COABITAR . Bruno Naves

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BRUNO NAVES


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BRUNO NAVES

Caderno de projeto apresentado como parte das atividades desenvolvidas durante o Trabalho Final de Graduação com o tema “Coabitar: Habitação Estudantil na Universidade de Uberaba”, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Uberaba sob a orientação da Profª orientadora Drª Varlete Aparecida Benevente.


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DEDICO

AGRADEÇO

aos meus pais, Carmem e Maurício, por terem sacrificado tantas coisas em suas vidas para me oferecerem essa graduação. Vocês são a minha felicidade, obrigado!

novamente aos meus pais e meu irmão Igor, por todo apoio durante esses cinco anos de curso; aos meus amigos por terem feito cada momento dificil se tornar mais divertido e especial; a minha orientadora Varlete, por ser a maior responsável pelo meu aprendizado sobre de arquitetura durante todo o curso.


banca avaliadora

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Orientadora : DrÂŞ Varlete A. Benevente

Avaliador 01: Me. Rodrigo Luiz Minot Gutierrez

Avaliador 02: Me. Camila Ferreira GuimarĂŁes


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RESUMO Este trabalho irá tratar do tema ‘Habitação Estudantil’ no qual, irá resgatar as origens da deste modo de habitar, percorrendo por uma linha cronológica, até alcançar a situação atual na qual ela se encontra. Além de apresentar os movimentos de apoio aos estudantes universitários, levantar as problemáticas deste tipo de moradia com relação a cidade além da especulação imobiliária e realizar uma análise das ofertas de moradia na cidade de Uberaba, afim de propor uma solução arquitetônica, no qual serão trabalhados os conceitos de coexistência e flexibilidade, promovendo a oferta do serviço de coworking a fim de resgatar uma conexão dos seus usuário e a cidade em questão, promovendo uma conexão entre ela e a universidade. Palavras-chave: habitação estudantil, coexistência, coworking, coliving, flexibilildade.


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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 13 habitação estudantil: NO tempo passado neste momento observação urbana

CONTEXTO GERAL 17

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habitação estudantil: NA ESFERA PROJETUAL a cidade manchas na cidade o campus modelos ofertados pesquisa de campo necessidades dos usuários estudos do local visadas da área legislação análises da área habitação estudantil: OCUPANDO coexistência coworking . coliving flexibilidade referências projetuais lista de atividades programa de necessidades estudos projetuais o projeto

REFERÊNCIAS bibliográficas gráficas

O CAMPUS

35 38 40 42 44 50 52 54 56 58 59 71 74 78 86 90 108 110 112 128 166 167 169


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As imagens que ilustram a transição entre cada um dos capítulos foram realizadas durante o workshoop “Impressões sobre o lugar”, ministrado pela Profª Drª Varlete A. Benevente, juntanente com o fotógrafo Mário Bueno, ocorrido na semana de seminários do curso de Arquitetura e Urbanismo, tendo como proposta a percepção dos espaços no campus universitário e a sua interação com os usuários, proporcionando a realização de fotografias que capturassem essa sensibilidade através de uma imagem em preto e branco.


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habitação estudantil:

APRESENTAÇÃO


14 14 O presente trabalho diz respeito ao caderno de projeto onde será apresentado o registro do processo de desenvolvimento projetual arquitetônico para uma habitação estudantil voltada aos alunos da Universidade de Uberaba. Primeiramente foi realizado um estudo teórico, a fim de levantar as necessidades e demandas deste público alvo, coletando referências, além de resgatar premissas projetuais que auxiliarem na elaboração do projeto final. O objetivo de projetar um edifício residencial para os estudantes universitários da Universidade de Uberaba se deu por se tratar de uma região da cidade que sofre com a especulação imobiliária, ofertando moradias de alto custo porém com baixa qualidade. Além disso, será proposta uma conexão entre a cidade e o campus universitário, utilizando os conceitos de coexistência, flexibilidade, coworking e coworking. Portanto, foram realizadas uma série de estudos sobre o tema a fim de dar su-porte para o projeto, através dessa base teórica. Inicialmente, foi criada uma li-nha do tempo onde foi apresentado toda a história da habitação estudantil, des-de suas primeiras ideologias com Platão, passando por toda a Europa, até che-gar no Brasil através das repúblicas de Ouro Preto, finalizando nos dias atuais. Seguindo, temos uma apresentação de como está o atual cenário da moraria es-tudantil no Brasil, quais são as tipologias existentes e introduzindo os movimen-tos e secretarias responsáveis por todas as questões de direitos e deveres dos estudantes perante a habitação. Como isso, temos uma análise sobre a relação entre a cidade e a universidade, quais os conflitos e visões que ambos têm entre si. No capítulo seguinte, foi realizado uma breve descrição história sobre a cida-de foco de estudo, além de

mapeá-la e apresentar alguns dados técnicos. Mos-trada a cidade, partiu-se para uma análise sobre os principais centros educacio-nais de Uberaba, focando nas duas instituições de maior porte e justificando a escolha da escolhida para a implantação do projeto. Após, foi analisado três dife-rentes tipologias de apartamentos estudantis próximo a área de estudo, seguido de uma pesquisa realizada com os estudantes da Uniube sobre a questão da ha-bitação existente, possibilitando após estes estudos, compreender as necessida-des destes usuários. Iniciando os estudos da área de projeto, situou-se os equi-pamentos presentes no entorno, além de inserir fotografias da área e levantar as normas importas pelo plano diretor da cidade de Uberaba. Foram feitos estudos de fatores naturais, fluxos, além dos mapas temáticos de uso e ocupação segui-dos respectivamente de premissas projetuais. No último capítulo temos uma in-trodução a cada um dos conceitos aplicados, além de diversas referências proje-tuais e por fim uma lista de atividades completada por um programa que contem-pla todos os espaços necessários para o projeto. A questão da habitação estudantil no Brasil ainda pode ser classificada com certa problemática, pois apesar de estar presente em todas as universidades federais do país, elas não recebem a atenção e o incentivo público necessários para suportarem as suas despesas. Um descaso com relação a manutenção e a preservação, resultando em diversas questões que afetam diretamente o psicológico e a saúde física dos seus usuários. Já nas redes de ensino privado, são míseros os casos encontrados de ofertas para habitação estudantil partindo da própria universidade, na sua grande maioria elas são exclusivas para alunos de baixa renda financeira,


15 15 porém limitam os gastos com relação a essas moradias, ocasionando no seu fechamento e na expulsão dos estudantes. Portanto, os estudantes destas instituições particulares, se tornam dependentes da cidade na qual está inserida, para a procura de habitações que são ofertadas por repúblicas estudantis, pensionatos ou apartamentos. Este último é ofertado através da reprodução em grande escala de um mesmo modelo com valores arquitetônicos irrelevantes. Devido a alta demanda destes apartamentos, regiões da cidade próximas as universidades, tendem a sofrer uma especulação imobiliária, gerada pela densidade de estudantes que estão à procura de uma moradia. O projeto irá propor uma solução para esta problemática, trabalhando com o conceito de coexistência a fim de realizar uma integração entre os estudantes universitários, oferecendo espaços que promovam a convivência entre eles. Além disso, ele visa a inserção dos conceitos de coworking e coliving, tanto para o modo de vida dos próprios universitários dentro da unidade habitacional, quanto a oferta deste serviço para os moradores da cidade, a fim de promover uma relação de troca, entre o campus e o espaço urbano no qual ele está inserido, propiciando assim um convite para que os moradores utilizem dos serviços ofertados pela universidade. Teremos a flexibilidade, como último conceito aplicado diretamente nas moradias permitindo que haja uma harmonia dos espaços com relação aos seus usuários, pois cada um deles possue características próprias que os diferenciam entre si, portanto será possivel transpor suas caracteríticas a fim de conceder em um espaço adequado às necessidades de cada indivíduo.


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habitação estudantil:

NO CONTEXTO GERAL


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O presente capítulo tem como intuito, introduzir a temática do projeto, habitação estudantil, apresentando todo seu processo histórico, desde a fundação das primeiras ideias desse tipo de moradia até os dias atuais. Após isso, ele demonstrará quais os tipos de habitações estudantis existentes no âmbito de território nacional, além de contabilizar as suas ofertas, demonstrando alguns casos de como elas são ofertadas em instituições privadas. Será discutido a definição das Casas dos Estudantes, expondo sua Secretaria (SENSE) e os movimentos organizados por ela. O capítulo se finalizará trazendo uma observação de como é tratada a relação do campus com a cidade no qual ele se insere, mostrando a visão dos moradores e os impactos positivos e negativos gerados por essas instituições de ensino nas cidades.


tempo passado:

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a história da habitação estudantil no mundo e no Brasil

A primeira ideia de moradia estudantil se deu através dos primeiros centros de ensino, segundo NAWATE (2014, p12), desde a Akademia de Platão, tanto seus estudantes, quanto o próprio, optaram por conviverem juntos a fim de trocarem conhecimentos.

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EUROPA

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XIV

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1088

Porém somente em 1088, se ocorre a fundação da primeira ideia de universidade, em Bolonha, datada como uma das mais antigas do mundo. Pouco depois, em 1170, surge a universidade de Sorbonne, em Paris, que se destaca mundialmente através de um ensino teológico, fatos citados de acordo com GOMES, RAMOS, SOUZA e RAMOS (p02).

Após esse pontapé inicial, diversos centros de ensinos foram surgindo e se multiplicando por toda a Europa, proporcionando um crescimento de jovens universitários nas grandes metrópoles, vindos em busca de adquirir conhecimento e formação acadêmica.

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1170

Devido à falta de infraestrutura das cidades em suportar esse repentino crescimento, muitos desses estudantes menos favorecidos, se encontram em uma situação crítica de moradia, surgindo assim, a necessidade da criação de unidades habitacionais nos centros acadêmicos, tanto para os alunos, quantos para os seus colaboradores e professores.


21 Tal crescimento de estudantes universitários, se intensifica ainda mais após a revolução industrial, pois a especialização profissional se torna um dos fatores fundamentais no mercado de trabalho, devido ao capitalismo. Segundo GOMES, RAMOS, SOUZA e RAMOS (p05), estes centros educacionais começaram a realizar pesquisas voltadas para a melhoria da produção industrial e com isso, buscou-se a libertação de ideologias religiosas.

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1264

“Porém, os edifícios destinados exclusivamente à função de abrigar estudantes são vistos mais consistentemente apenas a partir do século XIII. Um exemplo são os College de Oxford, locais onde os estudantes podiam viver e ser tutorados. O mais antigo é o Merton College, fundado em 1264, que inclui capela, biblioteca, salas de aula e aposentos dispostos ao redor de jardins.” Explica o autor NAWATE (2014, p12).

XIX 06

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XIX

Segundo ESTANQUE (2005) “ ...as republicas são, por definição, um microcosmos em que a gestão das responsabilidades partilhadas e o estímulo à iniciativa de cada um fazem delas importantes células de experiência política. Ou seja, tanto a partilha coletiva dos problemas cotidianos como o sentido de autonomia individual constituem importantes requisitos para a inserção numa república. ” Ele completa dizendo que“ ...as republicas participaram ativamente na construção social da Universidade. ...tanto na atividade associativa e na luta pela democracia na Universidade. ”

Um modo particular de habitação estudantil, surge em Coimbra, Portugal. Baseado em princípios da era medieval, as “Nações” assim chamadas, se constituíam de alojamentos no qual, diversos estudantes e professores compartilhavam um mesmo espaço de morar, com o intuito de dividir os custos e as tarefas domésticas, este modo de moradia atualmente é conhecido como república. 09.1


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AMÉRICA

A partir do século XVI as universidades começam a abranger novos território; como cita GOMES, RAMOS, SOUZA e RAMOS (p05), “No novo continente, a primeira universidade surgiu na atual República Dominicana América Central, em 1.538 pelos espanhóis. Logo em seguida, vieram as de San Marcos, no Peru em 1.551, no México em 1.553, Bogotá em 1.662, Cuzco em 1.692, Havana em 1.728 e entre outras. Já as primeiras universidades norte-americanas, Harvard, Yale e Filadélfia, surgiram respectivamente em 1.636, 1.701 e 1.755. ”

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Grande parte dessas universidades, principalmente as implantadas nos Estados Unidos e no Brasil, iniciaram a implantar as habitações estudantis a partir da reutilização de edificações já existentes, onde era realizada uma segregação espacial de acordo com os gêneros. Este fato pode ser exemplificado com as republicas de Ouro Preto, no qual se destacam principalmente por serem os primeiros registros de habitação estudantil no país. De acordo com SAYEGH (2012, p10) após deixar de ser a capital do estado, houve uma imigração de grande parte dos seus habitantes, proporcionando a inutilização de diversas resi1809 dências no centro da cidade.

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XIX

Para evitar uma destruição de tais locais, estas habitações foram ofertadas a diversos estudantes, os quais tomaram como referência os modos de vida das “Nações” de Coimbra e implantaram na cidade uma forte característica que proporcionou a atração turística de diversas pessoas, reacendendo a imponência da cidade. 11


24 Segundo GOMES, RAMOS, SOUZA, RAMOS (2015), somente em 1920, que houve a fundação da primeira Universidade no Brasil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde nove anos mais tarde, implantou-se a Casa do Estudante, originando assim a primeira cidade universitária. Foi durante o governo de Getúlio Vargas, que se iniciou a implantação de diversas habitações nas universidades federais de todo o país.

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1920

Após uma crescente implantação de moradias nos campus institucionais, tivemos o período de regime militar e com isso, tais locais se tornaram um dos principais pontos de concentração de resistência, através dos movimentos estudantis.

1964

Nestes locais ocorriam reuniões contra o comando militar e devido à essa constante ameaça ao governo, houveram algumas invasões nas habitações das principais universidades, a fim de realizar uma repreensão, destas tomamos como destaque o caso do CRUSP ¹, tornando-se o mais trágico, devido à destruição do local e a apreensão dos estudantes de esquerda. 14 ¹ O Conjunto Residêncial da Universidade de São Paulo está localizado na USP e visa atender à uma média de 1.200 alunos ofertando moradia estutandil.


25 Devido a esses fatores, muitos deles abandonaram suas residências, as quais adquiriram uma imagem de terror. Com o fim do regime militar e um longo período de abandono das habitações, surgiu um aumento de ingressantes nas universidades, durante a década de 70, o que retomou a ideia e a necessidade de novas habitações estudantis.

BRASIL

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Atualmente, podemos encontrar ofertas de habitações em todas as universidades federais e em algumas privadas, onde tanto o processo de seleção quanto as tipologias de moradias variam em cada caso. Além de um suporte fornecido através da criação de um conselho que defende os direitos do morador estudantil e a realiza encontros dos tais.

2016

1970

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neste momento:

tipologias e secretaria das habitações estudantis

O atual cenário das habitações estudantis no Brasil, se encontra bastante diversificado em relação às suas características e funções, no qual cada instituição opta por qual modelo seguir e em como será administrado. De acordo com os dados fornecidos pela Secretaria Nacional da Casa dos Estudantes, a oferta das habitações está subdividida em três tipologias:

Alojamento estudantil: “...a moradia de propriedade da

instituição de ensino superior, e /ou secundaristas públicas que com estas mantenham vínculo gerencial administrativo. ” Em sua grande maioria, este tipo de alojamento está localizado no interior do campus universitário e aplicado principalmente para universidades federais, são raros os casos no qual uma instituição privada utiliza desse sistema.

República: “...é o imóvel locado coletivamente para fins de moradia estudantil. ” Sua principal característica é a coletividade na divisão dos gastos e nas questões administrativas da residência.

Casa do Estudante: “...é a moradia estudantil ad-

ministrada de forma autônoma, segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria, sem vínculos com a administração de instituição de ensino superior ou secundarista. ” Este é o modelo mais encontrado atualmente, principalmente pela questão da autonomia, porém gera como problemática uma forte especulação imobiliária e uma baixa qualidade de moradia, onde os investidores tendem a replicar modelos previamente executados.


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Em razão da proposta deste projeto ser aplicada à criação de uma moradia estudantil utilizando o modelo de alojamento estudantil, foram levantadas as ofertas em relação a instituições públicas e privadas. Segundo o Ministério da Educação (2011), todas as 55 universidades federais, oferecem a habitação universitária e uma ajuda de custo para estudantes de baixa renda, porém não são todas as unidades que possuem alojamento estudantil, portanto são fornecidos subsídios. Nas estaduais, a oferta não abrange todas as instituições, porém seguem os mesmos princípios de não haver custos para estes usuários. Já nos centros educacionais privados, são raros os casos em que se tem o oferecimento de habitação, no qual estas moradias podem ser alugas pelos estudantes de forma autônoma e raramente são ofertadas bolsas para os menos favorecidos usufruírem deste serviço.


28 Destacamos aqui alguns exemplos encontrados em âmbito nacional de alojamentos ofertados por instituições privadas, a fim de obter uma base referencial, visto que o projeto será aplicado em uma universidade de mesmo caráter.

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CELU Diferente dos modelos já apresentados, esta é uma UNIRIO Neste terceiro exemplo, temos a oferta da mocasa de estudantes pertencente à Igreja Luterana, no qual se descrevem como um espaço ofertado para universitários que necessitam de uma residência em Curitiba, porém com vagas voltadas apenas à homens. Ela está localizada no centro da cidade e oferece quartos duplos e banheiros compartilhados, além de serviços ofertados como café da manhã, lavanderia, internet e faxina, com uma mensalidade de R$ 135. Os moradores são responsáveis pelos serviços de compras, pagamento de contas, orçamentos e outras tarefas diárias.

radia sendo feita não por um alojamento estudantil, mas sim por um subsídio de R$ 400 no qual podem participar alunos de baixa renda financeira selecionados através de critérios socioeconômicos e que são oriundos de outras cidades que possuem uma distância mínima de 100km do centro acadêmico.


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UNASP Este centro oferece uma espécie de internato aos seus estudantes, apresentado por quatro edifícios, sendo

dois masculinos e dois femininos localizados no interior do campus. O serviço ofertado é pago e os valores variam, de R$1.500 à R$ 2.000, de acordo com contratações diferentes que o estudante optar, como por exemplo, ar-condicionado, frigobar, tv à cabo, banheiro privativo, entre outros. Os quartos são equipados com camas, guarda-roupa, e escrivaninhas de estudos. A cozinha e os banheiros são compartilhados por todo o prédio, além da lavanderia, piscina e um hall de entrada que limita o acesso ao edifício através de catracas. O conjunto possui uma infraestrutura muito superior aos edifícios ofertados por instituições de poder público.

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PUC GOIÁS Conhecida popularmente como CEU II, oferta gratuitamente 60 vagas à estudantes vindos de outras

cidades que comprovem uma renda familiar vulnerável e estejam matriculados na instituição. Poucas informações foram obtidas sobre esta moradia, porém sabe-se que o edifício possui uso de moradores de ambos os sexos e sua administração é feita por um grupo de estudantes que formaram uma associação de moradores a fim de cuidar destas questões. Atualmente, devido a cortes de gastos, a instituição decidiu optar pelo desligamento de diversos moradores, sem nenhuma consultoria prévia o que gerou um caos na vida de diversos estudantes, visto que estes possuem uma condição financeira precária, não podendo dar continuidade aos seus estudos.

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30 Apesar da grande diversidade de alojamentos estudantis, em quase todas instituições são fundadas pelos próprios estudantes a Casa dos Estudantes, que visam fornecer assistências e garantir o direito dos mesmos, com isso fundou-se a SENSE (Secretaria Nacional da Casa dos Estudantes) que se tornou um movimento autônomo que promove encontros e coordena as lutas promovidas pelas casas dos estudantes a fim de garantir os seus direitos.

SENSE


31 O encontro estudantil promovido pela SENSE é o ENSE (Encontro Nacional de Casas de Estudantes), fundado em 1975 no qual reúne estudantes de todo o país a fim de lutar pelos seus direitos de moradia e promover uma troca de experiências, seguindo os princípios impostos: • “Discutir e exigir políticas voltadas para a assistência estudantil no sentido de garantir moradia, educação, atendimento médico, odontológico, psicopedagógico, cultura e lazer; • Organizar ações que garantam estas reivindicações; • Agir, transformando a realidade” (ENCE, 2.006). • “Discutir a realidade das moradias estudantis no Brasil e meios que possibilitem a participação dos residentes nos movimentos de casas de estudantes; • Elaborar um plano estratégico de ação para o movimento de moradias fortalecendo assim, sua organização; • Discutir formas imediatas de ampliação de assistência; • Discutir formas de construção, ampliação e manutenção de novas moradias; • Estimular o debate contra as opressões e preconceitos; • Discutir formas de criação das secretarias ou associações regionais de moradias estudantis; • Trocar experiências sobre problemas internos de cada moradia; • Fortalecer a Secretaria Nacional de Casas de Estudantes” (ENCE, 2.006).


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observação urbana: a relação da cidade com os estudantes universitários A implantação de uma instituição educacional a nível universitário numa cidade acarreta diversos impactos nela como um todo, podendo trazer efeitos positivos e negativos. Apesar de ser crescente, no Brasil, a oferta de ensinos a nível superior ainda é muito baixa no em relação à quantidade atual de jovens que necessitam de usufruir deste serviço. Devido a isso, cidades de médio porte que implantam uma universidade, são impactadas por uma enorme migração de estudantes oriundos de regiões do entorno que não possuem tal serviço, configurando um nível de centralidade desse município com relação aos demais.

Esse fluxo de jovens necessita usufruir de serviços básicos para a sobrevivência na cidade, como moradia, alimentação e serviços, com isso o espaço urbano tende a passar por uma transformação a fim de se adequar ao aumento dessas demandas. Os benefícios trazidos por essa nova população agem diretamente na cidade devido à um crescimento na oferta de empregos, a realização de pesquisas voltadas para os interesses do município, uma maior oferta de mão de obra especializada em diversos setores do mercado, um aumento no nível cultural local, a garantia da vitalidade dos espaços públicos além de promover um aumento significativo no setor turístico.

Embora o visível crescimento da cidade estar contribuindo para o seu desenvolvimento, boa parte da população encara o oposto dessa situação, tomando como partido a anarquia junto de uma desorganização que esses estudantes trazem às cidades. Um sentimento ambíguo, onde de um lado vem o orgulho pela posse da instituição e do outro lado o gosto amargo da

convivência com uma grande demanda de jovens que reconfiguram o ritmo das famílias, assim já dizia MINOGUE: “Em Oxford, em Paris e em Bolonha, as populações detestavam os estudantes por causa de sua turbulência, tanto quanto admiravam as universidades pelos benefícios econômicos que proporcionavam, e pelo reino misterioso no qual supostamente viviam. ”


33 O dinâmico processo construtivo das habitações estudantis relaciona diretamente a garantia de requisitos fundamentais para seus usuários, ou seja, os direitos de moradia acarretam às ofertas de serviços básicos como saúde, lazer, mobilidade, segurança, infraestrutura e saneamento básico, possibilitando que a vida desses estudantes possa acontecer de fato naquele local.

Além dos serviços é necessário que ocorra a oferta de espaços físicos destinados à interesses desses estudantes a fim de suprir suas necessidades. Por fim, a criação de um convívio social, criado pela interação dos moradores com os estudantes, promovendo uma coesão sócio espacial. Essa era uma das principais características dos primeiros modelos de campus universitários, onde não haviam limites impostos com a cidade, criando uma relação de troca, onde a própria instituição convidava os moradores da cidade a participarem de eventos, utilizarem seus serviços como biblioteca, anfiteatro, academia e as áreas verdes. Porém, nota-se que ao longo dos anos essas características foram se perdendo e estes espaços se delimitaram, criando uma certa independência do campus e o transformando em uma cidade universitária.

Segundo JACOBS, a população tende a se sentir mais feliz e segura quando se apropria de um lugar, delimitando o que é público e o que é privado. Entretanto, uma das questões a se refletir é da necessidade que esses usuários das universidades têm de se envolverem com o lugar a fim de criar suas raízes, mesmo que temporárias, mas fundamentais para que se identifiquem naquele local através dessa coesão experiencial.


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habitação estudantil:

NA ESFERA PROJETUAL


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Após compreender a história da habitação estudantil, vindo desde suas origens até os dias atuais, analisando a maneira na qual ela se relaciona com a cidade no presente momento, iremos compreender o modo como ela acontece na cidade de Uberaba, município escolhido para ser aplicado o projeto elaborado a partir deste material, além de apresentar a área urbana onde será trabalhado a implantação do mesmo.


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a cidade: breve histórico de Uberaba e suas instituições educacionais A cidade de Uberaba se localiza na região do Triângulo Mineiro, no estado de Minas Gerais, de acordo com CASANOVA (2016), sua fundação se deu na década de 1740, devido à criação de um arraial até então denominado de Sertão da Farinha Podre, que fazia parte de uma rota implantada pelo governo português, atual estrada da Anhanguera, a fim de implantar a colonização e explorar os metais preciosos da região. Em 1809 foi transformada em arraial de Uberaba e seu processo de urbanização se deu a partir da Praça Rui Barbosa. Desde sua fundação, a região era pertencente ao estado de Goiás, somente em 1816 que foi transferida para a posse do estado de Minas Gerais. Apenas em 1856 que Uberaba foi reconhecida com a categoria de municíUBERABA pio. TRIÂNGULO MINEIRO

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MINAS GERAIS

UBERABA


39 Atualmente a cidade, conhecida como ‘terra do boi Zebu’, possui uma área de 4.512,13A5 km² e segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2015, abrange uma população de 322.126 habitantes se tornando a oitava cidade com maior número de habitantes do estado de Minas Gerais. Sua microrregião engloba sete munícios, sendo eles Água Comprida, Campo Florido, Conceição das Alagoas, Conquista, Delta, Uberaba e Veríssimo.

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40 40

manchas na cidade


41 41 Este mapa destaca todos os setores educacionais de maior influência, presentes na cidade de Uberaba, analisando salientando áreas de entorno dos mesmos no qual são utilizadas para habitações estudantis. Nota-se que apesar da UFTM ser a segunda maior universidade de Uberaba, ela se localiza no centro histórico da cidade, portanto a densidade demográfica da região é mais alta, acarretando em uma menor área de domínio estudantil, se comparada a UNIUBE, que ocupa os bairros Universitário e Olinda como principais fontes de moradia, porém por ser tratarem de regiões residenciais, possuem uma densidade demográfica baixa, o que acaba fazendo com que abranja uma maior área da cidade. De acordo com uma notícia publicada pelo “Jornal da Manhã” (2010) a cada ano o número de estudantes das universidades da cidade de Uberaba tendem a crescer, gerando assim uma especulação imobiliária em determinadas áreas próximas às instituições. “Nas imobiliárias, restam poucas opções para aluguel. ‘Ainda temos dois apartamen-tos de um quarto e dois quartos próximos à Uniube. Todos os outros já foram locados”, afirma Bruno César Santos, gerente de imobiliária localizada no bairro Mercês.’ De acordo com funcionária de outra imobiliária localizada no centro da cidade, a procura de estudantes interessados em morar perto da instituição tem crescido progressivamente à medida que a oferta de vagas é cada vez mais escassa. ‘Quase não há apartamentos e os que sobraram são muito caros.’ revela.”


o campus: escolha da universidade para aplicação do projeto

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Em 1947, Mario Palmério fundou na cidade a faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro, onde 25 anos mais tarde, a transformou em Faculdades Integradas, abrangendo uma gama diversa de cursos superiores. O título de Universidade de Uberaba só foi reconhecido pelo MEC em 1988 o qual permanece até hoje, com a abreviação do nome em UNIUBE, tornando-se a primeira universidade da cidade, ofertando serviços educacionais privatizados.

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43 Além da Universidade de Uberaba, a cidade comporta a Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Instituto Federal do Triangulo Mineiro, Faculdade de Talentos Humanos, Faculdades Associadas de Uberaba, Faculdade de Ciências Econômicas do Triangulo Mineiro e outros centros de cursos profissionalizantes e diversas escolas e cursinhos preparatórios de grande porte. Toda essa ampla gama no setor educacional, acabou por influenciar na atração de

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diversos estudantes de cidades da região a se transferirem para a cidade, afim de obter uma educação de nível superior, gerando uma forte característica de polo estudantil. Esse crescimento de estudantes vindos das cidades mais próximas gerou um aumento na procura de imóveis ao entorno das universidades, ocasionando uma especulação no imóveis fornecidos, originando uma nova característica urbanística à essas regiões da cidade.

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modelos ofertados: levantamento de três moradias próximas à Uniube Neste primeiro modelo, temos um apartamento de 40m² localizado no bairro Universitário. Ele se localiza Com base nesta observação, tomaremos a Uniem um edifício de dois pavimentos, contendo 10 apartaversidade de Uberaba como foco projetual e a partir de mentos em sua totalidade, o modelo em questão apresenum primeiro diagnóstico, analisaremos alguns modelos ta apenas um quarto e atualmente é utilizado por apenas de apartamentos ofertados nos bairros Olinda e Univerum usuário. Este modelo apresenta uma tripartição, onde sitários, a fim de identificar problemáticas em questões os ambientes de serviço, social e íntimos são delimitados projetuais e evidenciar a visão dos seus usuários peranentre si. É visível uma distribuição desproporcional dos te os seus usos no dia a dia. ambientes, tendo sua maior problemática na cozinha, visto que ela não suporta a locação de todos os equipamentos necessários, o que gera ao morador uma das maiores problemáticas deste modelo, segundo ele, foi necessário a remoção da porta que existia entre a cozinha e a sala para a inserção da geladeira. QUARTO ESTENDAL ÁREA DE O quarto possui uma área que BANHEIRO SERVIÇO atende as necessidados do usuário, porém os espaços das varandas, são inutilizá-veis para ele, acarretando a um desuso. Porém é a partir dessa área aberta que provém a maior quantidade de iluminação natural e de circulação do ar no interior do apartamento, visto que ela possui uma grande esquadria de vidro perCOZINHA mitindo que isso ocorra. O apartamento está locado em um condomínio, no qual um edifício de dois pavimentos é o responsável por distribuir todas as unidades. Neste VARANDA SALA DE ESTAR condomínio, tem a oferta de uma vaga de estacionamento para cada apartamento e não possui áreas de convívio em comum. 1 METRO


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SALA DE ESTAR

SALA/COZINHA

SALA DE ESTAR

ESTENDAL

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IMAGENS DE ARQUIVO PESSOAL

COZINHA


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QUARTO

BANHEIRO

QUARTO

SALA DE ESTAR

ÁREA DE SERVIÇO

COZINHA

No segundo modelo, temos um apartamento de 55m² que está locado em um edifício de dois pavimentos, contendo seis unidades residenciais e garagem com uma vaga para cada apartamento, ele está localizado no bairro Olinda. Neste caso, ele possui dois quartos ocupados atualmente por dois moradores. Novamente a tripartição está presente, nota-se que a cozinha está totalmente isolada do principal ambiente de convívio dos moradores, que no caso seria a sala de estar. De todos os cômodos que possuem janelas, nenhum utiliza do sistema de ventilação cruzada, além de estarem voltados para a parede de divisa do lote vizinho, o que impossibilita a circulação de ar entre o interior do apartamento, causando uma elevada temperatura no seu interior durante os períodos mais quentes do ano. Os serviços da casa são dispostos a fim atender em comum todos os usuários, como o banheiro, cozinha e lavanderia. Essa tipologia não prevê nenhuma varanda ou área aberta para o usuário. De acordo com os moradores, além da separação entre a cozinha e a sala de estar, as problemáticas desse modelo estão na falta de um tratamento acústico em todo o edifício, a necessidade de haver uma área aberta, a falta de circulação de ar, gerando um enorme desconforto térmico, a falta de iluminação natural, devido ao tamanho reduzido das esquadrias, o modelo da cuba do banheiro gera um incômodo no seu uso e a eletricidade não suporta uma alta voltagem. 1 METRO


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BANHEIRO

IMAGENS DE ARQUIVO PESSOAL

COZINHA

QUARTO

COZINHA

QUARTO

SALA DE ESTAR


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BANHEIRO

VARANDA QUARTO

SALA DE ESTAR

QUARTO

COZINHA ÁREA DE SERVIÇO

Por fim, temos este modelo no qual possui dois quartos porém é utilizado por apenas um morador, tornado o segundo quarto como local de estudos. Este apartamento está localizado no segundo pavimento de um edifícios de dois andares, onde se tem a oferta de quatro unidades de moradia no piso superior e duas no inferior. O condomínio está localizado no bairro Universitário. Como todos os anteriores, este modelo também apresenta a tripartição dos setores de serviço, íntimo e público, impossibilitando a integração dos usuários e a flexibilidade dos espaços. Diferente dos demais, a área de serviço deste modelo é aberta, além de possuir uma varanda em sacada, no qual estes dois elementos são os responsáveis por gerarem uma circulação do ar, resfriando os ambientes, além de fornecerem a iluminação natural para o interior do apartamento. O dimensionamento dos ambientes permite a distribuição necessária dos equipamentos em cada local, de acordo com os usos. De acordo com o morador, o apartamento apresenta diversos pontos de infiltração nas paredes e no teto, além de uma problemática quanto a disposição do estacionamto. Quanto a acústica, este modelo não possui um tratamento ineficaz. 1 METRO


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SALA DE ESTAR

COZINHA

SALA DE ESTAR

BANHEIRO

COZINHA

ÁREA DE SERVIÇO

IMAGENS DE ARQUIVO PESSOAL

QUARTO


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pesquisa de campo: visão dos estudantes sobre as habitações em Uberaba Através do site ‘ProProfs’ foi realizado uma pesquisa online onde vinte participantes responderam um questionário de doze perguntas relacionadas a oferta da moradia estudantil voltada para alunos da Universidade de Uberaba. Com isso, obteve-se como respostas, os seguintes gráficos abaixos:

Além das pergutas direcionadas, foi realizada uma questão discursiva onde os estudantes levantaram pontos de carência nas atuais habitações, como: banheiros privativos, circulação de ar, acústica, integração dos espaços, áreas livres com espaços verdes, área de lazer, ambientes mais amplos e um menor custo.

CARACTERÍSTICAS DAS MORADIAS LEVANTADAS


51 NÚMERO DE MORADORES

NÍVEL DE CONVIVÊNCIA

TIPOLOGIA DA MORADIA

SERVIÇOS QUE CARECEM


necessidades dos usuários: pontos positivos e negativos com relação as tipologias

52

Após realizar uma análise com base em todos os levantamentos obtidos através das pesquisas e análises das habitações estudantis ofertadas no mercado da cidade de Uberaba, descaram-se algumas considerações fundamentais para a elaboração deste projeto. A diferença entre uma habitação estudantil e uma unifamiliar está nas necessidades e características que diferem os estudantes com relação aos demais indivíduos. Os estudantes, em sua maioria, estão em um processo de deixarem suas residências e adquirirem uma autonomia, junto de uma responsabilidade, eles estão em um processo de amadurecimento e criação de personalidades, que acarretam em mudanças de gostos e hábitos cotidianamente, portanto os espaços que eles utilizam, possuem a necessidade de se adequarem de acordo com suas mudanças.

+ -

Os perfis dos jovens universitários variam de acordo com cada indivíduo, abrangendo desde solteiros que necessitam de privacidade, a grupos de amigos, casais e mães ou pais solteiros. Estes usuários tendem a criar laços afetivos entres si quando essas moradias oferecem espaços de convívio em comum, permitindo que aconteçam encontros entre eles e criando uma coexistência sócio espacial, pois apesar de serem locações temporárias, elas necessitam da existência de uma humanização nestes espaços. A seguir, listamos com base em toda a documentação teórica vista anteriormente, algumas das necessidades que são apontadas como essenciais para uma moradia estudantil.

apartamento

pensionato

república

Tranquilidade Controle das despesas Privacidade Liberdade

Convívio (Áreas e atividades em comum) Mordomia

Regras de convivência Diversidade de pessoas Baixo custo Diversão

Solidão Alto custo

Falta de privacidade Provisório Alto custo Controle

Falta de privacidade Desordem Falta de limpeza Desentendimentos


53 53 De acordo com uma pesquisa realizada pela ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior / 2011) atulamente é possivel identificar nas universidades brasileiras os seguintes perfis de estudantes: 52,02% - estudantes universitários que pertencem às classes C, D e E. 53,51% - as mulheres continuam sendo o grupo predominante em todas as regiões do pais. 73,7% - o estudante é jovem, está na faixa de 18 e 24 anos, sendo que a média se mantém nos 23 anos. Dentro destes perfis sociais, temos os estudantes que vivem sozinhos, os casais, os que vivem com amigos e os que possuem filhos ou algum tipo de parentesco, como irmãos, primos, etc.

• Melhor custo benefício no aluguel • Conexão com o restante da cidade através de transporte público • Espaços de estudo compartilhados • Quartos e banheiros privativos • Lavanderia compartilhada • Cozinha compartilhada • Integração dos espaços internos • Áreas livres com vegetação • Espaços de convivência • Tratamento Acústico • Conforto térmico • Flexibilidade dos espaços • Iluminação natural


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estudos do local: apresentação da área escolhida para aplicação do projeto


55 55 A área escolhida para a realização do projeto de habitação estudantil para a Universidade de Uberaba está localizada em um terreno já pertencente à instituição, onde atualmente identifica-se dois usos, de um lado temos a existência de um edifício utilizado para estocagem e distribuição de materiais didáticos produzidos pela universidade e em sua outra metade, funciona um estacionamento tercerizado a fim de atender os alunos e funcionários da instituição. No estacionamento da instituição existe uma ligação direta com a UNIUBE aberta aos pedestres. Este lote é fornecido de vias em suas quatro extremidades, o que possibilita uma livre circulação. A área da cidade no qual se localiza, oferta num raio de até 1200 metros diversos serviços necessários aos usuários, como mercados, comércio, transporte público, hospitais, praças, parque, aeroporto e órgãos públicos. A escolha da área se deu devido à diversos fatores a fim de beneficiar os usuários. Apesar do terreno ter como proprietário a instituição para qual está voltada, sua localização se encontra externa à divisa do campus com a cidade, possibilitando a criação de uma conexão sócio espacial entre ambos, além de impossibilitar o impedimento de uso das habitações em períodos de recesso escolar. Apesar de possuir um edifício já consolidado, ele não possui um valor arquitetônico considerável, portanto poderá ser eliminado da área.


visadas da รกrea: fotos do entorno da รกrea

VISTA A

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VISTA B

IMAGENS DE ARQUIVO PESSOAL

IMAGENS DE ARQUIVO PESSOAL


VISTA C

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VISTA D

IMAGENS DE ARQUIVO PESSOAL

IMAGENS DE ARQUIVO PESSOAL


legislação: parâmetros de uso e ocupação de acordo com o plano diretor

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O plano diretor da cidade de Uberaba estabelece as seguintes legislações de acordo com a área de projeto, abaixo temos as tabelas apresentando as normativas para a elaboração do projeto de acordo com seu uso na ocupação escolhida. O lote está localizado no Macrozoneamento de Adensamento Controlado, dentro de uma Zona de Controle em Função da Saturação Viária, sendo ela classificada como ZR2 - Zona Residencial 2 *Área total construída ou área construída ou área total edificada: somatório das áreas cobertas de todos os pavimentos de uma edificação. (NR) Área edificável Afastamentos mínimos


análises da área: sistema de fluxos, fatores naturais e mapas de uso e ocupação do solo A seguir temos uma análise dos fluxos de locomoção no interior do campus da UNIUBE a fim de proporcionar uma conexão da moradia estudantil com a universidade.

Fluxo Alto Fluxo Médio Fluxo Baixo

Neste esquema é possivel observar um estudo sobre a trajetória solar com relação ao lote onde será implantado o projeto, analizando em quais faces do terreno que terão uma maior incidência solar durante determinados momentos do dia, portanto auxiliará na determinação de quais faces do edifício irá necessitar de um tratamento especial a fim de propor um conforto térmico aos seus usuários. Além disso, observa-se que os ventos predomintes vem do noroeste, ou seja, partindo da parte mais alta do lote para a mais baixa.

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MAPA DE USOS

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Com relação aos usos, a habitação predomina em relação aos demais, já o comércio se destaca apenas na Avenida Afrânio de Azevedo, voltado para os usuários da UNIUBE e uma pequena faixa na Rua Rio Grande do Norte, atendendo os moradores do bairro Universitário. Os demais pontos se espalham por toda a área se tornando específicos, sendo assim não se relacionam com os demais. O projeto acima é uma moradia estudantil projetada para o Concurso Nacional para a Moradia Estudantil da Unifesp em Osasco, desenvolvido pelo escritório paulistano Bacco Arquitetos Associados, ficando em 5º lugar na classificação. Ele teve como proposta, abringir não somente às habitações como também inserir em suas extremidades espaços que servirão para usos diversos tanto pelos os moradores, quanto por visitantes, proporcionando uma idéia de uso misto para uma moradia estudantil.


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MAPA DE GABARITO

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De acordo com o levantamento, identificamos que a predominância se dá nos edifícios de apenas um pavimento. As edificações de dois pavimentos estão localizadas, em sua grande parte na Rua Pernambuco, paralela à uma das faces do lote escolhido, já os edifícios de três ou mais pavimentos se encontram em um número muito reduzido. No projeto para a moradia estudantil da Unifesp. foi proposto um gabarito de no máximo três pavimentos em cada edifício para que a escala humana permaneça confortável nas vias que intermediam os apartamentos, além de propor interligações entre os edifícios em certo momentos, pois eles estão escalonados, gerando uma perspecticva em ascensão.


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MAPA DE CHEIO E VAZIO

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O entorno da área escolhida é denso em relação ao número de construções, porém possui uma quantidade considerável de lotes vazios, sendo que de todos, o que possui a maior metragem quadrada, além da proximidade ao campus é o lote escolhido. Na questão da implantação do projeto para a Unifesp, a proposta tinha como concepção, a inserção de fitas de edifícios com um afastamento entre si permitindo uma permeabilidade dos seus usuários por todo o lote.


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MAPA DE SISTEMA VIÁRIO

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As vias que contornam o lote são predominantemente locais, sendo apenas a face noroeste voltada para uma via coletora. Temos a Avenida Afrânio de Azevedo como a via arterial mais próxima ao lote, com uma distância de aproximadamente 400 metros. Tomando novamente o projeto de habitação estudantil para a Unifesp como exemplo, ele possui duas faces do seu lote voltadas para vias locais, portanto foram criados três espaços abertos a fim proporcionar espaços que tendem a ingressar e acolher os transeuntes.


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O entorno da área possui uma topografia um tanto quanto acentuada, porém em seu atual estado, o lote possui níveis já definidos, sendo eles, dois platôs, interligados por taludes, portanto uma área no qual é possível utilizar da topografia existente representada por uma declividade de sete metros. Já no projeto da Unifesp, foi proposto a criação de diversos níveis a fim de que os edifícios se adequem a topografia do terreno, resultando em espaços de permanência criados ao longo do terreno além de uma conexão entre os edifícios através de passarelas em diferentes níveis.

MAPA DE TOPOGRAFIA

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habitação estudantil:

OCUPANDO O CAMPUS


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O presente capítulo irá apresentar o resultado projetual proposto pela temática habitação estudantil, baseado de acordo com a teoria já apresentada nos capítulos anteriores. Serão expostas as definições de cada conceito seguido de referências projetuais, apresentação do programa e finalizando com as ideias e estudos iniciais do projeto. Com base em todo o conteúdo estudado sobre habitação estudantil, optou-se por trabalhar com três conceitos para serem aplicados na proposta projetual, sendo eles: coexistência; coworking e coliving; flexibilidade.


coexistência

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co.e.xis.tên.ci.a [koiziʃˈtẽsjɐ]

‘Coexistência’ de acordo com o dicionário Michaelis significa, “ 1 Existência simultânea. 2 Convivência pacífica de sistemas políticos ou sociais contrários. ”, portanto identifica-se que a fundamentação desta palavra está no convívio entre os opostos. Enquanto trabalhada como um conceito aplicado aos espaços arquitetônicos, urbanísticas e paisagísticos a coexistência age de modo a aproximar diversos grupos sociais promovendo a quebra de paradigmas, a liberdade de expressão e convivência entre os indivíduos.


75 75 A essência da formação de um espaço público se dá através de seus usuários, sendo eles responsáveis por utilizarem estes espaços de modo a promoverem uma liberdade de interação entre si, porém sabe-se que essa ideia não ocorre exatamente como deveria. Os direitos de um cidadão no espaço público estão se tornando cada vez mais restritos devido a necessidade, imposta pela sociedade, de um comportamento caracterizado de acordo com o grupo dominante daquele espaço, que tendem a defender suas ideologias. Isso é um dos principais fatores que levam a promover uma solidão social, que pode ser notada através de um não uso de determinados espaços públicos, levando a uma das principais problemáticas destes espaços que é a insegurança. Ela pode ser encontrada na maioria dos espaços públicos, enquanto que um espaço particular se caracteriza por passar uma certa segurança aos seus usuários, por isso a relação do público x privado pode ser associada pela insegurança x segurança.


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A solução para essas problemáticas está na criação de um espaço público no qual se têm a melhoria dos serviços ofertados e a sua diversidade, acessibilidade em seus diversos sentidos, um tratamento estético atrativo, além de equipamentos e funções que possibilitem a pluralidade social se interagindo e utilizando os espaços fornecidos.


77 O relacionamento entre coexistência e habitação estudantil pode ser identificado através da simbologia no qual esses alojamentos representam, a fim de proporcionar locais de encontro, convivência e multiplicidades nos usos da habitação, como mostra os autores Gerson Costa e Pedro de Oliveira na citação abaixo: “As moradias estudantis desempenham um papel fundamental na formação social e política dos estudantes, pois, muito mais do que um imóvel utilizado como moradia pelos estudantes, possibilitam aos moradores o convívio pacifico e harmonioso com uma gama de indivíduos dos mais diversos e variáreis perfis/posicionamentos políticos; pessoas com histórias de vidas completamente distintas e oriundas de contextos sociais diversos que, convivendo coletivamente, estabelecem um ambiente heterogêneo, do ponto de vista sociológico, e fundamental para uma formação pessoal diferenciada para os estudantes.”

Portanto este conceito será aplicado ao projeto, de modo a solucionar tanto a relação de convívio entre os próprios estudantes, quanto a relação da cidade com o campus universitário, proporcionando a condição de haver uma coexistência sócio espacial entre os diversos grupos sociais envolvidos.


coworking . coliving

78 Coworking pode ser resumido basicamente como uma comunidade de trabalho colaborativo, visto que esse novo modo de pensar o ambiente e a forma de trabalho se dá através da coletividade. Segundo ATHAYDE (2011), ele surgiu em 2005 nos Estados Unidos, através do processo de criação de espaços para a realização do trabalho abrangendo profissionais de diversas áreas do conhecimento, compartilhando de uma mesma infraestrutura e rateando os gastos gerados.


79 Os motivos que levaram a necessidade da criação desses espaços se vão desde o auto custo de manutenção gerada para suprir as exigências de uma empresa, até às enormes desvantagens e problemáticas que uma residência pode proporcionar ao se desfrutar destes espaços na tentativa de exercer atividades profissionais.

Portanto, o coworking são espaços físicos privatizados os quais visam oferecer aos seus usuários uma infraestrutura temporária que será utilizada para a realização de serviços prestados por profissionais que não possuem um espaço físico de trabalho. Essas ofertas vão desde estações de trabalho a salas de reunião, salas privativas, salas para eventos e serviços em geral.


80 80

COWORKING Além de proporcionar ao profissional a possibilidade de haver gasto financeiro com o aluguel destes espaços apenas nos momentos necessários gerando uma economia de despesas, esse tipo de espaço proporciona ao usuário a convivência com profissionais de diversas áreas, promovendo um networking que beneficia sua atuação no mercado de trabalho.


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De acordo com o censo realizado pelo Movebla e Ekonomio em 2015, o mercado brasileiro possui um campo de 378 unidades ativas oferendo este tipo de serviço, sendo São Paulo o estado com a maior concentração de oferta em relação aos demais, totalizando um percentual de 56%, já o estado de Minas Gerais ocupa o segundo lugar deste ranking.


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83 Já o coliving é uma extensão do sistema anterior, porém possibilitando aos seus usuários a irem mais a fundo nos conceitos de convivência, trocas de experiências e o famoso networking. Este é um serviço mais atual, no qual são poucas as informações que o definem exatamente, porém de acordo com o site ‘La Guarida Creativa’ (2016) ele tem o objetivo de fornecer aos usuários um alojamento que ofereça uma infraestrutura de trabalho e podendo ser contratado através de um aluguel temporário, além de oferece todos os serviços necessários para uma moradia.

COLIVING


84 84 O intuito é de conviver em um ambiente de trabalho, alimentando-se da experiência dos demais usuários e promovendo a coexistência espacial através da interação entre eles. Esta tipologia alternativa de hospedagem proporciona um aumento da produtividade, além de poupar o tempo perdido no deslocamento entre a residência e o ambiente de trabalho, pois ambos estão dividindo um mesmo espaço.

O contrato deste serviço pode ser semanal, mensal ou anual e varia de acordo com a escolha do contratante. Além da estadia são ofertadas atividades, workshop, assessorias, programas de incentivo e de acesso ao mercado, além de eventos festivos nos quais os usuários convocam os profissionais com os quais já possuem algum vínculo, proporcionando o crescimento de oportunidades de networking.


85 85 Portanto se caracteriza por um local onde os profissionais trabalham, convivem, trocam experiências, aprendem, festejam e descansam. Atualmente no Brasil entra-se apenas uma unidade de coliving, localizado na cidade de São Paula, oferecendo este empreendimento, por valores a partir de 1.800 reais.

Conclui-se então que esta forma de oferta de serviços proporciona uma coexistência sócio espacial que poderá ser aplicada a fim de garantir a conexão da cidade com a universidade, além de utilizar dos conceitos experimentais que envolvem o coliving, na questão do oferecimento das habitações estudantis.


flexibilidade

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Novamente, parte-se de uma consulta ao dicionário Michaelis (2016), no qual se obtém como significado da palavra ‘Flexibilidade’ “1 Qualidade de flexível. 2 Aptidão para variadas coisas ou aplicações. 3 Submissão. 4 Docilidade. ” Mas, para conceitua-la, Ana Maria Esteves diz que “ Num primeiro momento o conceito sugere, quase imediatamente, movimento e mudança - uma associação muito simplista - podendo acrescentar-se que é algo que, ao mover-se, escapa à tradição e, se pode ser mudado, é sempre novo – uma nova realidade. ” Portanto, identificamos não apenas uma, mas diversas possibilidades de definições que podem ser aplicadas na ação de tornar algo flexível, como por exemplo a evolução, a mobilidade, a elasticidade e a polivalência. A evolução está relacionada com a questão de possibilitar crescimento, melhoria e adequação dos espaços físicos, a mobilidade está na adequação do espaço de acordo com as necessidades momentâneas do usuário, a elasticidade é caracterizada pela capacidade de haver diferentes usos para um mesmo local e por fim, a polivalência que é a alternativa de um mesmo espaço fornecer diversos serviços, porém sem a alteração física dos espaços.


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88 Em um projeto de arquitetura, ela pode ser aplicada em dois momentos distintos. Primeiramente na etapa de concretização das ideias de projeto, no qual é possível criar uma gama de possibilidades e alternativas projetuais a serem estudadas, possibilitando a escolha da qual for considerada a mais ideal. Porém, ela também pode ser trabalhada na etapa de pós projeto, onde aquele ambiente fornecerá a possibilidade de mudanças e adaptações de acordo com as preferencias do seu usuário.

Os motivos que levam a necessidade de uso da flexibilidade em um projeto, estão nas questões de liberdade de escolha a fim de atender as necessidades do usuário e oferecer a possibilidade de caracterização, modificação e variação, permitindo que a arquitetura dê uma resposta através de diversas disposições.


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A metodologia projetual é modificada no quesito de criação, onde surge a necessidade de haver um conhecimento técnico diferenciado, a fim de possibilitar a transformação da forma. De acordo com Gerard Maccreanor diz que a flexibilidade é “ uma ideia desenhada (que leva ao) colapso do esquema de distribuição convencional. ” O alerta que se deve ter, está na questão de não banalizar a identidade tanto da arquitetura quanto de seu criador sobre ela, tornando o objeto neutro.

Com isso concluímos que a aplicação deste conceito no projeto de habitação estudantil é fundamental, visto que o público alvo utilizará destes espaços em um momento de suas vidas no qual passara pela maior transformação de ideias e pensamentos, portanto o acompanhamento do espaço físico, no qual estará inserido terá o intuito de se adequar de acordo com seus modos e costumes, porém sem perder a essência arquitetônica do conceito de coexistência, visto que o estudante se relacionará com a sua moradia.


referĂŞncias projetuais

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Story Pod _ Atelier Kastelic Buffey

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METAMORFOSE O projeto desta minibiblioteca, utiliza a articulação de suas paredes a fim de realizar um convite ao usuário para o seu uso. Essa movimentação, realiza um processo de metamorfose dos espaços, apresentando espacialidades com diferentes dimensões.

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Villa Kanousan _ Yuusuke Karasawa Architects

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ABERTURAS 36

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Esta casa possui uma forma exterior representada apenas por um cubo simples, porém no seu interior diversos volumes cúbicos rotacionados são inseridos, intersecionando com as paredes e proporcionando diferentes condições espaciais para cada quarto individualmente. Essa fusão de formas promove a coexistência entre a ordem e a diversidade é o ponto predominante no projeto.


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Moradia Estudantil Trondheim _ MEK Architects

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INTEGRAÇÃO O projeto promove a integração social através de faixas sociais ao longo dos corredores de acesso aos apartamentos, onde os estudantes possam utilizar estes espaços coletivos de forma a cultivar a coexistência social. Em uma das fachadas do edifício, foram projetadas diversas aberturas de formal totalmente liberal, proporcionando uma quebra de ritmo.

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Basket Apartments _ Ofis Architects

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A ideia deste projeto foi a criação de diferentes tamanhos de ‘caixotes’, no qual são orientados aleatoriamente para diversificar os pontos de vista e proporcionando um movimento na fachada, tornando-a dinâmica e ao mesmo tempo quebrando a escala e proporção do edifício.

MOVIMENTO 41


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Moradia Estudantil e Conselho Boeselburg _ Kresings GmbH

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A criação destas praças e caminhos, permitem o uso eficiente do espaço, o tornando permeável através de uma tortuosa sensação espacial. A mista tipologia de usuários permitiu a criação uma grande variante de aparta44 mentos, se ajustando aos mais diversos casos.

PERMEABILIDADE


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CROU _ Olgga Architects

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LIVRE CIRCULAÇÃO

A ideia deste projeto está na criação de habitações simples, utilizando a estrutura de contêineres, onde é proposto um equipamento no seu interior, locando às áreas molhadas e permitindo a livre circulação do usuário.


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Storefront For Art and Architecture

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103 103 Este projeto, propõe o deslocamento de placas da fachada a fim de proporcionar uma integração do interior com o exterior, proporcionados por uma flexibilidade de painéis que sugerem usos em comum, expandindo o espaço interior da galeria, para a calçada.

FLEXIBILIDADE

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Casa Sharifi-ha _ Nextoffice

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MOVIMENTO A movimentação proporcionada através da rotação de ambientes espacializados em volumes e projetando-os para o externo do edifício, permite a configuração de acordo com as condições climáticas do local.

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Ost/Kuttner Apartment_ Sulam Kolatam and Bill Mac Donald

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MODULAR

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Através de uma análise sobre o comportamento dos indívíduos no seu dia-a-dia e a utilização dos ambientes de uma residência, estes arquitetos transformaram os ambientes de um apartamento em um objeto utilizando a fibra de vidro como materialidade e transformando esse objeto, em algo modulado e independente, podendo haver uma produção pré-fabricada.


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lista de atividades


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ideias autonomia vida campus cápsula mutável bem-estar integração proximidade trabalho casa relações diversidade espaço


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programa de necessidades

HABITAÇÃO Espaços de descanso: Serão os espaços privados de cada morador, contendo camas, armários. Espaços de higiene pessoal: A cada duas unidades dos espaços de descanso, haverá um banheiro compartilhado. Circulação: As circulações do edifício ocorrerão de modo horizontal e vertical. Espaço de alimentação: De acordo com a tipologia da moradia, serão propostos espaços compartilhados ou privados, comportando equipamentos que possibilitem a preparação de alimentos. Espaço de estudos: Irá conter espaço para leitura, estações de trabalho e espaço para reuniões onde os moradores poderão usufruir deste serviço. Espaço de serviços: Será para uso coletivo, sendo equipada com maquinas, tanques, secadoras e estendal. Estacionamento: Será localizado no subterrâneo e serão fornecidas vagas de acordo com a tipologia dos apartamentos, além de abranger os usuários do coworking.


111 111

COWORKING

ÁREA EXTERNA

Administração: Ela será responsável por receber os usuários e servi-los direcionando-os de acordo com os serviços desejados.

Áreas Verdes: Espaços com vegetações gramíneas e árvores que servirão tanto para a contemplação, como para a utilização de todos os usuários da praça, além de contribuir com a taxa de permeabilidade.

Espaços de trabalho individuais: Serão estações ofertadas para uso privado, provida de equipamentos necessários para a execução de trabalhos. Espaços de trabalho compartilhados: São locais onde o trabalho será realizado compartilhando os espaços fornecidos e promovendo a integração entre os usuários. Espaços de reunião: Exclusivos e reservados para que haja reuniões entre os trabalhadores e seus clientes. Espaço para apresentações: São ambientes reservados que fornecerão projetores, lousas e todo o mobiliário necessário para apresentações, workshop e palestras. Café: Ele servirá como suporte para o coworking, onde os usuários poderão acessar a este serviço. Sanitários: Utilizados para servirem os usuários e funcionários do escritório. DML: Espaço destinado para o armazenamento de materiais de limpeza e outros que virão a surgir.

Espaço Cultural: Estes locais proporcionarão a integração do usuário com o local, podendo ser realizadas amostras, palestras, reuniões e outras atividade culturais. Circulação: A circulação da praça será vertical permitindo a fluidez do terreno para a conexão das moradias do entorno com o campus universitário, além de dissipar pela área, proporcionando o ingresso às moradias. Espaços de Repouso: São áreas fornecidas para que haja uma convivência entre os usuários da praça, possibilitando que sejam utilizadas para relaxamento, descontração e lazer.


estudos projetuais

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LEGENDA EDIFÍCIO ACESSO À UNIUBE PERCURSOS Primeiros estudos de ocupação da área.


113 Ao resgatar o principal conceito do projeto, que é a coexistência, percebe-se que todos os estudos de ocupação estariam ‘zoneado’ os usos, sem promover a integração entre eles. Por isso, considerou-se o modelo ao lado, onde não se delimita qual uso será realizado em determinado local, possibilitando que haja uma fusão entre esses espaços. Devido a topografia do terreno possuir um desnível de sete metros, foi proposto a criação de quatro níveis diferentes, no qual servirão como para a implantação do projeto.

Ressalta-se que inicialmente, foi previsto a utilização apenas parte da área, onde existe atualmente uma edificação pertencente à UNIUBE, excluindo do projeto toda a área equivalente ao estacionamento. Levou-se em conta toda a pesquisa realizada a fim de gerar uma base teórica para a elaboração do projeto. Considerando o entorno do lote, indentificamos um papel de conector entre a UNIUBE e o bairro no qual está localizada, portanto realizou-se estudos de implantação que permearam, a fim de criar eixos de percursos.


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115 A primeira proposta tinha como objetivo subdividir o lote em quatro faixas de desníveis, onde são inseridas as unidades habitacionais juntamente com o cowoking alem da criação de espaços abertos que irão permitir que ocorram momentos de locais com livre acesso e em outras partes, sejam exclusivos apenas aos moradores, essa dinâmica de espaços mistos proporcionará a coexistência. Devido o campus da universidade possuir uma forte característica no seu paisagismo, ele será extendido para fora da universidade, projetado nas habitações, de modo a convidar os moradores da cidade a participarem desta atmosfera.


116 Além da vegetação, como elemento natural, será proposto a utilização da água, a fim de criar um microclima agradável aos usuários e contribuir com a questão sensorial dos espaços.

Esquematizando a idéia inicial, foi possivel notar que algumas questões como acessibilidade, circulação e ventilação natural poderia estar prejudicadas caso este modelo fosse ser utilizado.


117 117

Foi realizado uma nova análise na implantação a fim de solucionar tais problemáticas, tomou-se como soluções a criação de fitas de edifícios composta por blocos de 40 m² onde irão espacializar as unidades de apartamentos. Estes blocos foram empilhados, possibilitando que haja ventilação cruzada e permeabilidade entre os edifícios.


118 118

Foram realizados alguns estudos de volumetria na maquete física, onde obteve-se um resultado no qual, criou-se diversas faixas remetendo ao encontro da cidade com a universidade. Esta solução formal foi aplicada aos blocos a fim de ser utilizada e trabalhada no projeto.


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A cada proposta, novas problemáticas foram surgindo até que houve a necessidade de haver uma melhor definição desde blocos através de um pré dimensionamento.


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SINGULAR

CASAL

DUPLO

TRIO

4,20x6,30 26,46m²

4,80x7,00 33,6m²

5,10x7,50 38,25m²

5,60x8,40 47,04m²

122 UNIDADES 122 ALUNOS

42 UNIDADES 84 ALUNOS

52 UNIDADES 104 ALUNOS

8 UNIDADES 24 ALUNOS


121 121

Após dimensionar as diferentes tipologias de apartamentos, foi possivel criar um movimento na volumetria. Para solucionar os acessos, retomou-se as fitas anexadas aos edifícios a fim de propor uma solução quanto aos acessos. Portantos foi fixado uma fita a cada dois edifícios, fornecendo suporte suficiente para que ocorra a circulação entre os blocos de apartamentos. Já as atividades de coworking, ocorreriam nos volumes criados no centro do terreno.


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124 124

ENTRADA

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

ENTRADA


A

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ÁREA DE PROJETO

Foi descoberto um projeto de plano estrutural para o campus da Universidade, no qual pretende controlar o fluxo de pessoas que utilizam a instituição, portanto será proposto uma nova entrada diretamente interligada a área de projeto, onde haverá um bolsão de estacionamento para carros e ônibus, cancelando a possibilidade de circulação de automóveis no interior da universidade, tornando a avenida interna ao campus em uma praça de alimentação e descanso para os estudantes, ofertando um aumento na qualidade ambiental do espaço. Devido à essas descobertas de um futuro projeto, tomou-se como medida, a criação de um eixo para os estudantes, realizando a ligação da praça de alimentação às unidades habitacionais. Além disso, foi discutido a alta densidade da área de projeto, portanto, a partir deste ponto considera-se como inserido a parte do estacionamento como parte de projeto e relocando o estacionamento para o subsolo do mesmo local.


126 Novamente o projeto passou por uma evolução em suas soluções, onde foram resgatas as ideias de permeabilidade do terreno através das fitas de edifícios, porém desta vez elas foram utilizadas para dar forma ao objeto através de desdobramentos em um movimento contínuo e resgatando as noções de volumetria das ‘ondas’ trabalhadas anteriormente.

Os espaços gerados entre esses dobramentos de fitas foram ocupados por cápsulas de moradia, proporcionando assim a existência de moradia estudantil flexível e independentes, aplicando diferentes níveis de privatizações dos espaços.


127


o projeto

128 Após os diversos estudos projetuais realizados, obteve-se como resultado, um projeto composto por doze faixas de edifícios, onde a cada duas faixas exista um desnível topográfico de três metros, permitindo que haja uma conexão entre si, através do desdobramento das lajes proporcinando assim, uma continuidade que torna um objeto totalmente integrado devido às suas conexões.


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130

IMPLANTAÇÃO


131 O projeto está inserido em um lote pertencente à UNIUBE, onde atualmente existe um estacionamento particular, voltado ao atendimento dos estudantes e funcionários; e se extende na parte inferior incluindo um terreno onde está localizado o edifício de armazén da universidade, tomanto assim, toda a dimensão do quarteirão. Ele prevê a futura intervenção do campus, onde será criada um novo ponto de ingresso, agindo como um conector entre a universidade e o campus, através da permeabilidade em sua implantação e da criação de espaços públicos e serviços voltados à população em geral.


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MÓDULO DE MORADIA


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PLANTAS

Níveis -03 e -06 (Pavimento Duplicado)


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Nível 00

Nível 03


138

Nível 06

Nível 09


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Nível 12

Nível 15


140

Nível 18

Nível 21


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Nível 24

Nível 27


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FOCOS NO PROJETO

05 02

04 06

03


143 Foram escolhidos seis pontos com diferentes situações no projeto, para que fosse realizado um detalhamento maior. Portando o detalhamento 01 mostrará a solução para a praça pública que fará a extensão do campus da Uniube ao proketo; o detalhamento 02 ilustra a solução criada no 2º pavimento de moradia, onde temos a fita de apartamentos acontecendo se desdobrando; o detalhamento 03 mostra a situação de uma área externa privatizada apenas aos moradores e a criação de painéis giratórios a partir do módulo de vedação; o detalhamento 04 mostra o espaço livre público do térreo que proporciona o uso para diversas atividades; no detalhamento 05 é possível identificar como foi solucionado a relocação do estaciomanto para o subterrâneo e como funciona o seu acesso; por fim, no detalhamento 06 temos o 9º pavimento com a proposta de parte moradia e parte praça para os moradores.

Legenda para as tipologias de apartamentos:

01


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DETALHE 01

PLANTA


145

PERSPECTIVA


146

DETALHE 02

PLANTA


147

PERSPECTIVA


148


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CORTE B


150

DETALHE 03

PLANTA

PLANTA


151


152


153

CORTE A


154


155

PERSPECTIVA


156

DETALHE 04

PLANTA


157

PERSPECTIVA


158

DETALHE 05

PLANTA


159

PLANTA


160

DETALHE 06

PLANTA


161

PERSPECTIVA


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163

CORTE C


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165


166

REFERÊNCIAS


bibliográficas

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grรกficas

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