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BOLETIM

legislaTiVo Câmara Municipal de Taubaté • 4.dezembro.2017

és a mesma

Edição 1128 • Ano XIV

cidade com

Montagem Mistau/ Dominique Mello

alma

Não jogue este impresso em via pública.


Parabéns pra v

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Câmara muniCipal de TaubaTé

você, cidadão! Esta edição do Boletim Legislativo é especial, como você pode notar, em comemoração ao aniversário da cidade. Taubaté completa 372 anos de elevação do povoado à categoria de vila contando com 307.953 pessoas, como mostra o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e cada um desses taubateanos é protagonista dessa história. É o caso do João, aquele homem que conhece o horário de todas as linhas de ônibus na praça mais movimentada da cidade e que orienta muita gente que não sabe se perdeu ou se espera o próximo veículo. Assim acontece também com as 708 entidades sem fins lucrativos que existem na cidade, iniciativas como a ONG Vida, que promove a doação de animais na praça, ou o Projeca, que conta com voluntários para oferecer esportes a crianças no distante bairro do Cataguá. E, embora estejamos perto do Natal, não vamos enfeitar nossas páginas com referências ao tema, mas sim contar a história de amigas que se juntaram para arrecadar brinquedos e presentear crianças carentes. Não vamos nos limitar a falar que Taubaté é capital da literatura, possui 122 escolas infantis, 86 de ensino fundamental, 40 de ensino médio e outras tantas de ensino superior, muito pelo contrário: a gente quer te contar a história do professor Felipe, que se dedica a aprofundar os conhecimentos de astronomia em seus alunos. Sem nos esquecermos de nossas referências, como os escritores como Monteiro Lobato, os artistas como Hebe Camargo ou Georgina de Albuquerque, vamos contar sobre os pintores que estão nas praças retratando o cotidiano, como faz o Grupo dos 10 aos domingos, dos escritores que estão lutando para publicar seus jornais, como o Valmir, da Estiva, e dos comediantes que investem em novas mídias para retratar a gente daqui, como o Tapa-Olho Experimental. Vamos falar de gente como você, que sonha a cada dia com uma cidade melhor para se viver e se esforça para atingir essa meta, assim como o João, o Luiz, o Cleiton, a Fernanda, a Tamara e muitas outras pessoas fazem neste exato momento. Enfim, não vamos mostrar como Taubaté chegou aos 372 anos, mas como poderá chegar até onde sua imaginação alcança. Obrigado por vir com a gente!

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Quer saber horário de ônibus? Pergunta pro João

Gravar uma entrevista com o ambulante João Marques da Silva é uma tarefa difícil. Quando a conversa desenrola, ele solta um “Aeroporto via Estiva” ou “Ipanema-Voluntário”, em voz alta, anunciando a linha de ônibus que está chegando ali, na praça Dom Epaminondas. Há três anos ele faz isso. Ele vende bala, suco e água. Como as pessoas perguntavam o tempo todo sobre as linhas que passaram por ali, passou a conhecer naturalmente os horários e começou a anunciar as linhas que estavam chegando. O tempo todo tem alguém perguntando: “João, qual ônibus que é aquele?”, e solícito responde: “Ipanema e Cidade de Deus”. Assim, passou a ser conhecido por muitas pessoas que usam diariamente um dos pontos de ônibus mais movimentados de Taubaté – segundo o site Cartão Rápido, 20 linhas passam pelo local, que fica próximo ao Mercado Municipal. “Começou na brincadeira, fui gritando o bonde para a turma, vendendo caixinha de bala, e deu nisso aí. A popu-

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lação gostou das informações dos horários e itinerários com eficiência, e deu no que deu.” Ele, que já trabalhou como marmorista, chega na praça Dom Epaminondas às 6h30 e permanece no local até às 18h. Apesar de não ter nascido em Taubaté, mora na cidade desde pequeno e acha que é um lugar muito bom. “Não saio daqui por nada. Espero que continue como está, até melhor, a cada ano vai melhorando um pouquinho mais, a esperança é essa. Taubaté é uma cidade muito graciosa e bonita, não saio daqui nunca mais.” A ideia nasceu com intenção de formar uma renda extra para sustentar o lar, mas hoje se tornou uma forma de ajudar a população. Enquanto a equipe desmonta o equipamento para voltar à Câmara, uma mulher pergunta: “E o Parque Aeroporto?”, e mais uma vez João tem a resposta na ponta da língua: “15h40 o próximo horário, passa daqui a 10 minutos.” Está bem, João, vamos deixar você trabalhar em paz.


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Uma cidade chamada Estiva De 1959 para cá, muita coisa mudou. A tecnologia se sobressaiu, a máquina de escrever desapareceu, e o jornal impresso foi desaparecendo das bancas, dando vez às notícias publicadas na internet. Muita coisa mudou, exceto a persistência. Valmir José Marques é um desses caras persistentes. Ele edita o Jornal Gazeta, conhecido como Gazeta da Estiva, em continuidade ao trabalho que o pai, Otávio, começou em 1959. Valmir nasceu na rua Isaltina Ribeiro nº 180, na casa da avó, como era costume naquela época, e desde então nunca deixou a Estiva. Formado em Filosofia, ele se dedica ao jornalismo desde os 16 anos. Histórias de vida e de jornal se misturam à paixão pelo tradicional bairro. Aos 155 anos, a Estiva ostenta símbolos da comunidade, tais como a Escola de Samba Boêmios da Estiva e o União Operária Futebol Clube. “A Estiva é uma minicidade, tem um centro educacional, um clube de futebol, uma agremiação carnavalesca muito boa, além de Distrito Policial. Só falta uma companhia da Polícia Militar. A estrutura é boa, com acesso fácil ao centro, um Pamo (Posto de Atendimento Médico e Odontológico) bem instalado, tem algumas críticas, mas é um bairro altamente positivo.” Distribuída pela cidade, a Gazeta da Estiva conta com anunciantes não só do bairro, mas de todo o município. A arrecadação, segundo Valmir, cobre o pagamento da edição, e não há lucro. O jornal se engajou na comemoração dos 155 anos do bairro, e essa festa foi retratada na edição de novembro, numa página especial com fotos e a manchete: “Cerca de 3 mil pessoas

participaram da festa dos 155 anos do bairro da Estiva”, demonstração da força e carisma da comunidade. “Veio pessoal de Ribeirão Preto, Sertãozinho, Americana, Guaratinguetá, pessoas que têm laço de amizade, nasceram na Estiva, vieram participar. É importante mobilizar a população em eventos como esse. Meu pai fazia festa junina, corrida pedestre – e se Deus quiser em 2018 vai voltar a corrida da Estiva, pois a gente é muito cobrado por isso”, narra Valmir. Crianças e idosos reunidos nessa festa refletem a história da Gazeta da Estiva: o novo e o velho, o impresso e o digital, o filho e o pai, personagens ligados pelo tempo, mesmo que muita coisa tenha mudado.

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AOS 155 anos, a Estiva ostenta símbolos da comunidade, tais como a Escola de Samba Boêmios da Estiva e o União Operária Futebol Clube


Transmitindo arte

A cada 15 dias um grupo de artistas se reúne na praça Santa Terezinha. Ali, produzem e expõem quadros pintados a óleo, técnica mista, esculturas em ferro. Mas é um projeto que pode crescer. Aliás, até mesmo o nome, “Grupo dos 10”, pode crescer. Grupo dos 38, total de artistas envolvidos com o coletivo, ou um número maior, dependendo de quantas pessoas podem se juntar ao projeto nos próximos meses. Isso porque a intenção é montar uma oficina artística em 2018 e, a cada semana, desenvolver uma técnica diferente, usando os próprios artistas para explicar. Para isso, basta a pessoa interessada levar o material. “A pessoa vem preparada para ter uma manhã de aprendizado, de técnica, coisa que é difícil a gente ter, porque sempre está nas escolas de arte. Aqui vai ser para o público e para a gente, porque ensinamos, mas aprendemos”, diz o ar-

tista plástico Roberto Correia. A exposição “Praça Viva” acontece todo domingo na praça Santa Terezinha. É promovida pelo Grupo dos 10 como um museu a céu aberto para levar às pessoas o trabalho dos artistas, entre eles Adilson, Bob, Celeste, Cristiane, Cristina, Daniel, Janaína, Leandro, Margareth, Martins, Mauro, Nathália, Roberto Correia, Ventura e Yure. A ideia de expor ali surgiu em 2016, durante uma reunião. “Resolvemos montar um grupo para fazer um projeto de praça a céu aberto e criamos o Praça Viva, um projeto que já existiu, mas acabou em 1998. Nós pegamos esse projeto e colocamos em atividade, para que fosse aprovado pela Prefeitura, e hoje temos autorização para utilizar a praça Santa Terezinha”, explica Roberto. Para rememorar a história daquele Grupo dos 8 e promover a história do grupo atual, um blog será lançado pe-

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los artistas, e por ali serão demonstradas algumas das obras. Reunir artistas para algo grandioso assim parece complicado, mas não tanto quanto foi conseguir autorização para uso da praça. “A gente espera que esse espaço que foi cedido se eternize, porque é o melhor espaço, onde tem maior movimento de pessoas, é um espaço histórico de Taubaté. Esperamos contar com a presença dos taubateanos nas exposições.” Para o artista plástico Mauro, a abertura da praça criou oportunidade para aqueles que não tinham onde apresentar seus trabalhos. “Geralmente o artista plástico e o escultor expõem em uma galeria ou em um museu, ou espera meses de trabalho para fazer uma exposição única.” “Aqui não: a cada 20 dias, trazemos coisas novas, aquilo que achamos que vale a pena; às vezes, traçamos um tema e pintamos, a gente brinca com isso. A cada 20 dias tem essa reunião artística, cultural, com cafezinho para a gente tomar, e o bate-papo vai durante esse período todo falando de arte, trocando ideia, experiências. É fantástico”, contou Mauro.

ENSINAMOS, mas aprendemos


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O amor pelos animais se tornou uma ocupação para um grupo de defensores da causa. A ONG (Organização Não Governamental) Associação Vida Taubaté Defesa dos Animais foi fundada em janeiro de 2011 e trabalha em prol do bem-estar de cães e gatos, até mesmo coelhos que já chegaram por ali. Esse trabalho é feito por meio de doações de alimentos, adoções e denúncias de maus tratos – não somente de Taubaté, mas também de cidades vizinhas, tais como Tremembé e Caçapava. Para o presidente da Associação Vida Taubaté, Afonso Neto, o animal é uma vida, e uma vida precisa ser respeitada e amada. A ONG não recebe doações de órgãos públicos; todas as doações são feitas pelos voluntários e pela população. Ao todo, 12 pessoas trabalham na Associação em prol de qualidade de vida para os animais. “Enquanto eu for presidente, é proibido na Associação Vida aceitar valores em dinheiro. Se a pessoa qui- ser doar é ração, remédio, objeto que precisamos. Então, tiramos do bolso para ajudar, é assim que funciona”, explica Afonso. Desde o início do projeto já foram doados quase 12 mil animais. As doações e castrações são feitas todo sábado e domingo na praça Santa Terezinha, local que foi cedido pela Prefeitura. Para as pessoas que quiserem doar animais para a ONG, a orientação é de que os bichinhos estejam s a u dáveis, higienizados, vermifu-

A luta pelo bemestar animal gados e castrados. Para Afonso, a grande motivação para ajudar os animais é gostar realmente do que faz. Ele pede que a população de Taubaté ame mais os animais, castrando-os, não os abandonando na rua e, principalmente, denunciando casos de maus tratos. “Acho que a população tem que ter responsabilidade também em castrar seus animais. O que fazemos aqui é um trabalho social, gratuito, não tem custo

algum, nem ração pedimos, simplesmente ajudamos”, diz. Parcerias com veterinários garantem um custo menor para o tratamento e castração dos animais. Quando questionado sobre o que o motiva a ajudar, Afonso é enfático: “O gostar. Não precisava estar aqui todo sábado e domingo há sete anos, não ganho nada, sou voluntário. Não sou perfeito, mas eu procuro ajudar a todos.” Informações pelo telefone 3025-0144.

DESDE o início do projeto já foram doados quase 12 mil animais Boletim Legislativo nº 1128 • 4.dezembro.2017 • 7


Aproveite Taubaté Santuário Santa Terezinha Em estilo neogótico, a catedral foi o primeiro santuário dedicado à Santa Terezinha. Possui vitrais espanhóis, altar de mármore de 11 metros e relíquias da Santina. Foi inaugurado oficialmente em 1929, mas já realizava cerimônias desde 1924.

Sítio do Pica-Pau-Amarelo Originalmente casa do Visconde de Tremembé, avô de Monteiro Lobato, o local se tornou museu histórico e pedagógico com toda a obra literária do escritor e lar de seus personagens.

Parque Municipal Vale Do Itaim O Parque Municipal do Vale do Itaim foi inaugurado em 2004, possui área de 1,7 milhão de m² e é o mais extenso de Taubaté. Conta com um mirante, brinquedoteca e área para teatro infantil com os personagens do Sítio do Pica-Pau-Amarelo.

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Teatro Metrópole Inaugurado em 1921, o Teatro Metrópole possui capacidade para 565 pessoas e é o palco principal dos eventos artísticos do município. Em 1986, passou a integrar o patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade.

Museu Mazzaropi Foi criado em 1992 por João Roman Júnior como uma forma de homenagear o artista e cineasta Amácio Mazzaropi. O museu é aberto à visitação e contém acervo com mais de 20 mil itens entre fotos, filmes e documentos.

Alto do Cristo Redentor Inaugurada em 1956, a estátua do Cristo Redentor possui 23 metros de altura e está localizada no bairro Alto São Pedro. O local apresenta vista geral de Taubaté, parte do Vale do Paraíba e visão para a Serra da Mantiqueira e Garganta do Piracangaguá.

Sedes - Sistema Educacional de Desenvolvimento Social Maior complexo educacional da região, a instituição conta com escola, creche, auditório, quadras poliesportivas, piscina semiolímpica, quadras de tênis e uma ampla área verde com 130 mil m².

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A chance de fazer um fim de ano mais feliz O fim se ano se aproxima, época em que famílias se reúnem, as mesas ficam cheias de comida, e as crianças ganham presentes. É lindo ver o brilho no olhar de uma criança ao se deparar com aquilo que tanto pediu ao Papai Noel. Mas nem todas elas têm a mesma oportunidade. As famílias mais carentes fazem o possível, mas muitas vezes não podem realizar a alegria das crianças com um presente. Muitos orfanatos estão cheios de sonhos, mas não podem realizá-los. Pensando nessas situações, um grupo de amigas criou o projeto Natal Solidário, que há seis anos leva brinquedos e roupas a crianças e adultos menos favorecidos.

MOTIVAÇÃO, para elas, é ver a alegria e a gratidão no rosto das crianças e das famílias Fernanda de Melo Bussi e Tamara Cristina de Faria dizem que a ideia surgiu a partir da irmã de outra integrante, que entregava doces no dia das crianças. Em um ano em que não pôde entregá-los, decidiu transferir o evento para o Natal, e desde então o projeto seguiu. O programa tomou proporção tão grande que elas decidiram fazer bingos nos últimos dois

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anos. Os prêmios são de doações, e o evento é feito no meio do ano. Quem quiser doar roupas ou brinquedos basta entrar em contato por meio da página do projeto no Facebook, Natal Solidário Taubaté. Este ano, a entrega será feita dia 23 de dezembro. “Nos reunimos com alguns amigos, embrulhamos todos os presentes, separamos o que é de menina, menino, bebê, roupa de mulher, de homem e de criança, e depois a gente entrega”, explicam. “Nós decidimos na hora os lugares que vão receber as doações. Já doamos em vários bairros carentes de Taubaté, então, a gente escolhe um que ainda não fomos. Nos anos anteriores fomos ao Distrito Industrial do Una, Maracaibo e Santa Tereza. Um critério para escolha é um lugar onde a gente percebe que não recebe muitas doações.” A motivação, para elas, é ver a alegria e a gratidão no rosto das crianças e das famílias. Atos simples têm um valor enorme para elas e também para quem doa, porque incentiva a doar mais vezes. “Quando a gente entrega, todo mundo fica superanimado, superfeliz. É muito gostoso ver a reação deles. O pessoal vem, abraça e beija, os familiares das crianças também agradecem muito”, dizem as amigas.


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A transformação pelo esporte Mais do que ensinar futebol, a intenção é transformar a criança em cidadão do bem. Foi com essa filosofia que Luiz Fernando Siqueira fundou a Associação Projeca em 2012, projeto social no bairro Cataguá. O início foi tímido, com apenas 13 crianças, mas não por isso deixou de ser recompensador. “Olhando para as crianças que ficavam na rua até tarde, sem objetivo na vida, eu podia trazer essa reflexão para eles, ensinando o respeito ao próximo, a vontade de ajudar as pessoas. Depois vieram outros amigos e professores para ajudar nessa ideia, totalmente voluntários, sempre com o sentimento de ajudar o próximo”, conta Luiz Fernando. Assim, o Projeca foi crescendo e hoje atende 70 crianças do Cataguá. “Os jovens estavam se dispersando em relação à droga, ao álcool. Eu queria mudar a comunidade onde eu moro, trazendo para eles objetivos de uma comunidade, de ajudar o próximo, de ser parceiro”, completa o coordenador. Cleiton Aparecido de Assis Santos é professor de futebol e acredita que as crianças dão vida ao projeto. “Conforme fomos ficando conhecido nos bairros ao redor, a gente começou a ter uma procura muito grande, e o projeto foi ganhando corpo. A gente atende crianças que têm entre cinco e 17 anos e, no ano que vem, devemos estender até os 20 anos e participar de alguns torneios sub-20”, diz o professor. “Desde o início a gente pensou em oferecer um trabalho de qualidade para eles. Não é porque é um trabalho social que não tem que ter qualidade, metodologia, protocolo”, completa Cleiton. Neste tempo, não cresceu somente o número de crianças, mas também os resultados. “A gente conseguiu desenvolver várias questões de relacionamento, melhorar os estudos das crianças, o comportamento em casa, e dar a eles oportunidade de fazer uma viagem e conhecer o

Museu do Esporte em São Paulo”, explica Luiz Fernando. A transformação pelo esporte alcançou crianças dos bairros vizinhos, como o Baraceira e Marlene Miranda, que participam das atividades oferecidas pelo projeto – além de futebol, tem música e tênis de mesa. Os trabalhos sobrevivem com a ajuda de doação de colegas e de uma padaria, que oferece lanche para as crianças. Mais do que olhar para o passado e ver o que foi feito, Luiz Fernando olha adiante e vislumbra o que poderá vir. “Para o futuro, a gente quer ver essas crianças se tornarem adultos, que a gente possa dar continuidade nesse trabalho e que eles nunca percam a esperança de melhorar o local em que vivem.”

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JOVENS estavam se dispersando em relação à droga, ao álcool. Eu queria mudar a comunidade onde eu moro


Astronomia do Sítio para a cidade A história do projeto começa em 2013. Eu e o atual vice-diretor da escola, Rogério, sempre gostamos de astronomia e começamos a investir em alguns equipamentos para observação, como telescópio e binóculos, quando começamos a conversar sobre a hipótese de trazer isso para dentro da sala de aula, já que a astronomia é contemplada no currículo, mas de forma bem simples. Esse contato com telescópio é difícil de ter dentro da escola. Então, decidimos fazer um projeto experimental em 2013 com os 9º anos, trouxemos nossos equipamentos, fizemos uma pequena palestra para os alunos e saímos para uma atividade de observação. Os alunos gostaram pra caramba, o retorno foi muito positivo. Achamos que seria legal tentar sistematizar um projeto dentro da escola. Só que, para isso, precisamos ter os equipamentos, pois não dava para ficar trazendo os nossos, por conta do custo, e decidimos fazer uma campanha com a comunidade escolar para arrecadar fundos e comprar um telescópio. A campanha deu muito certo, e conseguimos comprar dois telescópios. Em 2014 começamos um projeto mais sistemático. Formamos um grupo de estudo, começamos a fazer os alunos a participarem de olimpíadas de astronomia, concursos, feiras, atividade de observação para a comunidade e palestras com astrônomos. O projeto nasceu com a intenção de trazer a astronomia, que é um ramo da ciência com um apelo muito forte, e deu muito certo. Os alunos ganharam muitos prêmios em quatro anos e meio de projeto, no total de 50 prêmios. Tive-

ram contato com astrônomos importantes e fazem atividades de observação. O envolvimento do aluno, que é voluntário, é bem legal. Nosso grupo de estudos acontece fora do período de aula, então só vem quem quer. A gente trabalha com alunos de 8º e 9º anos, mas seria legal trabalhar com outras turmas. Quando você tem esse envolvimento gratuito, tudo acaba tendo sucesso, um retorno maior, porque há um envolvimento genuíno, autêntico da parte de todos. O momento em que senti retorno de meu trabalho como educador foi nesse projeto, e sei que para esses alunos, mesmo os que não foram premiados, mas que tiveram contato com a astronomia, isso causou um impacto muito significativos na vida estudantil deles. A astronomia é uma ciência que tem

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um apelo popular forte, as pessoas têm interesse, mas é muito distante, falta oportunidade de oferecer para as pessoas essa oportunidade de olhar para um telescópio, que é uma experiência legal. Ver a lua por um telescópio é uma experiência incrível para qualquer um. Para o ano que vem, a ambição é que o projeto chegue a mais pessoas. Vamos ter um equipamento novo, que vai ser um planetário, e esperamos levar não somente para os alunos do Sítio 2, mas para todos os alunos da rede municipal e, quem sabe, oportunizar para as pessoas da cidade. Meu nome é Felipe dos Santos e sou professor da rede municipal de Taubaté. Sou responsável pelo projeto “Astronomia no Sítio”, realizado na Escola Sargento Everton Vendramel de Castro Chagas.


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HUMOR

Ser taubateano

Eu gosto muito de ser taubateano, muito, muito. A gente tem coisas muito loucas. A gente usa a via Dutra como se fosse uma rua qualquer, para ir para outro bairro. A gente é muito feliz. A gente gosta de viajar para Ubatuba, “Batubão”, para encontrar todo o pessoal que a gente tem na rua mesmo. A gente vai na praça Santa Terezinha, faz uma caminhadinha e em seguida come um lanchão. Além de pessoas ilustres que temos

em Taubaté, que deixa a gente feliz. Pô, a gente tem Renato Teixeira, Mazzaropi, Monteiro Lobato, Cid Moreira, Celly Campelo e tem ela também, a gracinha da TV brasileira, ela que passou pela Record, Band, Globo, claro que estou falando da grávida de Taubaté, né? Essa pessoa que enalteceu a nossa querida cidade, que virou ponto de referência. Te amo, Hebe Camargo! Você é demais também, levou Taubaté nos braços do Brasil. Ah, mas isso é muito

bom, né? Taubaté é uma cidade muito incrível. Sabiam que eu já fui no show da Shakira em Taubaté? As pessoas não sabem disso, mas é verdade, coisa que só taubateano tem. Taubaté é demais. Amo você, Taubaté! Me dá um abraço, Taubaté? Vamos? Vamos comer um hamburgão! Vamos na avenida Itália! Vamos comer um espetinho na segunda-feira, tem promoção. Vamos juntos? Então vem! Te amo, Taubaté!

Junior Guimarães é criador do personagem Tapa-Olho Experimental. Seu canal no Youtube tem mais de cinco mil inscritos.

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Obrigado parte histó Boletim Legislativo nº 1128 • 4.dezembro.2017 • 14


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por fazer desta ória Órgão oficial da Câmara Municipal de Taubaté Av. Prof. Walter Thaumaturgo, 208 Centro - CEP 12030-040 Tel. (12) 3625-9500 Fax: (12) 3625-9527 www.camarataubate.sp.gov.br camarataubate@camarataubate.sp.gov.br Facebook /camarataubate Twitter @camarataubate Youtube /tvctaubate Editado sob responsabilidade da Mesa Tiragem limitada

VEREADORES DA 17ª LEGISLATURA (1º.1.2017 a 31.12.2020)

Diretoria de Comunicação Assessoria de Imprensa cmt.imprensa@gmail.com (12) 3625-9518 Repórteres: Fernanda Ribeiro e Lincoln Santiago Estagiários: Aryadne Santana, Dominique Mello, Flávia do Carmo, Flávia Oliveira, Marcelo Ramos e Renan Tomy Fotos desta edição: montagem sobre Freepik/ Imprensa CMT/ Reprodução

Mesa 2017-2018 Presidente: Diego Fonseca Nascimento (PSDB) 1º Vice-presidente: José Adalcio Nunes Coelho (PRB) 2º Vice-presidente: Maria Gorete Santos de Toledo (DEM) 1º Secretário: Douglas Alberto Santos (PCdoB) 2º Secretário: João Henrique de Moraes Ramos (PV) Alexandre Villela Silva (PTB), Augusto César Nogueira Cortez Pereira (PR), Boanerge dos Santos (PTB), Jessé da Silva (SD), João Marcos Pereira Vidal (PSB), José Antonio de Angelis (PSDB), Loreny Mayara Caetano Roberto (PPS), Luiz Henrique Couto de Abreu (PDT), Maria das Graças Gonçalves Oliveira (PSD), Noilton Silvestre Ramos (PPS), Orestes Francisco Vanone Filho (PV), Rodrigo Luis Silva (PSDB), Rodson Lima Silva Junior (PV), Viviane Marcele de Aquino (PSC)

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