FOTOGRAFIA Guy Bourdin jr. Duran Robert Capa bob Wolfenson W. EUGENE SMITH RICHARD aVEDON
1ª Edição 08 de dezembro de 2014
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FOTOGRAFIA
índice
GUY BOURDIN....................................................04 JR. DURAN.............................................................05 ROBERT CAPA.....................................................06 BOB WOLFENSON..............................................07 W. EUGENE SMITH............................................08 RICHARD AVEDON............................................10
• Guy Bourdin: Tudo o que você tem que saber 1. Imagem: Revista Vouge a. Fonte: MSN - http://msn.lilianpacce.com.br/portfolio/guy-bourdin-portfolio/
• Surrealismo registrado com luz 2. Imagem: Revista Vouge b. Fonte: Catraca Livre - http://catracalivre.folha.uol.com.br/2009/08/fotos-da-moda/
• Biografia Jr. Duran 3. Imagem: Cauã Reymond -18ª edição da Revista Poder c. Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Jr._duran
• Guerra, luz e sombras de Robert Capa 4. Imagem: Soldado II Guerra Mundial d. Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Capa • Bob Wolfenson 5. Imagem: Vouge Brasil e. Fonte: http://www.welovemodels.com/?p=28567
FOTOGRAFIA Guy Bourdin: Tudo o que você tem que saber
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le influencia nomes como David LaChapelle, Nick Knight e David Lynch. Até Madonna se rendeu a sua linguagem e foi processada pelo herdeiro Samuel por copiar fotos do pai em seu clipe “Hollywood”, de 2004. Contemporâneo de Helmut Newton, Guy Bourdin é menos pop que o colega mas muito mais cult. O fotógrafo e ilustrador francês nasceu em 1928, em Paris, e foi abandonado pela mãe um ano depois. Viveu no Senegal, recrutado pelo exército francês, onde começou a ter aulas de fotografia. Voltando a Paris, virou pupilo de ninguém menos do que Man Ray e logo foi escalado pela “Vogue“
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francesa para rechear as páginas da revista com seu imaginário pra lá de erótico. As páginas pra Bourdin eram duplas, recheadas de sexualidade e violência, fugindo do óbvio nas cenas cotidianas. Como desenhista,
“Enquanto todos os anúncios são iguais, ele explora o olhar através de uma fechadura”. tinha total liberdade para criar. Pensava exatamente no peso de cada elemento e fazia inúmeros rascunhos antes de fotografar. Para Shelly Verthime, especialista no artista – e uma das autoras do
livro “A Message For You” (sobre o universo criativo do artista e sua parceria profissional com a modelo Nicolle Meyer, também autora da publicação) – a singularidade do trabalho dele está “na composição, cores, jogo de real e irreal, mistério e surrealismo: “Enquanto todos os anúncios são iguais, ele explora o olhar através de uma fechadura”. Guy Bourdin se tornou referência em publicidade através dos anúncios da marca de sapatos Charles Jourdan, pra quem contribuiu durante 14 anos. Sua identidade é tão forte que é impossível alguém ter passado pelos anos 70 sem notar suas campanhas.
Surrealismo registrado com luz Bourdin passou boa parte de sua juventude vivendo o pós-guerra em Paris. Em 1954, entrou para a Vogue francesa, onde trabalhou por mais de 30 anos. Nos anos 1970, o fotógrafo já aparecia nas páginas das principais revistas de
moda do mundo. Trabalhou também para a Harper´s Bazaar e fotografou campanhas publicitárias para as marcas Chanel, Issey Miyake, Emanuel Ungaro, Gianni Versace, Loewe, Pentax e para a loja de departamentos Bloomingdale´s.
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Biografia Jr. Duran Josep Ruaix Duran, conhecido como J.R. Duran, (Barcelona, 22 de julho de 1952) é um fotógrafo brasileiro nascido na Espanha. No Brasil desde 1970 e com estúdio montado em São Paulo, a partir de 1979, começou a fotografar para revistas de moda como Vogue e Elle Brasil . Ao mesmo tempo começou a trabalhar para agências de publicidade como DPZ, McCann, Thompson, Talent para clientes como Johnson & Johnson, General Motors, Volkswagen, Souza Cruz, British
American Tobacco e outros. Em 1984 realizou sua primeira exposição, Beijos Roubados, na Galeria Paulo Figueiredo, em São Paulo. Ganhou sete prêmios Abril de Jornalismo. Foi capa da edição nacional da Veja em
janeiro de 1988, com o titulo O Mago das Lentes. Tem ensaios a respeito de seu trabalhos publicados nas revistas Forum (alemã), Zoom (edições francesa, italiana e japonesa), Man (espanhola) e Photo (francesa). Em 1989 mudou-se para os Estados Unidos, onde trabalhou para Harper’s Bazaar USA, Elle (edições francesa, inglesa, italiana e espanhola), Mademoiselle, Glamour, Tatler, Vogue (alemã), assim como para agências de publicidade
como Grey Advertising, Saatchi & Saatchi, DDB e outras. Em 1994 realizou sua segunda exposição, Passageiro Distante, na Galeria São Paulo. Em 1995 voltou a viver no Brasil. Publicou os livros As melhores fotos e 18
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Fotos. Em 2000 lançou o romance Lisboa. No Brasil, realizou campanhas para Intelig, cigarro Charm, cerveja Kaiser, Embratel, Telesp, Banco do Brasil, cigarro Free, Antarctica, Martini, Motorola, Lojas Riachuelo, Credicard, Hering, Banco Real, Banco do Brasil, Banco Itaú, Telefonica, Sadia, McCafé. No mesmo ano inaugurou a exposição de fotografias JRDURAN, no Museu de Arte Brasileira da FAAP. Atualmente reside em São Paulo.
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Guerra, luz e sombras de Robert Capa A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, uma vez que aparece a fotografar Leon Trótski, no meio de múltiplas dificuldades, durante um congresso em Copenhaga. O aparecimento do nazismo e a religião judaica de Robert fazem com que em 1932 ele tenha que deixar Berlim, dirigindo-se para Viena e depois, Paris. Em 1934 encontra Gerda Taro, e no ano seguinte ambos criam o personagem Robert Capa, repórter mítico de nacionalidade estado-unidense, pelo que André Friedmann se declara associado a Gerda Taro, sua primeira namorada, também fotógrafa-produtora. O nome de Robert Capa de repente fica célebre e, logo que se descobre que ele se serve de um pseudônimo, a notoridade do repórter está assegurada. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil em Espanha, onde Gerda encontra a morte no ano seguinte. Em Junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D. Depois da guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947). Nos primeiros tempos, ocupa-se na organização da estrutura, partindo em seguida para o “terreno”. Robert Capa fotografou a Guerra Civil Espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto (“A morte do soldado legalista”), a Guerra Civil Chinesa e a II Guerra Mundial com
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lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX. Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar sobre uma mina terrestre. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas. A câmera permanecia entre suas mãos.
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Iniciou a carreira ao 16 anos como assistente de fotografia na Editora Abril onde permaneceu por quatro anos. Em 1974, passou a trabalhar como free-lancer, fazendo algumas revistas técnicas da Editora Abril, como Químicos e Derivados, Máquinas e Metais. As fotos eram de empresários – o famoso boneco, na linguagem jornalística. Em 1978, montou seu primeiro estúdio e estudou Ciências Sociais. Em 1982 mudou-se para Nova Iorque, trabalhou como assistente do fotógrafo norte-a-
mericano Bill King. De volta ao Brasil, sua carreira tomou novo rumo e, a partir de 1985, começou a fazer editoriais para diversas revistas. A consagração como fotógrafo veio após a exposição Jardim da Luz, em 1996, no Museu de Arte de São Paulo. Foi responsável por vários ensaios para a Playboy e diversas capas e editoriais de moda. Em 2004 realizou a exposição Antifachada - Encadernação Dourada no Museu de
Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado, e suas fotos passam a pertencer a diversas coleções, museus e instituições de arte. MAB - FAAP Atualmente é considerado por muitos como um dos maiores fotógrafos da América Latina. Bob Wolfenson fotografou dezenas de top models, fez muitas campanhas publicitarias importantes apesar de ser essencialmente um artista. Atualmente Bob Wolfenson é co-editor da revista da qual ele mesmo é co-criador, a S/N (lê-se Sem Número).
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FOTOGRAFIA W. Eugene Smith O fotógrafo norte-americano W. Eugene Smith (1918-1978) é um clássico – uma unanimidade pela obra que produziu e pelo que representa para a fotografia jornalística
e editorial. Smith se notabilizou com as reportagens que fez para a revista LIFE entre as décadas de 1940 e 1950. Durante a Segunda Guerra Mundial,
estava na mítica batalha de Iwo Jima, cobrindo a ofensiva norte-americana no Japão. Suas fotos de guerra impressionam pela forma como ele se aproximava do com-
bate e mostrava o terror. Smith, por fim, sofreu um grave ferimento que o fez passar por mais de trinta cirurgias. Foram, porém, suas reportagens com temas sociais que o tornaram uma referência na história da fotografia. Com ele, a fotografia humanística se personifica. Em 1952, Smith publicou na LIFE o seu mais famoso ensaio: Aldeia Espanhola. A reportagem mostrava a rotina medieval de uma vila na Espanha, Deleitosa, durante o governo do ditador Franco. A reportagem retratava a pobreza e o modo precário como os moradores do interior da Espanha viviam naquele período. A reportagem teve uma
repercussão imensa pelo destaque que a LIFE lhe deu. Fotógrafo completo, Smith entrou na agência Magnum Photos em 1955 e continuou produzindo grandes ensaios. Ficava imerso durante meses, até mesmo anos, em um mesmo tema. Seguindo o lema humanista do fotógrafo, a Fundação Eugene Smith premia, desde 1979, fotógrafos com bolsas para o desenvolvimento de ensaios com temas sociais. .
FOTOGRAFIA
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FOTOGRAFIA
Richard Avedon
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ilho do fotógrafo russo Jacob Israel Avedon, estudou filosofia, por um breve período, na universidade de Columbia, em Nova Iorque, e tornou-se em 1941 Co-editor da revista The Magpie. Cumpriu o serviço militar entre 1942 e 44, após o que, foi estudar com Alexey Brodovitch no laboratório de design da New School for Social Research, em Nova Iorque. Em 1945 tornou-se fotógrafo da Harper’s Bazaar, e até ao fim da década fotografou também para a Theatre Arts e para a revista Vogue. Em 1957 trabalhou na fotografia e foi consultor visual do filme “Funny Face” de Stanley Donen, nomeado para 4 Oscar’s da Academia de Hollwood, e com Audrey Hepburn e Fred Astaire nos principais. Esta colaboração não foi casual, pois o filme é baseado na carreira de Avedon e a personagem de Fred Astaire e inspirada directamente no fotógrafo nova-iorquino. Apesar de já merecer um filme, a sua carreira não se encontrava nem a metade, e assim, após ser reconhecido pela Popular Photography em 1958 como um dos 10 melhores fotógrafos do mundo, Richard Avedon publicou a meias com o famoso escritor Truman Capote o livro “Observations”, e mais
FOTOGRAFIA tarde “Nothing Personal”, com texto de James Baldwin. O seu trabalho esteve exposto no instituto Smithsonian em Washington no início da década de 1960, e após fotografar o movimento sulista dos direitos civis em 1963, tornou-se fotógrafo da revista Vogue, à qual se manteve fiel durante
exposião com fotos do seu pai, intitulada naturalmente, “Jacob Israel Avedon”. Durante a década de 1970, fotográfa no Vietnam, e após regressar é alvo de mais uma série de exposições e de convites para ilustrar livros com as suas imagens, bem como duas publicações nos Estados Unidos
prémios por realizar um anúncio para televisão, entre eles o prémio de excelência atribuído pela empresa do inventor do rolo fléxivel e responsável pela massificação da fotografia, a Eastman Kodak. Em 1989 recebeu um Certificado de Reconhecimento atrbuido pela Universi-
mais 34 anos. Depois de fotografar o movimento antiguerra na América do final dos anos ’60, Avedon regressa às exposições quase uma década depois, desta feita no Minneapolis Institute of Arts, no estado do Minnesota, e 4 anos depois, em 1974 organiza no Museum Of Modern Art (MoMA) em Nova Iorque uma
com retrospectives do seu trabalho. Em 1982 passa a fazer parte da “Hall of Fame” do Art Director’s Club em Nova Iorque, e em 1985 publica mais um livro, desta feita intitulado “In The American West”. Ainda no mesmo ano, começa a trabalhar em colaboração com a revista francesa Egoïst, e recebe uma série de
dade de Harvard, e durante a década de ’90, continuou a trabalhar, e a expor em diversos sítios recebendo inúmeros prémios de carreira e de mérito. Em ’93 publicou uma autobiografia, e no ano seguinte o livro “Evidence”, vencedor do prémio de melhor livro de fotografia do ano, atribuído pela Biblioteque Nationale. Neste mesmo
ano, recebe também um Doutoramento Honorário da Parsons School of Design em Nova Iorque. No final da década publica o livro “Avedon: The Sixties”, que conta com os melhores retratos feitos na década de ’60, uma verdadeira viagem visual ao interior de quase todas as personagens que marcaram aquela que culturalmente, foi um das décadas mais ricas do século. No novo milênio, Avedon continua a receber prémios em todo o mundo com uma regularidade impressionante. Publica em 2001 o livro “Richard Avedon: Made in France” e continua a ser alvo de inúmeras exposições baseadas no seu trabalho recente e nos seus trabalhos mais antigos. No ano antes de morrer, em 2003, Richard Avedon representa o papel de Mr.Apology na peça de Alec Wilkinson “Mr. Apology”, de novo na cidade onde nasceu, em Nova Iorque. Recebe o prémio do 150º aniversário da Royal Photographic Society e mais dois prémios de carreira até falecer, a 1 de Outubro de 2004, em San Antonio no Texas, longe da sua terra natal, mas irónicamente enquanto trabalhava para a revista “The New Yorker”. .
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