Feminismo

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05.06 FEMINISMO — GUERRILLA GIRLS

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05.06 FEMINISMO — GUERRILLA GIRLS



"Somos um grupo de artistas mulheres que usa factos, humor e visual chocante para expor sexismo, racismo e corrupção — no mundo da arte, na política e na cultura pop. Nós revelamos as entrelinhas, o subtexto, o que se faz vista grossa, o injusto" "Tentamos retorcer um assunto e apresentá-lo de uma maneira que não foi feita antes, com a esperança de mudar a cabeça de algumas pessoas".

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FEMINISMO

ORIGEM

Como outros movimentos sociais, os grupos

As Guerrilla Girls surgiram como a

feministas utilizam o design gráfico como

consciência do mundo e galerias de

importante ferramenta de propaganda e

arte, instituições académicas, museus e

defesa dos seus ideias.

responsáveis por práticas de discriminação.

O movimento feminista é considerado

Um grupo de mulheres artistas resolveu

uma acção sócio-política. Do ponto de

uniu-se para questionar os motivos que

vista histórico, tem início no século XIX

se encontravam por de por trás das

em Inglaterra e nos Estados Unidos e

escolhas feitas pelo curador Kynaston

consistiu na reivindicação de direitos

McShinee para uma exposição no Museu

básicos como acesso ao ensino superior e o

de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA),

direito ao voto. Actualmente grande parte

em 1985. O objectivo da exposição era

destes movimentos já alcançaram seus

o de aglutinar os trabalhos dos mais

primeiros objectivos, contudo ainda lutam

importantes artistas da década. Entre

por premissas tais como o cumprimento

os 169 escolhidos, todos eram brancos,

dos direitos da mulher ou a supressão do

europeus ou norte-americanos, e apenas

sexismo na sociedade.

13 eram mulheres.


IDENTIDADE

O colectivo é composto por um conjunto de mulheres, artistas, norte-americanas cujo número e identidade não se sabe ao certo continua a ser uma referência na luta contra o sistema. À semelhança de vários super-heróis como o Super-Homem, as Guerrilla Girls, escondem a sua identidade por de traz de uma mascara. Usam nomes de artistas já falecidas como pseudônimos de forma a homenagearem pintoras, fotógrafas, escritoras e artistas de diversas épocas tais como Rosalba Carriera, Georgia O’Keeffe, Anais Nin, Meta Fuller, Tina Modotti entre outras. Apresentam-se em público com uma máscaras de gorila por forma a centrarem a atenção dos espectadores nas mensagens que transmitem. Pretende evitar que sejam debatidas questões colaterais. A escolha deste estereótipo é propositada, se por um lado faz transparecer uma imagem agressiva, por outro, os vestidos e acessórios que usam mostram a típica delicadeza feminina.

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PRESSUPOSTOS

As Guerrilla Girls preocupam-se com

Protagonizam as suas próprias

questões como o racismo, a homofobia ou

campanhas artísticas e contra-publicitárias

as desigualdades de género. Propõem-se

para denunciar o sexismo, o racismo e a

a reinventar a palavra “Feminismo” e

corrupção na cultura popular, na política

reclamaram a palavra “girl”, vista como

e na arte, mas também colaboram com a

diminuidora por mulheres e feministas e

Amnistia Internacional, a Greenpeace e

reivindicam para as mulheres e para os

apoiam o Colectivo Feminista português.

artistas de cor os mesmo direitos que os artistas homens de raça branca tem no ao mundo da arte em geral Este grupo, que já se renovou e subdividiu com a passagem do tempo aposta na contestação, sem reservas. “Qualquer veterano dos movimentos dos direitos civis, dos direitos das mulheres e dos direitos dos homossexuais sabe que o progresso é o resultado da pressão, do protesto e da luta” Meta Fuller.

Todas as suas atitudes são pensadas com o intuito de destruir estereótipos.


PREOCUPAÇÕES FEMINISTAS

As preocupações com as questões feministas começaram a criar um espaço para si mesmas no seio das interrogações que a arte contemporânea ia construindo e problematizando. Os colectivos feministas tiveram um papel importante na conceptualização da questão feminista no seio da arte contemporânea pois levantaram duas grandes interrogações e que se mantêm vivas até hoje: — Questões de discriminação sexual das mulheres na arte, ou seja, denunciarem a quase ausência de mulheres representadas nas colecções dos centro de arte, a falta de mulheres consideradas importantes nas artes visuais ao longo dos séculos, o valor financeiro das obras de arte feitas por mulheres ser sistematicamente mais baixo que o valor de obras feitas por homens, a falta de mulheres artistas importantes e a sua ausência nos manuais de história de arte, em suma a sub-representatividade das mulheres na Arte; — Desconstrução da dimensão de género envolvida na arte contemporânea.

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METROPOLITAN MUSEUM


OBRA

De tempos em tempos, as artistas que integram as Guerrilla Girls, surgem

Além dos posters publicados, o grupo já assinou três livros, guias para uma vida com

publicamente em conferências e performances

sentido crítico sobre as colecções dos museus,

públicas, para divulgarem o seu trabalho.

a história da arte e os estereótipos femininos

Participam em bienais de arte, festivais de

ao logo das décadas, espalhou autocolantes,

cinema, exposições em museus e publicam o

comprou espaços nos autocarros, mobilizou

seu material em outdoors.

campanhas de envio de cartas.

Com a ajuda de alguns patrocínios, produzem material com o intuito de

Através de interrogações retóricas, ou expondo alguns dados estatísticos procuram

denunciarem o sexismo e o racismo existentes

apresentar motivos e factos de uma forma

na política, no cinema e nas artes em geral.

nunca vista, sempre com um certo humor.

Inicialmente espalhavam cartazes e

Praticam também apropriacionismo,

panfletos pelas ruas com os números que

aproveitando-se, por exemplo, de obras

denunciavam o cenário discriminatório

de arte clássicas. Adoptando uma atitude

nas galerias, quase como num movimento

subversiva, colocam-lhes máscaras de

terrorista. Com o passar do tempo o grupo

gorila, como exemplifica o cartaz da

adoptou um conjunto de acções mais

campanha contra o reduzido número

pedagógicas e reflexivas.

de mulheres artistas representadas no

A linguagem visual do material gráfico que

Metropolitan Museum of Art, segundo

produzem é muito forte e apelativa. Os seus

as quais, na secção de arte moderna da

cartazes assentam na utilização de texto, ora

instituição, menos de 5% dos artistas

sobre a forma de interrogações retóricas, ora

representados são mulheres mas 85% dos

sobre a apresentação de dados estatísticos.

nus do são femininos.

As cores berrantes e a tipografia agressiva são uma constante nas suas obras.

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BIENAL DE VENEZA


GEORGE BUSH’S LETTER

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TÍTULO FEMINISMO — GUERRILLA GIRLS PESQUISA BRUNO ALMEIDA ORIENTAÇÃO MÁRIO MOURA TRABALHO REALIZADO NO ÂMBITO DA DISCIPLINA ESTUDOS DO DESIGN, FBAUP WEBSITE WWW.BRUNOALMEIDADESIGN.PT.VU EMAIL BRUNOALMEIDADESIGN@GMAIL.COM DESIGN GRÁFICO BRUNO ALMEIDA IMPRESSÃO NORCÓPIA TIRAGEM 1 EXEMPLAR




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