vão do Gelado na parte inferior até o Brasa no topo. —Tudo bem, — eu digo. —Vai.


Ele coloca a moeda e envolve meus dedos ao redor da alça. As luzes sobem e descem o termômetro, aumentando a tensão enquanto funciona. —O que vai ser, senhoras e senhores? — Nick diz em uma voz de locutor. Então ele se inclina e diz, mais suavemente. —Quero dizer, eu já sei a verdadeira resposta, mas... Eu olho para ele e posso dizer que ele está pensando na noite passada. E esta manhã Como eu estou agora. Se esta máquina funcionar com pressão arterial, pulso ou mesmo com o calor do corpo, minha leitura ficará fora dos gráficos. —Ha! — Nick ri quando a máquina acende ficando mais quente. —Desleixado! —Desleixado? O que? — Eu lhe dou uma careta exagerada. — Tudo bem então. Vamos ver o que você tem. Ele é todo orgulhoso quando coloca sua moeda e toma sua vez. Não tenho certeza do que estou esperando enquanto as luzes piscam e viajam para cima e para baixo na tela. Quer dizer, eu sei a verdadeira resposta também, mas eu quero vencê-lo ou ter sua pontuação perto do topo onde ele pertence? Eu recebo minha resposta quando a luz finalmente chega. Eu entro em riso. —Molhado! — Eu exclamei. —Isso é muito pior do que Desleixado! Ele fez uma careta de zombaria. —Apenas um pouco pior. Mas de qualquer forma. Essa coisa está obviamente quebrada.


—Eu não sei, — eu digo, colocando um rosto inocente, trazendo um dedo até o meu lábio inferior. Talvez estejamos fazendo errado. Eu estendo minha mão por mais um centavo. —Você vai me fazer ficar sem dinheiro nessa coisa, — diz ele. Eu bufo alto. —Certo. — Eu pego o centavo e coloco na fenda. —Devemos segurá-lo juntos. Ele entra e nós entrelaçamos nossas mãos no joystick. —E devemos nos beijar, — sugiro. —Caso contrário, como se pode saber? —Obviamente, — diz ele, dando-me aquele sorriso torto. E então ele está me beijando. Estamos em público com um milhão de pessoas ao redor, mas ele não retém nada. Como ele tem que provar para mim, o jogo, o mundo inteiro que nós definitivamente classificamos como Brasa no Kiss-O-Meter. Missão cumprida. A máquina faz um ruído estridente, e nós quebramos o beijo para checar. —QUE? — Nick exige da máquina. —Molhado ?Novamente? —Obviamente, você é o problema, — eu rio. —Isso não era molhado, — diz ele. —A coisa está obviamente quebrada.


Uma mulher mais velha carregando uma bolsa de crochê se inclina para perto de mim. —Se eu fosse você, continuaria tentando. A prática leva à perfeição. — Ela pisca. Eu agarro Nick e puxo-o para mais perto. —Você sabe, eu acho que você está certo.

EVENTUALMENTE, meus ouvidos não aguentam mais o barulho constante, então deixamos o museu e passeamos pelas multidões. —Com fome? — Nick pergunta. Eu concordo. —Eu sempre posso comer. — Especialmente quando percebo que é hora do jantar. Estávamos naquele museu há mais tempo do que eu imaginava. —Que tal Little Italy? — Ele pergunta. Eu gemo. —Eu poderia aspirar uma pilha de macarrão. —Perfeito, — diz ele, pegando minha mão e entrelaçando meus dedos nos dele enquanto ele sinaliza para um táxi com o braço livre. Parece fácil e casual. Tipo, minha mão estava lá, então porque não pegar? Mas também é significativo. Talvez seja essa casualidade dele fazendo isso parecer significativo. Ou talvez eu esteja pensando demais e ele fez isso para eu acompanhar.


Oh, Alice, você está tão ferrada. Entrei no táxi com prazer. Nós estivemos em movimento o dia todo, e até mesmo de volta ao hotel... Bem, nós também estávamos trabalhando lá. Nick coloca um braço casual ao redor do meu ombro. —Tendo um bom dia de folga? — Ele pergunta. —O melhor. Ele olha para mim por um longo e demorado momento. —O que? — Eu pergunto, corando sob o seu olhar. Ele encolhe os ombros. —Apenas... Estou tendo um bom dia também. Você é divertida de se estar. — Soa como uma confissão ou uma surpresa. No mínimo, algo que ele normalmente não diria. —Você nunca se divertiu antes? — Eu provoco. —Não muito. Raramente com um encontro. Eu ri. —Isso não diz muito sobre seus relacionamentos passados, — eu provoco. Ele dá uma risada, mas há uma pitada de pesar em seu rosto. — Não, você está certa. Não faz. Eu não tive muita sorte com esse tipo de coisa. —Você está brincando comigo. — Eu fico boquiaberta. Ele é quente, charmoso e claramente muito habilidoso. Além disso, você sabe, o combo todo engraçado/divertido/inteligente, para começar.


Eu não posso acreditar que ele não teve mulheres jogando-se a seus pés por anos. —Você ficaria surpresa. — Ele dá um sorriso irônico, mas, quando estou prestes a perguntar mais, chegamos ao restaurante, um lugar italiano de aparência aconchegante, com toalhas de mesa quadriculadas vermelhas e letreiro dourado sobre a porta. No minuto em que entramos, sou atingida pelos aromas quentes e deliciosos de tomate e alho. —Mmmm, — eu digo. —Eu não percebi como estava com fome até agora. — Meu estômago ronca de acordo. Nick conhece o maitre e nós acabamos sendo escoltados para uma cabine redonda e muito reservada na parte de trás do restaurante, com bancos estofados de couro escuro, toalhas de mesa vermelhas e flores frescas sobre a mesa. É digno de um filme da máfia ambientado em Nova York ou Chicago. Quando olho em volta, espero ver alguns Goodfellas. —O que há de bom aqui? — Pergunto enquanto pego o cardápio. Tudo é obviamente feito fresco e é sazonal. Minha boca está cheia de água do que eu sei que será uma boa refeição. —Tudo, — Nick diz com convicção, então eu sei que ele quer dizer isso. Eu bufo. —Como eu deveria decidir? O rigatoni parece bom. Mas berinjela parm... Por que minhas escolhas de vida têm que ser tão difíceis às vezes? — Eu rio. Eu olho para cima. Ele está sorrindo para mim.


—O quê? — Eu corro, autoconsciente. —Nada. Você é apenas... imprevisível. —Claro, — eu digo, sarcástica. —Louca, imprevisível. Tudo bem, — acrescento. —Eu sei que sou chata. Nick parece confuso. —Você é tudo menos chata. Por que você acha isso? —Porque todo cara que namoro parece prestes a adormecer conversando comigo? Isso não me incomoda mais, — acrescento rapidamente, antes que ele pense que estou me dando uma festa de pena. —Eu sei que não sou uma festeira selvagem. —Você poderia ter me enganado, Gina. Eu sorrio, mas sei que tudo foi apenas um ato. Graças a Deus, nosso garçom aparece com uma cesta de pão fumegante e uma jarra de água. Ele nos fala sobre o cardápio em detalhes enquanto ele enche nossos copos. No final, decidimos compartilhar e pedir manicotti, berinjela e linguini com amêijoas. Parece demais, mas Nick me garante que ele está com fome. —Então, Alice Jones, — Nick começa, e eu estou um tanto ansiosa e temendo o que ele está prestes a dizer. —O que acontece depois? Quando termino de mastigar, abro a boca, mas depois percebo que não sei exatamente o que ele está perguntando. —Com o que?


Algo pisca em seus olhos, mas ele se recupera rapidamente. — Seu emprego. Quando essa tarefa terminar. Haverá mais noivos falsos? —Oh— Eu paro. —Eu não sei. Acho que não. —Eu te desencorajei a seguir o caminho de noiva falsa como uma escolha de carreira viável? — Ele pergunta, divertido. —Não se iluda, — eu digo. —É... só isso... Que Olivia estava certa. Ficar indiferente é muito difícil. Não consigo me imaginar caindo por alguém do jeito que estou me apaixonando por Nick, mas não vou cometer o mesmo erro novamente. Além disso, falar sobre o que irá acontecer depois desse trabalho me lembra que ele precisa terminar em algum momento. —Ainda assim, eu não acho que posso voltar a apenas atender chamadas, — eu finalmente respondo. —Talvez eu queira algo diferente. —Como o quê? Eu dou de ombros. Principalmente porque eu não sei. Eu sei que eu quero mais. Algo diferente do que tenho feito na agência de Olivia. A pesquisa e o relato costumavam ser suficientes. Não mais. Agora que já provei, preciso de mais. —Eu não sei. —Então apenas imagine isso. Feche os olhos e imagine o que você gostaria se não houvesse nada em seu caminho. Isso parece idiota, mas eu sigo o seu comando. Uma imagem aparece na minha cabeça, de um pequeno escritório bonitinho em algum lugar, com Alice Jones Investigações escritas de forma


elegante na porta. —Eu abriria uma agência de IP, — eu digo. — Fazer investigações. Golpistas de seguro. — Eu penso no quanto amo usar disfarces. —Talvez até pegar cônjuges traidores. — Abro os olhos, surpresa comigo mesmo, mas Nick apenas balança a cabeça. —É muito do que muitos detetives particulares fazem, — diz ele. —Mas investigando o pior tipo de pessoas... poderia transformar você em uma cínica. Tenho a sensação de que ele sabe disso em primeira mão. —Mas você tem ótimos instintos, — ele continua, parecendo pensativo. —Você seria um excelente IP. Eu quero acreditar nele, mas ainda assim... —Você não tem que dizer isso. —Quem disse? Eu dou a ele uma olhada. —Os deuses do sexo? Espero que ele ria disso, mas ele franze a testa. —Você acha que eu daria a você um grande elogio para levá-la para a cama? —Não, — eu digo rapidamente. —Acho que é difícil aceitar um elogio. Eu não sou a pessoa mais segura. Talvez seja por isso que fiquei presa como a menina na sexta-feira para sempre. —Então, talvez seja hora de ir atrás do que você quer. — Nick sorri para mim, seus olhos se enrugam e sinto uma pontada. O que eu quero está sentado bem na minha frente, não apenas pela noite, ou pelo trabalho, mas de verdade. Mas ele está tão fora


de alcance quanto o meu sonho de ser IP, então eu me conformo com o prêmio de consolação. E pego outro pedaço de pão.


Capítulo Vinte e Um APÓS O NOSSO DIA de folga, eu tento me afastar um pouco de Nick. Não porque eu não sou louca por ele, mas porque uma parte de mim se sente vulnerável agora. Exposta. Não se trata apenas de sexo - estou me apaixonando por esse cara, e não tenho ideia se ele sente o mesmo. Eu não posso resistir a ele, e nós ainda caímos juntos na cama no final de cada dia (e no chuveiro, e no chão da cozinha...), mas eu tento o meu melhor para manter meu coração protegido e não ficar acordada à noite, acariciando seus cabelos e vendo-o dormir. Eu não posso dizer que está funcionando, mas eu faço o meu melhor. E focar no caso também ajuda. Agora que os executivos retornaram do retiro, está de volta ao normal no escritório, então, na manhã de sexta-feira, estou bem adiantada e pronta para o trabalho. Eu só estou tomando café na cozinha quando Nick entra, parecendo incrivelmente quente em um par de calças de moletom penduradas sobre seus quadris. Sem camisa. Cabelo amarrotado. Parecendo tão sexy, mal consigo lidar com isso. Quer dizer, eu posso lidar com isso, mas. . . Não, Alice. Foco.


—Pronta para trabalhar? — Ele pergunta. —Uma vez que eu receba esta cafeína em mim. —Faça-me um favor, leve isso com você hoje, — diz ele, segurando um pen drive. —O que estou transferindo? — Eu pergunto quando eu pego e coloco na minha bolsa. Ele sacode a cabeça. —Não é para baixar. Ele tem um Trojan de vigilância. Tudo o que você precisa fazer é conectá-lo ao computador de Benji. Dê um minuto ou dois e o programa cuidará do resto. Isso nos dará acesso a todos os seus arquivos remotamente. Eu paro. Fazer perguntas e bisbilhotar alguns arquivos é uma coisa, mas parece... Eu não sei, como se estivéssemos cruzando uma linha. —Tem certeza de que é uma boa ideia? — Eu pergunto. Nick parece confuso. —O que você quer dizer? —Eu não sei. — Eu paro de novo. —Isso é realmente... invasivo. Ele parece ser um cara decente. As sobrancelhas de Nick se levantam. —Um cara que provavelmente roubou as fórmulas de Lainey e está à beira de colocá-la fora do negócio. —Você está certo, mas... e percebo que realmente não conheço o cara, mas não sinto essa vibe nele. —Alice— Nick franze a testa para mim e eu sei que ele está pensando que eu estou sendo ingênua. Eu provavelmente sou. —Se


este é o nosso cara, então ele cobriu seus rastros. Precisamos trabalhar todos os ângulos para chegar à verdade. —Não, eu acho que sim, mas... —Ninguém é o que parece, Alice, — diz ele. —Regra número um de investigação. Eu respiro e olho para ele. Eu não posso deixar de me perguntar se ele está falando de si mesmo também. Ele abaixa a cabeça para me beijar. —Não se preocupe, eu usei o programa antes. Não deixa vestígios. Minha culpa cresce. Eu sabia que isso estava no cardápio quando aceitei o trabalho - o que eu achava que ir disfarçado significava? - mas parece diferente. Ainda assim, não quero decepcionar Nick, então dou-lhe um aceno de cabeça. —Eu farei o meu melhor.

QUANDO CHEGO ao escritório e inicializo meu computador, fico aliviada ao ver um e-mail da Tiffany dizendo que ela chegará tarde. Estou me sentindo tão nervosa que não quero ter que ficar de conversa fiada - não com o drive queimando um buraco no meu bolso. Depois de ansiosamente assistir o relógio a manhã toda, finalmente é hora de ir. Eu fecho a tela no meu computador e vou para o refeitório bem a tempo do intervalo de Benji.


Ele não é nada se não for consistente. Eu o encontro em sua mesa regular, sentado em sua cadeira normal. Viro-me em direção à cafeteira para encher minha xícara, fingindo fazer alguma coisa. —Se importa se eu me sentar? — Eu pergunto. —Certo. Eu sento. —Você se divertiu na viagem? — Eu pergunto casualmente. Seus olhos se iluminam. —Sim. A apresentação correu bem. Todos estão animados com o novo produto. —Certo. — Eu suspiro de jeito falso. —O novo produto que todos, menos eu, experimentaram. Benji ajusta seus óculos. —Oh, bem, nem todo mundo. Tem sido muito secreto. Teremos um lançamento em toda a empresa na próxima semana. —Mas todos os executivos têm que experimentar. — Eu tento fazer beicinho. —Quero dizer, eu pensei que uma das vantagens de trabalhar aqui seria tentar experimentar coisas antes de qualquer outra pessoa. E para descobrir como eles são feitos, é claro. Eu sei que há muita ciência nisso. Eu fiz um pouco de química na faculdade, então acho essa parte realmente fascinante. A empresa é tão sortuda por ter você. Você é obviamente muito talentoso. Ok, talvez eu esteja pegando um pouco pesado, mas parte de mim está esperando que Benji fale sobre a nova barra - e revele que não é nada como a mistura de leite de Lainey.


—Talvez... talvez depois do expediente eu pudesse te mostrar o laboratório? — Ele oferece, parecendo ansioso. —Quero dizer, se você está no lado da ciência das coisas. BINGO. —Isso seria bom! — Eu exclamei. —Eu vou te ver no R & D depois. Lá pelas, 5:30? — Ele sugere. —É um laboratório seguro, então eu vou ter que deixar você entrar. —Perfeito. Vejo você então! Ele volta ao trabalho e eu relaxo, a primeira parte da minha missão completa. Não posso deixar de pensar que Benji não faz parte do enredo. Algo sobre ele está aprimorando meu medidor de bom-cara. Mas eu me lembro que Nick disse - ele tem estado nessa coisa muito mais do que eu. Embora ele tenha dito que tenho bons instintos. Ele também disse que ninguém é o que parece. Isso tudo está ficando tão complicado. Eu não sei mais o que pensar. Mas quando Benji me encontra depois do trabalho para minha visita guiada, estou determinado a manter a mente aberta. E uma águia atenta para quaisquer travessuras. Mas quando Benji me mostra o laboratório de culinária e começa a relaxar, uma coisa fica perfeitamente clara.


Esse cara não conseguiria roubar uma receita de chocolate nem se sua vida dependesse disso. Ele não tem absolutamente nenhuma cara de poker - e uma paixão ao longo da vida pelo chocolate. —Aqui está a estação de trufas, — diz ele ansiosamente. — Passei um ano inteiro trabalhando na formulação. Você vê, você quer o chocolate no exterior para ser sólido e derreter mais lento do que a trufa no interior. Mas não tão devagar que o líquido esteja líquido antes mesmo de colocá-lo na boca. Ele lança em uma descrição de pontos de ebulição e densidade quando eu olho ao redor. É como um laboratório espacial aqui, com máquinas de alta tecnologia, tubos de ensaio e placas de petri. —Eu não tinha ideia de que tudo isso levou muito teste, — eu digo. —Ai sim. — Benji acena com a cabeça. —Estamos em desenvolvimento no Projeto Wonka há cinco anos? —Cinco anos? — Eu faço eco, fazendo algumas contas rápidas. Lainey só começou sua empresa há dois anos, então como poderia ser possível para a CandyShack ter roubado sua genialidade, uma novidade? —Muito vai para um novo produto, — diz Benji. —Há pesquisas, testes, grupos de foco. E nós temos que solicitar patentes e marcas registradas, e obter todo o pacote aprovado pelo FDA. Além disso, sou uma espécie de perfeccionista, — acrescenta com um sorriso. —Isso não é uma coisa ruim, se essas trufas são alguma coisa para se acreditar, — eu digo, dando outra mordida.


O telefone de Benji vibra. —Você se importa se eu atender isso? —Continue! — Eu sorrio. Eu o vejo mover-se a uma curta distância e sinto um peso enorme levantar-se da minha consciência. Benji é totalmente inocente e parece que CandyShack também é. O que Lainey acha que eles roubaram, eles podem nem ter produção alguma! Talvez isso tenha sido todos os fios cruzados, mas de qualquer forma, fico feliz que essas pessoas boas não sejam vilões nefastos, afinal de contas. Mas ainda assim, sei que Nick vai querer provas, então vou direto para o computador de Benji e rapidamente insiro o pen drive. Uma vez que ele tenha olhado todos os arquivos de P & D, ele concordará que eles estão livres. E então, eu acho, o caso terminará. Meu bom humor explode. Mas não há tempo para pensar nisso agora. Espero que o arquivo seja enviado, depois desligo o disco de volta no meu bolso, antes que Benji retorne. —Desculpe, esse foi o meu namorado, — diz ele. —Ele nos conseguiu reservas de surpresa. Você se importa se nós encerrarmos isso? —Claro que não. Obrigado pela turnê, — eu sorrio. —E as trufas. —A qualquer momento.


Capítulo Vinte e Dois QUANDO VOLTO para a cobertura, encontro Lainey na mesa com Nick. —Oh, ei! — Eu digo, trabalhando para manter meu sorriso no lugar. —Como foi com Benji? — Nick pergunta. —Muito bem, — eu digo. —Eu consegui pegar a coisa no computador dele. —Essas são ótimas notícias! — Lainey exclama. —Nós vamos ter acesso a todos os seus arquivos! —Sim, mas tenho certeza de que você não encontrará nada. — Eu recapitulo o passeio. —Ele diz que eles estão em desenvolvimento no Projeto Wonka há cinco anos. —Ele diria isso. — Lainey franze os lábios. —É tudo uma cobertura, para esconder a verdade. —Eu não sei... O telefone de Nick vibra. —É Jackson, eu deveria atender isso, — ele diz antes de sair pelo corredor. —Qual é o problema? — Lainey pergunta uma vez que ele se foi.


—Eu só tenho uma sensação estranha... — Eu digo com cuidado. —Eu não acho que a CandyShack esteja fazendo nada errado. Ela estreita os olhos para mim. —Claro que eles estão. De que outra forma eles teriam minhas receitas? —Tem certeza de que a barra que e estão lançando é exatamente a mesma? — Eu pergunto. —E se for apenas semelhante e for simplesmente uma coincidência? Grandes mentes pensam da mesma forma... Ela olha —Não é uma coincidência. Alguém roubou as receitas e as vendeu para a CandyShack. —Como você sabe, embora? Ela hesita por um segundo. —O que você quer dizer? —Quero dizer, como você sabe que seu velho químico roubou suas receitas? — Eu pergunto. Agora que eu vi de perto como essas empresas funcionam, eu me pergunto como ela poderia até mesmo dizer tudo isso. Quer dizer, se alguém copiasse informações secretas, elas não deixariam rastros, não é? E assim como ninguém na CandyShack está se gabando de roubar um concorrente, não consigo imaginar que algum de seus ex-funcionários lhe dissesse algo assim. E agora que estou pensando nisso, como ela sabe que o Projeto Wonka é uma fraude da barra dela? Eles literalmente têm as amostras de pré-produção fechadas e trancadas no laboratório


seguro. Benji não me deixou tentar um, apesar de todos os meus cílios e dicas pesadas. Embora, seu gosto por homens possa ter algo a ver com isso. Lainey me encara, seu olhar de repente frio. —Você está me chamando de mentirosa? —Não, — eu respondo devagar. Eu não sei por que eu não perguntei todas essas coisas antes, mas agora que estou me sentindo mais confiante em fazer perguntas e cavar mais fundo, estou percebendo o quão pouco eu realmente sei sobre Lainey. Eu só peguei a palavra de Nick para que a história dela valesse. De volta à Agency, certificámo-nos de verificar todos os pedidos feitos pelos nossos clientes antes mesmo de os levarmos. Ele fez a mesma diligência aqui? —Quando você começou a desenvolver a barra? — Eu pergunto, mantendo minha voz casual. Mas, em vez de responder, Lainey começa a chorar. Gotas grandes e gordas rolando pelo rosto. —Eu... todo o meu negócio... só para ter isso roubado de mim! — Ela se dissolve em soluços quando ela cai no banquinho da cozinha. Isto é, claro, quando Nick retorna para a cozinha. —O que está acontecendo? — Ele pergunta, olhando do Lainey chorosa para mim. Como eu a fiz chorar. —Oh, Nick, — diz ela, deslizando para trás do banquinho para atirar-se em seus braços. —Você tem que descobrir isso. Você só tem. Eu estou dependendo de você.


—Nós vamos, Lainey, — ele a tranquiliza. —Tenho certeza que está nos arquivos de Benji, — diz ela, enxugando os olhos com um dedo elegante. —Ele deve ter todas as minhas receitas lá. Aposto que, se eu desse uma olhada, encontraria a prova num piscar de olhos. —Deixe-me descobrir isso. — Ele a acalma. —Não se preocupe com isso. Nick parece determinado. Eu também. Exceto, estou determinada a descobrir o que realmente está acontecendo. Porque estou começando a pensar que Lainey não é tão inocente como ela quer que acreditemos.

NA MANHÃ SEGUINTE É SÁBADO, O que normalmente significa um dia de folga, mas quando eu me levanto e vou até a cozinha para tomar um café, Nick já está sentado na ilha, passando por arquivos em seu laptop. Ou devo dizer, ainda na ilha. Parece que ele não se moveu a noite toda. —Viu? — Eu digo, mordendo de volta um —eu te avisei. — — Você não consegue encontrar nada porque não há nada para encontrar. Benji não é o ladrão. Se o ladrão existe mesmo. Nick suspira e olha para mim. Há bolsas embaixo de seus olhos injetados de sangue, e sua barba sexy está se movendo para o território do pescoço. Eu sinto uma pontada de pena. Ele está


tentando fazer o seu trabalho aqui, mesmo quando estamos ficando sem nada. —Você precisa dormir um pouco. Ele empurra a mão pelo cabelo bagunçado. —Você está certa. Ducha primeiro, no entanto. Quando penso nele dormindo o dia inteiro, de repente tenho uma ideia. —Ei, se importa se eu usar um carro para levar Gemma em uma viagem de um dia? Ele pega um conjunto de chaves da tigela na ilha e desliza-as para mim. —Certo. Tome o Tesla. —Oh, — eu brinco. —O Bentley está na oficina? Ele sorri para mim. —Eu posso te alugar um pedaço de minivan de merda, se você preferir. Isso é o que você ganha quando está trabalhando com um homem rico que gosta de bons carros. E é um espertinho. Eu pego as chaves. —O Tesla vai servir bem. Quero dizer, ele dirige como qualquer outro carro, certo? —Apenas certifique-se de dormir um pouco, — eu digo desnecessariamente enquanto sua cabeça começa a cair. Na verdade, estou começando a achar que ele vai desmaiar exatamente onde está sentado. —Vou fazer isso, chefe. — Ele boceja enquanto desliza do banco. Seus braços vêm ao meu redor e ele se inclina para um beijo preguiçoso. —Você vai estar em casa para o jantar? — Ele pergunta.


É uma pergunta inocente, mas que parece muito... doméstico. —Não tenho certeza, — eu digo vagamente. —Eu vou pedir algo mais tarde. Divirta-se, — ele diz com um sorriso cansado antes de se arrastar pelo corredor. Eu desço as escadas e encontro o carro impecável estacionado em seu lugar na garagem. Demora alguns minutos - e algumas falsas entradas embaraçosas - mas logo estou saindo em minha própria missão secreta. O site da empresa Chocorella de Lainey lista um endereço em Berkeley e, graças à navegação embutida, faço meu caminho através da baía com o mínimo de contratempos. Eu fico no meio do caminho quando penso que talvez eu devesse ter chamado Gemma para se juntar a mim. Seria bom ter companhia, mas teria que responder muitas perguntas sobre a viagem. E eu ainda não estou pronta para preenchê-la sobre a verdade real com Nick. Eu deveria contar a ela. Especialmente quando ela estava ansiosa para que ele e eu ficássemos juntos, mas eu meio que quero ver como isso acontece primeiro. Estúpido, eu sei. Desde então não há realmente nenhum mistério de como isso vai acontecer. A manchete será: Candy Caso Resolvido, Alice retorna a Nova York Sozinha. Automedicada com uma mala cheia de chocolate CandyShack. Ganha um milhão de dólares, encontrada morta, cercado por cem gatos, alguns comendo seu rosto. Triste. Ugh. Pelo menos chocolate está envolvido.


Quando chego à loja de Lainey, fico um pouco desapontada e muito surpresa. Para uma mulher tão bem colocada, eu esperava uma loja que refletisse isso. Em vez disso, enquanto a loja fica em um bairro chique com muito tráfego de pedestres e butiques, a sinalização para Chocorella está desbotada e parece muito velha. As janelas estão sujas. Até a calçada em frente está cheia de lixo. Eu dou uma olhada. Sim, estou no lugar certo. Eu estaciono o carro e saio. Enquanto ando em direção à loja, tento inventar uma reportagem de capa. Só aconteceu de estar no bairro? Quando abro a porta, fico aliviada ao ver que Lainey não está atrás do balcão. Em vez disso, é uma adolescente distraída, com os olhos colados no celular. Sério, ela nem sequer olha para cima quando o pequeno sino na porta toca, sinalizando um cliente. Faço uma anotação mental para deixar que Lainey saiba que sua equipe poderia usar algum trabalho em suas habilidades de atendimento ao cliente. Mas talvez essa garota seja apenas a ajudante no fim de semana. Ou está preenchendo para alguém no último minuto. Eu dou a ela o benefício da dúvida enquanto examino as caixas de vidro cheias com uma variedade de guloseimas, minha boca salivando. Finalmente, a menina olha para cima. —Posso ajudar? Penso nas novas trufas que Lainey trouxe. Eles tinham sido tão boas que quase valeram a humilhação que eu sofri com o nome. —


Você tem alguma petite morts? — Eu pergunto, esperando que o adolescente não saiba o verdadeiro significado da frase. Embora meu rubor pudesse apenas dizer isso. Se ela faz, ela não deixa claro quando se inclina e examina os casos. —Acho que não. Eu acho que Lainey não os colocou em seu estoque ainda. — Qual é o seu favorito? — Eu pergunto com um sorriso. A garota encolhe os ombros. —Os caramelos salgados são bons. Algumas pessoas gostam das coisas com cereja. Não é exatamente a melhor recomendação. —OK. Você pode montar uma caixa variada para mim? — Eu olho para a placa de preços atrás do balcão. Os preços aqui são mais altos do que o CandyShack, o que é surpreendente. Quero dizer, o CandyShack é conhecido como uma marca artesanal e é cotado de acordo com isso. Embora seu custo pareça estar alinhado com o que você ganha, o que é um doce incrível. Mas eu acho que as guloseimas de Lainey são individualmente feitas à mão. Quando a garota monta minha caixa, a campainha da porta toca de novo. Eu me viro para ver Lainey entrando com uma bolsa de estilista pendurada no braço dela. Porcaria. Ela para surpresa e franze a testa. —O que você está fazendo aqui? Não —Olá, como vai você?


—Oi Lainey! — Eu digo brilhantemente. —Eu não pude resistir a pegar alguns chocolates. Você fez uma nova viciada, — acrescento, rindo. Lainey olha para mim de lado como se ela não acreditasse em mim. Ou talvez seja apenas minha consciência culpada. —Onde está o Nick? É bom ver você também. —De volta ao apartamento. Ele estava exausto, pobrezinho. A noite toda trabalhando. Lainey se ilumina. ——Ele já encontrou os arquivos? —Ele ainda está procurando. Ela faz beicinho. —Eu preciso das receitas do CandyShack para que eu possa compará-las às minhas. —Certo. Além disso, provar que eles roubaram suas receitas. — Meu ceticismo deve ter mostrado, porque seus olhos se estreitam. —Você acha que eu estou inventando isso? —Não, — eu minto. —Claro que não. Apenas... você precisa de provas, certo? —Certo. Porque se você não encontrar, eu vou ficar arruinada. E anos e anos de trabalho duro serão para nada. É a mesma história que eu já ouvi antes, mas desta vez, não estou comovida. —Mas você só começou a empresa há alguns anos, certo?


—Sim, mas eu tenho sonhado com isso toda a minha vida. — Lainey aperta a mão ao coração dela. —São as receitas da minha família. Minha avó as fazia na cozinha dela, e minha mãe me ensinou a fazer o mesmo. É minha herança. Meu legado. Talvez minha dúvida mostre, porque ela muda rapidamente de tática. —E como mulher... bem, você sabe como é, tentando se provar no mundo de um homem, — ela fala, como se fôssemos irmãs de guerra. —Não se trata apenas de mim, trata-se de uma empresa movida por homens que rouba as ideias de uma mulher e as ignora como se fossem suas! Nós aguentamos isso por muito tempo, não obtendo o reconhecimento que merecemos, você não acha? Ela parece tão apaixonada, eu meio que espero que ela puxe um adesivo de campanha e uma hashtag correspondente. —Claro, — eu concordo vagamente. —Totalmente. A garota termina com minha caixa e anota minha conta. É muito mais do que eu esperaria gastar, mas é chocolate, então não estou com o coração partido. Estou um pouco surpresa que Lainey não intervém quando eu entrego o meu cartão de crédito. Não que eu não queira pagar, mas se alguém estivesse salvando meu negócio, eu seria generoso o suficiente para lhe oferecer uma caixa de chocolates. Embora eu ache que ela precise ganhar a vida. E eu ainda não salvei o negócio dela. Agradeço ao funcionário e pego a sacola dela, voltando-me para Lainey. —Então, eu acho que Nick vai estar em contato, — eu digo. —É bom ver você de novo.


—Você também! Lembre-se, querida, não podemos deixar os bastardos vencerem. Certo. Com isso, saio da loja. Eu entro no carro de Nick e estou prestes a ir embora, de volta para o condomínio. Mas antes disso, abro a caixa de chocolates. Eu os examino e decido sobre uma trufa de caramelo salgado. Eu tive uma (ok, três) da versão do CandyShack ontem, então eu sinto que posso fazer uma boa comparação. Eu cheirei isso. Cheira bem, mas não o aroma rico e de dar água na boca que eu estou acostumado com o da CandyShack. Mas o CandyShack estava embrulhado; talvez haja algo na construção da antecipação ao desembrulhar um chocolate. Eu dou uma mordida. Sem comparação. Porque essa trufa é horrível. É ceroso e sem graça e o recheio é muito doce, o sal não está tocando bem o sabor. Ele reveste minha língua enquanto derrete, mas não em riqueza, mais como um filme. Há até uma sugestão de um sabor metálico. Eu coloquei a outra metade da trufa de volta na caixa e peguei outra. Este é um creme de morango. Eu dou uma mordida (uma pequena porque, francamente, estou com medo) e é melhor, mas não ótimo. Isso me lembra daquelas caixas baratas de sortidas que minha avó comprava na loja de um dólar e colocava no Natal.


Que porra é essa? Onde estão os chocolates que Lainey trouxe para o Nick? Por que não estão aqui em sua loja, voando das prateleiras? E mais importante, por que diabos CandyShack quer roubar suas receitas? Não faz sentido. Mas quando estou sentado no carro, pensando em Lainey e em como ela está agindo, meu senso de humor está enlouquecendo. Nada disso se soma. De sua história de roubo, a maneira que ela está tão ansiosa para ver as receitas da CandyShack... E se estamos do lado errado aqui? E se ela estiver nos preparando para roubar as informações secretas de CandyShack - e Nick está jogando direto nas mãos dela?


Capítulo Vinte e Três ODEIO PERDER. É por isso que eu faço disso uma prioridade para nunca perder. Nenhum caso é muito grande, nenhum detalhe é muito pequeno. Mas esse aqui? Estou realmente perplexo. Eu passo o fim de semana fazendo uma revisão forense de todos os arquivos do caso, procurando por algo - qualquer coisa que eu tenha perdido. Mas na segunda-feira, ainda estou sem nada. Eu verifiquei cada centímetro digital do sistema de Benji, e tudo que eu encontrei é o gosto dele por mangá gay erótico, mas isso não é crime. Vamos lá, Cameron, eu me repreendo. Minhas mãos estão enroscadas no meu cabelo, prontas para puxá-lo para fora. Talvez até literalmente. Que porra é essa? Em todos os meus anos fazendo esse tipo de trabalho, tanto para a empresa da família quanto para a mim, nunca tive tanto problema em resolver um caso. O que está diferente desta vez? A resposta é simples: Alice.


Ela é tudo que eu quero pensar. E definitivamente tudo o que quero fazer. É como uma droga, a maneira como eu me sinto sobre ela, e toda vez que ela sai para o Candy Shack para trabalhar, eu fico ansioso por mais um pouco dela de novo. É selvagem e divertido, e... Doce. Não é uma palavra que eu já usei para descrever meus assuntos, mas há algo sobre Alice que parece certo. Confortável. Fácil. Como voltar para casa. Eu sei que ela está quebrando as regras da agência se envolvendo comigo, e nós não falamos sobre o que acontece depois do caso, mas eu tenho certeza que quero continuar a vê-la. Porque eu não me senti assim com ninguém desde... Bem, sempre. E tenho certeza que ela sente o mesmo. Mas antes que possamos descobrir o futuro, há o incômodo presente para resolver. Eu estive sobre as anotações do caso um milhão de vezes. Mas o intercomunicador vibra, interrompendo meus pensamentos. O porteiro. —Senhora. Worthington está aqui para ver você, Sr. Cameron. —Mande-a subir, — eu suspiro. Não tenho nada para contar a Lainey, exceto que, a cada dia que passa sem nenhum progresso, ela está um dia mais perto de seus negócios indo pelo ralo. Ela tem o direito de fazer o check-in, mas eu gostaria que não o fizesse. Ou que eu tivesse algo para mostrar a ela.


Vou cumprimentar Lainey enquanto ela sai do elevador. Ela está vestida com um vestido branco de verão com um decote recatado, o cabelo caindo solto em volta do rosto. —Nick, — diz ela, parecendo estressada. —Graças a Deus você está aqui. —O que há de errado? Ela olha em volta. —Onde está Alice? —Trabalhando na CandyShack. —O que ela descobriu? Estamos mais perto? — Lainey pergunta, seus olhos arregalados e expectantes. —Infelizmente, não encontramos nada. Ainda. —O que? — ela exclama, então parece se segurar. —Eu não entendo, — acrescenta ela em voz baixa. —Você tem acesso a tudo. Você prometeu que cuidaria disso para mim. Reviravoltas de culpa —Lainey, eu tenho olhado sem parar. Juro que a prova não está no sistema deles. Ela sacode a cabeça. —Eles devem ter excluído qualquer evidência. Eles são muito bons em cobrir seus rastros. —É possível, — eu concordo devagar. —Mas até meu especialista em tecnologia não conseguiu encontrar nada. Nenhum financeiro também. E Alice está do lado de dentro e não conseguiu encontrar nada. —Alice! — Lainey quase sussurra a palavra. —Eu ainda não sei porque você teve que trazê-la para isso.


Eu suspiro. —Eu lhe disse que precisava de uma cobertura para a gala e outros eventos sociais. De qualquer forma, ela está ajudando. —Eu sei... — Ela diz devagar. —Eu só me preocupo que ela esteja distraindo você de alguma forma. Nublando seu julgamento. Você parece... diferente. —Isso é porque nós não estamos mais na faculdade, — eu brinco, tentando aliviar o clima. Mas Lainey se aproxima e coloca a mão no meu braço. —Como você a conheceu, Nick? Seu passado. De onde ela vem. —Por que você perguntaria? — Eu franzo a testa. Ela agita seus cílios para mim. —Eu apenas me preocupo que você esteja confiando demais. Como você sabe que ela não está nos cruzando? Eu ri. —Certo. Alice veio todo o caminho até aqui para que ela pudesse se infiltrar na CandyShack, apenas para enganar você. Mas Lainey não está rindo. —Pense nisso. Ela poderia ter vindo honesta com eles, feito um acordo para apenas alimentar informações falsas. —Estou lhe dizendo que é implausível. Não que eu precise explicar minhas práticas de negócios, mas fiz uma verificação completa sobre ela. —Então, como você explica a rapidez com que ela conseguiu o emprego com eles? — Lainey pressiona. —Pense nisso. Ela vem aqui e magicamente consegue um emprego que ela começa no


imediatamente. Ela obtém acesso aos arquivos e, de repente, todas as evidências sobre eles roubando minhas fórmulas sumiram magicamente. Ela não é uma mágica. Ela está usando você. —Não é assim que funciona, — eu a corrijo gentilmente. —Alice acabou de plantar o Trojan. Eu fui o único com acesso total, até... Eu paro. —O que? —Até que eles atualizaram toda a sua segurança hoje, — eu digo devagar. —Viu! Ela os avisou! — Lainey exclama. —Não, ela não, — eu digo com firmeza. —Eu a conheço e ela não é assim. —Ou talvez seus sentimentos por ela estejam atrapalhando. — Lainey parece triste. —Ela disse a você que ela estava farejando a minha loja neste fim de semana? Notícias para mim. —Ela não precisa explicar cada segundo de seu tempo, — eu digo. Eu odeio que pareço na defensiva. Mas eu odeio ainda mais que acabei de ser pego de surpresa. Por que Alice não me contou isso? —Não, acho que não, — diz Lainey. —Mas o que mais ela está escondendo? Talvez você não a conheça tão bem quanto você pensa, Nick.


Eu engulo. O que Lainey está dizendo é ridículo, mas eu tenho que admitir, ela fez alguns bons pontos. Tipo como convenientemente Alice me perseguiu em todas as etapas desta investigação - aparecendo onde ela não deveria estar, insistindo em ir junto para o trabalho. Eu tomei isso como entusiasmo, mas e se for algo mais o tempo todo? Claro, essas travessuras doces parecem absurdas, mas há milhões de dólares na linha. Alice recusaria um acordo se a CandyShack se aproximasse e fizesse valer a pena? Ela tem dito que eles são inocentes por um tempo agora, mas isso é apenas para me tirar do rastro? Eu sacudo minha cabeça. Eu não posso acreditar que estou tendo essas dúvidas. Este caso me tem em todo lado - e Alice também. —Então, o que você vai fazer a seguir? — Lainey pergunta, fixando seus grandes olhos azuis em mim. —Estou contando com você. Eu estremeço. Esta é a conversa que eu odeio ter com os clientes. —Talvez nós precisemos conversar sobre isso, — eu começo, mas os olhos de Lainey se enchem de lágrimas. —Você está desistindo de mim? —Não, — eu a tranquilizo, desconfortável com a corrente de lagrimas. —Mas eu não me sinto bem cobrando você para continuar quando não parece que vamos encontrar alguma coisa.


Lainey morde o lábio. —Mas nós temos que pará-los. Se não podemos provar o roubo, então talvez haja uma maneira diferente? —Como o quê? — Eu franzo a testa. —Bem... se você pudesse ter acesso à instalação onde eles fazem as barras, poderíamos ajustar a produção. — Lainey bate seus cílios para mim. —Talvez mexer com um par de barras. Adicione um cocô de rato ou algo assim. Nada perigoso, — acrescenta ela rapidamente. —Apenas o suficiente para causar um recall. A má publicidade iria afundá-los com certeza! Eu recuo. —Sabotar? Você é louca! —Talvez não cocô de rato, — concorda Lainey. —Mas alguma coisa. Quero dizer, essas pessoas roubaram o trabalho da minha vida. Você se importa se eles escaparem com isso? Seu lábio começa a tremer. Seus olhos se enchem de lágrimas. —Claro que eu me importo, — eu digo, cansado. —Mas não vou recorrer à sabotagem corporativa. Pensaremos em algo. —Eu sabia que podia confiar em você. — Lainey joga os braços em volta do meu pescoço e se pressiona contra mim. —Você sempre foi bom demais para mim. Como eu deixei você escapar? Ela passa a mão pelo meu braço. Eu desajeitadamente me esquivo do abraço dela. —Eu deveria voltar ao trabalho. —Só tenha cuidado com Alice, — acrescenta Lainey. —Porque ela está brincando com você. Ela quer algo de você, eu garanto. —Você também, Lainey, — eu a lembro.


Ela sorri para mim. —Isso é verdade. Mas estou sendo honesta sobre isso. — Ela se inclina para frente e dá um tapinha na minha bochecha com a palma da mão. —E eu não estou fodendo você para conseguir.

TENTO NÃO deixar os comentários de Lainey chegarem a mim, mas passo o resto da tarde repassando tudo o que Alice disse ou fez. Claro, é implausível que ela seja uma agente dupla. Eu a conheço e ela não é assim. Mas ainda... Eu fui treinado toda a minha vida para esperar o pior das pessoas. Trabalhando como IP, você não pode evitar. Que felizmente casada mãe de três? Ela está se encontrando com seu colega de trabalho em um motel para sexo quente toda terça-feira enquanto a garota está na aula de balé. Aquele marido devotado? Ele está batendo em seu personal trainer e escondendo dinheiro em uma conta secreta para ferrar a esposa no divórcio. Eu vejo com que facilidade as pessoas mentem, mesmo aquelas que você menos espera. Ninguém é o que parece. Nem mesmo as pessoas com quem você realmente se importa. E eu me importo com Alice. Então, agora eu estou preso pensando se isso está nublando meu julgamento, e eu estou sentindo o cheiro de algo bem debaixo do meu nariz. As portas do elevador se abrem com um toque anunciando a chegada de Alice.


Um olhar para o rosto dela me diz que também foi um dia ruim para ela. Parte de mim quer consolá-la, servir uma bebida e se acomodar com ela no sofá. Mas uma parte maior de mim precisa de respostas. —Oi, — diz ela com um suspiro, quando ela deixa cair sua bolsa no balcão e sua bunda no banquinho. —Deus, eu pensei que nunca sairia de lá. Eu meio que esperava que seguranças me seguissem e me atacassem na rua. —Mas eles não fizeram, — eu digo devagar. —Ninguém disse uma palavra para você. —Não. Assim como você prometeu. — Ela me dá um leve sorriso. —Ainda assim, tudo isso vai acabar logo, certo? Quer dizer, não encontramos nenhuma evidência e agora perdemos o acesso à rede também. Não vejo muito mais o que poderíamos fazer. Eu também. Não poderia ser mais óbvio se CandyShack tivesse jogado dessa maneira. —Há outras coisas que podemos tentar, — eu digo, avaliando sua reação. De repente sinto que estou falando com um suspeito, não com meu parceiro. —Muitas opções. A investigação ainda não acabou. —Por que não? — Alice parece impaciente. —Porque o nosso cliente ainda quer que continuemos. Sua expressão muda. —Certo. Lainey.


Ela usa o mesmo tom que Lainey fez quando estava falando sobre Alice. —Ela está tentando proteger o seu negócio, — eu indico, ainda observando sua expressão por uma pista... alguma coisa. —É o que ela diz. —O que isso significa? —Estou apenas dizendo... Tem alguma coisa nessa história. — Alice parece em conflito. —Eu não acho que ela está nos contando tudo. —Você tem algo em comum, então. — A extremidade da minha voz mostra. Seus olhos se levantam. —Do que você está falando? —Aparentemente, você fez uma viagem de campo à loja dela. Você estava planejando mencionar isso? —Talvez. — Alice cruza os braços. —Eu não sabia que precisava de permissão. Você esteve lá? —Na loja? Não. — Eu franzo a testa. —Algo não está certo, — ela insiste. —É um buraco na parede, mal cuidado, nada de tratamento decente. E o doce dela nem tem um gosto bom! —Eu pensei que estava bem. — Eu não sei onde ela está indo com isso, mas é uma tática de evasão clássica: lançar suspeitas em outra pessoa para esconder seus próprios segredos. A próxima coisa, ela vai estar me dizendo que Lainey é aquele que não é confiável.


—Com certeza, — Alice suspira. —Quanto você checou antes de concordar em aceitar o caso? Só não tenho certeza se ela pode ser confiável. Meu coração afunda. Na hora certa. —Isso não é irônico, — eu respondo firmemente. —Ela disse o mesmo sobre você. —O que? — Alice ri. —Por que ela diria isso? —Oh, eu não sei, porque ela acha que você está trabalhando para CandyShack. —Uh, sim. — Alice segura seu distintivo de segurança com um sorriso. —Isso não é novidade. —Não, — eu a corrijo. —Não apenas em sua folha de pagamento. Ela acha que você está trabalhando para eles. Contra nós. A boca de Alice se abre. —Isso é ridículo! De onde ela tirou essa ideia? Eu dou-lhe um olhar longo e digo uniforme. —Diga me você. Silêncio. Eu vejo isso afundar. Quando eu confronto suspeitos como esse, uma das duas coisas acontece: as pessoas inocentes estão confusas e ansiosas, porque nunca ocorreu a elas que alguém pode pensar que estão fazendo algo errado.


E as pessoas culpadas? Eles ficam zangados e defensivos, logo de cara. Alice coloca as mãos nos quadris e olha para mim. —Você disse a ela que ela está sendo louca, certo? — Sua voz se eleva. Porra. Ela está piscando para mim por trás dos óculos. Ela está furiosa. O que faz dois de nós. —Você está me acusando de agente duplo? — ela pergunta. — Traindo você. Depois de tudo que aconteceu entre nós ?! —Como eu sei que a sedução não fazia parte disso? — Eu retruco, me sentindo um idiota. Eu nem sei mais o que está acontecendo, só sei que baixei minha guarda com ela. Caindo por ela. Mesmo que eu não devesse. Ela teve todos os meus instintos embaralhados desde o início, sobrecarregados com pura luxúria, e embora eu não queira acreditar no pior sobre ela, eu teria que ser burro para não fazer essas perguntas. Certo? —Eu não posso acreditar que você está sugerindo que eu faria isso. — A mandíbula de Alice aperta. —Dormir com você, por... que? Para te jogar fora do rastro ?! Eu também não posso acreditar, mas o que eu deveria pensar? Eu sou um investigador. Eu devo seguir as evidências e juntar as pistas, não importa o que elas revelem. —Você provou ser uma boa atriz, — eu indico. —E toda vez que eu procuro a verdade, você está aí, me distraindo. Você apareceu


quando eu estava no lugar de Janssen, lembra? Como eu sei que você não marcou apenas para me afastar da evidência? Ou na viagem, me afastando dos exercícios de formação de equipe... certificando-se que eu estava ocupado com você a noite toda. Você até conseguiu o emprego na CandyShack logo de cara, antes que eu pudesse cultivar um informante ou arranjar alguém do lado de dentro como eu queria. As palavras deixam um gosto amargo na minha boca. Claro, é circunstancial, mas há muitas coincidências para o meu gosto. Ela olha para mim e sua raiva parece desaparecer. —Você acha que eu estava fingindo? — Sua voz torce a palavra. —Você acha que o que aconteceu entre nós foi falso? —Eu não sei o que pensar! — Eu grito, minha culpa, raiva e fodidas vulnerabilidades de repente explodindo. —Eu geralmente sei exatamente quem é uma pessoa. Eu posso dimensioná-los assim. — Eu estalo meus dedos. —Mas meus instintos estão em todo lugar com você. Um minuto você é uma assistente sensata, no próximo você é uma femme fatale. Quem é você, Alice Jones? O que você tem escondido? —Nada! — O rosto de Alice treme, mas ela está firme, olhando de volta para mim. —Eu não escondi nada de você. Eu abri e mostrei tudo! Eu pensei... Eu pensei... que isso realmente significava alguma coisa. —Eu também. — Eu cuspo. —Então, por que você não acredita em mim?


—Como posso? — Minha voz se eleva. —Nada disso faz algum sentido! A única coisa que sei é que contratar você foi o maior erro da minha vida. No minuto em que as palavras saem, sei que fui longe demais. Ela fecha a boca. Abre-a novamente e depois balança a cabeça. Sem outra palavra, ela corre pelo corredor. Eu fico lá inutilmente, me perguntando se devo seguir. Meus instintos gritam sim, mas desde quando eles valem a pena? Não desde que Alice Jones entrou na minha vida naqueles saltos sensuais dela. Eu vou me servir um scotch em vez disso, preparando-me para a segunda rodada. Eu deveria ligar para Jackson, fazer com que ele mergulhasse fundo no passado de Alice, afinal. Estude suas finanças, desta vez. Procure um pagamento ou... Quem estou enganando? Eu não quero fazer nada disso. Meu cérebro está apenas tentando desesperadamente permanecer no plano. Então eu posso ignorar a dor oca no meu peito. Ela realmente me traiu? Eu não quero acreditar, mas se ela não tem nada a esconder, porque ela não está aqui, proclamando sua inocência? Alguns momentos depois, Alice sai de seu quarto - com sua mala a tiracolo. Ela está fugindo? Pessoas culpadas fogem.


Ela está ao lado do elevador. —Bem? — Ela pergunta, seus olhos procurando os meus. —Bem o que? — Eu pergunto, de repente me sentindo derrotado. —Eu estava esperando por um pedido de desculpas, — diz ela. —Eu pensei que talvez, apenas talvez, você tivesse percebido que babaca você era, e pediria desculpas por me tratar como uma prostituta. —Eu não fiz. —Você me acusou de dormir com você como parte de uma grande traição, na folha de pagamento da CandyShack. — A voz de Alice é gelada. —Isso soa como uma prostituta para mim. Não? — Ela olha —Então eu acho que é a minha sugestão para sair. Ela vai até o elevador e entra. —E para o registro, Nick? — Sua expressão de aço escorrega e vejo o coração partido em seus olhos. —Eu não estava traindo você. Eu estava me apaixonando por você. E com essa bala de despedida no meu peito, as portas do elevador se fecham atrás dela. E percebo que talvez tenha cometido o maior erro da minha vida.


Capítulo Vinte e Quatro O VÔO COM OLHOS VERMELHOS DE volta a Nova York dura cinco horas e meia. Eu choro o caminho todo para casa. No começo, eu tento escondê-lo, fungando miseravelmente enquanto o cara de boca fechada ao meu lado suspira e franze a testa. Mas no final, não posso evitar; eu apenas desisto e choro. Contratar você foi o maior erro da minha vida. Eu não posso acreditar. Qualquer coisa. Um minuto, Nick estava me acordando de manhã com beijos quentes e café, no seguinte, ele estava olhando para mim como um completo estranho. Um estranho mentiroso, trapaceiro e culpado. Mas que porra é essa?! Ele realmente acha que eu faria algo assim? Ele sequer me conhece? Eu era a única que tinha palpitações no coração apenas dando um nome falso para um estranho na rua. Será que ele realmente acha que sou capaz de puxar um agente duplo como se eu fosse uma total sociopata? Aparentemente sim.


O que só serve para mostrar, eu nunca realmente o conheci também. Meu coração dói. Não só porque ele me acusou de coisas terríveis, mas porque tudo de repente acabou. Nós dois, todas as piadas internas e aventuras selvagens e, sim, o sexo bem louco, ohmeu-Deus. Se foi. Eu engulo em seco, entendendo pela primeira vez porque as pessoas chamam isso de separação. Eu me sinto quebrada, como se tivesse sido dividida em dois, e as bordas irregulares do meu coração ainda estão cruas e feridas. Eu pensei que isso fosse diferente. Nós nos sentimos diferentes. Eu nunca me senti assim com alguém. Com alguém. Nos divertimos. Nós tivemos uma ótima química. E é claro que não há como negar que ele é quente como o inferno e um deus na cama. Mas é muito mais que isso. Atrás de seu sorriso encantador, Nick era quente, doce e muito mais carinhoso do que ele provavelmente gostaria que as pessoas soubessem. Ele se preocupa com a justiça e faz a coisa certa, mesmo que esteja disposto a quebrar as regras para que seja assim. Ele tem suas defesas altas, mas uma vez que ele baixa a guarda, você pode dizer que ele é leal às pessoas em sua vida e quer ajudá-las. E ele me apoiou. Claro, ele não gostava que eu me intrometesse, mas uma vez que eu provei que eu tinha algo para contribuir, ele confiava em meu julgamento e me ouvia. Refletido em seus olhos, eu vi uma versão melhor de mim.


Com ele, parecia que eu era a pessoa que eu deveria ser. Alguém inteligente e capaz, e imprudente e ousada. Alguém que não apenas vive a vida nos bastidores, mas que saiu e fez as coisas acontecerem por si mesma. Mas acho que foi tudo mentira. Porque agora eu não me sinto corajosa, me sinto idiota. Eu arrisquei meu coração, e o que eu tenho que mostrar com isso? Nada além de um mundo de dor, olhos inchados e a sensação de que eu deveria saber melhor. Eu deveria ter seguido as regras desta vez.

QUANDO chego ao meu apartamento, o amanhecer está acabando de romper em Nova York. Mas meu relógio interno está confuso e na hora da Costa Oeste. Eu fiquei acordada por aproximadamente um zilhão de horas, além de um cochilo muito curto e matador de pescoço no avião que me fez sentir pior. Estou exausta. E com frio. E muito triste mesmo. Eu não recebi nenhuma mensagem de Nick, o que é ao mesmo tempo um alívio e um transtorno. Estou surpresa que ele não enviou um texto pedindo o anel de volta. Talvez, como eu, ele tenha esquecido. É apenas uma bugiganga que ele provavelmente comprou em uma joalheria enquanto eu voava para a cidade. Ele pode se dar ao luxo de perder a noção disso por um tempo. Eu despejo minhas malas e vou direto para o chuveiro para lavar a viagem de cima de mim. Talvez para lavar toda a experiência das últimas semanas.


Eu saio do chuveiro e me seco. Eu esfrego a toalha no meu cabelo e penteio para o lado. Eu vou alcançar meu secador de cabelo. E começo a chorar. Está no apartamento de Nick. O que me lembra que a minha escova de dentes também. E meus chinelos favoritos de coelho. Eu ainda estou usando o anel dele, e as minhas coisas estão no lugar dele: parece que eu quebrei um compromisso real. Completo com o coração partido e pontas soltas. Demasiado cansada para lidar com isso, seco o cabelo o máximo possível, dou um bochecho e me jogo na cama. Várias horas depois, acordo e fico instantaneamente inquieta. Eu coloco um par de jeans e um top casual, pego minha bolsa e saio. Depois de uma viagem a um café, acabo no escritório. O que, suponho, logo será meu antigo escritório, assim que Olivia souber como eu estraguei tudo no trabalho. O foyer de mármore é escuro e imóvel. Parece nu sem o vaso cheio de flores na mesa, mas não faz sentido comprar enquanto o escritório ainda está fechado para os clientes e Olivia está viajando com Ryan. Eu vou para a minha mesa e ligo meu computador, então quase grito de surpresa. Porque não estou sozinha no escritório. —Olivia! — Eu grito. —O que você está fazendo aqui? Ela sorri para mim. —Eu estava prestes a perguntar a mesma coisa. — Ela me dá um abraço rápido e depois dá um passo atrás e me dá uma olhada. Provavelmente, ela nunca me viu tão bem vestida. Embora enquanto eu pego o jeans e o capuz dela, eu possa dizer o mesmo.


—Eu não sabia que você terminou com Nick, — diz ela. — Quando você voltou de San Francisco? Terminar com o Nick. Isso é um eufemismo. Eu suspiro. —Oh— Olivia faz uma pausa. —Esse suspiro me diz que isso vai ser um tipo de conversa 'sentada'. Melhor acabar com isso. Eu a sigo em seu escritório e me jogo na cadeira. —Você estava certa, — eu digo miseravelmente. —Sobre o que em particular? — Olivia pergunta, ainda sorrindo. —Sobre... linhas borradas. E limites. E se empolgando. Ela exala. —Você se apaixonou por ele. Consigo um aceno de cabeça e depois choro novamente. Maneira de ser profissional, Alice. Olivia rapidamente me envolve em um abraço. —E devo assumir que não terminou tão bem? Eu balancei minha cabeça, fungando. Deve ser um alívio que ela esteja sendo tão legal em vez de redigir papéis de rescisão, mas eu ainda me sinto uma merda e estúpida. Principalmente idiota. Embora eu ache que há fatores de coração partido também. —Ah, querida. — Olivia me entrega um lenço da caixa na mesa dela. —Acontece com o melhor de nós.


—Me desculpe, eu te decepcionei! Ela sorri. —Eu sou a última pessoa que pode julgar você por se apaixonar por um cliente. Por que você não me conta o que aconteceu e vamos ver se conseguimos descobrir? Começo a história do que aconteceu desde que parti para San Francisco. Eu deixo de fora os detalhes gráficos, mas eu praticamente deixo minhas entranhas vazias. —Bem... — Olivia pisca. —Eu sei. Eu estraguei o trabalho todo. Eu sinto muito. —Não. — Ela franze a testa. —Na verdade, você não fez. Sua tarefa não era resolver o caso dele, era ser sua noiva falsa. Você cumpriu esse papel até que ele não mais exigisse seus serviços, de modo que, no que me diz respeito, o contrato está completo. Oh. Eu acho que ela está certa. Mas ainda me sinto como um fracasso. —Eu só odeio saber que ele está lá fora, pensando em coisas ruins sobre mim, — eu admito em lágrimas. —Ele nem sequer me escutou, ele simplesmente tirou conclusões precipitadas. Tentei explicar minhas suspeitas sobre Lainey, mas ele não quis escutar. —Se alguém não está pronto para ouvir o que você tem a dizer, não há muito o que você pode fazer sobre isso, — Olivia me conforta. —Ele vai ver a verdade eventualmente. —Mas já é tarde demais. Para nós, quero dizer, — acrescento sombriamente. —Eu não posso acreditar que ele não confiaria em mim. Depois de tudo que passamos juntos.


—Nick Cameron me parece um homem que não está acostumado a confiar em ninguém, — diz Olivia pensativamente. — Quero dizer, em sua linha de trabalho, a traição é a norma. —Ainda assim. Ele deveria ter acreditado em mim. Pelo menos, se ele realmente se importasse. Essa é a parte que mais machuca. A suspeita de que Nick nunca se importou comigo. Porque se ele tivesse, ele não teria se virado contra mim tão rapidamente. Se ele se importasse, ele não me deixaria sair pela porta. O telefone de Olivia vibra. Ela olha, depois afasta. —Quem está chamando? — Eu pergunto, enxugando os olhos. —Apenas Ryan. Eu deveria encontrá-lo, mas ele pode esperar um pouco. —Não! — Eu protesto. —Eu já estraguei minha vida amorosa, não estou arruinando a sua também. —Ele vai esperar, — diz Olivia com um sorriso confiante. Eu sacudo minha cabeça. —Vai. — Eu dou-lhe um empurrão para a porta. —Ainda serei miserável amanhã. Realmente, eu só quero ficar sozinha. —Bem... se você tem certeza... — Olivia me dá outro abraço. — Eu ainda estou tecnicamente de férias por mais uma semana, mas ligue a qualquer hora. —Eu vou, — eu minto, e a vejo dar uma rápida resposta a Ryan, sua felicidade evidente em seu rosto. Ela sai em busca de seu


brilhante e feliz caso de amor, deixando-me afundar em meu coração partido sozinho.

EU VERIFICO meu e-mail e passo pelo correio que está acumulado, mas não há nada que precise da minha atenção, então eu vou para casa. Paro na farmácia do meu bairro e substituo os artigos de higiene que deixei em San Francisco, depois vou até meu apartamento. Eu peço um tailandês e percorro o Netflix para encontrar um novo episódio do Heartbreak Hospital enquanto espero a comida chegar. Apenas mais uma noite na vida de Alice Jones, assistente. É como se eu nunca tivesse saído. Minhas aventuras em San Francisco já parecem um sonho. Vislumbres de uma vida selvagem e apaixonada que está a mil milhas de distância. Meu coração dói, e não é só por Nick - é pela vida que deixei para trás. A espontaneidade e as surpresas e a sensação de que tudo pode acontecer. Voltar aqui, eu sei o que o amanhã trará: chafurdar, lágrimas e mais sentindo-me como se meu coração tivesse sido arrancado do meu peito. Inquieta desligo a TV e vou desfazer as malas, temendo toda a roupa que vou precisar arrumar. Quando abro minha mala, bem no topo está minha peruca loira da Gina. Vendo isso traz de volta tantas memórias de trabalhar disfarçado. Como me senti tão fortalecida. Não só porque eu estava irreconhecível, mas porque eu era louca.


Era como fingir ser outra pessoa que me libertou para ser eu mesma pela primeira vez. Eu olho para o meu reflexo no espelho do armário e suspiro: não há peruca, nenhuma roupa glamourosa e nenhum homem quente ao meu lado. Apenas Alice. Cabelo castanho, óculos de armação quadrada, calça de moletom e tudo. Mas ainda é a mesma mulher por baixo de quando eu estava com a peruca e roupas loucas. Mesmo quando fingia ser assistente da CandyShack, ainda era eu. Eu apenas me senti mais corajosa, por algum motivo. Fora do meu elemento, longe da minha rotina habitual. Ninguém espera que eu jogue pelo seguro. Ninguém me julgando por minhas ideias malucas. Então, o que me impede de ser a mesma mulher corajosa e confiante aqui na minha vida cotidiana? Eu engulo em seco. Parece loucura pensar em mim como pessoas diferentes assim, mas posso realmente superar a divisão? Apesar de toda a mágoa e lágrimas, a tarefa com Nick provou, sem sombra de dúvida, que sou capaz de mais. Mais do que apenas arquivar e pesquisar, vivendo uma vida tranquila e comum. Eu não acho que eu poderia voltar a isso, mesmo que eu tentasse. Um dia, e já estou inquieta. Me coçando para um novo desafio. Um que, espero, não termine em um coração partido. Não sei se estou louca agora, procurando algo para me distrair do que sinto, mas pela primeira vez desde que saí com Nick, sinto uma onda de algo como determinação.


As coisas são diferentes agora. Eles têm que ser. E de alguma forma, sou diferente também. Quando a campainha da porta soa, eu vou pegar minha comida tailandesa. E então, enquanto engulo em rolinhos primavera e frango, começo a fazer um plano.


Capítulo Vinte e Cinco A GARÇONETE DEIXA uma cerveja na minha frente e espera pelo meu costumeiro. —Obrigado, — murmuro. —O que há de errado com ele? — Ela pergunta a Jackson. —O que você acha? — Ele responde, muito alegre. —Ele está chateado por causa de uma garota.’ Não uma garota, quero corrigi-lo. Uma mulher. A mulher mais irritante e surpreendente que já conheci. Eu engulo minha cerveja em vez disso. Eu não estou pronto para jogos hoje à noite. Eu não tenho feito muito durante a semana, desde que Alice saiu do apartamento. Hoje foi ainda pior, pois abri um pacote do Fed-Ex contendo o anel da minha avó. Nenhuma nota, tampouco. Apenas o anel, muito foda. —Então, — diz Jackson, ainda sorrindo. —Deduzo de sua disposição ensolarada que você fodeu as coisas com a bibliotecária sexy. —Foda-se, — eu rosno.


Ele bufa. —Isso é um 'sim' então. Eu também estou supondo que foi sua culpa. —Você deveria ser meu amigo. — Eu resmungo. Ele sorri. —Sim. E eu conheço você. Deixe-me adivinhar, você ficou inseguro sobre estar todo feliz e vulnerável, então decidiu arranjar uma briga e afastá-la. Meu queixo cai. —Como você sabe disso? Jackson encolhe os ombros. —Eu não sou apenas um rostinho bonito. Eu franzo a testa. —Você está errado. Sobre sua cara feia e Alice. Eu não fiz nada, ela foi quem mentiu para mim e estava escondendo coisas. —Uh huh... — Jackson toma um gole. —Certo. Qualquer coisa que você diga. —Você está tentando me irritar? —Não, estou tentando acertar sua cabeça. O que te faz pensar que Alice estava te enganando? — Ele coloca as palmas das mãos quando abro a boca para rasgá-lo. —Eu só estou jogando o advogado do diabo aqui desde que você tem suas bolas em tal reviravolta. Ela lhe deu razão para não confiar nela? —Ela foi à loja de Lainey sem me dizer. —E? — ele pergunta.


—Isso foi... suspeito. Além disso, a CandyShack atualizou sua segurança logo depois que obtivemos acesso. E ela continuou insistindo que eles eram inocentes. —Bem, puxa, Nick, quando você coloca assim. Tranque-a e jogue fora a chave. Eu sacudo minha cabeça. Isso não está saindo certo. —Não é só isso. Ela é uma boa atriz. Como eu sei que ela não estava me enganando? —Como ela sabe que você não estava? —Mas Lainey... — Eu paro. A única coisa pior do que a sensação de traição quente é essa nova e incômoda dúvida. Eu estava certo na outra noite que Alice não era confiável, mas agora? Agora não sei o que pensar. —Lainey, — Jackson arqueia uma sobrancelha —tem muito em jogo aqui. Diga-me isto: quão fundo você investigou ela? Porque, pelo que me lembro, você nunca me pediu as estatísticas de Lainey. Eu presumi que você tivesse cuidado disso sozinho. Eu engulo. Difícil. —Jesus, realmente? — Jackson solta uma risada de descrença clara. —Desde quando você está tão confiante em um cliente? —Desde que ela é uma velha amiga, — eu protesto, sentindo essa dúvida novamente. —Eu conheço ela. —Uma antiga namorada, — Jackson me corrige. —Mas como você disse, isso foi anos atrás. Ela poderia ser qualquer um agora.


Por que diabos você não iria verificá-la para ter certeza de que ela não está brincando com você? Penso na primeira ligação de Lainey e quando fui encontrá-la. Ela tinha sido tão grata, e tão em pânico, e sim, talvez eu quisesse mostrar para ela e provar que eu realmente era o melhor. —Deixe-me adivinhar. — Jackson sorri e joga um amendoim na boca. —Ela bateu os cílios e te chamou de herói, e você desabou como um menu barato para viagem. Porra do inferno. Jackson canta. —Para alguém tão esperto, com certeza você pode ser um idiota, às vezes. —Conte-me sobre isso, — suspiro. Eu acho que tenho algumas verificações de antecedentes em atraso para fazer.

QUANDO acordo na manhã seguinte com uma ressaca assassina, já tenho um texto de Jackson. Você pode dizer uma coisa sobre o cara, ele não apenas impiedosamente provoca; ele também consegue algumas informações úteis. Enquanto despejo meu primeiro café na garganta, abro-o. Ele não dá nenhuma informação específica, mas sugere que eu verifique um fundo de investimento gerenciado por um Sebastian DiCarlo. Sebastian. Não é esse o nome do novo namorado de Lainey? Uma pedra amarga se forma no meu estômago.


Eu cometi um grande erro? Eu me apresso para sair do condomínio e me dirigir até Berkeley. Agora, mais do que nunca, preciso chegar ao fundo disso. A verdade. Eu e Alice merecemos muito. Eu paro do outro lado da rua de Chocorella e coloco o carro no estacionamento. Eu nunca estive na loja de Lainey, mas, ao olhar para ela, estou lamentando não ter planejado antes de concordar em ajudá-la. Ou, no mínimo, que Alice não me trouxe com ela, então eu pude ver por mim mesmo. Porque esta loja não é do calibre de uma loja da CandyShack brilhante e colorida. É escura e sombria com pouco recurso. E isso é apenas do lado de fora. Eu estou realmente com medo de ver o interior. Agora entendo por que a impressão de Alice sobre os negócios de Lainey era menos que favorável. Estou prestes a sair do meu carro para descobrir quando Lainey sai da loja. Ela está sorrindo e usando óculos escuros grandes, um terno chique e sapatos altos combinando completando seu visual modelo de mulher de negócios. Ela está arrumada e parece que ela poderia estar na capa da Forbes, mas apesar de como ela é classicamente atraente, não posso deixar de compará-la a Alice. E descobrir o que falta nela. Você não está aqui para avaliá-la, digo a mim mesmo. Antes que eu possa sair do carro, uma Ferrari conversível preta estaciona na calçada em frente a Chocorella. Lainey entra e se inclina, dando um beijo no motorista. Seu braço vem ao redor dela,


puxando-a para perto, e ela lhe dá um beijo de olá-vamos-fazerbebês. Não é preciso um cientista de foguetes para extrapolar esse deve ser Sebastian. Ou não é? Estou começando a questionar tudo sobre Lainey do jeito que eu deveria ter quando ela me ligou pela primeira vez. Eu pego meu telefone e tiro uma foto da placa e depois outro do casal que está - sério - ainda se beijando. Finalmente, eles se separam. Ele coloca o carro em marcha e arranca. Eu me afasto do meio-fio e os sigo, mantendo uma distância segura. Apesar dessa culpa irritante e desconforto, pelo menos estou fazendo alguma coisa. Todo esse caso foi uma frustração após a outra; que eu estou em uma vantagem quente é pelo menos um alívio. Eu os sigo para um hotel chique em San Francisco, no cais. Eu me pergunto por que eles iriam para um hotel. Ele é casado? O lugar dela está ficando com formigas? Poderia ser qualquer coisa, eu acho. Eu estaciono o carro na esquina e casualmente os sigo até o lobby do hotel, enquanto fico escondido. Mas, surpreendentemente, eles não vão ao balcão de check-in, eles viram à esquerda em direção às salas de reuniões. É um corredor largo sem lugar para se esconder, então não posso segui-lo sem me arriscar a se virarem e me ver (e eu sem um disfarce - tanto para estar preparado para tudo). Eu olho em volta do saguão.


Sorte grande: há um monitor pendurado no teto com todas as tarefas da sala de reunião. Ah, olha só: Chocorella / DiCarlo Investors Grup estão realizando uma reunião na sala Waldorf. Eu pego meu telefone e começo a cavar. Não demoro muito para descobrir que Lainey acabou de receber uma grande injeção de dinheiro do DiCarlo Investors Grup, o que significa que sua pequena loja não é mais dela. Ela é uma sócio-gerente, mas quase sem equidade. Apenas algo que ela esqueceu de me contar durante sua história triste. Tanto para os legados familiares e receitas secretas de sua avó. Eu chamo Jackson e perguntando. —Alguma ligação com o Candy Shack? — Eu pergunto. Ele suspira. —Não que eu possa encontrar. —Continue procurando, merda! — Eu me escondo atrás de um vaso de plantas enquanto vejo Tiffany, a assistente de Janssen e exsupervisora direta de Alice, entrando no hotel. —O que? — Jackson pergunta. —Acho que acabei de encontrar nosso link. Tenho que ir, vou mantê-lo informado. Com certeza, enquanto eu me escondo atrás da planta, Tiffany passa por mim e segue pelo corredor. Direto para a sala do Waldorf.


PASSO o resto da manhã no banheiro masculino. Eu gostaria de poder dizer que é a primeira vez que trabalhei aqui, mas a vida de um IP não significa nada fora do limite no âmbito de uma investigação. Finalmente, quase duas horas depois de me colocar no banheiro, DiCarlo e outro homem de terno cinza entram. Eu estou em uma baia, posicionado de modo que eu possa ver através do espaço entre a parede e a porta. Os homens se aproximam dos mictórios, de costas para mim. Eu bati gravar no meu celular. —Parece que está tudo se encaixando, — diz terno cinza. —Finalmente, — responde DiCarlo. —Sobre o tempo da merda, Lainey começou a rolar para neutralizar. Já estava na hora de Lainey fazer a bola rolar para neutralizar CandyShack. Meus ouvidos se animam com isso. —O que levou tanto tempo? DiCarlo suspira. —Ela teve que mudar de tática. Ela tinha algum IP bisbilhotando em seus arquivos para ter acesso às receitas deles. Mas ele recusou-se a entrega-los. Aparentemente, ele tem uma consciência. —Lainey contratou um escoteiro? — Terno cinza ri. —Eu acho. Mas isso não deu certo, então trouxemos a amante da Janssen, ela está feliz em receber o pagamento e fugir. Alguns surtos de E. coli10 e ninguém vai tocar no CandyShack novamente.

10

Tipo de bactéria encontrado no trato gastrointestinal, que podem provocar diarreias e outras doenças.


—Então, quando tudo está indo para baixo? — O outro cara pergunta. —Em seus novos lançamento na próxima semana. Uma vez que os tanques e a empresa perdem a maior parte de seu valor, podemos entrar e pegá-los por centavo de dólar. Os advogados estão prontos com a papelada, só precisamos puxar o gatilho. Eu escuto, boquiaberto. Lainey não está atrás da CandyShack porque eles roubaram as receitas dela. Ela está tentando roubar a deles e facilitar uma aquisição hostil da empresa! Além disso, ela tentou fazer com que eu fosse seu bode expiatório em tudo isso. E quase funcionou. Se Alice não estivesse lá, a voz da cautela, quem sabe até onde eu teria tropeçado na teia de mentiras de Lainey? O que significa que eu estava errado sobre os dois. Todo o tempo errado. Porra. Porra. Fooooooddddaaaa. Eu espero que os caras saiam e, em seguida, faço o upload da gravação para minha nuvem segura. Não tenho certeza do que quero fazer primeiro: explodir todo o esquema de Lainey com meu amigo da unidade de crimes financeiros, ou pedir desculpas a Alice. Inferno, eu posso ser multitarefa. Eu saio, indo direto para a saída, quando vejo Lainey no corredor. Ela me percebe rapidamente. Faz um duplo exame. Cola um sorriso em seu rosto quando ela vem para mim.


—Nick? — Ela diz, lançando um olhar ansioso por cima do ombro. —O que você está fazendo aqui? —Oh, você sabe, — eu digo casualmente, sorrindo. —Apenas arrebentando sua bunda. Seu rosto cai por meio segundo, mas então seu sorriso retorna quando ela bate no meu ombro de brincadeira. —Você é engraçado. —Você sabe o que é realmente engraçado, Lainey? — Eu pergunto, mas não espere por uma resposta. —Como você me fez de idiota. E como você quase se safou disso. Se não fosse por Alice. Eu tenho a satisfação de seu sorriso desaparecer, para o bem desta vez, enquanto ela olha em volta do saguão do hotel. —Onde ela está? —Não está aqui, — eu digo. —Mas eu estou. E eu não vou mais ser seu bode expiatório. Ela cruza os braços sobre o peito. —Eu não sei do que você está falando. Eu bufo. —Bem, você estará se explicando aos federais em breve. Apenas me diga uma coisa. Por que eu? Há cem IPs nesta cidade que teriam feito o seu trabalho sujo. Eu pensei que éramos amigos. Eu estava tentando te ajudar! —Exatamente. — O sorriso de Lainey fica desdenhoso. —Você sempre achou que era o herói, como se fosse muito melhor que todos. Novidades, Nick. Eu não preciso ser salva. —Diga isso ao juiz.


Ela sorri. —O que você vai fazer, me entregar? Para quê? Você é o único que foi bisbilhotar Janssen, quebrando quem sabe quantas leis? E a sua namoradinha? —O que tem ela? — Eu tenso. —Por que, suas impressões digitais estão por todo o lugar. — Lainey parece triunfante. —Ela conseguiu o emprego na CandyShack, carregou software de trojan, bisbilhotou arquivos da empresa... Realmente, é apenas sua palavra que você estava trabalhando para mim. Eu franzo a testa. —Não tenha tanta certeza. —Oh, eu tenho. — Lainey sorri. —Você sabe, eu estava preocupada que você veria através de mim, você nunca confiava em ninguém. Mas acontece que essa foi a minha graça salvadora. Você estava tão convencido de que todo mundo é corrupto, você nem acreditava em Alice, mesmo que estivesse apaixonado por ela. Bem, se você se importa com ela, vai ficar de boca fechada. Porque eu prometo a você, se você for à polícia, Alice será a primeira a cair. Ela me dá um sorriso de satisfação e se vira, indo embora. Eu tropeço para fora do hotel, minha mente correndo. Foda-se essa merda, de jeito nenhum eu vou deixá-la sair dessa. Uma ligação anônima para Janssen deveria levá-lo ao plano de aquisição de sabotagem, mas quanto a Lainey e sua tripulação... Eu preciso de um jeito de machucá-los. Os fazer pagar. Fazer desejar que nunca tivessem nascido.


Eu pego meu telefone. —Jackson? — Eu digo quando ele responde. —Qual é o nome do seu amigo no IRS? —Por quê? —Eu acho que alguém está precisando de uma auditoria.

EM VEZ DE VOLTAR para o condomínio, eu ando em direção ao Fisherman's Wharf. Eu poderia usar um passeio a beira mar para processar tudo o que aconteceu. E mais importante, o que vai acontecer a seguir. Eu nem percebo o que está me puxando até me encontrar na frente do Musée Mécanique. Os sons saem pela porta aberta: risos e música canalizada. Eu entro e ando por aí, lembrando do nosso dia juntos brincando. Eu posso vê-la sorrir como se ela estivesse bem aqui ao meu lado. Não consigo me lembrar de me sentir tão confortável e à vontade com uma mulher, capaz de me abrir e revelar meu verdadeiro eu. Eu chego ao Kiss-O-Meter e não posso deixar de sorrir. Ela usou a máquina como uma desculpa para me beijar. Não que eu me importasse. Eu tiro um centavo do meu bolso e coloco-o, envolvendo minha mão ao redor da alça de metal. Eu vejo as luzes subindo e descendo. —Agora que ela não está aqui, aposto que recebo Brasa, — murmuro. Um momento depois, a luz pousa.


—Molhado?! Talvez seja eu depois de tudo. Eu ri. Mas é agridoce, porque eu sei que Alice iria se divertir com isso. Mas ela não está aqui. Ela está a milhares de quilômetros de distância em Nova York. Não é apenas a distância que nos separa: ela me odeia. Com razão. Porque eu estraguei tudo. Muito mal. Agora que eu posso olhar para trás no nosso tempo juntos, sem a névoa da cortina de fumaça de mentiras de Lainey, posso ver o que todo mundo parecia descobrir antes de eu fazer: Eu me apaixonei por ela. Mas o que posso dizer? Eu a acusei de me trair, de trapacear, de dormir comigo só para me tirar do caminho. Diabos, eu nunca mais iria querer me ver. Eu pego meu telefone e começo uma mensagem para ela. Apague. Comece de novo. Suspiro. Coloco meu telefone longe. Eu nunca fui um covarde, e digo a mim mesmo que não estou sendo um agora. Ela está melhor sem mim. Senhor sabe, eu não sou do tipo de relacionamento. Sou teimoso e muito acostumado a fazer do meu jeito. E como Lainey tão proveitosamente apontou, é difícil para mim ver o melhor das pessoas. Confiar neles e acreditar que eles serão honestos comigo.


Mas devo uma desculpa a Alice. Enviá-la uma mensagem pioraria a situação? Provavelmente não é possível que ela me odeie mais. Mas eu não quero mexer tudo de novo com ela. Eu a fodi com minha desconfiança e acusações. E agora é tarde demais.


Capítulo Vinte e Seis —SENTE MINHA FALTA? — Eu digo para os leões que guardam a porta da Agency quando eu abro. Parece que foi ontem e para sempre, mas na verdade só faz um par de semanas desde que eu estava aqui, derramando minhas tripas (e lágrimas) para Olivia. Mas muita coisa mudou desde então. Eu paro e olho para o segundo andar. Em vez de digitar o código, pressiono o botão de chamada. —Bom Dia! — Diz uma mulher intercomunicador. —Como posso ajudá-lo?

inteligente

pelo

—Alice Jones aqui para ver Olivia. —Claro, suba. Você sabe o caminho, certo? — Ela diz com uma risada. Eu sorrio, já gosto dessa mulher. Eu entro no vestíbulo. Há um belo arranjo de flores frescas na mesa. Não umas folhas marrons ou caída. É agridoce, mas estou feliz que Olivia tenha encontrado alguém capaz de me substituir. Não que eu esteja deixando-a completamente.


—Alice! É tão bom ver você! — Olivia exclama. Ela está no topo da escada esperando por mim. Quando chego lá, sou puxada para um abraço. Ela puxa de volta e me segura no comprimento do braço. Seus olhos são brilhantes de emoção. —Mas antes que fique estranho, venha conhecer Fiona. Eu coloco minha mão na direção da nova garota do outro lado da mesa. Ela parece inteligente e capaz, com o cabelo loiro puxado para trás em uma trança e uma expressão amigável em seu rosto. — Prazer em conhecê-la, — eu digo enquanto nos agitamos. Ela sorri. —Da mesma forma. — Então ela olha para os meus sapatos e suspira de prazer. —E eu que achava que tinha uma enorme e dura responsabilidade. Mas não. Eu tenho uma bem bonita . E agora eu gosto dela ainda mais. Olivia me guia até o escritório dela. —Fiona? Você pode nos pegar um par de cappuccinos? Fiona sorri. —Absolutamente. Ok, isso é estranho. Eu sempre fui a única a buscar as bebidas. Mas sim, muita coisa mudou. Thor vem entrando no escritório e me percebe, deixando escapar um —Rowr! — antes de pular no meu colo e me cobrir em seu pelo laranja. Não que eu me importe. —Ah, alguém sentiu sua falta, — diz Olivia. Ela continua me contando sobre sua viagem, mostrando fotos dela e Ryan na Itália.


Andando de bicicleta pelo campo, beber vinho, comendo, beijando. Comendo. Mais beijos. —Parece ser as melhores férias. —Foi, — suspira Olivia. —Mas e você. Eu sei que nos falamos pelo telefone, mas estou muito orgulhosa de você, Alice. E eu quero que você saiba que não há ressentimentos por você me deixar. Especialmente desde que você me ajudou a classificar todos os currículos que me trazer Fiona. Eu concordo. —Bem, eu sei o que é preciso para fazer o trabalho. Ela vai se sair muito bem. Olivia sorri. —Eu também acho. —E obrigada por me atestar para que eu pudesse me qualificar para minha licença IP. Ela me acena. —Você mais que cumpre os requisitos. Você estava fazendo investigações para mim desde que começou aqui. Bem, tecnicamente. Mas em uma mesa... —E, — ela diz com um sorriso, —um passarinho me disse que você fez o exame. —Você está olhando para uma investigadora privada licenciada, — eu digo com orgulho. Depois que eu fiz uma busca espiritual, percebi que o sonho que eu compartilhava com Nick poderia se tornar uma realidade. Minha pequena firma, conduzindo pesquisas e, não apenas examinando bilionários para a Agência, mas também casos reais. Acabei de me instalar, mas estou animada com todas as possibilidades.


Eu puxo meu novo caderno de notas e abro-o para uma nova página. Qual acontece ser o primeiro no livro. Eu anoto todo o encontro. —Então, para os negócios. Devemos repassar todos os seus novos clientes em potencial? —Sim. — Olivia sorri, abrindo a grossa pasta de arquivo em sua mesa. —Pode também começar logo, hein? Ainda mantenho minha caneta e olho para ela, quase cheia de gratidão. —Obrigada por me dar este trabalho, Olivia. Por tudo, na verdade, — eu digo. Porque sem o pagamento pelo contrato com Nick, um bônus inesperado, mas muito generoso, e esse contrato de pesquisa que será contínuo, eu estaria trabalhando em algum lugar em um café, desesperadamente em busca de clientes. Em vez disso, Olivia prometeu me encaminhar para todos os seus amigos ricos e extravagantes, e eu já tenho algumas consultas iniciais para a próxima semana. —Você está de brincadeira? — ela ri. —Isso não é trabalho de pena! Você é a melhor, e dessa forma, Fiona pode se concentrar em administrar o escritório. Todo mundo ganha.

DEPOIS DE REVER seus potenciais novos clientes e agenda, eu volto para o meu novo escritório, minúsculo no East Village, entre algumas das minhas lojas favoritas de roupas vintage. É escassamente mobiliado, mas o que eu tenho é um bom começo: um laptop, uma mesa e meu nome em um quadro do lado de fora da porta. Alice Jones Investigações.


Sento-me na minha cadeira, mas confortável, e dou voltas. Eu ainda estou sofrendo por Nick, mas seguir em frente com a minha vida tem sido a melhor distração. Entre encontrar clientes, fazer pesquisas e montar o escritório, quase não tive tempo de pensar nele. Quase. Porque tarde da noite, quando estou deitada sozinha na cama, só há um lugar para onde meus pensamentos vão. De volta para ele. Rindo sobre os jogos de fliperama. Me provocando no bar. Movendo-se dentro de mim, fazendo todo o meu mundo virar. E segurando-me firmemente em seus braços, a noite toda. Eu engulo de volta uma pontada, abro meu bloco e começo a puxar arquivos e meu laptop. Hora de trabalhar. Mas estou apenas investigando um novo cliente, um divórcio confuso, quando meu celular vibra. —Ei, Gemma! — Eu respondo enquanto eu pego. —Como está minha Bond Girl favorita? — Minha irmã pergunta. Eu ri. —Estou ótima. — Eu olho para o relógio encardido na parede, um presente de um antigo inquilino. —Na verdade, estou saindo em breve para fazer um trabalho. —Um trabalho desagradável? Eu solto um gemido. —Pegue um material novo, irmã. Não, algum trabalho de investigação.


—Talvez você possa investigar o Pé grande do outro lado do corredor. —O que o lenhador fez agora? — Eu sorrio. —Você quer dizer quem fez com lenhador agora! E a resposta é quase todo mundo! — Ela geme. —Ele é apenas nojento. E vagabundo. Apenas... ugh. Tão nojento. Eu ri. —Nada disso é ilegal, Gemma. —Seja como for, — ela bufa. —Eu tenho as garotas vindo mais tarde para o filme Chick Flick Night, mas eu tenho um tempo para conversar com minha irmã favorita. Conte-me sobre você. —Eu adoraria. E eu gostaria de poder estar lá para a noite de cinema também, — eu digo, porque é a verdade. —Mas eu preciso ir. Ligo para você amanhã, ok? Prometo. Depois que eu saio do telefone, eu salvo meus arquivos e fecho meu laptop. Então, eu uso o banheiro microscópico para me preparar. Este é meu primeiro trabalho de campo IP real. Sem contar quando eu estava disfarçada com Nick, claro. Mas a mesma emoção percorre minhas veias enquanto coloco um dos meus trajes femme fatale quentes, um vestido preto apertado com alguns recortes estratégicos muito sexy. Eu completei o look com uma peruca loira. Eu sorrio para mim mesma no espelho enquanto arrumo minha maquiagem. Porque eu pareço quente.


Eu só espero que o cliente pense assim também. Na verdade, o marido traidor da cliente. Aparentemente, ele gosta de sair no Blue Bar do icônico Algonquin Hotel. Ele gosta de loiras, daí a peruca. Sua esposa está convencida de que ele está traindo e quer pegálo no divórcio. Eu devo me atirar nele e ver se posso convencê-lo a me propor. Claro, vou gravar tudo com meu celular e o broche de espião que estou usando. Quão legal parece agora que posso fazer compras de disfarces de espionagem para trabalhos legítimos? Eu me sinto tão foda agora. Eu pisco para mim mesmo no espelho. Verifico meu equipamento. Ensaio alguns flertes. Então, com uma respiração profunda, pego minha bolsa e saio para pegar um táxi.

DEPOIS DE UMA PARADA no banheiro do saguão do hotel para retocar, entro no Blue Bar, tentando exalar a confiança. Oitenta por cento disso é real. Os 20 por cento que estou fingindo são novos nervos e nervos sobre o desconhecido. O que é de se esperar, eu me lembro. Mas esta noite deve ser direta: estamos em um lugar público bem iluminado e tudo o que preciso fazer é flertar um pouco. Eu me sento no bar. Quando o barman se aproxima, eu peço uma água com soda que vai funcionar como um tônico de vodca para o observador casual. Então eu espero. Eu pego meu telefone para checar a descrição do homem que eu devo procurar: trinta, cabelos escuros, olhos azuis, terno preto, gravata dourada. A maioria dos homens aqui tem


gravatas vermelhas, então, embora a descrição não seja tão boa quanto uma foto, ela reduz as coisas. Eu tomo um gole da minha bebida falsa e aguado e varro meus olhos sobre a multidão novamente quando sinto uma batidinha no meu ombro. —É você, Gina? Tudo dentro de mim aperta. Aquela voz. O nome falso. O cheiro sutil dele que me leva de volta àquele tempo no armário da Sra. Janssen. Todas as outras vezes eu estava em torno dele. Nick.


Capítulo Vinte e Sete EU ENGULO EM SECO. Porra, ele parece bem. E assim, todos os sentimentos que venho tentando ignorar vêm correndo de volta. —O que você está fazendo aqui? — Eu exijo, tentando ficar calma. —Eu não tenho tempo para conversar. Estou trabalhando. Então eu noto a gravata dourada. E o sorriso esperançoso. —Espere... — Eu estreito meus olhos. —O que está acontecendo aqui? Nick parece envergonhado. —Sinto muito, eu preparei tudo isso. Eu não pensei que você iria me encontrar se eu ligasse diretamente. —Você estava certo. — Eu pego minha bolsa antes de escorregar do banco. Dói apenas olhar para ele. —Adeus, Nick. —Espere, — diz ele, sua mão circulando meu pulso. Estou prestes a sacudi-lo quando ele diz um suave: —Por favor, Alice. Droga. Seu tom me pega. E o olhar sincero em seus olhos. Apesar de tudo, eu aceno. —Você tem cinco minutos. —Eu só preciso de um, — diz Nick claramente. —Eu estraguei tudo. Eu sinto muito.


E enquanto eu me recupero dessa admissão, ele continua. —Você estava certa o tempo todo. Lainey estava nos usando para entrar no CandyShack. Ela está na cama, literalmente, com um investidor tentando esmagar a Janssen e fazer uma aquisição hostil da empresa. —Oh— Sinto-me vingada, mas tento não agir como se me importasse. —Obrigada pela atualização. Eu me viro para sair. —Espera. Não é por isso que estou aqui. Meu coração torce. —Por que você está aqui, Nick? —Eu sinto muito. —Você já disse isso. Não desista, eu me peço. Não caia em seus braços. Ele te machucou. ele não confiava em você. Mas Nick olha melancolicamente para mim, com os olhos cheios de emoção. —Eu sei que você deve me odiar. Eu fui estúpido em deixar Lainey colocar ideias na minha cabeça. Você nunca me deu nenhum motivo para não confiar em você, e eu te decepcionei. Eu acho que não estou acostumado a confiar em ninguém, mas isso não é desculpa. Só espero que você possa me dar outra chance. Eu engulo em seco. Espere um minuto. Isso significa..? —Eu te amo, — diz Nick, olhando diretamente nos meus olhos. —Eu te amo e sinto sua falta, mais que tudo. E talvez eu não mereça


você, ainda não, mas juro, vou tentar. Todo dia, para ser o tipo de homem em quem você pode acreditar. Minhas pernas ficam fracas, e todos os meus votos para ficar calma voam pela janela. Porque esse homem - esse homem - está me dizendo que me ama. E ele não pode viver sem mim. Como vou resistir a ele agora? —Diga algo. — Nick parece nervoso. —Eu prometo, eu não vou ficar por perto se for tarde demais para nós, mas se você acha que poderia me perdoar, só um pouco... Eu o beijo. Difícil. Nick tropeça em surpresa, mas então seus braços se envolvem em torno de mim, e ele está me puxando com força contra ele, nossas bocas compensando o tempo perdido enquanto o beijo se aprofunda, apagando o mundo inteiro. Isto é onde eu pertenço. Com ele. Bem aqui. Eu preciso para respirar, cambaleando. Nick pressiona um beijo na minha testa, ainda me segurando firme. —Isso significa... — Sua expressão ainda é vulnerável, nua e crua. —Eu também te amo. Seu rosto se espalha no maior sorriso. —Mesmo sendo um idiota? —Especialmente porque você é um idiota. — Eu o abraço mais perto, me sentindo no topo do mundo. —Você me faz uma eu


melhor, — eu digo simplesmente, de repente, piscando para conter as lágrimas. —Você me faz um eu melhor também, — ele ecoa em um sussurro, e depois me beija novamente. Eu afundo nele, deleitandome com o gosto dele, e quão bom é estar de volta em seus braços. —Arrumem um quarto, — alguém atrás de nós resmunga e nos separamos, rindo. —Trabalhando nisso, mano, — Nick responde. Eu bato nele levemente. —O que você disse? — Ele pergunta. —Eu realmente tenho um quarto aqui. Sim! Eu sorrio. —Muito presunçoso? —Eu percebi que era hora de tentar ser otimista, para variar.

MAL CHEGAMOS ao quarto antes que ele esteja me beijando contra a porta, quente e duro, e Deus, eu senti tanto a falta dele. Minhas mãos deslizam por seu corpo e Nick geme contra a minha boca. Mas eu tenho que parar, com um pensamento repentino. —Nick... Ele recua longe o suficiente para olhar para mim, suas mãos se movendo suavemente em minhas bochechas.


—Se estamos fazendo isso, eu preciso que seja real entre nós, — eu digo com urgência. —Não o falso Nick e Alice, não Gina e Rex. Apenas nós, de verdade. Nick sorri. —Então isso não serve. Eu tenho um momento de pânico. Mas então ele puxa minha peruca, a que eu tinha esquecido que estava usando. Então ele sorri. —Há a minha Alice. Sua Alice. Eu derreto. Sem outra palavra, ele começa a me despir. Lentamente. Seus olhos estão em mim enquanto ele tira meu vestido dos meus ombros e beija seu caminho pelo meu corpo. —Maldito inferno, Alice, — ele geme enquanto se ajoelha no tapete, pressionando um beijo nas minhas costas acima da minha calcinha. Um braço serpenteia ao redor da minha barriga e o outro desliza pela minha bunda. Eu me viro nos seus braços e olho para ele. —Você vai me ajudar com minhas meias? — Eu pergunto, sedutora. Ele apenas sorri de volta, diabolicamente quente. —Deixe-as aí. Os sapatos também. Ele se levanta e abre meu sutiã. Eu jogo minha cabeça para trás e me arqueio para ele enquanto ele amassa e beija meus seios, dizendo meu nome repetidamente. A dor chega a ser demais. —Nick, — eu imploro sem fôlego.


Ele me deita na cama, suas mãos fortes correndo pelo meu corpo, fazendo-me arquear nele. Então suas mãos estão lá, tirando minha calcinha. Seus dedos provocam meu clitóris e circulam minha entrada. —Por favor, — eu imploro, empurrando contra ele, e ele deve precisar de mim tanto, porque ele não se conteve. Ele rapidamente pega um preservativo de sua carteira, e então se junta a mim na cama, a ponta dura de seu pênis exatamente onde eu preciso que ele esteja. Eu alcanço sua bunda e tento guiá-lo para casa, enquadrando seus quadris com minhas pernas. Eu olho para ele e ele está olhando para mim, segurando meu olhar enquanto ele entra, ambos gemendo de prazer quando ele se acomoda completamente. Um momento depois, ele começa a se mexer e eu perco a cabeça. Encontramos um ritmo perfeito e selvagem. A cabeceira bate forte contra a parede com cada um dos golpes duros e profundos de Nick, então de repente, ele agarra meus tornozelos e envolve suas mãos grandes em volta deles, meus estiletes contra seus ombros enquanto ele bate seu pênis em mim repetidamente até que eu esteja gritando seu nome. —Venha para mim, baby, — ele geme. —Foda-se, Alice, venha agora mesmo. Eu estremeço com o olhar animal em seus olhos, e o jeito que me sinto tão fora de controle. Eu arquejo contra ele, sentindo-o profundamente dentro de mim, e foda, eu me desfaço, estilhaçando nos seus braços enquanto ele explode contra mim. E eu sei, isso é apenas o começo.


Capítulo Vinte e Oito Dois meses depois . . . EU DESLIZO em um banco do bar e faço uma demonstração de beber minha bebida, fazendo pouco mais do que molhar meus lábios - eu estou no trabalho, afinal de contas. Engraçado como tantas dessas tarefas acabam em bares. —Como você está, querida? — Uma voz masculina ronca no meu ouvido. Eu resisto à vontade de sorrir, já que estou sentada sozinha. Nick está do outro lado da taverna, falando em seu telefone, sua voz vindo pelo meu fone de ouvido. Eu seguro o copo na frente da minha boca. —Muito bem, shmoopy cakes. —Você tem certeza que está bem, — diz ele. —Eu não posso esperar para chegar em casa. Eu tenho uma coisinha para você. —Sério? — Eu pergunto. —Eu não achei que fosse tão insignificante. Ele ri. —Isso, também. —Hmm, — eu sorrio, —estou intrigada.


—Você deveria ficar, — ele fala arrastadamente. De repente, ele é todo o negócio. —Ok, aqui vem sua marca. Terno cinza vindo em sua direção. Está pronta? —Muito, — eu digo, colocando a bebida e casualmente cavando na minha bolsa. Eu seguro o transmissor de GPS e pego algumas notas, jogando-as na barra. Deslizando do meu banquinho, eu olho em volta para o meu alvo. Meu coração está batendo com a sua adrenalina habitual. Apesar de já termos feito três desses trabalhos antes, eu ainda me divirto com as travessuras dos agentes secretos. Estou prestes a passar pela marca, mas escorrego um pouco nos meus saltos altíssimos e caio nele. —Oops! — Eu digo quando suas mãos vêm para os meus braços, me firmando. Eu faço um estremecimento exagerado. —Você está bem? — Ele pergunta, parecendo preocupado. Eu concordo. —Eu virei meu tornozelo um pouco. —Aqui. — Ele me guia até um banquinho de bar. —Tire o peso. Isso é quase fácil demais. Inclino a cabeça e finjo reconhecê-lo pela primeira vez. — Espere um minuto. Você é... O CEO da tecnologia parece convencido. —Eu sou. Posso comprar uma bebida enquanto você dá o seu tornozelo um minuto? —Isso seria adorável, — eu digo enquanto mexo no meu brinco, o sinal para Nick que eu deixei o transmissor no bolso do alvo.


—Maldito inferno, Alice, — Nick sussurra em meu ouvido. —Eu nem vi isso acontecer e eu estava esperando por isso. Você é incrível. Apresse-se e vamos sair daqui. Eu amo o grunhido em sua voz e sei o que ele tem reservado para mim. Passo mais alguns minutos fingindo estar interessada no homem ao meu lado, ainda mais difícil ao saber que Nick está esperando por mim. Depois do que imagino ser o tempo mínimo para evitar suspeitas, agradeço ao homem pela bebida e saio. Eu me aproximo do carro preto que já está esperando no meio-fio e escorrego no banco de trás. —Eu estou fora, — eu relato de volta para Nick. —Bom trabalho. Vou pegar um pouco de comida e encontrar você na sua casa, — Nick diz no meu ouvido. —Obrigado, querido, — eu sorrio ao elogio. —Onde, senhorita? Eu olho para o motorista e rio. —Ei, Jackson. Bem Vindo a Nova York. Não são férias, se você estiver trabalhando. Ele sorri no espelho retrovisor. —Nick fará valer a pena, provavelmente perdendo para mim no poker high-stakes. Como foi? —Perfeitamente. Missão cumprida. Casa, por favor, Jeeves. Ele sorri de volta para mim no espelho. —Você entendeu, — diz ele enquanto ele inclina o chapéu.


DE VOLTA À MINHA CASA, eu me despeço de Jackson - que, claro, tem um encontro quente - e saio de uma roupa sexy para outra: meus pijamas e pantufas de coelho. Por alguma razão, eles enlouquecem Nick, mas ei, eu não estou reclamando para relaxar e me aconchegar, foi um longo dia. Enviei quatro relatórios de clientes para Olivia, encontrei um novo cliente e, depois, esta noite, o trabalho de campo. Minha agência está crescendo rapidamente: eu tenho mais trabalho do que sei que posso fazer, e eu até mesmo fiz um nicho especial em potencial para namorados. Porque quem não quer checar se amado está realmente escondendo uma esposa e dois filhos no Queens antes de dizerem o que eu faço? Além disso, eu não posso resistir a um rápido Google para verificar Lainey e co. Assim como Nick planejou, ela está atualmente no inferno do inferno, e seu namorado de finanças está enfrentando seis acusações diferentes de fraude de valores mobiliários e tráfico de informações. Doce justiça. Meu telefone toca. Gemma —Eles mataram o Dr. Casanova! — Ela geme. Demoro um minuto para perceber que ela está falando sobre Heartbreak Hospital. —Gems!’ Eu protesto. —Spoilers! —Você ainda não assistiu? —Eu estava trabalhando! Mas espere, você está falando sério? — Eu exijo.


—Sim. Ele resgatou um ônibus escolar de crianças da beira de um barranco, e então ele caiu de um penhasco, e o helicóptero caiu bem em cima dele. —Uau. É provavelmente por causa de todo o drama dos bastidores. Eu li que ele jogou um estetoscópio na cabeça de Avery. —Eu vi que ela teve que obter uma ordem de restrição, — concorda Gemma. —Por que os quentes são sempre tão terríveis? —Quase todos eles, — eu sorrio. —Sim, sim, você está feliz com o seu cliente quente e rico, não precisa esfregá-lo. Eu dou risada. —Desculpa! —Não, você não está, mas eu ainda amo você. Eu ouço a porta. —Falando nisso, ele acabou de chegar em casa. Fale logo! Eu corro para cumprimentar Nick. —O grande bem-vindo é para mim ou para a comida? — Ele brinca, enquanto eu pego o grande saco de comida chinesa. —Hmm, isso depende. Você conseguiu mais rolinhos de primavera? Nick me dá uma careta fingida. —Eu ficaria com ciúmes se não estivesse com tanta fome. — Ele me segue até a cozinha e eu coloco pratos e pauzinhos, meu progresso prejudicado pelos braços em volta de mim. E os beijos prolongados no meu pescoço.


—Coma primeiro, — eu digo. Isso me dá uma mordidela. Eu arqueio meu pescoço, mas meu estômago vazio protesta. —Comida, eu quero dizer. Nick ri e recua. —Como você mandar. — Ele pega a comida e me ajuda a desfazer os sacos. Nós jantamos sentados no sofá, conversando sobre meus casos e o que está por vir. Nick terminou seu contrato em San Francisco e agora aluga um lugar aqui em Nova York. Eu imaginei que era inteligente levar as coisas devagar, mas passamos a maioria das noites juntos em um dos nossos lugares. —Assim... — Nick brinca, quando terminamos de lavar a louça. —Você não quer o seu presente? Eu me inclino de volta contra o balcão e olho para as calças dele de forma incisiva. —Aqui? Tudo bem, — eu sorrio, pulando no balcão. Ele se aproxima, entre minhas pernas abertas, e agarra minhas coxas, me puxando para a borda do balcão para que ele possa me pressionar. —Isso não é exatamente o que eu tinha em mente... —Oh? — Eu arqueio uma sobrancelha e me aproximo, esfregando contra ele. Nick ri. —Você sabe que depois que toda a coisa com Lainey caiu, eu fui para Janssen? Eu concordo. —Bem, ele ficou muito agradecido por não termos apenas salvado seus negócios de Lainey e de seus companheiros, mas


interrompemos o lançamento. Se aquele chocolate contaminado tivesse sido lançado, teria sido um desastre. —Sem dúvida. —Ele queria nos agradecer. Eu levanto minhas sobrancelhas. Ele tira algo do bolso da calça. É uma caixa de anel. Eu suspiro. Olhe para os olhos dele. Assisto eles enrugarem enquanto ele sorri. —Você realmente tinha algo em suas calças, — eu respiro. —Abra. Eu faço. E solto uma gargalhada. Na pequena ranhura onde um anel deve estar está um pedaço de chocolate embrulhado. Um chocolate CandyShack. Eu dou a ele uma olhada. —É sério? —É o primeiro do novo lote, — diz ele. —Há mais, mas isso é tudo que eu poderia colocar na caixa. Continue. — Ele acena em direção ao doce. —Quer? — Eu pergunto. Ele sacode a cabeça. —Não, eu deixo esse prazer para você. Eu desembrulho o chocolate. Mesmo sendo pequeno - quase uma mordida -, quebro ao meio. Eu coloquei um pedaço na minha língua e o outro contra os lábios de Nick. Ele abre e tira dos meus dedos.


—Oh Deus, — eu gemo um momento depois, quando o chocolate derrete na minha boca. —Isso é tão bom. É como... cerejas picantes ou algo assim. —Azedo, mas doce. Assim como você, — ele diz antes de me beijar. Eu amo beijar Nick, mas beijar Nick com chocolate é um tipo especial de prazer. —Então, — ele finalmente diz quando ele vem para o ar. —O que você acha? Um bom presente? —Bem...’ Eu dou de ombros. —O falso noivo Nick me deu um vinhedo na Toscana. Mas o chocolate também é bom. Eu acho que você acertou. Eu grito quando ele me pega em seus braços e me leva para a minha cama. Ele me deita e paira sobre mim. —Eu acertei?’ Eu dou de ombros, sorrindo para ele. —Eu acho. —Um vinhedo na Grécia? —Hã? —Quero dizer, não posso dar-lhe a vinícola da minha família na Grécia, mas posso levá-la até lá. — Nick começa a beijar meu pescoço. —Espere, você tem vinhedos familiares? Ele sorri. —Eu não mencionei eles? Deve ter escapado da minha mente. Então, que tal?


—Eu gostaria que pudéssemos ir... — Eu digo a ele, sufocando um gemido quando suas mãos deslizam para baixo. —Acabei de começar meu negócio. Eu não posso tirar férias ainda. —Tudo bem, — diz ele. —Talvez possamos ir no próximo ano. Ele coloca outra coisa no meu estômago. É a caixa do anel novamente. —Mais chocolate! — Eu abro ansiosamente. Mas não é outra barra da CandyShack. É um anel. É o anel. Os diamantes de sua avó. O que ele costumava fingir propor. E agora...? Eu olho para ele, sem palavras. —Que tal uma lua de mel na Grécia? — Ele pergunta com um sorriso tímido. —EU... que...? Eu não consigo nem encontrar palavras. Emoção corre através de mim. Isso está acontecendo seriamente? Sim. Nick pega a caixa do anel e se ajoelha ao lado da cama. —Eu te amo, Alice. Mais do que tudo no mundo. Eu quero passar o resto da minha vida levando você em aventuras malucas e mostrando o amor que você merece. Você quer se casar comigo? Meus olhos se enchem de lágrimas.


—Sim, — eu finalmente consegui. —Oh meu Deus, sim! Ele me beija de novo, e então nós estamos rolando em um monte de paixão emaranhada e sem fôlego. Nick olha para baixo e eu posso ler o amor em seus olhos. Que rapidamente se transforma em travessura. —O que? — Eu pergunto, embora esse olhar geralmente sinalize algo muito, muito bom. —Basta ir com isso, — Nick sorri. Ele desliza meus chinelos de coelho de volta para os meus pés e depois me cobre com seu corpo novamente. —Chame isso de uma das suas aventuras. Eu rio como uma louca. Porque sério, esse cara. —Estou pronta para qualquer aventura, — eu digo. —Desde que inclua você. E chocolate. E meus coelhos, eu acho. —Bem, então, — diz ele com um gemido, enquanto ele mergulha dentro de mim. —Aperte o cinto, querida. Nós apenas começamos.


Epílogo (TAMBÉM CONHECIDO COMO DR. CASANOVA) Mil milhas de distância ... EU PENSEI que poderia haver algo catártico sobre assistir a minha própria morte, mas enquanto eu assisto os últimos dez anos da minha carreira subirem em fumaça literal, a única coisa que sinto é... nada? Eu sirvo outro uísque e levanto o meu copo. Descanse em paz, Doutor Casanova. Eu não posso dizer que o papel não foi bom para mim. Três indicações ao Emmy, uma vitória, o Teen Choice Award de Most Swoonworthy Hair e uma revista GAY USA com —Doutor, que mais gostaríamos de fazer nosso teste de cólon— (não pergunte). Além disso, o trabalho veio com alguns benefícios: meu palaciano em Hollywood Hills, uma garagem de carros esportivos e mais coisas de grife grátis do que eu sei o que fazer com eles. Eu poderia escolher não trabalhar outro dia da minha vida, se quisesse. E pela maneira como as coisas estão saindo, pode até não ser uma escolha.


Minha porta se abre e ouço saltos altos batendo no chão. Eu me preparo. —Quinn, — suspiro, enquanto minha publicitária entra. — Você sabe, eu não me lembro de ter te dado uma chave. ‘Você não atendia minhas ligações. —E ainda aqui está você.’ Eu termino minha bebida em um único gole, e vou pegar outra, observando as luzes da cidade brilharem no escuro. —Veio beber uma para o falecido Dr. Casanova? —Não, estou aqui tentando salvar sua carreira! —Um pouco tarde para isso. — Eu aceno para a cena pausada na tela, fumaça de helicóptero ondulando. Quinn revira os olhos e pega o controle remoto para a enorme tela plana. —Largue isso, vamos sair. —Eu realmente não estou de bom humor. —E eu não dou a mínima. — Quinn não briga, é por isso que a contratei para me representar. Em uma cidade cheia de falsificadores e puxa-saco ela conta como é. —Todos os tabloides do país vão falar sobre sua morte prematura. ‘Do meu personagem, — eu a corrijo. —Nenhuma diferença. Então você quer que eles ilustrem suas histórias com sua última foto, ou fotos de você na cidade, se divertindo em uma camisa limpa? Quente, respeitável, pronto para ser lançado na próxima sensação de TV? — Ela coloca as mãos nos quadris, esperando ansiosamente.


Eu gemo. —Você sabe, a única coisa boa sobre ter sido demitido do show foi que eu pensei que significava o fim do cão paparazzi e show de pônei. —Boa tentativa, — Quinn bufa. —Mas, a menos que você queira que o Dr. Casanova seja o último papel que você for atuar, precisamos sair e começar a mudar a narrativa. —Quinn... — Eu dou a ela meu melhor aspecto melancólico - e estou apenas meio agindo. —Eu realmente não estou de bom humor hoje à noite. Ela suaviza - tanto quanto Quinn faz. —Eu sei. Mas você precisa se animar, docinho. Você não disse que amava o macarrão no Pine and Crane? Eu estou pagando.

EM HOLLYWOOD, não existe uma refeição grátis. O macarrão é ótimo, e leva a borda do meu uísque, mas eles também vêm com um lado do discurso motivacional de Quinn. Tony Robbins, ela não é. —Você é divorciado, falido e desempregado. — Ela assinala a lista dos meus pecados com toda a sutileza de uma marreta. ‘Eu quase não estou quebrado, — eu sorrio. —A menos que eu estivesse alucinando alguns desses zeros no meu último cheque residual. —Bem. Você é o inimigo público número um, — ela se corrige. —Pelo menos de acordo com todas as manchetes dos últimos seis meses.


—Nada disso é verdade, — eu reclamo. Ela arqueia uma sobrancelha. —OK, 75% não é verdade. — Deus sabe que minha ex me deixou louco, mas eu nunca levantaria a mão para ela. Ou um estetoscópio. —Ela só tentou, por essa ordem restritiva, me ferrar no divórcio. E o juiz riu fora do tribunal. —Eles não se importam. — Quinn acena ao redor do restaurante. Eu olho para cima. Três mesas próximas estão sussurrando furiosamente, duas estão tirando fotos de celulares, e uma está cheia de mulheres de meia-idade, me lançando olhares de morte tão tóxicos que poderiam tirar tinta. —Bem, eu também não me importo, — eu minto. Eu tento não seguir o que dizem as colunas de fofoca sobre mim; uma década na indústria me ensinou isso. Mas eu tenho que admitir, eu não estou acostumado com a recepção gelada que tenho recebido desde que minha deliciosa esposa decidiu que queria terminar. Sair do nosso casamento - e fora da parceria na tela que estava queimando as telas do Hospital Heartbreak por anos. Como isso estava certo na época em que descobri que ela estava transando com o produtor executivo, eu não permaneci em seu caminho. Eu simplesmente não sabia que ela iria transformar suas habilidades de atuação medíocres em convencer o mundo de que eu era uma teia de fúria abusiva, um vilão de quadrinhos que a deixou soluçando sobre o nosso —casamento conturbado— em todos os shows matutinos.


No final, dei um ultimato ao Hospital Heartbreak: só um de nós poderia ficar. Era ela ou eu. Lembre-se da parte dela fodendo o produtor executivo? Sim. Grande erro. As mulheres na mesa ao lado se levantam para sair. —Você deveria ter vergonha de si mesmo, — uma delas sibilou para mim quando ela passa. —Então eu entendo que você não quer um autógrafo? — Eu brinco. —Luke! — Quinn me chuta debaixo da mesa. —Ouch— Eu esfrego minha canela. Pela janela, vislumbro fotógrafos que espreitam do lado de fora, prontos para tirar fotos do infame bad boy em toda a sua glória desgrenhada. Não importa que eu seja o cara menos dramático da cidade; Avery fez um número tão bom na minha persona pública, não me surpreende que não haja um desfile para celebrar o desaparecimento do Dr. Casanova. —Eu preciso sair da cidade, — suspiro. —Fazer algo diferente. Ir pescar. Construir uma casa. Quinn bufa. —OK, supervisionar a construção de uma casa, — eu sorrio. — Mas, falando sério, preciso de uma pausa. —Você sabe, é uma boa ideia. Acerte o reset, tirar você dos olhos do público por um tempo... Um amigo meu tem um lugar nos


Hamptons, — oferece Quinn. —É quase o final da temporada, por isso deve ficar quieto. Eu penso em praias vazias e bosques frios e sombrios. Não há linhas VIP, tráfego ou fãs tentando escalar minha cerca de segurança para passar pelo lixo do meu banheiro. Parece o paraíso para mim. —Qual é o truque?’ Eu pergunto, conhecendo Quinn muito bem. —Nenhum truque. Qualquer um pode ver que você precisa de uma pausa. E se você simplesmente relaxar, fazendo algumas atividades práticas e práticas... — Quinn fica com um olhar malicioso. —Passeando pelo mercado do campo. Faça um passeio de bicicleta. Pegue um filhote de cachorro em um evento de adoção. —Quinn! Eu quero umas férias, não uma foto. —Quem disse que não podemos ser multitarefa? — Ela olha para minha carranca e ri. —Bem. Eu farei as chamadas. Mas por favor, pelo menos pense nisso. Estou tentando ajudar. —Eu sei, — eu admito. Deus sabe em que estado minha carreira estaria sem ela lutar no meu lugar. —O que realmente precisamos é que você se apaixone, — ela diz, ainda com aquele brilho estratégico em seus olhos. Eu rio de rir. —Sim, isso não está acontecendo tão cedo. — Como nunca.


—Oh, eu não quero dizer assim.’ Quinn acena com desdém. — Não é real. Você não mostra exatamente o melhor julgamento no que diz respeito às mulheres. —Ei! —Caso em questão? —Oh. Certo. — Eu tomo outro gole de cerveja. —Mas, até onde vai a reabilitação da imagem pública, não há nada melhor, — observa ela. —'Curado pelo amor!' ‘O bad boy reformado Rafferty se abre sobre sua estrada rochosa para a felicidade’. Eles estariam comendo isso. Eu me concentro na minha comida. Deus sabe que ela não precisa de nenhum incentivo. —Eu conheço alguém, ela administra uma agência... — Quinn continua. —Relacionamentos falsos por contrato, por um preço. Tudo em preto e branco. Pode ser exatamente o que você precisa. —Não. —Mas se você pensar sobre isso ... —Não. — Eu dou a ela um olhar firme. Ela recua. —Apenas pense sobre isso. Nós não precisamos decidir agora. Tire suas férias, reorganize-se e depois vamos ver... Eu não preciso ver nada. A bagunça tóxica do último par de anos está finalmente para trás. Há uma rede em algum lugar com


meu nome nela. E eu finalmente tenho uma chance de descobrir o que eu quero fazer com a minha carreira. Namorada falsa? De jeito nenhum. Da próxima vez que eu for burro o suficiente para entregar meu coração a alguém, será para valer.

Fim


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