Lâmina Cultural ESCOLA MUNICIPAL DE ARTES NO PARQUE IPIRANGA - Camila Camargo “Os equipamentos culturais são grandes responsáveis por proporcionar uma interação social através de ensino e manifestações ar s cas. Entende-se como equipamento cultural, “edificações des nadas a prá cas culturais (teatros, cinemas, bibliotecas, centros de cultura, filmotecas, museus), quanto g r u p o d e p r o d u t o r e s c u l t u ra i s abrigados ou não, fisicamente, numa edificação ou ins tuição (orquestras sinfônicas, corais, corpos de baile, companhias estáveis, etc.)” (COELHO, 1997, p165). A cidade de Anápolis é caracterizada por sua dimensão e importância para o estado, se destacando principalmente na indústria, economia e infraestrutura. Apesar de algumas atrações culturais nota-se a necessidade de um ambiente com melhor infraestrutura e espaços de convivência cultural. O projeto tem como proposta subs tuir
as unidades educacionais já existentes, sendo uma nova referência pública de ensino e apresentações de modalidades ar s cas. O projeto Lâmina Cultural, que se in tulará Escola Municipal de Artes, será uma ins tuição vinculada a prefeitura, que proporcionará o desenvolvimento cultural e ar s co, portanto trará entretenimento , lazer, interação social e a vidades atraentes através de aulas de música, teatro, artes, dança e apresentações das mesmas. A proposta deste projeto é dar maior valorização ao ensino ar s co com uma boa estrutura. A cultura é parte necessária de uma cidade, e como ponto de desenvolvimento da sociedade merece um local que valorize e destaque seu uso e que possibilite a interação entre ar stas e cidadãos.
Nome: Camila Camargo Orientador: Rodrigo Santana Banca 09/12/2015 às 08:00 horas Sala 101, Bloco H, Unievangélica
1
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Escola Municipal de Artes de Anรกpolis
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Br-05 3
[f.2]
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NOTAS: [1] Lei Orgânica do Municipio de Anápolis, Art. 264.
0 -06 Br
A cidade de Anápolis é acessível através da rodovia duplicada da BR-153, que liga a cidade ao sul e ao norte do país. Ainda conta com as rodovias federais, como a BR-060 (que liga Anápolis à Brasília). Anápolis conta com algumas unidades educacionais que promovem a cultura para a cidade, sendo elas: Escola de Artes Oswaldo Verano, Escola de música Maestro Antônio Branco, Escola de Dança e a escola de Teatro. “É da competência comum da União, do Estado e do Município proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência.” [1] As unidades de ensino, hoje, estão todas em lugares improvisados e setorizados no Setor Central da cidade. A escola de Artes e Artesanato Oswaldo Verano está instalada, em, um edi cio, que é a an ga cadeia da cidade de Anápolis, tombado em 1991. A escola foi à primeira unidade escolar ar sca criada na cidade, no ano de 1968. Fornecem aulas de desenho, pintura, escultura e gravura, atendendo da infância a terceira idade. Por ser um patrimônio histórico, o edi cio não passou por muitas
1. Diagnós co da cultura em Anápolis
mudanças em sua estrutura, e, de acordo com a sua necessidade foram criando adaptações ao lado do edi cio. A Escola de Música de Anápolis, hoje, instalada ao lado da escola de artes, foi criada em 1982, e está instalada também em um edi cio tombado, an go IML da cidade. É reconhecida pela qualidade dos cursos de formação musical oferecidos. Os alunos adquirem conhecimentos instrumentais; sendo eles: flauta doce e transversal, saxofone, clarinete, bateria, violão popular e clássico, piano, órgão, teclado, violino, violoncelo, regência e canto. A unidade tem sérios problemas em relação ao conforto acús co, não há nenhum tratamento, o que causa um grande desconforto e dificuldade de ensino. A escola de Dança, fundada em 1986, oferece aulas de ballet clássico, jazz e sapateado e está hoje instalada de modo provisório. O acesso as aulas de dança se dá somente por meio de uma escada, o que limita os frequentadores do local. A Escola de Teatro de Anápolis, 1986, tem como sede um edi cio alugado. A escola oferece
cursos de teatro infan l, juvenil e curso básico de formação para atores. A escola está em péssimas condições, e sem o espaço adequado para as a vidades lecionadas. A localização das ins tuições atual acarreta problemas no sen do de estacionamentos e engarrafamentos, mas tem como potencialidade o fácil acesso do transporte público, o que não ameniza os problemas de acesso. Seus respec vos edi cios possuem uma infraestrutura precária. É importante que se tenha um espaço apropriado para o desenvolvimento da cultura e para as diversas manifestações culturais, capaz de acomodar e atender a todos. É necessária uma modificação no sistema sico, para que o acesso seja facilitado e livre. Anápolis carece de uma boa infraestrutura cultural, onde seja possível assegurar que a cultura terá o mesmo desenvolvimento que a própria cidade, e o espaço para que cresça ainda mais, ajudando o crescimento da cidade, tanto em âmbito cultural, como em seu desenvolvimento econômico.
LEGENDAS: [f.2] Mapa do município de Anápolis com iden ficação do Setor Central. Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora.
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2. As primeiras acadêmias de artes N o s é c u l o X V I s u rg e m à s primeiras academias de artes, que a principio buscavam na arte a sua iden ficação cultural e histórica. Anteriormente, o sistema de produção ar s ca era organizado por guildas (associações de classe de caráter artesanal) e visto apenas como labor técnico. Com o tempo nota-se que através das artes é possível transmi r histórias, conhecimento. A primeira academia de artes pode ter vido surgir com Leonardo da Vinci, um dos maiores ar stas da Alta Renascença, porém não há nenhum documento ou testemunho que solidifique essa informação,
(Segundo Pevsner.O livro Academias de arte, p. 89-94.) A primeira academia ar s ca documentada foi fundada em 13 de janeiro de 1563 pelo duque Cosimo l de' Medici, a Academia das Artes do Desenho (Accademia delle Ar del Disegno), que reunia todos os ar stas a vos de Florença, tendo como responsabilidade além das a vidades ar s cas floren na, o ensino e salvaguardar as tradições locais. A segunda escola é fundada em Roma,em 1577 (catorze anos depois da fundação da sua congénere Floren na, de 1563) a Academia de i Pi ori e Scultori di Roma, conhecida como academia de São Lucas, dirigida por Frederico Zuccari
2.1. Academia Imperial de Belas Artes O academismo no Brasil é frisado pela dependência cultural. A ins tuição foi inaugurada em 1826, na cidade do Rio de Janeiro, pelo governo Imperial do Brasil. No ano de 1889, teve seu funcionamento suspenso, mas foi reaberta no ano seguinte, já com o nome de Escola Nacional de Belas Artes, logo após foi agregada a Universidade Federal do Rio de Janeiro e nomeada como Escola de Belas Artes. Com a corte portuguesa chegando ao Brasil em 1808, denominava o fim da situação colonial no Brasil. Em 1816 a chegada da Missão Ar s ca Francesa vem para dar o ponto de par da para o ensino das artes no Brasil, que chefiado por Joachim Lebreton, foi criada a escola Real das Ciências, Artes e O cios. A Escola demorou cerca de dez anos para ser inaugurada, consequência da falta de interesse
da população e da burocracia portuguesa em relação aos franceses. Em 1819 a academia tem a subs tuição do então diretor Lebreton, pelo pintor português Henrique José da Silva. Em 1826, no dia 05 de novembro a academia é instalada pelo imperador Dom Pedro I, sendo o edi cio um marco da arquitetura neoclássica. A primeira exposição de arte foi no ano de 1829, com inicia va do ar sta Debret. A AIBA (Acadêmia Imperial de Belas Artes) tem importância por ter sido a responsável pela implantação do ensino ar s co no Brasil e por ditar os padrões ar s cos para o país, tendo como referências os princípios europeus. Em sete de setembro de 1822 a escola passa a ser conhecida como Academia Imperial de Belas Artes, e atua até hoje.
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3. Localização das unidades educacionais
[f.3]
4 3 12
[f.4]
Escola de Artes Oswaldo Verano Escola de Música Maestro Antônico Branco
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Escola de Dança Escola de Teatro
4. Estrutura sica das edificações existentes 4.1. Escola de Música Maestro Antônio Branco 1 1
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1.Sala de aula 2. Sala individual 3. Diretoria 4.Coordenação 5.Secretária 6.Sala dos Professores 7.Biblioteca 8.Auditório 9.Copa 10.Banheiro 11.Almoxarifado
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4.2. Escola de Artes Oswaldo Verano 2 16 11 12 10 3
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LEGENDAS: [f.3] Mapa da cidade de Anápolis com iden ficação do Setor Central, Avenida Arterial Brasil, e Avenida Goiás. Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora. [f.4] Mapa Setor Central com iden ficação das unidades educacionais. Fonte: Prefeitura de Anápolis com da autora. [f.5] [f.3]Croqui da planta da Escola de Música Maestro Antônio Branco. Fonte: SOUZA, 2012, modificado pela autora. [f.6] [f.7] [f.8] [f.9] Fotos Escola de música Maestro Antônio Branco. Fonte: Arquivo pessoal. [f.10] Croqui da planta da Escola de Artes Oswaldo Verano. Fonte: SOUZA, 2012, modificado pela autora. [f.11] [f.12] [f.13] [f.14] Fotos Escola de Artes Oswaldo Verano. Fonte: Arquivo pessoal.
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1.Recepção 2.Secretaria 3.Sala dos Professores 4.Diretoria 5.Coordenação 6.Sala Escultura 7.Sala Pintura 8.Sala de forno 9.Sala Mul uso 10.Banheiro 11.Infan l 12. Sala desenho 13.Sala teórica 14.Copa 15. Sala Gravura 16.Almoxarifado
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4.3. Escola de Dança de Anápolis 3 6
7 3
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1.Secretaria 2. Diretoria 3.Sala de aula 4.Sala de aula teórica 5.Foyer 6.Coordenação 7.Almoxarifado 8.Cozinha 9.Banheiro
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4.4. Escola de Teatro de Anápolis 4 9 3
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LEGENDAS: [f.15] Croqui da planta da 4 4 escola de Dança. Fonte: SOU5 1 ZA, 2012, modificado pela autora. [f.16] [f.17] [f.18] [f.19] Fotos Escola de Dança. Fonte: Arquivo pessoal [f.20] Croqui da planta da 1 Escola de Teatro. Fonte: SOU- [f.20] 5 ZA, 2012, modificado pela autora. [f.21] [f.22] [f.23] Fotos Escola 1.Recepção 2.Diretoria 3.Sala de professores 4.Sala de aula 5.Sala de ensaios 6.Sala de figurino 7.Sala de Teatro. Fonte: Arquivo de iluminação 8.Cozinha 9.Banheiro pessoal [f.24] Mapa da cidade de Anápolis com iden ficação da proposta de intervenção. Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora.
6
4
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[f.21]
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5. Proposta do lugar
[f.24]
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5.1. O bairro
[f.25]
LEGENDAS: [f.25] Mapa da cidade de Anápolis com iden ficação da proposta de intervenção. Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora. [f.26] Mapa Bairro Jundiaí: Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora. [f.27] [f.28] [f.29] [f.30] [f.31] [f.32] Fotos da área de intervenção. Fonte: Arquivo pessoal da autora
[f.26]
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A área de intervenção para a implantação do projeto Lâmina Cultural, “Escola Municipal de Artes”, em Anápolis se dá no bairro Jundiaí da cidade. Desde sua consolidação, o bairro obtém o status de bairro nobre, comportando as classes alta e média urbana da cidade. Segundo a prefeitura municipal, atualmente o bairro conta com 6.752 lotes e uma população es mada em torno de 17. 388 habitantes, o que faz do bairro um dos setores com maior densidade populacional da cidade. Além das caracterís cas populacionais, o bairro é denominado como um “Centro Expandido”, estabelecido por meio de um plano urbanís co que o interligou ao centro da cidade. O bairro tem um grande marco para a cidade, o Parque Ipiranga, que foi inaugurado no ano de 2010. Os bairros vizinhos são: Jundiaí Industrial, Anápolis City, Setor Central e Santa Maria de Nazaré. Dentre esses bairros, todos tem predominância de habitação residencial, exceto o bairro Central, onde a predominância é o comércio. O bairro Jundiaí, além das residências, conta com usos de prestação de serviços, como bancos, igrejas e escolas, e também, uso comercial, com mercados, galerias, bares e restaurantes, o que torna o bairro um dos mais movimentados da cidade de Anápolis. O bairro além de sua ó ma estrutura urbanís ca, conta com uma boa infraestrutura viária. Com sua mistura de usos, o bairro ainda assim não conta com uma área desnada a cultura da cidade, o que faz com que a proposta seja algo novo e apropriado pelas qualificações do bairro.
[f.27]
[f.28]
[f.29]
[f.30]
[f.31]
[f.32]
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6. Análise do lugar 6.1. Vazios urbanos e alturas
[f.33] Até 02 pavimentos
Área de Intervenção
Acima de 03 pavimentos
Subu lizado
6.2. Uso do solo LEGENDAS: [f.33] Mapa de iden ficação de cheios e vazios do entorno da área de intervenção. Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora. [f.34] Mapa de iden ficação de usos do entorno da área de intervenção. Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora.
[f.34] Residência
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Área de Intervenção
Comércio
Subu lizado
Ins tucional
P. de Serviços
6.3. Vias e acessos
Chagas Pinheiro Avenida
or Rua Od ico ena sora Z Profes
ha
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no A aximilia Rua M
ões
rancis
São F
de Bulh
mpos
ide Ca
opoldo Rua Le
ida Aven co
[f.35] Via sen do único
Via sen do duplo
Via Coletora
Via Local
6.4. Condicionantes ambientais LEGENDAS: [f.35] Mapa de sen do e classificação das vias próximo a área de intervenção. Fonte: Autora. [f.36] Carta Solar com a área de intervenção. Fonte: Autora.
[f.36]
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[f.37] [f.34]
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[f.39] [f.36]
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LEGENDAS: [f.34] [f.35] [f.36] Fotos maquete sica do entorno. Fonte: Arquivo pessoal.
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7. Área de intervenção
[f.41]
[f.42]
LEGENDAS: [f.40] Mapa do Bairro Jundiaí com iden ficação da área de intervenção. Fonte: Prefeitura de Anápolis com intervenção da autora. [f.41][f.42][f.43][f.44] foto Parque Ipiranga. Fonte: Arquivo pessoal.
[f.40]
[f.45] Diagrama de conceito. Fonte: Arquivo pessoal.
[f.43]
[f.44]
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O lote escolhido para área de intervenção está inserido no Parque Ipiranga. O parque é um ponto de referência para toda a cidade ( inaugurado no ano de 2010). Sua área se encontra com algumas edificações ainda, sendo elas, residências de classe média e classe média alta e comércio. A ideia é propor a desapropriação dessas famílias que estão instaladas as margens do parque, assim, propondo uma área totalmente pública e de acesso a todos. Segundo a lei n° 1.425, de 05 dezembro de 1986, autoriza a desapropriação de áreas e terrenos para fins de u lidade pública. O parque tem uma área total de aproximadamente 45.000 m² e seus lotes que o contorna totaliza uma área de 7.340m². Hoje o parque já conta com algumas intervenções nele, como, pór cos de acesso, estacionamento de carros, mirante, pista de bicicleta, pista de caminhada, pontes, área de convivência, teatro de arena, caminhos internos, sede administra va, sanitários públicos, estufa, lago, fontes e parque infan l. O parque Ambiental Ipiranga se encerra em um gigante muro que separa o parque da cidade, assim, o conceito para o local é a integração da cidade com o parque, onde a desapropriação das edificações acontece levando em consideração que o BEM COMUM sopreõe o BEM INDIVIDUAL.
[f.45]
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f.46]
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LEGENDAS: [f.46] Foto área de intervenção. Fonte: Arquivo pessoal.
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[f.47] Residência
Comécio
Subu lizado
BEM INDIVIDUAL [f.48] LEGENDAS: [f.47][f.48][f.49] Diagrama de conceito - intervenção do lugar Fonte: Arquivo pessoal. [f.50] Foto área de intervenção. Fonte: Arquivo pessoal.
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L
BEM COMUM
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ServiçoSaladeaulaConvivênciaServiçoSaladeaula SaladeaulaConvivênciaServiçoSaladeaula Rua
ServiçoAdministraçãoConvivênciaServiço BibliotecaExposiçãoConvivênciaServiço
ditório
AUditório
8. Programa 8.1. Diagrama de Ambientes O programa foi elaborado a par r das análises dos edi cios culturais já existentes na cidade, foi levado em consideração, os ambientes, e as necessidades das unidades hoje. A par r da análise nota-se a necessidade de um melhor dimensionamento para os setores e a necessidade de um espaço de convivência para os usuários, sendo que hoje cada uso cultural tem sua própria sede. O projeto, buscará assim, proporcionar uma melhor infraestrutura, suprindo todas as necessidades de usos e usuários e adicionando espaços e tecnologias para o melhor desenvolvimento das a vidades. Para atender melhor os usos, propõe-se a divisão de setores, em:
30 Camila Vieira Camargo
Setor 01 – CULTURAL, que engloba as salas pedagógicas, biblioteca e local para eventos, sendo eles, auditório e sala de exposição; Setor 02 – ADMINISTRATIVO, on de ficará todos os serviços da direção e funcionamento da escola para melhor atender aos usuários; Setor 03 – SERVIÇO, em geral. A Escola de Artes lecionará aulas de teatro, música, dança e artes. Ambos setores estarão setorizados em um único edi cio, diferente das referências que temos hoje. A Escola proporcionará o desenvolvimento cultural e ar s co e a promoção de uma interação social fazendo a relação de edi cio e parque.
Biblioteca
Auditório
Sala de exposição Foyer
Área exposição Sala de aula Sala de aula Sala figurino Instrumentoteca Sala individual
Setor Cultural: 3.104 m²
Almoxarifado Forno Banheiro Segurança e monitoramento CPD Copa LEGENDAS: [f.46] Diagrama de áreas. Fonte: Arquivo pessoal.
Praça de alimentação
Estacionamento
Setor Serviço: 1.322,3m²
Sala dos professores Direção Departamento de eventos Secretaria Recepção
Setor Administra vo: 321 m² [f.51]
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Área para Intervenção
Integração PARQUE X CIDADE
[f.52]
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Edificio existente na área LEGENDAS: [f.52] Foto maquete sica com intervenção da autora. Fonte: Arquivo pessoal.
Ampliação do parque
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9. Projeto Arquitetônico A par r da análise do diagnósco da cultura em Anápolis é possível mencionar parâmetros estabelecidos como diretrizes de projeto. A nossa atual referência cultural de ensino ar s co carece de alguns equipamentos. O projeto “Escola Municipal de Artes” contará com um espaço onde será feito o aperfeiçoamento dessas escolas que temos como referência na cidade, como ampliação de salas, trabalho de isolamento acús co dos ambientes, melhor setorização, espaço de convivência, unindo os alunos de cada área cultural, novos ambientes, entre outros. Através da definição desses parâmetros é possível traçar diretrizes projetuais que levem à definição de uma implantação. Primeiramente é importante destacar que o novo espaço de cultura de Anápolis será um local de integração com a cidade, estando situado em uma área que é um marco para a cidade de Anápolis. O local foi justamente escolhido por se situar em um bairro considerado um “Centro Expandido”, pela sua variação de usos e crescente desenvolvimento, que ainda não tem uma área para essas a vidades culturais, assim se destacando dentre as outras pologias ali presentes. O ponto chave do projeto é proporcionar uma relação entre o lugar e o projeto, o parque e edi cio e o edi cio e o entorno, criando uma iden dade cultural do lugar. A ideia principal do projeto é a intervenção cultural em um local de confluência de interesses. O edi cio não ira descaracterizar a área e sim promover a integração entre os usuários, promovendo além do ensino ar s co, a convivência e o lazer.
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9.1. Diagrama Volumétrico Em direção à formulação do volume, a primeira leitura a ser feita é lançada sobre os eixos de ocupação pré-estabelecidos pela área de desapropriação e sua relação com a área disponibilizada. Tais delimitações clareiam as possibilidades de ocupação.
[f.53]
[f.58]
Ao tomar as proporções limitadas da área gera-se um único volume. Assim, a proposta comporta com o intuito de unificar as en dades em um único edi cio, priorizando a intercomunicação de forma a contribuir como auxilio uma das outras.
ARTES
MÚSICA
DANÇA
TEATRO
[f.54]
O volume recebe duas super cies de ligação, tão necessária para promoção dos acessos, assim tendo a rua e o parque em conexão pelo edi cio.
[f.59]
[f.55]
O painel que é formado se reduz conforme a aplicação do programa, direcionando a uma coerência formal.
CULTURA CULTURA CULTURA CULTURA ADMINISTRAÇÃO CULTURA CULTURA
[f.56]
Esta super cie passa a fornecer magnitude conceitual e plás ca para o espaço gerando um elemento promovendo dialogo entre forma e uso. [f.57] [f.60]
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LEGENDAS: [f.53] [f.54] [f.55] [f.56] [f.57]Diagrama volumĂŠtrico. Fonte: Arquivo pessoal. [f.58] [f.59] [f.60] Foto maquete do entorno com volume do edi cio. Fonte: Arquivo pessoal.
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Calha
5HVHUYDWyULR
5HVHUYDW
Calha
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WyULR
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cortar cortar cortar
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cortar
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3
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8 5 9 5
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3
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5
2
1. Praça de alimentação 2. Deck de contemplação 3. Sala de exposição 4. Biblioteca 5. Banheiro 6. Guarda volumes 7. Camarim 8. Depósito 9. Sala técnica 10. Auditório 5
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Pavimento Térreo - Nível Parque
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5 4 3 2
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8 7 6
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B 01
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A 01
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5
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26
26
26 26
26
26
26
26
26 26
26
26
26
A 01
24
5. Banheiro 23. Sala de figurino e maquiagem 24. Sala de aula 25. Instrumentoteca 26. Sala Individual B 01
Primeiro Pavimento
5
50
cortar
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cortar B 01 16 17 18 19 20 21 22 23
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4
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11
14 15
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6
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3 2
3 2
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A 01
A 01
19
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20
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5
5
5
1
B 01
11 16 17
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4. Biblioteca 5. Banheiro 6. Guarda volumes 10. Auditório 11. Almoxarifado.12. Sala de som e projeção 13. Foyer 14. Recepção 15. Apoio recepção 16. Segurança e monitoramento 17. Cpd 18. Copa 19. Sala dos professores 20. Direção 21. Departamento de eventos 22. Secretaria
Pavimento Térreo - Nível Rua 5
50
15 14 13 12 11 10 9
15 14 13 12 11 10 9
16 17 18 19 20 21 22 23
8 7 6 5 4 3 2 1
A 01
24
24
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5. Banheiro 11. Almoxarifado23. Sala de figurino e maquiagem 24. Sala de aula 27. Forno
5
5
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5
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50
Segundo Pavimento
B 01
11
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Fachada - Nível da Rua Escola Municipal de Artes de Anápolis 43
cortar
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8 7 6 5 4 3 2 1
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cortar
B 01
10
B 01
cortar
Calha
Reservatório
A 01
i =10 TelhaTérmoacústico
Reservatório
TelhaTérmoacústico i =10
A 01
Calha
Planta de Cobertura
B 01
5
50
cortar
10
cortar
Corte A-A Escala: 1:200
5
50 10
10. Diagrama Estrutural
[f.61]
DISTRIBUIÇÃO DA CIRCULAÇÃO VERTICAL: ELEVADORES E ESCADAS
[f.62]
LAJES EM CONCRETO ARMADO COM ESPESSURA DE 0,50 CM.
[f.63]
PILARES METÁLICOS COM DIMENSÕES 0,20 CM X ,0,20 DISTRIBUIDO MODULARMENTE, EM UMA DISTÂNCIA DE 4,42 M.
LEGENDAS: [f.61] [f.62] [f.63] [f.64] [f.65]Diagrama estrutural. Fonte: Arquivo pessoal.
[f.64]
PARA SUSTENTAR APROXIMADAMENTE 18 METROS DE PILARES FOI COLOCADO PILARES EM V ENTRE OS VÃOS.
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Referências Bibliográficas DOSSIN, F. R. Espaço para possibilidades: Arte Pública e Estética Relacional. Revista Travessias, v. Nº II, p. 9º, 2008. COELHO, Gustavo Neiva. A modernidade do Art Déco na construção de Goiânia, 1997. DOSSIN, F. R. Espaço para possibilidades: Arte Pública e Estética Relacional. Revista Travessias, v. Nº II, p. 9º, 2008. Lei Orgânica do Munícipio de Anápolis, Art. 264. Prefeitura de Anápolis IBGE Pesquisa de campo Museu Histórico de Anápolis Escola de Artes Bazileu França Centro Cultural UFG Escola de Dança de Anápolis Escola de Teatro de Anápolis Escola de Música Maestro Antônio Branco Escola de Artes Oswaldo Verano
“A graça de um projeto não está em inventar formas misteriosas e mirabolantes, mas nem propor aquilo que já sabemos que deve ser feito, de modo a desencadear os recursos na direção mais oportuna.” Paulo Mendes da Rocha.
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