Boundbook BRUNO ALMEIDA
Boundbook BRUNO ALMEIDA
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Design & Cultura
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Análise “Marinko Grago” OUT.2010 Bruno Almeida
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PROPOSTA Problematização Reflexão critica SWOT
MARINKO GRAGO Autor:Olviero Toscani Ano:1994 Entidade:Benetton
Marinko Grago,1994
Esta campanha apresenta o uniforme de um soldado Bósnio de seu nome Marinko Grago, morto durante a Guerra da Bósnia no ano de 2003. Além da roupa a campanha contava com um texto escrito pelo pai do soldado “Eu, Gojko Grago, pai de Marinko Grago, nascido em 1963, em Blatnica, distrito de Citluk, desejo que o nome de meu filho morto, e tudo o que resta dele sejam utilizados em favor da paz contra a guerra”. Com uma enorme mancha de sangue e um buraco resultante de uma de bala, transmite ao espectador a ideia de que alguém ja usou aquelas roupas. Intuitivamente, o receptor, procura o que falta, neste caso o corpo do soldado que em vida se utiliza desse uniforme para combater. Mas mais do que nos mostrar o que restou do soldado para posteridade, esta campanha implica outras mensagens: Se por um lado procura incutir nos jovens valores actuais e os incita a contribuirem para um mundo melhor, por outro responsábiliza os governos pelos mostrando os resultados das suas políticas.
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Olivero Toscani
OLIVIERO TOSCANI Estudou fotografia e design em Zurique e é filho de um foto-jornalista. É conhecido internacionalmente por ter construído a imagem corporativa de diversas marcas como a Channel, Prenatal, Valentino e Benetton. Entre 1982 e 2000 moldou a United Colors of Beneton a sua imagem, estratégia de comunicação e identidade, tornando-a numa das marcas mais reconhecidas a nível internacional. Criou a revista Colors e em 1983 fundou a Fabrica, um centro internacional de pesquisa das artes da comunicação moderna. De entre os vários prémios alcançados pelo designer, devem de ser realçados: quatro Leões de Ouro no Festival de Cannes e o Grande Prémio Unesco. Toscani procurava apresentar valores e perpetuar imagens de marca numa sociedade capitalista em que impera a diversidade de produtos. Mais do que se apresentar um produto, Toscani apresenta o ideal de “jovem Benetton” preocupado com assuntos polémico e actuais como a transmissão do vírus da Sida, a pena de morte, a fome, a discriminação racial, entre outros.
“Mostro apenas a verdade, sou contra esta publicidade idiota conta mentiras para milhares de pessoas. No mundo real existe fome, Sida, guerra, poluição, trabalho infantil, diferenças raciais e culturais, as pessoas envelhecem e morrem. É isso que coloco nos anúncios”. OLIVIERO TOSCANI
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Sentenced to Death,2000
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Análise “Sentenced to Death” OUT.2010 Bruno Almeida
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PROPOSTA Problematização Reflexão critica SWOT
SENTENCED TO DEATH Autor:Oliviero Toscani Ano:2000 Entidade:Benetton De um total de 26 retratos de condenados à morte nos EUA, esta campanha procurava alertar a população mundial para a prática desta sentença. Além do retrato do recluso, o poster continha a frase “Sentenced to death” bem como o nome do sentenciado, a sua origem e a data da execução. À Imagem de outras campanhas publicitarias desenvolvidas por Toscani, director criativo da Benetton, esta aproveitou-se uma preocupação social controversa para promover um produto comercial. A campanha levantou inúmeros problemas quer de ordem jurídica, tendo em conta que não haveria sido solicitada qualquer autorização aos familiares daqueles que viam a sua imagem a ser usada para uma publicação, que de ordem ética, pois a discussão envolta do eticamente aceitável foi bastante grande. Se sob o ponto de vista mediático e iconográfico se pode considerar esta campanha uma verdadeiro sucesso, já do ponto de vista profissional esta foi marcada pelo insucesso dado que este viria a tornarse no último trabalho desenvolvido por Toscani para a Benetton.
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Design Local
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Coca-Cola no Porto! OUT.2010 Bruno Almeida & Pedro Reis
---------------------------------------PROPOSTA Segmento de mercado Primário: 13-24 anos Secundário: 10-39 anos Objectivos da Campanha: Localização da imagem da Coca-cola para uma zona do Porto. Esta localização apropriar-se de imagens locais do Porto bem como expressões tipicamente nortenhas. Reforço da imagem da Coca-cola junto do segmento de mercado numa altura em que marcas afins invadem o mercado português. Objectivos: Como primeiro objectivo, a coca-cola pretende fornecer a sua bebida favorita e satisfazer as necessidades do consumidor e suas vontades. O segundo objectivo da Coca-cola é o de atingir o maior lucro possível para que os seus accionistas aumentem a sua quota no mercado.
Billboard
Suporte: Billboard de rua.
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---------------------------------------IDEIA Design Local é um design que visa ser exibido e consumido por uma cultura em particular, num determinado espaço geográfico. No ano de 2009, a Super Bock lançou uma campanha publicitária, nas cidades do Porto e Lisboa na qual associava o packaging dos seus produtos aos edifícios, monumentos ou eventos mais simbólicos de cada uma das cidades. No caso do Porto, foram explorados o “cubo da Ribeira”, o “túnel das Antas”, ou o “São João”. Em Lisboa foram eleitos diferentes edifícios e espaços como a “Ponte 25 de Abril”, o “Parque Eduardo VII” ou a “Avenida da Liberdade”, Tendo em conta o exemplo acima relatado, a nossa ideia de reforço da imagem da Coca-Cola junto dos portuenses passaria pela descontextualização dos mais celebres monumentos e espaços de interesse da Invicta, tornado-os em objectos Coca-Cola. Desta forma, transformariamos a “Torre dos Clérigos” numa garrafa de Coca-Cola bem como a “Casa da Música”, numa lata de Coca-Cola. Estes espaços seriam importantes ferramentas para que a marca Coca-Cola se torna-se ainda mais importante junto dos habitantes da Cidade Invicta.
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Design & Imagem
Un Regarde Oblique, Robert Doisneau
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Narrativa Externa DEZ.2010 Bruno Almeida & Pedro Reis
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OBJECTIVOS Fotógrafo Porque foi esta foto tirada Data Local Contexto social Implicações da fotografia Outras pessoas que colaboram na fotografia Foto-elicitação Investigar uma nova perspectiva da mesma imagem
ANÁLISE “Un Regard Oblique”, é um ensaio fotográfico, feito em 1948, pelo fotógrafo francês Robert Doisneau para a revista LIFE, onde evidencia o seu toque de humor. O fotografo posicionou cuidadosamente a sua Rolleiflex numa cadeira antiga que se encontrava em exposição numa galeria de arte em Paris. Robert Doisneau pretendia capturar o “Momento Decisivo”, da reacção das pessoas que passavam na rua, e se deparavam com o quadro que estava pendurado na montra no qual se encontrava a pintura de um nú feminino de costas. Nesta fotografia, um casal encontrase aem frente a uma montra, a mulher olha para um quadro que se encontra de frente para si, enquanto o marido lança um olhar obliquo sobre o quadro no qual se encontra o nú. A preparação da foto foi toda ela bem pensada. Todos os elementos que constituem a fotografia tem uma determinada simbologia: o quadro com a mulher desnudada, a montra por onde se vê os interessados nos quadros, e o fundo de rua, que nos permite ver o ambiente em que se gera a acção. O foco de atenção da fotografia leva o espectador a criar um ciclo em seu torno. Por exemplo: se o nosso olhar começar no letreiro da loja da frente, e tendo em conta que lemos da esquerda para a direita, o sentido da leitura desse leva-nos até ao olhar do homem, que por sua vez nos conduz até ao quadro da mulher nua, no lado esquerdo da enquadramento. Se, por outro lado, o nosso olhar for atraído de imediato pelo casal, vemos a mulher interessada no quadro que está à frente dela, mas se olharmos logo de seguida para o homem vemos que ele não está interessado na mesma coisa, e o seu olhar faz-nos atravessar a fotografia e encontrar o quadro da mulher nua. Por sua vez, ao olhar para este quadro a nossa visão periférica leva-nos até ao letreiro da loja em frente, e por conseguinte, e como já explicámos, retoma-nos até ao olhar do homem.
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Narrativa Interna DEZ.2010 Bruno Almeida & Pedro Reis
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BJECTIVOS Foco de atenção da fotografia Natureza da imagem Enquadramento Luz Ritmo Número de pessoas Tamanhos Texto Simetria/Assimetria Efeitos especiais Padrões Escala Ângulo
ANÁLISE Esta imagem tem um cariz “emocional”, pois retrata a reacção das pessoas fotografadas. Com o auxílio de uma Rolleiflex, esta fotografia foi capturada no decorrer do século XX, mais precisamente em 1948 numa galeria de arte rua em Paris. Do ponto de vista crómatico, esta imagem encontrase a preto e branco, com fortes contrastes de claroescuro e poucos meios-tons. Não é crível que tenha existido qualquer tipo de manipulação. No enquadramento, vemos personagens do primeiro plano encostadas ao lado esquerdo, estando ambas cortadas, quer pelo próprio enquadramento da fotografia, quer por um objecto num plano mais próximo. À esquerda, podemos ver um dos principais focos de atenção da fotografia, a ocupar cerca de 1/3 da fotografia: um quadro com um nú feminino. Como pano de fundo, podemos ver uma outra loja, em que o letreiro, em cima, é o único texto presente em toda a fotografia. No seu conjunto a imagem é equilibrada não sendo possivel vislumbrar qualquer tipo de simetria. Tal como o seu nome sugere, é evidente a obliquidade presente nesta fotografia, quer pelo seu enquadramento, quer pelo cruzamento de olhares entre as duas pessoas que estão em primeiro plano. Relativamente às pessoas, a fotografia capta cinco pessoas: duas em primeiro plano que constroem narrativa da fotografia, e três em segundo plano, passando quase despercebidas.
SequĂŞncia Un Regarde Oblique, Robert Doisneau
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Design Ético
Vileda
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Vileda & Vischy NOV.2010 Bruno Almeida & Pedro Reis
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PROPOSTA Mentir é um dos muitos problemas éticos com os quais o designer gráfico se depara. A manipulação é umas das muitas formas de mentir através da imagem. Neste exercício visual pedia-vos para criarem um cenário de mentira, pode ser uma notícia, uma publicação, uma ilustração, um editorial, um subvertising etc. Esta “mentira da imagem” deve tirar partido da uma manipulação da imagem, fazendo uso do Photoshop ou outros softwares que permitam a manipulação da mesma. Para o efeito podem usar uma “notícia” existente e altera-la ou criar um cenário de ficção do zero. Este exercício tem 3 campos de acção diferentes: desconstrução, construção de uma imagem e consciência ética da mesma. Num ranking de 1 a 10 (sendo 1, uma mentira branca e 10 uma red hot lie :) qual será a pontuação da sua nova imagem? Potencial viral? Depois de fazer a parte visual faça uma breve descriçao da sua mentira e respectivas implicações éticas.
IDEIA Quando se fala em imagem, nunca poderemos ter a certeza da sua veracidade. No caso da publicidade, a imagem desempenha uma dupla função, pois existe uma dicotomia entre o que é recebido e o que é percebido. No campo do recebido, a publicidade tem de se impor visualmente, enquanto que no campo do percebido remete para a inteligibilidade da imagem, na medida em que a fotografia publicitária visa divulgar uma existência comercial. A mensagem transmitida deve garantir que o produto é capaz de chamar a atenção do público. Contudo, num mercado competitivo, como é o de hoje em dia, existe a ideia de que é difícil atingir esse objectivo de forma a que não se recorra a qualquer tipo de comportamento menos ético. Uma das técnicas utilizadas com mais frequência pela publicidade é a fotomontagem. Existem dois tipos de fotomontagem na publicidade: a fotomontagem em que o receptor não se apercebe num primeiro instante, e a fotomontagem que é feita como o objectivo de ser perceptível a “olho nu”. Este tipo de fotomontagens é feita com o propósito de enfatizar as propriedades de um produto, dando a entender aos potenciais clientes as capacidades do produto em causa. Foi precisamente isso que procuramos fazer. Na primeira imagem, para a marca de produtos de limpeza Vileda, a nossa intenção, ao criar esta mentira visual, foi dar credibilidade à marca, mostrando as potencialidades e vantagens dos seus produtos. Na segunda imagem, para a marca de cosméticos Vichi, criamos uma situação arrepiante e fora do comum, mostrando que a marca era capaz de resolver até os problemas mais complicados e improváveis.
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Género no Porto ----------------------------------------
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PROPOSTA Levantamento de informação visual sobre o design de género presente na cidade do Porto. Esta pesquisa de campo pode ser feita em vários sitios desde lojas de brinquedos, supermercados, posters de cinemas, livrarias, papelarias, mercados, trânsito, etc... Com esta proposta de trabalho pretende-se chamar a atenção para a diferença de géneros presentes no quotidiano, bem com avaliar a postura do estudante perante um trabalho que envolvesse esta temática. O Conhecimento adquirido neste projecto irá documentar-vos sobre este tema para futuros projectos com vista á prática de um design ético.
IDEIA A evolução da mentalidade do homem relativamente ao género fez com que muitos estereótipos fossem combatidos, mas a base desses mesmos estereótipos possui raízes que se estendem muito mais para além do mundo do design e da publicidade. Por muito tempo, as diferenças entre homens e mulheres têm sido naturalizadas pelo uso do termo “sexo”. Entretanto, as diferenças entre homens e mulheres são social e culturalmente construídas, ao passo que falar em sexo reflecte uma condição biológica e, portanto, eterna. Género é cultural, enquanto que sexo é puramente biológico. O género como categoria de análise das diferenças entre homens e mulheres surgiu no contexto do feminismo, tendo, o termo, começado a ser utilizado entre as feministas como referência às diferenças socialmente construídas entre os sexos. Com isso, pretendiam comprovar que as distinções entre o masculino e o feminino eram forjadas pelos indivíduos em sociedade, isto é, pela própria estrutura social. Por outro lado, o termo sexo remetia à condição biológica, natural do ser humano, o que reforçava a naturalização das desigualdades entre homens e mulheres. Neste trabalho, a nossa ideia foi a de captar imagens visuais, sejam publicidades, sejam montras, sejam produtos, destinadas ao público feminino, procurando signos icónicos e linguísticos, que nos levasse a associar à imagem da mulher.
Swarovski, Rua de Santa Catarina
Ekstra, Rua de Santa Catarina
DEZ.2010 Bruno Almeida & Pedro Reis
Millenium BCP, Rua de Santa Catarina
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Outlet, Rua de Santa Catarina
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Billboard, Rua de Santa Catarina
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Cafés Chritina, Bolhão
Alain Afflelou Optico, Rua de Santa Catarina
Pull & Bear, Rua de Santa Catarina
Mango, Rua de Santa Catarina
Blanco, Rua de Santa Catarina
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The brand i love “Nike“ NOV.2010 Bruno Almeida
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DADOS CORPORATIVOS Origem: Estados Unidos Fundação: 1972 Fundador: Phill Knight e Bill Bowerman Sede mundial: Beaverton, Oregon Proprietário da marca: Nike Inc. Chairman: Phill Knight Presidente & CEO: Mark Parker Lojas: 690 (Niketown, Nike Women e Nike Factory) Fábricas: 700 Presença global: 160 países Maiores mercados: Estados Unidos e Japão Funcionários: 34.400 Principais produtos: Calçados desportivo, relógios, óculos, roupas e acessórios
HISTÓRIA A ideia de criar a empresa surgiu de um projecto da MBA de Phil Knight, enquanto frequentava a Escola de Gestão de Standford. Phil tinha 20 anos e um futuro promissor no atletismo, que acabou por se tornar numa desilusão. Contúdo, Phil Knight estava frustrado com a qualidade dos ténis de corrida disponíveis no mercado e a sua paixão pelo desporto e pelo negócio ia mais além. Em 1964 Knight lançou uma forte campanha com Bill Bowerman,treinador de atletismo na Universidade de Oregon, que teve a ideia de produzirem eles próprios uma sola para os ténis, vertendo um componente de borracha numa torradeira de panquecas. Phil Knight e Bill Bowerman decidiram dedicar algum tempo ao fabrico e desenvolvimento de modelos que melhorassem o rendimento dos atletas de alta competição, surgindo em 1972 a Nike.
1955 Phil Knight Os fundadores da Nike, Phill Knight e Bill Bowerman, conhecem-se na Universidade de Oregon em Eugene.
1962 Blue Ribbon Sports Phil Knight afirma que o baixo custo e alta performance exportados do Japão poderiam substituir o dominio da Alemanha na indústria do calçado
1971 1972 Nike Moon Shoes Por 35 dólares, a marca Uma disputa de distribuição Swoosh é criada por um aluno leva ao litígio e quebra nas de design gráfico chamado relações comerciais entre Carolyn Davidson. BRS e Onitsuka Tiger.
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LOGÓTIPO O logótipo da NIKE foi criado por Caroline Davidson no ano de 1971. O SWOOSH que é o símbolo inscrito no logótipo, significa as asas da deusa grega, NIKE, deusa da vitória. O seu criador recebeu 35 dólares. A ideia do fundador, Phil Knight, era a de utilizar um símbolo que sugerisse movimento. Não gostou do desenho inicial, mas viu-se na obrigação de o usar. Em 1971, o logótipo tinha o nome e o símbolo cor-de-laranja, pela sugestão da cor a uma atitude positiva, enérgica e vencedora, mas depois o logótipo foi simplificado e actualmente é representado apenas pelo símbolo, sem que se faça qualquer referência à marca. A sua associação com a marca é automática. Actualmente o logótipo é parte fundamental do sucesso da marca por ser de um design simples, fácil de reconhecer e de lembrar.
O DECLÍNIO DA MARCA Durante o terceiro trimestre de 1997 as vendas da Nike desceram em cerca de 8% levando ao aumento de stocks em armazém, enquanto no quarto trimestre a Nike enfrentou outros problemas. Estes problemas foram levantados por grupos de protesto nos EUA, em que os principais argumentos relacionavam-se com: - a utilização de mão-de-obra barata de países em vias de desenvolvimento; - alegação de pagamento de salários miseráveis; - intimidação de trabalhadores; - utilização de trabalho infantil. Estes argumentos assombraram a Nike por muito tempo e a empresa reagiu às críticas através de várias medidas defensivas, ligando-se ao Apparel Industry Partnership, grupo empresarial que reforça um código de conduta industrial nas fábricas fora dos EUA. Esta decisão fez com que o relacionamento da Nike com alguns fornecedores da Indonésia se agravasse porque decidiram não aderir ao código de conduta da Nike, o que levou à introdução de penalizações para todas as fábricas que não obedecessem aos padrões da empresa.
1985 Michael Jordan O primeiro calçado de Basquetebol Air Jordan é aprovado por Michael Jordan posto à venda.
1988 ColeHaan A Nike adquire a marca de calçado de luxo Cole Haan.
1988 Just do it Just do it é eleito um dos melhores slogans do século XX.
1990 Lance Amstrong Lance Amstrong assina contrato com a nike
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MISSÃO A Nike promoveu a mensagem de que todos podem ser atletas, à sua maneira e com o seu próprio nível de esforço e desde sempre que esta associação dos produtos é um factor crítico para a estratégia de marca. “To bring inspiration and innovation to every athlete in the world. If you have a body, you are an athlete”
SLOGANS Perante a saturação dos mercados tradicionais, a Nike procurou novos campos desportivos, virando-se para o futebol. Elegeu-o como um dos seus desportos principais, fazendo assim um contrato de 10 anos com a selecção brasileira. O Mundial de 1998 veio reavivar o marketing da Nike que pelo patrocínio a equipas completas. A Nike tinha acertado em cheio, pois o futebol havia se tornado no desporto número um a nível mundial. Em 1988 a Nike lançou a famosa campanha publicitária “Just do it!”, centrado-se na paixão pelo desporto. Em resposta a Reebok começou a utilizar o slogan “Reeboks Let U.B.U”, mas apesar deste slogan a NIKE ganhou a posição de líder no mercado americano, consolidando a sua posição. Recentemente a Nike optou pelo slogan “I can” para reforçar a paixão da Nike.
1990 Niketown A primeira Niketown abre em Portland, Oregon. A loja inventa o pura teatro desportivo com 23.095 metros quadrados de design premiado.
1996 Tiger Woods Tiger Woods assina contrato com a Nike. Em Abril do ano seguinte ganha o seu primeiro Masters, iniciando o seu reinado no golfe.
2003 Converse A Nike completa a aquisição da Converse Inc.
2005 Fundação A Fundação Nike revitaliza investimentos e advoga duas permissas para o desenvolvimento: igualdade de género e redução da pobreza.
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CAMPANHAS QUE FIZERAM HISTÓRIA A primeira grande campanha foi um verdadeiro sucesso. Chegou em 1988 com o famoso slogan “Just do it”. Esse conceito transformou-se numa espécie de declaração universal dos objectivos de todo atleta. Em 1989, a campanha encabeçada por Bo Jackson, jogador de futebol americano de basebol profissional, introduziu no mercado um dos slogans mais famosos da publicidade americana: “Bo knows”. “You don’t win silver — you lose gold”, foi uma das que mais causou discórdia pois ia contra todo o ideal olímpico de confraternização. Em Março de 2002, vésperas da Campeonato do Mundo de Futebol, a Nike iniciou uma campanha mundial de marketing criada em torno do que chamou “Secret Tournament”. Oito equipas de três jogadores, compostas pelas principais estrelas do futebol mundial disputavam um torneio num pequeno campo dentro de uma jaula de aço num barco. A campanha intitulada de ”Write the Future”, mostra através de anúncios repletos de emoção o impacto dos momentos fundamentais de um jogo que vai além dos 90 minutos. Estrelam na campanha global algumas das maiores estrelas do futebol mundial além de Roger Federer, Kobe Bryant e Homer Simpson. Na mais recente campanha aparece Tiger Woods silencioso e concentrado a ouvir uma gravação com conselhos do seu pai, falecido em 2006. Trata-se de uma das poucas empresas que se manteve ao lado de Woods depois dos escândalos que quase comprometeram a sua carreira. O vídeo aborda directamente os problemas pessoais do golfista, Earl Woods que fala sobre responsabilidade “Quero saber quais são os teus sentimentos? Quero saber qual era o teu pensamento? Quero saber quais eram os teus sentimentos? Aprendeste alguma coisa?
MARKETING DESPORTIVO Por ano a NIKE desembolsa 1.9 bilhões de dólares, que correspondem a 10% da sua facturação anual, em publicidade e contratação de atletas de renome. A história começou com a tenista romena Llie Nastase, primeira atleta a assinar contrato para utilização dos ténis Nike em 1972. A outra parte da história teve início com o corredor americano Steve Prefontaine que, patrocinado pela empresa, em 1973 bateu todos os recordes americanos entre os 2.000 e 10.000 metros. Outros atletas assinaram contratos com a empresa como o controverso tenista John McEnroe (1978); o corredor Carl Lewis (1980), o jogador de basquete da Universidade da Carolina do Norte chamado Michael Jordan (1985), que viria a tornar-se o seu mais conhecido garoto-propaganda; os tenistas André Agassi (1988) e Pete Sampras; o jogador Ronaldo (1994); o golfista, até então amador, Tiger Woods (1996); o jogador Ronaldinho Gaúcho (1998); o astro do basquete LeBron James (2003); entre muitos outros, como a tenista Maria Sharapova, que voltou a ser a desportista mais bem paga do mundo ao renovar o seu contrato com a marca em 2010. Esta equipa de astros é muito mais que apenas atletas patrocinados, são colaboradores, já que testam os produtos e sugerem inovações.
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O FUTEBOL O futebol foi essencial para o crescimento da marca. Em 1994, a marca possuía apenas 2% do mercado de equipamentos para futebol. Para derrotar a marca líder do mercado, a Adidas, concentrou-se em jogadores de futebol jovens e talentosos. Ao associar a sua imagem à de estrelas de diferentes desportos, a empresa quer comunicar que todos nós podemos ser atletas, desenvolver aquele espírito competitivo retratado nas suas campanhas publicitárias. Actualmente a equipa de craques da NIKE é composto pelos jogadores Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Robinho, Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, Sérgio Aguero, Andréa Prilo, Mario BalotellI, Andrés Iniesta, Gerard Pique e Fernando Torres, Zlatan Ibrahimovic, Frank Ribery etc. Clubes e selecções também são alvo da Nike.
GLOBALIDADE A Nike representa a cultura americana de dinamismo, juventude, inovação, poder e acima de tudo espírito vencedor. A cultura organizacional está orientada pelos clientes e atletas, sendo que os funcionários são seleccionados e treinados para criar vantagens competitivas para a Nike em todos os tipos de negócios desenvolvidos.
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VALOR QUALIDADE/ PREÇO A marca Nike tem certos atributos sugerindo prestígio, qualidade elevada, durabilidade, conforto e simplicidade que estão bem presentes estas propriedades. O desenvolvimento criativo e diversificado desta empresa desde sempre se orientou pelo objectivo de produzir o melhor e o mais inovador produto do mundo, que apoia os atletas para atingirem os seus potenciais. A marca deseja fortalecer o seu reconhecimento e credibilidade no mundo inteiro, tanto ao nível dos clientes como dos fornecedores. Além disso, a Nike preocupa-se em satisfazer os desejos e necessidades dos seus funcionários, para assim também poder ter um aumento de rentabilidade. Os princípios da Nike são: Inspire, Innovate, Focus,Connect, Care.
EMBALAGEM A embalagem é uma parte do produto e a Nike optando por uma simples caixa de cartão onde, para além das suas cores fortes, destaca o seu logótipo que cumpre um conjunto de normas legais no que diz respeito ao ambiente, já que é composta por cartão reciclável. Cada embalagem da Nike desempenha três importantes funções: - Função Logística - A embalagem da Nike foi concebida de modo a permitir o transporte em boas condições, desde o local de fabrico até ao local de venda, procurando conservar todas as características do produto como das da própria embalagem; - Função de Comunicação e Função de Diferenciação - Embalagem elementar e simples em que se destaca apenas o seu símbolo, para a identificar. A sua embalagem diferencia-se dos seus concorrentes através da utilização de cores sóbrias destacando-se o preto e o branco servindo para reforçar a sua imagem.
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The brand i love to hate ”Pepsi” NOV.2010 Bruno Almeida
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DADOS CORPORATIVOS Origem: Estados Unidos Criação: 1893 Lançamento: 28 de Agosto de 1898 Criador: Caleb Davis Bradham Sede mundial: Purchase, New York Proprietário da marca: PepsiCo., Inc. Chairman & CEO: Indra K. Nooyi Facturação: US$ 20 bilhões (2009) Valor da marca: 14.061 bilhões de dólares (2010) Fábricas: 95 Presença global: 75 países Segmento: Refrigerantes de cola Principais produtos: Pepsi-Cola, Diet Pepsi, Pepsi Max, Pepsi Twist Slogan: Every Pepsi Refreshes The World. Website: http://www.pepsi.com/
HISTÓRIA A Pepsi começou em 1893, quando Caleb Davis Bradham, um farmacêutico de New Bern, inventou uma bebida chamada “Brad’s Drink”, feita de água carbonatada, açúcar, baunilha, aromas de especiarias, pepsina e extracto de noz de cola. Essa bebida tinha o intuito de suavizar os males causados pelo desequilíbrio do ácido péptico no estômago. Este alívio obtinhase em consequência do extracto de noz de cola e da carbonatação presente na bebida. O seu sabor agradou tanto que os consumidores passaram a consumi-la mesmo quando não estavam com o mal estar péptico. Em 1898, o xarope foi transformado em bebida e lançado oficialmente no mercado no dia 28 de Agosto com o nome de Pepsi-Cola, mas durante 16 anos a bebida foi conhecida como “Brad’s Drink”, em referência ao nome do seu inventor. O novo nome era oriundo dos seus principais ingredientes (pepsina e nozes de cola). Em 1902, Bradham resolveu registar a sua patente. No mesmo ano, surgiu a primeira nota publicitária no jornal New Bern Weekly que anunciavam a Pepsi como saborosa, revigorante, não prejudicial e que auxiliava na digestão. Dois anos depois a empresa mudou-se da pequena farmácia de Brad para uma fábrica maior em consequência da alta procura pelo produto. A nova fábrica passou a concentrar todas as operações de engarrafamento da Pepsi-Cola, que na época era comercializada em garrafas de 177 ml. Em 1905, a Pepsi concedeu a primeira franquia de engarrafamento a empresa Charlotte and Durham. A Pepsi tornou-se uma das primeiras empresas a substituir os veículos de entrega, carroças puxadas a cavalos, por veículos motorizados em 1908, modernizando assim o seu sistema de distribuição.
1989
1905
1906
1940
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A CRISE A Segunda Guerra Mundial fez com que a empresa vivesse uma situação financeira delicada, sendo que em 1917, Bradham começou a apostar na flutuação do preço do açúcar e o produto teve uma queda expressiva na bolsa de valores, fazendo com que a “Pepsi-Cola Company” acabasse por declarar a sua falência no dia 31 de Maio de 1923, após dezassete anos de sucesso. Bradham vendeu a marca por US$ 30 mil dólares para a empresa “Craven Holding Corporation”, voltando a trabalhar como farmacêutico. No ano seguinte, Roy C. Megargel, um corretor de Wall Street, adquiriu após muita negociação a marca PEPSI-COLA por US$ 35 mil, formando assim a Pepsi Cola Corporation. Até o ano de 1929, Megargel havia reorganizado toda a estratégia de operações da companhia, que passou a ser uma empresa exclusivamente nacional. Porém, a troca de comando não adiantou para evitar uma nova crise financeira em 1931, em plena Grande Depressão Americana, quando a empresa foi novamente vendida, desta vez para a Loft Candy Company.
A RECUPERAÇÃO O então presidente da nova proprietária, Charles G. Guth, tratou de reformular totalmente a bebida. Em 1934, além de iniciar a venda do seu produto internacionalmente, começando pelo Canadá, onde a marca estava registada desde 1906, introduziu no mercado a garrafa de vidro de 355 ml que era vendida a 5 centavos de dólar, o mesmo valor pago pelas garrafas de 177 ml que era o padrão da concorrência. As vendas iniciaram-se na cidade de Baltimore e o produto foi um sucesso instantâneo. Em plena depressão americana as vendas explodiram nacionalmente, ajudando a empresa a enfrentar até com certa tranquilidade este período tão difícil. No ano de 1938, Walter S. Mack assumiu o comando da empresa e a PEPSI entrou de vez na era do marketing. Em 1965 foi fundada a Pepsico Inc. Resultado da fusão da Pepsi-Cola e da Fritolay, uma das maiores empresas de snacks do mundo. As operações cresceram rapidamente no início dos anos 50, e a PEPSI lançou novidades como a introdução das garrafas de tamanho familiar, a versão dietética do refrigerante, as latas de alumínio, que estrearam no mercado em 1967.
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1973
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---------------------------------------LOGÓTIPO A Pepsi remodelou imensas vezes o seu logótipo, mas apesar das críticas constantes dos profissionais de marketing, o seu público-alvo, formado na sua grande maioria por jovens, parece aceitar essas mudanças positivamente. Começaram em 1905, quando o seu logótipo foi modificado pela primeira vez, sendo que no ano seguinte ocorreu uma nova mudança, desta vez acompanhada do slogan “The Original Pure Food Drink”. Porém, a sua mais radical remodelação aconteceu em 1950, quando o produto ganhou um novo logótipo chamado “Bottle Cap”, que era uma tampa do refrigerante com o nome do produto nas cores azul, vermelha e branca, numa representação ondulada. Em 1962 ocorreu nova mudança, com a introdução da cor preta, que iria desaparecer em 1973, e com a marca passando a ser denominada apenas PESI. Em Outubro de 2008, a Pepsi anunciou o mais caro re-branding da história, onde a empresa investirá 1.2 bilhões de dólares numa ampla revitalização das embalagens à forma de comunicar com os consumidores, resultando num novo posicionamento. Agora a PEPSI será mais do que uma simples marca tradicional e tenciona posicionar-se como um líder cultural.
1998
2005
---------------------------------------MISSÃO “Our mission is to be the world’s premier consumer products company focused on convenient foods and beverages. We seek to produce financial rewards to investors as we provide opportunities for growth and enrichment to our employees, our business partners and the communities in which we operate. And in everything we do, we strive for honesty, fairness and integrity.”
2008
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---------------------------------------COMPETIÇÃO DE MERCADO No final dos anos 70, a marca travou a famosa “Guerra das Colas”, uma disputa que começou publicitariamente entre a PEPSI e a Coca-Cola pela disputa do mercado americano e, que ocorre até hoje de forma mais amena. Em 1975, a Pepsi começou a divulgar anúncios de televisão em que realizava testes cegos de preferência com pessoas, chamando de “Pepsi Challenge” ou o Desafio Pepsi. Os anúncios de 30 segundos mostravam as mais diferentes classes sociais americanas. A Coca-Cola também exibiu anúncios em resposta aos da Pepsi e vice-versa. Um dos anúncios da Coca comparava o então chamado “Desafio Pepsi” a dois chimpanzés decidindo que bola de ténis tinha mais tecido. No dia 23 de Abril de 1985, baseada na disputa com a Pepsi, a Coca-Cola lançou a New Coke, este que foi o “maior risco” já adoptado em toda a história da companhia. Neste dia, foi anunciada a mudança da fórmula original do refrigerante, a primeira em 99 anos. Esta atitude deu-se a partir de testes cegos realizados com cerca de 200 mil consumidores e que afirmavam ser de preferência unânime pela nova fórmula em relação à concorrente Pepsi, havendo uma queda expressiva nas vendas, diversas reclamações por telefone, carta e protestos. Na época, a guerra ficou mais estimulada, pois a Pepsi começou a fazer publicidade anunciando indirectamente que havia finalmente vencido a disputa entre as colas. Os anúncios vinculados pela Pepsi informavam da mudança na fórmula da concorrente,
como o observado nalguns anúncios. Neste mesmo ano, tanto a Pepsi, quanto a Coca-Cola lançaram diversos anúncios, sendo o período de maiores irregularidades publicitárias das duas empresas, só a Pepsi lançou 58 anúncios num período curto, com uma média que chegou a mais de um por semana. Com a pressão dos consumidores, no dia 11 de Julho, exactamente 79 dias após o lançamento da New Coke, a Coca-Cola original volta a ser produzida e distribuída com o nome de “Coca-Cola Classic”.
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GLOBALIDADE Segunda maior e mais reconhecida marca de refrigerantes do planeta, a Pepsi está presente em 75 países, com 95 fábricas e engarrafadoras localizadas nos Estados Unidos, Canadá, Espanha, Grécia, Rússia e Turquia, contando com mais de 200 mil funcionários. A marca factura mais de US$ 20 biliões em vendas, além de ser o vigésimo maior anunciante do mundo.
SLOGANS 1920: Drink Pepsi-Cola, it will satisfy you. 1928: Pepsi You Up. 1932: Sparkling Delicious. 1939: Twice as Much for a Nickel. 1940: Pepsi hits the spot. 1943: Bigger Drink, Better Taste. 1950: More Bounce to the Ounce. 1958: Be Sociable, Have a Pepsi. 1961: Now It’s Pepsi for Those Who Think Young. 1963: Come Alive, You’re in the Pepsi Generation. 1969: You’ve Got a Lot to Live, Pepsi’s Got a Lot to Give. 1973: Join the Pepsi people. 1976: Have a Pepsi day. 1979: Catch that Pepsi spirit. 1981: Pepsi’s got your taste for life. 1983: Pepsi’s Now! 1984: The Choice of a New Generation. 1986: We’ve Got The Taste. 1989: Diet Pepsi. The Right One. 1991: Gotta Have It. 1992: Be Young, Have Fun, Drink Pepsi. 1995: Drink Pepsi. Get Stuff. 1997: GeneratioNext. 1999: Ask for More/The Joy of Cola. 2003: It’s the Cola/Dare for More. 2007: More Happy. 2008: Something For Everyone. 2009: Refreshing Everything. 2010: Every Pepsi Refreshes The World.
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Pena de morte DEZ.2010 Bruno Almeida, Diana Filipa & Barbara Coelho
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PROPOSTA “O design social apoia-se no entendimento de que nós designers, somos os responsáveis por criar pontes, facilitar a relação entre o indivíduo e o mundo que o cerca, deixando de lado qualquer discurso inocente, fica evidente o tamanho da nossa responsabilidade no desenvolvimento da sociedade à nossa volta. É preciso deixar claro, que o design social nada tem a ver com assistencialismo, as acções desta vertente do design têm como foco, transformar situações de desigualdade social e tecnológica, oferecendo através do design, recursos para que estas barreiras sejam superadas, gerando oportunidades de desenvolvimento com resgate da cidadania e a dignidade.” Klaibert Miranda
IDEIA Tendo em conta a questão da cidadania e da dignidade colocamos a seguinte questão: Por mais hediondo que seja o crime, até que ponto é valida a pena de morte? Pegando no conceito da sentença aplicada pelo poder judiciário, criamos um cartaz que contraria e levanta a questão de dignidade desta punição que, em alguns países, ainda é utilizada e posta em prática. Os Estados Unidos são uma das raras democracias, juntamente com o Japão, a continuar a aplicar a pena de morte. A pena capital é um tema muito discutido, pois vai contra a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Pensamos que seja uma atitude de extremos e que tendo em conta a ética, a decência humana. É uma punição cruel e desumana, que viola o direito á vida.
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