5 minute read

MEIO AMBIENTE_jornal360_ed214

Projeto Cardume, da Rio Pardo Vivo, é finalista do Prêmio Ana 2023

A ONG Rio Pardo Vivo, como é conhecida a associação de defesa do Rio Pardo criada em 2009 e que, desde então, se mantém ativa em diversas ações de defesa, proteção, recuperação e conservação do rio Pardo na figura de seu presidente, o ambientalista e gestor hídrico Luiz Carlos Cavalchuki, obteve mais um reconhecimento, desta vez de âmbito nacional.

O Projeto Cardume, de repovoamento de peixes, que já soma 14 anos de atividades, é um dos finalistas do Prêmio ANA 2023, concedido a cada ano pela Agência Nacional das Águas às iniciativas que se destacam pela capacidade de preservação fomento ao potencial hídrico do país.

Indicada ao prêmio na categoria Organização Civil, a Rio Pardo Vivo foi classificada entre três finalistas pelo trabalho cuja eficácia tem sido possível graças ao empenho de Cavalchuki e ao apoio que recebe de empresas e governos de Santa Cruz do Rio Pardo há mais de uma década. “Esse reconhecimento é muito importante e gratificante porque comprova o valor de uma ação que praticamos todos os anos e envolve não apenas o efetivo repovoamento do rio com peixes nativos, mas também a educação ambiental na rede de ensino, tanto pública quanto particular”, afirma Cavalchuki, referindo-se à presença de alunos das escolas do município em todos os eventos do projeto.

Resultados e continuidade – Considerando questões como os objetivos do projeto, seu caráter inovador, os impactos ambientais e sociais que promove, o seu potencial de difusão, a adesão da sociedade, a sustentabilidade e o cumprimento de ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – da Agenda 2030 da ONU, o Prêmio ANA 2023 recebeu mais de 600 inscrições entre todas as categorias.

É a segunda vez que o Projeto Cardume é premiado. Em 2023, a Rio Pardo Vivo, conquistou o troféu #SouParanapanema 2022#, concedido pelo Comitê de Bacias Hidrográficas do Médio Paranapanema. A longa duração do projeto e seu caráter sustentável são pontos que chamam a atenção de especialistas. “O projeto se propõe a povoar o rio de espécies nativas de modo que esse habitat natural seja restaurado de maneira definitiva. Para isso, trabalhamos com uma meta de inserir 3 milhões de peixes reprodutores no rio no período de 15 anos, que está prestes a ser atingida. Nesses 14 anos de atividades, 2,8 milhões de peixes já foram postos nas águas dos rios Pardo e Turvo, em vários pontos de seus trajetos”, informa Cavalchuki. Segundo ele, o Projeto Cardume recebe investimentos que variam de R$ 90.000,00 a R$120.000,00/ano para alcançar tal objetivo, com pelo menos três ações anuais.

Simples e eficaz – Um dos pontos do Projeto Cardume que chama bastante a atenção é a sua simplicidade, um aspecto que viabiliza sua realização e também o torna replicável em qualquer outro rio que também tenha sofrido a perda de sua população aquática. “O repovoamento consiste em despejar milhares de peixes nas águas do rio em pontos de acesso às margens com o uso de talhas móveis. É uma ação é acessível a qualquer pessoa, assumindo um caráter educativo marcante por implicar devolver à natureza os seres que dela sempre fizeram parte”, explica Cavalchuki, referindo-se ao entusiasmo de crianças e adolescentes que participam dos eventos, que já somam 10 mil alunos das escolas públicas e privadas.

Perenidade é destaque – Um dos pontos altos do Projeto Cardume é a sua agenda de três eventos anuais por um longo período de tempo. “Durante esses 14 anos, mantivemos o repovoamento sem interrupções, algo que se destaca em qualquer projeto ambiental”, avalia o presidente da Rio Pardo Vivo. Segundo ele o Projeto Cardume é um dos elementos que mantêm as ações da Rio Pardo Vivo em evidência e em sintonia com empresas e entidades públicas que compactuam com a luta pela proteção e sobrevivência de toda a Bacia do Rio Pardo.

O resultado é notável e tem mantido o envolvimento das empresas e governos na manutenção do projeto. Com apoio institucional do município, o Projeto Cardume tem patrocínio da Sabesp, que sedia vários eventos de repovoamento na unidade de Santa Cruz do Rio Pardo, da Special Dog, que contempla a ação como parte de sua política de sustentabilidade e responsabilidade social, e da CTG Brasil, que avalia os resultados do repovoamento através de seu laboratório de ictiofauna, que funciona em Salto Grande.

Evento de Premiação – O evento que revelará ganhadores Prêmio Ana 2023, está programado para o início de dezembro em Brasília. Além do trofeu, os eles poderão usar em seus materiais públicos o selo Vencedor do Prêmio ANA 2023. A mesma concessão é feita aos finalistas, que receberam o direito de usar o selo de Finalista do Prêmio ANA 2023. Certamente um importante indicador de qualidade, prestígio e respeito que a Rio Pardo Vivo conquistou merecidamente.

This article is from: