2 minute read

Meninada_360_ed215-dez23

artes: Sabato Visconti

O Adestrador

Pingo ainda era pequeno quando pegou a bolinha e deixou no pé de Alvinho. Saiu corremdo e se escondeu atrás da porta. Não demorou para colocar a cabecinha no lado da porta, esticar o corpo pra trás e ficar esperando, com o rabo abanando sem parar, vigorosamente.

O menino pegou a bola e jogou na direção de Pingo, que saiu enlouquecido atrás da bolinha. Quando a alcançou, abocanhou-a e trouxe de novo para o mesmo lugar. E fez sucessivamente, ensinando a brincadeira a todos da casa.

Tempos depois, passou a se deitar de lado e passar a patinha sobre a cabeça, até que alguém foi lá e lhe fez um carinho. Fez isso de novo, de novo e de novo. Pronto. Basta esse gesto para ganhar muito carinho. Então Pingo começou a raspar a vasilha de água no chão, quando ela está a vazia. E alguém notou e encheu de água. E nunca mais ele ficou com sede. Basta raspar a vasilha que alguém corre para por água. Pingo abana o rabo satisfeito. E pensa: esses humanos aprendem rápido! Que bom!

Au au au!

PARADOXO

artes: Sabato Visconti

É uma época de confraternização. De preces e louvoures, de congregação. De amor, alegria e paz Um tempo de harmonia, de festividade, de nascimento, de vida. E também de reconhecimento, troca, afeto É a semana mais amorosa de cada ano.

Por que raios, então, esses humanos que tanto amam, zelam, enfeitam e desfilam com seus animais em carros, parques e calçadas continuam soltando fogos barulhentos, os chamados rojões? Que são até proibidos? Isso sim é que é paradoxo. Ora bolas!

This article is from: