AP7 - ARQUITETURA UNICAP

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natu ra

E

APRESEN TAÇÃO

O centro de interpretação da natureza, naturaE, foi um projeto desenvolvido na cadeira de Ateliê de projeto VII, da universidade católica de pernambuco, pelas alunas Bruna Braga e Camila de Morais, ministrado pelas pro fessoras Andrea Câmara e Ana Luiza Rolim. Esse projeto tem como objetivo educacional o entendi mento de modelos de sistemas arquitetonicos e do de senvolvimento de um projeto arquitetonico que respeite o ambiente e que agregue valor ao sítio.

SUMÁ RIO

Centro de interpretação

entorno

Arquitetura Industrial

natureza

Sistemas Arquitetônicos

Mat-Building

Programa e volumetria

Planta de localização

Planta de situação e coberta

Plantas baixas

Perspectivas

I.
da
II. O
III.
I.
II.
I.
II.
III.
IV.
V. Cortes VI. Fachadas VII.

Conceituação

A importância da contemplação da natu reza na vida e no cotidiano do individuo gera um ato de bem-estar e de qualidade de vida perante um cenário altamente urbano. Os habitantes urbanos são bene ficiados pela natureza presente em áreas verdes nas cidades (como parques e praças), por corpos d'água e pela arbori zação de ruas e avenidas. A natureza for nece ao ser humano desde elementos bá sicos para a vida (água, alimento, ener gia, ar puro) até oportunidades para recreação, inspiração e beneficios psico lógicos e espirituais. Desse modo, o con tato com a natureza contribui com o bem -estar físico, emocional, social e acadê mico.

O objetivo principal de um centro de interpretação da natureza é promover uma apredizagem criativa e instpira dora, no qual busca destacar aos seus visitantes o significado da histó ria e da cultura do objeto exposto, a fim de promover a conscientização e incentivar o apego afetivo por algo histórico.

No geral, um centro de interpretação da natureza é erguido por 3 funções principais: a pesquisa, a conservação, e a valorização. Busca dar ao visitan te uma melhor compreensão do por que, algum lugar ser tão importante para a identidade de sua terra.

PROMOVER A REFLEXÃO

PROMOVER CONTATO COM A NATUREZA

natu raE

PROMOVER A SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL

espiritual emocional ambiental vocacional intelectual social
CONTEMPLAÇÃO DA ARTE

A usina santa Terezinha, fica localizada em Xexéu na divisa entre Alagoas e Per nambuco mais precisamente no município de Água preta PE. É nessa região que realizaremos o nosso projeto. Com a paisagem da antiga usina de santa Terezinha e com as terras nos arredores cada vez mais degradadas e sem uso, foi surgindo o desejo do proprietário do local juntamente com moradores locais (que em sua maioria são funcionários aposentados da usina) de diversas formas de ressignificar o passado e atrair a visita de turistas e estudantes de diversas áreas para região, tornando o local potencial para estudo de biologia, história, arquitetura entre outras áreas. Hoje no local encontra-se além da preservação das edificações da antiga usina de produção, a usina de Arte e o jardim botânico, esses dois são as principais atrações locais para visitantes. “O Parque Artístico-Botânico da Usina de Arte não é apenas um jardim de esculturas, mas um espaço de experiências, de interações, de transmutações” O jardim botânico é a perfeita junção de arte, cultura e natureza, além de uma rica experiência para os visitantes tem como objetivo a preservação da mata atlântica local, o aumento da fauna e flora.

Após todo um diag nóstico feito do local de intervenção, é ne cessário levangtar dados importantes para o planejamento da implantação volu métrica do edifício, como dados bioclimá ticos e fluxos urba nos.

movimento solar

estado de pernambuco águas pretasregião nordestebrasil

A região de Água preta, se identifica pelo bioma da Mata Atlântica e está loca lizada em uma altitu da aproximada de 83 metros e tem como uma de suas caracte rísticas principais a presença de uma ex tensa malha monta nhosas.

Após a analise da rosa dos ventos do loca, pode-se concluir que os princiais fluxos de vento pos suem como ponto de partida o lado leste, posteriormente o lado sul.

fluxo de ventos vias de acesso

Terreno e região

De acordo com a nossa avaliação na área de estudo, as edificações existentes, juntamente com os percursos realizado entre elas direta ou indiretamente, sejam eles através de ruas ou impro visados como pudemos notar na visita em campo, distribibuem-se em uma malha retangular, que se enquadra ao sistema “mat-building”, explicado no livro “sistemas arquitetônicos contemporâneos” de Montaner, sistema no qual decidi nos inspirar para a realização do projeto.

A análise do local de intervenção, nos fez notar a forte presença de uma arqui tetura industrial nas construções exis tentes da antiga Usina Santa Terezinha. Essas edificações eram Propriedade da família Pessoa de Queiroz, e começaram a operar em 1929 (chegou a ser a maior produtora de álcool e açúcar do país nos anos 1950), nessa época a arquitetura industrial já estava sendo fortemente utilizada.

Algumas das características encontra das nas edificações da usina que nos levaram a concluir que são construções de uma arquitetura industrial foram: tubulações expostas, vigas e dutos; cores claras e tons naturais (branco e bege); paredes com pilares e vigas apa rentes; forte presença de concreto e tijolo e a coberta internamente como parte da obra pela exposição de sua es trutura

Imagens da Usina Santa Terezinha, com foco nas grandes estruturas utilizadas Padrão arquitetônico da região de intervenção

ConceitoConceito

Carro guia: Sistemas Arquitetônicos contemporâneos

A leitura do livro “sistemas arquitetônicos contemporâneos” que se trata da visão de Montaner da arquitetura contemporânea, baseando-se no conceito de sistemas, reescreve a história recente da arquitetura segundo a capacidade dessa de desenvolver formas que se adaptem melhor ao contexto. A partir do estudo feito em relação aos sistemas arquitetônicos, vamos pontu ar os conceitos de 4 deles; o Mat building, o Cluster, Amalgamas e Fractal.

O Clusters ou “aglomerados” faz parte dos expli cados “universos da realidade e do tempo” por terem algumas semelhanças no começo ficamos em duvida em que sistema escolher para seguir.

CLUSTER

Levando em consideração que os maiores objetivos da nossa construção são, a princípio, receber visitantes e hospedes com que almejam conhecer o local ou participar de algum evento festivo e a realização de um espaço de exposição da natureza e arte local, queríamos uma edificação que tivesse um grande con tato e conexão com a paisagem existente e com as edificações da antiga usina, nesse caso o mat-building nos permitiu realizar um projeto com uma significa tiva a troca com a paisagem e edificações existentes, criando espaços abertos e fechados, ou seja, entre a estrutura criada, e o contexto.

Além disso, outras características do sistema que são marcantes e foram es sências na etapa de criação do projeto, em geral o “mat-building” se caracteri za por um caráter horizontal e evita gestos excessivos, foge da artificialidade, favorecendo a ventilação natural e a criação de espaços sociais.

Sistema que se traduzido ao pé da letra iria significar um “tapete de malha continua”, o Mat-building nos permite projetar sistemas abertos passíveis de serem modifica dos internamente, ou adaptados a sistemas maiores, garantindo intensidade de atividades.

MAT-BUILDING

As amálgamas são formas que se moldam ao con texto por justa posição de peças que se soltam ou se interpretam e que, apesar da identidade frag mentada compreende um todo unitário

AMÁLGAMA

As amálgamas são formas que se moldam ao contexto por justa posição de peças que se soltam ou se inter pretam e que, apesar da identidade fragmentada com preende um todo unitário

FRACTAL

Para atender a demanda de desejos e ne cessidades dos visitantes no Naturae Museum, foi pré disposto um programa de necessidades para o bom funciona mento do centro. Primeiramente, o Museu é erguido por 3 pilares principais: o polo cultural, o administrativo e o polo de hospedagem.

O polo cultural consiste em um somátorio de espaços voltados para a boa experiências do visitante no centro de interpretação, como uma grande área de exposição, voltada exclusivamente para a faixa de rio que percorre o entorno do terreno, uma biblioteca para armazenar todo acervo histórico-cultural do local; salas de multimídia e de aula, no qual poderão ser utilizadas para palestras e visitas; diversos pontos de contemplação estratégicos espalhados em todo edifício, no qual tornarão cada espaço em arte, além de banheiros femininos e masculinos, uma cafeteria e um amplo espaço verde de permanência no centro, e aos arredores do edifício.

O polo administrativo se resume em toda a parte necessária para o funcionamento dinâmico do museu. Conta com uma sala exclusiva para a adminstração do local com copa e banheiros para os funcionários, espaços voltados para a estada de materiais, como depósito e almoxarifado, e, uma zona para a carga e descarga de materiais e o que for necessário.

Por fim, o polo de hospedagem consiste em um pequeno hostel para a hospedagem dos visitantes. Possui 8 quartos, no qual cada um pode rece ber de 2-4 pessoas, cada um com ba nheiro próprio. Por ser uma zona mais privativa, todos esses ambien tes ficarão dispostos de maneira mais isolada dos demais, voltados para o lado leste do terreno.

Abaixo podemos ver um fluxograma que ilustra tal disposição dos polos de forma mais ilustrativa.

polo administrativo - administração, copa, vestiários, depóstivo, almoxarifado e carga e descarga. polo cultural - espaços de exposições, salas multimídia, pontos de contemplação, cafeteria, áreas de permanências e banhei ros femininos e masculinos

Implantação esquemática

espaços abertos de permanência - espa ços abertos e arborizados para a permanência do visitante. polo de hospedagem - 8 suítes para hospedagem rápida que ocupam de 2-4 pessoas cada.

recepção - extenso espaço para recepcio nar e receber todos os visitantes

POLO CULTURAL

EXPO

PÁTIOS SIÇÃO

CAFETERIA

BIBLIOTECA PONTOS DE CONTEMPLAÇÃO

ADMINIS TRAÇÃO

POLO ADMINSTRATIVO COPA CARGA E DESCARGA DEPÓSITO ALMOXA RIFADOMANUTENÇÃO VESTIÁRIO

POLO HOSPEDAGEM TERRAÇOS DE PERMA NENCIA HOSPE DAGEM

Fluxograma com os 3 principais polos do Naturae Museum.

Diagrama com o desenvolvimento da volumetria do Museu, baseado no sistema arquitetônico do Mat Buildig.

BANHEIROS ÁREA DE ACESSO SALASMULTI USO
planta de localização esc 1-2500
planta de situação e coberta esc 1/700
planta de situação e coberta ampliada 20151 53 10420 ESCALA 1:200 a teto verde +6,00 teto verde +3,20 teto verde +3,20 +3,20 +5,40 +4,00 laje impermea bilizada laje impermea bilizada caixa d’água cap. 10000L +6,00 acesso pedestres acesso serviços acesso estacionamento c c’ b b’ a a’
planta baixa térreo esc 1/700
planta baixa térreo ampliada 20151 53 10420 ESCALA 1:200 1. recepção 2. bwc 3. adm 4. depósito 5. almoxarifado 6. carga e descarga 7. vestuário fem. 8. vestuário masc. 9. copa funcionários 10. sala de descanso 11. salas multimídia 12. bwcs 13. circ. vertical 14. depósito café 15. cozinha café 16. cafeteria 17. pátio aberto 18. permanência 19. quiosque 20. bwc acessível 21. circ. vertical 22. circulação 23. recepção hostel 24. copa hostel 25. adm hostel 26. quartos hostel 27. bwcs hostel 28. estacionamento hostel 1 12 3 4 5 6 7 9 10 11 11 11 12 12 10 11 12 1314 1516 17 10 11 14 15 16 10 11 12 13 14 15 17 14 15 16 17 19 20 21 22 23 24 25 26 27 26 27 26 27 26 27 26 28 28 27 20 18 13 8 b b’ c c’ a a’ a
planta baixa 1º pav 20151 53 10420 ESCALA 1:200 a 1. circ. vertical 2. elevador 3. banheiro pne 4. exposição 5. elevador pne 6. bwc 7. foyer 8. auditório 9. depósito hostel 10. copa hostel 11. quartos hostel 12. bwc quartos b b’ c c’ a a’ 1 1 9 10 11111111 11111111 12121212 12121212 6 6 7 8 23 4 5 4 10 11 12 13 15 16 2 10 11 12 13 14 151617 11 12 13 14 15 16 17

1

corte aa’ esc 1/200 det.
corte bb’ esc 1/200 +7,20 +3,50 det. 3

substrato manta antiraizproteção mecânica impermeabilização platibanda laje steel deck viga vierendeel

janela

de vidro temperado

embutido naalvenaria para

laje steel deck contrapiso

vierendeel

corte cc’ esc 1/200 +6,60 +8,30 +3,30 det. 02 det. 02 det. 01 1 ESCALA 1:20 rufo
viga
fixa
perfil
fixação

rufo platibanda viga vierendeel brise horizontal fixo forro de gesso

exposição

esquadria de vidro temperado contrapiso laje steel deck viga vierendeel

viga vierendeel

det. 03 - corte e fachada estrutural esc - 1/25
fachadafachadaa a esc 1-200
perspectivas
perspectivas
perspectivas
perspectivas
perspectivas
perspectivas
perspectivas
perspectivas
perspectivas

natu raE

fim.

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