Ano XXI - nº 246 Novembro 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
Impressoras 3D se firmam cada vez mais no mercado de impressão e viraram mania nos mais variados setores. Entenda essa tecnologia e como ela pode tornar seu negócio mais completo
A PEÇA QUE FALTAVA Especial Descubra como a comunicação visual se reinventou através de aplicações diferenciadas e improváveis
FutureTEXTIL Conheça a mais nova atração que a Serigrafia SIGN preparou para você!
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08 Mercado: Um giro nas principais
notícias do setor! Ano XXI - nº 246 Novembro 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
10 FutureTEXTIL:
Fique por dentro da mais nova exposição da Serigrafia SIGN 2016
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12 Decoração:
Te contamos como diferenciar os ambientes corporativos e escolher a melhor decoração para cada um deles
Impressoras 3D se firmam cada vez mais no mercado de impressão e se tornam mania nos mais variados setores. Entenda essa tecnologia e como ela pode tornar seu negócio mais completo
18 Capa:
A PEÇA QUE FALTAVA Especial Descubra como a comunicação visual se reinventou através de aplicações diferenciadas e improváveis
FutureTEXTIL Conheça a mais nova atração que a Serigrafia SIGN preparou para você!
Design de Capa: Emerson Freire
Colaboradores
Desmistificamos a impressão 3D e mostramos como essa tecnologia pode elevar sua empresa a outro patamar
26 Especial:
Veja como aplicações na comunicação visual evoluíram com cases malucos e muito criativos!
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36 Publicidade exterior:
Descubra os motivos que levaram Belo Horizonte se tornar a capital dos painéis de LED no Brasil
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Eduardo Yamashita Consultor técnico para o mercado de comunicação visual
Fabio Kenji Tanaka Consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital
João Orlando Vian Consultor Executivo do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico
Veja + Tiago Capatto
06......................................................................................................... Editorial
CEO Fundador da
17.................................................................................... Infográfico Decoração
Impressão 3D Printer
24 e 25.....................................................................................Infográfico Capa 40................................................................................................................Vinil 42.................................................................................... Índice de anunciantes
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Ano XXI - nº 246
ditorial
Criar + atividade =
CRIATIVIDADE
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criatividade é uma coisa muito maluca. Em primeiro lugar, porque é difícil de ser ensinada – normalmente é estimulada. Em segundo lugar, é que geralmente o criativo é dessa forma quase 24 horas por dia, com ideias indo e voltando a todo o momento e nos momentos mais inusitados possíveis. Mas afinal, o que torna uma pessoa criativa? Se você busca produzir, criar ou inventar coisas novas, não seguindo normas pré-definidas e deixando de imitar o que a grande maioria faz, palmas: você é um criativo! Essa habilidade, que pode ser aplicada em tudo quanto é área da nossa vida, também é um baita diferencial para que você busque notoriedade em algo. E é com a ideia de mostrar que a vida imita a arte e a comunicação visual as duas, queremos provar o quanto a criatividade pode te levar a deixar de ser mais um para ser lembrado como alguém ímpar com esta edição da Revista Sign #246! E sabe qual é a tecnologia que recentemente explodiu no mundo da impressão, que virou mania e vem revolucionando o mercado justamente por explorar tudo o que sua imaginação pode oferecer? A impressão 3D, que é o tema da nossa matéria de Capa. Nela, desmistificamos os principais segredos dessa “nova” solução, as ocasiões em que ela pode ser útil em nosso mercado e toques para identificar quando vale adquirir uma. E a fim de provocar a sua imaginação e forçar sua capacidade criativa, o Especial desta edição mostra como a comunicação visual vem sendo aplicada de um modo, digamos, diferente. Para ilustrar, separamos 10 cases onde quatro especialistas da área fazem análises para destacar os diferenciais destes trabalhos e assim, despertar em você um ponto de vista para tua cabeça bombar! E para provar que a criatividade está em alta também na impressão digital em tecido, apresentaremos a você a mais nova atração da feira Serigrafia SIGN 2016: a FutureTEXTIL, espaço que irá sacudir a cabeça do público do evento. Derivada do latim creare, a competência da criatividade, segundo muitos teóricos, além de ser considerada uma capacidade humana de valor universal, também é uma das responsáveis pela evolução da própria humanidade. O mais fascinante é que cada um pode desenvolver essa aptidão, sabia? Afinal, todo ser humano possui pensamento criativo em diferentes habilidades, bastando somente encontrar a área certa para que as ideias possam fazer a diferença. A verdade é que a criatividade é algo que todo ser humano possui e diretamente ligada aos talentos que possuímos. A questão é colocarmos ela para fora e criar atividades para testar o raciocínio, pois no fim das contas, aumentar a criatividade nada mais é do que exercitar seu pensamento. E estamos aqui para isso! ;-) Excelentes criações, belas atividades e arrebente com sua criatividade. Boa leitura! Léo Martins
Novembro 2015
President Informa Group Latin America Marco A. Basso Vice President Informa Group Latin America Araceli Silveira Group Director José Danghesi Show Manager Cíntia Miguel cintia.miguel@informa.com Representante Comercial Simoni Viana simoni.filla@gmail.com Gestão editorial - Venga Conteúdo Coordenador de Publicações Marcelo Tárraga marcelo@vengaconteudo.com.br Editor Léo Martins leonardo@vengaconteudo.com.br Redação Thais Ito thais@vengaconteudo.com.br Arte Emerson Freire emerson@vengaconteudo.com.br Atendimento ao cliente e assinante Rosi Pinheiro trafego@vengaconteudo.com.br (11) 2276-1112 Periodicidade Mensal Impressão Maxi Gráfica
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IMPRESSÃO A INFORMA EXHIBITIONS, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC® (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica - certificada na cadeia de custódia - FSC®. A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.
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ercado
Para ver essas e outras notícias do setor, acesse
www.signsilk.com.br Sim, ela foi criada na Itália. Batizada de Olo 3D, o equipamento possui apenas sete componentes internos e funciona com um aplicativo responsável pelo controle e manipulação de arquivos. A Olo irá operar nas plataformas Android, Windows Phone e iOS.
Kalunga aposta em novos serviços gráficos
Bisgràfic/Flickr
A Kalunga inaugurou a Kalunga Copy & Print, gráfica que oferece serviços de pequeno e grande volume em impressão digital. Com investimento de R$ 3 milhões, o projeto piloto foi instalado em Moema, bairro de São Paulo. A ideia é levar o serviço para as 150 lojas da empresa.
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Inca Digital lança nova série de UV A Inca Digital lançou a série Onset X, que fornece impressoras de mesa jato de tinta UV para grandes formatos. Disponibilizada em três modelos - Onset X1, X2 e X3 -, a linha permite usar substratos de até 3,22m x 1,6m com espessura de 50mm, também conta com um recurso que permite incorporar até 14 canais de tinta. Os equipamentos possuem cabeças de impressão Dimatix, da Fujifilm, e uma mesa de vácuo maior, com 25 zonas e sistemas de controle UV, que elimina o encobrimento da mesa para substratos de qualquer tamanho, reduz o tempo de configuração para substratos POS padrão e aumenta a produção da impressão de curto prazo. Outros recursos da série X incluem sistemas de obturador que protegem os cabeçotes de impressão do dano por UV; limpeza automática de substrato usando um sistema de rolo adesivo para remover resíduos; e novo design de rolo para impressão em papel corrugado que prensa o substrato na mesa de vácuo para garantir. Inca Digital/Divulgação
Olo 3D/Divulgação
Já está liberado o credenciamento para a Serigrafia SIGN 2016! Os interessados em participar da maior feira de serigrafia, comunicação visual, impressão digital, impressão têxtil, sinalização, sublimação, brindes, material promocional e personalização já podem realizar o cadastro no site do evento, e ainda receber a credencial no endereço indicado. Para se inscrever, o participante deve acessar o www.serigrafiasign.com.br e clicar na aba “Credenciamento”. Se você já possui cadastro, basta inserir o e-mail e a senha registrados. Para novos usuários, selecione a categoria desejada (Empresa ou Profissional Autônomo). A aba “Empresa” vale para profissionais brasileiros de empresas do setor, enquanto “Profissional Autônomo” é direcionada para quem não possui CNPJ. Também é possível utilizar a ferramenta LinkedIn para se credenciar. O evento acontece entre os dias 3 e 6 de maio de 2016, das 13h às 20h no Pavilhão Anhembi, em São Paulo.
Arquivo RSG
Serigrafia SIGN abre credenciamento para edição 2016!
Impressora 3D controlada por smartphone?
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Estudo revela projeção de vendas para impressão 3D até 2019
Envelopamento em avião celebra os 80 anos de Maurício de Sousa
Limpeza é o foco de novo produto de vinis
Para comemorar o aniversário de 80 anos de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, a Avianca Brasil, companhia aérea nacional, faz uma grande homenagem para o cartunista, utilizando criatividade e envelopamento! A empresa envelopou um Airbus A320 com vinil autoadesivo na lateral da aeronave com os principais personagens da turma, tais como a Mônica, Magali, Cascão, Cebolinha, Bidu, Horácio, entre outros que fazem parte da série. O mais interessante é que Maurício de Sousa aparece como “o cabeça”, ou seja, como piloto de toda turma. O interior do avião também foi inteiramente decorado com vinil com elementos que remetem a série. Os compartimentos de bagagem, assim como as portas do banheiro, espelhos e mesas foram personalizados com as ilustrações dos personagens do desenho. Para conferir mais imagens do avião, acesse o www. signsilk.com.br. Avianca/Divulgação
Avery Dennison/Divulgação
A Avery Dennison divulgou a linha de produtos Supreme Wrap Care para limpeza e proteção do vinil. A Clear mantém a aparência dos vinis e remove sujeiras suaves; a Power Clear, que elimina dejetos resistentes; e a Sealant para uma camada para facilitar a limpeza.
EFI realiza parceria com empresa de softwares de embalagens
Tinta com nanotecnologia é a nova aposta sustentável
USP Imagens/Fotos Públicas
A EFI incluiu a Corrugated Technologies Inc. (CTI) à sua unidade de negócios. A CTI, que fornece softwares de produção para o segmento de embalagens corrugadas, une-se ao portfólio de MIS, Web-to-Print, produtos de valor agregado e serviços de consultoria empresarial.
Arquivo RSG
Com pensamento no segmento sustentável, a Nano Digital Solutions (NDS) está desenvolvendo a NanoTinta Digital, produto que possui a nanotecnologia. Duas linhas estão sendo desenvolvidas para impressoras digitais, sendo uma roll to roll e outra em cama plana. Ambas terão como fluidos a NanoTinta Digital. Segundo a empresa, os principais diferenciais do novo produto são a fixação sobre praticamente todos os materiais, resistência a água, gordura e temperaturas elevadas, além de ser ecologicamente correta - a tinta não leva solvente. O produto, que ainda tem capacidade de imprimir em menos de 250 nanométricos e imprimir em superfícies como vidro, neoprene e acrílico, está sendo trabalhado pela empresa para que sua licença seja comercializada para os principais fabricantes de tintas do mercado.
A Kiian Digital anunciou a chegada da Digistar Evo, desenvolvida para cabeça de impressão Epson e criada especialmente para o mercado chinês. Segundo a empresa, o produto oferecerá impressão de alta definição, além de uma boa gama de cores e secagem rápida. Horia Varian/Flickr
Creative Tools/Flickr
A consultora tecnológica Gartner divulgou um estudo no site CIO sobre as impressoras 3D. Segundo a empresa, a quantidade de equipamentos, em 2016, chegará a quase 470 mil unidades. Número 103% maior, comparado com 2015 (estimativas apontam mais de 244 mil impressoras produzidas neste ano). Se essa toada for seguida, com os números dobrando a cada ano, a ideia é que até 2019, cerca de 5,6 milhões de máquinas sejam vendidas – com destaque para a venda de impressoras para iniciantes. Os preços também são influenciados de maneira direta pela evolução dos equipamentos. Atualmente, é possível encontrar impressoras de até US$ 1.000. É bom lembrar que as impressoras mais baratas corresponderão a 25,5%. Já em 2019, a projeção é que esse número chegue a 40,7% do total.
Kiian Digital anuncia novidades internacionais
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Seja bem-vindo ao futuro
do mercado têxtil Conheça a FutureTEXTIL, primeira exposição da América do Sul dedicada a impressão digital têxtil. É a Serigrafia SIGN inovando mais uma vez
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sucesso da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 foi notório. Durante os quatro dias de evento, mais de 46 mil visitantes passaram por seus 40 mil m² para conferir de perto as novidades que
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650 empresas expositoras apresentaram nas áreas de serigrafia, comunicação visual, sinalização, impressão digital, materiais promocionais, brindes, personalização, sublimação e impressão têxtil. Dentro desses números, destaca-se o grande crescimento que esse último setor obteve dentro da feira e no mercado. Para se
ter uma ideia, a 25ª edição do evento registrou que, do total de visitantes, 6.500 trabalhavam com confecção e estamparia e, cerca de mil, pertencem à indústria têxtil e tecelagem. Baseado nesse sucesso e com a procura gradativa do público por novidades nesse ramo a versão 2016 da
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feira ganhará um espaço inteiramente focado nesse segmento: o FutureTEXTIL! Considerada a primeira exposição na América do Sul totalmente dedicada à tecnologia de impressão digital têxtil, a FutureTEXTIL é resultado da parceria entre a Informa Exhibitions, organizadora da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL - que com o novo evento, passará a se chamar somente Serigrafia SIGN - e a World Textile Information Network Ltd (WTiN), famoso portal de segmento têxtil. “Já há essa tecnologia na feira. Como a procura aumentou por parte dos visitantes, em saber mais sobre essa tecnologia, assim como os expositores que também estão investindo nesses equipamentos, resolvemos criar esse espaço”, comenta Cíntia Miguel, Show Manager da feira. A ideia é que o evento, como um todo, atraia novos visitantantes do varejo têxtil e o público que se relaciona com essa área. “Dentro do espaço, esse público poderá conferir de perto um local diferenciado para a área e
Quem deve expor? • Fabricantes e distribuidores de rolo a rolo, Direct-To-Garment, equipamentos auxiliares e tintas • Fornecedores de softwares relacionados e soluções de gerenciamento de cores • Fornecedores de consumíveis, incluindo tecidos e vestuário para impressão e papéis de transferência • Consultores • Serviços de informação B2B • Associações e instituições
Perfil dos visitantes • Confecções • Estamparias • Indústria têxtil • Tecelagem • Varejo têxtil
toda uma estrutura moderna que reforçará ainda mais a proposta do FutureTEXTIL”, acrescenta Cíntia. Um dos principais fatores para a criação do FutureTEXTIL é a procura do público por soluções específicas ao segmento. De acordo com pesquisa realizada na Serigrafia SIGN 2015, o interesse do visitante ficou dividido em: • 22% estamparia digital • 19% soluções para sublimação • 17% buscaram tecidos para impressão digital • 9% queriam equipamentos têxteis Outro ponto que originou o evento são os números do mercado brasileiro, segundo o WtiN Analytics Digital Têxtil, o Brasil emergiu como líder na tecnologia digital têxtil por apresentar os seguintes dados: • Mais de 40 milhões de m² de tecido impresso em 2015 • Taxa de crescimento anual de 16% + • Um dos primeiros países a adotar a tecnologia de impressão de produção rápida • Apresentação de pontos fortes em tintas para sublimação e impressão reativa Mark Jarvis, diretor do WtiN, comenta que a demanda por tecidos para vestuário impressos tornou o Brasil um dos principais centros do mundo para investimento em impressão digital têxtil, colocando o País como um dos primeiros a adotar a
SERVIÇO - FutureTEXTIL Data: de 3 a 6 de maio Horário: das 13h às 20h Local: dentro da feira - na Serigrafia SIGN, no Pavilhão do Anhembi Endereço: Avenida Olavo Fontoura, 1209, Santana – São Paulo - SP Mais informações: outras notícias relacionadas ao evento serão publicadas em www.signsilk.com.br e www.serigrafiasign.com.br.
mais recente tecnologia de impressão super-rápido. “Como resultado, temos visto um crescimento espetacular da produção, que continua impressionante, mesmo no contexto econômico atual”, indica. “E a nossa ideia é justamente ampliar ainda mais esses números. Por isso, criamos o espaço para o público que é formador de opinião, tais como o varejo têxtil, que precisa conhecer melhor essas novidades e enxergar possibilidades por intermédio delas”, reforça Cíntia. Para atingir este objetivo, a FutureTEXTIL, basicamente, irá expor tudo, não só tecnologias que interessem ao setor, mas também aplicações em que essas soluções possam fazer a diferença, como peças de roupas prontas. O intuito é atrair os formadores de opinião do mercado. “Com tudo o que for visto por lá, esse público poderá disseminar o uso da tecnologia de impressão digital textil e suas vantagens como qualidade, produtividade, etc”, resume Cíntia. O novo espaço ainda contará com mais uma edição do Digital Textile Conference, que será recheado de palestras internacionais e nacionais. “O FutureTEXTIL será um ambiente único, focado somente na área têxtil, e dentro da própria Serigrafia SIGN. O visitante poderá aperfeiçoar seu conhecimento dentro desse setor e melhorar ainda mais os serviços de sua empresa”, garante Cíntia.
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Escritórios para todos os gostos Mercado em que seu cliente atua irá determinar o tipo de decoração coorporativa que o local irá receber. Confira dicas, tendências e demandas desse mercado em diferentes tipos de negócios www.signsilk.com.br
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ério ou descolex, dinâmico ou tranquilo, austero ou divertido - como você quer se apresentar ao mercado? É assim que designers de interiores buscam entender o que cada cliente deseja transmitir nos ambientes corporativos. E, por mais que o ímpeto de ser “tudo-junto-agora” persista, nenhuma empresa quer ser retratada como um Frankstein. Portanto, o desafio é definir o foco: ou seja, estender ao espaço as peculiaridades e mensagem que tornam aquela marca única. Cada segmento tende a seguir uma linha comum a todos. “Um consultório odontológico, por exemplo, costuma buscar uma decoração mais clean. Se for para atendimento infantil, procuram temas mais lúdicos para que a percepção da criança que tem medo seja diferente”, enfatiza Felipe Selegatto, sócio da FCinco Soluções Gráficas e Comunicação. “Já num escritório de advocacia
costumamos trabalhar tons mais sérios, enquanto em agências de comunicação, é tudo mais despojado, às vezes usando até frases motivacionais para estimular o ambiente de trabalho.” Contudo, as características que regem cada setor não são inflexíveis. Além disso, o que especialistas ressaltam é o que todos os espaços corporativos trazem em comum: a necessidade de ter sua identidade visual agregada à ambientação. “É imprimir a história da empresa na atmosfera corporativa”, define a designer de interiores Bianka Mugnato, da Interart. Para isso, a escolha adequada de recursos visuais é imprescindível. “Todo produto tem uma carga psicológica. A madeira escura passa uma imagem mais austera, enquanto o espelho transmite outra atmosfera. Já o vinil passa um ar mais descolado.” Além de dominar o efeito de cada material, é importante compreender o funcionamento da empresa. “Até no
processo organizacional, o design de interiores entra para entender a dinâmica do ambiente para criar recursos que facilitem o trabalho diário, através de recursos de privacidade, dinamicidade e segurança”, explica a designer. Nesse contexto, os birôs encontram um grande filão para atuar. “A impressão digital é um recurso que tem mil possibilidades de criar uma atmosfera para poder endossar a ideia principal daquele ambiente”, garante Bianka. Para ilustrar essa versatilidade, ela imagina um ateliê de alta costura, onde poderia imprimir na parede modelos do século XVIII em sépia para estampar no corredor um caminho cronológico até modelos contemporâneos. Ainda no exercício criativo, a designer sugere uma loja de surfwear onde uma imagem temática com resolução de alta qualidade poderia envolver o cliente em uma atmosfera praiana. Ela relembra, ainda, que outros elementos podem complementar a composição, como cheiro,
Nesta clínica, a imagem da água foi adotada para “criar a sensação de profundidade e relaxamento na
Dabus/Divulgação
sala de massagem e procedimentos estéticos”, segundo Heloisa, da Dabus Arquitetura
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Dicas:
como potencializar sua atuação
Ofereça tudo: todo mundo procura qualidade, pontualidade no atendimento e um retorno eficaz e rápido. Não pare nunca: compartilhe conhecimento, pesquise novos materiais para indicar ao cliente e demonstre caminhos para aplicá-los de maneiras diferentes. Mostre o caminho: oriente sobre os modelos de impressão mais adequados de acordo com cada material. Novas dimensões: ajude a redimensionar as imagens de seu cliente de acordo com o tamanho escolhido através da vetorização de imagens. Fique esperto: aproveite oportunidades para oferecer ideias. Uma simples consulta sobre adesivo pode se desdobrar para projetos especiais, como persianas, estofados, quadros, entre outros.
Dabus/Divulgação
Fontes: ABD, Dabus Arquitetura e Lotus Sign
iluminação e recursos táteis, como materiais que imitem a madeira.
Imagens desenhadas e dimensionadas para a clínica pediátrica
“O desafio é transmitir a essência da empresa de tal forma que o ambiente seja único e personalizado”, conclui Bianka. “O escritório tem que passar mais do que estética: desde a papelaria até a sinalização, todo o ambiente deve transmitir a segurança de que o serviço oferecido ali será cumprido.”
Materiais
da moda
As demandas variam, mas em geral, é recorrente o uso de papel de parede vinílico lavável impresso digitalmente com temáticas personalizadas, além de adesivo recortado a laser que imita vidro jateado para divisórias. “Também usamos impressão sobre material com textura canvas, que dá o efeito de pintura a óleo, mas com um custo muito mais reduzido e a possibilidade de escolhermos exatamente a imagem e o tamanho mais adequado
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para o espaço”, expõe a arquiteta Heloisa Dabus, da Dabus Arquitetura. Às vezes, como mencionado anteriormente, o local dita certas exigências. Em um banco ou escritório de advocacia, por exemplo, é comum trabalhar com paredes antirruído, pois são ambientes que lidam com temas sigilosos, conforme destaca a diretora da Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), Noura Van Dijk. “Já em locais médicos, é preciso levar em consideração que a higienização precisa ser prática”, complementa. “Usa-se muito a pintura tipo resina, emborrachado vinílico e pintura lavável.” Algumas empresas de comunicação visual apontam a saída volumosa
de adesivo, jateado e letra-caixa, como no caso da Lotus Sign. De acordo com seu porta-voz, Marco del Giudice, o papel de parede é uma tendência, “especialmente livre de PVC”. Selegatto, da FCinco, acrescenta que, por conta do custo benefício, o ambiente corporativo acaba absorvendo mais o adesivo de impressão com película jateada, que tem a função de proteger e prolongar a vida útil. “Por exemplo, em espaços em que há crianças, se elas escreverem algo sobre o adesivo, é só passar um álcool para remover o desenho”, esclarece. Outro material com saída frequente na FCinco é a película imantada. “É um adesivo imantado sobreposto ao ade-
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divulgação/Interart
divulgação/Interart
divulgação/Interart
“A impressão digital é um recurso que tem mil possibilidades de criar uma atmosfera para poder endossar a ideia principal de um ambiente corporativo”, assegura a designer Bianka Mugnato
Para registrar logo na entrada desse consultório dermatológico, foi impresso um rosto feminino para simbolizar a delicadeza, a beleza feminina e a pele tratada. “Cogitamos algumas alternativas como quadros, telas, laminado melamínicos, ou em back light”, relembra Bianka. “Junto com a cliente e o birô que a assessorava, ficou definido que seria um adesivo fotográfico, em
Noura Van Dijk Interior Design/Divulgação
P&B, sobre parede em tinta acrílica.”
sivo convencional e permite a aplicação de ímãs com fotos, recados, entre outros”, ilustra. Assim, o usuário pode brincar e alterar o layout sempre que quiser, pois tem uma opção mutante que não requer a impressão de outra arte. Por fim, ele cita o adesivo de recorte, também popular e acessível, comumente utilizado para formar frases. “Dá uma infinidade de opções decorativas porque pode personalizar o que quiser: parede, mesa, abajur, etc.”
Noura Van Dijk Interior Design/Divulgação
Novas
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oportunidades
A cada nova tendência, as portas se abrem para que os birôs apresentem suas soluções, novidades ou até para que se reinventem. Uma delas é a do open space: os escritórios estão abrindo seus ambientes para unir as pessoas e permitir que a informação flua com maior rapidez. É o que expli-
Brinquedoteca e sala de massagem de edifícios também podem ser um prato cheio para birôs aplicarem seu trabalho
ca Noura, da ABD. “Haverá cada vez menos paredes e mais integração entre profissionais”, diz. Isso significa que as salinhas com portas estão com os dias contados e darão lugar a paredes mais amplas (olha a oportunidade aí!). Outro exemplo são os ambientes de relaxamento. Ainda de acordo com a representante da ABD, faz algum tempo que o setor tem aderido à onda de proporcionar aos seus funcionários um ambiente de descontração onde possam recarregar as energias. Ali, valem assentos mais confortáveis, espaço para café, jogos e poltronas “que te abracem”. “Podemos estampar nas paredes imagens relaxantes, como bambuzais, referências ao infinito, pôr do sol ou algo que remeta à natureza”, explica. Deixe os clientes descansarem... Enquanto isso, ligue sua criatividade, estude as possibilidades que seus materiais e serviços oferecem para o setor e aumente suas chances nesse mercado. Bons negócios!
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Como um espaço é transformado? Pegar um ambiente vazio e deixa-lo com a cara da empresa pode ser uma tarefa simples, se você souber como proceder. Entenda o passo a passo desse processo e saiba como se dar bem nesse meio
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Entender o sistema organizacional e as necessidades da empresa, seja para realizar a reforma, formular o novo ambiente ou criar um novo espaço.
2 Este é o momento de os birôs mostrarem o que tem de melhor!
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Cruzar essas informações com o histórico da empresa e identificar problemas e soluções, visando os objetivos de crescimento e/ou reposicionamento de cada departamento, seja a diretoria, o RH, o comercial, o financeiros, entre outros. Compilar todas as informações para gerar um ou mais layouts.
Desenvolver a parte de comunicação e atmosfera visual junto com as agências de comunicação, birôs e equipes de design de interiores, arquitetura e arte. São avaliadas as melhores opções de papelaria, cores, tipologia de letra, paredes, materiais, etc.
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Apresentar o layout em perspectiva 3D a todos os departamentos do cliente. Uma vez aprovado, as equipes de design de interiores, arquitetura e arte desenvolvem o projeto préexecutivo, que envolve a parte técnica de telefonia, iluminação, revestimento, acústica, automação, entre outros. Esse projeto é submetido novamente à avaliação do cliente. Após aprovado, o projeto é executado.
Fonte: Interart, primeiro escritório brasileiro de design de interiores a receber o ISO 9001
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3D: uma
revolução nas
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suas mãos
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A Thais Ito
impressão 3D tem a minha idade. Ambas nascemos em 1984. Embora não seja atual, essa tecnologia mantém ares de novidade e vem ganhando fãs no mundo inteiro em ritmo acelerado - como eu #sóquenão. Um boom crescente, uma revolução industrial, um forte aliado: essas são algumas análises de especialistas que apontam um mercado promissor de infinitas oportunidades. Quer conhecer essa história? Então, venha com as “balzaquianas”! “Apesar de parecer nova aos nossos olhos, o mercado automotivo americano já usava a impressão 3D há muito tempo”, introduz Tiago Capatto, fundador e CEO do portal Impressão 3D Printer. “Claro que era algo muito caro e pouco acessível a 90% das empresas. Mas, para nós, sim, é uma grande e excelente novidade e abre horizontes para as mais diversas oportunidades. E estudos apontam que ela ainda tem muito a crescer.”
Com possibilidades ilimitadas, “nova tecnologia” causa abalo com suas características e desponta de vez no mercado de impressão. Especialistas apontam crescimento contínuo do setor e um mar de possibilidades para os birôs navegarem em criatividade
De fato, a previsão é animadora. Estima-se que as vendas mundiais de equipamentos cresçam 103% em 2016. Daí em diante, a ascensão acelera: a perspectiva é mais do que dobrar a cada ano até 2019, quando se prevê atingir mais de 5.6 milhões de unidades comercializadas. Os dados são da Gartner, consultoria especializada em tecnologia. Em entrevista exclusiva à Revista Sign, o vice-presidente de pesquisa da Gartner, Pete Basiliere, explicou que o crescimento se deve principalmente à expansão das aquisições para fins educativos e para uso pessoal. “Definitivamente, é uma tecnologia que veio para ficar e deve continuar crescendo, inclusive no mercado de comunicação visual - seja em termos de aberturas de novos birôs de impressão 3D como na inclusão cada vez maior desse serviço em birôs já existentes”, assegura. Aos empresários de primeira viagem, ele aconselha: “Primeiro, pergunte-se o que quer produzir. Isso determinará a tecnologia mais adequada e, consequentemente, o equipamento”.
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“É uma tecnologia que veio para ficar e deve continuar crescendo, inclusive no mercado de comunicação visual - seja em termos de aberturas de novos birôs de impressão 3D como na inclusão cada vez maior desse serviço em birôs já existentes”, garante o porta-voz da Gartner
“Criadores” e criaturas: impressão 3D oferece grande gama de atuação para
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o seu usuário
A democratização da impressão 3D vem ocorrendo mais intensamente de cinco anos para cá, segundo Luiz Fernando Dompieri, gerente geral da 3D Systems para a América Latina. “Até então, as únicas empresas que tinham acesso à tecnologia eram as grandes corporações que a utilizavam para fazer protótipos dos produtos antes de lançá-los”, relata o porta-voz da fabricante de impressoras. “Com a evolução da tecnologia e o barateamento, pequenas e médias empresas e até os consumidores finais passaram a ter acesso. Isso deu um boom no mercado e tornou a tecnologia mais conhecida.” www.signsilk.com.br
Para se ter uma ideia desse “estouro”, desde que começou a comercializar equipamentos para uso pessoal, há cerca de três anos, a 3D Systems do Brasil tem registrado um crescimento anual de vendas de até 30%. Além disso, acrescenta Dompieri, é um nicho que vem atravessando a tempestade econômica brasileira com certa tranquilidade, blindado basicamente pelo teor inovador da tecnologia.
Oportunidades Onde podemos aplicar a impressão 3D? A resposta é unânime: em todos os setores. “Na Europa, por exemplo, uma empresa especializada em
jardinagem a utiliza para usar na decoração, assim como empresas estudam a viabilidade de imprimir em chocolate e massas”, exemplifica Tiago Capatto. “A NASA quer levar uma impressora 3D de pizzas para o espaço.” Maria Bezerra, gerente de produto da AKAD, complementa com outros caminhos. “Muitas empresas e profissionais têm adquirido impressoras 3D de baixo custo para produzir protótipos, peças funcionais para testes, maquetes, fachadas, plantas baixa de edificações, peças exclusivas de design, miniaturas de móveis para demonstração, entre várias outras aplicações”, aponta. Para a executiva, estamos diante de uma revolução industrial onde a
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Por dentro das tecnologias A Extrusão é a tecnologia mais popular - e deve continuar sendo. De acordo com a Gartner, a taxa composta de crescimento anual (CAGR) dessa tecnologia será de 123% entre 2014 e 2019. É a única acima da média calculada entre as tecnologias avaliadas pela consultoria. Entenda como funciona cada uma das tecnologias e aprenda como tirar proveito delas.
Extrusão (FDM ou FFF) Neste processo há um extrusor, um bico aquecido que funde um filamento de algum termoplástico (como uma pistola de cola quente). O material derretido passa pela parte mais fina do bico e é aplicado sobre uma superfície, camada após camada, até formar o objeto 3D. É o processo mais comum atualmente por ser mais barato, embora a qualidade das impressões não seja alta.
Jato de Resina Neste processo, uma camada de material em pó é aplicada em uma câmara e, por cima desta camada, uma resina colante é aplicada. O objeto é formado dentro da câmara e fica imerso em pó. Apenas onde a resina foi aplicada há solidificação. Junto com a resina é possível aplicar pigmento de cor e este é o único processo que o objeto formado fica policromado. Por isso, ele tem sido muito usado em empresas que vendem o serviço de imprimir miniaturas 3D de pessoas. Após remover o objeto da câmara de pó, ele precisa ser curado por luz ultravioleta para ficar resistente. O material em pó geralmente é gesso.
Fusão em Cama de Pó (Selective Laser Melting - SLM) É similar ao processo de jato de resina por ser feito em uma câmara em que o material é depositado em finas camadas. No entanto, o pó é metálico e ao invés de colar o pó com resina, este é aquecido por um feixe de raios laser. As esferas de metal se juntam ao serem derretidas pelo laser. Este processo pode imprimir peças metálicas. É um processo lento e caro.
Stereolitografia (SLA) Neste caso, um feixe de raios laser é disparado em uma resina líquida. A energia da luz faz as moléculas separadas da resina se juntarem em uma estrutura, ficando sólidas. Esse processo é chamado foto-polimerização. O processo é repetido em camadas até o objeto ser formado.
Laminação de Folhas (LOM) Um material (como papel) é cortado por uma máquina parecida como uma plotter de recorte. Cada peça cortada é então colada camada após camada, formando o objeto tridimensional.
Sinterização Seletiva por Laser (SLS) Processo similar ao SLM, porém o material em pó é plástico.
Fundição por Feixe de Eletrons (EBM) Muito parecido com o processo SLM, porém, não usa feixe de raio laser. O metal é fundido por feixe de elétrons concentrado. Também é um processo lento e caro.
Extrusão (FDM ou FFF) Neste processo há um extrusor, um bico aquecido que funde um filamento de algum termoplástico (como uma pistola de cola quente). O material derretido passa pela parte mais fina do bico e é aplicado sobre uma superfície, camada após camada, até formar o objeto 3D. É o processo mais comum atualmente por ser mais barato, embora a qualidade das impressões não seja alta.
Fonte: Thiago Kunz, fundador e diretor da Garagem Fab Lab
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Para trabalhos com as máquinas, há mais de 200 tipos de materiais disponíveis, entre os quais os mais comuns são o plástico, um composto à base de gesso e alguns metálicos
produção tende a descentralizar. “Parte do que hoje é produzido em massa pela indústria será produzido de forma individual e personalizada pelas pessoas em suas casas”, diz. “O grande diferencial de uma impressora 3D é oferecer a liberdade para criar e testar imediatamente suas criações.” Nesse contexto, ela afirma, ainda, que o mercado de comunicação visual, sinalização e impressão digital tem tudo para se beneficiar, graças à sua versatilidade para atender áreas variadas. Por outro lado, é preciso pensar fora da caixa, conforme alerta Capatto. “Não podemos ter a mesma linha de pensamento que estamos usando
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com a comunicação visual atual - de folders e brindes, entre outros”, enfatiza. “Não. Isto é outro segmento e estaremos trabalhando mais com protótipos e peças. Algumas coisas podem ser até segredos industriais de empresas. Quanto mais a empresa puder investir em máquinas e principalmente em profissionais para trabalhar, mais chance elas terão em alcançar clientes maiores.”
Quer
pagar quanto?
Para calcular o custo dessa brincadeira, é preciso primeiro focar seu objetivo e equipamento, pois os preços variam muito. Para se ter uma ideia, uma impressora pode valer entre cen-
tenas de dólares até US$ 2 milhões. “Entre as mais avançadas, podem trabalhar com diversos materiais - impressão metálica, náilon, entre outros”, especifica Luiz Fernando Dompieri. Há mais de 200 tipos de materiais disponíveis, entre os quais os mais comuns são o plástico, um composto à base de gesso e alguns metálicos. Dentre os plásticos, os mais populares são o ABS (Acrilonitrila butadieno estireno), à base de derivados do petróleo, e o PLA (Ácido polilático), que é um derivado do milho e outros amidos renováveis. A matéria-prima é comprada por quilo. De acordo com Dompieri, um plásti-
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revolução será tridimensional
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Já que posso imprimir qualquer coisa, vou produzir em série e comercializar, certo? Não, isso é uma cilada, Bino. A grande sacada da impressão 3D é produzir objetos suis generis. Ou seja: aposte em criações exclusivas. “Isso vai de frente com o mercado de comunicação visual. Muitos me perguntam sobre fazer brindes ou coisas semelhantes. Isto é um ponto fraco. Com a impressão 3D você deve apostar na exclusividade e na diferença, mostrando que pode oferecer algo exclusivo, usando poucas quantidades, mas agregando grande valor a elas.”
Sempre nesse formato de espaguete, filamentos de plástico ABS ou PLA são as matérias-primas mais comuns
É um novo poder que passa às mãos dos indivíduos e promete uma transformação drástica, pois permite uma nova experiência: a de dar vida às criações próprias, sem depender exclusivamente de produções industriais. É o que constata Daniel Egger, fundador da Foltigo e designer de estratégias inovadoras, em entrevista publicada em O Estado de S. Paulo. O executivo salienta, contudo, que a mudança não se restringe ao hábito de consumo, “mas também [às] competências estratégicas das empresas”.
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Segundo ele, o progresso tecnológico que tende a aprimorar o desempenho das impressoras impactará a produção das empresas. “Se hoje elas focam na eficiência em busca do menor estoque possível, utilizando impressoras 3D o princípio just-in-time ganha uma nova perspectiva”, explicou ao jornal. “Caso as empresas precisem de um insumo, elas podem comprar online e imprimir. Com isso as empresas produtoras ganham uma nova agilidade e liberdade. Têm menos dependência do transporte dos bens, menos risco de perda, necessitam menos espaço de produção e menos custo do estoque.”
Equipamentos permitem que usuários “brinquem de ser
co barato pode custar R$240/kg. “Serve para impressora pessoal, para fazer um brinde, peças simples para a casa, como um porta-lápis, etc”, conta. Já os materiais mais caros têm aplicação industrial. Segundo ele, há resina de plástico que chega a custar R$3 mil/kg. “Servem, por
exemplo, para fazer protótipos para as indústrias automobilísticas e de aviação.” De aviões de brinquedo a peças industriais, é questão de deixar a criatividade voar longe para abrir novas possibilidades em comunicação visual.
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Deus” e criar animais e até miniatura de pessoas
Poder de atração: esqueleto de 2,5 metros de altura impresso com tecnologia 3D foi destaque em apresentação da Nike
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25 Quando você acha que já viu de tudo, vem alguém e produz uma loucura como essas em 3D. Nesse segmento, o céu é o limite. A seguir, veja algumas ideias que ganharam corpo 3D para você se inspirar e conferir o que a tecnologia trintona é capaz de fazer.
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Desenrole, liberte suas ideias
Comunicação visual mostra que evolução do mercado vai além da parte tecnológica: pensar diferente ainda é a grande sacada para trabalhos diferenciados. Veja exemplos que comprovam esse novo raciocínio do segmento e descubra que a criatividade ainda é o grande diferencial para obter destaque
A Léo Martins
comunicação visual se for analisada de forma antropológica, teve grandes alterações ao longo de sua história. Considerada como todo meio expresso que utilize elementos visuais, o segmento se beneficiou desses próprios componentes para crescer e se desenvolver, tornando-o indispensável em diversos setores, com o surgimento de novas tecnologias de impressão, vídeo (olha o Digital Signage aí!) e até mesmo novos formatos. No entanto, a mente dos profissionais que estão por trás deste tipo de mídia também
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evoluiu. Afinal, em um segmento que preza as boas ideias, a criatividade ainda é o principal diferencial de qualquer trabalho. Para demonstrar que essa teoria tem fundamento, separamos para vocês 10 cases incríveis retirados do site SignSilk em que a comunicação visual teve uma aplicação completamente diferenciada. E para te ajudar a despertar seu olhar criativo, ainda convidamos quatro especialistas para analisarem os pontos que tornam cada trabalho ímpar. Está preparado? Deixe suas ideias fluírem, descubra a infinidade desse universo e desperte o Einstein que existe dentro de você!
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ANALISTAS
Diogo de Freitas: criativo da área de comunicação visual há mais de dez anos e assina a direção de arte dos projetos especiais para a mídia exterior da agência Nova.RS
Rodolfo De Miccolis: empresário proprietário da CME e MG OOH e vice-presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado de São Paulo (Sepex-SP)
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Gisele Bischoff Gellacic: doutora e mestre em História Social e professora universitária e coordenadora do curso de História da FASP
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Conheça os especialistas:
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Wilson Nogueira Júnior: publicitário e diretor executivo do Sepex-SP
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CASE 01 - Violência doméstica? CHEGA! Chamar a atenção da grande massa perante a algum tema polêmico é sempre um desafio e tanto para campanhas publicitárias. Nesse espírito que a organização Women’s Aid, em conjunto com a agência London WCRS e a Ocean Outdoor, criaram um outdoor que utiliza a tecnologia para passar uma mensagem forte contra a violência doméstica. A peça, que foi instalada em Londres e continha a mensagem “Olhe para mim. Podemos parar isso”, mostra uma mulher toda machucada, vítima da violência. A inovação do outdoor ficou por conta da utilização do reconhecimento facial, que identificava o tanto de pessoas que olhavam a imagem da mulher espancada. Quanto mais pessoas olhavam para o outdoor, mais rápido as feridas da vítima se curavam.
Análise:
London ECRS/Divulgação
“O outdoor é impactante! Através de uma forte interação entre ‘imagens e pessoas’, a mensagem de violência contra as mulheres é passada de forma eficaz. A tecnologia é utilizada como meio de captar a atenção e a responsabilidade daquele que vê o outdoor, relacionando e promovendo a reflexão entre o olhar à imagem e a postura ativa frente ao problema social” - Gisele Bischoff Gellacic.
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CASE 02 - Vai um cafezinho aí?
Análise: “A interatividade é a forma mais interessantes para chamar atenção do consumidor e isso pode ser notado nos exemplos ‘café quentinho na avenida’. O que foi colocado na Paulista sobre a fumaça no café é muito interessante, pois tem todo um pensamento estratégico por trás e não somente a colocação da peça por si só. A ação certamente despertou a curiosidade do público assim como aguçou o appetite appeal das pessoas. Em suma, estratégia, criatividade e localização compuseram o sucesso do case!” - Wilson Nogueira Júnior.
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Cada vez mais anunciantes têm investido em ações para capturar a atenção de passageiros nos pontos de ônibus de São Paulo para que assim, possam alavancar suas novidades no mercado. E esse foi o caso do McDonald’s. Para divulgar sua nova linha de bebidas e café da manhã, a rede fast food, em parceria com a agência DPZ&T, instalou em vários abrigos de ônibus, na Avenida Paulista, um suporte que emitia fumaça com cheiro de café. Batizada de “Que tal um McCafé agora?”, a campanha, que também contou com parceria da Otima, tem o objetivo de deixar os passageiros “na fissura” para experimentar o cardápio matinal da rede. A ação teve grande sucesso e atingiu em cheio os moradores da maior cidade do País.
CASE 03 - Provavelmente a mais saborosa campanha do mundo
Análise: “Desde a década de 70, a Cervejaria Carlsberg envolve seu público na construção de sua imagem, como seu slogan em 1973 que diz: ‘Probably the best beer in the world’, [em tradução livre, “Provavelmente a melhor cerveja do mundo”], que sugere com um humor sutil, algum tipo de interação de seu consumidor. A grande sacada da Carlsberg para essa campanha foi conseguir, com sua identidade visual minimalista, tirar o máximo de uma mídia altamente impactante, utilizando apenas seu velho slogan adaptado à peça e seu produto exatamente onde começa e termina a experiência: na boca do consumidor. Intervenções como essa sempre gerarão mídia espontânea. Afinal, quem resistiria a tomar uma cervejinha de graça durante uma caminhada rotineira na cidade? Pelo menos, eu não! (risos)” Diogo de Freitas. Divulgação
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Imagine que você sai para caminhar na sua cidade e se depara com um outdoor que serve aquela loira geladassa de graça. Foi exatamente isso que aconteceu em Londres. A marca de cerveja Carlsberg instalou uma máquina de cerveja em um outdoor verde de 12 metros com os dizeres “Probably the best poster in the world” [em tradução, provavelmente o melhor pôster do mundo]. Não deu outra: uma grande fila se formou para pegar a bebida. Para evitar ainda que nenhum “espertinho” enchesse a cara durante a ação, a marca limitou para um copo por pessoa. A repercussão foi tão positiva que a hashtag promovida pela Carlsberg ganhou os trending topics do Twitter durante a ação.
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CASE 04 - Olha o passarinho!
Análise: “Essa campanha exemplifica como aproveitar a interação entre veículo, produto e público. A relação entre o mobiliário urbano e consumidor é representado aqui não só pela demonstração de flexibilidade e opção de emprego de tecnologia diferenciada na peça utilizada, mas também na sacada do uso do recurso da selfie que está em alta, que gera curiosidade e incentiva ainda mais a interação entre público e mobiliário. Quem ganha com isso? A Fanta, que gera simpatia do público e dá seu recado com mais eficiência!” - Rodolfo De Miccolis.
Reprodução/Youtube
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Impressão digital e mobiliário urbano são duas frentes que funcionam muito bem juntas. Dessa vez, os temas se uniram em uma ação de marketing promocional promovida pela Fanta, na Austrália. Chamada de Printergram, a intenção da campanha, que foi encabeçada pelas agências Ogilvy & Mather e JCDecaux, era se aproximar do público jovem. Para isso, a marca de bebidas instalou no mobiliário urbano, ao lado de uma parada de ônibus, uma máquina de imprimir selfies. Quem quisesse ter uma foto sua impressa deveria fazer pose ao lado de um dos mascotes da Fanta e publicar a imagem no Instagram com a hashtag #FantaTastesLike. O suporte fazia as impressões das fotos, mostrando que os anúncios, mesmo estáticos, servem para outras funções além de transmitir uma simples mensagem.
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CASE 05 - Você não está só.. vem comigo, Totó! O que você sente no coração quando vê um cachorrinho na rua abandonado? O fato de termos em ruas e abrigos animais abandonados é um problema para muitas capitais mundiais. E é para ajudar esses bichinhos que a comunicação visual e o Digital Signage entraram em ação. Em Londres, o abrigo Battersea Dogs & Cat Home criou uma ação que, de fato, prendeu a atenção e sensibilizou os ingleses. Batizada de Looking For You, na ação, cachorros virtuais seguiam seus potenciais donos pulando de painel em painel. Onde a pessoa fosse, esse cão ia atrás, tentando chamar a atenção de seu novo papai ou mamãe. Para o cachorro seguir o pedestre, a ação usou um sistema de rastreamento e localização diferente: o RFID. Para isso, voluntários entregavam folhetos especiais para os pedestres que continham esse chip, possibilitando o rastreamento dentro de um determinado espaço.
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“Nesta campanha, a interatividade promovida através da tecnologia possibilita uma interação ativa e afetiva à adoção de animais abandonados. Por meio de um forte apelo emocional, o abrigo de animais estimula a ideia de que o cãozinho das imagens estivesse seguindo e, portanto, procurando exatamente ‘aquela pessoa’ para ser adotada. Com certeza, muitas adoções foram feitas através dessa campanha. Eu adotaria!” - Gisele Bischoff Gellacic.
Reprodução/Vimeo
Análise:
CASE 06 - Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa! A ideia de praticar algum tipo de atividade física é algo que faz bem a saúde de todos nós, evitando problemas a ela e oferecendo disposição para a rotina do dia a dia. Pensando nos benefícios dos exercícios é que a Powerade, marca de bebida de hidratação pertencente à Coca-Cola, juntamente com a agência Ogilvy & Mather, realizou uma ação de marketing utilizando um outdoor bem diferente instalado em Berlim, capital da Alemanha. Para buscar a interação de pedestres e outdoor, a marca transformou painéis publicitários em equipamentos de treino, como parede de escalada, saco de boxe e a famosa barra de levantamento de peso. Além dos objetivos citados, a ação também buscou fazer com que as pessoas provassem a sensação de adrenalina que a atividade física proporciona a seus praticantes, porém, sendo impactadas também pela ativação da bebida da Powerade.
“A ação da Powerade foi espetacular, pois além de não necessitar de grande aparato tecnológico, conseguiu ainda interagir com diversos targets, o que é ótimo para a marca. Ao final de tudo, a relação criada foi de empatia com o público, gerando um vínculo afetivo com o consumidor” - Wilson Nogueira Júnior.
Reprodução/Youtube
Análise:
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CASE 07 - Alívio rápido, comunicação imediata Quem mora em São Paulo sabe muito bem que a capital paulista está repleta de gente com problemas respiratórios. Aproveitando esse fato, a marca Vick investiu na campanha de lançamento do seu novo inalador. Para mostrar o alívio que o medicamente causa ao combater a congestão nasal, a Publicis Brasil criou um outdoor exótico: o suporte enrola e se desenrola simulando uma respiração. As peças foram instaladas na capital e, para funcionar, contaram com um mecanismo que viabiliza o contínuo movimento da plataforma. A ação foi executada pela Otima em parceria com a Artfix.
Análise: “Ao utilizar o som e movimento da respiração, assinatura clássica de suas peças publicitárias dos anos 80 e 90, a campanha convida expectador a interagir com a marca ao checar involuntariamente os pulmões numa respiração mais profunda ou vai falar que você ainda não fez isso lendo esse case? Como paulistano, devo concordar com o fato de que a peça aborda uma realidade ruim, de uma cidade que respira criatividade. Nesse sentido, a campanha da Vick conseguiu ser assertiva com originalidade, ao expor a funcionalidade de seu produto sem precisar falar dos benefícios, apenas colocando-o em seu ‘habitat natural’. A mídia exterior brasileira tem muito a ganhar com campanhas desse tipo” - Diogo de Freitas.
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CASE 08 - Crianças + remédios = distância segura O Sistema de Vigilância e Acidentes do Ministério da Saúde noticiou que a ingestão acidental de medicamentos corresponde a 50% dos acidentes domésticos envolvendo crianças de até nove anos no País. Com base nesses dados, a Revolution Brasil, agência que foca somente em varejo do grupo PPG, resolveu agir. A empresa instalou em Salvador, na Bahia, uma empena em um dos prédios da cidade. Criada para a rede de farmácias Sant’Anna e Brasil Pharma, a peça mostra uma criancinha tentando apanhar medicamentos, com o topo do edifício funcionando como prateleira para que os remédios ficassem fora alcance da garotinha. Para ser produzida, a peça ainda contou com o apoio da empresa de comunicação visual Zoom.
Análise: “Aqui fica evidente como a criatividade somada à versatilidade da mídia exterior podem fazer a mensagem explodir na nossa frente. Não dá para passar com indiferença diante de uma peça bonita, bem montada e com uma ideia criativa. E mais importante: o texto coadjuvante da imagem diz tudo! E esse é o objetivo da mídia exterior: comunicar com eficiência e rapidez. É o exemplo do famoso ‘uma imagem diz mais que 1000 palavras’. Fica claro também que isso só foi possível por intermédio da parceria entre exibidor e criação da agencia. Quando isso acontece, o resultado não pode ser outro” - Rodolfo De Miccolis.
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CASE 09 - Quem é melhor: Messi ou Cristiano Ronaldo? A publicidade exterior é um dos poucos meios que consegue envolver temas populares com conscientização para problemas sociais. Recentemente, uma empresa responsável pela limpeza de praças londrinas, em parceria com a ONG Hubbub, apostou em uma ação de conscientização ambiental instalando painéis adaptados na rua. Os suportes convidavam as pessoas a votarem em perguntas de cunho esportivo, como “Quem é o melhor jogador de futebol do mundo?”. Nesse caso, Cristiano Ronaldo e Messi competiam pelos votos. A cédula de votação era um cigarro apagado, que deveria ser depositado em compartimentos especiais com os nomes dos jogadores. Outros suportes foram instalados trazendo perguntas como “O que você prefere: o GP de Fórmula 1 da Itália ou o US Open de Tênis?”. A ideia da ação era incentivar as pessoas a não jogar bitucas de cigarro na rua.
Análise: “De forma interativa, o público é chamado a participar da votação entre os jogadores Cristiano Ronaldo e Messi. O outdoor possibilita a reflexão e a participação ativa do transeunte, uma vez que este pode votar nos atletas através do depósito de uma bituca de cigarro. Porém, uma dúvida fica: somente fumantes participam dessa enquete? Ou ainda, estaria a votação estimulando o tabagismo?” - Gisele Bischoff Gellacic.
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CASE 10 - Para ficar com sede, muuuita sede Os publicitários precisam de renovação sempre se querem sair do lugar-comum, utilizando novos tipos de tecnologia que inclui desde smartphones até Digital Signage. A Coca-Cola usou os dois. Constatando que muita gente nos Estados Unidos nunca tinha experimentado a Coca Zero, para divulgar o produto, a marca contratou a agência Ogilvy & Mather NY para quebrar o tabu em torno do refrigerante com o conceito de ‘anúncio bebível’. Utilizando diversos suportes, principalmente o digital ao lado de um pôster, o iPhone do usuário se transformava em canudo, permitindo que a pessoa bebesse o refrigerante, ou então, por meio do anúncio em TV e telas LED, encher o copo virtualmente. E o melhor: quem completasse o processo de colocar o líquido no copo, ganhava a bebida em lojas de varejo do país. A ação só foi possível com a ajuda do app Shazam, que reconhecia o som veiculado e transmitia o vídeo de um copo sendo cheio de Coca.
“A Coca-Cola sempre nos brinda com cases incríveis e consegue prender a atenção do público de diversas formas. Especificamente nesta ação, o barulho de uma garrafa de Coca abrindo e depois o líquido sendo despejado em um copo traz a sensação equilibrada de frescor e satisfação” Wilson Nogueira Júnior.
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Análise:
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Belo Horizonte:
a capital do no Brasil!
LED
Teresinha Moraes de Abreu *
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s back light e front light foram idealizados na Itália, em 1960. Anos mais tarde, em 1983, em São Paulo, e em 1984, no Rio de janeiro, essas soluções se apresentaram como uma grande sensação pela inovação da época. E com o avanço da tecnologia, a harmonia entre a mídia exterior tradicional e os painéis de LED foi estabelecida. Por esse motivo, essa nova modalidade de anúncios se tornou mais atraente aos consumidores. Seu dinamismo (imagens em movimento), alta resolução e luminosidade, aliada
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a um posicionamento estratégico, proporcionam um grande impacto visual em todo o mercado. Os consumidores americanos estão cada vez mais mergulhados no brilho suave das telas digitais. E enquanto a maioria desses monitores oferece uma experiência solitária, há uma forma da arte digital empenhada em continuar a ser um meio de massa - OOH digital. Esta nova realidade já chegou ao Brasil e está presente cada vez mais em nossas cidades. O que parecia ser uma realidade apenas nas telas
do cinema, agora pode ser observado nas ruas das grandes metrópoles. No Brasil, a cidade de Belo Horizonte é conhecida como a capital do LED na publicidade exterior. Este produto chegou ao Brasil há mais de 12 anos e custou a ser disseminado por seu alto custo. “Um dos primeiros painéis de LED em Belo Horizonte ficava na Avenida do Contorno com a Nossa Senhora do Carmo, um dos melhores pontos da Cidade. Atualmente, esse ponto não é permitido pela nova legislação”, afirmou o presidente do Se-
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* Teresinha de Abreu
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Painéis LED se tornaram grande referência de publicidade da capital mineira
pex-MG, Ricardo Dias Barbosa. Aos poucos os custos foram ficando mais acessíveis pela evolução tecnológica, tornando seu uso mais frequente. Nos últimos 10 anos, a queda nos preços fez com que os empresários investissem mais nos painéis eletrônicos de LED ou LCD. Hoje, a capital mineira se tornou a cidade com maior número se painéis de LED instalados no Brasil. Em 2011, houve uma mudança no Código de Postura Municipal em BH, medida essa que resultou na redução brusca do número de painéis na
cidade - os poucos que restaram se tornaram muito disputados. A medida acarretou também o aumento no preço das locações dos espaços. “Para minimizar esses efeitos, o compartilhamento desses espaços foi a saída encontrada pelos empresários do setor na tentativa de baratear os custos e otimizar sua utilização”, afirma Barbosa. E os empresários de publicidade exterior da capital mineira têm uma expertise muito grande na utilização de LED e painéis eletrônicos com alta tecnologia. Eles viajam para outros países pesquisando o que tem de melhor lá fora, para tentar viabilizar aqui no Brasil, com o intuito de oferecer o melhor para os anunciantes. Alexandre Branco, diretor da Publibanca Publicidade (Grupo Hyper), fez uma explanação sobre a diferença entre LED e LCD. De acordo com ele, o LED é usado em painéis maiores e ou-
tdoors. Por outro lado, o formato LCD é mais usado como mídia indoor, pois normalmente são painéis menores com o formato padrão de uma televisão que podem ser de LED ou LCD. “Os painéis de LCD possuem a definição melhor do que de LED, só que o custo é bem mais em elevado, cerca de seis a sete vezes mais que o custo do painel comum”, explicou Branco.
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que tem de bom?
Os empresários afirmam que o painel de LED tem várias vantagens para o anunciante, dentre elas, a facilidade na troca de mensagens. Por estarem on line, esse conteúdo pode ser alterado conforme a necessidade e tempo do cliente, viabilizando inclusive as promoções, muito utilizadas no varejo. “Hoje o LED é conhecido pela sua versatilidade. A mensagem pode estar sempre renovando, com novas imagens e dinamismo. Isto faz com que a
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Exterior
Por seu custo elevado, os painéis de LED precisam ser instalados nos principais pontos da cidade. É imprescindível que o local tenha audiência, ótima visibilidade, exposição, grande fluxo de pessoas e classificação da qualificação desse fluxo. O local também deve possibilitar a visualização das trocas de mensagens, podendo observar as vinhetas que normalmente são maravilhosas. Quanto à luminosidade, os painéis de LED, têm uma grande semelhança com os painéis de publicidade da França, que têm ajustes de consumo e luminosidade. Segundo Cristiano Maia, diretor da empresa Ofício Publicidade “todos os painéis em Belo Horizonte, possuem ajuste automático de luminosidade, no próprio software, que gerencia além da luminosidade, também as mensagens”. O painel é ajustado para ser adequado ao ponto, mudando o campo de visão para ver qual o mecanismo de divulgação da mensagem e qual a melhor transição. “Cada empresa faz seu estudo para
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atratividade e a curiosidade das pessoas permanecem vivas”, opina Branco. No entanto, é importante lembrar que este tipo de equipamento exige mão de obra qualificada e, em muitas ocasiões, o treinamento é dado pelo fornecedor do equipamento.
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O custo elevado dos painéis fazem com que eles sejam instalados nos principais pontos da cidade
ver qual a ferramenta que será utilizada, trazendo melhores benefícios para o cliente”, acrescenta o diretor. Em relação à mídia móvel, existe maior dificuldade para o uso do LED. Prevalece à máxima: anúncio parado em equipamento em movimento e, anúncio em movimento em equipamento parado. “Belo Horizonte fez uma tentativa, com anúncios 2m x 1m, nas traseiras dos ônibus, mas a legislação não permitiu, e, embora tenha ficado muito bonito, tiveram que deixar de ser veiculados”, conta Helbert Diniz, diretor comercial da Frontti Comunicação. Os painéis de LED trazem grandes benefícios para os anunciantes. Dentre eles, o custo de produção, que é baixo, não há necessidade de reposição, bastando apenas uma peça. A agência cria a vinheta e este é o único custo do anunciante. Uma única produção é utilizada em vários equipamentos. Para as empresas exibidoras, a troca feita online, reduz sensivelmente a operação externa que é dispendiosa, demorada e ainda está exposta a chuva, calor, etc. O uso desses suportes também está ligado no processo de sustentabilidade, porque elimina o uso de papel, da cola e consumo do óleo diesel nos caminhões, usados no transporte de material necessário a instalação, manutenção e troca de mensagem.
Longo
caminho
Esta modalidade de publicidade exterior tem características distintas. Ora ela se assemelha a TV, ora aos quase extintos triedros, na forma de comercialização, pois está sempre com mais de um anunciante na mesma peça. Mas como tudo que acontece em uma sociedade, primeiro vem os fatos, depois a norma que os regula. E assim acontece com o LED, que ainda não possui no Brasil nenhuma legislação que prevê o seu uso, com cada município dando um norte para a sua veiculação. Segundo Dr. Wanderlei Damasceno, advogado da Fenapex, o primeiro passo deveria ser cada município trabalhar para ter uma legislação sobre regulamentação da veiculação dos painéis de LED. “À medida que forem conseguindo, eles vão trocando experiências com outros municípios e por aí vamos caminhando”, afirmou. Carlos Monteiro, Diretor Executivo da Fenapex, acrescentou: “temos muito a caminhar para a legislação do LED. Isso é muito importante na valorização, no tipo de comercialização, tipo de manutenção e os tipos de mensagens, adequação das mensagens e qual a programação.” * Teresinha Moraes de Abreu é a atual presidente da Fenapex
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V
inil
Aplicação de vinil autoadesivo: método a seco
“FERRAMENTAS”
Eduardo Yamashita*
N
esta edição, conheceremos mais uma ferramenta muito importante para a metodologia de aplicação a seco: a fita para acabamento. Antes de falarmos dela, é importante falar alguns aspectos importantes sobre o acabamento nas aplicações de vinil autoadesivo em veículos. Há diversas maneiras de executar essa árdua e importante tarefa:
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Sem o uso de ferramentas
2 Com o uso de ferramentas • réguas • fitas Todas elas têm a finalidade de dar o acabamento do vinil autoadesivo nas partes finais das superfícies de aplicação. Se considerarmos um capô de um veículo, devemos considerar as curvas da bordas dessa superfície. Nessas áreas, quando se faz uma aplicação de comunicação visual, é recomendado o refile das imagens. Isso evita o levantamento do
Por que utilizar vinil calandrado para a fita? Quanto mais espesso, melhor o corte, pois o filme autoadesivo servirá como uma régua nos cortes dos acabamentos. Assim, os vinis calandrados, por serem mais espessos, são mais indicados que os vinis cast. Eles impedirão que o estilete “escape” durante o corte causando problemas no refile.
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vinil autoadesivo nessas regiões. Uma vez que o vinil levanta, representa, futuramente, um problema de levamento em “toda” imagem aplicada. Para evitar isso, nas regiões de “vândalos” (acabamento de superfícies diversas), é recomendado o refile da imagem, deixando uma pequena parte da cor da superfície aparecendo.
Para realizar essa atividade, os aplicadores utilizam as técnicas sem ou com ferramentas. Os profissionais que têm bastante experiência, não precisam de ferramentas. Já os que têm insegurança ou que não possuem muita experiência, utilizam as fitas para acabamento para auxiliá-los nesta tarefa.
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Entendo a fita Essas fitas são obtidas de diversas formas recortando tiras de um vinil calandrado através de: • uma régua; • um equipamento de recorte eletrônico Essas tiras têm largura máxima de 5mm - porém o ideal seria uns 3mm. Quanto menor a largura, mais fácil de moldá-la nas curvas das superfícies. Há ainda alguns signmakers/convertedores que recortam o vinil com o liner, tendo assim, rolos de filmes com a espessura desejada (ver ilustração). A vantagem é que podem manusear com mais facilidade as fitas como se fossem rolos. O uso dessas fitas permite um acabamento mais uniforme sem curvas desnecessárias nas retas e nas curvas, com um corte mais homogêneo e equilibrado. Outra vantagem é que o
calandrado
instalador/aplicador se sente mais seguro no corte colocando menos pressão e reduzindo o risco de danificar a superfície com a lâmina do estilete. Infelizmente, no mercado brasileiro, não são todos os profissionais (sem experiência no corte/refile) que utilizam essa técnica. Eles preferem fazer sem a fita, o que ocasiona um acabamento não tão uniforme e bem acabado.
cast
Em nosso próximo encontro, iremos abordar outra ferramenta importante para aplicação a seco. Nos vemos lá!
Eduardo Yamashita Consultor técnico para o mercado de comunicação visual yamashita@hotmail.com
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NDICE DE ANUNCIANTES
ABC ����������������������������������������������������������������������������������������������41
Colacril ����������������������������������������������������������������������������������������31
DSE South America �������������������������������������������������������������� 3ª capa
Fujifilm �������������������������������������������������������������������������������������������7
FutureTEXTIL �������������������������������������������������������������������������������15
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Site SignSilk ���������������������������������������������������������������������������������39
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