PI
LO TIS Nº 1 | JUNHO 2014
Cinema
Brasília serve de cenário para produção cinematográfica
Ilustração: Camila Castro
Literatura
O retrato da capital por Nicolas Behr e João Almino
Música
Circula: projeto de apoio ao rock e à musica independente
Carta do Editor A Revista Pilotis dá voz às manifestações culturais brasilienses que precisam de espaço - para se consolidar. Para além das agendas culturais, coberturas de eventos ou colunas sociais. Estilos bem presentes e já desgastadas na mídia tradicional. Nosso objetivo é focar na pluralidade cultural que as diferentes regiões da capital apresentam.
E divulgar quem está por tras de cada iniciativa, mesmo que pequena para incentivar aqueles desejos de não apenas conhecer, mas estáde fato envolvidos em produções culturais. Explorar todas as artes de forma igual, sem predominância de alguma com outra. E, finalmente abolir com a expressão “Brasília não tem nada para fazer.”
Expediente
Victoria Oh, 19. Cursa jornalismo, mas queria ser cineasta. Escreve alguns roteiros, mas queria viver de música. Acham-na indecisa. Ela pensa estarem certos.
Isis Aisha, 19. Piauiense, escreve sobre Brasília porque com 4 anos a cidade à acolheu. Está a sempre a procura de si mesma, e não pretende parar nunca.
Camila Castro, 20. Sempre sonhou em realizar algo grande, mas acredita que só vai atingi-lo por meio de pequenos atos. O seu primeiro foi optar por cursar jornalismo.
Lucas Ponte, 19. Ama jornalismo, adora jornalismo, é jornalismo. Gosta de conhecer pessoas e viajar. Seu signo não mente sobre sua personalidade, gêmeos.
PILOTIS
03
Ín di ce
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Exposições
Quando a arte não é para adultos
10 Literatura
Brasília segundo seus escritores
18 Fotografia
A visão do piloto André Luis
14 Música
Projeto distrital de apoio ao rock
08 Cinema
Filme gravado na asa norte
13 Teatro
Espetáculos além dos auditórios
E mais
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Surfistas da capital
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Agenda cultural
Quando a arte
não é para adultos
Por Victoria Oh Por Victoria Oh
O quão é importante a arte na vida das pessoas? E na das crianças? Alguns acham que a arte não passa de uma distração para elas. Já outros, a veem como um instrumento que pode ser usado para exercitar a criatividade e, também, por que não, trazer um pouco mais de diversão aos pequeninos. Dessa forma, no dia 24 de maio, foi aberta a exposição: “A Experiência da Arte
06 06
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– Série arte para crianças” no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Os artistas Eduardo Coimbra, Paula Trope, Vik Muniz, Ernesto Neto, Cildo Meireles, Waltércio Caldas e Wlademir Dias-Pino se uniram para montar peças única e totalmente voltadas para as crianças. Obras essas que vão muito além de carroséis, balanços ou carrinhos de bate-bate. Você já pensou em andar
na parte de dentro de uma cobra? Ou, como em um labirinto, passar por curvas, já não sabendo mais onde está o começo ou o fim? Você sabe como funciona uma máquina fotográfica? Quantas vezes você já teve a oportunidade de “entrar” em uma? Ernesto Neto e Paula Trope pensaram nisso ao montarem suas partes na exposição e, também, com vários “cubos”, Eduardo Coim-
bra possibilita que crianças possam entrar, subir, se deitar e se jogar em sua peça que, apesar de grande, apresenta diversos espaços vazios. “Para nós, o Eduardo empilhou muitos vazios para o olho morar.”, diz o totem, em frente à obra. Qual das casas seu olho vai escolher para brincar? De forma interessante e sagaz, cada um dos artistas montou uma composição diferente para fazer parte da exposição. A ideia é que todas sejam interativas, podendo o público ter um contato maior e mais próximo com as peças. Mas, e para aqueles que não têm filhos ou que, há muito, deixaram de ter idade para serem considerados crianças? Valeria a pena ir? A resposta é simples, rápida e monossilábica: sim. Como afirma o curador
A obra de Ernesto Neto pode ser percorrida por crianças e adultos
Evandro Salles: “uma exposição de arte é um lugar para ver e experimentar objetos totalmente diferentes daqueles do mundo cotidiano. ” A exposição, que não fica apenas em uma ou duas salas do Centro Cultural, mas sim espalhada pelas suas instalações, nos convida a nos aventurarmos em uma caça ao tesouro, independente de sermos jovens
ou adultos. Ela nos desafia a seguirmo o exemplo dos pequeno e, como eles, esquecermos um pouco da complexidade que pode envolver uma peça, uma exposição, uma vida. Nos convida, assim, a simplesmente nos divertirmos com qualquer coisa que se encontre à nossa frente. Seja ela uma câmera, uma cobra, ou um cubo vazio.”
Casulo
Fora do lugar
Em quatro peças projetadas, o artista cria uma atmosfera lúdica, viva, em que a graça está em fazer arte na arte. Obras para tocar, pular, rodar, escalar, viajar . Perder a noção do tempo, e se divertir .
Rodrigo Paglieri traz obras poéticas inerentes aos espaços urbanos e à experimentação com novas tecnologias. Nos objetos, a investigação incide sobre temas ligados à cultura do cotidiano.
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por Camila Castro
Até que a casa caia Filme rodado na asa norte mostra que a produção cultural brasiliense ganha espaço cada vez mais significativo Por Camila Castro
Em 2015, os brasilienses poderão ver a sua cidade nas telas de cinema de todo o país através do filme “Até que a casa caia”, que foi escrito, produzido e filmado na capital. O filme conta a história de Ciça e Rodrigo, casal que continua a morar junto mesmo após a sua separação - situação que incomoda bastante o filho adolescente Mateus mas que somente se torna de fato um problema com a chegada de Leila, nova namorada de Rodrigo.
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PILOTIS
Na direção do filme está Mauro Giuntini, que também dirigiu três premiados curtas-metragens, “O Perfumado”, “O Jardineiro do Tempo” e “Por longos dias”, além do longa-metragem “Simples Mortais”. “Até que a casa caia” começou a ser escrito por Lu Teixeira em 2007. O roteiro, que fala de conflitos familiares e a dificuldade que se tem para sair do comodismo, envolve um “tema universal, mas que reflete uma identidade de Brasília”, segundo o diretor.
Sobre a influência da capital no decorrer das filmagens, Giuntini comenta que no filme não se fala explicitamente de Brasília, mas que houve um envolvimento com o momento pelo qual a cidade passava. Para exemplificar um dos modos como ocorreu essa influência, Giuntini relacionou a tendência de supervalorização dos riscos do novo numa questão pequena, como é o caso da família representada no filme, com um âmbito maior, como as manifestações que ocorriam em Brasília du-
rante a Copa das Confederações - época que coincidiu com a produção do filme e foi marcada por uma onda de protestos que levaram milhares de brasileiros contrários aos gastos com a Copa às ruas do país. O diretor comenta também sobre o notável aumento que se observa na produção cinematográfica brasileira após entrar em vigor a lei 12.485/2011, mais conhecida como “Lei da TV Paga”.
A Lei implementa cotas de conteúdo audiovisual nacional nos canais por assinatura, totalizando em 3 horas e 30 minutos semanais, com a exigência de se ter, no mínimo, metade produzido por produtoras independentes. Outro ponto abordado pela Lei é a obrigação de veiculação de 1 canal brasileiro de espaço qualificado a cada 3 canais nos pacotes de TV por assinatura. Tais questões
acabam por resultar numa maior demanda para as produtoras brasileiras, valorizando a pluralidade e a riqueza das culturas nacionais ao dar espaço para que todas sejam retratadas nos cinemas. No entanto, Mauro Giuntini reafirma sua posição sobre a importância das culturas locais ao enfatizar que “é necessário não só uma produção nacional, mas regional também”.
Carreira que se inicia na telona Estudante de artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB), Emanuel Vinícius de Lavor estreia em seu primeiro longa-metragem no papel de Mateus. Com apenas 18 anos, já participou de diversas peças teatrais e curtas experimentais, mas sua paixão verdadeira é o cinema. “Eu me relaciono de uma maneira muito utópica com os filmes. Acho que a minha grande ambição de vida sempre foi essa: trabalhar com cinema”, conta o ator. Emanuel conheceu Mauro Giuntini em uma oficina de atuação ministrada pelo diretor. À princípio não sabia da existência do filme, e quando
soube passou a ver na oficina uma grande chance. “Era como se eu sentisse que aquilo era uma oportunidade para mim”, diz o ator que, cinco meses após o término da oficina, participou da seleção e conseguiu o papel. Ao falar sobre sua experiência no set contracenando com renomados atores, como Virgínia Cavendish ( que participou do elenco de O Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro), Emanuel conta: “o dia da leitura do roteiro, que foi quando eu finalmente entrei em contato físico com os atores, foi um dia em que
Emanuel (à direita) junto aos protagonistas do filme
fiquei muito nervoso. Mas, chegando lá, eles foram extremamente receptivos”. Com otimismo, Emanuel brinca ao dizer que espera que esse tenha sido apenas o seu primeiro filme de muitos. “Eu realmente reconheço o quanto tive sorte de trabalhar nesse filme. Estar num set profissional e ver como as coisas funcionam foi muito especial para mim”.
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Recons t ruíram
Brasília
na literat ura
por Camila Castro
Os escritores Nicolas Behr e João Almino retratam a capital fugindo de estereótipos e ressaltando as suas qualidades
B
rasília, apesar de ser a capital do país, ocupa um espaço de pequeno reconhecimento na literatura nacional. Isso acontece devido à dificuldade de escrever sobre a cidade, já que a realidade brasiliense envolve uma dualidade: enquanto seu projeto de construção era carregado de idealizações, na prática o que se observa é uma cidade com problemas tipicamente urbanos. No entanto, como a literatura transforma, através da forma como o escritor vê e ouve a realidade social, o já existente, autores como Nicolas Behr e João Almino
conseguiram ressignificar a capital do país em seus escritos, dando lugar a uma produção literária que valoriza suas qualidades. João Almino, apesar de ter nascido no Rio Grande do Norte, passou um período morando em Brasília e acabou se inspirando para escrever o chamado “Quinteto de Brasília” - cinco livros que se situam na capital do país. Em todos eles, nota-se claramente, no começo das narrativas, a visão idealizada que os personagens têm da construção da cidade. Almino ressalta a ideia de que a utopia presente no projeto da capital acabou impregnada em sua construção, e por isso a cidade sempre continuará sendo um reflexo dos vários sonhos depositados nela. Em seu artigo O Mito de Brasília e a Literatura, o escritor afirma que “mitos não se destroem facilmente; sobrevivem à própria realidade material”. Já Nicolas Behr, nascido em Cuiabá, mudou-se para a capital do país aos 10 anos de idade e é hoje um dos principais nomes da literatura brasiliense. É possível notar através de seus poe-
mas o quanto a capital do país teve importância no seu crescimento. A juventude de Behr, marcada por rebeldia, constituiu uma fase de escrita altamente crítica à cidade, principalmente em relação à sua relação com o poder e à maneira como os candangos foram marginalizados após sua construção.
“Não tenha você dúvida de que a Brasília pertence ao futuro da humanidade” Trecho do livro “Ideias para onde passar o fim do mundo”, de João Almino.
No entanto, diferente de Almino, a forma que Nicolas Behr encontrou para enfatizar os pontos positivos da cidade foi assumindo seus erros e criando a chamada Braxília, que é justamente a dissociação de Brasília e seus problemas e estereótipos - como, por
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exemplo, a referência à “cidade-poder” (devido ao fato da política do país se concentrar na capital). Behr diz, em seu site, que Braxília seria “uma cidade solidária, humana, inquieta, rebelde, insubmissa! E essa cidade – Braxília já existe sim. Existe, garanto. Entre um escândalo e outro, é em Braxília que nos refugiamos, é lá que respiramos. É onde a vida real acontece”. O poeta passa então a brincar bastante com a paisagem da cidade em seus escritos. O cerrado e o formato das quadras residenciais são explorados continuamente em seus poemas.
“nem tudo que é torto é errado veja as pernas do garrincha e as árvores do cerrado” Poema de Nicolas Behr, que compõe o livro “Poesília: poesia pau-brasília”.
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O poeta de Braxília Em entrevista, Nicolas Behr enfatiza os diferenciais que a capital possui e comenta sobre o desafio que é falar sobre uma cidade tão nova. Nós: Poetas geralmente têm um olhar mais sensível à realidade, registrando em seus poemas questões que muitas vezes passam despercebidas ao olhar “comum”. No seu caso, que escreve sobre Brasília, quais seriam essas peculiaridades que a diferencia das demais cidades do país? Behr: Brasília é uma cidade única, então seria interessante que a poesia escrita sobre a cidade fosse também única, o que não é fácil. Brasília das linhas simples e os poemas solares, retos, mas com poesia. A cidade é pra mim uma folha em branco pois pouco se escreveu sobre a capital. Portanto, tenho um mundo diante de mim, uma cidade sem tradição poética, literariamente virgem. Nós: Tendo participado da Geração Mimeógrafo, movimento cultural da década de 70, como enxerga a produto cultural brasiliense hoje em dia? Behr: Brasília é um caldeirão cultural, a grande mistura brasileira. A cena cultural é rica, diversa, pois Brasília é uma cidade provocadora, que gera conflitos. E quanto mais conflitos melhor, pois a obra de arte muitas vezes é uma tentativa de resolver tais conflitos. Nós: Baseando-se em sua experiência, qual seria uma motivação em Brasília para que os jovens da cidade que sentem o desejo de dar voz à cultura brasiliense não desistam desse objetivo? Behr: Um boa motivação é dar vazão à sua voz interior. A expressão artística como uma necessidade psíquica vital. Uns vão, outros vem. E o tempo não para. Tem sempre gente nova chegando, com novas propostas, novas ideias.
Imaginação sem Fronteiras O projeto “Teatro nos Parques” traz para a Brasília um evento que vai além das suas apresentações. As apresentações começam dia 24 de Maio e vão até 01º de Junho Por Lucas Ponte Por Lucas Ponte
O conceito iniciado em 2009 consiste em expandir a ideia de teatro além das fronteiras dos palcos e dos auditórios, e assim buscar aproximação dos públicos. “Ao escolhermos os parques como palco, conseguimos ocupar o espaço de uma maneira cultural e saudável, e fazendo com que a população usufrua de maneiras múltiplas.” Como informa no site do projeto. Em Brasília, dentre os espetáculos tem a construção do condomínio Garden Golden Tower Boulevard Shopping Business & Residence com os palhaços Mané e Zacarias; e um romance e humor ambientado no sertão nordestino com o Vaqueiro Benedito.
Esse ano, o projeto será apresentado por três companhias de Brasília: “Buriti Teatro da Dança”, o Grupo “Mamulengo Presepada”e o Grupo “Circênicos” e uma de São Paulo: o Grupo “La Cascata Cia Cômica”. O representante e idealizador do projeto Edson Caeiro conta “Na edição de 2011, após um espetáculo um senhor veio e me disse ‘muito bom ter [espetáculos] aqui no parque porque a gente não pode ir ao teatro e pagar os ingressos. Tendo aqui no parque a gente assiste e aprende coisas”. O projeto, esse ano, atingirá seis capitais, e quer ir além ao expandir o significado de parque para também uma opção cultural.
Ás 11h, e às 16h. Dia 24 no Parque Olhos d’Água, na Asa Norte; Dia 25 no Parque dos Jequitibás, em Sobradinho; Dia 31 no parque Saburo Onoyama, em Taguatinga, e no Parque da Cidade, estaciona10; e dia 01º no Parque Águas Claras.
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Circula Incubadora
Projeto distrital de apoio ao rock e música independente
Por Isis Aisha
No meio do cerrado, nasce o que seria a capital do país. Nesse quadrilátero a imagem de Brasília como capital do Rock se fortaleceu. Jovens que vieram de todo Brasil quiseram movimentar a cidade, utilizar dos espaços e principalmente, circular a produção musical que acontecia na cidade.
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A partir dos anos 80 nasceram bandas aqui que se projetaram para o Brasil e até para o mundo. Raimundos, Capital Inicial e Legião Urbana são bandas que estão entre esses nomes. Mas para ganhar projeção nacional, essas mesmas bandas tiveram que sair da capital. Alguns espaços foram sendo esvaziados e entramos em um
cenário onde se necessita de incentivo. Para que esse cenário mude e fomente essa carência nasce o projeto CIRCULA incubadora, um movimento distrital de incentivo ao Rock e a Música Independente. O movimento RUAS, rede de ajuda a favelas, com parceria com o Movimento Brasília Capital do Rock fizeram um convênio
com a Secretária de Cultura do Distrito Federal (convênio nº 15/2013) e assim nasceu o projeto que deve agir durante 1 ano e pretende, depois, se tornar uma agência, apesar de já funciona como uma. Não existe um projeto como este no Brasil, se estabelecendo assim como uma iniciativa inédita. O Circula é coordenado pelos produtores culturais Fabio Pedroza (baixista da banda Móveis Coloniais de Acaju), Fabrício Ofuji (produtor Móveis Coloniais de Acaju) e André Noblat (jornalista e vocalista da banda Trampa). Esse convênio com a secretária gerou para o pro-
jeto uma verba de aproximadamente 700 mil reais para incentivar o Rock e a Música Independente. A equipe é composta por cerca de 25 membros e é dividida em 4 áreas: Comunicação, Agenciamento,
“Não existe um projeto como este no Brasil, uma iniciativa inédita.” Pesquisa e Produção. Pretendendo movimentar e profissionalizar os envolvidos com cultura, alcançando visibilidade local, nacional ou internacional. Os serviços são exercidos de acordo com a de-
Ilustração: Gabriel Rocha
manda das bandas nas áreas de consultoria de comunicação e marketing, consultoria e manutenção de sites e redes sociais, promoção e publicidade e o serviço de assessoria de imprensa que é feita por meio da equipe Cirananda do RJ que foi contratada pelo projeto. Porém, não são todos os artistas e bandas do DF que são contemplados com esses serviços. Houve um edital, e por meio de uma
Confira aqui as bandas selecionadas
Alf
Beto Mejía
Ciclone
na muringa
Arandu Arakuaa
Ataque Beliz
Bruto
CadiBode
Calvet
Cores raras
Darshan
Deltafoxx
Aloizio
Besouro do rabo branco
Cassino
Supernova
Dillo
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Dona Cislena
Egoraptors
Etno
e os Vetores
HortaProject
Kelton
Lost in Hate
Macunas
Os
Molécula
Parafernália
Largo
Maltrapilhos
Regicídio
Sexy Fi
Super
Stereo Surf
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Felipe K
El Patito Feo
Atômica
Na Lata
Passo
Pedro
Rios
Martins Trio
Voadores
Scalene
Sistema
Slow
Trampa
The Neves
Criolina
Bleeding
curadoria externa, que foi composta por profissionais do mercado cultural jornalistas e produtores. Estes selecionaram apenas 39 bandas. Os selecionados foram anunciados no dia 16 de maio, em uma festa de lançamento da iniciativa com as bandas Darshan, Scalene e The Neves. A festa aconteceu na quadra comercial da 307 norte o que irritou alguns dos moradores das quadras residenciais, gerando reclamações e até uma reportagem no Correio Brasiliense. Fábio Pedroza falou sobre a reclamação e pediu a revisão da Lei do Silêncio nº 4.092/2008 “A legislação dá fim a muitos eventos culturais e não garante efetivamente o silêncio aos moradores”. Ele também fala sobre a postura dos próprios Brasilienses que reclamam de outros eventos culturais “As pessoas deveriam ser mais compreensivas e entender que Brasília não é uma vila ou um espaço rural para associar ao silêncio que é cobrado por muitos moradores. A capital tem que ser ocupada não pelo barulho dos carros, mas pela cultura musical”.
Os surfistas da capital
Por: Isis Aisha
Por Isis Aisha
Em 1995, em uma cidade sem praia, um grupo de fissionados por surf se uniram para tentar diminuir a distância. Transporaram sua paixão para qualquer modalidade que utilize uma prancha. Esse grupo, que reúne cerca de 5 mil integrantes, e se chama ‘Movimento dos Sem Praia’. O movimento tem como lema: “Surf para todos, skate para sempre” e além dos dois esportes também se envolvem com o Kite surf, Wake board e o Wake surf – um dos mais curiosos esportes. No Wake Surf as ondas são produzidas por uma lancha que é desen-
volvida especialmente para esportes aquáticos e o praticando também pode realmente, surfar no lago artificial de Brasília. O movimento incentiva e viabiliza a prática desses esportes, e também produzem o Campeonato Brasileiro de Wake Surf, junto com a apoiadora do movimento a marca Mormaii. No dia 2 de novembro de 2013 teve o início do 10º campeonato. Ele ocorreu nas ondas do Lago em frente ao pontão e teve 80 inscritos. Desses, os 12 melhores passaram para as finais e disputaram uma viagem de 6 dias, com tudo
pago para Cancun e o troféu de campeão. O ganhador foi o jovem Matheus Herdy, de apenas 12 anos e que também bateu o recorde de maior somatório da história do evento. Mas como a saudade do mar continua grande, também são organizados eventos fora de Brasília como o Campeonato Mormaii Brasiliense que em 2013 ocorreu a sua 12º edição. O evento tradicionalmente ocorre na cidade de Goropa, porém, no ano passado o local escolhido foi a praia do Silveira e contou com 70 surfistas nos dias 26 e 27 de janeiro.
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André Luís Gonçalves, piloto do Metrô- DF
A Visão do Piloto André Luís Gonçalves dividiu com a Pilotis as fotos que tira todos os dias da cabine do Metrô
Por Victoria Oh
Quando passou no concurso do Metrô-DF, no ano de 2010, André Luís Gonçalves sentia a ascensão que chegava em sua vida. Já sendo estudante da UnB, na qual estudava Pedagogia, ele poderia dizer naquele momento, com orgulho, que se tornara um servidor público. “Eu achava que seria muito bom, por causa da independência financeira e também pelo fato de meus pais sempre me estimularem a trabalhar”, diz ele. André Luís não esperava, mas ao se tornar pilo-
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PILOTIS
to teria muito mais do que crescimento social e pessoal. Ele começou trabalhando à tarde/noite, de 17:00 a 23:15.
“ Quis
registrar o que eu estava vendo. O céu era muito lindo.
”
Porém, quando trocou seu turno para o primeiro da manhã, percebeu como seu trabalho poderia ser ainda mais prazeroso. Mesmo tendo que estar já às 5:20 da manhã na Estação Águas Claras, ele não
se abateu, na verdade, preferiu. “Apesar de ser muito cedo, eu gostei de ter mudado, porque não atrapalharia mais minha faculdade, o que antes acontecia com frequência”, afirma. O céu ainda está escuro quando André inicia seu trabalho. Dessa forma, ele é “obrigado” a ver o nascerdo-sol todos os dias, algo do qual o piloto não costuma reclamar. Na verdade, ele se aproveita disso de forma interessante. Como a cabine do trem fica na frente do resto dos vagões e possui uma gran-
de janela de vidro, André usa seu celular mesmo para captar a beleza do que vê. “Quis registrar o que eu estava vendo. O céu era muito lindo. Não foi possível captar a beleza do que eu estava contemplando, porém o registro é muito bom para mostrar para outras pessoas que não podiam estar vendo aquilo, naquele momento e naquele lugar.” Ele costuma compartilhar suas fotos em seu perfil do faceboook, sempre que as tira. O piloto já coleciona uma dezena de imagens e, por que não, alguns fãs. “Quando posto as fotos, as pessoas gostam muitam. Curtem, comentam na rede social. E ao vivo, também, muitos vinham perguntar se a foto tinha efeito, ou se realmente era daquela forma. Além disso, perguntam quando que postarei novas fotos. “, compartilha. Houve uma época em que mudou de horário, passando a trabalhar de 12:00 às 18:00 da noite. Não ficou muito tempo. Preferia voltar para as madrugadas. Acabou conseguindo. Até os dias de hoje acorda às 4:20 da manhã. Ainda assim, diz: “é duro, mas não me arrependo.”
“Trilhos” Tirada na Estação Shopping, sentido Central
“Movimento” Tirada na Estação Shopping, sentido Ceilândia
“O Sinaleiro” Tirada na Estação Terminal Ceilândia
“Cores” Tirada entre Estação Feira e Shopping, sentido Central
“Óleo sobre a tela” Entre Estação Feira e Shopping
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Outras Info
Preço e Faixa
O que é
Agenda Cultural
Oficina de Canto
Alma de Cristais
O Rei Leão
Estação Brincadeira
Realizada pela Professora
Exposição itinerante
A cia Neia e Nando
Palhaço Amendoim e
Priscila Lima, formada na
leva 40 obras da artista
apresentam a descober-
Mamulengo Fuzuê se
Escola de Música de Bra-
plástica Claudia Bertolin,
ta de Simba da filosofia
apresentam em espaços
sília. São 20 vagas com
que trazem um panorama
da Hakuna Matata com
públicos e metrôs, le-
16h/aula, inscrições e
da produção desde 2007.
Timão e Pumba após
vando teatro ao cotidia-
apostilas distribuídas aos
Alma de cristais têm cura-
a morte do seu pai e a
no das pessoas, como
alunos gratuitamente.
doria de Bisser Hristov.
injustiça com a sua mãe.
arte livre.
Público alvo – Jovens e
Entrada franca. - Classifi-
Entrada Franca - Classi-
adolescentes
cação indicativa livre.
Classificação livre. R$ 20 (meia entrada)
Tema e Plano de Aula
Taguatinga Hotel Metro-
Ás 10h e ás 18h: em
– Canto Popular para
politan (SHN Quadra 2,
iniciantes
Bloco H) – De 04 á 31/07
Ingressos meia hora antes da sessão nas bilheterias do teatro.
Local e Horário
das 9h ás 17h.
20
De segunda a sexta-feira
SESI Taguatinga (QNF 24
(09 de Junho a 20 de
AE) – De 08/10 á 1712
Junho das 20h às 21:30h)
das 14h ás 20h.
– durante 02 semanas.
SESC Ceilândia,(Setor
No Salão Comunitário de
N QNN 27 Lt B) – 03 á
Sobradinho II.
30/09 das 09h ás 17h.
PILOTIS
De 03 á 08/06, nos sábados e domingos ás 17h. No Teatro da Escola Parque da 308 sul. Informações: 8199-2120.
ficação livre
Taguatinga dia 13/05 na Estação Praça do Relógio; na Estação Ceilândia Centro dia 20/05; e na Estação Central, Rodoviária, dia 09/06. Ás 10h e ás 16h: no Guará, Estação Feira dia 31/05.
“Eu vou tirar você des-
Até o fim de junho,
Dos escritos da poetisa
Serão homenageados
se lugar” nada biografi-
pegar metrô no DF vai
portuguesa Florbela
repertórios de Cartola,
ca, dá vida a prostituta,
ser uma experiência
Espanca, e com elenco:
Dorival Caymmi, Arlindo
a doméstica e o garoto
musical. Apresentará em
Fernando Bressan, Ge-
Cruz, João Nogueira,
sonhador provando que
20 edições, o panorama
nice Barego, Marizilda
Clara Nunes, Dona
estão vivos no imaginá-
da produção instrumen-
Dias Rosa, Yeda Gabriel
Ivone Lara, Noel Rosa e
rio brasileiro.
tal de Brasília.
e Marcelo Bopp.
Maria Rita.
R$ 10 e R$ 5 (meia).
Entrada franca - Classi-
R$ 20 (meia). Classifica-
R$ 8 (preço único). Clas-
Classificação 10 anos;
ficação livre.
ção de 14 anos.
sificação livre.
Mais informações
Em maio sempre ás
Mais informações:
Ive Lorena e a Ban-
pelo número:
18:30: dia 23/05,
(61) 4003-2330
da Cordel de Samba
(61) 3108-7600.
Protofonia na Estação
(61) 3577-5000.
apresentam uma das
Galeria; dia 26/05
Outras Info
Dia é do Samba
Preço e Faixa
Os Sonhadores
O que é
Canções de Odair José Metrô Instrumental
expressões mais autên-
Marambaia na Estação
De 02/05 á 08/06 no
ticas da música brasi-
junho – Centro Cultural
Praça do Relógio; dia
Teatro Eva Herz (Sho-
leira dia 08/05 ás 13h,
Banco do Brasil (SCES,
28/05, BrunoYakalos
pping Iguatemi, SHIN,
no Primeiro Cozinha de
Tc. 2, Cj. 22). Quinta a
na Estação Central; dia
CA 4, Lt. A, Lago Norte).
Bar (SIG Q 8, Lt 2385,
sábado, às 21h e Do-
30/05, Trilogia na Esta-
Sex e sáb, às 20h. Do-
Sudoeste). Informações:
mingo, às 20h.
ção Central
mingo, às 18h.
(61) 8561-1559.
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Local e Horário
De 08 de maio á 01º de
21
O
s anos passam e eu sempre vejo Arte crescendo aqui dentro de nós Manifestação divina ocorrendo
Através dos nossos braços e voz Não há sistema que nos acorrente Somos aqueles guerreiros do sol Juntos seguimos plantando as sementes Pra germinar um planeta melhor Trecho da música “Cultura Candanga”, da banda Pé de Cerrado