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Int r odução A Brigada Mecanizada elabora e difunde anualmente o Plano Integrado de Treino Operacional (PITOP) através do qual são definidos os objetivos e as orientações para a conceção, planeamento e execução dos exercícios. Uma das três linhas de esforço do Treino Operacional é o treino individual, que assenta em diversas atividades, sendo uma delas a realização de seminários, atividade recorrente na Brigada Mecanizada, que visa o desenvolvimento das capacidades individuais de cada militar, independentemente do posto e função, nomeadamente a capacidade de pesquisa, raciocínio e reflexão em torno de um assunto. Neste contexto no dia 21 de abril de 2016, realizou-se o seminário subordinado à 1.ª Guerra Mundial. Este conflito mundial, deflagrou em agosto de 1914 e só terminou com o Armistício, no dia 11 de novembro de 1918. Portugal combateu em três Teatros de Operações, Angola e Moçambique desde 1914 e Flandres na Bélgica, a partir de 1917. Atualmente, o conceito de projeção de força é recorrente, mas convém relembrar que há um Século, Portugal mobilizou cerca de 100.000 homens. Para abordar a temática foram convidados palestrantes nacionais e estrangeiros que conferissem uma visão abrangente do conflito, de acordo com os pontos de vista de cada Nação. O local escolhido para o evento foi o Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, numa perspetiva de acentuar o estabele-

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cimento de sinergias e interações entre os militares e a sociedade de onde emanam. O seminário foi organizado com base em três eventos principais. No período da manhã, decorreu uma Cerimónia de Homenagem aos Mortos na GG na localidade de Vila Nova da Barquinha. Seguiu-se, no Museu Nacional Ferroviário a inauguração de uma exposição alusiva à GG. No final do período da manhã sucedeu-se a abertura do seminário alusiva ao tema “Novas perspetivas sobre a beligerância Portuguesa” palestrada pelo Prof. Doutor António José Telo, historiador de renome internacional e Professo Catedrático da Academia Militar. No período da tarde foram constituídos dois painéis, o primeiro subordinado ao tema “A preparação do CEP” com as intervenções do Coronel Eng José Paulo Ribeiro Berger relativo ao tema “O Campo de manobras de Tancos”, do Tenente-Coronel de Art Pedro Marquês de Sousa respeitante ao “O milagre de Tancos” e a finalizar a intervenção da Mestre Isabel Pestana Marques que abordou o tema “A preparação complementar da Tropas Portuguesas na Flandres”. O segundo painel abordou o tema “A preparação de outros exércitos no Teatro de Operações Europeu”, e contou com dois palestrantes, os Tenentes-Coronéis Vincent Arbaretier do Exército Francês e David Luck do Exército Britânico que abordaram os temas “A preparação das forças Francesas” e “A preparação das forças Britânicas”, respetivamente.

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O objetivo final do seminário foi atingido, podemos mesmo dizer que terá superado as expetativas de partida, razão pela qual esta separata adquire acrescida relevância. As intervenções abordaram os aspetos conceptuais do conflito, as razões históricas para a entrada dos respetivos países na guerra, mas para além destes contributos, em todas as intervenções é possível identificar o impacto das ações mais “táticas”, a importância da adoção de determinado equipamento, a evolução de determinados conceitos doutrinários, a importância do equipamento e fardamento na denominada guerra das trincheiras, entre outros pormenores. A leitura desta separata auxilia a compreensão de diferentes dimensões da 1.ª Guerra Mundial, mas estende a ponte para outros conflitos, como seja a 2.ª Guerra Mundial. No caso de Portugal, contribui para a compreensão de determinados fatores que ainda hoje se mantém atuais, como a importância do treino e ajustamento de equipamentos para a realidade dos conflitos. É, também, testemunho escrito das dificuldades sentidas, das oportunidades exploradas, e das alterações introduzidas na preparação dos contingentes dos nossos aliados para combaterem neste horrível e marcante conflito, cujas memórias perduram, até aos dias de hoje. Boa leitura!

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A P r e p a r a ç ão Compl ementar d a s Tr o p a s Po r tugues as na F l andr es Isabel Pestana Marques

Proponho-me fazer, aqui, uma revisitação à temática da instrução militar do CEP já em terras francesas, privilegiando o que se fez, como se fez e os porquês dessas atuações, salientando o protagonismo dos envolvidos e o impacto desses procedimentos na instrução ministrada, sem poder esquecer a prévia instrução (em Tancos e não só), o transporte dos expedicionários rumo ao sector do CEP na Flandres, numa verdadeira e teimosa corrida para uma guerra que muitos falavam mas que muito poucos conheciam – a guerra de trincheiras europeia. Revisitação porque ainda hoje, em 2016, impõe-se desfazer mitos que teimam em perdurar na memória colectiva, menos atenta ao evoluir historiográfico. O carácter complementar será questionado numa partilha de reflexão colectiva a partir de imagens e documentos de época como porta-vozes do passado que nos ajudam a esclarecer e a percepcionar melhor as vivências daqueles homens que foram empurrados para uma guerra distante, de características desconhecidas e de resultados imprevisíveis. O pouco tempo de instrução e a insuficiente aprendizagem, resultantes das características de treino “tradicional melhorado” de Tancos, tal como a necessidade de adaptar a tropas ao terreno, ao clima e aos exercícios fundamentais à guerra

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de trincheiras irão motivar a criação de Instrução em terras francesas - outro processo instrutório e preparatório da entrada dos expedicionários nas trincheiras. Para isso, várias missões de militares de diversas armas deslocaram-se a França na transição de 1916 para 1917 com o objectivo de frequentarem cursos de especialização nos exércitos britânicos a fim de: a) instruírem as tropas portuguesas quando desembarcadas; b) orientarem a construção de campos de instrução no sector português na Flandres. Inicialmente, os instrutores portugueses frequentaram as escolas de diversas armas na retaguarda, em Aire-sur-la-Lys. Aí oficiais ingleses, falando francês e até português, prestaram esclarecimentos teórico-práticos desde a leitura das cartas quadriculadas até ao uso da máscara: alguns desses irão ser mais tarde os oficiais de ligação e os intérpretes ingleses junto do CEP. Posteriormente, as missões portuguesas deslocaram-se para a Linha da Frente. Aí a aprendizagem foi um pouco dificultada devido à brevidade dos estágios (cerca de 10 dias), à dispersão dos portugueses pelas diferentes unidades inglesas e à pouca capacidade de comunicação entre instrutores e instruendos, na Linha da Frente. Isolado em cada unidade inglesa, o militar luso geralmente falava o francês enquanto o inglês só falava a sua língua natal, obrigando o primeiro a recorrer ao desenho e à mimica. Situação vivida com desconforto pelos militares portugueses. Preparados os diversos campos de instrução, o Campo Central de Instrução em Marthes, a 5 quilóme-

tros de Aire-sur-la-Lys (agrupando escolas de diferentes armas), e as diversas escolas inglesas (por exemplo, a escola de morteiros pesados em Claques, a escola de metralhadoras ligeiras em Marthes, as escolas de gás de Mamita e de Herbel e a escola de aviação de Chocques); organizado o grupo de instrutores portugueses e ingleses e publicados os programas de instrução (muitas vezes traduções e adaptações dos ingleses), as tropas do CEP serão submetidas, desde Fevereiro de 1917, a períodos de instrução preparatória de duração variável (2 a 4 meses). Aos oficiais competia frequentarem cursos especializados sobre as suas respectivas armas e cursos gerais, cuja instrução teórica e prática versava sobre táctica, tiro em carreiras reduzidas, esgrima moderna, gás, metralhadoras, granadas, patrulhas e observação, construção e reparação de trincheiras e de defesas acessórias, ginástica e jogos desportivos e, por conseguinte, nova e complementar à instrução de Tancos. Às praças de pré competia aprender a utilizar a espingarda inglesa Lee-Enfield, a metralhadora ligeira Lewis, os morteiros e as granadas de mão e de

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Gostaria de agradecer a possibilidade de participar neste Seminário sobre os preparativos do CEP para a campanha da Flandres e agradecer a oportunidade de estar aqui nas instalações do Museu Ferroviário Nacional, naturalmente um excelente palco para este Seminário, bem à altura dos seus organizadores, o Comandante das Forças Terrestres, o tenente-general Lobato Faria de Menezes, e o Comandante da Brigada Mecanizada, o major-general Luís Nunes da Fonseca.

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espingarda, desconhecidas da instrução em Portugal. As praças de pré, também, aperfeiçoaram a instrução recebida em Tancos mas de uma forma mais intensa e adaptada aos condicionalismos da campanha e à experiência de guerra dos instrutores ingleses, coadjuvantes dos instrutores portugueses. Como? Submeteram-se as praças a intensos exercícios de ginástica, a longas e extenuantes marchas a pé (cerca de 30 km e de cadência mais rápida que a de Tancos), de mochila cheia às costas, e a marchas, mais curtas, com a máscara de gás colocada. O desenvolvimento da capacidade de resistência para grandes deslocações, de elasticidade de movimento dos membros e de controlo da respiração em caso de ataque de gás constituíam os principais objectivos de tal treino. A dureza desses exercícios físicos tornava a instrução de gases (lacrimogéneos e mortais) mais apetecida, apesar do aparato do equipamento e de alguns receios individuais de intoxicação. Por fim, as praças treinavam exercícios comuns aos dos oficiais, de acordo com o seu posto: esgrima de baioneta de movimentos rápidos de estocada, de parada e resposta; carreiras com obstáculos; saltos; tiro em carreiras reduzidas; patrulhas e observação e construção e reparação de trincheiras. Os homens do CEP foram, então, sujeitos a um processo intenso de instrução que lhes preenchia o dia-a-dia, já ocupado com afazeres militares de outra ordem, como previa o horário imposto hierarquicamente. Deste modo, os homens em instrução, em França, percepcionaram uma nova noção de tempo, diferente da experimentada na instrução de Tancos. O número e o tipo de actividades a que estavam sujeitos os instruendos faziam interiorizar um tempo imposto pelas autoridades superiores, repleto de actividades obrigatórias, coercivo dadas as

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punições previstas às infracções e sem prever a existência de quaisquer momentos “livres”. Em suma, um tempo disciplinador, opressor e valorativo dos interesses colectivos em detrimento da liberdade e do interesse individual. Aparentemente, os resultados do treino militar fornecido em França ao CEP foram positivos. Os campos de instrução serviram os propósitos para os quais haviam sido construídos, constituindo verdadeiros palcos das capacidades militares das tropas, instruídas em Portugal e enviadas para a Flandres, notabilizando-se uns mais do que outros. Em todos os exercícios as praças de pré progrediram bastante, salientando-se a sua capacidade de aprender rapidamente a montagem e o manejo do armamento e do equipamento militar. A velocidade e a perícia portuguesa foram reconhecidas, imediatamente, pelos instrutores ingleses e portugueses, nos campos de instrução. As maiores dificuldades foram encontradas nos exercícios de marchas. Nas marchas a pé, as tropas armadas, equipadas e com o capacete metálico progrediam com grande dificuldade física nos terrenos cheios de lama ou gelo, sob chuva ou neve, na cadência e velocidade desejada (4quilómetros/ 50 minutos) e com grande dificuldade disciplinar por não conseguirem manter-se quer nos lugares e nas fileiras regulamentares e quer na margem direita das estradas (muito extenuadas deixavam-se ficar para trás alongando a formatura, impossibilitando a circulação automobilística). Estas dificuldades tinham uma relação causa-efeito pois a falta de disciplina na marcha não permitia assegurar um rendimento de progressão de tropas com a menor fadiga possível. Nas marchas realizadas com o aparelho antigás em posição de alarme (colocado), as tropas manifestaram igualmente inúmeras dificuldades. Nas diurnas, o embaciar dos óculos impedia uma boa visibilidade e a dificuldade de respirar

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fazia abrandar a marcha (2km/h), alongando o alinhamento das filas. Nas noturnas, a visibilidade através dos óculos era reduzida provocando uma diminuição da velocidade (1km/h), a realização de marcha de mãos dadas para facilitar o contacto e até a queda em valas ou a troca confusa de companhias quando as tropas se cruzavam no caminho. Em suma, os inconvenientes inerentes às máscaras de gás fundiam-se com a incapacidade das praças aperfeiçoarem a respiração, indispensável à rápida e disciplinada progressão no terreno. Esta deficiente adaptação ao uso das máscaras originará, por vezes, a comportamentos indisciplinados e perigosos como o abandono da máscara em momentos de ameaça. A constatação destas dificuldades, decorrente da má e desactualizada instrução de Tancos, geradora de demoras na instrução em França, motivou o desejo de reformular a própria instrução em Portugal, reconhecida como insuficiente pelas autoridades portuguesas. Para isso foi enviada, e só em Março de 1918, uma missão de oficiais da Escola de Guerra a França para frequentarem os cursos nas escolas do CEP no Campo Central de Instrução de Marthes e assim actualizarem-se com os ensinamentos da guerra de trincheiras. Desta missão, resultou um extenso relatório da autoria do Tenente-Coronel José Mendes dos Reis, 2º Comandante da Escola de Guerra de Portugal. Apesar de poucos terem prestado atenção a tal relatório e por isso nada alterarem, o autor denunciou o inaceitável. Considerou-se, então, a instrução a fornecer em França como fundamental à campanha portuguesa nas trincheiras da Flandres. O carácter novo e complementar deste tipo de instrução treino nas Escolas e Campos de Instrução do CEP serão amplamente propagandeados, silenciando os problemas que não se exibiam nos filmes de propaganda republicana. Problemas reconhecidos pelos altos comandos do CEP (como o

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atenção à operacionalização material em detrimento do aspecto humano da guerra e sobretudo ao considerar-se a referência britânica à indisciplina como insultuosa da autoridade militar portuguesa.

Que problemas foram, então, sentidos?

Esta “desatenção” e desconsideração pela experiência de guerra alheia levará a situações caricatas mas sintomáticas, relatadas em relatórios britânicos p.e.

Problemas materiais como, por vezes, a falta de armamento e munições que prejudicou a instrução pois nem todos os homens podiam realizar todos os exercícios previstos.

a) o descuido pelo não uso de meias e de gordura de impermeabilização pelos entrincheirados (com prejuízo da saúde e da operacionalização das tropas);

Problemas sanitários como o processo de vacinação das tropas portuguesas, quando se instalavam nos acantonamentos, após a chegada ao sector do CEP.

b) a recusa de cumprir ordens britânicas a horas consideradas descabidas para oficiais portugueses demasiadamente fatigados, como as formaturas às 23h;

A necessidade de vacinar contra a febre tifóide, o tifo e a varíola impossibilitava as tropas devido à reacção a curto prazo à vacinação, dificultando a instrução. As tropas sujeitas à vacinação atrasavam a sua apresentação à instrução e quando a iniciavam não podiam dar o seu máximo rendimento prejudicando a intensidade dos exercícios e obrigando a estratagemas que, por si, dificultavam uma instrução célere e coesa das unidades expedicionárias. Problemas de resistência. Maioritariamente passiva mas, por vezes, activa à instrução preparatória. Muitos oficiais portugueses resistiram à instrução fornecida pelos ingleses nas escolas do CEP, não prestando atenção aos ensinamentos e não comparecendo às “aulas teóricas”. Porquê? a) por considerarem os sargentos britânicos indignos de ensinarem o que quer que fosse a oficiais e a portugueses; b) a indiferença portuguesa pela importância de se construir um bom moral e de incutir disciplina nos subalternos para o sucesso da campanha, repetidamente salientada e fomentada pelos instrutores ingleses, era flagrante uma vez que preferiu-se dar

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c) o não cumprimento dos horários de refeições das praças por ter falhado a ordem superior de distribuição da ração; d) o desrespeito pela ordem do “silêncio das trincheiras” sob o pretexto de não se ter ouvido o clarim (usual em Tancos mas ausente por perigoso na linha da frente), etc. Situações geradoras da debilitação física dos combatentes e motivadoras de conflitos entre os aliados e, por conseguinte, desgastantes da cadeia de comando do CEP. Outros, mais activos, optam por desenvolver um ambiente de “anglofobia”, no CEP, nos salões de Paris e até nos corredores políticos portugueses, minando o ritmo dos calendários de instrução em França e questionando a relação aliada em campanha: os atritos irão desgastar as relações de autoridade e humanas entre os Comandos, o Estado maior e algum oficialato do CEP, justificadores do evoluir da campanha. A estes problemas de cariz humano, juntou-se a grande dificuldade portuguesa em transportar o CEP com brevidade e como um todo, para a Flandres, e a partir de

Janeiro de 1917. A chegada dos cerca de 55.000 militares portugueses ao sector do CEP fez-se a “conta-gotas”, com partidas de Lisboa e desembarques em Brest aos poucos e quando possível. A travessia ferroviária por terras espanholas permitiu a chegada de alguns oficiais ao sector do CEP mas a um ritmo descontínuo e tardio. Numerosos factores (a falta de navios britânicos e portugueses, a incapacidade de realizar embarques organizados e de lotação plena nos navios disponíveis, o processo de fuga à partida/desembarque em França por parte de praças (que se insubordinam ou desertam) ou por oficiais (que se refugiam num gabinete da Secretaria da Guerra ou num Serviço administrativo em Paris ou numa cama de hospital em Lisboa ou de imediato em Brest)) vão ditar a deslocação demorada de um total de 55.000 militares portugueses para França durante os dois anos de campanha, obrigando a uma instrução lenta, desfalcada de homens e por isso não coesa tal como uma deficiente organização e longa permanência na frente, com graves repercussões no êxito da campanha. Apesar deste grande conjunto de problemas vividos e mal resolvidos durante a campanha, previa-se que o processo de instrução preparatório à partida para as trincheiras terminaria com o tirocínio, isto é, o estágio de 48 horas na Linha de Frente com o “baptismo do fogo” das trincheiras orientadas pelos militares britânicos. O “baptismo de fogo” nas trincheiras iria transformar-se numa prova de iniciação, fundamental para a entrada do CEP nas trincheiras do sector a defender. Nessa prova aplicavam-se conhecimentos teóricos, mal ou bem exercitados na instrução da retaguarda e convencia-se os aliados que os portugueses estavam prontos para, finalmente, guarnecerem a Linha de Frente e lutarem contra o inimigo alemão. À medida que as unidades do CEP findavam o proces-

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General Tamagnini) e britânicos (como o tenente Kerr) nos constantes relatórios e pedidos de revisão mas de difícil percepção pelo poder em Lisboa e pelo oficialato influente do CEP, durante a campanha, “deslumbrados” com o aparato dos concursos desportivo-militares e as formaturas do CEP, frente aos aliados.

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so de instrução, a ordem de marcha para as trincheiras era esperada. Apesar de muitas unidades ainda estarem desfalcadas de efectivos (nomeadamente de oficiais), a ordem de marcha chegou, mais cedo ou mais tarde, a cada unidade. De noite, as tropas preparavam a partida para a Linha da Frente. Ao romper do sol, as tropas equipadas, armadas, de mochilas às costas, de capacete metálico colocado, barbeados de fresco, confiantes e calmas apresentavam-se em formatura ao Comandante do Batalhão. Usualmente, o Comandante proferia um sucinto discurso, lembrando o cumprimento do dever, o brio, a gloriosa missão de combater em nome do país. A coberto da bruma da madrugada, a 2 de Abril de 1917, entrou nas trincheiras a primeira companhia do CEP, a 12 de Maio, um batalhão ocupou um subsector. Em 10 de Junho, já estavam as três brigadas da 1ª divisão guarnecendo a linha, sob as ordens do seu comandante e incorporadas no XI Corpo de exército britânico que as superintendia a nível táctico. A 5 de Novembro, o general Tamagnini assumia o comando da zona guarnecida pela 1ª divisão e, em 26 de Novembro, entrou na frente a 2ª divisão. A chegada dos combatentes portugueses à 1ª linha foi, então gradual, lenta e muitas vezes incompleta e tardia. Poucos entraram no Verão, alguns entraram no Outono e a maioria no Inverno de 1917. Aqui e finalmente, os expedicionários aprenderão, dia a dia, o que será lutar, esperar, viver as trincheiras, a par dos aliados e defronte o inimigo germânico – a verdadeira preparação. Em conclusão… Se identificarmos INSTRUÇÃO com Educação e INSTRUÇÕES com Orientações/Indicações de treino, poderemos equacionar a existência de Instrução do CEP e se SUFICIENTE e EFICAZ. As Instruções ministradas ao CEP em França foram de caracter

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COMPLEMENTAR? Sim porque completaram, adicionaram, melhoraram as competências desenvolvidas nas instruções prévias. A instrução do CEP aconteceu no sentido amplo de EDUCAÇÂO? Foi SUFICIENTE E EFICAZ? FOI A NECESSÁRIA À CAMPANHA DO CEP? Não, foi a possível e com resultados díspares… As características deficientes da instrução “tradicional melhorada” ministrada em Portugal (instrução preliminar nos quartéis e instrução em Tancos) não foram totalmente minoradas pela instrução preparatória à partida das trincheiras. Apesar das características novas (aposta da educação militar construtora de uma disciplina moralizadora) e complementares (aposta no aperfeiçoamento do treino militar) da instrução fornecida na Flandres terem ajudado a preparar melhor as tropas portuguesas para a guerra de trincheiras, o êxito não foi pleno. As diferenças entre os dois tipos de instrução eram demasiado significativas para atenuarem-se num esforço comum. Estava, também, em causa um confronto de mentalidades quanto ao modo de fazer guerra e ao modo de preparar os combatentes. Daí a instrução em Portugal não ter sofrido as melhorias que se impunham e a instrução em França ter sofrido acções de resistência mais ou menos passivas de alguns sectores importantes do CEP (nomeadamente o Estado maior e parte do oficialato mais tradicionalista). A instrução preparatória à entrada nas trincheiras foi, de imediato, desconsiderada por alguns elementos do Estado Maior que opinavam a instrução de Tancos como suficiente. Por um lado, a preferência pelos conhecimentos militares tradicionais impedia valorizar a importância das novas técnicas e armamento utilizados na guerra de trincheiras (desconhecidos na sua maioria dos militares portugueses deslocados para a Flandres).

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Por outro lado, a antipatia para com os militares britânicos fazia rejeitar qualquer ensinamento ou permuta de ideias ou experiências de campanha de autoria inglesa. Por fim, o foco primordial no mero treino de operações militares sem a necessária instrução de cariz disciplinar irá descurar a criação de um processo de mobilização e de criação de “espírito de corpo” no CEP, responsável pelo deflagrar de, por exemplo, insubordinações, deserções e revoltas, praticadas por alguns expedicionários ao longo da campanha. A falta ao período de instrução ou a recusa de aprendizagem, quando presentes à instrução, e a não participação na vigilância e superintendência da instrução das diferentes unidades do CEP por parte de alguns oficiais do Estado Maior constituirão as manifestações materiais dessa desvalorização da instrução preparatória, geradoras, por si, de desincentivo instrutório às restantes tropas e até, mais tarde, ao processo de instrução que se tentará impor após o 9 de Abril para a reconstituição do CEP. Em suma, a instrução do CEP será fruto de um conflito entre a exigência de métodos e de comportamentos militares novos (reivindicados pelo comandante geral do CEP, por alguns oficiais portugueses e pelo exército britânico) e a manutenção de métodos tradicionais e avessos à novidade (protagonizada pelo oficialato tradicional de Tancos e do CEP): a inércia vencerá numa clara má percepção das características originais da Grande Guerra.

Bibliografia: MARQUES, Isabel Pestana, Das Trincheiras, com Saudade. A vida quotidiana dos militares portugueses na Primeira Guerra Mundial, 3ªed., Lisboa, Esfera dos Livros, 2016; Os Portugueses nas Trincheiras. Um Quotidiano de Guerra, Lisboa, Comissão Portuguesa de História Militar, 2002; “A Instrução e a Campanha no CEP na Flandres”, in Actas do VIII Colóquio “Preparação e Formação Militar em Portugal”, org. Comissão Portuguesa e História Militar, Lisboa, 1997.

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In st r u c t i o n a n d Tr a i n i ng i n Fr ench Ar my - 1916- 1918 Lieutenant-Colonel (FRA-A) Vincent Arbarétier (PhD Political Sciences / Contemporary History)

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played all along the French Territory but instead of having one Training Camp pro Army Corps, in 1913, we get only 4 for Divisional Level and 4 for the Brigade Level all the European Territory of France. Most of those Training Camps were already created by Napoleon 3rd as those of Mailly, Suippes and Mourmelon: we used to call them Champagne Training area. Field Training Exercises at Divisional level of 1911 and 1913 were catastrophic at all levels, and some commanding generals were dismissed by General Joffre. In the framework of the « Plan 17 » all Army Corps units were able to deploy in front of German in a less than 3 weeks. After the assassination of Crown Prince Franz Ferdinand, of 28 June 1914, the crisis was slowly turning into a confrontation during the month of July and French Forces were able to assemble in less than 2 weeks and in good shape: There were 2.9 million men assembled in front of German border, especially in front of the Vosges Mountains the lost provinces of Alsace Lorraine of 1871 Franco-Prussian war. The assembly of French Army in 1914 was correct and far more planned and well scheduled than it used to be the case during 1870 Franco-Prussian war. The reason why, that was the coordination of Logistics and Operations was quite well managed by all levels of Command and Control in French Army Staffs. Of course, some units were delayed by administrative issues, but everything went quite well on and at least much better than it was the case 40 years before. But as you may know, war is not really happening as it was expected to … As Moltke the Elder already wrote it « forget your plan after the first contact with the Enemy ». After the battle of the Marne River in September 1914, and after the run up to the Channel, both armies were facing and unable to breach and to exploit a thrust. Both will have to entrench themselves and war after a mobile phase was condemned to be static. This was allowing both sides to develop new

weapons, new training and also sometimes new tactics. General Joffre when arriving at FR HQ as Army Commander in 1911 issued following guidance: 1. Use Technical data as parameters for planning military maneuvers and exercises. General Staff Officers were given documentation about Artillery, Engineering and Aviation. 2. Train Infantry in shooting and not only in marching. 3. Train Infantry, Cavalry in joint exercises with Support functions. 4. Build at least one camp for each of the 22 Army Corps and Military Regions. 5. Double action exercises with blue and red parties with Umpires appointed by the General Staff. At the beginning of the operations, French Army was in fact prepared as it used to be, for Franco-Prussian wars: Charging with bayonets and white gloves was one of the mistakes done by French Infantry in August and September 1914. The 22 August 1914 was the deadliest of French Military History: 22 000 fallen soldiers in one day in Morhange and Charleroi battles. But as far as the operations were more stable and as soon as mobile warfare was replaced by

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Dealing with Training in the French Army in WW1 period, we should remember first that French Army began the war with the tactics and the principles of last war 40 years ago, and that after 6 months of movements it has to review completely its way of conducting war. You may know, the French Army in 1914 was very much looking like a 19th Century Napoleonic Army, wearing blue uniforms and red trousers pretty much visible on the battlefield. Although, some lessons were identified by General Joffre after the Russo Japanese confrontation of 1905-06 and the two Balkans wars of 1912-1913, new regulations were drafted but never applied in 1914. It was too early! General Joffre taking command of French Army in 1911 is making following statement: “shared between different theories, and mostly extreme theories, and between mostly conservative officers reluctant of any innovation, Troops are maintaining an apathy, an absolute indolence … With no doubt, high level decision makers were aware of Offensive at any cost, but in which conditions!” Captain Chalindrey quoted by Michel Goya added: “Officers are subject to a lot of useless regulations preventing them to train in good conditions. Military regulations are unstable and evolving very quickly. As a consequence, when starting a training period, commanding officers are prefering to forget everything about regulations.” Therefore, there was before 1914 no real Field Training Exercise with double actions contrary to the Germans who applied Captain Reisswitz wargame rules. In the early 1900, going to an exercise consisted mostly in marching, sometimes in shooting and trying some technical experiment, as far as the context allowed it. As a result the Brigade Commander was commanding most of time not more than a Company or a Platoon …. Some new organizations are appearing with 22 Army Corps dis-

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Trench warfare, the equipment of soldiers was due to evolve. Less brilliant uniforms and helmets were given to the soldiers. Cavalry was afterwards dismounted and used as elite Infantry (almost commandos, as it was the case during the Boer war in South Africa). The apparition of Gas in April 1915 at Ypres in Belgium was obliging troops to train under this new constraint. Then the use of Tanks was also one new face of modern war, although the first use of Armored Vehicles by British Troops in 1917 during the Cambrai battle was quite a failure because of various reasons. The first coordination exercise between Ground troops including Artillery and Air forces was done during the war in 1916. Coordination of a new fire power was very necessary to avoid blue on blue fires through wired lines, telephones and observation planes. The new equipment of French infantry was the changing the way of doing war. Camouflage was looked upon in order to be as stealthier as possible and to protect the new Infantry man as much as possible as well. The new instructions for Training in a modern environment with modern equipment went too late, in 1913 mostly: • Regulations for conducting Grand Units (Divisions up to Armies) : 28 October 1913, • Regulation for Field Training and Exercise : 2 December 1913, • Guidance for Infantry in the Field: 20 April 1911. After a lot of hesitations, new uniforms were only ordered in early 1914. Therefore, French Infantry was still dressed as in Napoleonic period at the beginning of the war. France will from 1916 to 1918 b be the lead Nation, as far as training of Allied Nations will be. The new Training regulations were immediately applied after the very hard combats of 1914, and Training was systematically produced for French Troops, Colonial Troops but also our Allied comrades fighting in France, Russians, Serbs, Czech and Slovaks, as well as Portuguese and Americans from respectively 1916 and 1917. Only the Brits and Imperial Troops were not included in French Training

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schedules. French doctrines were taught everywhere among Allied Countries. War Academies were therefore created by French Officers in Rumania, Greece and Serbia at the end of the war. Future General Patton was taught and trained in Saumur about Tanks. General Petain, the hero of Verdun was the one who has organized the Training cycles and sometimes also sometimes the leaves of the Soldiers. That was why he was the most popular general among not only the « Poilus, but also among the French population, families, parents and children. He was perceived as being less bureaucratic as other commanders, Foch or Joffre for instance. Joffre since the end of 1915 was organizing a summit between Allied commanders and a kind of early Combined HQ in Chantilly in order to tackle with a global strategy against the Trip lice. The more you will get trained soldiers, the fewer soldiers you will need by General Gouraud; In other words, «sweat is saving blood» as it will be highlighted in WW2. Headquarters themselves were getting very sophisticated and Generals were rather trained as Managers than as Fighters. No order could ever be given from the saddle. As an outcome, the Training of Officers was a little bit more theoretical than it used to be before. Regulations were annihilating sometimes the sense of creation of leaders. At the same time, aviation was showing up in the Field. Sergeant GUYNEMER the future hero of French pilots was leaving the useless Cavalry unit in order to join an Airforce squadron. Training was in 1916 concerning all Units of French Army. New Arty Units were also created in order to support Infantry action. Airplanes were fighting against German above the battlefield. In HQs generals and staff officers were also trained about communications, new regulations in logistics and sometimes also exercising in wargames during quiet periods in the front. The « bleuet » or young soldiers were mixed in units with elder ones, sometimes the fathers with their sons as it used to be during the «levee en masse»

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in French Revolution in 1792 and 1793. Every French Regiment was sooner or later sent to Verdun from February up to December 1916. Training was focusing also in Physical conditions and Physical Training in order to reinforce the Morale of the Troops as it was already highlighted by theoricians as Colonel Ardant du Picq before he was killed in the Field or Colonel Cardot before the war. Morale strength was very much considered as being the reason why we should win. The cause was right and Morale strength was due to overcome material difficulties. Neo Romanticism was very much printed in the French soldiers mind. Artillery and Infantry were trained to fight together even if no one was elaborating a new way of conducting war as the Germans do with Sturmtruppen Taktik (after von Hutier test in Riga battle in 1917); French were only focusing in synchronizing fires from every kind and adapting Engineering at the Trench Fights requirements. To conclude with, I should highlight that Training principles in French Army were very much subject to the evolution of war from 1914 up to 1918. French soldiers were trained before going into the battle, testing most of time all inventions and technological renewed environment. Telegraphy, airplanes, artillery evolution were concurring in more coordination in the field. Staff officers and commanders were remaining very far from the battlefield issuing orders through telegraphy. The danger was in 1918 to crystallize that new static doctrine into war principle remaining as such during the after victory period. In 1918, French Units were well trained, but after the victory, they stayed under the economic pressure of savings and suffered from an apathy which conducted into the next war disaster 20 years afterwards.

Short bibliography: Lieutenant-Colonel (Ret) Claude FRANC, Verdun, pourquoi l’armée française a-telle vaincu? Economica, 2016. Colonel (Ret) Michel GOYA, l’invention de la guerre moderne: du pantalon rouge au char d’assaut 1871- 1918, Texto, 2014. Lieutenant-colonel Remy PORTE, Joffre, Tempus, 2016.

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B r i t a i n s P r e p a r ednes s for War i n 1914 Lieutenant-Colonel (UK-A) David Luck

However, in the heady days of the hot summer of 1914 this prospect was all still a long way off. Everyone truly believed that the European war that had been expected for some time would all be over by Christmas – but sadly of course it wasn’t…. For over two hundred years Britain’s foreign policy had been based on building and protecting a vast overseas empire whose plentiful natural resources were essential to provide the raw materials to drive the huge engine that was “the workshop of the world” as Britain had become known. Whilst you might build an Empire by conquest and trade, then, you protected it by use of a navy and this was where the majority of Britain’s military spending had gone in the years prior to 1914. The Royal Navy, the largest in the world by some margin, had the biggest most powerful and most modern ships in existence. Since the launch of the first one of these battleships, HMS Dreadnought in 1906, Britain had maintained production of a steady stream of these nautical behemoths with their 10 x12inch guns, 27 x 12pdr guns, 5 torpedo tubes and 30cm thick armour plate. By August 1914 there were 29 of them in the Grand Fleet and along with an equally impressive supporting cast of Battle Cruisers, Destroyers and Frigates, the Royal Navy was confident that not only could it defend both Britain and her Empire, it could also deter any other nation, especially Germany, with whom it had been competing in a naval arms race since 1906, from

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even considering to threaten Britain’s place as the world’s premier imperial power. So whilst Britannia’s navy ruled the waves, where did that leave Britain’s Army? It has to be said, that at the turn of the 20th century, Britain’s Army was probably somewhat less impressive than the might and power of the Royal Navy. The British Army had not fought a major continental style war in Europe since the defeat of Napoleon at Waterloo over a century earlier in June 1815. With the peace that allied victory had brought about, Britain’s land forces were reduced both numerically and in terms of the professional standards of the Army. This was to be cruelly exposed during the disastrous Crimea campaign of 1854-56 against Russia when military incompetence both on and off the battlefield in terms of tactical blunders and logistical nightmares were to prove extremely costly both in terms of men and materiel. The debacle of the Charge of the Light Brigade when the “gallant 600” rode blind and unsupported down a narrow valley against the might of the Russian gun batteries, may well have been the stuff of legend, immortalised by Alfred Lord Tennyson in his epic poem, but militarily it was the depths of incompetence where senior military commanders in the field were incapable of writing and issuing even the simplest of clear, concise and easily understood orders to their subordinates, who likewise, were incapable of interpreting what it was their leaders wanted them to do. The result was, in effect a costly and bloody massacre which saw the death and destruction of over half of Britain’s finest light cavalry. The inquiry in to what went wrong at Balaclava, the logistical blunders that saw half the Army’s horses starve or freeze to death in the bitter Crimean winter and the woeful inadequacies of the medical

support to the campaign, despite the best efforts of Florence Nightingale and Mary Seacole at the disease ridden hospital at Scutari made it clear that the existing forces were not sufficient for large scale modern warfare and that changes had to be made. One of those changes, and probably the most significant in terms of the future leadership of the British Army was the establishment in 1858 of the first senior level Staff College at Camberley to train officers to become professional in the art of war, building on the foundation of the Royal Military College originally founded by Colonel John Gaspard Le Marchant at High Wycombe in 1802. They turned the old East India Company forces into the British Indian Army and established the Volunteer force to help with home defence if the Regular Army was overseas. Over the next 40 years the British Army found itself involved in a series of small colonial wars within the empire, often ill matched against indigenous armies. Even then it fought with varying degrees of success. The Zulu wars in the late 1870’s are a classic example as are the campaigns in Egypt and the Sudan in the 1880’s which characterised this period of colonial warfare. This varying success

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When Britain declared war on Germany on the 4th of August 1914 it could be argued that it was not ideally prepared to fight a global conflict that was to last over four years and to be fought on a size and scale never before witnessed in history.

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saw the introduction of further Army reforms in the 1880s to provide a sizeable, well trained force in the British Isles to be sent overseas in a time of crisis with a system of reserves and home service volunteers to support it. However, it was during the Boer War of 1899 to 1902, against a very different sort of enemy that this system was to be tested and almost immediately began to show some strain. The Boer War found the British Army fighting a guerrilla war against an enemy made up of western European emigres’ farmers from Holland – the Afrikaner speaking Boer’s. Whilst the red tunics and white pith helmets of twenty years earlier at Isandwana and Rorke’s Drift during the Zulu Wars had been replaced by their mud brown “Khaki” equivalents, much else proved to be inadequate against the fast moving, lightly equipped Boers who knew their own territory so well and were adept at both riding and raiding hard and fast over large distances to maximum effect. On more than one occasion these Dutch farmers shamed the leadership of the British Army by outthinking and out manoeuvring it on the battlefield of the high veldt. Within a year the Reserves had been almost entirely exhausted and the Imperial Yeomanry had to be established to provide much needed mounted infantry. Although the British Army eventually defeated the Boers in 1902 it was clear that the system was still not fit for purpose and that further change was needed. It was quickly realised that the shape and structure of the Army needed to change in order to deal with any emerging threats which Britain might face overseas. With a view to making more efficient use of its Army, both regular and reserve, the British government introduced a far ranging set of reforms, instituted between 1906 and 1912 and named after the then Minister of War, Sir Richard Haldane.

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The major element of the Haldane reforms was the creation of an expeditionary force, specially prepared and trained for intervening in a major war. This newly organised force would have a permanent peacetime organisation and a full complement of supporting troops. It was decided that this force should be of six infantry divisions and it would be prepared to be committed to action as soon as it reached the continent. At the same time the reserve forces were restructured and expanded to ensure that the overseas forces could be efficiently reinforced and supplied with fresh manpower. To ensure that home defence would not suffer whilst the new expeditionary force was overseas the Volunteer Force and the Yeomanry were reorganised into the new Territorial Force. It saw the creation of a Territorial Force of 14 infantry divisions, 14 cavalry brigades and a full complement of supporting artillery and engineer units all raised , organised and financed by local “county” organisations but liable for service under War Office command. Meanwhile the militia provided the Special Reserve which contained men who had agreed to be liable for service with the regular forces in wartime. These latter two reforms were grouped together in the Territorial and Reserve Forces act of 1907. To encourage the development of military skills and leadership, an Officer Training Corps were established in public schools and universities. This scheme was designed to provide a supply of skilled officers and proved very popular from its inception in 1910. By January 1912 there were 55 senior contingents in the nation’s universities and 155 junior contingents in its public schools with a total of 23,700 cadets enrolled in the new scheme. Military strategy was revitalised by the introduction of the new Imperial General Staff which would ensure a common doctrine and common strategic aims amongst the

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various military forces of the British Empire including the Dominions. Finally the Regular Army would be reformed by the development of a new operational and training doctrine laid down in Major General Douglas Haig’s new Field Service Pocket book. Another area in which the Boer War provided valuable lessons was with a view to embracing and applying new technology especially with regards to weapons and equipment. As a result there were a number of significant changes in the type and standard of equipment used and this was to have a significant effect on the British Army’s ability to fight in Europe in the summer of 1914. I want to look at four specific items developed directly as a result of the shortcomings of the Boer War which meant that when war came in 1914 the British Expeditionary force was both well trained and well equipped to fight in Europe for the first time in almost a century. 1. The SHORT MAGAZINE LEE ENFIELD (SMLE) .303 RIFLE – firing a smokeless, rimmed brass cartridge, its range, accuracy, reliability, and rate of fire was to prove a great advantage. British soldiers shot for their pay and to achieve marksmanship status meant an extra shilling a day. To achieve this they had to be able to successfully fire 15 aimed shots a minute. This became known as the “mad minute” but was so effective that when the Germans faced it for the first time at Mons they thought they were facing a company of machine guns when it was really the withering fire of the rifle companies. In fact at this stage there were only two Vickers machine guns per battalion. 2. 1908 Pattern Infantry Webbing Equipment – This was the very latest in military carrying equipment. It replaced the old Slade Wallace leather equipment which was heavy, cumbersome and apt to shrink in the wet. This

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3. The 18 pounder Quick Firing Gun. Learning much from the introduction of the famous French 75mm Soixante-Quinze field gun, the weapon, introduced in 1904 was the mainstay of the British Royal Field Artillery through the First World War. Supporting the Infantry divisions this powerful and accurate field gun could fire a variety of ammunition (High explosive, shrapnel, smoke, incendiary, gas and “star” or illuminating shells) out to a maximum range of over 7000 metres. 10,469 of these guns were produced in total. To give you some idea of its scale of use, during 1917 alone 38,068,000 18pounder shells were fired. 4. The 1908 Pattern Cavalry Troopers Sword (1912 for officers). Whilst it can be said that the First World War saw the end of the use of horsed cavalry as true combat capability heralded by the advent of the first tanks in September 1916, in the early part of the war at least between August and November 1914, cavalry was still being used in the offensive and this weapon was the very zenith of British cavalry sword design. Intended as a purely thrusting weapon to be carried at arm’s length at the charge, its strong, thick T-shaped cross section, 36 inch blade, large bowl guard and

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semi-pistol, bakerlite grip with thumb recess made it the ideal sword for this purpose. However, in order to fight successfully you have to have a plan, and more than any other individual it was General Sir Henry Wilson who was responsible for that plan to take the BEF to France in 1914. Wilson, an Irishman by birth had been convinced that Britain would fight alongside France against Germany since 1908. As Commandant of the Staff College that year he had his senior students prepare a scheme for the deployment of the BEF to France assuming that the Germans had invaded Belgium. But it was as Director of Military Operations in the War Office from 1910 onwards that Wilson carefully and in minute detail laid the preparations for Britain’s mobilisation and deployment to France which he believed was his most important duty. Wilson was a Francophile and enjoyed excellent relations with his French counterparts especially Marshal Foch. He visited France and Belgium on numerous occasions during 1911 often taking to his bicycle to ride around the countryside and to see for himself likely deployment positions and observe such things as the development of large railway sidings on the German side of the border with Belgium. As a result of the Agadir Crisis in 1911 he informally promised France that in the event of war the Royal Navy would deliver 6 infantry divisions and a cavalry division to Rouen, Le Harve and Boulogne within 8 days of mobilisation. Following a high level government meeting on 23 August 1911 in which Wilson briefed his ideas to the Prime Minister and others he was authorised to formally draw up the “War Book” which was to detail all the required mobilisation and transport plans to take the BEF to France. By November 1912 all the railway timetables had been prepared and from February 1913 onwards a joint War Office - Admiralty committee met every two weeks to produce a plan for shipping the en-

tire BEF to France from 3 ports in just 8 days. The provision of horses and transport was another factor which was worked out in the finest detail. Wilson visited France another 7 times in 1913 including observing manoeuvres at Chalons and Foch’s XX Corps. When war was declared Wilson’s plans were put into action. Reserves were recalled to the colours within 24 hours and the first ships landed British troops in France on the 12th of August 1914. So we can see that in terms of its organisation, doctrine, training, arms and equipment the British Army had learnt some hard lessons from its experience during the Boer War which would now stand it in good order for the fighting which was to come in France and Belgium in the latter part of 1914. It has been said that the British Expeditionary Force of approximately 100,000 men which left Britain in August 1914 was the best trained and best equipped force to have ever left our shores at that time and led it to be referred to as “a perfect thing apart”. However, such was the ferocity and magnitude of this new type of war that by the end of the First Battle of Ypres on 11 November 1914 almost 70% of the original BEF had become casualties and Britain’s professional Army was largely gone . The first Territorial Force unit, the London Scottish, went into action for the first time on 31 October 1914 at Messines in Belgium but how they and the huge citizen armies of Kitchener’s battalions which followed them fought the rest of the war is another story. Thank you.

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new pattern made of woven cotton webbing by the Mills Equipment Company provided a well designed and manufactured way for the infantryman to carry his personal equipment. With a capacity of 150 rounds of rifle ammunition this allowed him to also carry his bayonet, his entrenching tool, his daily rations, water bottle, mess tin and personal items in an efficient, single piece (almost worn for the first time like a jacket) and in comfortable manner whilst being able to fire his rifle effectively in the prone position without having to remove or undo it.

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I m ag e n s q ue i nt eg r ar am a E x posi ção

Do Cam po M ilitar de T ancos ao Ca m po Mi l i t ar de Sant a Margarida no Mus eu N aci on al F e r r ovi ár i o d e 2 1 a 2 5 d e a b r il d e 2 0 1 6

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A E n tr a d a d e Po rtug al n a G rande G uerra 11/9/14 - Parte de Lisboa a primeira expedição para Angola, comandada por Alves Roçadas. O seu núcleo é um batalhão do RI 14 (Viseu), reforçado com um esquadrão de cavalaria, uma bateria de artilharia de montanha, outra de metralhadoras e serviços auxiliares.

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Ilustração Portuguesa, n 446, de 7 de Setembro de 1914 a Alves Roçadas e os principais oficiais da 1 expedição para Angola

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A E n tr a d a d e Po rtug al n a G rande G uerra 111/9/14 - Parte a 1 expedição para Moçambique, comandada pelo coronel Massano de Amorim, tendo embarcado na Rocha do Conde de Óbidos no paquete inglês - Durban Castle.

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Ilustração Portuguesa, n 446, de 7 de Setembro de 1914. Tenente Coronel Massano de Amorim e os principais oficiais da expedição a Moçambique

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A E n tr a d a d e Po rtug al n a G rande G uerra

ÁFRICA EM 1914 História do Exército Português (1910 - 1945) Volume III 1994

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Naulila - esboço do terreno

Ataque alemão ao forte de Naulila - Angola

Primeiros confrontos na região do Rovuma - Moçambique

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Ilustração Portuguesa N 524, de 06/03/1916 Arresto dos navios alemães em portos nacionais

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A E n tr a d a d e Po rtug al n a G rande G uerra

Telegrama do Ministério dos Negócios Estrangeiros, comunicando que a Alemanha declarou guerra a Portugal e dando indicações para saída dos portugueses. Nº 51 de 9/03/1916. AHD-MNE - Colecção de telegramas expedidos Berlim, 1916.

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Página da época na publicação - Portugal na Guerra - edição Nº 1 Hemeroteca Digital

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Tradução da Declaração de Guerra a Portugal

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1 Pรกgina do jornal A Capital, de 10/03/1916

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O Ca mp o d e Man obras de T an cos

José de Vasconcelos Bandeira de Lemos 05/02/1794 - 03/04/1873 1º Barão e 1º Visconde de Leiria, foi um militar e político português que desempenhou um papel de relevo na Revolta dos Marechais. Cartista, foi Ministro da Guerra no período conturbado de 1836-1837

Portaria de criação do Campo de manobras, Ordem do Exército, 09/07/1916

Portaria de nomeação do primeiro Comandante do Campo de Manobras, Ordem do Exército, 11/07/1916

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Campo de Manobras de Tancos

Campo de Manobras de Tancos (pormenor)

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O Ca mp o d e Man obras de T an cos

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A O r ga ni z a ç ã o da D ivisão em Trein os

O general Fernando Tamagnini de Abreu e Silva, comandante do Corpo Expedicionário Português em França. Pintura de Ferreira da Costa. - Portugal na Guerra revista quinzenal ilustrada, nº 3, de 15 de Setembro de 1917 Hemeroteca Digital

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Unidades mobilizadas para as manobras de Tancos

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O Ap oio Logístico No Entroncamento Um armazém dos depósitos territoriais em construção Ilustração Portuguesa nº 544 Hemeroteca Digital

Coluna de abastecimento a caminho do Entroncamento Garcez, 1916

Planta do Depósito Territorial do Entroncamento

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Ilustração Portuguesa nº 543 Hemeroteca Digital

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Vista geral do acampamento Garcez, 1916 O treino em trincheiras Garcez, 1916

Prática de tiro Garcez, 1916 Regresso de exercícios de forças de Cavalaria Garcez, 1916

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Travessia do rio Zêzere a vau, por forças de Cavalaria junto a Constância Garcez, 1916

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Passagem de forças de Cavalaria, em regresso de exercícios na Charneca da Chamusca, pela ponte das barcas em Tancos Garcez, 1916

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Estudo de defesa em Portugal - Vista parcial das trincheiras Ilustração Portuguesa n 529 - Hemeroteca Digital

Detalhe de uma trincheira Ilustração Portuguesa n 529 Hemeroteca Digital

Uma ponte de madeira levantada pela engenharia Ilustração Portuguesa n 529 Hemeroteca Digital

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Destruição de uma trincheira blindada com a explosão de uma mina Ilustração Portuguesa n 529 Hemeroteca Digital

Estudo de trincheiras pela engenharia Ilustração Portuguesa n 529 Hemeroteca Digital

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Ilustração Portuguesa nº 541 Hemeroteca Digital

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Ilustração Portuguesa nº 542 Hemeroteca Digital

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Ilustração Portuguesa nº 541 Hemeroteca Digital

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Ilustração Portuguesa nº 542 Hemeroteca Digital

Passagem de forças de Infantaria por ponte improvisada Tancos, 1916

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Coluna de abastecimento a caminho do Entroncamento Garcez, 1916

Exercícios junto ao Rossio ao Sul do Tejo - Abrantes Garcez, 1916

Obras de construção dos depósitos para abastecimento de água, Alto de D. Luiz Garcez, 1916 Coluna pronta para deslocamento Garcez, 1916

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Exercícios de tiro de Artilharia, Charneca de Tancos Garcez, 1916

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Exercícios de tiro de Artilharia, Charneca de Tancos Garcez, 1916

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Ilustração Portuguesa nº 546 Hemeroteca Digital

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Ilustração Portuguesa nº 546 Hemeroteca Digital

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Coluna de Infantaria a caminho de manobras, Tancos Garcez, 1916

Desfile de companhia para cerimรณnia de hastear da bandeira, Tancos Garcez, 1916

Desfile de companhia para cerimรณnia de hastear da bandeira, Tancos Garcez, 1916

Regresso de manobras pela ponte das barcas, Cais de Tancos Garcez, 1916

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A Gr a nd e Parada de Mon talvo

Ilustração Portuguesa nº 545 Hemeroteca Digital

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Ilustração Portuguesa nº 545 Hemeroteca Digital

separata Atoleiros

Nº32 - abril 2018

59


A Gr a nd e P arada de Mon talvo

Ilustração Portuguesa nº 545 Hemeroteca Digital

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

60

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

M


Louvor à divisão de Instrução Ordem do Exército, 11/08/1916

separata Atoleiros

Nº32 - abril 2018

61


A Gr a nd e Parada de Mon talvo

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

62

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

M


A Pa r t i d a P ara a Flandres

Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

separata Atoleiros

Nº32 - abril 2018

63


A Pa r t i d a P ara a Flandres

Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

64

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

M


Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

separata Atoleiros

Nº32 - abril 2018

65


A Pa r t i d a P ara a Flandres

Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

66

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

M


Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

separata Atoleiros

Nº32 - abril 2018

67


A Pa r t i d a P ara a Flandres

Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

68

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

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Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

separata Atoleiros

Nº32 - abril 2018

69


A Pa r t i d a P ara a Flandres

Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

70

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

M


Ilustração Portuguesa, N 573 de 12 Fev 1917 Hemeroteca Digital

separata Atoleiros

Nº32 - abril 2018

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A Pa r t i d a P ara a Flandres

1ª Declaração ao CEP na Flandres

72

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

Portugal na Guerra - revista quinzenal ilustrada, nº 1, de 01 de Junho de 1917 Hemeroteca Digital

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

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O Sector PortuguĂŞs

(A 3 Sectores de Brigada)

separata Atoleiros

NÂş32 - abril 2018

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O s Ca mp o s d e Manobras em Portu gal C h a rnec a dos O l hos s’ Á g u a

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

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1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

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Os Campos de Manobras, LISBOA, 1867 - pรกgina 112

separata Atoleiros

Nยบ32 - abril 2018

75


O s Ca mp o s d e Manobras em Portu gal Po l í go no de V e n das N ovas

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

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1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

DE

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separata Atoleiros

Nยบ32 - abril 2018

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O s Ca mp o s d e Manobras em Portu gal C a m p o Mi l i t a r de S an t a M ar g ar i da

Directiva inicial do Ministro do Exército,

de 17 de Fevereiro de 1951

Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

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1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

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separata Atoleiros

Nยบ32 - abril 2018

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Mecanizada Brigada

EM Ó RI A

80

1978-2018

FEITOS FARÃO TÃ

OS IGN OD

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