A TARDI N HA
SALVADOR SÁBADO 17/11/2018
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Shirley Stolze / Ag. A TARDE
Camile, Élcio e Ingrid estudam na Escola Professor Ricardo Pereira
Educação contra o racismo
com o racismo no Brasil. “Tem muita gente racista em nosso país. Estudar a África nos mostra que esses povos também são parte da arte e cultura no Brasil”. GERADORES DO FUTURO
Estudantes contam o que aprendem sobre cultura e história afro-brasileiras ALINE LARANJEIRA
Dia 20 de novembro comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil. Além da importância dessa data, com a lei 10.639, de 2003, foi determinado que os alunos tanto de escolas públicas quanto de particulares estudem a história e a cultura afro-brasileiras. Na Escola Municipal Professor Ricardo Pereira, onde Ingrid dos Santos, 11, estuda, as atividades sobre o tema são feitas durante todo o ano. Em história e geografia,
ela entendeu o quanto a cultura africana é rica e presente no dia a dia dos brasileiros. “Eu gosto muito de fazer tranças no meu cabelo. Estudando, descobri que é um penteado da África”, conta. Élcio Neto, 10, se sente representado por personagens que estudou em sala. Zumbi dos Palmares é um deles. Último líder do Quilombo dos Palmares, ele se inspira no personagem pela sua coragem. De acordo com ele, é importante reconhecer essas pessoas para acabar
Raphael Muller / Ag. A TARDE
Alunos de Colégio Gregor Mendel vão participar de um coral cantando o hino da África do Sul
Estudantes do Colégio Gregor Mendel, Juliana Santana, 10, e Rafael Chagas, 11, participarão no próximo dia 23 de um coral com seus colegas de sala. Eles cantarão o hino da África do Sul, que inclui em sua letra cinco das onze línguas oficiais do país africano. Rafael diz que foi legal participar do coral porque estudou música e história ao mesmo tempo. Para Juliana, a apresentação é importante para compartilhar como esse país tem a sua própria marca, tal qual todos os outros do continente. “Somos pequenos geradores do futuro. Se a gente espalhar o que sabemos sobre a África, as pessoas vão parar de achar que só existiram escravos vindos de lá”.
Ricardo Liniers / Divulgação
Cabra da alegria
A história de terror de Enriqueta BRUNA CASTELO BRANCO
Tirar uma história da cabeça e inventar gente (ou bichos ou monstros ou até cidades mágicas) não é uma tarefa fácil. Todo detalhe importa, desde o título da narrativa à manchinha na pele da personagem principal. No livro Escrito e Desenhado por Enriqueta, o quadrinista argentino Ricardo Liniers mostra que, por mais trabalhoso que seja, criar novos mundos é uma das missões mais bonitas e gratificantes da Terra. E a história de terror saída da cachola de Enriqueta, a protagonista, é tão cheia de vida que ela mesmo passa a acreditar que é real.
FÁBIO FREITAS
Os seres humanos são bichos bastante sensíveis. Choram, riem, brigam, se divertem e, sendo assim, conseguem deixar as próprias vidas e as dos outros mais divertida. Quando a gente sorri, o sorriso é nosso, mas também comunica essa alegria para quem vê a pessoa sorrindo. É só aparecer um sorriso no ambiente que todo mundo em volta fica um pouco mais feliz. Acontece com todas as pessoas, os cachorros, gatos, cavalos e até as cabras. Sim, bodes e cabras também ficam mais felizes quando enxergam alguém sorrindo. O resultado é um pouco
Cada barulhinho na casa é um susto. Como se, assim como os personagens, ela morasse dentro do livro. Com lápis coloridos na mão, ela diz uma das maiores verdades do mundo: “Uma caixa de lápis de cor é o mais próximo que se chega de ter um pedaço de arco-íris”.
[ leia ] Escrito e Desenhado por Enriqueta Autor: Ricardo Liniers V&R Editoras 78 páginas / R$ 39,90
BRUNO AZIZ
estranho porque alguns bichos foram escolhidos para passarem o tempo todo com a gente, como cavalos e cachorros. Já as cabras nunca foram escolhidas dessa forma. Ninguém procurava a cabra mais simpática para levar para a fazenda. Mesmo assim, as cabras conseguem ver quem está feliz e quem está bravo e preferem interagir com quem sorri. Se cada vez que a gente sorri o mundo fica muito mais alegre, cada vez mais esse mundo alegre é maior ainda. O que mais, além desses bichos, fica alegre quando percebe um sorriso? FÁBIO FREITAS É FÍSICO E PROFESSOR DO INSTITUTO DE FÍSICA DA UFBA
Enriqueta só conseguiu descansar depois de terminar a história
Brincar no mercado Hoje, às 10h, o grupo Cabriola Lúdica realiza no Espaço Arte e Cultura da Ceasinha, no Mercado do Rio Vermelho, a oficina gratuita Brincantes no Mercado. Com tecidos, bacias e
cordas, crianças de qualquer idade poderão soltar sua criatividade e transformar objetos em brinquedos divertidos. Profissionais de dança, teatro e música vão orientar as atividades.