Roteiro dos Museus Militares

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BY THE BOOK

Roteiro dos Museus Militares

MILITARY MUSEUM GUIDE


27 Prefácio Preface

Núcleo Museológico de Alverca

29 Introdução Introduction

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Museu Militar de Bragança

Núcleo Museológico de Ovar

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Museu de Marinha MARITIME MUSEUM

BRAGANÇA MILITARY MUSEUM

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CALOUSTE GULBENKIAN PLANETARIUM

Museu Militar do Porto

Planetário Calouste Gulbenkian

OPORTO MILITARY MUSEUM

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Museu Militar de Lisboa

Museu Militar de Elvas

ELVAS MILITARY MUSEUM

LISBON MILITARY MUSEUM

47 Casa dos Gessos

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Museu do Ar AIR MUSEUM


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Núcleos Museológicos N.º 1 e N.º 2 das Ex-Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento

Fragata D. Fernando II e Glória

53 Núcleo Museológico do Posto de Comando do MFA

55 Núcleo Museológico do Buçaco

58

Museu do Combatente 63 Núcleo Museológico do Porto

64

Aquário Vasco da Gama

VASCO DA GAMA AQUARIUM

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Museu do Fuzileiro

MARINE CORPS MUSEUM

76

Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão

ADMIRAL RAMALHO ORTIGÃO MARITIME MUSEUM

80

Museu Militar dos Açores

AZORES MILITARY MUSEUM

84

Museu Militar da Madeira

MADEIRA MILITARY MUSEUM


Prefácio

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A História Militar é indissociável da História de Portugal, enquanto Nação soberana. A nossa memória e identidade comuns, igualmente preservadas no Património material e imaterial da Defesa Nacional, encontram nos museus e nos núcleos museológicos uma forma de memorar a presença e soberania de Portugal desde as suas origens. Por outro lado, fruto da expressão global portuguesa, ao longo de nove séculos de história, estes espaços constituem-se também como repositórios vivos de uma parte da história mundial. A presente publicação, reedição da primeira edição de 1999, devidamente atualizada, visa a valorização e divulgação turística dos museus militares existentes em Portugal, sob tutela do Ministério da Defesa Nacional. Os museus militares, pela importância cronológica ou temática da organização do seu acervo, pela heterogeneidade do património histórico, técnico, científico e até artístico, são espaços privilegiados que guardam os registos do tempo e que testemunham a presença de Portugal no Mundo. Este esforço de sistematização e valorização do espólio museológico militar irá manter-se nos próximos anos, permitindo também que coleções ou elementos, em maior ou menor escala, guardados em cada uma das unidades, se assumam como importantes testemunhos da ação das Forças Armadas e que poderão, num futuro próximo, constituir-se como coleções visitáveis ou até mesmo possíveis centros de interpretação. Estes espaços, que se pretende que sejam cada vez mais pensados para o futuro, ao serviço do conhecimento e da educação, proporcionando a promoção do diálogo intercultural e intergeracional, disponibilizando informação que permita melhor conhecer e valorizar a instituição militar e a sua importância na nossa história comum, devem, igualmente, servir para responder a um dos grandes desafios dos museus no séc. XXI que é, sem dúvida, a captação, a abrangência e diversificação de públicos.


Os museus militares e núcleos museológicos são, desta forma, importantes instrumentos de preservação, constituindo-se como instituições que guardam acervos integrantes da memória cultural do nosso povo. É nessa diversidade que reside um dos segredos do sucesso da marca Portugal no panorama turístico internacional. Portugal tornou-se um reconhecido destino turístico, criando importantes oportunidades de valorização do nosso vasto, singular e valioso património, quer junto dos portugueses, quer junto de quem nos visita, pelo que nos compete sabermos mobilizar esforços e fazer convergir meios e sinergias num mesmo sentido. O Ministério da Defesa contribui para a sustentabilidade deste esforço, identificando formas de valorização do património militar junto dos públicos mais jovens, desenvolvendo o seu potencial educativo e tornando estes espaços e os seus acervos verdadeiramente inclusivos e interativos. A História de Portugal, e nesta a militar, é já por si só única. O Turismo Militar, da tutela da Direção-Geral dos Recursos da Defesa Nacional, através desta publicação, devidamente certificada, pretende a valorização, estudo, investigação, promoção e salvaguarda das Forças Armadas e sua ação em quase 900 anos de História. Nesse contexto, o património museológico militar tem um significado de relevo. Não se limitam a ser espaços do passado, mas, através da sua valorização, devem permitir-nos novos conhecimentos, criando novas perspetivas para o futuro. Deixo, por isso, uma palavra de agradecimento a todos e todas que se dedicam diariamente à preservação e conservação do património histórico da Defesa Nacional e à sua divulgação, nomeadamente através da criação desta que se espera seja uma ferramenta de grande interesse e utilidade pública e que muito nos orgulha apresentar, agora, ao público. João Gomes Cravinho

Ministro da Defesa Nacional

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Preface

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Military History is inseparable from the History of Portugal as a sovereign nation. Our common memory and identity, equally preserved in the material and immaterial heritage of National Defence, have found a way of recording Portugal’s presence and sovereignty from its origins through museums and museum centres. As a result of Portugal’s nine century global presence, these spaces are also living repositories of world history. This publication, a duly updated reprint of the first edition of 1999, aims not only to show the value of these museums under the jurisdiction of the Ministry of National Defence, but also to put them firmly on the tourist map. Due to the chronological importance and thematic organization of their collections, the heterogeneity of their historical, technical, scientific as well as artistic heritage, military museums are privileged spaces recording time and bearing witness to Portugal’s presence in the World. This effort to systematize and value the military museum will continue in the following years. It will allow collections or particular items stored in each museum to take their place as important testimonies of the Armed Forces’ action. They may, in the near future, become visitable collections or even interpretation centres. These spaces are intended to be increasingly focused on the future, on serving knowledge and education, and promoting intercultural and intergenerational dialogue. Besides providing information enabling the military institution and its importance in our common history to be better known and valued, they will also respond to one of the greatest challenges 21st century museums undoubtedly face: attracting, increasing and diversifying visitors. Military museums and museum centres are thus important instruments of preservation: institutions holding collections that are part of the Portuguese cultural memory. It is in this diversity that one of the secrets of the country’s success on the international tourist landscape lies. Portugal has become a recognized tourist destination, creating important opportunities to fully appreciate our vast and uniquely valuable heritage, for both the Portuguese and those who visit us. It is therefore up to us to mobilize and ensure that


means and synergies flow in the same direction. The Ministry of Defence contributes to the sustainability of this effort, identifying ways of enhancing military heritage among the young, developing its educational potential and making these spaces and their collections truly inclusive and interactive. The History of Portugal, and its military history especially, is unique. Military Tourism, under the supervision of the Direção-Geral dos Recursos da Defesa Nacional (Directorate General for National Defence Resources) intends, through this publication, to enhance, study, research, promote and safeguard the Armed Forces and their achievements throughout almost 900 years of history. Military museological heritage is therefore vastly significant. Now properly valued, it is not just concerned with the past but brings us new knowledge, creating dynamic prospects for the future. I would therefore like to extend my warmest gratitude to all those who devote themselves on a daily basis to the preservation and conservation of the National Defence historical heritage and its dissemination. In particular, I would like to thank all those responsible for the creation of this book, of both great public interest and usefulness, which we are now very proud to present to readers. João Gomes Cravinho

National Defence Minister

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Museu Militar de Bragança BRAGANÇA MILITARY MUSEUM

Cidadela do Castelo de Bragança 5300-901 Bragança GPS 41.804501, -6.748618 Tel.: (+351) 273 322 378 HORÁRIO | OPENING HOURS

terça-feira > domingo | Tuesday > Sunday 9h00 > 12h00 | 14h00 > 17h00 Encerramento | Closed segundas e feriados Mondays and Public holidays


Instalado na Torre de Menagem do Castelo de Bragança, esta fortificação deve ter tido as suas origens na antiga civitate Brigantina e teria sido o rei D. Sancho I, quando em 1187 repovoou Bragança, a mandar reedificar a primeira cerca defensiva a partir de ruínas de uma fortificação anterior que aí teria existido. Construção de arquitetura militar medieval sofreu melhoramentos nos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis, sob o reinado de quem, em 1293, se determinou erguer um segundo perímetro amuralhado ilustrando o desenvolvimento e prosperidade do povoado. D. João I, já no séc. XIV, inicia a construção da Torre de Menagem. A organização da coleção iniciou-se quando a 30 de maio de 1933 foi publicada uma Ordem de Serviço do Comando da 1.ª região Militar do Porto, um louvor ao então Comandante do Regimento de Housed in the keep of the Castle of Bragança, this stronghold is believed to have originated in the former Civitate Brigantina. When King Sancho I repopulated Bragança in 1187, he ordered the first defensive wall to be built from the ruins of another fortification that had previously existed. Displaying a medieval military architectural style, the construction underwent renovation during the reigns of King Afonso III, King Dinis and King John I. During the reign of King Dinis, a second walled perimeter was constructed in 1293, thus illustrating the development and prosperity of Bragança. It was in the 14th century, under the reign of King John I, that the construction of the keep began. The collection was initially organised when an Order of Service of the Command of the 1st Military Region of Porto was published on 30 May 1933, a commendation to the Commander of the 10th Infantry Regiment at the time, to whom the organization of the Military

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Infantaria n.º 10, onde lhe era atribuída a organização do Museu Militar como repositório das relíquias gloriosas referentes ao Exército. O espaço museológico viria a ser inaugurado apenas em 1983. O Museu ocupa todo o interior da Torre de Menagem e estende-se para o espaço exterior circundante e as muralhas interiores, com os seus sete torreões e a denominada Torre da Princesa. O acervo existente no Museu conta com um elevado valor histórico-cultural, não só em termos de antiguidade, mas também em termos de riqueza patrimonial, acrescido pela importância da sua localização.

Museum was attributed as a repository for the glorious memorabilia of the Military. The museological space itself was inaugurated only in 1983. The Museum occupies all the area within the keep and extends to the surrounding outside space and inner walls, with its seven turrets and the socalled Tower of the Princess. The collection of this Museum is of extremely high historical and cultural value, not only in terms of its antiquity, but also due to its rich heritage, given the importance of its location.


O QUE POSSO VER?

WHAT CAN BE SEEN?

A evolução do armamento, através de peças dos sécs. XIV ao XX, relacionando-as com ações militares relevantes dos bragançanos, como por ocasião das Invasões Francesas, das Campanhas de 1895/96 em Moçambique contra Gungunhana e da Grande Guerra. Encontram-se igualmente a evolução do Castelo medieval e a evolução dos Símbolos Nacionais, e o acervo relacionado com as unidades militares que estiveram aquarteladas nesta cidade, bem como objetos arqueológicos – do Paleolítico até final da Idade Média – barretinas e capacetes, arte indígena africana, gravuras e pintura ou cartografia.

The evolution of weaponry, ranging from pieces from the 14th to the 20th century, and their connection with the important acts of the militaries of Bragança, such as the French invasions, the campaigns of 1895/96 in Mozambique against Gungunhana and the World War. The evolution of the medieval Castle and the National Symbols may also be observed, in addition to a collection related to the Military Units that were stationed in this city. Additionally, archaeological objects may be viewed, from the Old Stone Age to the end of the Middle Ages, shakos and helmets, native African art, engravings, paintings and cartography.

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Museu Militar de Lisboa

LISBON MILITARY MUSEUM

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Largo Museu da Artilharia 1100-468 Lisboa GPS 38.712683, -9.124628 Tel.: (+351) 210 977 388 musmillisboa@mail.exercito.pt HORÁRIO | OPENING HOURS

terça-feira > domingo | Tuesday > Sunday 10h00 > 17h00 (16h15 : última entrada | last entry) Encerramento | Closed 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro | New Year’s Day, Easter Sunday, May Day and Christmas Day DIAS GRATUITOS | OPEN DAYS

todos os domingos e feriados de manhã, até às 14h00 | Sundays and public holidays until 2pm


Localiza-se no antigo Real Arsenal do Exército, em Lisboa, local onde D. Manuel I, cerca de 1488, mandara construir as “tercenas das Portas da Cruz”. Estes edifícios, na zona oriental de Lisboa, destinavam-se à construção de embarcações e armazenagem de material de guerra, funcionando ainda como oficinas para o fabrico de pólvora. A existência de casas fabris onde se fundia metal poderá ter ocorrido nestes dois locais, tendo posteriormente D. João III, e mesmo D. Sebastião, continuado estas construções. Em 1640 o edifício passou a pertencer à Tenência, sediada por cima das oficinas da fundição, a nova designação do órgão de administração militar, a quem competia garantir o fabrico, aquisição, guarda, conservação e distribuição de armamento, artilharia e outro material para as forças terrestres e armadas. Em Setecentos, uma ordem de D. João V levou à criação, em terrenos próximos, de uma outra, situada mais acima, designada Fundição de Cima. Foi aliás no The Military Museum of Lisbon is housed in the former Royal Arsenal of the Army in Lisbon, where King Manuel I ordered the construction of the Tercenas das Portas da Cruz in 1488. These buildings, on the eastern side of Lisbon, were used for the construction of ships and the storage of war material, such as workshops for the manufacture of gunpowder. Workshops for melting metal may have existed in both these locations, and later on, King John III and King Sebastian further continued their construction. In 1640, the building was handed over to the Lieutenancy, and its headquarters were housed above the metal workshops. This was the new designation of the military administration body, responsible for overseeing the manufacture, acquisition, safekeeping, conservation and distribution of weaponry, artillery and other material for the armed ground forces. In the 7th century,

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período joanino, depois do incêndio que levou à sua destruição, que o rei terá nomeado o arquiteto francês Fernando de Larre, de cujo trabalho se destaca o imponente pórtico da entrada principal, que ainda hoje permanece. A obra, com a morte de D. João V, acabou por não ser concluída e, por ação do terramoto de 1755 e alteração da malha urbana, o projeto foi modificado. Em 1760 foi mandado concluir o novo edifício por ordem do Marquês de Pombal, sob a direção do Tenente General francês Ferdinand de Chegaray e, de seguida, com orientações de Amaro Barreto e Tenentes Generais Manuel Gomes Carvalho e Bartolomeu da Costa. Com o conde de Lippe, em 1764, a Tenência passa a denominar-se Real Arsenal do Exército. Nesta data o edifício é restaurado, sendo então composto por um piso térreo e um primeiro andar com cinco “salas de armas”, uma delas com saída para um pátio a leste, o atual Pátio dos Canhões. Os interiores foram enriquecidos com talha dourada, pinturas murais e estatuária de artistas portugueses, alterações que se prolongaram na centúria seguinte e, na segunda metade do século, algumas salas do edifício foram decoradas por Pedro Alexandrino ou Bruno José do Vale. O acervo, inicialmente organizado em 1842 no Real Arsenal do Exército pelo barão de Monte Pedral, constituíra-se com a finalidade de guardar e conservar material que perdera relevância. No reinado de D. Maria II, o edifício passou a denominar-se por Museu de Artilharia, nome que conservaria até 1926, data em que passou a Museu Militar e, após 2006, para a sua atual designação. Já no início do séc. XX, o seu primeiro diretor, General José Eduardo Castelbranco, para realçar a exposição das peças fez decorar novas salas com intervenções de Adriano Sousa Lopes, Columbano Bordalo Pinheiro, José Malhoa, Carlos Reis, Veloso Salgado, entre outros.


by order of King John V, another building was constructed on higher land close by, which came to be named the Upper Foundry. In fact, it was in the Joanine era, after the fire that led to its destruction, that the King nominated French architect, Fernando de Larre, whose works include the impressive entrance gate which may still be observed today. With the death of King John V, the works were left incomplete, and as a result of the earthquake in 1755 and changes in the urban fabric, the project was modified. In 1760, the Marquis of Pombal ordered completion of the new building, under the supervision of French Lieutenant-General, Ferdinand de Chegaray, and later Amaro Barreto and Lieutenant-Generals Manuel Gomes Carvalho and Bartolomeu da Costa. Under the Count of Lippe, the Lieutenancy was renamed in 1764 to be called the Royal Arsenal of the Army. On this date, the building was restored and consisted of a ground floor and first floor with five “weapon rooms”, and one with an exit to the east patio, the current Pátio dos Canhões [Patio of Cannons]. The interior was decorated with gilded wood, murals and the statuary of Portuguese artists, and these alterations extended to the following century. In the second half of the century, some of the rooms were decorated by Pedro Alexandrino and Bruno José do Vale. The collection, initially organised in 1842, in the “Royal Arsenal of the Army” by the Baron of Monte Pedral, was for the purpose of safekeeping and conserving material that had lost its relevance. During the reign of Queen Mary II, the building was renamed the Artillery Museum, which lasted until 1926, when it became the Military Museum, only to be renamed again in 2006 with its current designation. In the early 20th century, its first Director, General José Eduardo Castelbranco ordered the decoration of new rooms, for the exhibition of pieces, with the works of painters such as Adriano Sousa Lopes, Columbano Bordalo Pinheiro, José Malhoa, Carlos Reis and Veloso Salgado.

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O QUE POSSO VER?

WHAT CAN BE SEEN?

Expõem-se uniformes, barretinas e capacetes, a evolução das armas e inúmeros objetos que aludem à participação de Portugal em diferentes situações bélicas. Destaca-se a grande coleção de artilharia em bronze, de grande importância tanto pelas suas inscrições e símbolos heráldicos, como pelas ornamentações ao estilo da época das respetivas fundições. O pátio, no qual se encontram parte dos canhões, conta a história de Portugal em 26 painéis de azulejos, do séc. XVIII a inícios do séc. XX, que representam os factos mais notáveis da história nacional decorridos entre 1139 e 1918. São da autoria dos artistas José Estêvão Cancela, Vítor Pereira, Gustavo Bordalo Pinheiro e Leopoldo Batistini. Encontra-se ainda um significativo conjunto de pintura de artistas portugueses de finais do séc. XIX e início do séc. XX, e esculturas. No Pórtico de entrada, voltado para o Largo dos Caminhos de Ferro, há a destacar a alegoria À Pátria, conjunto escultórico da autoria de Teixeira Lopes. Na parte mais antiga do museu, a seção de artilharia portuguesa exibe o carro usado para o transporte das colunas do Arco da Rua Augusta, em Lisboa.

Uniforms, shakos and helmets, the evolution of the weapons and an array of objects alluding to the participation of Portugal in different military situations may be found on display. The grand collection of highly important bronze artillery is particularly noteworthy, given its heraldic inscriptions and symbols and its ornamentation so in keeping with the style of the respective foundry periods. The patio, where part of the cannons may be viewed, recounts the history of Portugal on twenty six panels of 18th century to early 20th century tiles, representing the most notable events of national history from 1139 to 1918 by artists José Estêvão Cancela, Vítor Pereira, Gustavo Bordalo Pinheiro and Leopoldo Batistini. A considerable number of paintings by Portuguese artists of the late 19th century and early 20th century and sculptures may also be viewed. On the entrance gate, facing the Railway square, the allegory À Pátria, a set of sculptures by Teixeira Lopes, is striking. In the oldest part of the museum, the Portuguese artillery section has a car on exhibition that was used to transport the Arch of Rua Augusta in Lisbon.


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