Revista Silk-Screen - Edição 348

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Nº 348 • Ano XXXI Outubro - Novembro / 2015 www.btsinforma.com.br

A revista do mercado serigráfico

Ao infinito e além! Interação dos processos de impressão serigráfica e sublimática é a aposta para o mercado demonstrar sua força e construir um cenário infindável


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Silk-Screen

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Design de Capa: Emerson Freire

SUMÁRIO

Nº 348 • Ano XXXI Outubro - Novembro / 2015 www.btsinforma.com.br

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Capa

Entenda as características dos processos serigráficos e sublimáticos e saiba como as duas técnicas podem garantir espaço dentro da sua empresa!

A revista do mercado serigráfico

Ao infinito e além! Interação dos processos de impressão serigráfica e sublimática é a aposta para o mercado demonstrar sua força e construir um cenário infindável

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FutureTEXTIL Conheça a mais nova exposição da Serigrafia SIGN 2016

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Toques & Pitacos

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Entenda os segredos dos tecidos e veja como tratá-los bem nas impressões direta e sublimática

Especial

Sabe a hora certa de comprar uma Garment Print? Saiba identificar os sintomas que te ajudarão a decidir quando investir em uma!

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Passo a passo

Aprenda como realizar sem erros o efeito corrosão colorido

E mais 06 Editorial

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08 Mercado

36 e 37 Infográfico Especial

42 Índice de Anunciantes



EDITORIAL

Ano XXXI - nº 348 | Outubro-Novembro 2015

Unidos, juntos e fortes!

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Angra, banda de Heavy Metal brasileira (e uma das minhas favoritas), em sua música The Voice Commanding You, fala uma frase muito bacana em seu refrão: “Divided we’re nothing - united we’re breaking the rule” (algo como, “Separados não somos nada - unidos estamos quebrando as regras”). Esse trecho resume aquele bom e velho dito que diz que “a união faz a força”. Afinal, por intermédio dela, conseguimos atingir feitos impensáveis e chegar a lugares desconhecidos. Tal tese pode ser aplicada em nosso mercado, mais especificamente à serigrafia. Com o passar dos anos, a técnica se desenvolveu e ganhou alguns “derivados”, como a sublimação e a impressão direta em tecido que, para alguns, vieram simplesmente para acabar com o processo serigráfico. E para provar que essas novas tecnologias chegaram para somar e deixar o mercado mais forte é que a Revista Silk-Screen #348 foi concebida! Na matéria de Capa você poderá conferir uma matéria que simboliza todo o conceito falado no parágrafo anterior. Afinal, quais são as situações que a serigrafia e a sublimação podem convergir? Para responder a essa pergunta e provar que as duas técnicas juntas podem quebrar qualquer tipo de regra, mostramos as características de cada uma e, de quebra, dicas bacanas para você aproveitar as duas ao mesmo tempo. Já o Especial traz outra tecnologia que veio para somar ao mercado de estamparia e personalização: as Garment Prints. Relatamos tudo sobre esse equipamento e, principalmente, mostramos qual é a hora correta da sua empresa investir nessa tecnologia. E como o assunto impressão digital em tecido está em alta não só na edição, mas também no mercado brasileiro, apresentaremos a você a mais nova atração da feira Serigrafia SIGN 2016: a FutureTEXTIL, espaço que irá sacudir a cabeça do público. Por fim, essa edição traz dicas muito interessantes sobre os tecidos usados em impressão sublimática ou direta reativa. O dicionário define a palavra união como o ato de unificar, tornar um; uma aliança, pacto ou acordo. A união não é só o caminho que nos leva à superação de qualquer dificuldade, mas também o meio em que nos deixa mais fortes para futuros desafios. E você, que compõe o mercado serigráfico, é bombardeado por eles constantemente - a crise econômica esta aí para nos lembrar disso. Nesses momentos, buscar a união, seja com seus clientes e parceiros, por meio de novos trabalhos ou, nesse caso, agregando mais processos de impressão, é a chave para que sua empresa se mantenha firme em momentos turbulentos. E como esse editorial está em clima musical, Bob Marley, lenda do reggae e da música, já havia profetizado: “Unidos venceremos. Divididos, cairemos”. Não importa se você é mais saudosista ou vanguardista em nosso setor. Procure se unir para que assim, sua glória e seus objetivos estejam mais perto! E para isso, pode contar com a Revista Silk-Screen! ;-) Viva a união e excelente leitura! Léo Martins

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PRESIDENT INFORMA GROUP LATIN AMERICA Marco A. Basso VICE PRESIDENT INFORMA GROUP LATIN AMERICA Araceli Silveira GROUP DIRECTOR José Danghesi SHOW MANAGER Cíntia Miguel cintia.miguel@informa.com DEPARTAMENTO COMERCIAL Simoni Viana simonifilla@gmail.com GESTÃO EDITORIAL - VENGA CONTEÚDO COORDENADOR DE PUBLICAÇÕES Marcelo Tárraga marcelo@vengaconteudo.com.br EDITOR Léo Martins leonardo@vengaconteudo.com.br REDAÇÃO Marcela Gava marcela@vengaconteudo.com.br Thais Ito thais@vengaconteudo.com.br ARTE Emerson Freire emerson@vengaconteudo.com.br ATENDIMENTO AO CLIENTE Rosi Pinheiro trafego@vengaconteudo.com.br (11) 2276-1112 PERIODICIDADE Bimestral IMPRESSÃO Maxi Gráfica

Saiba mais sobre edições anteriores, catálogos, anuários e especiais através do e-mail: falecom@vengaconteudo.com.br Central de Atendimento SP (11) 3512-9455 / MG (31) 4062-7950 / PR (41) 4063-9467

REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 – 11º andar – Cj. 111 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br

IMPRESSÃO A Informa Exhibitions, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC® (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Gráfica Maxi Gráfica - certificada na cadeia de custódia - FSC®.

A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.



MERCADO

Para ver essas e outras notícias do setor, acesse

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Pietro Bellini/Flickr

A Santaconstancia Tecelagem lança novos tecidos para a linha “CO2CONTROL”: o Link-(CO2), o X-Fit-(CO2) e o Light Índigo-(CO2). Eles possuem conceito sustentável e têm na composição a primeira poliamida biodegradável do mundo Amni Soul Eco, desenvolvida no Brasil pela Rhodia.

Crise faz nova vítima: Marisa

Bart Heird/Flickr

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Em tempos de recessão econômica, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma boa notícia: o Programa BNDES de Apoio a Investimentos em Design, Moda e Fortalecimento de Marcas, o BNDES Prodesign, foi renovado. Segundo comunicado oficial, o programa, que foi prorrogado até o dia 31 de dezembro de 2016, teve uma adição em seu orçamento de R$ 1 bilhão. Esse é uma notícia e tanto para as empresas do setor. Afinal, desde quando começou a operar há um ano e meio, o programa aprovou cerca de R$ 280 milhões em financiamentos para 11 empresas do setor têxtil, o que representa de maneira direta 56% do valor que o período disponibilizou. O BNDES Prodesign apoia investimentos de moda, design, desenvolvimento de produtos, fortalecimento de marcas em projetos de investimentos de várias cadeias produtivas e diferenciação.

Duas em uma: veja aposta de novo equipamento A Graphics One anunciou o lançamento do sistema de pré-tratamento Go Tx Fabric, da fabricante australiana Pigment.inc. O equipamento é indicado para revestimento de tecidos, incluindo algodão e poliéster. O sistema usa um bico que determina a aplicação de pré-tratamento sem deixar molhar o lado oposto do substrato. Disponível em dois tamanhos, o equipamento pode ser usado como estação de fixação ou para pré-revestimento. De acordo com Dan Barefoot, presidente da Graphics One, esta é a primeira união de pré-revestimento e fixação disponível no mercado de impressão digital. O novo sistema é complementar às impressoras digitais GoTx Direct to Fabric (DTF), que teve de mudar o nome para RoTx to GoTx devido a similaridades no mercado. Os equipamentos estão disponíveis pelos canais de distribuição da Pigment.inc e via Graphics One na América do Norte e do Sul. Pigment.inc/Divulgação

A Marisa Lojas anunciou o fim de suas operações com venda direta – quando consultoras comercializam o produto direto com os clientes – para focar em negócios já consolidados e reduzir custos. O encerramento acontece em um período de consumo em queda para o varejo.

BNDES renova verba de programa para segmento têxtil e moda

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IED São Paulo/Flickr

Novos tecidos na onda sustentável


Mimaki/Divulgação

A Mimaki anuncia o lançamento de um novo equipamento sublimático. Desenvolvida para a indústria têxtil, a TS300P-1800 tem velocidade de até 115 m²/h e um novo sistema de cabeça de impressão. Com isso, o equipamento garante um posicionamento de gota de tinta mais preciso, permitindo alcançar boa qualidade de impressão mesmo em papéis com menor gramatura. Além disso, a TS300P-1800 conta com um mecanismo para redução de enrugamento na impressão, que é reforçado pelo aumento da base de impressão, que ajuda a segurar a mídia após a impressão. Já o sistema automático de alimentação aplica automaticamente a tensão na mídia, mantendo a estabilidade da alimentação e do rebobinamento. Por fim, o sistema de checagem Nozzle detecta injetores que não estão em funcionamento e fazem a limpeza automaticamente.

Para fazer a festa: confira nova solução para mercado promocional Para facilitar a entrada de novos empresários nesse segmento, a Thale Suprimentos, divisão da Sertha Brindes, lançou uma máquina brasileira de transfer para personalização. O novo equipamento se chama VICM-19, que utiliza papel impresso em impressora laser convencional e pode gravar mais de 150 objetos, como canecas, canetas, copos, baldes de pipoca e porta-cotonetes. Com foco no segmento de foto produto, a máquina possui qualidade fotográfica e pode concluir sua tarefa em quatro segundos. A Thale também fornece os insumos, fabrica papel especial e oferece treinamento para ensinar a usar o equipamento. “O empreendedor pode produzir pequenas quantidades de fotos produtos que atendem desde festas infantis até eventos corporativos.”, comenta Sérgio Gotti, fundador da Sertha Brindes e da Thale.

Metalnox/Divulgação

Sublimação em alta com mais um equipamento!

A Metalnox apresentou uma nova opção em tamanho para a Prensa Térmica PTS 950 Basic: duas bandejas de tamanho 700 x 1100mm. A solução é destinada para trabalhos em grandes formatos e é de sublimação, como camisetas esportivas, linha fitness, moda praia, decoração, etc.

Santa Catarina lidera produção têxtil

Segundo a Abit, Santa Catarina lidera o ranking das exportações nacionais de vestuário. O Estado exportou US$ 25,8 milhões, no período de janeiro a agosto de 2015. Com cerca de 4,9 mil indústrias têxteis instaladas, a região representa 15,3% do total nacional.

Depositphotos

O ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, esteve em Americana, no último dia 24 de setembro, para assinar um acordo de cooperação científica com o Sinditêxtil-SP e com a Abit. O encontro resultou em uma parceria para colaborar com o desenvolvimento tecnológico do setor têxtil por meio da eficiência energética e hídrica. O acordo é válido por dois anos e pode ser prorrogado. Nele, as entidades se comprometem a definir programas de trabalho que priorizem temas de desenvolvimento tecnológico de interesse da indústria em questão. Além de reuso de água e utilização de resíduos, a parceria pode compreender tópicos em nanotecnologia, testes de conformidade, tecidos do futuro, acabamento de superfície, processos sustentáveis, rotas tecnológicas da área, artesanato, moda e design.

Prensa em novos tamanhos

Walking Dead, brindes e sangue?

O Instituto Português de Sangue e de Transfusão usou a paixão dos fãs de The Walking Dead na “The Walking Dead Blood Store”. A ideia é incentivar as pessoas doarem sangue e em troca, o doador ganhava brindes da série, como canecas, camisetas, canetas, aventais, entre outros. Reprodução/Youtube

Entidades do setor têxtil assinam acordo de cooperação

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FUTURETEXTIL

Depositphotos

Seja bem-vindo ao futuro do mercado têxtil

Conheça a FutureTEXTIL, primeira exposição da América do Sul dedicada á impressão digital têxtil. É a Serigrafia SIGN inovando mais uma vez!

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sucesso da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 foi notório. Durante os quatro dias de evento, mais de 46 mil visitantes passaram por seus 40 mil m² para conferir de perto as novidades que 650 empresas expositoras apresentaram nas áreas de serigrafia, comunicação visual, sinalização, impressão digital, materiais promocionais, brindes, 10

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personalização, sublimação e impressão têxtil. Dentro desses números, destaca-se o grande crescimento que esse último setor obteve dentro da feira e no mercado. Para se ter uma ideia, a 25ª edição do evento registrou que, do total de visitantes, 6.500 trabalhavam com confecção e estamparia e, cerca de mil, pertencem à indústria têxtil e tecelagem. Baseado nesse sucesso e com a procura gradativa do público por novida-

des nesse ramo a versão 2016 da feira ganhará um espaço inteiramente focado nesse segmento: o FutureTEXTIL! Considerada a primeira exposição na América do Sul totalmente dedicada à tecnologia de impressão digital têxtil, a FutureTEXTIL é resultado da parceria entre a Informa Exhibitions, organizadora da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL que com o novo evento, passará a se


chamar somente Serigrafia SIGN - e a World Textile Information Network Ltd (WTiN), famoso portal de segmento têxtil. “Já temos essa tecnologia na feira. Como a procura aumentou por parte dos visitantes em saber mais sobre essa categoria, assim como os expositores que também estão investindo em equipamentos, resolvemos criar esse espaço”, comenta Cíntia Miguel, Show Manager da feira. A ideia é que o evento, como um todo, atraia novos visitantantes do varejo têxtil e o público que se relaciona com essa área. “Dentro do espaço, esse público poderá conferir de perto um local diferenciado para essa área e toda uma estrutura moderna que reforçará ainda mais a proposta do FutureTEXTIL”, acrescenta Cíntia. Um dos principais fatores para a criação do FutureTEXTIL é a procura do público por soluções desse ramo. De acordo com pesquisa realizada na Serigrafia SIGN 2015, o interesse do visitante ficou dividido em: • 22% em estamparia digital • 19% para soluções para sublimação • 17% buscaram tecidos para impressão digital • 9% queriam equipamentos têxteis

Perfil dos visitantes • Confecções • Estamparias • Indústria têxtil • Tecelagem • Varejo têxtil

Quem deve expor?

• Fabricantes e distribuidores de rolo a rolo, Direct-To-Garment, equipamentos auxiliares e tintas • Fornecedores de softwares relacionados e soluções de gerenciamento de cores • Fornecedores de consumíveis, incluindo tecidos e vestuário para impressão e papéis de transferência • Consultores • Serviços de informação B2B • Associações e instituições

Outro ponto que originou o evento são os números do mercado brasileiro, segundo o WtiN Analytics Digital Têxtil, o Brasil emergiu como líder na tecnologia digital têxtil por apresentar os seguintes dados: • Mais de 40 milhões de m² de tecido impresso em 2015 • Taxa de crescimento anual de 16% + • Um dos primeiros países a adotar a tecnologia de impressão de produção rápida • Apresentação de pontos fortes em tintas para sublimação e impressão reativa Mark Jarvis, diretor do WtiN, comenta que a demanda por tecidos para vestuário impressos tornou o Brasil um dos principais centros do mundo para investimento em impressão digital têxtil, colocando o País como um dos primeiros a adotar a mais recente tecnologia de impressão super-rápido. “Como resultado, temos visto o crescimento da produção espetacular que tem continuado impressionante, apesar do contexto economico difícil”, indica. “E a nossa ideia é justamente ampliar ainda mais esses números. Por isso, criamos esse espaço para o público que é formador

de opinião, tais como o varejo têxtil, que precisa conhecer melhor essas novidades e enxergar possibilidades por intermédio delas”, reforça Cíntia. Para atingir este objetivo, a FutureTEXTIL, basicamente, irá expor tudo não só tecnologias que interessem a esse setor, mas também aplicações em que essas soluções possam fazer a diferença, como peças de roupas prontas. O intuíto é atrair os formadores de opinião que pertencem a esse mercado. “Com tudo o que for visto por lá, esse público poderá disseminar o uso da tecnologia de impressão digital textil e suas vantagens como qualidade, produtividade, etc”, resume Cíntia. O novo espaço ainda contará com mais uma edição do Digital Textile Conference, que será recheado de palestras internacionais e nacionais. “O FutureTEXTIL será um ambiente único focado somente na área têxtil, onde dentro da própria Serigrafia SIGN, o visitante poderá aperfeiçoar seu conhecimento dentro desse setor e melhorar ainda mais os serviços de sua empresa”, garante Cíntia.

SERVIÇO - FutureTEXTIL

Data: de 03 a 06 de maio Horário: das 13h às 20h Local: dentro da feira - na Serigrafia SIGN, no Pavilhão do Anhembi Endereço: Avenida Olavo Fontoura, 1209, Santana – São Paulo - SP Mais informações: outras notícias relacionadas ao evento serão publicadas em www.signsilk.com.br e www.serigrafiasign.com.br.

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CAPA CAPA - PARTE 1

Depositphotos

A insubstituível técnica serigráfica

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O antigo método de personalização mantém sua longevidade baseada em demandas bastante atuais: a qualidade e a durabilidade da impressão. Conheça todas suas características e como elas podem ser úteis para sua empresa

C Marcela Gava

entro de São Paulo, Galeria do Rock. O endereço é bastante conhecido entre os apreciadores do estilo musical que dá nome ao reduto. Entre butiques de roupas, lojas de vinis e estúdios de tatuagens, circulam por lá consumidores usando itens que remetem a suas bandas ou artistas preferidos. É comum ver gente ostentando uma camiseta dos Ramones, por exemplo. Mas quem presta homenagem à banda de Joey Ramone – e também a muitas outras, claro! –, nem sempre sabe que leva consigo um produto feito usando uma velha técnica de impressão, a serigrafia (ou silk-screen). Silk-Screen

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CAPA CAPA - PARTE 1

O lado bom da serigrafia • Técnica versátil com aplicação em diferentes substratos • Permite impressão em diversos tamanhos e formatos • Grande aplicação do método por parte de vários mercados • Custo inicial é baixo • Apresenta alta produtividade • Resiste a intempéries • Permite alcançar cores vibrantes e efeitos especiais

Nada dura para sempre, consideram os mais pessimistas. No caso da serigrafia, o “para sempre” está relacionado a uma travessia de anos e anos como uma das principais técnicas de personalização utilizada em diferentes segmentos. O método é peça-chave em aplicações da indústria têxtil, automotiva, mercado promocional e até mesmo produções artísticas. Inúmeros tecidos e substratos podem ser personalizados com o silk-screen. É justamente essa qualidade que influenciou a Impacto Visual a considerar o método como sua ferramenta de impressão, quando o negócio foi inaugurado há 15 anos. “Trata-se de uma técnica que tem grande procura em diversos mercados e, por isso, não sofre tanto com a sazonalidade”, aponta Fernando Ballester, diretor proprietário da empresa, que trabalha com aplicação de cores chapadas e quadricromias em nylons, tecidos e PVCs. Em serigrafia, mesmo que existam materiais que não aceitam ou não promovam a fixação da tinta, na reali14

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Rick Powell/Flickr

Cheiro de tinta fresca

Sem limires: serigrafia permite aplicação em diversos substratos. Camisetas usam e abusam da técnica

dade são poucos os que não permitem personalização; já outros métodos de impressão têm mais restrições – a sublimação, por exemplo, só tem bom desempenho em materiais de poliéster e em peças claras. “Um silk feito com técnica e qualidade apresenta sempre cores muito vivas e mínimas limitações de aplicação”, comenta Ballester. As vantagens da antiga técnica cativam inúmeras empresas, inde-

pendente do tamanho ou da frente de atuação. Roberta Stocco é proprietária da marca Babsie, que surgiu com uma “pegada” autônoma para desenvolver bolsas e sacolas de lona em algodão. “Trabalho com essa técnica por ser a opção com melhor qualidade, mais prática e de pouco custo para impressão em tecidos”, acrescenta. Segundo ela, a técnica ainda oferece outros pontos positivos: “melhor definição e finalização no traço da arte, cores mais


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Elvert Barnes/Flickr

CAPA CAPA - PARTE 1

O método de personalização desfruta de uma grande oferta de produtos para aplicação, como tintas plastisol, vinílica, epóxi, etc

O lado “ruim” da serigrafia • Impressão restrita a superfícies planas • Técnicas como quadricromia podem apresentar diferenças de tonalidades • Dependendo da arte, a resolução pode ser inferior em relação à impressão digital • Em caso de diversas cores, exige-se o uso de mais telas • Por causa da quantidade de telas e mão de obra, pode não valer a pena para a impressão de poucas peças

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vibrantes e a possibilidade de estampar em tecidos de algodão, o que com a sublimação não é possível”. A capacidade de chegar a um resultado final distinguível inclui diversos fatores, entre eles a habilidade e o conhecimento do profissional que executa a técnica - a serigrafia reúne macetes que parecem um pouco mais difíceis de serem solucionados à primeira vista. “Produzir estampas com muitas cores é um trabalho muito minucioso e complicado”, reforça Roberta. A empresária acredita que a forma de superar os entraves é focar na prática e também possuir os recursos necessários.

Vasto cardápio de resultados

O advento de novos produtos destinado à serigrafia, aliados à boa produtividade e versatilidade de aplicação, colocaram a técnica em um patamar que, mesmo com tecnologias mais recentes, mantiveram-na como uma opção de personalização contrária ao resultado padronizado de computadores e impressoras. É nesse ponto que Rodrigo Lelis, desenvolvedor de produtos da Matriz Estamparia, diferencia as duas importantes ferramentas de customização: “Uma [característica] é a proximidade serigráfica com a arte, a outra é o uso da tecnologia para existência da sublimação”.


Elvert Barnes/Flickr

Para experimentar! Serigrafia oferece inúmeras oportunidades aos operadores. Por isso, deixe sua criatividade ir além e dê asas a sua imaginação

Ao seguir uma receita para cozinhar, você já deve ter sentido na pele aquela vontade de burlar padrões para misturar outros ingredientes só para ver no que vai dar. O silk oferece uma sensação “fora da lei” semelhante quando o operador inventa aplicações na tentativa de alcançar efeitos diferenciados. A partir dessa possibilidade de experimentações, o profissional desenvolve um repertório maior que influencia na sua capacidade de criação. “Permito-me, muitas vezes, estampar de forma livre, ‘batendo’ telas com artes diferentes ou a mesma tela com cores diferentes, tendo como resultado

a sobreposição de estampas e/ou de cores”, fala Roberta Stocco. Lelis também é defensor da veia inventiva e criativa. “A técnica não foi totalmente explorada, é preciso mesclar e experimentar muito mais”, defende. Grande parte da sua produção é direcionada ao mercado têxtil e, uma das formas de valorizar seu produto, é aplicando diferentes efeitos, como hotfix (pedraria) sobre as estampas. Outras opções disponíveis de efeitos são alto relevo, foil, floco e glitter. Conforme ele propõe, a serigrafia pode ser aplicada sobre a sublima-

ção para ampliar as possibilidades, e assim as técnicas interagem para acrescentar uma a outra. “Algumas marcas arriscam sublimação juntamente de silk e hotflix, que aqui é apelidado de pot-poutti, ou três em um”, esclarece. Quando ele fala em “explorar”, a ideia não se restringe apenas à aplicação da técnica, mas ao uso inventivo do próprio espaço para o desenvolvimento do processo. “Sempre atuamos no mercado têxtil com alta demanda, agora com algumas dificuldades estamos nos adaptando para a estamparia itinerante em eventos e feiras”, sugere.

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CAPA CAPA - PARTE 1

Old but gold

A serigrafia é uma “mão na roda” da personalização, mas, como tudo na vida, possui limitações. A necessidade de impressão em superfícies planas e as diferenças de tonalidades em determinadas aplicações – lembrando de que se trata de um trabalho manual – são realidades do processo. Juliana e Tatiane Kato, proprietárias da estamparia Silk Screen Kato, elencam mais um fator baseado na rotina do estabelecimento que dirigem: quantidade x preço.

Outra questão esbarra na resolução da impressão. “Como trabalhamos com retículas (pontos), a arte dificilmente ficará com a mesma resolução e qualidade se fosse reproduzida por impressão digital”, justificam. Nesse caso, a sublimação aparece como alternativa

para o projeto por sua capacidade de reprodução de fotografias ou imagens muito coloridas. Por isso, de acordo com elas, é importante manter o cliente informado sobre todos os pontos positivos e negativos de cada técnica para que ele possa escolher o que melhor se encaixa em seu produto. “Um exemplo seria um cliente que encomenda algumas peças somente para eventos em que a durabilidade não é fator crucial, e um cliente que irá comercializá-las”, diferenciam. Na luta diária da personalização, por mais velha que seja, ainda não foi decretado o estado senil da serigrafia. A ferramenta continua navegando no mar da contemporaneidade, atendendo a várias demandas do mercado por meio de seus diferentes recursos. “É importante salientar a durabilidade. A peça pode deteriorar, mas com o silk continua lá”, finalizam Juliana e Tatiane Kato.

Charlotte Powell/Flickr

De sacola a camisetas, de rótulos a velocímentros: enquanto diversos mercados utilizam da técnica, ela estará longe de um fim

“Recebemos solicitações de orçamento de clientes que estão montando a sua própria marca ou criando um e-commerce e, por falta de informação sobre como os processos funcionam, acabam escolhendo trabalhar com artes muito coloridas (no caso, indicamos a quadricomia) ou muito extensas (padronagem)”, exemplificam. Elas continuam: “Porém, são técnicas caras por causa da quantidade de telas a serem gravadas e pela mão de obra, impossibilitando muitas vezes [o valor] ser repassado ao consumidor final, caso não seja realizada uma quantidade de peças significativa”.

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Para sair (e se manter) Depositphotos

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Novas tecnologias sublimáticas para customizar camisetas, canecas e bolsas são opções para tornar a produção menos complexa de executar, e mais acessível. Veja como aproveitá-las e deixar sua empresa sempre na liderança

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magine que você vai visitar a Tailândia. O que você levaria além de protetor solar? Com certeza uma câmera digital para fazer a selfie perfeita nas paisagens exóticas que conhecerá. A viagem tem tudo para render um cartão de memórias lotado. Muito desses registros provavelmente serão compartilhados com os seus seguidores do Facebook. Mas e o resto? Você deixaria que aquelas imagens se tornassem mais um acumulado de gigabites? As tecnologias digitais de personalização trazem a solução para esse dilema. Hoje é possível estampar fotografias em camisetas, canecas, squeezes e azulejos – ou o que sua criatividade permitir – graças às técnicas que reproduzem imagens por meio de impressão em alta qualidade. Silk-Screen

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Roland DG/Divulgação

CAPA CAPA - PARTE 2

Na sublimação, quanto mais sintético for o tecido, mais bonita e intensa ficará a cor da estampa

Por muito tempo o mercado de personalização se limitou a produzir estampas utilizando a serigrafia por não haver outras tecnologias disponíveis. “Isso acabava bloqueando as possibilidades do cliente, seja pela necessidade de uma alta quantidade para valer o investimento, ou simplesmente pela tecnologia

impossibilitar a produção”, comenta Guilherme Vasconcelos, da equipe de vendas da Shumi, que oferece soluções na área têxtil. No caso da reprodução de fotografias, segundo ele explica, com a serigrafia seriam necessárias inúmeras telas, ou a utilização da policromia, que tem um custo elevado de produção.

Suba no ringue sublimático: veja pontos fortes VS. pontos fracos • Custo fixo independente da quantidade de peças produzidas x Fixação apenas em tecidos claros • Imprime imagens ricas em detalhes x Sofre com restrições em relação ao tecido, que deve ser composto por poliéster • Ganho na velocidade de produção x Custo elevado para investimento em maquinário digital

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Nesse ponto, a entrada da impressão digital veio para somar no quesito personalização ao oferecer mais qualidade e possibilidade com menor custo e tempo de produção. “Na impressão com jato de tinta direto no tecido, é possível produzir desde um logo simples de empresa até uma fotografia de 1200 dpi com fidelidade, aplicando todas as tintas de uma só vez”, acrescenta Vasconcelos. Aqui, a customização é indicada para aplicações localizadas de diferentes peças de roupa, como camisetas, calças, bolsas, bonés e gorros, meias, calçados, entre outros. “Por isso, a impressão digital é interessante para confecções de pequeno, médio e grande porte, e até para quem não quer mais depender de fornecedores e produzir as próprias peças para vender ao consumidor final”, defende ele.


Silk-Screen

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CAPA CAPA - PARTE 2

Sucesso sublimático

O mercado demandou e uma das novas ferramentas de impressão surgiu como um processo conhecido das velhas aulas de química: a sublimação. “A tecnologia ganhou relevância pelo fato de ser muito eficiente e permitir que o mercado seja atendido de forma personalizada”, afirma Sean Máximo Silva, gerentes de produtos LFP da Epson. Segundo ele, no começo, houve bastante expectativa relacionada à tecnologia, que evoluiu muito em pouco tempo, aumentando a confiabilidade no processo. “Existe uma

Roland DG/Divulgação

É possível confeccionar vestidos, uniformes esportivos e moda praia utilizando a sublimação

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diversidade de trabalhos a ser atendido por essa impressão, sendo ela muito flexível por não se restringir a uma ou outra aplicação”, coloca. De fato, a sublimação atende diversas frentes, como vestuário e moda, uniformes esportivos, moda praia, decoração, comunicação visual, mercado promocional e foto produto. “Pode-se fazer desde confecções em geral, vestidos, cortinas, toalhas, além de itens personalizados como bolsas, chinelos, mouse pads, canecas, cerâmicas de parede, entre outros”, cita Manoela Christoff, gerente da J-Teck.“É um processo de fácil acesso, que permite uma série de facilidades, como reproduzir uma imagem com maior espectro de cores.” Outro diferencial está relacionado à dinâmica de aplicação. Exige-se poucos funcionários para desempenhar o processo de customização. Segundo Manoela, a empresa que tem interesse em usufruir das vantagens oferecidas por esse método deve contar com um operador para manusear o equipamento e outro para comandar a prensa térmica. Também, é possível que a mesma pessoa execute as duas tarefas.

Imprime, prensa e vende

Como não há muitas dificuldades para comandar a impressão, empreendedores autônomos acabam optando pelo método. Kamis Mendonça é proprietária da marca Corações & Alfinetes, que fabrica canecas de cerâmica e vidro resinados, azulejos, chinelos e imãs, incluindo ainda camisetas, capa de almofada e avental feitos com tecidos em poliéster. “A sublimação é uma novidade no mercado que te dá uma ampla opção de foto produto”, acredita. Na sua opinião, a técnica se destaca por ser mais fácil de executar. “Posso fazer qualquer tipo de arte que o cliente solicitar, desde foto a um desenho.”


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CAPA CAPA - PARTE 2

um resultado final satisfatório. Embora o processo se restrinja ao uso de malhas e tecidos claros em poliéster, Kamis supera os entraves focando nos diversos outros produtos que essa impressão permite criar.

Corações & Alfinetes/Divulgação

E é importante citar mais um diferencial do processo: tanto faz produzir uma ou duzentas peças, já que o custo é parecido. “É possível imprimir uma única peça ou centenas delas, porque o custo fixo é praticamente o mesmo sem influência da quantidade produzida”, diz a supervisora de marketing da Roland, Michelle Fernandes.

Técnica permite impressão de desenhos e fotografias em alta resolução

A vantagem do uso da técnica também está atrelada à variação de produtos e clientes, conforme elenca. “Além disso, é mais fácil de trabalhar em comparação ao silk”, aponta Kamis. Ela comprou uma impressora já adaptada para fazer seus trabalhos. Além disso, edita as artes no Photoshop para

que a qualidade e as cores saiam mais vivas na impressão. “O ponto negativo na sublimação é a limitação em algodão e tecidos escuros”, coloca. Para ela, mesmo que existam algumas técnicas que possibilitem aplicação em tecido escuro, porém não geram

Se você se sentiu convencido pelas características da sublimação, saiba que de acordo com Michelle, um fator a ser levado em conta é o gasto em maquinário digital, que pode ser maior. “Para reverter o investimento basta analisar a necessidade da empresa e sua demanda. Muitas vezes a compra considerada inicialmente alta pode ser revertida com o aumento da produtividade da empresa, trazendo retorno financeiro mais rápido”, acredita.

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Para empresas que atuam no mundo da moda, técnicas da serigrafia e sublimação se fazem necessárias para que todos os trabalhos desse ramo sejam atendidos

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Duas técnicas, uma empresa

Existem discussões no mercado sobre qual técnica é melhor: serigrafia ou sublimação. Cada uma nutre características que atende não apenas a empresa que oferece serviços, mas também o cliente final. Pensando que a carteira de clientes que buscam essas formas de personalização é bem próxima, um diferencial é implantar os dois sistemas para atender dependendo do tecido, da arte ou mesmo do desejo do cliente. O resultado é a oportunidade de analisar qual serviço seria mais adequado para cada tipo de impressão sem ter que, talvez, perder o trabalho. “Em uma empresa que provê os dois serviços de impressão, é possível dividir

os trabalhos de acordo com a quantidade e qualidade de imagem exigida no produto final”, afirma Michelle Fernandes. Para ela, a serigrafia seria uma opção para pouca quantidade de peças e qualidade de impressão alta, porém sem detalhes. Já quando a necessidade de produção for de larga escala e as peças pedirem riqueza de detalhes na imagem, cores especiais, alta resolução ou impressão de fotos, a melhor opção seria a sublimação. Comparações à parte, a grande verdade é que cada tecnologia tem seus pontos fortes e fracos. O importante é identificá-los e, quando necessário, informar os clientes sobre esses aspectos. “O mercado tem suas necessidades e desejos a cada demanda, que

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Um dos maiores pontos positivos da técnica é imprimir desenhos com riqueza nos detalhes

costumam ser diferentes”, acrescenta Michelle. Dessa forma, a serigrafia ainda reinará em determinado nicho não abarcado pela sublimação; enquanto a segunda técnica acolherá os trabalhos que a serigrafia não realiza, ou não realiza bem. Nessa divisão, não há espaço para hierarquias.

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TOQUES & PITACOS

Como tratar bem o seu tecido? Sublimação Principais tecidos para customização • Cetim • Devore • Chifon • Poliester fiado • Helanca light • Tactel • Neoprene

Como identificar o tecido para a sublimação

Sempre escolher tecidos de poliéster de acordo com o tipo de confecção.

Tecido em alta

Chifon, pois tem custo baixo, oferece mais beleza e valoriza a peça final.

Tratamento para esses tecidos

Em geral, é preciso se atentar no corte e gabarito do tecido de acordo com a estampa. O pré-encolhimento, caso haja necessidade, também é importante.

Como estocar o tecido

Após a aplicação da sublimação no tecido, o mesmo não tem nenhuma restrição para armazenamento. No entanto, é importante salientar que a estampa a qual o tecido foi submetido através da sublimação, não corre o risco de sair após a lavagem.

Problemas mais comuns na impressão

Sombras: ocorre por causa do encolhimento de determinados tecidos. Manchas: acontece pela falta de cuidado na hora de estampar. Prensas desreguladas: influência nos dois problemas citados anteriormente.

Dicas para melhor impressão

Fazer testes antes para adequar tempo e temperatura para determinados tecidos.

Cuidados e precauções para utilizar os tecidos

O mais importante é procurar fornecedores de qualidade, bem como know-how no mercado.

Fonte: Sérgio Valentim, sócio diretor da Gráfica do Dharma

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oucos lembram que para uma impressão dê certo no tecido, a qualidade do equipamento e tinta não são os únicos fatores. Veja alguns pontos essenciais dos tecidos e saiba como tratá-lo da maneira correta para os processos de sublimação e impressão direta.

Sim, existem diversos tipos de tecidos que aceitam as mais variadas formas de personalização. No entanto, cada um possui a sua característica que pode variar de acordo com o processo de impressão. “Tecidos de algodão são indicados para processos silk-screen e impressão direta. Já tecidos sintéticos funcionam em transferência por sublimação”, comenta Hugo Charles Klüger, engenheiro mecânico da Mogk. Confira agora as principais questões que envolvem os tecidos e seus tratamentos para os processos de impressão sublimática e direta!

IMPRESSÃO DIRETA (CORANTE REATIVO) Principais tecidos para customização • Viscose • Algodão • Seda Importante: a gramatura dos tecidos fica entre 100 a 120g/m

Como identificar o tecido para a sublimação

No processo de impressão direta, a tinta reativa possui afinidade com fibras naturais (predominância de 70%).

Tecido em alta

Viscose, por causa do caimento que ele proporciona à peça, juntamento ao toque agradável.

Tratamento para esses tecidos

A receita de preparação é de acordo com cada tipo de tecido. Basicamente, ele passará por um fular para impregnação do tratamento no tecido. Após este processo, a secagem é feita em uma rama.

Como estocar o tecido

Antes e depois da impressão, importante abrigar as peças em um lugar que seja protegido de luz e umidade. Uma boa dica é estocar em sacos escuros e fechados.

Problemas mais comuns na impressão

Tecido com fibras soltas na superfície: no processo de impressão, a tinta não cobrirá 100% do tecido.

Dicas para melhor impressão

Para otimizar o processo, o tecido deve ser de qualidade e passar por um bom preparo na tinturaria - eliminar as impurezas, atingir um grau de branco padronizado e ser um material sem nenhum acabamento (ex: amaciante).

Cuidados e precauções para utilizar os tecidos

Sempre manter o mesmo padrão em todo o processo – receita de tratamento, composição do tecido e maquinário.

Fonte: Fabiano Galdeano, técnico de processo têxtil da Global Química & Moda

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ESPECIAL

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Consultório do doutor

Garment! As Garment Prints viraram febre no mercado por facilitar a vida das estamparias que trabalham com personalização. Mas qual é a hora para investir em uma? Descubra quais são os sintomas que te levarão a aderir essa tecnologia e o qual o momento para apostar nela

V Léo Martins

ocê já parou para pensar o quanto os processos de se realizar estampas em camisetas evoluiu com o tempo? Primeiro, tivemos a serigrafia, que basicamente iniciou tudo. Anos mais tarde, a sublimação se mostrou como mais uma alterna-

tiva para os profissionais dessa área. Agora, uma das mais recentes tecnologias é a Garment Print que, por imprimir diretamente no tecido, oferece algo que até então esse setor nunca tinha visto. Mas afinal, quando vale a pena apostar nesse equipamento? Qual é a hora certa para comprá-lo?

Para te ajudar a responder essas e outras perguntas é que a Revista Silk-Screen montou um verdadeiro consultório médico para te ajudar a identificar os “sintomas” que te farão ou não adquirir essa máquina. Portanto, chegue mais! Seja bem vindo ao consultório do Doutor Garment! Silk-Screen

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ESPECIAL

Antes do surgimento das DTGs, Guiñazú conta que o mercado era restrito à serigrafia, com a impressão destinada principalmente às grandes tiragens e com uma definição longe da qualidade fotográfica Um exame direto

Também conhecida como Direct-To-Garment (DTG), as Garment Prints [ou impressão de vestuário, em tradução livre] são equipamentos que estampam diretamente na roupa. “De maneira mais geral, esse procedimento é conhecido com estamparia digital localizada”, resume Julio Miranda, promotor de vendas da Silmaq. Ou seja, para realizar a impressão, essa tecnologia dispensa qualquer outro tipo de “intermediário”, comenta Sean Maximo Silva, gerente de produtos LFP da Epson. “Com ela, é possível realizar impressão de imagens diretas no algodão, dispensando a uti-

lização de chapas ou telas”, explica. “É bom lembrar que esse equipamento é uma excelente opção para a redução de custos e mão de obra”, reforça Oscar Guiñazú, diretor da Danfex. Ele ainda atenta que essas máquinas oferecem ao usuário um aumento ilimitado de qualidade no processo de impressão de pequenas e médias tiragens em tecidos como algodão, sintéticos claros e algodão mescla. Antes do surgimento das DTGs, Guiñazú conta que o mercado era restrito à serigrafia, com a impressão destinada principalmente às grandes tiragens

Garment Prints são indicadas para trabalho em tecidos de algodão, sintéticos claros e algodão mescla

e com uma definição longe da qualidade fotográfica. “De fato, a área utilizava somente o processo de estamparia convencional, onde há uma grande dificuldade em fabricação de pequenos lotes, por exemplo”, acrescenta Miranda. O surgimento desses equipamentos beneficiou o segmento que produz lotes pequenos e médios. “Com a entrada das impressoras Direct-To-Garment, possibi-

Cinco tendências para a Garment Print Formaturas: com a tecnologia, você pode imprimir imagens personalizadas de alta qualidade e em mínimas tiragens. Quiosques em shoppings: permite a impressão quase que instantânea de imagens fotográficas para personalização de camisetas e todo tipo de artigos de vestiário. Roupas de crianças: como as tintas são base água do tipo ecológica, a personalização de roupinhas de criança se transforma em uma operação muito segura e atóxica. Mercado Pet: este segmento cresce dia a dia e, no que se refere a personalização, vem se transformado em um grande nicho de mercado.

Danfex/Divulgação

Eventos de todo tipo: shows, festas corporativas, encontros de igrejas, passeatas, escolas, promoções, lembranças fotográficas em quiosques de pontos turísticos, etc. Todos esses acontecimentos são um prato cheio para aproveitar seu equipamento! Fonte: Oscar Guiñazú, diretor da Danfex

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Global Química & Moda/Divulgação

Mercado é extremamente amplo para a máquina, principalmente na área de personalização de vestuário, como o de camisetas

litou-se maior agilidade e oportunidade de produção de peças personalizadas e instantâneas”, complementa Silva. Outro benefício dessa máquina, como reforça Guiñazú, fica por conta da possibilidade que ela oferece ao usuário de produzir peças personalizadas com um padrão de imagem muito similar a uma fotografia. “Isso representa uma 07x28grande global.pdf 1 17/08/15 14:23 oportunidade de negócio nos

segmentos de pequeno e médio empresário. Afinal, essa solução possui baixo custo de investimento e simplicidade operacional”, expõe. Esse tipo de virtude possibilita com que o detentor dessa máquina tenha um retorno de investimento muito rápido. “Uma produção a partir de 20 camisetas por dia já viabiliza o investimento”, crava Silva. E na análise de Miranda, de fato, a redução de custos imposta pela estamparia digital é o

Referência Global no mercado Têxtil Di Digital

maior benefício que a empresa terá. “O usuário percebe a necessidade de adquirir um equipamento após perceber o custo de todos os processos do método de estampa convencional e as dificuldades durante esses processos”, enumera. Por outro lado, assim como toda tecnologia, a DTG também possui os seus pontos fracos. “Apesar da velocidade e da possibilidade de trabalhar com

Sure Color F2000 A grande novidade Epson na Impressão Direta em camisetas de algodão (todas as cores)

www.gqm.com.br comercial@gqm.com.br gqm.com.br A Global Química & Moda é distribuidora oficial no Brasil das Tintas Xennia e soluções Epson

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Arquivo RSG

ESPECIAL

Estamparias que querem abrir um e-commerce para personalização de camisetas encontram das Garmet Prints uma boa opção para iniciar sua ideia

Aproveite ao máximo! Confira quatro dicas para você aproveitar toda a capacidade de sua DTG: Olho na arte: quanto melhor a qualidade da arte que será impressa, melhor ficará a impressão na camiseta. Preparando o terreno: a aplicação do prime (liquido de preparação do tecido usado quando é utilizada a tinta branca) é tão importante quanto a impressão Dê tempo ao tempo: o processo de cura da impressão (utilização de prensa, estufa, etc) é responsável direto se a impressão ficará brilhante ou opaca, por exemplo. Perto, muito perto: a distância da cabeça de impressão do tecido é ajustável. Por isso, quanto mais próximo a cabeça estiver do tecido, mais definição a arte terá. Fonte: Felipe Simeoni, gerente de negócios da Global Química & Moda

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peças exclusivas, talvez o custo para aquisição do equipamento ainda pode ser apontado como um aspecto negativo”, opina Felipe Simeoni, gerente de negócios da Global Química & Moda. Já Guiñazú comenta que uma Garment Print perde em grandes tiragens, pois “o custo de impressão, nesse caso, se torna mais caro do que utilizar serigrafia”. Miranda concorda: “Visto que essa impressora é indicada para personalização, a estamparia convencional se destaca quando se trata de grandes volumes de peças com a mesma estampa, pois consegue diluir custos envolvidos no processo”, informa. O desempenho de uma Direct-ToGarmet e suas respectivas características podem ser aproveitados muito bem por nosso setor, como área de personalização de vestuário. Outros mercados como prototipagem e até vendas de camisetas online são outros segmentos em que essa impressora pode desbravar. “Além disso, diversas empresas que antes produziam grandes volumes, hoje buscam esta tecnologia”, acrescenta Miranda. Já Guiñazú resume que qualquer nicho que busque qualidade de tecidos

e valorize o conforto, são perfeitos para essa máquina. “Ou seja, aqueles que querem trabalhar com tecidos em 100% de algodão, podem aproveitar esse equipamento, principalmente quem pretende montar um esquema de personalização de camisetas via e-commerce”, indica.

Chegou a hora de investir?

Vamos supor que você tem uma estamparia e que, em algum momento, entende que montar um e-commerce é uma boa sacada para aumentar o faturamento. Para deixar a oferta mais ampla, seu comércio disponibiliza uma grande variedade de estampas para os clientes, porém, oferecendo também ao público a possibilidade de fazer de 1 a 50 pedidos da mesma estampa. A pergunta é: como ganhar lucro com pequenas e médias quantidades? É nesse momento que a Garment Print pode ser a alternativa que você procurava para conseguir atender todos os tipos demandas, das pequenas as relativamente grandes. “A produção de amostras, mostruários, personalização de camisetas e vendas online, dificultam a produção ‘comum’ por se


A situação descrita anteriormente, segundo Oscar Guiñazú, da Danfex, é um típico exemplo que “obriga” o usuário a investir em uma DTG. “Quando ele tem uma boa demanda em pequenas ou médias quantidades de impressões que não são viáveis de ser impressas em se-

Danfex/Divulgação

tratar de serviços de baixo volume”, explica Julio Miranda, da Silmaq. “Esse equipamento é perfeito quando a empresa produz um número expressivo de camisetas sem estampas e que só são trabalhadas quando vendidas no site”, complementa. Segundo Miranda, a impressora é indicada para um processo on-demand, onde a empresa consegue trabalhar com um baixo número de estoque de camisetas.

A fidelidade de foto que uma impressora Direct-To-Garment reproduz é uma das maiores vantagens do equipamento

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ESPECIAL

INFOGRÁFICO

O diagnóstico definitivo Sintoma 03 Diminuição da operação

Se seu intuito é dar uma reduzida no número de funcionários da empresa, porém, sem deixar o lucro cair, a DTG também mostra um caminho interessante. Afinal, a máquina carece de apenas uma pessoa para operar o equipamento.

Sintoma 02 Para pequenos e médios

Talvez, a maior virtude desse equipamento é conseguir atender demandas pequenas e médias de personalização. Com essa possibilidade, você pode até investir na abertura de um e-commerce, que recebe números de pedidos “incomuns” para as estamparia convencionais - você pode imprimir somente uma ou 50 camisetas, por exemplo.

Sintoma 01 Busca por rapidez

Com o avanço da tecnologia, esses equipamentos se tornaram muito rápidos. Para se ter uma ideia, atualmente, é possível imprimir uma camiseta em menos de 1 minuto e, em alguns casos, em menos de 20 segundos (em imagens com tamanho A4).

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Rápidas, versáteis e com qualidade acima da média. Mas será que realmente é necessário você investir nessa tecnologia? Para te auxiliar nessa decisão, confira sete sintomas que comprovam a necessidade de você adquirir ou não uma Garment Print!

Sintoma 04 Olha o passarinho

Uma das maiores qualidades dessa tecnologia é a impressão com qualidade fotográfica. Então, se você busca qualidade, pode comemorar! A resolução de uma DTG chega até 2.440 dpi, o que reforça o padrão de foto das imagens reproduzidas.

Sintoma 05 Como uma pena

Quer trabalhar em eventos como shows e aniversários, imprimindo camisetas em tempo real? Pois bem, essas máquinas possibilitam isso não só por sua capacidade, mas também por seu peso. Os equipamentos são portáteis podendo ser transportados a qualquer lugar com muita facilidade!

Sintoma 06 Barateiro

Economizar, mas mantendo o padrão de qualidade. Esse é um grande dilema a ser resolvido. Considerando especialmente as exigências de pequena e media tiragem com alta qualidade, os custos de operação e fabricação são baixos, as Garment Prints podem ser a resposta para sua pergunta.

Sintoma 07 Chega de intermediários

Outro ponto é que com essa solução, você consegue realizar as impressões nas camisetas sem o auxilio de nenhum “intermediário”, como chapas ou telas. Por consequência, você também diminui o custo de operação.

Fonte: entrevistados durante a reportagem Silk-Screen

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ESPECIAL

Silmaq/Divulgação

Também conhecida como Direct-To-Garment (DTG), as Garment Prints [ou impressão de vestuário, em tradução livre] são equipamentos que estampam diretamente na roupa

As DTGs oferecem a possibilidade do usuário de produzir peças personalizadas com um padrão de imagem muito similar a uma fotografia

rigrafia - muitas estampas X baixa quantidade de cada uma -, força com que o usuário compre essa máquina”, detalha. “Em outras palavras, quando sua ideia é ter peças personalizadas sob demanda, caracteriza uma real oportunidade de se investir em uma Direct-To-Garment”, resume Sean Maximo Silva, da Epson. E, conforme Felipe Simeoni, da Global Química & Moda, toda essa possibilidade se explica pela particularidade principal do equipamento. “Por essa solução imprimir direto no algodão em peças de qualquer cor, permite com que o usuário trabalhe com pedidos rápidos”, indica. “Além 38

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disso, quem adquire essa impressora, no fundo, está buscando atender melhor o seu cliente, com mais velocidade e qualidade, já que a impressão é com definição fotográfica”, reforça. Outro ponto importante de frisar são as situações em que o processo de DTG substitui algum mais tradicional. “No caso da sublimação, ela pode substituir por possibilitar impressão em materiais de algodão e algodão mescla (camisetas, uniformes, etc.), algo que não é possível com a sublimação”, comenta. “Já no caso da serigrafia, a impres-

são direta também pode ser uma boa pedida, pois possibilita que o usuário realize serviços de pequenas e médias tiragens”, completa.

Depois do diagnóstico, o futuro!

Sim, sabemos que os equipamentos de impressão direta possibilitam que seu usuário realize trabalhos diferenciados, com qualidade e, principalmente, com muita versatilidade de quantidade. No entanto, na análise de Felipe Simeoni, da Global Química & Moda, esse mercado ainda pode crescer muito em território


Oscar Guiñazú, da Danfex, defende que por todo seu aspecto, esse equipamento tem futuro garantido no mercado brasileiro. “Para aqueles que ainda apostam na personalização, assim como os requerimentos de pequenas tiragens com alta qualidade, esta solução é o caminho para dias melhores”, prevê. Nesse contexto, ele aposta que o crescimento será exponencial. “Talvez o segmento de micro empresário seja o que mais irá crescer.” E com esse crescimento, logo, essa impressora também terá evoluções notórias em seus aspectos. Para Simeoni,

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nacional. “Atualmente, ainda temos poucas empresas com essa tecnologia. Para se ter uma ideia, apenas 3% da produção nacional esta no digital”, informa. Entretanto, Sean Maximo Silva, da Epson, crava que de fato, esse segmento está em franco crescimento. “Uma vez que peças personalizadas nunca saem de moda, e com o cenário atual de recessão, uma camiseta personalizada garantirá um ótimo amanhã”, diz.

Para aqueles que ainda apostam na personalização, assim como os requerimentos de pequenas tiragens com alta qualidade, a DTG é uma boa pedida!

a primeira grande mudança é no que diz respeito à performance da máquina. “Como tudo na área tecnológica tem tendência de sempre evoluir, acredito que para as DTGs, a velocidade de impressão irá aumentar muito e, consequentemente, o custo também tende a cair”, projeta. Por fim, Guiñazú relata que as Direct-To-Garment, nos últimos 10 anos, tiveram um crescimento muito

grande. Entretanto, a busca para que o desempenho dessas soluções melhore ainda é constante. “Por isso, acredito que os grandes fabricantes procuram investir em tecnologia que implique velocidade, tamanhos diferenciados de impressão e, principalmente, qualidade em todos os trabalhos impressos. Quem ganha com isso é a área como um todo”, conclui.

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PASSO A PASSO

Efeito corrosão colorido Realizar efeitos em camisetas pode se mostrar uma atividade bem simples e divertida se você tiver as orientações corretas. A Gênesis Global desenvolveu um passo a passo para o efeito corrosão colorido utilizando o produto Hidrocryl Super Corrosão. Confira a seguir!

Passo 01

Para este efeito, deve-se utilizar a tinta Hidrocryl Super Corrosão sem cheiro, que pode ser fornecida clear para pigmentação ou pronto para uso

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Passo 02

A tinta Hidrocryl Super Corrosão é bi-componente, devendose adicionar 5% do Hidrocryl Redutor para preparar a tinta


Passo 03

Passo 04

Neste momento do processo, é utilizado um desenhom de quatro cores. Para isso, em primeiro lugar, aplica-se o Hidrocryl Super Corrosão Amaprelo Fluor com uma tela de 54 fios/cm, que deve ser resistente a água com duas ou três passadas

Passo 05

Depois, é aplicado o Hidrocryl Super Corrosão Verde Fluor. Nesse momento, cabe uma observação: todas as cores podem ser aplicadas no processo úmido-sobre-úmido

Passo 06

Em seguida, é aplicado o Hidrocryl Super Corrosão Pink Fluor

Passo 07

Por último, é utilizado o Hidrocryl Super Corrosãoi Azul Fluor. É sempre bom lembrar que nesse momento, é necessário utilizar tecidos com tingimento de corantes reativos para obter a corrosão

Passo 08

Após a aplicação das cores, é muito importante não deixar a estampa parada durante muito tempo antes de ser estufada. Caso contrário, ela perde seu poder corrosivo

Nessa fase, você pode estufar ou prensar o que foi produzido. Neste caso, o método escolhido foi a prensagem submetida a 180°C, por 12 segundos e 100 libras

Passo 09

Pronto! Seu efeito corrosão está finalizado e pronto para mostrar aos seus clientes!

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ÍNDICE DE ESPECIAL ANUNCIANTES

AF Malhas............................................................................................................ 39 Diamante.............................................................................................................. 35 Embaplan............................................................................................................. 39 FutureTEXTIL.............................................................................................. 3ª capa Global Química.................................................................................................... 33 J-Teck.......................................................................................................... 4ª capa Labipel................................................................................................................... 7 Marfel................................................................................................................... 39 Mat Brindes......................................................................................................... 27 Metalnox.............................................................................................................. 19 Mimaki.................................................................................................................. 15 Mogk...................................................................................................................... 5 Multi Royal........................................................................................................... 35 Papeis Havir......................................................................................................... 23 Serigrafia SIGN..................................................................................... 2ª capa e 3 Site SignSilk......................................................................................................... 25

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ESPECIAL

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