30 MARÇO | ABRIL 2019
O basquetebol dribla forte no Scalipus Clube de Setúbal. O tempo é de fulgor, de sucessos que começam na formação. Um sprint desportivo de mais de quatro décadas, feito de altos e baixos, sempre com empenho no treino
Laranja mecânica dia, ou melhor, noite de treino do Scalipus É Clube de Setúbal. É o primeiro da semana para os sub-18 e, por isso, há entusiasmo redobrado no Pavilhão das Manteigadas. Enquanto se bate umas bolas, trocam-se dois dedos de conversa. Por breves minutos, porque o apronto está para começar.
Já passa das nove e meia e não há tempo a perder. É preciso montar as tabelas, tarefa garantida pelo treinador e presidente do clube, Joaquim Cambolas, com os técnicos Nuno Santos e António Raminhos. Os jogadores também participam. Faz parte do ritual de aquecimento. Em campo estão já perto de duas dezenas de atletas, incluindo alguns seniores. Ao apito de Joaquim Cambolas, o som errático que ecoa no pavilhão cessa. “Bóraaaa!” Num ápice, jogadores formam ao centro para conhecer o programa de duas horas. No primeiro exercício há dribles, passes e lançamentos. Atento, o técnico observa a partir da linha de meio campo. “Passa e corre, passa e corre!” É a primeira advertência para os atletas sub-18, que, em janeiro, se sagraram campeões distritais e seguiram para o nacional. Já passa das dez quando chega um reforço. “Atão pá, isto é que são horas?” A reprimenda a Aaron é em tom de brincadeira. Entretanto, há novos aspetos técnico-táticos do jogo a trabalhar. “Drible rápido, mudança de direção e sprint, entrar lá dentro e lançamento. Boraaaa!”