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Gráfico 1 Capacidade da Marina Velho Monge

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Estudo

Estudo

O (Gráfi co 1) apresenta a capacidade de ocupação da Marina Velho Monge em relação com o efetivamente ocupado. Um total de 38 embarcações, sendo 28 lanchas e 10 jet-ski, usam suas dependências, recebendo serviços de guarda e manutenção. A capacidade instalada é de 36 lanchas e 48 jet-skis, um número signifi cativo. Isso mostra que a marina tem condições de atuar de forma efi caz no segmento do turismo náutico, de forma a oferecer aos sócios do empreendimento e aos visitantes a infraestrutura de prestação de serviços necessária. Infelizmente, o número de vagas de emprego gerado é insufi ciente para propiciar um crescimento signifi cativo do mercado de trabalho no setor. Contudo, a situação pode evoluir positivamente, à medida que as atividades se desenvolvam e surja a necessidade de novas vagas com mão de obra especializada, decorrente da expansão do empreendimento.

CAPACIDADE

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Gráfi co 1 Capacidade da Marina Velho Monge

MARINHA VELHO MONGE

36 48

N° DE EMBARCAÇÕES 10

28

0 10 20 30 40 50 60

Jet-ski Lanchas

Fonte Arquivo da Equipe MADRES – UFDPar (2021).

O empreendimento deixa clara a aposta no desenvolvimento do município de Parnaíba, especifi camente na prestação de serviços voltados aos visitantes que se destinam ao Delta do Parnaíba. Posteriormente, isso pode projetar o município como ponto de visitação permanente da Rota das Emoções. As atividades auxiliam a permanência de visitantes na cidade por mais de 24hs, deixando de ser um mero ponto de trânsito de visitantes desta e de outras rotas, criando condições para a ampliação da estada dos turistas no local. Vale salientar que, por mais que o empreendimento seja privado, abre um leque de oportunidades para novos investimentos.

Entretanto, todos os mananciais do município de Parnaíba que estão envolvidos com o turismo náutico possuem defi ciências e vulnerabilidades de moderadas a graves, tanto ambientais, quanto de infraestrutura e gestão. O rio Igaraçu, passa por mudanças de

vasão, possível de perceber pelo acúmulo de sedimentos, presentes em todo o seu trajeto, até a foz. Essa dinâmica do rio é natural, mas pode ser também causada ou agravada por ações antrópicas. Os problemas podem interromper a navegação e as práticas turísticas e interferir nas comunidades pesqueiras localizadas às suas margens.

Outros empreendimentos, tais como a construção do Porto de Luís Correia, na foz do rio, no município de Luís Correia, iniciada nos anos 1970, têm afetado drasticamente o movimento das águas, mudando o fluxo dos sedimentos que ocorrem de forma natural e permitindo o aumento de praias e bancos de areia no encontro com o mar, o que poderá ocasionar o fechamento progressivo da foz. Isso possibilitaria que atividades como stand up padlle e caiaque, ou até mesmo as navegações com barcos a motor ou vela sejam prejudicadas, podendo até mesmo ser impossibilitadas.

Já a Lagoa do Bebedouro, que está associada a um canal do rio Igaraçu, possui pouca infraestrutura voltada à visitação, assim como de aproveitamento para outras atratividades, destacando-se apenas como local de lazer e recreação para os moradores locais. Foram detectados níveis preocupantes de falta de segurança pública no local, o que pode interferir drasticamente nas atividades náuticos de passeios. Curiosamente, a lagoa fica próxima à Marina Velho Monge, o que pode ser um fator de influência para que políticas públicas sejam efetivadas.

Na Praia da Pedra do Sal, além de também serem recorrentes os problemas relacionados à precariedade da segurança pública, o ponto que mais apresenta fragilidades é a infraestrutura local. Os moradores locais esperam há anos dos gestores públicos a implantação de projetos de infraestrutura e organização do território turístico da orla da Pedra do Sal. Já há uma parceria entre ongs, associações locais e gestores públicos para desenvolver diretrizes e planos de ação voltados à questão.

A praia tem potencial para a prática do kitesurf e o surfe, conciliada com a presença de famílias veraneias que visitam área regularmente, constituídas em grande parte por visitantes do próprio estado e de visitantes que circulam pela Rota das Emoções.

A Lagoa do Portinho também se insere na problemática da falta de infraestrutura. O local apresenta quiosques e área improvisada para embarque de embarcações, como lanchas e jet-skis, mas todo o complexo apresenta sinais claros de deterioração avançada e abandono. A insegurança também é vista como uma fraqueza a área, com diversos equipamentos tendo sido roubados ao longo dos anos. As ações das dunas móveis também é outra vulnerabilidade na lagoa, visto que a cada dia se aproximam mais da área de apoio à visitação, não sendo observadas ações contingenciais que impeçam o seu avanço.

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