TC cadernos de
Convivência ConViver
Centro de Convivência para Idosos Região Jaiara
87
issuu.com/cadernostc
Cadernos de TC 2020-2 Expediente
Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Detalhamento de Maquete Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráfica Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754
Apresentação Este volume faz parte da coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2020/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.
A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.
Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq.
ConViver
Centro de Convivência para Idosos Região Jaiara O seguinte trabalho tem como tema a instalação de um Centro de convivência destinado à terceira idade em Anápolis-GO. O projeto ConViver - Centro de Convivência para Idosos Região Jaiara, beneficiará cerca de 150 idosos, que residem nos bairros Jardim Alexandrina, Vila Jaiara e todos os outros bairros que integram a Grande Jaiara. O principal objetivo é criar um ambiente saudável em que os idosos possam se sentir ativos e participativos na sociedade em que vivem. Através disso busca-se o compartilhamento inteligente dos espaços, integrando esse idoso na sociedade e gerando uma convivência saudável à todos.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
Orientador: Rodrigo Santana
05
Joana Maria de Sousa Rodrigues
ConViver
06
Está em uma crescente o número de pessoas que atingem os 60 anos no Brasil, evidenciando cada vez mais a necessidade de repesar o papel do idoso e sua relação com a sociedade e os espaços nela existentes. O projeto propõe um Centro de Convivência destinada às pessoas da terceira idade, e estará localizada no bairro Jardim Alexandrina, bairro integrado a Vila Jaiara, na cidade de Anápolis. O projeto foi desenvolvido para reintegrar estes indivíduos com a vizinhança e a sociedade. Estudos e projeções segundo a ONU - Organizações das Nações Unidas (2016), apontam que o crescimento da população idosa mundial vem avançando e alterando consideravelmente o quadro demográfico de todos os países. E esses países devem criar programas e espaços para atender essa população idosa. Novas tecnologias e desenvolvimentos no âmbito da medicina, farmacêutica e psicologia podem ser consideradas aliadas para este quadro, além de se moldarem para acompanhar essa demanda crescente. 07
Uma sociedade para todas as idades possui metas para dar aos idosos a oportunidade de continuar contribuindo com a sociedade. Para trabalhar neste sentido é necessário remover tudo que representa a exclusão e discriminação contra eles. (Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento, 2002). Sendo assim, para ter uma maior longevidade de uma população é necessário envelhecer com qualidade de vida, onde os idosos se sintam participativos e ativos nessa sociedade. São necessários espaços e atividades que garantam ao idoso se sentir incluso a um grupo e participativo na sociedade em que vive. O interesse pelo tema surgiu de experiência pessoal do convívio com idoso que mesmo com alguns problemas de saúde possui uma independência. Podemos observar a ineficiência da cidade em garantir estes espaços que geram convivência, o que possibilitaria à essa população criar novos laços entre gerações. Estes espaços são muito importantes para os idosos serem atuantes e ativos na sociedade.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
[f.2]
Com o passar dos anos o idoso foi perdendo seu espaço na sociedade, e é nosso dever e obrigação inserí-los novamente nesse âmbito, de modo que suas necessidades sejam totalmente atendidas. O trabalho tenta resgatar a importância que tem o idoso para a história da cidade, por meio de suas memórias e experiências. É muito importante que o idoso volte a se sentir parte da cidade, e volte a se sentir bem consigo mesmo, muitas vezes a rejeição e o abandono são causas de doenças como a depressão. Quando os inserimos de novo no convívio da sociedade, essas pessoas se tornam mais dispostas e inclusas. Esta ação pode trazer inúmeros benefícios à estes cidadãos, como a melhoria de suas capacidades motoras e psicológicas. Os capítulos a seguir trabalham com a pesquisa para se chegar ao desafio do projeto de um centro de convivência, qualificando os espaços para a população da terceira idade, visando sempre a convivência, assim nasce o ConViver - Centro de [f.4] Convivência para Idosos.
ConViver
O objetivo deste trabalho é desenvolver um projeto, que pensando na escala da vizinhança, possa oferecer um espaço adequado ao idoso para conviver com pessoas de todas as idades, incentivando a integração dos idosos com a comunidade. Busca-se também promover à sociabilidade e a integração de atividades físicas, de lazer e culturais, que são indispensáveis para todos os cidadãos, pois não somente proporcionam ao idoso a não apenas sobreviver na sociedade, e sim também viver e ser participativo nela, tornando assim um indivíduo ativo. Várias ações serão tomadas para garantir ao idoso essa participação na sociedade como: implantar espaços nos quais atividades em grupo ou individual possam ser desenvolvidas simultaneamente, manter o espaço conectado com a sociedade ao redor do projeto, criar espaços acessíveis e irrestritos a seus usuários e também criar espaços onde possam ser feito atividades para englobar a comunidade ao edifício gerando assim uma circulação de pessoas de todas as idades.
LEGENDAS: [f.1]https://unsplash.com/photos/Y5VBtBgswLQ [f.2]https://unsplash.com/photos/ItphH2lGzuI
08
09
Ao longo dos Ăşltimos 50 anos a população Brasileira quase triplicou, passando de 70 milhĂľes em 1960, para 209,5 milhĂľes em 2018. O crescimento no nĂşmero de idosos foi ainda maior, em 1960 o Brasil tinha cerca de 3,3 milhĂľes de pessoas acima dos 60 anos que representavam 4,7% total da população brasileira, jĂĄ em 2018 o Brasil tem mais de 28 milhĂľes de pessoas nessa faixa etĂĄria, nĂşmero que representa 13% da população do paĂs. E esse percentual tende a dobrar nas prĂłximas dĂŠcadas, segundo a Projeção da População, divulgada em 2018 pelo IBGE. O nĂşmero de idosos no Brasil vem aumentando em nĂveis considerĂĄveis, algumas estimativas estipulam que em um futuro bem prĂłximo o paĂs terĂĄ um nĂş mero maior de idosos do que de crianças. A população idosa tende a crescer no Brasil nas prĂłximas dĂŠcadas, como aponta a Projeção da População, do IBGE, atualizada em 2018. Segundo a pesquisa, em 2043, um quarto da população deverĂĄ ter mais de 60 anos, enquanto a proporção de jovens atĂŠ 14 anos serĂĄ de apenas 16,3%.
Segundo o IBGE a partir de 2047 a população deverĂĄ parar de crescer, contribuindo para o processo de envelhecimento populacional – quando os grupos mais velhos ficam em uma proporção maior comparados aos grupos mais jovens da população. A relação entre a porcentagem de idosos e de jovens ĂŠ chamada de “Ăndice de envelhecimentoâ€?, que deve aumentar de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060. As principais causas para essa tendĂŞncia de envelhecimento seriam o menor nĂşmero de nascimentos a cada ano, alĂŠm do aumento da expectativa de vida do brasileiro. Segundo o IBGE, quem nasceu no Brasil em 2017 pode chegar, em mĂŠdia, a 76 anos de vida. Na projeção, quem nascer em 2060 poderĂĄ chegar a 81 anos. De acordo com a PNS, 17,3% dos idosos apresentavam limitaçþes funcionais para realizar tarefas como fazer compras, administrar as finanças, tomar remĂŠdios, utilizar meios de transporte e realizar trabalhos domĂŠsticos. E essa proporção aumenta para 39,2% entre os de 75 anos ou mais.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
Essa mudança no perfil populacional do Brasil demanda novas formas de organização econômica e da convivência, incluindo aí novos modelos para a convivência do idoso. Com o passar do tempo , a vida dos indivíduos acaba sendo afetada de diversas maneiras, e surgem entre os idosos algumas semelhanças que não ocorrem com os mais jovens. Eles são vistos por muitos com um olhar de desprezo e incapacidade, são visto também como pessoas que não são capazes de viver intensamente o restante de suas vidas. A estrutura familiar mudou radicalmente nas últimas décadas, muitos divórcios, pessoas ocupadas somente com suas próprias vidas, com tudo isso acabou esquecendo o idoso como parte de qualquer membro da família e também como um membro que merece cuidados especiais. Esse olhar com o idoso foi se perdendo através do tempo, e hoje o que mais podemos escutar quando perguntamos à um idoso é que ele não quer ser um peso na vida de ninguém.
[f.4]
ConViver
Segundo Russel(2004), afirma categoricamente que a solidão é a queixa mais frequente entre os idosos, podendo ter como causa o viuvez, a saída dos filhos de casa e o abandono que muitas vezes ocorre pelos membros da família. As associações negativas relacionadas à velhice atravessaram os séculos e, ainda hoje, mesmo com tantos recursos para prevenir doenças e retardá-la, é temida por muitas pessoas e vista como uma etapa detestável. Estudos realizados em sociedades não ocidentais apresentam imagens positivas da velhice e do envelhecimento, ensinando que a representação de velhice enraizada nas ideias de deterioração e perda não é universal. À medida que o envelhecimento é documentado em outros povos, constata-se que ele é um fenômeno profundamente influenciado pela cultura constata Uchôa(2003). As concepções de velhice nada mais são do que resultado de uma construção social e temporal feita no seio de uma sociedade com valores e princípios próprios.
[f.3]
LEGENDAS: [f.3]https://unsplash.com/photos/gUzsm9gqKBE
10
No Brasil, com o gradativo aumento da população idosa, surgiram alguns programas educacionais voltados principalmente ao lazer. A primeira experiência brasileira de educação para adultos maduros e idosos foi implementada pelo Serviço Social do ComÊrcio (SESC). Os Grupos de Convivência surgiram na dÊcada de 1960, com programação elaborada com base em programas de lazer. Eram assistencialistas, pois não ofereciam instrumentos necessårios para os sujeitos recuperarem a autonomia desejada. A partir da dÊcada de 1980, as universidades começaram a abrir espaço educacional para a população idosa e para profissionais interessados no estudo das questþes do envelhecimento, predominando a oferta de programas de ensino, saúde e lazer. A dificuldade de acesso aos serviços de saúde faz com que muitos idosos só recebam os primeiros cuidados em estågios avançados de adoecimento. Assim, a missão importante dos centros de convivência Ê melhorar a saúde e a qualidade de vida dos idosos, proporcionando lhes ativi11
dades que contribuam para que sejam menos afetados por doenças crônicas, prevenindo incapacidade e recuperando autonomia com programas de reabilitação. Ocorre que os espaços de convivência trazem uma reflexão importante sobre o papel e o lugar da pessoa idosa na sociedade e suas possibilidades de contribuição considerando como uma das fases do desenvolvimento humano. Podemos observar então que se por um lado a falta de suporte social e familiar desencadeiam situaçþes de desgastes que interferem negativamente no processo de doença dos idosos, podendo levar a limitação e perda de autonomia nas tomadas de decisþes, por outro lado outros o superam, tornando-se mais ativos. A aposentadoria não representa a troca da produtividade pela inatividade entre os idosos, pelo contrårio eles se mantêm ativos e socialmente engajados. Esse resultado mostra que o cenårio tende a mudar, cada vez mais os idosos serão inseridos no mercado de trabalho, tornando-os mais produtivos e participativos socialmente.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
[f.4]
Isto deve-se não somente ao aumento da expectativa de vida, mas também ao um novo engajamento por parte dos diversos atores inseridos nos equipamentos sociais sustentados por políticas e programas voltados para esta faixa etária. Desta forma, os motivos dos aspectos benéficos e estratégicos que legitimam a importância dos espaços de convivência para idosos foram variados e, dentre alguns benefícios identificados, foram relatados aspectos de superação em relação a determinados eventos de vida e melhora no convívio social e familiar, proporcionando para a pessoa idosa laços afetivos e oportunidades para expressão de sentimentos. Segundo Santos (2016) os idosos que participam de centro de convivência apresentam melhor equilíbrio, mobilidade funcional e qualidade de vida do que idosos da mesma comunidade que não participam dos centros. No entanto, alguns CCI reforçam a complexidade do lazer como esfera da vida humana, não conside[f.4] rando também como um espaço para
ConViver
convivência social onde as relações, os diálogos, a participação social e o empoderamento também acontecem. Os espaços de convivência oferecem alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, a fim de possibilitar ao idoso a escolha das que são de seu interesse proporcionando sua integração com a família e a sociedade. Nestes espaços espera-se que os idosos alcancem a emancipação cidadã, e que eles possam enfrentar os desafios do cotidiano. Apesar de alguns espaços de convivência ainda serem considerados apenas um local para atividade física, lazer, diversão e prevenção a doenças associadas ao processo do envelhecimento, por outro lado, percebe-se que outras CCI(Centro de Convivência para Idosos) estão transformando em um ambiente que contribui para o empoderamento da pessoa idosa, a fim de lutarem pela garantia de direitos e ações transformadoras. Fortalecendo estratégias que possam mobilizar os idosos para o benefício da inclusão, desenvolvimento da autonomia e da sociabilidade.
LEGENDAS: [f.4]https://unsplash.com/photos/jD6eRgBpE0c
12
[f.5]
Para assegurar o direito dos idosos foi criado O Estatuto do Idoso, como ĂŠ conhecida a Lei 10.741/2003, que completou 15 anos em outubro de 2018. O objetivo de assegurar direitos, ganha cada vez mais relevância no ordenamento jurĂdico brasileiro, afinal, a população idosa do paĂs cresce cada vez mais. O Estatuto do Idoso representa um avanço considerĂĄvel na proteção jurĂdica aos homens e mulheres com 60 anos e mais da sociedade brasileira. InstituĂdo pela Lei 10.741 em outubro de 2003, o Estatuto do Idoso visa a garantia dos direitos assegurados Ă s pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (art. 1Âş). Aborda, assim, questĂľes familiares, de saĂşde, discriminação e violĂŞncia contra o idoso. E resguada-o, desse modo. O estatuto busca, assim, asssegurar os direitos fundamentais Ă vida humana para essa população idosa no Brasil. Entre eles, visa, principalmente, a garantia da dignidade humana, princĂpio que estĂĄ presente na Constituição Federal em seu art. 1Âş, inciso III. E, consequentemente, 13
assegura a existĂŞncia digna acerca da qual dispĂľe o art. 170, CF. O Art. 2Âş do Estatuto do idoso se dispĂľe da seguinte maneira: Art. 2Âş O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes Ă pessoa humana, sem prejuĂzo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saĂşde fĂsica e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condiçþes de liberdade e dignidade. A legislação, ainda, institui o deve da famĂlia, da comunidade, da sociedade e do Poder PĂşblico de assegurar tais direitos ao idoso. Dessa maneira, torna-se uma prioridade social, conforme o art. 3Âş da Lei 10.741/2003, a efetivação dos seguintes direitos: direito Ă vida, direito Ă saĂşde, direito Ă alimentação, direito Ă educação, direito Ă cultura, direito ao esporte, direito ao lazer, direito ao trabalho, direito Ă cidadania, direito Ă liberdade, direito Ă dignidade, direito ao respeito e o direito Ă convivĂŞncia familiar e comunitĂĄria.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
O caput do art. 3º do Estatuto do Idoso apresenta uma série de direitos que devem ser assegurados, prioritariamente, às pessoas com 60 anos ou mais no Brasil. E todos eles devem ser compridos. Seu parágrafo 1º, então, apresenta o conteúdo dessa garantia. Deve ser prioritários ao idosos, portanto: 1 - O atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população. a 2 - Preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas. 3 - A destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso. 4 - A viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações. 5 - A priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência.
6 - A capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos. 7 - O estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento. 8 - A garantia de acesso à rede de serviços de saúde, como o SUS, por exemplo e de assistência social locais. 9 - A prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. Ainda, é preciso ressaltar que, entre os idosos, possuem prioridade aqueles com mais de 80 anos. É fundamental que todos eles , assim como seus familiares, se interessem em buscar informações mais detalhadas sobre o mesmo, consultando bibliotecas, acessando a internet e acompanhando as notícias como jornais, rádio e TV, acionando seus órgãos representativos cobrando providências e ações de seus representantes políticos e dos órgãos públicos.
[f.6]
ConViver
LEGENDAS: [f.5]https://unsplash.com/photos/zlA7c39DfFks [f.6]https://unsplash.com/photos/-nn5ffUd6ZQ
14
15
Não havia legislação voltada para as necessidades dos idosos devido à baixa expectativa de vida e o baixo numero de idosos.
Marina Magalhaes 1947 - Presidente da LBA (Fonte: http://memorias a n t i s t a . com.br/?p=1193)
1947 - criada a LBA LegiĂŁo Brasileira de AssisttĂŞncia - Atendia famĂlias de combatentes da 2Âş guerra mundial, incluindo os idosos que se encontravam desamparados.
INICIO DO SÉCULO XX 33,4ANOS
Lar SĂŁo Joao de Deus 1970 (Fonte: http://www.aconteceempetropolis.com.br)
1973 - PrevidĂŞncia Social identifica 279 obras de amparo Ă velhice. 1976 - INSS cria o PAI Programa de AssistĂŞncia ao Idoso
1970 1940 45,5 ANOS
Asilo Padre Cacique - 1902 - (Fonte: http://prati.com.br/porto-alegre/porto-alegre-asilo-padre-cacique-1902.html)
57,6 ANOS
1977 - Criação das UNATIS - Universidades Abertas à Terceira Idade 1978 Emenda Constitucional n. 12 trata de acessos à edificios e logradouros
NETI - 1977 (Fonte: http://neti.ufsc.br/historia/)
Joana Maria de Sousa Rodrigues
Praça do Lido Rio de Janeiro RJ (Fonte: http://blog.iagsaude.com.br)
Centro de Convivência do Idoso Dona Italia Franco (Fonte: http://portalf11.com.br/)
1983 - Criação do NETI - Núcleo de Ensino da Terceira Idade.
1990 - Censo revela crescimento de 16,1% na alfabetização de idosos
1990 67 ANOS
1980 62,5 ANOS
1988 - Carta Magna Art. 5º garante o direito de ir e vir. Dispõe de normas que garantem acesso adequado a pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção.
1994 - Criação do PNI Programa Nacional do Idoso. Percebe o idoso como cidadão de direito, devendo ser atendido segundo as suas necessidades fisicas, sociais e políticas.
ConViver
2000 - Leis federais n. 10.048/098 - Atendimento prioritário e de acessibilidade nos transportes, penalidade ao descumprimento, acessibilidade aos meios de comunicação, informação e ajuda técnica. 2003 - Lei n. 10.741 É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
2000
2009 - IBGE estima que até 2060 o Brasil terá 5 milhões de idosos com mais de 81 anos.
2009 73,2 ANOS
2009 aprovada pelo Conselho Nacional da Assistência Social a regulamentacao do CENTRO DIA para assistência ao idoso.
70,5 ANOS
Escola em Itaborai (Fonte: https://extra.globo.com/
NETI - 1977 (Fonte: http://neti.ufsc.br/historia/)
UNATI Manaus (Fonte: hhttp://g1.globo.com/am/cia/2015/07/)
Clube da pessoa idosa - João Pessoa PB(Fonte: http://clube.ipmjp.pb.gov.br/site/institucional
2006 - Aprovada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa - PORTARIA Nº 2.528.
Centro Dia do Idoso Orlando Denardi - SP (Fonte: http://grupoopiniao.com.br)
2006 - 01 de outubro passa a ser o dia do idoso
Acessibilidade Curitiba (Fonte: http://thecityfixbrasil.com)
16
17
Joana Maria de Sousa Rodrigues
ConViver
18
Os princĂpios da povoação de AnĂĄpolis, no sĂŠculo XVIII, tiveram como responsĂĄvel a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes provĂncias em direção Ă s lavras de ouro de Meia Ponte (PirenĂłpolis), CorumbĂĄ de GoiĂĄs, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de GoiĂĄs). Os principais cursos de ĂĄgua que cortam a regiĂŁo de AnĂĄpolis - JoĂŁo CezĂĄrio, GĂłis e Antas - tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sĂtios de descanso e serviam como referĂŞncia e orientação na viagem. Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustĂŁo do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Rio das Antas para estabelecer moradia, constituir famĂlia, explorar a terra. JĂĄ no sĂŠculo XIX francĂŞs Auguste de Saint-Hilaire fez anotaçþes em seu diĂĄrio de viagem em que descrevia uma fazenda que “era um engenho de açúcar do qual dependia um rancho muito limpo, no qual nos alojamosâ€?. Era no ano de 1819 e o lugar descrito por ele era a Fazenda das Antas. 19
O certo ĂŠ que no ano de 1833, os fazendeiros de hĂĄ muito fixados Ă s margens do Riacho das Antas, tinham por costume se reunir em casa de Manoel Rodrigues dos Santos, um dos primeiros moradores do lugar, e aĂ realizavam novenas e oraçþes. Registros histĂłricos da ĂŠpoca confirmam que no ano de 1859, a ĂĄrea de terras que constituĂa propriedade de Manoel Rodrigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas. A 25 de abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre AnĂĄpolis. Um grupo de moradores constituĂdo por Pedro Roiz dos Santos, InĂĄcio JosĂŠ de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roiz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de PatrimĂ´nio de Nossa Senhora de Santana. No ano seguinte, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana o que fez o lugar florescer rapidamente, pelo que foi elevado Ă Freguesia de Santana, sobrevindo depois os estĂĄgios de vila e de cidade.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
[f.8]
O munícipio de Anápolis tem seu crescimento urbano impulsionado por alguns fatores identificados historicamente. O primeiro deles foi aconstrução da estrada de ferro de Goiás na década de 1930. A ferrovia em Goiás se tornou o principal meio de comunicação entre o Estado Goiano para o restante do país, promovendo o desenvolvimento econômico e o crescimento populacional para o estado.A chegada da estrada de ferro, em1935, para Anápolis mudou o estilo de vida da cidade, especialmente por força do volume de migrantes que se instalaram na cidade. A construção de Goiânia impulsionou a ocupação da cidade, a capital de Goiás, distante apenas 50 km de Anápolis interferiu na dinâmica urbana da cidade. No período da construção, foi de Anápolis o fornecimento de parte significativa da matéria prima e de trabalhadores para as obras. O mesmo se passou com a Construção de Brasília, que além de ter favorecido o desenvolvimento econômico do município, valorizou o comércio e mão-de-obra [f.4] local.
ConViver
Segundo o IBGE a população estimada de Anápolis é de 391.772 pessoas. Anápolis possui uma área territorial de 934,146 km² . Atualmente Anápolis é a principal economia de Goiás, depois da capital Goiânia. Detém o 2º maior PIB do estado de Goiás (8% de todo PIB estadual) e se consolida cada vez mais como o maior polo industrial do Estado. Contribui para isso, a localização estratégica e a implantação do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), com mais de 115 empresas que geram cerca de 20 mil empregos. O município possui o segundo maior Valor Adicionado da Indústria e o terceiro nos Serviços, sendo mais de um terço deste representado pelo comércio. Ainda, representa quase 20% de toda a Indústria de transformação do estado de Goiás. O clima do município é tropical com estação seca, Como Anápolis está em uma altitude elevada, as temperaturas são mais amenas. A temperatura, ao longo do ano, oscila entre mínima média de 18 °C e máxima média de 28 °C.
LEGENDAS: [f.7]https://www.flickr.com/photos/luizzmendes/4361507455/in/phot ostream/ [f.8]ttps://portalcontexto.com/wp-content/uploads/2020/07/viaduto-2048x1152.jpg
20
Â?
[f.9]
O envelhecimento da população brasileira ĂŠ um fenĂ´meno que vem sendo rastreado por meio de pesquisas. Em AnĂĄpolis, a realidade nĂŁo ĂŠ diferente. O estudo feito em 2010, elaborado pelos pesquisadores Rui Rocha Gomes e Tallyta Carolyne da Silva, ambos do IMB, foi constituĂdo a partir de uma ampla base de dados: Censo DemogrĂĄfico; Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar; Sistema sobre Mortalidade, Censo Escolar da Educação BĂĄsica e projeçþes populacionais do IMB e IBGE. Foi delineado, para o estudo, o perfil das pessoas acima de 65 anos de idade. Segundo dados da pesquisa, no ano de 2010, a população acima de 65 anos de idade, em AnĂĄpolis, girava em torno de 6,0 a 8,0% do total da população. Em 2020, os estudos apontam que esse percentual deverĂĄ chegar Ă casa de 8,0 a 10%. De acordo com o IMB, AnĂĄpolis tinha uma população de 465.189 habitantes em 2000 e um total de 24.621 idosos. Em 2010, ela era de 540.220 e a de idosos, de 38.329 pessoas. 21
Em 2020, a estimativa Ê de que a população de idosos em Anåpolis chegue a 55.997. De acordo com os pesquisadores, haverå um aumento substancial no grupo de pessoas com mais de 80 anos. Conforme os dados da pesquisa, em Anåpolis havia, em 2000, 84,2% de pessoas na faixa etåria de 65 a 79 anos de idade. No ano de 2010, caiu para 81,7 e, em, 2020, projeta-se que ficarå em 81% a participação dessa faixa, no total de idosos. Na faixa etåria acima de 80 anos, os percentuais estão em escala ascendente: 15,8%, em 2000; 18,3%, em 2010; e 19%, em 2020 (projeção). Segundo a pesquisa Anåpolis tinha: 45,5% dos idosos do sexo masculino e 54,5% do sexo feminino. 90,9% dos idosos residem na zona urbana e, apenas, 9,1% na zona rural. O percentual de idosos analfabetos em Anåpolis, caiu de 44% em 2000, para 32% em 2010. Em relação às doenças que causam mais mortes nessa população, o primeiro lugar estão as doenças do aparelho circulatório, 37%; em segundo, as doenças do aparelho respiratório, 20% e, em terceiro, as neoplasias (tumores), 14%
Joana Maria de Sousa Rodrigues
O projeto será implantado em uma região de suma importância na cidade de Anápolis, Jardim Alexandrina que é integrado a Grande Jaiara, que constitui uma centralidade que exerce papel relevante na cidade. Por seu grande número de habitantes, um centro comercial pulsante e o reconhecimento por sua vocação industrial desde 1951, o bairro ganhou o título de “Grande Jaiara”. De lá para cá a Jaiara está em pleno desenvolvimento. A Vila Jaiara é praticamente uma cidade dentro de Anápolis. Junto com bairros integrados, cortados pela principal avenida comercial do município, Fernando Costa, a região da Grande Jaiara abriga cerca de 100 mil pessoas (IBGE), praticamente 1/3 da população anapolina. De acordo com dados do IBGE, a Jaiara é o maior bairro de Anápolis. A Jaiara destaca-se pela excelente qualidade de vida que oferece a seus moradores e pelo apoio que dá aos 18 bairros que a cercam, formando a região da Grande Jaiara. Conta ainda com o Parque Ambiental da Jaiara para o bem-estar dos moradores.
[f.4]
ConViver
Os moradores dessa região encontram tudo o que precisam no próprio bairro, muitas vezes não precisam se deslocar à outros bairros de Anápolis para fazerem afazeres corriqueiros como pagar contas, fazer compras e etc. Isso se deve ao fato de que lá nós encontramos diversos pontos comerciais, faculdade, colégios, clínicas, galerias e grandes supermercados. Por ser uma região muito diversificada, podemos dizer que a Vila Jaiara é um bairro misto, tanto residencial quanto comercial. Hoje, a Vila possui unidades de redes nacionais de lojas de eletro-eletrônicos, unidades de redes estaduais de autopeças, de redes municipais de supermercados, agência bancária e uma concessionária de motocicletas, entre outros empreendimentos comerciais de grande porte, que fazem da Avenida Fernando Costa. O projeto ConViver - Centro de Convivência para Idosos, beneficiará cerca de 150 idosos, que residem nos bairros Jardim Alexandrina, Vila Jaiara e todos os outros bairros integrados à Grande Jaiara, que somam em seu total 18 bairros.
[f.10]
LEGENDAS: [f.9]https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/573419/musica-danca-e-animacao-nasemana-do-idoso [f.10]https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/573419/musica-danca-e-animacaona-semana-do-idoso
22
Â? 23
Levando em conta as açþes sociais, legislaçþes, posicionamentos sociais e o numero de idosos no Brasil, o tema PolĂticas PĂşblicas engloba muito bem a administração pĂşblica como um todo, e especificadamente ĂŠ visto em AnĂĄpolis, de modo moderado, ao passo que o munĂcipio apesar de ser voltado para o comĂŠrcio e a indĂşstria, conta com trĂŞs centros especializados do trato e atenção a população idosa, sendo eles a Delegacia de PolĂcia Civil Especializada Ă defesa do Idoso, o Centro de ConvivĂŞncia de Idosos e o Hospital do Idoso. A administração Municipal, na ultima dĂŠcada, tem buscado programar alĂŠm das listadas polĂticas, outras, todas voltadas a satisfazer em parte as necessidades do idoso, dentre suas especificidades. Vale ressaltar e lembrar que fundamentalmente a busca pela defesa dos direitos da pessoa idosa em AnĂĄpolis, se deu de forma tardia, mas hoje estĂĄ a frente de mais de 90% dos munĂcipios do Brasil. Em destaque no âmbito municipal investigado, tem-se a criação do Conselho
Municipal do Idoso, atravĂŠs da Lei 3.225/2007, o qual jĂĄ foi posteriormente foi alterado pela Lei nÂş 3.313 de 17 de Setembro de 2008, que apresentou uma fonte normativa para proteger os direitos do idoso. Atualmente com a mudança normativa ocorrida em 2008, o Conselho responsĂĄvel pela proteção dos direitos do idoso em AnĂĄpolis recebeu nova nomenclatura como se pode observar em trecho da Lei nÂş 3.313/2008 [...] “fica alterado o nome do Conselho Municipal do Idoso, criado pela Lei nÂş 3.255, de 24 de agosto de 2007, passando a denominar-se Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa – CMDPIâ€?. O Conselho foi criado na intenção de desenvolver polĂticas pĂşblicas adequadas as necessidades da pessoa idosa, sendo uma ligação direta entre sociedade e a administração municipal, pois atravĂŠs deste se tornou possĂvel o recebimento de novas sugestĂľes e projetos para melhor traçar caminhos Ă qualidade de vida do idoso.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
Desde então com a instituição do respectivo Conselho Municipal como órgão pleno, o município tem buscado implementar outras políticas públicas voltadas ao Idoso. Criou-se então o Hospital Dia do idoso, como tecnicamente foi designado, é hoje no Brasil e em alguns países da América do Sul, referência nacional em termos de atendimento especializado, pois é um dos únicos hospitais especializados existentes em relação a saúde do idoso, dedicando apenas ao atendimento das pessoas com idade superior a 60 anos. São servidos de serviços disponibilizados, sendo exemplificado pelas consultas, clínica medica, geriatria, cardiologia, ortopedia entre outros serviços. Já atingindo outra política de efetivação de proteção no âmbito Municipal, em maio de 2013, foi implantada no município de Anápolis a Delegacia Especializada em Atendimento ao Idoso, se destacando por ser a primeira unidade deste gênero, implantada no Estado de Goiás, sendo a segunda no território nacional, dirigida hoje pelo Delegado Manoel Vanderic Filho.
[f.4]
ConViver
A delegacia conta com uma estrutura especifica e totalmente acessível ao público, possuindo rampas e portas mais largas para que haja uma mobilidade maior por parte daqueles que necessitam do serviço, pois esta unidade não é apenas um exercício meramente policial, baseia-se também em um serviço social para com a comunidade, ligada diretamente ao idoso. Superando as duas políticas listadas anteriormente, estando ligado ao aspecto social, cultural e de lazer, tem-se o Centro de Convivência de Idosos (CCI), local destinado à busca do entretenimento do idoso. O espaço foi inaugurado na década de 80 e permanece até os dias atuais. Ele está localizado na Vila Góis. O espaço onde se encontra o CCI de Anápolis chega próximo de 300m², trabalhando a integração entre os idosos, onde há participação em oficinas de corte e costura, artesanato, além de atividades físicas como hidroginástica, disponibilizadas através de parcerias firmadas com entes privados. E atende cerca de 800 idosos contribuindo para o envelhecimento ativo.
[f.11]
LEGENDAS: [f.11]https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/573419/musica-danca-e-animacaona-semana-do-idoso
24
25
Joana Maria de Sousa Rodrigues
ConViver
26
Â?
Grande Jaiara
Anรกpolis
Av. Presidente kennedy LEGENDAS: [f.12]https://portal6.com.br/wp-content/uploads/2018/06/WhatsApp-Image-2018-0607-at-09.53.25-740x55 5.jpeg [f.13]Mapa Anรกpolis Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.14]Entorno imediato Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.15]Terreno Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues
27
Av. Brasil
BR 153
N
[f.13]
Joana Maria de Sousa Rodrigues
eireoiro inhinh o Po P JoJãoã RuRaua s rrso Braro deBa re ad ar em dm A de RuaA Rua
y ndeyd nenne tKeeK neten idseid ePsre . vP.r AvA
ss ee rgrg Bo Bo ito ito dd ee nn ee aaBB Ru Ru
too Aggoosst dee A d 4 4 2 2 . Avv. A
ra hoora ennhã o S e ssaS eiç Nossanc ão Nao cnoceiç Ruuaad R a co d
N [f.14]
Ru a
Be ne d
ito
Bo r
ge s
Ru a da No c o ss a n c Se eiç nh ão ora
[f.4]
ConViver
[f.15]
28
LEGENDAS: [f.16]https://jaiarashopping.com.br/ [f.17]https://portalcontexto.com/wp-content/uploads/2020/09/fACULDADE-FAMA.jpg [f.18]https://sesigoias.com.br/repositoriosites/repositorio [f.19]http://www.jornalestadodegoias.com.br/wp-content [f.20]https://www.govserv.org/BR/An %C3%A1polis/2238 76101098318/CEPMG [f.21]http://vivaanapolis.com.br/feira-anapolis/ [f.22]Entorno Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues
29
Anápolis é constituída por três centralidades destinada a um público específico que são : o centro da cidade, O Bairro Jundiaí e a Vila Jaiara. A centralidade da Vila Jaiara encontra-se consolidada, isso pode ser percebido através da especulação imobiliária e da atenção por parte do poder público nos últimos anos, e que a partir dos anos de 1990 surge como área de forte vocação para o comercio da cidade. Uma série de elementos exemplifica essa tendência: primeiro desde sua criação há na inconsciente da sociedade anapolina o símbolo de bairro comercial. Num segundo momento, a implantação dos equipamentos de grande porte que a própria lei de zoneamento permite como o Vicunha Shopping Center e Supermercados, tais equipamentos induzem a formação de centralidades, geram fluxos em torno de si além de aglutinar uma série de atividades econômicas e especialmente a direção do adensamento vertical. Em uma terceira análise, essa concentração de fixos instalados no local, atraem os olhares das classes mais abastadas pra a região não só para moradia mais também para fins comerciais, já que essa parte da população e a dona de grande parte dos empreendimentos da cidade. Na Vila Jaiara o comercio a e área de serviços são as principais funções desempenhadas que a caracterizam como um subcentro. Todo o comercio e serviços do referido bairro estão concentrados na Avenida Fernando Costa que a principal do bairro que acabam configurando uma nova dinâmica no setor. As principais atividades comerciais e de serviços que se desenvolvem na no bairro estudado são: varejo, bancos, supermercados e serviços ligados a saúde. Nota-se que a maioria destas atividades encontra-se distribuídas no decorrer da Avenida Fernando Costa. Pela sua diversidade de uso no bairro, lá se encontram edifícios institucionais importantes, dentre eles podemos destacar a Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA) que tem um completo programa de formação, que abrange Graduação (Bacharelados, Licenciaturas e Tecnologias), Cursos Livres e de Extensão Comunitária, que abordam os últimos desenvolvimentos tecnológicos e sociais. Também de se encontra na Região o Colégio da Polícia Militar de Goiás (CPMG), que foi criado em 2005. O Colégio tem atualmente cerca de dois mil alunos, e oferece além de uma ótima qualidade de ensino, diversas práticas esportivas e culturais.
[f.16]
[f.17]
[f.18]
[f.19]
[f.20]
[f.21]
Joana Maria de Sousa Rodrigues
Vila Jaiara
Bairro Alexandrina
Bairro Itamaraty
N [f.22]
ConViver
30
Â?
Pode-se se notar que o entorno da årea de intervenção Ê uma årea bastante adensada e populosa. A predominância da ocupação Ê de edificaçþes residenciais, mas a årea Ê bastante diversa contando com edificaçþes de serviços, de uso misto e de åreas comerciais. O que acaba trazendo para população dessa região um fåcil acesso e menor deslocamento para esses diversos usos do entorno.
O trânsito de veĂculos e pessoas nesta regiĂŁo ĂŠ intenso, devido estar proximos de locais importantes para o comercio do entorno. Nota-se que a massa vegetativa tem sua maior predominância na ĂĄrea da reserva ambiental Estância Itamaraty JĂĄ no restante da ĂĄrea citada a vegetação do entorno se encontra em sua predominância em calçadas e no fundo dos lotes.
Ambiente Natural Massa Vegetativa
Fluxo de trĂĄfego Transportes e pedonal
Ambiente ConstruĂdo Cheios e Vazios
Topografia DesnĂvel de 3 m (Terreno)
LEGENDAS: [f.23]Diagramas Terreno Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.24]Uso do Solo Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues
31
Traçado Urbano Malha urbana irregular
[f.23]
Joana Maria de Sousa Rodrigues
LEGENDAS: Local de Intervenção Misto Residencial Serviços Comercial Institucional Abandonado
N
[f.24]
ConViver
32
33
Joana Maria de Sousa Rodrigues
ConViver
34
35
Joana Maria de Sousa Rodrigues
ConViver
36
[f.25]
LEGENDAS: [f.25]https://unsplash.com/photos/rvdlDB1D68c [f.26]Diagrama conceito e partido Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues
37
A implantação do edifício ConViver - Centro de Convivência para Idosos em um lote de esquina busca a integração do equipamento com a vizinhança que vivem no seu entorno. O lote tem um total de 3662m², 900m² de área verde permeável e terá um total de 3.099m² de área construída( pátios, estacionamento e edifício), o edifício terá uma área total de 980m² construída. O edifício se posiciona no lote de modo a não criar uma barreira física para seus usuários. Eles poderam atravessar o edifício em busca de outra área sem nenhuma dificuldade ou barreira que os impeça. Quanto a circulação interna e externa foram consideradas as normas e legislação vigente , foi levado em consideração também a dificuldade de se locomover que alguns idosos tem, foi utilizado as rampas para acessos que necessitavam de circulação vertical. A topografia não tão acidentada ajuda o edifício na acessibilidade, tendo um desnível geral de 3,5 m e da calçada para o edifício somente de 1 metro.
O diagrama seguinte busca evidenciar mais ainda as ideias e conceitos utilizados para construção do projeto. (1) O edifício se forma através das áreas distribuídas do seu programa externo como pátio aberto, área verde, estacionamento e fazendo a junção com o pátio interno. (2) Com o terreno exposto, temos a distribuição programática de acordo com as necessidades e com os usos adicionados ao projeto, onde o edifício rasga o terreno consolidando seu programa. O edifício se posiciona no lote de modo a evidenciar seu programa. (3) O edifício se forma ao redor do programa distribuído, usando de suas linhas como guia para gerar o desenho da implantação com todos seus usos. (4) Com essa decisão projetual logo temos a proposta formada, o edifício e seus acessos, gerando então uma linha reta de circulação, onde se pode acessar todos os usos tanto púbico quanto privado, gerando uma ligação entre os dois pátios, o edifício e o estacionamento.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
C B
A B
Programa
Posição no lote
D
01
02
LEGENDA: A. Pátio aberto ao público B. Área verde para plantio e convivência C. Pátio interno para eventos e atividades D. Estacionamento
03 04
Linhas geram a implantação [f.26]
ConViver
Resultado [f.22]
38
à REA TOTAL DO EDIF�CIO 980 m²
180 m²
32 m²
FINANCEIRO
COZINHA
27 m²
SECRETARIA
27 m²
138 m²
Joana Maria de Sousa Rodrigues
PISCINA
29 m²
1 SOCORROS
COSTURA
20 m²
PILATES
28 m²
REUNIĂƒO
39
MULTIUSO
LEGENDAS: [f.27]Diagrama Programa Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.28]Diagrama perspectiva Programa Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues
INFORMĂ TICA
28 m²
34 m²
LOJA
34 m²
50 m²
141 m²
BANHEIROS
DETALHAMENTO DO PROGRAMA
RECEPĂ‡ĂƒO E CONVIVĂŠNCIA
[f.27]
SALĂƒO DE FESTAS
155 m²
Bosque
Privado
Estacionamento
Público
Relação público e privado
[f.28]
ConViver
Praça
Praça
Extensão Praça - Calçada
[f.22]
40
[f.29]
LEGENDAS: [f.29]Diagrama Estrutura Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.30]Diagrama perspectiva Estrutura Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues
41
No projeto de edifĂcio foi utilizado um tipo de estrutura, o concreto armado. Concreto armado ĂŠ uma estrutura que utiliza armaçþes feitas de barras de aço em conjunto com o concreto. As ferragens tĂŞm como objetivo resistir os esforços de tração e tornar a edificação mais resistente. Devido a sua solidez, o concreto armado consegue suportar grandes estruturas com o uso de poucos pilares e vigas. Outra caraterĂstica ĂŠ a sua flexibilidade.
O concreto armado tem uma elevada resistência à compressão em comparação aos outros materiais de construção. O custo de manutenção do concreto armado Ê muito baixo comparado a outros tipos de estrutura. Boa resistência ao fogo e ao tempo, boa resistência ao desgaste mecânico como choques e vibraçþes, alÊm de tudo Ê mais duråvel se comparado com outros sistemas estruturais.
Joana Maria de Sousa Rodrigues
[f.30]
ConViver
[f.22]
42
43
Joana Maria de Sousa Rodrigues
N [f.31]
ConViver
44
A 18
2
2
B
45
14
6 15
16
17
13
7
12
8
11
9
10
B
5
4 21 1
2
2
22
20
A
LEGENDA: 1. PISCINA 2. BANHEIROS 3. COZINHA 4. SALÃO DE FESTAS 5. RECEPÇÃO E CONVIVÊNCIA 6. LOJA 7. SECRETARIA 8. FINANCEIRO 9. 1° SOCORROS 10. PILATES 11. SALA DE COSTURA 12. SALA DE REUNIÃO 13. SALA DE INFORMÁTICA 14. SALA MULTIUSO 15. ESTACIONAMENTO 16. PÁTIO PRIVATIVO 17. LANCHONETE 18. QUADRA 19. QUADRA DE BOCHA 20. ÁREA VERDE 21. PATÍO PÚBLICO
19
Joana Maria de Sousa Rodrigues
2
3
N [f.32]
CORTE AA
CORTE BB
[f.33]
ConViver
46
Â?
Fachada Sul
Fachada Leste
LEGENDAS: [f.31]Implantação Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.32] Implantação Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.33] Cortes Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.34] Fachadas Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues [f.35] Detalhe Autora: Joana Maria de Sousa Rodrigues
47
[f.34]
Fachada Oeste Joana Maria de Sousa Rodrigues
Tijolinho Vazado
Tijolinho aparente
Portas e janelas com vidro fosco
Piso cimentĂcio drenante
Pintura cor branca
Piso antiderrapante emborrachado
ConViver
48
Platibanda Cobogó de tijolinho maciço
Parede de alvenaria
Janela de vidro
Tijolos engastados com vergalite 5mm
Ventilação Insolação
[f.35]
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 49
Joana Maria de Sousa Rodrigues
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Calha
ConViver
50
51
Joana Maria de Sousa Rodrigues
ConViver
52
53
Joana Maria de Sousa Rodrigues
BRETAS. Quem sĂŁo e como vivem os idosos do Brasil. DisponĂvel em: https://exame.com/brasil/quem-sao-e-como-vivem-os-idosos-do-brasil/. Acesso em: 21 set. 2020 BRITO. População de idosos tem crescimento acelerado na regiĂŁo de AnĂĄpolis. DisponĂvel em: https://portalcontexto.com/populacao-de-idosos-tem-crescimento-acelerado-na-regiao-de-anapolis. Acesso em: 02 set. 2020 GOVERNO FEDERAL. Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento. DisponĂvel em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/pessoa-idosa/plano-de-acao-internacional-para-o-en velhecimento. Acesso em: 12 set. 2020
  €
BRASIL IDOSO. O remĂŠdio ĂŠ vicer. DisponĂvel em: https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas. Acesso em 05 out. 2020.
IBGE. População brasileira. DisponĂvel em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html. Acesso em: 15 set. 2020. ISTOÉ. Envelhecer bem. DisponĂvel em: https://istoe.com.br/139317_ENVELHECER+BEM/. Acesso em: 02 out. 2020. MENDES, Marcia R. S. S. Barbosa, GusmĂŁo. A situação social do idoso no Brasil: Uma breve consideração. DisponĂvel em: https://www.scielo.br/pdf/ape/v18n4/a11v18n4.pdf. Acesso em: 03 det. 2020. OMS. RelatĂłrio mundial de envelhecimento e saĂşde. DisponĂvel em: https://www.ibge.gov.estatisticas/sociais/populacao.html. Acesso em: 15 set. 2020. PLANALTO. Estatuto do idoso. DisponĂvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 15 set. 2020. PNI. PolĂtica Nacional do Idoso. DisponĂvel em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8842.htm. Acesso em 17 set. 2020. PNS. PolĂtica Nacional de Saude. DisponĂvel em: https://www.pns.icict.fiocruz.br. Acesso em 01 out. 2020.
ConViver
54