PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO DIDÁTICO MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO DIDÁTICO MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS PRÉ – PROJETO
CONECT Consultoria Educacional, Cultural e Tecnológica
CAMPINAS FEVEREIRO DE 2012
1. INTRODUÇÃO
A questão central da Educação situa-se no modelo tradicional em que se dá o processo ensino-aprendizagem e a forma como ocorre o planejamento e desenvolvimento das disciplinas. O Ensino Médio integra hoje, de acordo com a Legislação, a formação básica do cidadão e esta mudança proporciona o início da revisão do modelo estabelecido, no qual o ensino médio constitui-se num “rito de passagem” para o ensino superior, não cabendo nenhum tipo de formação profissional. Por outro lado, o elenco de disciplinas, apresentadas de forma descontextualizada não proporciona aos alunos, uma visão geral do mundo do trabalho, incluindo as perspectivas oferecidas para a formação de pesquisadores ou profissionais da Educação, tão necessários ao desenvolvimento do País. Acrescenta-se ainda, o avanço acentuado dos meios de comunicação que tornam o ambiente escolar “enfadonho” e dissociado da realidade. Os jovens manipulam os recursos tecnológicos com grande facilidade ao passo que os professores, de uma maneira geral, apresentam dificuldades no manejo destas tecnologias. A presente proposta visa equacionar esta questão de forma que os docentes sintam-se parte integrante do processo ensino-aprendizagem, motivados a desenvolver novas maneiras de ensinar. A autonomia conferida às Unidades Escolares, bem como as propostas elaboradas na construção do Plano de Gestão da Escola, torna aptos os profissionais envolvidos em educação, na formulação de novas metodologias de ensino, que se concretizam no aprimoramento do ensino formal das escolas no país . Isso permite que a escola possa planejar novas estratégias de ação para a ampliação do atendimento de seus alunos. Os inúmeros programas de Educação Continuada oferecidos pelas redes de ensino favorecem a melhoria do ensino, tão almejada pelos educadores. Entretanto estes esforços tem se mostrado insuficientes, se observados os dados de desempenho das escolas brasileiras. Um dos objetivos dos programas de formação permanente é a promoção do desenvolvimento educacional envolvendo todos os níveis que compõem a escola: desde o administrativo até o corpo discente. Sendo assim, todos são responsáveis pelo seu próprio desenvolvimento, já que há uma ampla interação dos envolvidos. A gestão coletiva no atendimento das principais demandas da escola promove a elaboração de projetos que permitem ampliar o nível de conhecimento dos alunos da escola.
2. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA Muito se fala em educação de qualidade, cuja garantia para o educando é a aprendizagem. A escola seria esse espaço privilegiado da educação formal, no qual outros agentes poderiam oferecer uma contribuição complementar à formação clássica estruturada. Seu aspecto formal não elimina a possibilidade de múltiplas aprendizagens, bem como complementa seu caráter amplo, diversificado e democrático, ou seja, atendendo gênero, etnia, credo, classe social e demais pluralidades, indistintamente. Com essa perspectiva, o amplo desenvolvimento humano e a garantia da formação do cidadão devem estar presentes nesses atributos. As políticas públicas reforçam a idéia da necessidade de inserção desse aluno no mercado de trabalho e com a possibilidade de alcançar novas oportunidades a partir da continuidade de seu estudo. Considerando tais aspectos e, especialmente, na garantia contínua de aprendizagem desses alunos, propomos articular os vários níveis de aprendizagem existentes nessas escolas numa ação coletiva, em ampla escala, e que tenha como objetivo final a sistematização de todo o conhecimento produzido e gerado nessa experiência educativa. Em outras palavras, nossa proposta é pautada na universalização do conhecimento e na contínua construção do saber. Participam dessa proposta os professores efetivos interessados em ampliar seu maior envolvimento com a escola e que já tenham participado de programas de educação continuada, bem como alunos
de ensino superior, com experiência educacional, de aprendizagem e ensino à distância. A proposta consiste num processo de Educação Coletiva para o desenvolvimento de métodos e material visando à elaboração e aprofundamento do conhecimento formal e organizado. Efetivamente, o conhecimento já produzido e disseminado no cotidiano da escola (e que tanto possibilita o crescimento e desenvolvimento para a cidadania), ganharia outro enfoque: aprofundamento específico para o sucesso pessoal e profissional do aluno. Nossa proposta é diferencial nesse aspecto e consiste em uma educação continuada, a partir daquilo que já é produzido nas escolas, mediante a utilização de tablets. Nosso objetivo é promover uma ampla participação de professores, alunos do ensino superior, coordenadores e diretores dos colégios na construção efetiva de um conhecimento de conteúdos e sua articulação com os mais variados espaços do saber. Isso é o que se configura no que acreditamos construir um ideal de Educação Coletiva. Esse processo de construção do conhecimento em conjunto teria dois momentos distintos: 1- Transformar o ambiente escolar num local adequado para a vivência de novas experiências educacionais, rompendo com a distância de “linguagens” entre professores e alunos; 2- Permitir que o corpo discente contribua na construção do conhecimento, através daquilo que “já domina”, ou seja, a utilização de ferramentas tecnológicas.
3. UTILIZAÇÃO DE TABLETS NAS ESCOLAS Os tablets têm se mostrado como a evolução natural dos livros utilizados em sala de aula, brindando uma geração já nascida multimídia com não apenas textos, mas também imagens, vídeo e áudio em um único aparelho. O resultado é uma experiência mais integrada de aprendizagem e mais atraente para os alunos. Ler um texto, fazer anotações nele, gravar o que é dito em aula, acessar vídeos e imagens que complementam uma matéria, tudo isso é possível em um tablet. Outra vantagem importante para o uso dos Tablets em sala de aula é que elas já estão prontas para isso. Ao contrário de laptops e computadores, que exigem cabeamento, pontos de rede e ocupam toda a carteira escolar. Os tablets têm o mesmo tamanho que um livro e, portanto, se encaixam naturalmente no ambiente de sala de aula. Além disso, com a rápida evolução destes dis-
4. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES E CRIAÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDOS A capacitação de professores ocorrerá de duas formas: 1- Encontros presenciais e a distancia; 2- Constituição de grupos de estudo envolvendo docentes da escola, alunos selecionados na graduação e ou pós-graduação de universidades e alunos da própria escola.
positivos, cada vez mais programas têm surgido e ampliando a experiência e as possibilidades de um tablet. Muitos usuários reportam que têm usado o dispositivo em substituição ao computador. Para os jovens, essa tendência é ainda maior. As superfícies de toque dos tablets lhes é natural e de rápida assimilação. Um tablet de aproximadamente 500g, com uma configuração básica, é capaz de armazenar centenas de livros, acessar a internet, integrar sistemas de agenda, notas, editores de textos, gravadores de voz, câmeras, além de dezenas de softwares. Com as recentes compras de tablets anunciadas pelo Ministério da Educação e Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, é fundamental que todos os profissionais da área de educação tenham domínio desta nova e poderosa ferramenta que se aproxima cada vez mais das salas de aula de todo o Brasil.
5. METODOLOGIA
Livros
Os cursos de formação continuada serão modulares, com carga horária de 40 horas, com encontros presencias (8 horas) e 32h a distância. O encontro presencial tem por objetivo apresentar a concepção do projeto, bem como a utilização da plataforma moodle. O conteúdo versará sobre as diversas possibilidades de apresentação de apresentação do conteúdo formal através de um tablet. Apresentam-se a seguir, algumas linhas que poderão compor a formação de professores para a utilização do tablet em sala de aula.
diversos sites da web, como Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br) e o Projeto Gutenberg (http://www.gutenberg.org), por exemplo, disponibilizam milhares de livros gratuítos em português. Todas as obras cujos direitos autorais já são de domínio público estão livres nestes sites. Toda obra de Machado de Assis, Fernando Pessoa dentre dezenas de outros autores clássicos, ao toque de um dedo. Os sites permitem o acesso ainda a produções do Ministério da Cultura e da Educação, com vídeos e projetos pedagógicos.
Planejamento pedagógico a web 2.0 é a internet em que o usuário abandona a posição passiva de espectador e assume a autoria da rede, produzindo e compartilhando conteúdo com outros usuários. Diversos sites permitem o compartilhamento de planos pedagógicos, planejamento de aulas e trocas que enriquecem o trabalho de um professor.Portais como o Revista Escola da Abril (http://revistaescola.abril.com.br/) e o Portal Educação do Uol (http://educacao.uol.com.br/ planos-aula/) e sites de Editoras, como a Positivo (http://www.editorapositivo.com.br/), por exemplo, possuem área dedicadas ao compartilhamento de planos de aula e materiais para professores.
Ferramentas para produção de documentos e trabalhos em grupo trabalhos coletivos entre os alunos podem ganhar uma nova dinâmica de interação com ferramentas de produção colaborativa, como Google Docs (https://docs.google.com)e ambientes Wiki (http:// www.wiki.com/), que permitem a criação de documentos, planilhas e apresentações por múltiplos usuários, com espaço livre para troca de arquivos, fóruns de usuários.
Redes Sociais com aproximadamente 850 milhões de usuários, o Facebook é a maior rede social do mundo. Criar páginas com perfis pessoais, escrever em murais, enviar mensagens diretas e participar de grupos de interesses específicos são algumas das ferramentas mais utilizadas na rede. Embora muitas empresas utilizem ferramentas semelhantes para a fomentar discussões entre seus funcionários, na área educacional, as redes sociais ainda não subutilizadas. No entanto, seu potencial é enorme, em especial em ambientes controlados, como por exemplo na plataforma gratuita Ning e Moodle que permite a customização de redes sociais para grupos de usuários. Experiências conduzidas em escolas mostram que as redes sociais são excelentes ferramentas de compartilhamento entre alunos e que podem ter excelente aplicação pedagógica, como relata o jornal O Globo, em seu especial sobre educação (http:// oglobo.globo.com/educacao/redes-sociais-as-novas-parceiras-de-estudo-3738295)
Publicação de trabalhos compartilhar é a palavra-chave para a geração da internet. Nada é mais desestimulante para estes estudantes do que trabalhos escolares que “morrem” nas mãos de professores. A internet é rica em opções de compartilhamento do conteúdo produzido por alunos, permitindo que estudantes acessem os trabalhos uns dos outros e também alcancem novas pessoas interessadas no assunto. Por isso, é fundamental que os professores entendam o funcionamento de sites como Blogs, Youtube, Flickr e Slideshare.
Outras ferramentas agendas compartilhadas, dicionários, conversores, sites para Ensino de Línguas, como o excelente portal da BBC, Google Maps e centenas de outras ferramentas permitem que o ensino se aproxime mais de uma geração digital. Serão constituídos grupos de estudos utilizandose as horas de atividades dos docentes da escola, envolvendo a equipe pedagógica, professores, alunos e alunos de cursos superiores. Tal grupo terá por objetivo organizar o desenvolvimento e planejamento das aulas, coletando informações e novas formas de encaminhamento do projeto.
Fernando Arantes (19) 8204-0141 Miriam Oliveira (19)9635-9226 www.grupoconect.com.br
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