Buzum! Livro do Professor 5ª Edição

Page 1



PAINEL


Ano civil 2019 Volume 5 Prefixo Editorial 69092 ISBN 978-85-69092-07-0 Título Livro do professor Tipo de Suporte Papel Editor BUZUM PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E COMÉRCIO LTDA.


apresentam

2019



Aos Professores Transformar os espetáculos teatrais do BuZum! neste livro foi um desafio e um privilégio. Quando levamos os nossos espetáculos aos alunos das escolas, levamos também aos Professores uma sugestão pedagógica, possibilitando que os temas trabalhados nas peças de teatro continuem dentro das salas de aulas. Essa iniciativa surgiu do processo educativo vivenciado em nossas experiências. Sabemos que a arte é a expressão da vida e favorece o desenvolvimento integral do indivíduo em sua condição de ser humano. Por isso, as páginas seguintes traduzem mais uma expressão artística do nosso projeto: espetáculos do nosso teatro de bonecos transformados em belas histórias em quadrinhos. Para cada história publicada neste livro, apresentamos uma série de sugestões pedagógicas, organizadas em “projetos de trabalho” que contemplam de maneira interdisciplinar as áreas do conhecimento trabalhadas nas escolas. Nosso desejo é oferecer aos professores um material que amplie significativamente as dimensões e as possibilidades da aprendizagem. Aliás, a estimulação da aprendizagem pela arte e a valorização do professor, na sua sublime missão de educar, são os objetivos desta publicação. Boa leitura!


sobre o Teatro e educação são o combustível que movem o BuZum! pelo Brasil afora. O projeto nasceu em 2010, da vontade conjunta de Beto Andreetta, Jackson Íris e Mari Gutierrez. Eles uniram paixão e experiência para levar teatro de bonecos às escolas, a fim de que crian­ças e adolescentes que ainda não conhecessem essa arte – ou com dificuldade de acesso às artes em geral - pudessem entrar em contato com esse mundo lúdico. O pequeno teatro ambulante se torna grande a cada apresentação. É um lugar onde a magia dos bonecos se expressa despertando curiosidade e novos apaixo­ nados pela técnica. A cada sessão, até 50 espectado­res ficam com olhos vidrados nos movimentos e falas dos personagens. Esse espaço de sonhos carrega consigo todo o equi­ pamento teatral necessário para os espetáculos: tem plateia, tem palco, iluminação, sonorização, ar-condi­ cionado.. – sim, senhor! - É um ônibus especialmente reformado que chega à porta das escolas, creches, casas, praças, parques.. Um teatro que vai ao encontro do seu público, com clima intimista e bonecos que encenam diferentes histórias e situações.

Chega às crianças onde elas estiverem. São até sete sessões por dia, com 20 minutos cada, tempo exato para não interromper a dinâmica da escola. A criança sai da sala, entra no BuZum!, assiste ao espetáculo e volta pra sala, tudo isso em menos de 45 minutos duração média de uma aula. A cada dia um novo lugar, novas escolas, novos públicos. O BuZum! já bateu a marca de 12.000 apresentações, todas gratuitas! E isso só é possível porque o Brasil conta hoje com uma série de leis e programas de incentivo à cultura nos planos federal, estadual e municipal. Essas ações constituem uma política pública em relação à produção e fruição de bens culturais e criam uma cultura, em diversas empresas, para a utilização desses recursos em projetos socialmente engajados, na esperança de construir um país melhor. Com o patrocínio - via leis de incentivo - das empresas CCR, CMPC, WestRock, Líder Aviação, ValGroup, PrintLaser, Renovias, Chevron Oronite, Eaton, Arcelor Mittal, Intercement, Ticktes, Tyco Eletronicks, Tegma, Aché, Milplan, Suzano, Coop, Air Liquide, Cristália, Ferbasa, Ecolab, entre outros o BuZum! vai cada vez mais longe, levando a magia do teatro aos quatro cantos do país.


Em seu nono ano de vida, o projeto já viajou por mais de 250 cidades em onze estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Ceará e Mato Grosso do Sul. Em 2016, pela primeira vez, o BuZum! atravessou a fronteira e foi para Puerto Suárez, na Bolívia. Os números tornam o BuZum! um dos maiores pro­jetos itinerantes de teatro infantil do país, com mais de MEIO MILHÃO de espectadores. Em 2014, a companhia conquistou, com a peça Intolerância, os prêmios de Melhor Produção e Melhor Autor de Texto Original, no 1º Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem. Em 2015, o BuZum! recebeu o Prêmio Governador do Estado para Cultura, na categoria Arte para Crianças – Voto Popular. Também foi contemplado duas vezes, em 2014 e 2016, com o Prêmio Zé Renato de Teatro para cidade de São Paulo. Em 2017, o BuZum! ganhou a 30º edição do Fomento ao Teatro na Cidade de São Paulo com o projeto BuZum! e PiaFraus na cidade.

As apresentações gratuitas, em escolas públicas, aliam o espetáculo do palco com o conteúdo da sala de aula. Além de encantar, transformam o aprendizado em um mundo mágico. O projeto fornece às escolas material pedagógico, desenvolvido em parceria com a Consultoria Educacional Saberes, para que os educadores trabalhem os temas nas aulas. Cada espetáculo virou uma história em quadrinhos e tem seu próprio material pedagógico – alguns deles compilados nesse livro entregue gratuita­ mente a cada professor que entra no BuZum!. As crianças também ganham um pequeno teatro de papel e o BuZum! em Quadrinhos para brincar e criar as próprias histórias com seus bonecos e cenários. Dentro do ônibus, elas esquecem onde estão e tornam-se plateia: mergulham no espetáculo, admiram os bonecos, aprendem a sonhar, se divertem e adquirem conheci­ mentos de forma lúdica. Os estudantes são levados para além dos muros da escola, sem sair do lugar. São cami­ nhos para o passado, para o futuro, para a imaginação de lugares distantes e desconhecidos.. Os condutores são bonecos que guiam sorrisos, sonhos e aprendizados. Embarque nesta viagem com a gente!



Conheça um pouquinho mais sobre o Projeto BuZum! O BuZum! é um projeto inovador. Trata-se de um espetáculo que acontece dentro de um ônibus, onde alunos e professores são convidados a fazer uma verdadeira viagem cultural. Numa mistura de teatro de sombras, atores e instalação, ao entrarem no BuZum!, os participantes embarcam numa gostosa viagem ao imaginário. E é nesse clima sensorial que convidamos você, professor(a), a assistir nosso espetáculo. Com acessórios, trilha sonora, elenco de qualidade e muita criatividade, apresentamos temáticas enriquecedoras que podem ter continuidade na escola, por meio do trabalho dos professores. Destinado aos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano), os espetáculos baseiam-se em temas atuais e que complementarão os conteúdos previstos no currículo escolar. De forma lúdica e dinâmica, a história com os bonecos encantará crianças e adultos, além de permitir que o(a) educador(a) explore essa arte em sala de aula com seus alunos, tornando o processo ensino-aprendizagem divertido, enriquecedor e estimulante! Para garantir um trabalho de qualidade, propomos a você, educador(a), o trabalho com projetos, proposta esta que será apresentada nas próximas linhas. Você notará ainda que, no decorrer das sugestões, poderá contar com um quadro-resumo a respeito dos campos de experiências (Educação Infantil) e das unidades temáticas e objetos de conhecimento (Ensino Fundamental) que serão contemplados ao trabalhar determinada atividade com os educandos, conforme a Base Nacional Comum Curricular (2018). Importante lembrar que as sugestões de atividades inseridas no projeto estão propostas de maneira interdisciplinar, as quais poderão auxiliar o professor em sua prática educativa. Contudo, vale ressaltar que as adaptações pertinentes à realidade da escola e ao perfil da turma são fundamentais e deverão ser realizadas de forma personalizada pelas equipes pedagógicas de cada unidade escolar, garantindo, dessa forma, um trabalho integrado professor/aluno e adequado a cada realidade.


Projetos de trabalho O trabalho com projetos é um instrumento importante para uma construção significativa e compartilhada do conhecimento, contribuindo para uma educação transformadora, mostrando-se como um meio capaz de devolver à escola seu papel de espaço educativo e de transformação social, auxiliando na formação integral dos indivíduos, já que cria diversas oportunidades de aprendizagem conceitual, atitudinal e procedimental para estes.

Trabalhar com projetos possibilita Sugestão de Leitura

O resgate do educando para o processo de ensino-aprendizagem (conhecimento) através de um processo significativo. A recuperação da autoestima positiva do educando. Que o educando se reconheça como sujeito histórico. O desenvolvimento do raciocínio lógico, linguístico e a formação de conceitos. O desenvolvimento da capacidade de buscar e interpretar informações. A condução, pelo aluno, do seu próprio processo de aprendizagem. O desenvolvimento de atitudes favoráveis a uma vida cooperativa.

A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho O conhecimento é um caleidoscópio M. Ventura - Fernando Hernández Livro em Português (Brasil) Editora: Penso / Ano: 1998

A realização do ensino baseado na compreensão e na interdisciplinaridade.

O trabalho por Projetos pode ser dividido em 7 etapas


A origem da palavra projeto deriva do latim projectus, que significa algo lançado para frente. É sair de onde se encontra em busca de novas soluções.O trabalho com projetos constitui uma das posturas metodológicas de ensino mais dinâmicas e eficientes, sobretudo pela sua força motivadora e aprendizagens em situação real, de atividade globalizada e trabalho em cooperação. Fernando Hernández (1998) vem discutindo o tema e define os projetos de trabalho não como uma metodologia, mas como uma concepção de ensino, uma maneira diferente de suscitar a compreensão dos alunos sobre os conhecimentos que circulam fora da escola e de ajudá-los a construir sua própria identidade. Daniela Pereira de Moura Pedagogia de Projetos: Contribuições para Uma Educação Transformadora


vamos la




O vai O vai

mundo acabar! mundo acabar!

Eu vi, eu vi! Eu tava no meio da mata cheirando umas árvores quando eu vi....

Ai, que medo! Tô que não me aguento!

Vixe, oxente ! O que tá acontecendo?

Sei não, Ernesto, mas acho que o mundo vai acabar!!!

OHHHHHHHH!!!!

Temos que contar pra Manu!

Deixa que eu vou!


O que aconteceu, Rex? Gente, ele tá querendo dizer alguma coisa!

Máquinas? HOMENS COM armaS? Fumaça preta?

Atirando nos bichos? Mas que maldade!! Que absurdo. A gente precisa ir lá conversar com eles

Nada disso, minha filha, isso não é coisa de criança, fica aqui que a gente já volta. Não é possível destruir a mata e construir uma fábrica no lugar... eu quero falar com eles...

Eu também quero ir...


Que foi, Rex? Não fica preocupado não!!! a gente vai resolver esse problema.

Pega, Rex...

Mas e agora? A gente vai ter que se mudar daqui?

Esse pessoal não quer saber de conversa, colocou a gente pra correr de lá. Já voltaram? Mas foi tão rápido...

Não, minha filha, a gente vai dar um jeito, não se preocupa que isso não é coisa de criança. Além do mais, já está tarde, vamos dormir, porque amanhã será um novo dia!

Amanhã, filha, amanhã.

Mas eu tenho uma ideia...

O que você ouviu ?


Pela risada, deve ser o Curupira.

Já sei, vou seguir aspegadas. Curupira, Curupira, cadê você!!!!

Ah, você vive me enganando com esses pés ao contrário! Curupira, espera um pouco aí que já falo com você!


Rex, é você?

AU!?

Calma, Lobisomem, sou eu, a Manu...

Que bom que você veio!


Peraí que falta mais um!

Onde é que ele foi parar...

Ahá, te encontrei!!!

: Nós precisamos de ajuda para salvar a mata! Aqueles homens estão matando os animais e derrubando as árvores!! Podemos contar com vocês?


Agora é com vocês!




Onde foi parar aquela onรงa?

Deve estar escondida por aqui!


Aaaaa, socorrooooo... Que barulho estranho foi esse?

Zé? O que aconteceu?

Aiiiii, meu pé!!! Socorrooo.... Aaaaaaaaaaaaaa!!!!


Aaaa!! Quem é você?

Vem aqui que eu te conto!!


Volte aqui, bicho esquisito, eu te pego! Volte aqui, bicho esquisito, eu te pego! Só eu seguir as pegadas que encontro ele!!

aaaaaaa………………


Extra, extra!

Os homens que estavam construindo uma fábrica ilegal na floresta fugiram para bem longe, com medo dos barulhos que ouviram na mata! A construção da fábrica foi cancelada.

Nós quem?

Nós conseguimos!!!

Os Seres Encantados vieram aqui e ajudaram a gente…

Mas, muié, tá aqui

Esse negócio de encantamento não existe, quantas vezes vou ter que te dizer isso??

Mas é claro que existe, só que vocês não acreditam… Vem, Rex, vamos lá pra fora que a festança já vai começar!

Para com isso, Francisco, vamos pra festa

Nossa, só pode ser do.... pAra, que essas coisas não existem



com vocês: O projeto

(...) Eu vim do cheiro do cerrado fogão de lenha, teto esfumaçado lamparina, sem forro o telhado chão batido, manhãs com mugido do gado.(...) Luciano Spagnol

Abre a porteira, o caipira chegou!

Objetivos para a Educação Infantil

32

Resgatar as experiências relacionadas ao campo: “Traços, sons, formas e imagens”, garantindo o trabalho com as artes visuais, dança, música e teatro, enfatizando as atividades relacionadas ao teatro de sombras.

Despertar a curiosidade dos alunos a respeito da cultura do Caipira, levando-os a aprofundar-se no tema.

Ler e interpretar gráficos.

Conhecer e pesquisar sobre as características ligadas ao folclore, especialmente as lendas.

Conscientizar a respeito dos cuidados com o meio ambiente.

Desenvolver a linguagem oral e escrita.

Construir material gráfico a partir das produções dos alunos.

Solucionar problemas relacionados às questões ambientais, sugerindo alternativas viáveis.


Objetivos para o ensino fundamental ”

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.

Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos).

Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo.

Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Despertar a curiosidade dos alunos a respeito da cultura do Caipira, levando-os a aprofundar-se no tema.

Conhecer e pesquisar sobre as características ligadas ao folclore, especialmente as lendas.

Construir material gráfico, a partir das produções dos alunos.

justificativa

O projeto BuZum! oferece aos alunos e educadores uma diversidade de informações, as quais podem ser aproveitadas para realização de um trabalho pedagógico, uma vez que, ao propor aos educandos a oportunidade de assistir ao espetáculo, este não acaba com um fim em si. O processo de construção do conhecimento se faz também a partir da sensibilidade do(a) professor(a), que ao apresentar o contato com o projeto, promove uma continuidade. A partir do momento em que traz o tema e as discussões para a sala de aula, inicia um trabalho contextualizado e que de fato tenha significado para os alunos. Porém, a fim de garantir tal significado, é importante que os assuntos a ser explorados tenham certa conexão, o que nos remete ao trabalho com projetos. 33


Problematização para a Educação Infantil Indicamos que o trabalho com os alunos inicie logo após a apresentação teatral. O(a) professor(a) pode problematizar com os alunos a respeito do tema: “Abre a porteira que o caipira chegou”, levantando com eles alguns questionamentos, como:

VOCÊS CONHECEM O CAIPIRA?

ALGUÉM DA TURMA MORA NO SÍTIO?

QUEM JÁ FOI A UM SÍTIO, UMA FAZENDA?

O QUE PODEMOS ENCONTRAR EM UM SÍTIO?

A partir do levantamento das questões, uma pesquisa poderá ser realizada com os pais. O seguinte questionário auxiliará:

34


Essa pesquisa será uma atividade interessante e que começará a delinear o projeto. Após os alunos retornarem com as respostas, o professor socializará com a sala e, assim, construirão um gráfico informativo.

alunos que moram na zona rural

resultado da pesquisa

1

alunos que moram na cidade

22

realizada pelos alunos

no sítio a alimentação é mais saudável

os caipiras não usam celular para acordar

18

13

No gráfico podem constar os principais itens trazidos pelos alunos. O objetivo é levantar o maior número de informações a respeito de como são os costumes e a cultura na zona rural. O teatro de sombras enfatiza a vida no campo e apresenta a problemática do desmatamento. Esse assunto, sempre atual, é de grande relevância e precisa ser trabalhado incessantemente com os alunos de todos os níveis de ensino. Para complementar a abordagem do teatro, pode-se sugerir que as crianças construam maquetes que representem as duas realidades atuais: uma floresta preservada e, do outro lado, a floresta desmatada, com muita seca, rios poluídos e o clima cada vez mais quente.

Indicações literárias: Porque ler é muito importante!

oãtseguS arutieL ed

A última árvore do mund Lalau e Laura Beatriz Editora: Editora Scipione / Ano: 2015

Antes de sugerir a confecção da maquete, se possível, leia para os alunos “A última árvore do mundo”, de Lalau e Laura Beatriz, da Editora Scipione. A obra trata da história de uma árvore que fica sozinha, mas nem por isso deixa de cumprir o seu papel. 35


As maquetes, se confeccionadas com sucatas e materiais recicláveis, atenderão ainda mais à proposta do trabalho, pois, além de focar o tema que é a preservação das florestas, levantarão a questão do reaproveitamento de objetos que poderiam se transformar em lixo.

Sendo o espaço da educação infantil um verdadeiro laboratório, onde se realizam as mais diversas experiências, torna-se importante enfatizar que o trabalho deve estar sempre voltado para atividades sensoriais e lúdicas. O texto da Base Nacional Comum Curricular organiza os conteúdos para essa faixa etária a partir dos campos de experiências, os quais guardam relações com as áreas do conhecimento que organizam as etapas posteriores de escolarização. Ao trabalhar com os alunos as atividades citadas, serão contemplados os seguintes campos de experiências:

Espaços,

CAMPO de experiência

tempos, quantidades, relaçõese transformações

Traços, sons, cores e formas

Escuta, fala, pensamento e imaginação

O eu, o outro e o nós.

Após todo esse trabalho introdutório por meio do levantamento do conhecimento prévio dos alunos, da pesquisa realizada com os pais, da leitura de gráficos e da construção de maquetes, eles já estarão envolvidos com o tema apresentado e com as discussões realizadas em sala. Então, o(a) professor(a) poderá questioná-los sobre as sensações que experimentaram ao assistir a uma peça teatral diferente, dentro de um ônibus.Podese propor uma roda da conversa, na qual o(a) professor(a) lançará questões aos alunos, como por exemplo: ” ” ” ” ”

36

Como foi assistir uma apresentação dentro de um ônibus? Vocês se sentiram fazendo uma viagem? Quem eram os personagens do teatro? O que é um teatro de sombras? Para fazer um teatro é necessário ensaiar?


Durante os questionamentos, o(a) educador(a), sendo escriba, irá transcrever em um cartaz, o qual será decorado posteriormente pelos alunos e fixado nas paredes da sala de aula. Depois, podem-se circular algumas palavras-chaves, como “teatro”, “ônibus”, “sombra” e outras. O campo de experiência contemplado com essa atividade será: CAMPO de experiência

Escuta, fala, pensamento e imaginação

Problematização para o Ensino Fundamental Indicamos que o trabalho com os alunos inicie logo após a apresentação teatral. O(a) professor(a) pode problematizar com os estudantes a respeito do tema: “Abre a porteira que o caipira chegou”, solicitando que realizem uma pesquisa e que abordem os seguintes pontos:

A FIGURA DO CAIPIRA, SEUS COSTUMES E CULTURA.

CONTRIBUIÇÃO DO MORADOR RURAL PARA A SOCIEDADE.

DIFERENÇAS ENTRE A VIDA NO CAMPO E A VIDA NA CIDADE.

SIGNIFICADO DA PALAVRA CAIPIRA

Essa pesquisa será uma atividade interessante e que começará a delinear o projeto. Os alunos poderão organizarse em grupos para a realização da tarefa e preparar para a sala uma apresentação das informações coletadas. As regras para a explanação devem ser combinadas previamente, como por exemplo, o tempo para cada grupo expor, a necessidade ou não de utilizar recursos tecnológicos (slides, músicas, vídeos e outros), se haverá obrigatoriedade de todos os integrantes falarem, etc. O teatro de sombras enfatiza a vida no campo e apresenta a problemática do desmatamento. Esse assunto, sempre atual, é de grande relevância e precisa ser trabalhado incessantemente com os alunos de todos os níveis de ensino. Para complementar a abordagem do teatro, é possível sugerir que as crianças construam maquetes que representem as duas realidades atuais: uma floresta preservada e, do outro lado, a floresta desmatada, com muita seca, rios poluídos e o clima cada vez mais quente.

Indicações literárias: Porque ler é muito importante!

Quem vai salvar a vida? Rocha, Ruthmeyer Editora: DCL / Ano: 2013

Antes de propor a confecção da maquete, indique para os alunos o livro: “Quem vai salvar a vida?”, de Ruth Rocha, da Editora Salamandra. A obra trata da história de um menino que aprende na aula de Ciências que devemos preservar o meio Sugestão ambientedee Leitura acaba por levar toda a família — pai e mãe, principalmente, pois a irmã já compartilhava de suas ideias — a repensar seus hábitos. O pai deixa de jogar cigarro pela janela do carro, a mãe tenta tomar banhos menos demorados, etc. Tudo narrado com muita leveza de estilo. As maquetes, se confeccionadas com sucatas e materiais recicláveis, atenderão ainda mais à proposta do trabalho, pois, além de focar o tema que é a preservação das florestas, levantará a questão do reaproveitamento de objetos que poderiam se transformar em lixo. 37


Ao trabalhar com os alunos esses temas de maneira interdisciplinar, serão contempladas as áreas:

MATEMÁTICA UNIDADES TEMÁTICAS

Números Geometria Probabilidade e estatística

LÍNGUA LÍNGUA PORTUGUESA PORTUGUESA PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Leitura e escuta Produção de textos Oralidade Análise linguística / semiótica (Alfabetização) ARTE ARTE

CIÊNCIAS CIÊNCIAS UNIDADES TEMÁTICAS

UNIDADES TEMÁTICAS

Vida e evolução Terra e universo

Artes visuais Dança Música

GEOGRAFIA UNIDADES TEMÁTICAS

área de ciências humanas

38

O sujeito e seu lugar no mundo Mundo do trabalho Formas de representação e pensamento espacial Natureza, ambientes e qualidade de vida Conexões e escalas HISTÓRIA UNIDADES TEMÁTICAS

A comunidade e seus registros As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município O lugar em que vive A noção de espaço público e privado Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos Circulação de pessoas, produtos e culturas Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social Registros da história: linguagens e culturas


Após todo esse trabalho introdutório por meio do levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos, das pesquisas, os alunos já estarão envolvidos com o tema apresentado e com as discussões realizadas em sala. Portanto, o(a) professor(a) poderá questioná-los sobre as sensações que experimentaram ao assistir a uma peça teatral diferente, dentro de um ônibus. Pode-se propor aos estudantes uma produção textual, na qual deverão descrever os pontos interessantes que perceberam ao assistir ao teatro de sombras e se as expectativas que tinham antes da peça começar foram alcançadas. O gênero textual poderá ser aplicado de acordo com o ano em questão. Ainda tendo como foco a pesquisa, uma atividade interessante e enriquecedora é solicitar que, em grupo, os alunos pesquisem quais são as etapas e os materiais necessários para a realização de um teatro de sombras (escolha do enredo, confecção do cenário e personagens, calendário de ensaios, e de apresentações, divulgação da apresentação). Dessa forma, o(a) educador(a) contribuirá oferecendo aos estudantes a realidade da arte do teatro de sombras, assim como toda sua complexidade. As seguintes áreas, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, serão contempladas ao desenvolver essas sugestões: m

LÍNGUA PORTUGUESA PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Leitura e escuta Produção de textos Oralidade Análise linguística / semiótica (Alfabetização) ARTE ARTE UNIDADES TEMÁTICAS

Teatro

Desenvolvimento para as duas modalidades de ensino Após a problematização, é hora de iniciar com os alunos um aprofundamento dos temas do teatro de sombras: o desmatamento desregrado, suas consequências para o meio ambiente, a importância cultural da figura do caipira — homem do campo que produz para abastecer as cidades — e os personagens folclóricos. Como base para discussão posterior, os seguintes textos servem como apoio:

DESMATAMENTO O processo de desmatamento é um problema global, colocando em ameaça os recursos naturais, o meio ambiente e o equilíbrio ecológico do planeta. Entende-se por desmatamento, também chamado de desflorestamento ou desflorestação, o processo de remoção total ou parcial da vegetação em uma determinada área. Geralmente, esse processo ocorre para fins econômicos, visando à utilização comercial da madeira das árvores e também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária. A atividade mineradora e a construção de barragens para hidrelétricas também aparecem como causas de tal ocorrência. No mundo, os primeiros a praticarem de forma intensiva o desmatamento foram os países desenvolvidos. Para o soerguimento de suas economias, sobretudo após o advento do sistema capitalista, algumas nações exploraram intensamente os seus recursos naturais, avançando essa exploração também para outras áreas. Com isso, muitas florestas do hemisfério norte foram praticamente dizimadas. 39


Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias emergentes, pois, embora tentem controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avança à medida que seus sistemas econômicos evoluem. Até bem pouco tempo atrás, o campeão mundial de desmatamento era o Brasil, principalmente em razão do crescimento da fronteira agrícola sobre as áreas da Floresta Amazônica. No entanto, recentemente, o país foi ultrapassado pela Indonésia, que possui uma ampla área verde, mas que vem desflorestando duas vezes mais do que é desmatado anualmente no território brasileiro. Segundo levantamentos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente são desmatados quase sete milhões de hectares por ano. Isso significa a perda não tão somente de vegetações, mas também de várias espécies animais, pois o seu habitat encontra-se cada vez mais diminuto. Com isso, o equilíbrio ecológico pode tornar-se ameaçado. Dentre as consequências do desmatamento, podemos citar: o esgotamento dos solos com a intensificação de processos de erosão e desertificação; a extinção ou degradação de rios e lagos, graças ao maior acúmulo de sedimentos gerados; a ocorrência de desequilíbrios climáticos em razão da ausência das florestas que tinham como função gerar mais umidade do ar e absorver o calor atmosférico, dentre outros problemas. Para combater o desmatamento no mundo e também no território brasileiro, é necessária a adoção de medidas em diferentes escalas, do individual ao governamental. Cada cidadão deve fazer sua parte, evitando que, nas áreas urbanas, o número de árvores por habitante não seja muito pequeno, preservando a vegetação existente e procurando cultivar novas espécies. Os governos também possuem a função de adotar medidas de conservação das áreas naturais com vigilância, fiscalização e repressão dos agressores a áreas de reservas naturais. No Brasil, vários domínios naturais foram muito devastados. O primeiro a sofrer com esse processo foi a Mata Atlântica, que hoje conta com cerca de 7% de sua área original. Os Pampas e a Mata de Araucária também passaram por graves processos de desmatamento, o que também vem ocorrendo no bioma Cerrado, esse último profundamente devastado durante a segunda metade do século XX. A Amazônia parece ser o próximo alvo e, embora nos últimos anos o desmatamento tenha apresentando diminuições, a floresta ainda sofre com o corte de milhares de hectares de árvores a cada ano. Por Me. Rodolfo Alves Pena Disponível em: www.brasilescola.uol.com.br/geografia/o-desmatamento.htm

40


Vida caipira

O caipira é o homem rural típico do Brasil Segundo Câmara Cascudo, caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou capiau, o cidadão residente no interior do Estado de São Paulo, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria — o que de fato era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos. Nos centros urbanos, justamente, o termo caipira é com frequência acompanhado por um sentido pejorativo ligado à timidez, à falta de refinamento ou de informação. Mas isso é puro preconceito, o que é uma outra história. De fato, trata-se do desprezo com que parte de nossa moderna civilização industrializada se refere ao passado rural do Brasil. A cultura caipira do passado — um passado recente em termos históricos — representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser, pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoitos de polvilho, rosquinhas, pães de queijo, broas, bolos de fubá, doces em calda, etc. Sem falar nas geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo). Nas casas simples, pintadas em azul-celeste, rosa, amarelinho, decoradas com fuxicos, toalhas de crochê e colchas de retalho, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas na janela ou sentar na soleira da porta. Até meados do século 20, essas casas eram feitas de pau-a-pique — madeira trançada e barro batido — e cobertas de palha ou sapé. Além do interior de São Paulo, ainda podemos encontrar esse modo de vida em Minas Gerais, numa parte de Goiás e de Mato Grosso e também perceber semelhanças com os costumes do sertanejo da caatinga, do caboclo da Amazônia, do vaqueiro do pantanal, do gaúcho ou do caiçara litorâneo. O caipira formou sua cultura com uma mistura indígena e europeia. Herdou a religiosidade dos portugueses, a familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. Mas sempre se podem encontrar alguns elementos africanos nos mitos e nos ritos do homem do interior. A autêntica música caipira, a “moda de viola”, na voz dos violeiros, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Mais tarde, com a influência da guarânia paraguaia e do bolero mexicano, começou a se transformar e, hoje, misturado ao estilo “country” norte-americano, a chamada música sertaneja guarda pouco de suas origens. Inesita Barroso é uma cantora e estudiosa da música sertaneja original, que ela e outros estudiosos e músicos preferem chamar de música de raiz. Nas artes plásticas, o caipira típico foi imortalizado por Almeida Júnior, no quadro que ilustra este artigo. Na literatura, Monteiro Lobato retratou-o em seu personagem Jeca Tatu, no livro “Urupês”. No cinema, o ator e diretor Amácio Mazzaropi assumiu o tipo, com calças rancheiras e “pula-brejo”, paletó apertado, camisa xadrez e chapéu de palha. O caipira, hoje, volta a ser valorizado e com razão. Ele faz parte da história do Brasil e ajudou a moldar parte de nossa identidade nacional. Disponível em (adaptado): www.educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/vida-caipira-o-caipira-e-o-homem-rural-tipico-do-brasil.htm>

41


Folclore

O folclore é um conjunto de manifestações da cultura popular que existe nos mais variados povos, nas várias regiões do mundo. O principal folclorista – isto é, estudioso do folclore – brasileiro (e um dos maiores do mundo), Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), definiu o folclore como: a cultura popular, tornada normativa pela tradição. Com essa definição, Cascudo pretendia destacar exatamente o que o folclore significa, em sua acepção original, dada pelo antiquário inglês William John Thoms: folk significa povo e lore, instrução, sabedoria. Assim sendo, a cultura popular também carrega uma sabedoria, um conjunto de conhecimentos específicos, que se organizam, geralmente, em forma de mitos (narrativas) e rituais (festas, cerimônias, etc.). O folclore manifesta-se de muitas formas e em todas as regiões do mundo, pois a cultura popular é bastante versátil e se desenvolve com força em qualquer povo. Da mesma forma que a cultura erudita, ou a chamada “alta cultura” (literatura, música clássica, poesia, teatro, etc.), a cultura popular é de suma importância para a construção da identidade de um povo, ou de uma civilização inteira. O conjunto de lendas, de provérbios, de encenações e festas, sempre concentra, em seu fundo, uma sabedoria de conteúdo moral, tal como as fábulas e contos de fadas. Geralmente é essa sabedoria que orienta as comunidades locais, que vivem circunscritas em determinada tradição. A tradição folclórica do Brasil, por exemplo, desenvolveu-se de variadas formas de acordo com as regiões do país. Esse desenvolvimento se deu a partir da mistura das tradições dos principais povos que se misturam em terras brasileiras; notadamente, povos africanos, os nativos indígenas e europeus. As principais lendas e ritos do folclore brasileiro mais famosos são: o do Saci-Pererê, da Iara, do Bumba meu boi, do Lobisomem e da Mula sem cabeça. Muitas dessas lendas são derivações de narrativas mitológicas dos povos europeus, como é o exemplo da Iara, uma “sereia da Amazônia”, que remete às sereias da mitologia grega, narradas por Homero, na Odisseia. O folclore também associa-se frequentemente às tradições religiosas, acrescentando elementos novos aos rituais tradicionais. Grandes festas populares, como, no caso brasileiro, o carnaval, e, no caso irlandês, o dia de São Patrício, são exemplos disso. O sincretismo religioso, isto é, as misturas de rituais e crenças religiosas de várias tradições também compõem a cultura brasileira. A prática de se “benzer” um doente, de se “fechar o corpo” contra males, e outras variações disso, são expressão deste sincretismo. As tradições populares são conservadas por meio do folclore. Através de uma festa, como a do Bumba meu boi, toda uma herança imaterial – isto é, um estoque de valores e sabedoria tradicional é passado de geração em geração. É de suma importância, portanto, o estudo e o conhecimento das práticas do folclore, não apenas do Brasil, mas de todos os povos, das variadas regiões do globo. Disponível em: www.brasilescola.uol.com.br/folclore/

42


Como você observou, o texto teatral traz muitos pontos que podem ser abordados em sala de aula. Podemos continuar tratando a questão do desmatamento, que já foi inicialmente trabalhado durante a sugestão da confecção das maquetes. Uma visita pode ser organizada à Secretaria do Meio Ambiente do município (ou outro órgão competente), a fim de investigar junto às autoridades quais são as ações realizadas na cidade que contribuem com a preservação da natureza. Antes da visita, organize uma roda de conversa, a fim de tratar com os alunos como se dará o passeio (meio de transporte, levantamento de regras, autorização dos pais) e quais questões gostariam de realizar aos responsáveis. É possível sugerir aos alunos que, além de elaborar questões, levem também sugestões que podem ser aplicadas na cidade (por exemplo: distribuir coletores de lixos para material reciclado nos bairros e praças, realizar coleta seletiva, intensificar o plantio de árvores, instalar pontos estratégicos para descarte de materiais como sobras de construção, móveis velhos, etc. e outros itens, de acordo com a necessidade do município. O professor, sendo o escriba, transcreverá os assuntos em uma carta, a qual será entregue às autoridades competentes, durante a visita. Confeccionar lembrancinhas e distribuí-las no passeio é uma estratégia que envolverá os alunos e personalizará a atividade. Podem ser elaborados desenhos, pinturas, quadros, ou ainda levar sementes de amor-perfeito ou outra planta, em saquinhos decorados, sensibilizando os responsáveis pela visita a desenvolver ações de plantio na cidade. Oferecer variado repertório de canções que tragam em suas letras os assuntos citados no teatro envolverão os alunos e contribuirão para trabalhar com os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados ao campo de experiência: “traços, sons, cores e formas”. Músicas que retratem o cuidado com as florestas, os animais e a vida na zona rural enriquecerão o projeto. Oferecer variado repertório de canções que tragam em suas letras os assuntos citados no teatro contribuirá para trabalhar com as unidades temáticas de Ciências e seus objetos de conhecimento. Músicas que retratem o cuidado com as florestas, os animais e a vida na zona rural enriquecerão o projeto. A canção “Filhote do filhote”, de Rubinho do Vale, é uma opção. É possível ouvi-la em www.www.vagalume.com.br/rubinho-do-vale/filhote-do-filhote.html>. Filhote do Filhote Moro numa linda bola azul Que flutua pelo espaço Tem floresta e bicho pra chuchu Cachoeira, rio, riacho. Acho que é um barato Andar no mato Vendo o verde Ouvindo o rock’n’roll e o sapo ensaiando De manhã cedinho Os passarinhos dão ‘bom-dia’ pro sol Cantando Terra, leste, oeste, norte, sul Natureza caprichosa Tem macaco de bumbum azul Tem o boto cor-de-rosa Árvores, baleias, elefantes, curumins E o mundo inteiro está com a gente vibrando A nossa torcida pela vida a gente vai conseguir cantando Cuida do jardim pra mim Deixe a terra florescer Pensa no filhote do filhote Que ainda vai nascer 43


Quanto mais vivências, mais a aprendizagem será significativa para os alunos. Atividades práticas como, por exemplo, realizar com os estudantes o cultivo de uma horta, semeadura de girassol ou outra planta, etc. irá remetê-los ao aprofundamento do tema. Caixas de leite vazias ou garrafas PET podem ser arrecadas para servir como vasos. Junto a essa atividade, uma conscientização sobre o descarte correto do óleo de cozinha também pode ser realizada e, após, uma ação coletiva para arrecadar o produto na escola e posteriormente fazer a entrega aos locais de descarte também são situações que sensibilizam. Além de trabalhar com as crianças, irá envolver os pais e a comunidade escolar. O texto seguinte traz informações para o(a) professor(a).

Reciclagem de óleo de cozinha usado A reciclagem do óleo de cozinha usado pode produzir sabão, biodiesel, tintas e outros produtos, além de diminuir a poluição ao meio ambiente. O descarte do óleo de cozinha usado não deve ser feito no ralo da pia, no vaso sanitário e nem com o lixo orgânico, pois esses destinos incorretos levam à contaminação dos mananciais aquáticos, do solo e da atmosfera. Então, surge a questão: o que fazer com o óleo de cozinha usado? Bem, atualmente, a melhor opção é realizar a coleta seletiva desse óleo, colocando-o em garrafas PET e destinando-os à reciclagem. Essa reciclagem do óleo de cozinha usado pode ser feita em casa mesmo, ou podemos levá-lo para postos de coleta que o destinará a associações e empresas que farão a sua reciclagem. Disponível em (adaptado):

www.brasilescola.uol.com.br/quimica/reciclagem-oleo-cozinha-usado.htm

Durante a organização da campanha de arrecadação do óleo e do plantio das sementes, é preciso a colaboração das famílias, que deverão enviar para a escola o material necessário (sementes, embalagens recicláveis para o plantio, óleo usado, etc.). Dessa maneira, o trabalho será um verdadeiro laboratório de aprendizagem, pois haverá participação efetiva das crianças na seleção e organização dos materiais, elaboração do bilhete explicativo (coletivamente), preparação dos locais para a plantação e armazenamento do óleo etc., como também da comunidade, que poderá ser convidada a prestigiar toda a produção após o término. Continuando a explorar o tema do teatro, mais uma sugestão é enfocar com os alunos os personagens folclóricos que aparecem na história e, a partir deles, explorar outros. Perguntar se já conheciam as lendas do lobisomem, do saci e do curupira; o que esses personagens representam e o que defendem é uma boa alternativa para iniciar a discussão. Em seguida, aproveitar o momento da leitura compartilhada para contar aos alunos uma lenda por dia, trazendo assim a diversidade dos personagens folclóricos. Após, a classe pode ser dividida em grupos, sendo que cada um irá eleger a lenda que mais gostou para confeccionar um livro, o qual ficará exposto na biblioteca da escola. Se houver condições de uso da sala de informática, o livro pode ser confeccionado digitalmente e compartilhado nas redes sociais da escola, como facebook, blog, site, grupos de whatsapp e outros, para que todas as turmas tenham acesso. Ao trabalhar com os alunos a elaboração da carta, a visita à Secretaria do Meio Ambiente, a confecção das lembrancinhas, as músicas, o plantio de sementes, a coleta do óleo, as lendas folclóricas e a confecção do livro, de maneira interdisciplinar, serão contemplados os seguintes campos de experiências:

CAMPO de experiência ensino fundamental

44

Espaços, tempos, quantidades, relaçõese transformações

Traços, sons, cores e formas

Escuta, fala, Corpo, gestos e pensamento movimentos. e imaginação


LÍNGUA LÍNGUA PORTUGUESA PORTUGUESA PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Produção de textos Oralidade Análise linguística / semiótica (Alfabetização)

CIÊNCIAS CIÊNCIAS UNIDADES TEMÁTICAS

ARTE ARTE

Matéria e energia Vida e evolução

UNIDADES TEMÁTICAS

Artes visuais Dança Música Teatro GEOGRAFIA UNIDADES TEMÁTICAS

área de ciências humanas

8

Natureza, ambientes e qualidade de vida HISTÓRIA UNIDADES TEMÁTICAS

O trabalho e a sustentabilidade na comunidade A noção de espaço público e privado Circulação de pessoas, produtos e culturas

finalização

Para finalizar o projeto, de maneira a garantir uma conclusão significativa e com a participação das crianças, sugere-se trabalhar com os alunos a vida do caipira, enredo do teatro de sombras, resgatando assim a cultura do homem que vive no campo. Uma boa prática é trazer para a escola pessoas que vivem na zona rural. Para isso, o(a) educador(a) pode investigar se existe a possibilidade de levar para uma entrevista algum morador do sítio, junto aos alunos da sala, de outras salas ou entre os próprios funcionários. Caso a entrevista seja possível, organize previamente o espaço para receber o(a) convidado(a). A sala de aula, tematizada, encantará e envolverá os alunos. Para isso, aos poucos, vá confeccionando junto deles os diversos materiais que decorarão o espaço e auxiliarão nos estudos. Cada peça criada deve ser explorada (que material precisaremos para sua confecção; por que essa peça faz parte da cultura do caipira; etc.). Sugestões: ” ” ” ” ” ”

Construir com sucatas: fogão a lenha, coador de pano, xícaras, potes de doces. Com massa de modelar: fazer biscoitos, bolos, pães de queijo. Com sobras de tecido, montar uma colcha de retalhos. Com peças do tipo blocos de madeira, montar as casinhas. Arrecadar ingredientes e fazer uma receita de bolachinhas ou geleia para servir durante a entrevista. Confeccionar personagens folclóricos. 45


Os alunos poderão ficar caracterizados com trajes semelhantes ao de festa junina, como chapéu de palha, camisa xadrez, vestidos, além de utilizar maquiagem apropriada. Como fundo musical, uma música raiz irá tornar o ambiente ainda mais real. Convide também outras turmas da escola para prestigiar a exposição e ouvir a entrevista com o(a) convidado(a). Para incrementar ainda mais esse momento, o(a) professor(a) pode propor à turma a apresentação de um teatro de sombras. A confecção do teatro e criação do roteiro, personagens e cenários serão enriquecedoras para finalizar o projeto Veja a seguir o passo a passo de como construir um teatro de sombras:

O QUE VOCÊ vai precisar

Folha de seda branca Papel estruturado preto Fita adesiva Pistola de cola quente Palito para churrasco Tesoura comum Estilete Canetão preto Lápis 1 caixa de papelão

Comece cortando o fundo e as abas da caixa de papelão. Depois encape o fundo da caixa de papelão com o papel de seda branco. Em seguida, desenhe nas abas da caixa de papelão os detalhes para o seu teatrinho. Logo após, recorte todos os detalhes.

46


­ gora, faça traços nos detalhes de papelão, para simular os detalhes dos teatrinhos tradicionais, com o auxílio A do canetão preto. Em seguida, comece a colar os detalhes de papelão ao redor da caixa de papelão, perto da borda do fundo da caixa e com o auxílio da pistola de cola quente.

47


Logo após, termine de colar os detalhes de papelão ao redor da caixa de papelão. Agora, desenhe no papel preto o animalzinho ou o elemento que você desejar para criar a sua história. Recorte todos os desenhos que você fez.

Em seguida, cole o elemento de papel no palito para churrasco, também com o auxílio da pistola de cola quente. Logo após, para finalizar o seu teatrinho, cole os outros elementos de papel nos palitos para churrasco. Posicione-se atrás da caixa, com uma lanterna ligada contra a tela, projetando as formas no papel branco.

48


Durante a preparação é importante garantir que todos os passos do teatro estejam envolvidos, desde a escolha dos personagens, do cenário (trabalhando conceitos e conteúdos matemáticos para a sua construção), do tema, as músicas que serão utilizadas, entre outros. Possibilitar essa experiência aos estudantes lhes trará grande satisfação, pois perceberão que o projeto que se iniciou a partir da apreciação do espetáculo, culmina agora com a própria produção deles.

Com a finalização do projeto por meio da apresentação teatral e da tematização da sala, como a entrevista do caipira, serão contemplados todos os campos de experiências indicados na BNCC:

CAMPO de experiência ensino fundamental

Espaços, tempos, quantidades, relaçõese transformações

Traços, sons, cores e formas

Escuta, fala, Corpo, gestos e pensamento movimentos. e imaginação

49


Campos de Experiências Ensino Fundamental

LÍNGUA LÍNGUA PORTUGUESA PORTUGUESA PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Leitura e escuta Produção de textos Oralidade Análise linguística / semiótica (Alfabetização) ARTE ARTE UNIDADES TEMÁTICAS

Artes visuais Dança Música Teatro Artes Integradas

MATEMÁTICA UNIDADES TEMÁTICAS

Números Geometria Grandezas e medidas

GEOGRAFIA UNIDADES TEMÁTICAS

área de ciências humanas

O sujeito e seu lugar no mundo Conexões e escalas Mundo do trabalho Natureza, ambientes e qualidade de vida HISTÓRIA UNIDADES TEMÁTICAS

A comunidade e seus registros As questões históricas relativas às migrações

9

avaliação

A avaliação do projeto pode acontecer de maneira processual e contínua, analisando a participação e envolvimento dos alunos durante o desenvolvimento das atividades, assim como o resultado da produção da finalização — lembrando que o olhar avaliativo do(a) professor(a) deve sempre permear todo o processo da construção do conhecimento e não somente o resultado final, garantindo dessa forma um ensino de qualidade e de significado para os educandos! 50



Muitos e muitos anos atrรกs em uma aldeia Tupi no meio da floresta...


Curumim, vem aqui que vou te ensinar a fazer um arco

gostei !!!


vamos pescar, curumin !

gostei !!!


Me ensina a dar um nรณ?

gostei !!!


Curumim, vem aqui aprender a fazer um cesto!

Como faz?

UAU!!!

Quando serรก que vai nascer?


Nossa filha nasceu, branca com a lua! Vai se chamar Mani!

Mani veio trazer muita alegria e felicidade para nossa aldeia!!


Mani era uma crianca bem diferente das outras, tinha a pele bem branquinha.

O tempo foi passando e Mani foi crescendo...

Todas as criancas da aldeia gostavam muito de brincar com Mani


Eu vou te pegar Mani!!


Mani era uma Curumim muito especial


Ela conseguia falar com os animais


Ela adorava brincar com os bichos



Mani conhecia as plantas E sabia quais podiam curar

Tome esse chá pra aliviar a dor de barriga

Calma, vou te ajudar... fique tranquila... que é só um espinho na sua pata. Por isso você está tão brava!


Tudo corria bem, quando de repente, a caca sumiu, as frutas apodreceram e os peixes desapareceram! A aldeia estava com muita fome!

Fiquem tranquilos, eu tenho certeza que a fome vai passar

E durante a noite, enquanto todos dormiam...

...Mani deixou de existir.


Como era um costume da aldeia, a mĂŁe de Mani a enterrou dentro da Oca.

Pouco tempo depois...

A mĂŁe de Mani viu que no lugar onde antes estivera sua filha, brotou uma planta muito diferente.

Eles cavaram a terra e descobriram que essa planta tinha uma raiz marrom por fora...

....e bem branquinha por dentro, branquinha como Mani. Deram entĂŁo o nome de Mani Oca, mandioca!!


Ao cozinharem aquela raiz, eles descobriram que ela tinha um sabor delicioso e que muita comida poderia ser feita. E assim a fome na aldeia nunca mais voltou!


com vocês: O projeto

Faz-se necessário destacar a importância dessa temática referente aos diferentes povos indígenas para estudo e aprofundamento em todos os anos da Educação Básica. O tema do BuZum! “A origem da mandioca” refere-se a um conto etiológico da cultura indígena, contudo, em nosso país estão presentes diferentes etnias e povos. Não cabe a esse material especificar as diferentes culturas dos respectivos povos, mas torna-se relevante destacar que o objetivo deste trabalho é proporcionar reflexão e questionamentos acerca dos povos indígenas, suas culturas e ocupações em nosso país. Reforça-se que toda e qualquer visão estereotipada dos povos indígenas são recriminadas por esse material que tem como intuito trazer, de modo lúdico, a transposição didática de uma temática específica e complexa (povos indígenas) para uma linguagem simples e atraente para os pequenos estudantes. Optou-se pela utilização de alguns infográficos que melhor ilustram a diversidade de ocupação das terras indígenas, contudo, professor (a) faz-se mister aprofundar seus conhecimentos, consultando alguns sites relevantes.

para saber mais+

IBGE. Indígenas www.indigenas.ibge.gov.br Folder IBGE www.indigenas.ibge.gov.br/images/pdf/indigenas/folder_indigenas_web.pdf Mirim www.mirim.org Instituto Socioambiental www.pib.socioambiental.org/pt/Quadro_Geral_dos_Povos

Música-tema de abertura e encerramento do programa Curumim – TV Cultura Composição Antônio de Pádua e Raimundo Caninana Disponível em www.infantv.com.br/infantv/?p=20158

A Origem da Mandioca 68


Objetivos para a Educação Infantil ”

Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas. CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”

Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais. CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS” Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba. CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”

Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música. CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”

Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida. CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: “O EU, O OUTRO E O NÓS”

Objetivos para o ensino fundamental Conhecer a cultura indígena, desmitificando os estereótipos, bem como ampliando o repertório cultural dos estudantes.

Produzir e interpretar textos de diferentes gêneros textuais acerca da temática indígena (histórias, receitas culinárias, infográfico, contos, Histórias em Quadrinhos (HQs).

Descrever e comparar os diferentes tipos de moradia ou objetos de uso cotidiano (brinquedos, roupas, mobiliários), considerando técnicas e materiais utilizados em sua produção.

Utilizar as quatro linguagens da arte (artes visuais, música, dança e teatro), explorando a temática da cultura indígena.

Analisar questões referentes ao espaço geográfico ocupado pelos indígenas em nosso país.

Refletir sobre a história/colonização do povo indígena.

Reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares.

Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo (leitura e interpretação de infográficos referentes à temática indígena).

69


justificativa O projeto BuZum! oferece aos alunos e educadores uma diversidade de informações, as quais podem ser aproveitadas para realização de um trabalho pedagógico, uma vez que, ao propor aos educandos a oportunidade de assistir ao espetáculo, este não acaba como um fim em si. O processo de construção do conhecimento se faz também a partir da sensibilidade do(a) professor(a), que ao apresentar o contato com o projeto, promove uma continuidade. A partir do momento em que traz o tema e as discussões para a sala de aula, inicia um trabalho contextualizado e que de fato tenha significado para os alunos. Porém, a fim de garantir tal significado, é importante que os assuntos a serem explorados tenham certa conexão, o que nos remete ao trabalho com projetos.

Problematização para a Educação Infantil Indicamos que o trabalho com os estudantes inicie logo após a apresentação teatral. O(a) professor(a) pode problematizar com os alunos a respeito do tema: “Curumim Mani: A Origem da Mandioca”, levantando com eles alguns questionamentos, como:

ESSA PALAVRA É ORIGINÁRIA DE QUAL CULTURA?

VOCÊS JÁ OUVIRAM A PALAVRA CURUMIM? VOCÊS SABEM O QUE SIGNIFICA CURUMIM?

VOCÊS JÁ COMERAM MANDIOCA? CONHECEM O QUE É MANDIOCA?

Indicações literárias: Porque ler é muito importante!

oãtseguS arutieL ed

O curumim ELLINGHAUSEN, Ingrid Biesemeyer. São Paulo Editora: DCL / Ano: 2013

70

Para iniciar o Projeto, as leituras são importantes canais mobilizadores para instigar os estudantes a quererem aprender. O primeiro livro: Curumim, da autora Ingrid Bellinghausem, é muito interessante. Além de contar uma história abordando os hábitos e a cultura indígena, traz a questão das moradias, dos modos de vida e do encontro entre duas crianças (uma morando na aldeia e outra na cidade). Além disso, ao término do livro a autora propõe a coleta de várias folhas de árvore, ressaltando que estas são de diferentes tamanhos, cores, formatos... Após essas comparações, traz como dica fazer ilustrações utilizando as folhas.


Sugestão de atividade Com o objetivo de instigar a criatividade dos estudantes, reúna folhas de diferentes tamanhos e formatos. Essas folhas serão utilizadas como carimbo para fazer ilustrações. Passa-se tinha guache nas folhas e depois as carimba na folha de papel. Após secar os carimbos, cada criança pode completar sua ilustração fazendo os detalhes com caneta hidrocor (Ex.: olhos, boca, detalhes da oca, do artesanato, etc. Observe a imagem ao lado que utiliza os detalhes da capa do livro: O curumim, que foi realizada utilizando a técnica de impressão com folhas de árvores.

Já o livro: Curumim, de Tiago Hakiy, disponível no box ao lado, traz uma apresentação do livro todo (disponível para download em e aborda a vida de um pequeno índio, seus costumes: como andar de canoa, nadar na praia, subir em árvores. Traz também como suporte um glossário com palavras indígenas que são citadas no livro, inclusive uma oãtseguS das palavras é Curumim. arutieL ed Você poderá trazer outros livros infantis que abordem essa temática. A ideia é sempre oferecer material literário para que o gosto e o hábito de leitura sejam criados e reforçados desde a primeira infância. Ao trabalhar com os alunos as atividades descritas acima, serão contemplados os seguintes campos de experiências:

CAMPO de experiência

O eu, o outro e o nós.

Traços, sons, cores e formas

Curumim AKIY, Tiago. São Paulo Editora: Positivo / Ano: 2018

Escuta, fala, pensamento e imaginação

Após todo esse trabalho introdutório por meio do levantamento do conhecimento prévio dos estudantes, da pesquisa realizada com os pais, além de conhecer obras literárias sobre essa temática, questione os estudantes sobre as sensações que experimentaram ao assistir a uma peça teatral diferente, dentro de um ônibus. Pode-se propor uma roda da conversa, durante a qual o(a) professor(a) lançará questões aos alunos, como por exemplo: ” ” ” ” ”

Como foi assistir a uma apresentação dentro de um ônibus? Vocês se sentiram fazendo uma viagem? Quem eram os personagens do teatro? O que é um teatro de bonecos? Para fazer um teatro é necessário ensaiar?

Durante os questionamentos, o(a) educador(a), sendo escriba, irá transcrever em um cartaz, o qual será decorado posteriormente pelos alunos e fixado nas paredes da sala de aula. Depois, podem-se circular algumas palavras-chaves, como “teatro”, “ônibus”, “boneco”, “Curumim”, “mandioca”, entre outras.

O campo de experiência contemplado com essa atividade será:

CAMPO de experiência

Escuta, fala, pensamento e imaginação

71


Problematização para o Ensino Fundamental Indicamos que o trabalho com os alunos se inicie logo após a apresentação teatral. O(a) professor(a) pode problematizar com os alunos a respeito do tema: “Curumim Mani: A Origem da Mandioca”, levantando com eles alguns aspectos a serem discutidos/pesquisados, como:

VOCÊS JÁ OUVIRAM A PALAVRA CURUMIM? QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA CURUMIM? QUE OUTRAS PALAVRAS QUE FAZEM PARTE DA NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA SÃO ORIGINÁRIAS DA CULTURA INDÍGENA?

QUAIS DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS (SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS..) PODEM SER OBSERVADAS ENTRE OS POVOS INDÍGENAS E AS DEMAIS ETNIAS EXISTENTES NO BRASIL?

COMO O INDÍGENA É VISTO EM NOSSA SOCIEDADE HOJE EM DIA?

VOCÊS JÁ COMERAM MANDIOCA? QUE OUTROS ALIMENTOS PODEM SER CONSUMIDOS E SÃO FEITOS À BASE DA MANDIOCA?

Essa pesquisa será uma atividade interessante e começará a delinear o projeto. Os estudantes poderão organizarse em grupos para a realização da tarefa e preparar para a sala uma apresentação das informações coletadas. As regras para a explanação devem ser combinadas previamente, como por exemplo, o tempo para cada grupo expor, a necessidade ou não de utilizar recursos tecnológicos (slides, músicas, vídeos e outros), se haverá obrigatoriedade de todos os integrantes falarem, etc. As regras para a explanação devem ser combinadas previamente, como por exemplo, o tempo para cada grupo expor, a necessidade ou não de utilizar recursos tecnológicos (slides, músicas, vídeos e outros), se haverá obrigatoriedade de todos os integrantes falarem, etc. Após o término das explanações, para enriquecer a discussão, o professor poderá apresentar textos e infográficos sobre os povos indígenas mais conhecidos do Brasil para enriquecer as discussões na sala de aula e contextualizar a turma acerca do tema do projeto. Caso não tenha tempo para a realização da pesquisa, você pode utilizar as perguntas acima numa roda de conversa para identificar os conhecimentos prévios dos estudantes e prever/planejar ações mediante esses saberes. Os infográficos contribuem para ilustrar e desenvolver habilidades previstas na BNCC, principalmente na área de Ciências Humanas no que se refere à população indígena distribuída em nosso país, bem como evidencia o sujeito e seu lugar no mundo e a forma de ilustração e representação espacial.

para saber mais+

72


Localização das tribos indígenas no território brasileiro taurepangues

oiampis

macuxis TUKANOS

IANOMâmis

galibis

canduris tapajós

machiparos omáguas

ticunas

jurunas

tapuais

caiapós

marubus

potiguares caetés

aimorés

parintintins

xavantes nhambiquaras parecis

pataxós

bororos

paiaguás guaicurus

tupinambás

botocudos

aimorés

tupiniquins caiapós

carijós

botocudos goitacás

guaianás

guaranis

tamoios tupiniquins

caingangues carijós charruas

guaranis

Mapa das terras indígenas no Brasil. 34

16 07

04 22

06

12 18

31 03

24

21

02 29

05

14 27

15

19

10 26

30

11

01

25 32

33

09 08 23

20 13

17

28

1. ALAGOS E SERGIPE - AL/SE 2. ALTAMIRA - PA 3. ALTO RIO JURUÁ - AC 4. ALTO RIO NEGRO - AM 5. ALTO RIO SOLIMÕES - AM 6. ALTO RIO PURUS - AC/AM/RO 7. AMAPÁ E NORTE DO PARÁ AM/PA 8. ARAGUAIA - GO / MT/ TO 9. BAHIA - BA 10. CEARÁ - CE 11. CUIABÁ - MT 12. GUAMÁ - TOCANTIS - MA/PA 13. INTERIOR SUL - PR/RS/SC/SP 14. CAIAPÓ DO MATO GROSSO - MT/PA 15. CAIAPÓ DO PARÁ - PA 16. LESTE DE RORAIMA -RR 17. LITORAL SUL - PR/RJ/RS/SC/SP 18. MANAUS - AM 19. MARANHÃO - MA 20. MATO GROSSO DO SUL - MS 21. MÉDIO RIO PURUS - AMA 22. MÉDIO RIO SOLIMÕES E AFLUENTES - AM 23. MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO - ES/MG 24. PARINTINS - AM/PA 25. PQ. INDIGENA DO XINGUÉ - MT 26. PERNAMBUCO - PE 27. PORTO VELHO - AM/MT/RO 28. POTIGUARA - PB 29. RIO TAPAJÓS - PA 30. TOCANTIS - TO 31. VALE DO RIO JAVARI - AM 32. VILHENA - MT/RO 33. XAVANTE - MT 34. IANOMÂMI - AM/RR

73


Principais nações indígenas no Brasil

macuxi

caripuna do amapá

yanomami macu

waiãpi

zo`é

waiwai

tucano waimiri-atroari ticuna

mawé

apurinã mura

NUQUINI

deni

CAIXANAUá

tenharim

urubu-kaapor araweté

munduruku

caripuna suruí

guajajara potiguara kayapó apinajé funi-ó kambiwá pancaru

carajá

ariapuanã nambikwara

tapeba

krikati

xocó kiriri xavante pataxó

bororo xacriabá

maxacali

kadiwéu

krenak

terena guarani

guarani

xokleng

kaingang guarani

Ao trabalhar com os estudantes essa temática de maneira interdisciplinar, serão contempladas as áreas:

MATEMÁTICA UNIDADES TEMÁTICAS

Grandezas e medidas Probabilidade e estatística

LÍNGUA LÍNGUA PORTUGUESA PORTUGUESA PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Leitura e escuta Produção de textos Oralidade Análise linguística / semiótica (Alfabetização) ARTE ARTE

CIÊNCIAS CIÊNCIAS UNIDADES TEMÁTICAS

UNIDADES TEMÁTICAS

Ciências Vida e evolução

Artes visuais Dança Música Teatro

GEOGRAFIA UNIDADES TEMÁTICAS

área de ciências humanas

74

O sujeito e seu lugar no mundo Mundo do trabalho Formas de representação e pensamento espacial Natureza, ambientes e qualidade de vida Conexões e escalas HISTÓRIA UNIDADES TEMÁTICAS

A comunidade e seus registros As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município O lugar em que vive Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social Registros da história: linguagens e culturas


Para o Ensino Fundamental Essa pesquisa pode contribuir com o caminho a ser traçado no projeto. Assim, você terá o levantamento de palavras que são originárias da cultura indígena. Você também terá um levantamento de como o indígena é visto na sociedade de hoje, as diferenças e semelhanças entre classes sociais, usos, costumes, cultura, língua, etc. Por fim, essa pesquisa contribuirá com algo de grande interesse que são os alimentos feitos à base de mandioca, contribuindo com a ampliação da cultura e da comparação dos hábitos alimentares. Faz-se necessário destacar que essas informações serão importantes para o projeto, que contará com indicações literárias, músicas, além da exploração da intertextualidade entre os gêneros peça teatral e lenda.

Indicações literárias: Por que ler é muito importante! Inicie o projeto mobilizando com algumas leituras que tenham como temática o Curumim. Dois livros são bem indicados para os estudantes do Ensino Fundamental: Corre, Curumim!, de Laerte Silvino, e Histórias de Índio, de Daniel Munduruku.

tseguS utieL ed

Corre, curumim! SILVINO, Laerte Editora: DCL / Ano: 2015

O primeiro livro: Corre, Curumim! é um livro imagético (sem texto), que traz um jovem curumim e seu amigo mico-leãodourado, que decidem sair para um passeio pela floresta. Lá encontram diferentes figuras do folclore que começam a persegui-los. Nessa fuga, eles se deparam com algo muito mais assustador: a mata sendo devastada. Corre, curumim! mostra a relação do índio com o seu lar e sua cultura, além de destacar a importância de preservar e defender a natureza. Professor(a), explore as imagens e aprofunde as discussões com os estudantes sobre o que é fantasia e o que pode ser um grande mal para a humanidade. Trata-se de um livro que faz refletir sobre o desmatamento, sobre os prejuízos ambientais que nosso planeta pode ter, além de ameaçar a vida das espécies da flora, da fauna e das próprias tribos indígenas.

uS L ed

Histórias de índio MUNDURUKU, Daniel Editora: Cia.das Letras / Ano: 1996

Por ser um livro de imagens, não possui texto escrito. Desse modo, sugira aos estudantes que produzam um texto sobre o livro que acabaram de ler/ver. Assim, cada estudante poderá contribuir com uma visão diferente acerca da mesma história.

O segundo livro indicado é Histórias de índio, de Daniel Munduruku.Este livro reúne textos sobre a cultura munduruku, crônicas e depoimentos sobre as experiências vividas e escritas pelo autor no chamado “mundo dos brancos”, além de informações gerais sobre a diversidade étnica do Brasil indígena. Importante destacar o papel do autor, pertencente a uma tribo indígena, que traz em sua obra relatos de experiências. Selecione partes do livro para ler para os estudantes, e discutir. Você pode também sugerir que os estudantes escrevam uma carta ou um e-mail para o autor com suas impressões sobre o livro, além de fazer algum questionamento sobre as diferenças culturais existentes no nosso país. Como o escritor possui um blog, poderá interagir com os estudantes, possibilitando o estreitamento das relações entre autor/leitor. 75


Sobre o autor Daniel Munduruku Escritor indígena, graduado em Filosofia, tem licenciatura em História e Psicologia. Doutor em Educação pela USP. É pós-doutor em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Diretor-presidente do Instituto UKA - Casa dos Saberes Ancestrais. Saiba mais danielmunduruku.blogspot.com/p/daniel-munduruku.html

Com esta atividade serão contempladas as seguintes práticas:

LÍNGUA PORTUGUESA PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Leitura e escuta Produção de textos Oralidade

Desenvolvimento para as duas modalidades de ensino Após a problematização e contextualização do projeto, é hora de iniciar com os alunos um aprofundamento dos temas do espetáculo: a cultura indígena. (História da Mandioca e hábitos e costumes dos povos indígenas, em especial: moradia, estilo de vida, vestimentas, brinquedos, alimentação..) Como base para discussão posterior, tanto os quadrinhos da “’História da Mandioca” e os textos a seguir, servem como apoio para a Educação Infantil e Ensino Fundamental:

Informativo: Sobre a Mandioca Macaxeira, aipim, maniva, carimã, candinga, mucamba, macamba, xagala, pão-de-pobre, pau-de-farinha, tapioca, uaipi, castelinha ou mandioca (Manihot esculenta Crantz), a também chamada Raiz do Brasil está presente nas cozinhas de todas as partes do país. Muda o lugar, muda o nome, muda a receita, mas o ingrediente é o mesmo e serve de base para delícias que compõem a nossa riquíssima culinária. Há a mandioca brava, que não pode ser consumida in natura, e a doce, ou mansa. O que difere as duas é a quantidade de ácido cianídrico (substância tóxica) existente. Da mandioca brava é que se faz a maioria dos subprodutos, entre farinhas, féculas e bebidas (cauim e tiquira). Crua, dá origem ao caldo amarelado da cozinha do Norte (o tucupi), à farinha, ao polvilho (fécula), à “puba”, a uma grande variedade de bolos e a uma das maiores delícias do Brasil, o bolo Mané Pelado. Cozida ou frita, vai direto ao prato ou serve de base para caldos, escondidinhos, bolinhos, coxinhas, purês, bolos e muito mais que a imaginação possa criar. A farinha de mandioca é obrigatória na paçoca, no pirão, no tutu de feijão, no feijão tropeiro, no escaldado, nas sopas. O polvilho serve para fazer o beiju (ou tapioca) e para uma infinidade de quitutes, como o pão de queijo, o sequilho, o biscoito de polvilho (peta), o biscoito de queijo, a brevidade e a bolacha de nata. E ainda as folhas, trituradas e cozidas, acrescidas de carne de porco, carne bovina e outros ingredientes defumados e salgados, compõem a maniçoba, uma das expressões indígenas na culinária brasileira. Rica em carboidrato, fibras, vitaminas do complexo B e minerais (cálcio, fósforo e ferro), a mandioca é considerada originária do Centro-Oeste brasileiro, é consumida por aqui há mais de 5 mil anos, ganhou o mundo e hoje alimenta 500 milhões de pessoas em cerca de 80 países. Disponível em: www.xapuri.info/cultura/mitoselendas/mani-lenda-da-mandioca/

76


Informativo: Oca * Habitação indígena.

Conhecendo uma oca Oca é uma habitação típica dos povos indígenas. A palavra tem sua origem na família linguística tupiguarani. As ocas são construídas coletivamente, ou seja, com a participação de vários integrantes da tribo. São grandes, podendo chegar até 40 metros de comprimento. Seu tamanho é justificado, pois várias famílias de índios habitam uma mesma oca.Internamente este tipo de habitação não possui divisões. São instaladas na parte interna da oca diversas redes, que os índios usam para dormir. As estruturas das ocas são bastante resistentes, pois elas são construídas com a utilização de taquaras e troncos de árvores. A cobertura é feita de folhas de palmeiras ou palha. Uma oca pode durar mais de 20 anos. As ocas não possuem janelas, porém a ventilação ocorre através de portas e dos frisos entre as taquaras da parede. Costumam apresentar de uma a três portas apenas.

Curiosidade: Uma oca de tamanho grande pode levar de 10 a 15 dias para ser construída, com o trabalho de 20 a 30 índios. Oca. Sua Pesquisa. www.suapesquisa.com/indios/oca.htm

Moradia As ocas são construções de grandes dimensões, podendo a chegar a 30 metros de comprimento. São construídas em mutirão ao longo de cerca de uma semana, com uma estrutura de madeira e taquaras e cobertura de palha ou folhas de palmeira. As ocas chegam a durar 15 anos. Não possuem divisões internas ou janelas, apenas uma ou poucas portas e servem de habitação coletiva para várias famílias. Disponível em: Oca. www.pt.wikipedia.org/wiki/Oca

Tipos de Moradias Tanto na educação infantil, quanto nos anos iniciais do ensino fundamental é importante trabalhar com a diversidade e as habilidades de identificação e comparação. Dessa forma, você pode elaborar atividades de identificação dos diferentes tipos de moradia, respeitando o perfil da sala, observando se os estudantes residem em prédios (apartamentos), casas de alvenaria que são mais comuns e também comparar com as moradias indígenas (ocas ou tabas). O texto acima pode contribuir para uma discussão importante. Além disso, imprima ou projete imagens sobre as diferentes moradias, de modo a corroborar com a ampliação do repertório cultural dos estudantes. Abaixo segue uma atividade de registro que pode ser feita. Você também pode fazer isso de modo tridimensional, confeccionando uma maquete ilustrando os diferentes tipos de moradias, comparando o habitat das tribos indígenas e o habitat de seus estudantes. Uma sugestão para os estudantes do 1º ano do ensino fundamental é a atividade abaixo, ilustrando os diferentes tipos de moradias.

7777


Para os demais estudantes do ensino fundamental I, é possível aprofundar as discussões além dos tipos de moradias, mas a localização espacial em que os povos indígenas estão dispostos (como os infográficos do início da apresentação). É possível também refletir e discutir o local onde elas se encontram, as paisagens presentes, questões relacionadas ao saneamento básico e energia elétrica, além de explorar a comparação e a criação artística dos estudantes. Poderão ser construídas maquetes que representem o espaço geográfico de diferentes tribos indígenas. Dessa forma, estarão contempladas as seguintes unidades temáticas:

HISTÓRIA UNIDADES TEMÁTICAS

área de ciências humanas

As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município. O lugar que se vive Natureza, ambientes e qualidade de vida GEOGRAFIA O sujeito e seu lugar no mundo

O brincar e a cultura indígena Peteca é o nome dado tanto a um esporte quanto ao artefato esportivo utilizado em sua prática, sendo ambos de origem indígena brasileira. A cultura indígena também é rica em brinquedos e brincadeiras. Alguns brinquedos fazem parte da tradição dos brasileiros. Um brinquedo bem comum e fácil de fazer, que faz parte da cultura indígena, é a peteca. Prepare uma aula com os materiais adequados (papéis, jornais, fitas adesivas, tesouras, EVAs, penas) e instigue os estudantes a confeccionarem seu próprio brinquedo. Não esqueça de reservar um tempo para que eles brinquem e curtam a sua criação. No site abaixo, portal do professor do MEC, há várias aulas e orientações sobre os brinquedos e brincadeiras indígenas que você pode explorar com seus “Curumins”. VASCONCELOS, Elba Rosa Cavalcante de. Portal do Professor. Brinquedos e brincadeiras indígenas. Portal do Educador. Brasília: MEC, 2010. Disponível em: www.portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22766 Com essa atividade poderiam ser exploradas: ARTE UNIDADES TEMÁTICA

Artes visuais

Para a Educação Infantil, essa atividade pode ser simplificada e adaptada com jornal e papel crepom: A cultura indígena também é rica em brinquedos e brincadeiras. Alguns brinquedos fazem parte da tradição dos brasileiros. Um brinquedo bem comum e fácil de fazer, que faz parte da cultura indígena, é a peteca. Prepare uma aula com os materiais adequados (papéis, jornais, fitas adesivas, tesouras) e instigue os estudantes a confeccionarem seu próprio brinquedo. Não esqueça de reservar um tempo para que eles brinquem e curtam a sua criação. O passo a passo da confecção da peteca pode ser encontrado no link abaixo: Criando seu próprio brinquedo. Disponível em: www.napracinha.com.br/2013/02/criando-o-proprio-brinquedo-peteca-de/. 78


siga o passo a passo

79


Para o Ensino Fundamental I Curiosidade 2019 ANO INTERNACIONAL DAS LÍNGUAS INDÍGENAS A ONU declarou 2019 o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Para saber mais, leia o texto a seguir. O An o Int e r n a c ion a l d a s Líng u a s In díg e n a s (International Year of Indigenous languages – IYIL2019) será comemorado pela UNESCO e seus parceiros ao longo do ano de 2019. A UNESCO lançou um site exclusivo para o IYIL2019, que contribuirá para a conscientização da necessidade urgente de se preservar, revitalizar e promover as línguas indígenas no mundo. Atualmente, existem por volta de 6 a 7 mil línguas no mundo. Cerca de 97% da população mundial fala somente 4% dessas línguas, e somente 3% das pessoas do mundo falam 96% de todas as línguas existentes. A grande maioria dessas línguas, faladas sobretudo por povos indígenas, continuarão a desaparecer em um ritmo alarmante. Sem a medida adequada para tratar dessa questão, mais línguas irão se perder, e a história, as tradições e a memória associadas a elas provocarão uma considerável redução da rica tapeçaria de diversidade linguística em todo o mundo. No site oficial do Ano Internacional, todos os envolvidos e interessados podem encontrar informações sobre os planos para celebrar o Ano Internacional, bem como as ações e as medidas a serem tomadas pelas agências das Nações Unidas, os governos, as organizações dos povos indígenas, a sociedade civil, a academia, os setores público e privado, e outras entidades interessadas. Além disso, ao longo de 2019, o site incluirá um calendário de eventos, um espaço para a colaboração dos parceiros, acesso a recursos em formatos de vídeo, áudio, imagem e texto, bem como informações sobre as diversas modalidades de parceria e apoio. Os usuários poderão saber sobre os eventos em suas respectivas regiões, descobrir como participar, contribuir e aproveitar da rica variedade de atividades. www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2019-international-year-of-indigenous-languages/

Ainda sobre essa temática, clique no link abaixo e assista à reportagem especial feita pela TV Cultura, resgatando a importância do trabalho de conscientização das línguas indígenas para que as mesmas não sejam extintas. Compartilhe com seus alunos essas reportagens para que estejam antenados às propostas da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Disponível em: www.tvcultura.com.br/playlists/165_reporter-eco-reportagens-especiais.html

DESAFIO

Como sugestão, você pode lançar um desafio: Instigar os estudantes a pensarem em estratégias para que as línguas indígenas não desapareçam da humanidade.

80


Musicalizando no Ensino Fundamental I A música deve fazer parte do repertório de todas as modalidades de ensino, além de ser uma das linguagens do ensino de arte. Uma música de Jorge Bem Jor, interpretada pela Baby do Brasil, Todo Dia Era Dia de Índio, nos faz refletir sobre a realidade das comunidades indígenas:

Todo dia era dia de Índio Curumim, chama Cunhatã

Todo dia era dia de índio

Da fraternidade e da alegria

Que eu vou contar

Mas agora eles só têm

Da alegria de viver!

Curumim, chama Cunhatã

O dia 19 de abril

Da alegria de viver!

Que eu vou contar

Mas agora eles só têm

E no entanto, hoje

Todo dia era dia de índio

O dia 19 de abril

O seu canto triste

Todo dia era dia de índio

Amantes da natureza

É o lamento de uma raça que

Curumim, Cunhatã

Eles são incapazes

já foi muito feliz

Cunhatã, Curumim

Com certeza

Pois antigamente

Antes que o homem aqui chegasse

De maltratar uma fêmea

Todo dia era dia de índio

As Terras Brasileiras

Ou de poluir o rio e o mar

Todo dia era dia de índio

Eram habitadas e amadas

Preservando o equilíbrio ecológico

Curumim, Cunhatã

Por mais de 3 milhões de índios

Da terra, fauna e flora

Cunhatã, Curumim

Proprietários felizes

Pois em sua glória, o índio

Terêrê, oh yeah!

Da Terra Brasilis

É o exemplo puro e perfeito

Terêreê, oh!

Pois todo dia era dia de índio

Próximo da harmonia Disponível em: www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=XiehTd28P7E

Faz-se necessário não estereotipar a cultura indígena (nem todo índio usa cocar, pinta o rosto e mora na oca). Há diferentes povos indígenas, e é importante discutir os aspectos relacionados aos seus diferentes modos de vida. A música pode ser o ponto mobilizador para essa discussão acerca do “descobrimento” do Brasil, da visão do homem branco sobre o povo que encontrou nestas terras, além de trazer a menção sobre a data 19 de abril como sendo o Dia do Índio, quando o que se propõe a debater é que os indígenas (primeiros habitantes do nosso país) mereceriam serem lembrados todos os dias e não só o dia 19/04.

Curiosidade: Dia do Índio: 19 de abril O Dia do Índio no Brasil foi criado pelo Presidente Getúlio Vargas, através do decreto-lei 5540 de 1943. O dia 19 de abril foi sugerido pelos líderes indígenas do continente, que participaram no México do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O Brasil demorou um tempo para aderir ao instituto. Apenas com a intervenção do Marechal Rondon instituiu-se o dia 19 de abril como Dia do Índio. Esta data tem como um dos objetivos a reflexão sobre a cultura e história dos povos indígenas. Infelizmente “o homem branco” cada vez mais vem destruindo os recursos naturais e invadindo comunidades indígenas. Preservar a cultura indígena e conhecer sua história é essencial para termos consciência da destruição que a sociedade moderna realiza nos costumes, culturas e ambiente dos povos nativos. Dia do índio. Disponível em: www.museudoindio.org.br/dia-do-indio-19-de-abril/

Esta atividade contribui para o desenvolvimento das seguintes unidades temáticas:

ARTE UNIDADES TEMÁTICA

Dança Música

8181


Teatralizando Por fim, poderá ser retomada novamente a apresentação do BuZum! e elaborar uma dramatização sobre a Origem da Mandioca. Explorar esse gênero textual, fazendo uma intertextualidade com o roteiro de uma peça teatral. Não se esqueça de selecionar a trilha sonora, refletir sobre o figurino e o cenário (onde se passa a história). Dessa forma, a linguagem teatral estará sendo explorada em toda sua potencialidade. Caso sua turma seja numerosa, selecione os personagens do teatro, e envolva os demais estudantes a participarem de danças, músicas, paródias que sejam encaixadas dentro da apresentação como um todo. Importante: Que os estudantes possam contribuir com seus talentos, que as atividades sejam prazerosas e enriqueçam o trabalho pedagógico, desde a educação infantil até o ensino fundamental. Com essa atividade desenvolvem-se na Educação Infantil os seguintes campos de experiência:

CAMPO de experiência

O eu, o outro e o nós.

corpo, gestos e movimentos

Escuta, fala, pensamento e imaginação

E no Ensino Fundamental, as seguintes unidades temáticas: ARTE UNIDADES TEMÁTICA

Dança Música Teatro

8

finalização

Neste material estão contidas atividades que podem ser desenvolvidas por todas as modalidades de ensino. Cabe a você, professor(a), estabelecer as mediações entre os conhecimentos prévios de seus estudantes e os conteúdos aqui apresentados, dosando os graus de desafio e dando oportunidade a vivências que contribuam com uma aprendizagem prazerosa e significativa. Para finalizar o projeto, de maneira a garantir uma conclusão significativa e com a participação dos estudantes (tanto da educação infantil, quanto do ensino fundamental I), sugere-se despertar o protagonismo destes em perceber as diferenças e semelhanças entre a vida e a cultura indígena e a vida e a cultura em seu cotidiano. O(a) professor(a) pode dividir a classe em grupos, numa espécie de trabalho por estações. Cada grupo passará por todas as estações, mas num dia específico (finalização do Projeto Curumim), os estudantes apresentariam cada estação aos pais, com o objetivo de responder aos questionamentos que surgiram durante a problematização, bem como arrematar com um produto final que possa ser compartilhado com os pais e toda a comunidade escolar.

82


Algumas ideias para o trabalho com estações são: ” Como foi assistir a uma apresentação dentro de um ônibus? ” Encenação da história da mandioca pelos estudantes (ou de outra história ou lenda que seja trabalhada); ” Apresentação de uma música (que aborde a temática indígena) ou paródias elaboradas pelos estudantes; ” Oficina de confecção de brinquedos indígenas (construção da peteca); A peteca poderia ser o produto que cada estudante, ao fazer com os familiares, levasse para casa, como uma lembrança dessa proposta. ” Maquetes comparativas (exercitando os princípios do raciocínio geográfico presente na BNCC, os estudantes poderiam comparar as diferentes moradias, assim, além de pesquisar os tipos de moradias, as ocas das diferentes tribos, as casas, prédios, etc.). Dessa forma, de modo a desenvolver a analogia e a diferenciação entre as culturas, os modos de vidas, os tipos de moradias; ” Criar um ambiente com diferentes objetos da cultura indígena (ex.: instrumentos para uso no cotidiano, como: arco, flecha, tintas para pintura, cocares, instrumentos musicais, vestimentas, acessórios — colares, brincos, pulseiras..); ” Possibilitar um espaço para expor a alimentação indígena, em especial os alimentos feitos à base de mandioca. Por exemplo, a mandioca em diferentes modos para servir: crua, cozida, frita, sopa de mandioca, bolo de mandioca (ou aipim), biju, tapioca, etc. Caso não seja possível trazer os alimentos, colocar fotos para exemplificá-los. As imagens poderiam ser impressas (inclusive com a foto da plantação da mandioca) e, se possível, o cantinho da degustação (cada família poderia trazer uma receita à base deste alimento) e no dia do encerramento do projeto ser feita a partilha de “saberes” e “sabores” da cultura indígena. Para a apresentação final (teatro/músicas/danças..) é preciso levar em conta toda a preparação, garantindo que todos os passos do teatro estejam cobertos, desde a escolha dos personagens, do cenário (trabalhando conceitos e conteúdos matemáticos para a sua construção), do tema, as músicas que serão utilizadas, entre outros. Possibilitar essa experiência aos estudantes lhes trará grande satisfação, pois você perceberá que o projeto que se iniciou a partir da apreciação do espetáculo, culmina agora com a própria produção deles.Com a finalização do projeto por meio da apresentação teatral e da tematização na sala, com as diferentes atividades envolvendo a cultura indígena, serão contemplados todos os campos de experiências indicados na BNCC:

campos de experiência

O Eu, o outro e o nós

Traços, sons, cores e formas

Escuta, fala, pensamento Corpo, gestos e movimentos. e imaginação

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Para o Ensino Fundamental essas atividades contribuirão com o desenvolvimento da áreas presentes na BNCC:

LÍNGUA PORTUGUESA Leitura e produção de texto Lenda Música

ARTE Teatro / Música e Dança

ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA / CIÊNCIA Vida e evolução (Alimentação/ diversidade)

ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS / GEOGRAFIA Mundo do Trabalho

Avaliação

A avaliação do projeto pode acontecer de maneira processual e contínua, analisando a participação e envolvimento dos alunos durante o desenvolvimento das atividades, assim como o resultado da produção da finalização — lembrando que o olhar avaliativo do(a) professor(a) deverá sempre permear todo o processo da construção do conhecimento e não somente o resultado final, garantindo dessa forma um ensino de qualidade e de significado para os educandos.*Importante: Foram oferecidas diferentes ideias, mas você, professor(a), é a pessoa mais indicada para escolher, utilizar, adaptar e criar outras atividades para desenvolver essa temática em sala de aula. 83











Área do Conhecimento

ciencias naturais ˆ

Uma das questões mais atuais e que tem interferido de maneira significativa na vida dos brasileiros é a temática da água, englobando o seu ciclo, as chuvas, enchentes, nascentes e o uso consciente. Essas abordagens abrangem o conteúdo de Ciências, entretanto, podem e devem ser trabalhadas nos demais componentes curriculares. Realizar experiências utilizando a água em seus diferentes estados (sólido/líquido e gasoso), proporcionando aos alunos a compreensão das mudanças que podem ser observadas por meio da alteração da temperatura, é uma atividade simples, porém importante para iniciar um trabalho sobre o tema da água. Como forma de registro, o educador poderá orientar os alunos a redigirem relatórios científicos contendo as observações que foram feitas em cada etapa da aula. Outro aspecto que também merece destaque é o ciclo da água e toda a trajetória desta no planeta, que como o próprio texto da HQ traz, deveria se chamar “Planeta Água” e não “Planeta Terra”, devido à proporção existente da mesma. A confecção de cartazes ou maquetes pelos alunos, ilustrando o ciclo da água é uma sugestão interessante. Para tornar o trabalho ainda mais rico, o educador pode solicitar que a atividade seja realizada em grupos, após a leitura da história em quadrinhos, a qual servirá como um ponto de apoio inicial, não dispensando dessa forma, que cada equipe realize pesquisas sobre o tema para depois confeccionar a maquete e apresentá-la para os demais colegas. Encerrar o trabalho com uma exposição das maquetes e cartazes para os pais também incentiva os alunos. De modo lúdico, o professor pode apoiar-se na literatura infantil para melhor ilustrar esse fenômeno aos alunos, as quais estão indicadas ao final do texto. Área do Conhecimento

matemática Aproveitar a ideia das 13 gotas e estabelecer noções de proporção, apoiando-se em alguns dados, é uma boa maneira de introduzir o tema nas aulas de Matemática. A partir dos resultados, o professor poderá gerar gráficos que ilustrem essa proporcionalidade, como por exemplo, a relação 10 litros / 13 gotas, água salgada X água doce (englobando gelo e líquido), água doce líquida X gelo e calotas polares, água subterrânea X água superficial etc. Como a história em quadrinhos aborda a comparação da água no balde e das 13 gotas, o educador poderá aproveitar essa citação e realizar a experiência na sala de aula, utilizando os mesmos objetos apresentados na história: um balde de 10 litros e um contador de gotas. Para a aula ficar mais participativa, é possível solicitar que os alunos confirmem se o balde realmente comporta 10 litros, portanto, deverão fazer a conferência utilizando garrafas e após, retirar apenas as 13 gotas. Esta atividade, além de sensibilizar os alunos para a realidade encontrada em nosso planeta, é uma boa oportunidade para dar início a um trabalho com grandezas e unidades de medidas. Atentar-se para a composição do corpo humano, o qual é constituído em quase ¾ de água, pode levar o educador a ilustrar ou trabalhar com diferentes gráficos, para que os alunos compreendam essa informação. 93


Área do Conhecimento

lingua portuguesa ´

Abusar da criatividade? Tarefa fácil para educadores que, com maestria, criam e recriam estratégias, a fim de garantir o aprendizado dos alunos! A história em quadrinhos 13 gotas pode auxiliar o professor na tarefa de inovação, garantindo um trabalho interdisciplinar, ao unir música e poesia, aproveitando o tema da água. Com um pouco de pesquisa, é possível encontrar muitas poesias sobre a água, além de diversas letras de músicas que trazem essa temática, como por exemplo, a poesia “O Ciclo da Água”. É a água indo rio afora deslizando a caminho do mar é o mar se revigorando com este eterno receber Sofrerá as influências da nossa lua, das estrelas e principalmente o calor do nosso sol – o astro-rei. Evaporarão aos ares formando belas nuvens e no ballet e nas brisas, dos travessos ventos, voltarão à terra

Desaguarão em chuvas irrigarão vales e montanhas infiltrarão-se em todos meandros que matarão a sede das aves, do ser humano e de todos os animais. Renovarão todas as florestas farão florir todas as flores, manterão todas as árvores que nos darão todos os frutos Germinarão novas sementes renovando tudo, escorando a vida. Trarão muita benção e alegria e voltarão aos rios

Que voltarão aos mares seguindo os seus leitos que gerarão as novas nuvens que as devolverão limpas É o ciclo da água do nosso judiado planeta que está chegando ao seu esgotamento. Quanta alegria pelos nossos rios, mas também quanta tristeza.

Para completar esta atividade, os alunos poderão construir poesias com o tema: ÁGUA. Área do Conhecimento

geografia ´

Na área de Geografia, além da realização das pesquisas, cartazes e/ou maquetes em relação ao “ciclo da água”, o aluno poderá registrar as informações obtidas, através da escrita dos passos que representam esse ciclo. Outra atividade que também poderá ser desenvolvida com os alunos menores é a construção de um jogo da memória, utilizando para isso as imagens relacionadas aos diferentes estados físicos da água encontrados nas paisagens geográficas. Para confeccionar os pares, basta recortar, por exemplo, a imagem de uma pedra de gelo e depois procurar uma imagem das geleiras, formando dessa maneira um par do jogo e assim por diante. Sabemos que a água pode encontrar-se em três formas: nos estados líquido, sólido e gasoso. Nos oceanos, nos rios, nos lagos e nas lagoas, a água encontra-se no estado líquido – assim como por baixo do solo também é encontrada nesse estado. Isso acontece porque, ao infiltrar-se nos terrenos, a água forma lençóis subterrâneos. Pode-se também encontrar água nos estados gasoso e sólido, como nas nuvens e geleiras. 94


Área do Conhecimento

artes A linguagem teatral sempre chama a atenção das crianças, por isso, confeccionar máscaras em formato de gotinha, para representar um teatro, é uma atividade envolvente. Podem ser feitas máscaras de gota d´água potável e gota d´água poluída, sugerindo a criação de um diálogo entre as duas, para possível encenação. Confeccionar dedoches – “fantoches de dedo” –, com os personagens da HQ (cientistas, assistente e uma gota d´água) para que os alunos possam dramatizar também é uma sugestão interessante, pois estarão abordando um tema emergencial, que precisa ser discutido não somente nas escolas, mas que deve abranger todas as famílias. Portanto a apresentação com os dedoches pode ultrapassar os muros da escola e ser aberta à toda a comunidade. Outra sugestão é fazer uma espécie de fantoche (grande) em papel sulfite, moldando-o internamente com uma bexiga azul cheia, de modo que represente uma gota d´água. Dessa maneira, colocando um suporte de pezinho, feito com cartolina, os alunos terão a gotinha (no tamanho da bexiga) para representar a HQ. De um lado fica o rosto da gotinha e, do outro, há a possibilidade do professor sugerir que os alunos coloquem mensagens sobre o que aprenderam com a história 13 gotas. Essa sugestão foi retirada do cartaz 2 do Guia interdisciplinar da 2ª série da nova edição do material “Porta Aberta”, da editora FTD. Confeccionar um marcador de página, ilustrado e decorado pelos alunos é também uma maneira de proporcionar uma boa situação de aprendizagem, pois em destaque, no marcador, poderá estar a poesia de autoria, o que fará com que todos se sintam valorizados. Ainda pensando em algo que envolva a escola como um todo, nas aulas de Arte o professor poderá trabalhar com a questão de marketing e criar uma espécie de logotipo. Com os diferentes logotipos criados será possível confeccionar adesivos (que poderão ser colados em todas as torneiras da escola), com dizeres ilustrativos alertando para o desperdício da água, como por exemplo: “Abriu – Fechou” “Cuidar para não faltar...” Entre outros logos ilustrativos. Área do Conhecimento

História A Declaração Universal dos Direitos da Água - UNESCO 1992 - é um excelente documento que pode ser debatido durante as aulas de História, além de discutir a data de 22 de março: Dia Mundial da Água. O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, através da resolução A/RES/47/193 de 21 de Fevereiro de 1993, declarando todo dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21. Fonte: Wikipédia – Enciclopédia Livre

95


Para saber mais: Dica de Filme “Por água abaixo” Dicas da internet CLIP “CHUÁCHUÁGUA” (TV CULTURA) Disponível em www.youtube.com/watch?v=DVFzpqXsGxo VÍDEO: “O CICLO DA ÁGUA” Disponível em www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws Dicas musicais Águas de Março (Tom Jobim) Planeta Água (Guilherme Arantes) Chove chuva (Jorge Ben Jor) Alcohol (Jorge Ben Jor) Água (Xangai)

O rio de Piracicaba (Sérgio Reis) País das Águas (Floribella) Planeta azul (Chitãozinho e Xororó) Chuá, chuá (Chitãozinho e Xororó)

Dicas Literárias (os dados completos encontram-se na referência bibliográfica) O Mundinho Azul Aventuras de uma Gota d’água Ciclo da Água O Mar de Ângela A História da Água Juca Brasileiro: A Água e a Vida ENCARTE – A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA (Ministério do Meio Ambiente – 2001 – Ilustrações – Ziraldo) Dicas de passeio: Visita ao SAE – Serviço de Água e Esgoto de sua cidade, com o intuito de conhecer como funciona o tratamento da água. Visita à ONG – SOS Mata Atlântica www.sosma.org.br A ONG oferece visita monitorada com foco em diferentes atividades relacionadas à natureza e, em especial, à mata atlântica. Os alunos poderão visualizar maquetes que representam o ciclo da água e discutir outras questões ambientais, tão pertinentes para a formação do cidadão crítico e consciente. Referências Bibliográficas: BAILEY, Jacqui. A história da água. São Paulo: DCL, 2007. BELLINGHAUSEN, Ingrid Biesemeyer. O mundinho azul. São Paulo: DCL, 2004. BRANCO, Samuel Murgel. Aventuras de uma gota d´água. São Paulo: Moderna, 2002. QUENTAL, Cristina; MAGALHÃES, Mariana. O ciclo da água. São Paulo: LeYa, 2013. SECCO, Patrícia. Juca Brasileiro: A água e a vida. São Paulo: Editora Educar DPaschoal. ROSA, Sônia. O mar de Ângela. São Paulo: DCL, 2002.

Sites: Dia Mundial da Água. Disponível em www.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_da_%C3%81gua Atividades sobre o dia mundial da água. Disponível em www.educandocomcriatividade.com.br Poesia água www.sitedepoesias.com/poesias/47656 Os estados da água Disponível em www.tempodecrescertempodeaprender.blogspot.com.br/2012/11/os-estados-da-agua-na-natureza.htmlAcesso em 16/07/2014

96


97










Área do Conhecimento

ciencias naturais ˆ

Após ler a história em quadrinhos Filhotes do Brasil,o professor poderáenriquecer ainda mais o cabedal cultural dos seus alunos e resgatar o que foi visto, aprofundando e pesquisando sobre a Amazônia, a fauna brasileira e sua diversidade, as tribos indígenas, a relação pai-filho / animal-filhote. Parafraseando Pedro Demo (2012), “mais importante que a aula, deve ser a pesquisa em sala de aula, pois ela é o norte, o elemento central para a construção do conhecimento pelos alunos”. Esse autor também retrata o princípio da autoria, ressaltando que a pesquisa começa na educação infantil e deve ser estimulada sempre, primando para que o aluno e o professor escrevam seus próprios textos e sistematizem o que construíram por meio de uma experiência significativa. Portanto, a história pode ser o elemento mobilizador para futuras aprendizagens. Como sugestão é possível solicitar pesquisas sobre o bioma da Amazônia, em específico à fauna, que é retratada na HQ. O quadro sinóptico também é um trabalho possível de ser realizado com todas as turmas, variando o grau de desafio e aprofundamento de acordo com as idades. Uma sugestão é a confecção de cartazes, com os animais nos três diferentes ambientes, retratando seus hábitos e características, como no exemplo: Quadros e esquemas são muito válidos para se trabalhar com os pequenos, pois orientam seu poder de síntese e de sistematização das ideias estudadas e pesquisadas em classe. Com os alunos maiores (4º e 5º anos) vale à pena focar a sustentabilidade da natureza e refletir sobre seu conceito a partir do meio ambiente que habitamos, provocando um debate. A música “A Mancha” de Lenine/ Lula Queiroga, pode servir de ponto de partida para o trabalho. Depois de ouvir a música, lançar perguntas geradoras como: A Educação Ambiental é algo que faz sentido de fato para você? Você acredita que uma “mudança de modo de ser” depende de como as pessoas, desde a infância, são educadas? Então, a sustentabilidade passa pela educação? Podemos formar pessoas com vocação para uma vida sustentável?

A MANCHA A mancha vem comendo pela beira O óleo já tomou a cabeceira do rio E avança A mancha que vazou do casco do navio Colando as asas da ave praieira A mancha vem vindo Vem mais rápido que lancha Afogando peixe, encalhando prancha A mancha que manha

Que mancha de óleo e vergonha Que mancha a jangada, que mancha a areia Negra praia brasileira Onde a morena gestante Filha do pescador Derrama lágrimas negras Vigiando o horizonte Esperando o seu amor Álbum Labiata, Universal Music Brasil, 2008

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, conhecido apenas como Lenine, é um cantor, compositor, arranjador, escritor, letrista e músico brasileiro. Ocupa a cadeira 38 como acadêmico correspondente da Academia Pernambucana de Letras.

106


Área do Conhecimento

artes O teatro é um forte elemento mobilizador da aprendizagem, portanto, o professor poderá sugerir aos alunos a criação de um teatro de bonecos, uma vez que essa é uma linguagem interessante para representar a história. Desse modo, pode-se confeccionar alguns bonecos de papel machê e elaborar uma peça teatral com os personagens que aparecem na HQ.Com certeza, essa será uma deliciosa aventura do conhecimento. Outra sugestão bem-vinda é o teatro de sombras. O professor pode explorar a silhueta dos animais que aparecem em Filhotes do Brasil, como por exemplo: boto-rosa, bichopreguiça, jacaré, piranha, onça, pássaros, etc... Com pouco recurso, como um lençol branco, uma lanterna e as silhuetas dos animais, pode-se criar um clima diferente em sala de aula e despertar o gosto pela aprendizagem dos seus alunos, os quais poderão representar o som dos animais, além devalorizar a expressão corporal e facial. Caso os alunos tenham interesse, outra perspectiva de trabalho é a dobradura. São inúmeras as possibilidades que podem focar o bioma da Amazônia. A produção final pode ser traduzida em um cartaz (painel de dobraduras), enfocando o habitatde cada animal representado. Com os alunos menores (1º ao 3º ano), podem ser feitas máscaras dos animais que aparecem na história, utilizando materiais recicláveis como sacos de papel e pratos de papelão. As crianças podem criar livremente a decoração e confecção de cada máscara.

Área do Conhecimento

matemática Outra alternativa de trabalho é o Jogo da Memória (filhotes e seus respectivos pais) que pode ser elaborado coletiva ou individualmente, criando um jogo com os animais que aparecem na história e outros complementares.

107


Área do Conhecimento

lingua portuguesa ´

Para desenvolver o estudo da língua uma sugestão é criar com os a alunos uma peça teatral, elaborando sua sequência de histórias e seus personagens preferidos. Com alunos de 1º ao 3º ano é possível ressaltar o lúdico e a imaginação, além da criatividade da interação entre os personagens. Com alunos de 4º e 5º ano pode-se realçar o roteiro, variando os estilos textuais,incentivando o “brincar com as palavras” e trabalhando a intertextualidade (a criação de um texto a partir de outro texto já existente). A elaboração de um BICHONÁRIO (dicionário dos bichos) pode ser feito previamente ou após a leitura da história. Esse dicionário deve conter fichas com as características dos animais em ordem alfabética. Dependendo da turma, a pesquisa pode ser feita em casa, onde cada aluno ficará responsável por um determinado animal, com suas curiosidades, hábitos alimentares, habitat, entre outros aspectos. Após o conteúdo, a turma encerra a produção confeccionando a capa do bichonário coletivamente para, enfim, fazer sua doação à biblioteca ou sala de leitura da escola, como no exemplo:

anta brasileira A anta brasileira (Tapirusterrestris) é um mamífero terrestre da família Tapiridae. Trata-se do maior mamífero da América do Sul. Geralmente as fêmeas são maiores, medindo até 2 m de comprimento, 1 m de altura e pesando até 300 kg. O corpo da anta brasileira tem o formato parecido com o dos porcos, porém têm um tom de pele mais acinzentado. Seus pelos são curtos e macios e não cobrem o corpo inteiro. Seus pés traseiros têm três dedos, enquanto os dianteiros apresentam um quarto dedo, um pouco reduzido. Sua cauda é fina e curta. No lugar dos lábios superiores, as antas apresentam uma pequena tromba, de até 17 cm, preênsil e flexível. Na tromba existem pelos sensíveis à umidade e ao cheiro.

Por fim, o professor ainda poderá organizar um debate sobre o tema “Pais e Filhos”, refletindo sobre as diferenças e as semelhanças existentes nessa relação no mundo humano e animal, uma vez que a história retrata as relações afetivas a partir de um roteiro em que os filhotes da Amazônia são os elementos centrais da HQ.É possível ainda sensibilizá-los aos sentimentos de cuidado, carinho e dedicação expressados na relação dos animais e seus respectivos filhotes. 108


Área do Conhecimento

História

Pesquisas sobre as tribos indígenas existentes no Brasil, comparando os diferentes costumes e tradições peculiares de cada uma poderão levar os alunos ao aprofundamento temático. Área do Conhecimento

geografia ´

A Amazônia é o bioma retratado na história. O professor pode fazer uma mini exposição sobre a cultura da região amazônica (pratos típicos, fauna, hábitos e costumes...), despertando a curiosidade e o gosto pela região. Outra atividade possível de ser realizada que pode anteceder a leitura da históriaé a elaboração de um QUIZ (Jogo de perguntas e respostas) sobre o assunto a ser trabalhado, como: curiosidades sobre animais, tribos indígenas, região Amazônica, população e cultura local. 109


Para saber mais: Conheça o Zoológico da sua cidade ou região e realize uma pesquisa sobre os animais que foram citados na HQ e que estão no Zoológico que você visitou. Livro Animais Brasileiros – ameaçados de extinção (Brincando com dobraduras) de Gláucia Lombardi – Editora Paulus, 1997. Instituto Ecofuturo - organização não governamental cuja missão é difundir conhecimento e práticas que contribuam para a construção coletiva de uma cultura de sustentabilidade. www.esquel.org.br/index DESAFIO Seja curioso! Professor, lance essas perguntas para sua turma, em forma de desafio: - Você conhece algum animal que está ameaçado de extinção? - Quantas tribos indígenas vivem no Brasil atualmente? Você sabe o nome de alguma delas? - A palavra curumim aparece na história “Filhotes do Brasil”. O que ela significa? - Você tem se preocupado e agido em defesa da natureza? - A sustentabilidade tem influenciado as suas práticas cotidianas? - Relate um fato que tenha ocorrido com você envolvendo esse conceito. Referência Bibliográfica ACHATH, Sati, Teatrinho de Sombras: Criando com as mãos um mundo de histórias e fantasias. São Paulo: Nova Alexandra, 1997. COELHO, Raquel. Teatro. Coleção: No caminho das Artes. São Paulo: Formato, 2001. DEMO, Pedro. Outro professor: Alunos podem aprender bem com professores que aprendem bem. Jundiaí: Paco Editorial, 2012. LOMBARDI, Gláucia. Animais Brasileiros – ameaçados de extinção (Brincando com dobraduras). São Paulo: Paulus, 1997. Manual: Valores e Diálogos para Uma Cidade Educadora. Sorocaba, Secretaria da Educação: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2010. Revista Na Trilha dos Referenciais. São Paulo, SESI-SP, jan. 2005. Teatro: Um “palco” para o processo de ensino e aprendizagem.

110


111


Ficha Técnica LIVRO Idealizadores_Beto Andreetta e Mari Gutierrez Coordenação de produção_Mari Gutierrez Coordenação editorial_BuZum! e casadalapa Autoria do Material Pedagógico_SABERES - Consultoria e Assessoria Educacional Coordenação do Material Pedagógico_Mércia Falcini Elaboração e Adaptação do Material Pedagógico_Giani Peres Pirozzi, Mércia Falcini e Taísa Gasparini Rizo Texto de Apresentação_Guilherme Soares Design e Projeto Gráfico_ Murilo Thaveira e Sato do Brasil > casadalapa Ilustração, Fotoilustração e Coloração_Murilo Thaveira e Sato do Brasil > casadalapa e Renoir Santos Flater de colorização HQs_Joy Matias Revisão dos HQs_Kyanja Lee Fotos_Divulgação BuZum!

Ficha Técnica BUZUM! Diretor Artístico_Beto Andreetta Diretor Administrativo_Jackson Íris Diretora de Produção_Mariane Gutierrez Diretor dos Espetáculos Caipira, Filhotes do Brasil e 13 Gotas_Wanderley Piras Diretora dos Espetáculos Curumim e Filhotes do Brasil_Adriana Telg Produção Executiva_Juliana Christão e Aldo Andreetta Assistente de Produção_Thayna Lima Elenco_Dinho Weller, Geovana de Oliveira, Fabíola Gonçales, Lívia Simardi, Priscila Maria Lima, Clara Nascimento, Fabiana Noronha, Basílio Ludovico, Andressa Ferreira e Cadu Lopes Técnicos de Som e Luz_Henrique Ramos, Cristiano Valério, Deivison Nunes e Rodrigo Papa Produção de Campo_Leonardo Campos, Henrique Ramos, Fernando Lima e João Pedro Andreetta Motoristas_José Valério Filho e Luiz Carlos Costa Ajudante Geral_Ronivaldo Alexandre Assistente Financeiro_Glaucia Souza Auxiliar Financeiro_Paloma Rocha Assessoria de Imprensa_Isabela Barbosa Realização_BuZum!


até mais!!! Professor, aqui termina o nosso livro, mas você ainda pode falar com o BuZum! . É só mandar um e-mail com sugestões, críticas ou nos contar como foi a sua experiência com o projeto e com este material. Para saber por onde anda o BuZum! é só curtir a nossa página, seguir a gente no Instagram ou então entrar no nosso site!!! Adoramos vir até a sua escola! entre em contato pelo nosso e-mail

buzum@buzum.com.br


PAINEL



apresentação

parceria

realização


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.