Boas alternativas Para algumas pessoas inverno é sinônimo de Campos, assim como verão é de praia, mas você vai ver que a região tem muito mais para oferecer. O Festival de Inverno está cada vez melhor, mas outras cidades do Circuito Mantiqueira e do litoral (por mais estranho que possa parecer para alguns) também “bombam” no inverno! Ilhabela trabalha todos os anos para conquistar mais turistas com festivais gastronômicos, Semana da Vela, festas religiosas, trilhas, passeios de jipe e praias tranqüilas. Picinguaba também é opção para quem quer economizar. Uma simpática vila de pescadores entre a mata e o oceano. Quem não é chegado em agito, pode provar a experiência de subir em um dos pontos mais altos do estado: o Pico dos Marins. Além de falarmos de férias e divertimento, nesta edição introduzimos uma sessão que apresenta iniciativas sócio-ambientais das empresas da região, divulgando as ações de retorno às comunidades onde se instalam. Este tipo de iniciativa, além de gerar uma maior empatia relacionada à imagem empresarial, contribui para melhorar o desempenho mercadológico das empresas que mantém algum tipo de iniciativa “politicamente correta”. Acreditamos que os bons exemplos devam ser seguidos. Para isso, precisam ser dados.
Picinguaba Preservação ambiental e turismo científico
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Natureza, Cultura e Sabor
A cultura e diversidade dos Festivais se estendendo por toda a região no inverno
Ilhabela
Eventos esportivos e gastronomia de nível internacional para quem optar pelo litoral neste inverno
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Marins-Itaguaré
O prazer de andar entre as nuvens num dos mais belos roteiros do montanhismo no Brasil
Entrevista Maestro Roberto Minczuk
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Esta inovação na revista foi idéia de uma leitora, o que muito nos agradou. É isso aí, opções para curtir o frio não faltam. Só não vale ficar em casa!
Conselho Editorial: Alessandra Jorge, Camilo Alvarez Netto, Celina Rodstein Rodrigues, Cláudia França, Edson Rodrigues, Marcílio Sousa Lima Edição: Marcílio de Sousa Lima Redação: Alessandra Jorge Revisão: Antônio N. Favarin Projeto Gráfico: Camilo Alvarez Netto – www.camilon.com.br Jornalista Responsável: Alessandra Jorge – MTB 48.711 Tradução: Marianne Romano Rodstein Marketing e Vendas: Celina Rodstein Rodrigues Tiragem: 6000 exemplares A Revista Vale Ver é uma publicação trimestral MKT.ROD Administração de Marketing Ltda. Atendimento ao leitor: (12) 8122-5161 / 8122-8999 contato@revistavalever.com.br
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Grandes parceiros para um grande projeto Poucas revistas na região têm tanto a dizer. Faça como outros empresários que acreditam no projeto de divulgar a sustentabilidade e as belezas do Vale do Paraíba. Junte-se a nós
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Picinguaba
Uma viagem ao Brasil dos índios, dos quilombolas e da Mata Atlântica preservada “Dia de luz, festa de sol e o barquinho a deslizar no macio azul do mar”. Quando Roberto Menescal escreveu “O Barquinho”, talvez não tenha pensado em Picinguaba, mas o enredo se encaixa perfeitamente ao núcleo pertencente ao Parque Estadual da Serra do Mar, em Ubatuba.
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Sua localização privilegiada, próxima ao Trópico de Capricórnio, faz com que a temperatura ali seja sempre agradável, por isso, curtir o lugar no inverno será uma boa opção para quem quer aproveitar a baixa temporada. Aqui também a natureza preservada guarda histórias dos índios, dos quilombolas e o charme da vida caiçara. Quando chegar a esse paraíso, localizado ao norte de Ubatuba, tire o pé do acelerador e não se esqueça de libertar os olhos
Picinguaba: a trip to the Brazil of the indians, runway slaves and the preserved Atlantic Rainforest. Pleasant weather, preserved nature and a lot of stories to tell, such is the Picinguaba Center, that belongs to the Serra do Mar , located at the North of São Paulo Seaside next to Ubatuba. There are many features that make this region one of a kind. There is possible to walk trough the trails inside the Forest and get to know the typical fauna and flora from the Atlantic vegetation as well bathing in the waterfalls and Rivers or in the sea and remaining wild beaches. The Picinguaba center is the only one belonging to the State Serra do Mar Park where several seaside ecosystems are protected such as beaches, Mangroves, Rocky coasts and Restinga Vegetation. Population: Here the preserved nature keeps alive the Indians and quilombolas heritages as well as the charm and old fisherman life style. According to data provided by the Forest Institute of São Paulo responsible for managing the Center, approximately 1.500 people leave spread among the Picinguaba and Cambury Fisherman villages. Among their inhabitants one can also find the descendants of indigenous people at the Boa Vista Village.
da alma para curtir a magia liberada pelos barquinhos à beira-mar e a exuberância da natureza, com as várias opções de fauna e flora, típicas da Mata Atlântica. Muitas são as características que fazem dessa região especial. Nela, é possível caminhar pelo interior da floresta e conhecer os ecossistemas, pelas inúmeras trilhas existentes, e ir banhar-se em cachoeiras e rios de águas cristalinas ou no mar, em praias ainda selvagens.
Um mergulho no dia-a-dia de quem faz ciência Aprender a observar e a interagir com a natureza, de forma harmoniosa, são alguns dos objetivos do projeto Turismo Científico, diz sua idealizadora Bete Canela, bióloga com pós-doutorado
lo, respeitá-lo e ser responsável por ele”, disse a bióloga Bete Canela. Segundo Bete, que desenvolve estudo sobre a interação entre flores e animais, especialmente beija-flores, em Mata Atlântica, a maior recompensa do trabalho é perceber a mudança de consciência das pessoas após percorrerem as trilhas junto aos pesquisadores.
A pesquisadora explica que a idéia central da iniciativa é dar a qualquer pessoa a oportunidade de acompanhar o trabalho de campo de um pesquisador profissional, unindo ciência, educação e lazer. Os passeios são organizados em grupos que “O homem é um animal que está na napercorrem trilhas dentro do Núcleo Picin- tureza e tem o direito de interagir com guaba, pertencente ao Parque Estadual ela, mas, as coisas têm que ser feitas em da Serra do Mar, em Ubatuba. harmonia. A consciência acontece a partir do momento em que a pessoa está em “Primeiro, a gente tenta fazer com que as contato com a natureza. Eu acho que os pessoas percebam que a ciência está per- pesquisadores têm a obrigação de trazer to delas. Ciência é todo conhecimento isso para perto da população.” que adquirimos a partir da observação e/ou experimentação. Nós vivemos em Mais Informações sobre o projeto, pelo e-mail um mundo em constante transformação betecanela@yahoo.com.br e somos parte deste meio. Por isso, é necessário perceber o ambiente, entendê-
VISITORS CENTER: The Center is open daily from 9:00 to 17:00. There, it is possible to book tours with accredited guides formed by the Forest Institute.For more information go to www.ubatuba. com.br/pesm
Arquivo Pessoal
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Picinguaba
The Center rescues and preserves traces from the Engenhos period in São Paulo’s coast
Prefeitura Municipal de Ubatuba
If today the battle for the preservation seems obvious, during the sugar cane and coffee big ranches period a good part of the Rainforest vegetation has been destroyed. Part of this history can be discovered at the Flour House, an old sugar and alcohol manufacture built in 1885 with materials such as Wood taken from the forest, rocks removed from the waterfalls and machineries imported from England. The manufacture worked until the end of the 19th century. After being abandoned for several years, the water Wheel has been recovered during the fifties to accommodate the Flour House. In 1986 the Place was fully restored by the Park. Nowadays, the place is the starting point for countless trails, some self guided and others that request the attendance of Professional authorized guides.
Scientific Tourism: exploring the day to day life of science makers According to the PHD Botanical Biologist Bete Canela, one of the founders of the Scientific Tourism Project, the main goal is to learn how to observe and interact with nature harmoniously. The core idea is to give to any person the chance to follow the work of a Professional researcher, gathering science, education and entertainment. The tours are made in groups crossing trails inside the Picinguaba Center, at the Serra do Mar State Park in Ubatuba. “First of all we try to make people realize that science is close to them. Science is every knowledge that we acquire from an observation and /or experimentation”, Said the biologist Bete Canela. According to the researcher who develops interaction studies between flours and animals, especially colibris at the Atlantic Rainforest, the Best reward is to notice the change in people’s awareness after doing the trails together with the researchers. More information about the Project through the email betecanela@yahoo.com.br 10
DIFERENCIAIS – O núcleo Picinguaba é o único ponto do Parque Estadual da Serra do Mar (gigante verde criado em 1977, com 315 mil hectares, que abrange 28 municípios paulistas, dividido em oito núcleos; e, destes, cinco pertencentes à nossa região), onde estão protegidos ecossistemas costeiros, tais como: praias, mangue, costões rochosos e mata de restinga. Sua singularidade também está na formação da sua floresta, que chega até os costões rochosos e se espalha pela planície litorânea em sete praias. Com uma abrangência de 47 mil hectares, o núcleo está totalmente inserido no município de Ubatuba e faz divisa com o Parque Nacional da Serra da Bocaina (80 mil hectares, com entrada a partir de São José do Barreiro, na região do Vale Histórico Paulista) e com a APA (Área de Proteção Ambiental) do Cairuçu, no Estado do Rio de Janeiro, com 30 mil hectares, formando um grande corredor para uma fauna e flora diversificadas, com várias espécies ameaçadas de extinção. Segundo dados do Instituto Florestal, responsável por sua
administração, moram em seu interior cerca de 1.500 pessoas espalhadas na Vila de Picinguaba, uma aldeia de pescadores na Praia do Cambury e um agrupamento de pequenos posseiros no sertão da Fazenda. Entre os seus habitantes, estão também remanescentes de quilombolas e indígenas na aldeia Boa Vista. Imagens inesquecíveis podem ser contempladas nos Mirantes da Vila de Picinguaba e na Praia da Almada. O primeiro, voltado para a Praia da Fazenda, revela a paisagem panorâmica formada pelo oceano, as montanhas ao fundo e o encontro das águas dos rios da Fazenda e Picinguaba com o mar. No segundo, é possível vislumbrar a belíssima Praia da Almada com suas águas claras e calmas e a Praia de Ubatumirim. CENTRO DE VISITANTES – As trilhas, passeios de bote e outras programações oferecidas, especialmente para grupos organizados, devem ser agendados no Centro de Visitantes ou por telefone/fax. O Centro é aberto diariamente das 9 às 17 horas e possui infra-estrutura com sanitários, sala
Festival Gastronômico do CamarÃo da Almada Lema: “A vida, a arte e a cultura caiçara” Quando: último final de semana de julho Onde: Praia da Almada, Núcleo Picinguaba, Norte de Ubatuba Como chegar: km 13 da Rodovia Rio-Santos (BR 101) Informações: www.almada.com.br
de exposições, biblioteca, mapoteca, videoteca e oficina recreativa, onde é possível obter informações gerais sobre o Parque e sobre atividades de educação ambiental.
as Unidades de Conservação no Estado, que levam os visitantes pelas diversas trilhas, cujo custo varia conforme a distância e a dificuldade.
O núcleo ubatubense possui monitores ambientais credenciados e capacitados junto ao Instituto Florestal de São Paulo, responsável pelo gerenciamento de todas
É possível chegar ao núcleo pela Vila Picinguaba, pelo Bairro do Cambury, pela Praia e Sertão da Fazenda, pelas Praias Bravas do Cambury e pela Praia da Almada.
Uma viagem na história dos tempos do Brasil dos engenhos Se hoje a batalha pela preservação é latente, imagine nos tempos em que a Mata Atlântica original fora substituída pelas imensas fazendas de cana-deaçúcar e café. Parte desta história pode ser vivenciada na Casa da Farinha, ponto de partida para inúmeras trilhas, que traz em sua memória o tempo em que foi construída, em 1885, com madeiras de lei fornecidas pela mata, pedras lisas de cachoeiras e maquinário importado da Inglaterra. A antiga usina de açúcar e álcool fun-
cionou até o final do século 19, até ser abandonada e voltar a funcionar apenas na década de 50, do século passado, quando se aproveitou da roda d´água para movimentar os aviamentos da Casa da Farinha, construída nesta época e recuperada em 1986 pelo Parque. O local é ponto inicial de trilhas, sendo um trecho autoguiado (até o primeiro poço) e outros que só devem ser percorridos com monitores do Parque.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (12) 3832-9011 e (12) 3832-1397.
COMO CHEGAR
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O acesso ao Centro de Visitantes é pela rodo via Rio-Santos (BR-101) e a sede administrativa R B fica no quilômetro 8. A entrada principal fica tos ( an na Praia da Fazenda, no quilômetro 11, a 40 o i R Ubatumirim km de Ubatuba e 30 de Paraty (RJ). É possível, Puruba também, chegar pela Rodovia Oswaldo Cruz Engenho ou Rodovia dos Tamoios Almada Prumirim até Ubatuba. Félix
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PRAIA DA FAZENDA
NÚCLEO PINCINGUABA
Itamambuca Perequé
Vermelha do Norte
Ubatuba
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Secretaria do Estado de São Paulo
Evento na Concha Acústica na Praça do Capivari em Campos do Jordão. Orchestra at Capivari Square in Campos do Jordão
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Cultura e Natureza
Festivais de Inverno esquentam a temporada na Serra da Mantiqueira
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This combination added to countless natural, historical and cultural wonders, contributes to the fact that every year, thousands of people delight themselves with the winter program offered in the cities of the Mantiqueira Mountain Range. WINTER FESTIVAL – In Campos do Jordão takes place the 39th Winter International Festival, the most important in all Latin America gathering 50 concerts inspired by the theme “Music and Literature”. The artistic direction is, by the fifth consecutive year from the conductor Roberto Minczuk who will have by his side big names from the world Scholar music. Around 1.5 million people are expected during the season from May to August.
A música aguça os sentidos, o frio induz à introspecção e proporciona a concentração ideal para apreciação e prática da boa música. A época também desperta nas pessoas a vontade de ficar mais perto e compartilhar as emoções. Essa combinação, somada a inúmeras belezas naturais, históricas e culturais, faz com que todos os anos milhares de pessoas deixem a capital paulista e tantas outras partes do Brasil e do Mundo para se deliciarem com a programação de inverno oferecida nas cidades da Serra da Mantiqueira. No lado paulista, Cunha promove o tradicional festival “Acordes na Serra” e São Bento do Sapucaí aposta em uma programação variada com enfoque na cultura regional. No distrito de São Francisco Xavier, os festejos acontecem em agosto com muita música e comida caipira. Logo ali, no lado mineiro, Monte Verde promove o evento “Artes Cerâmicas e Outras Artes”, no Atelier Unger’s Pottery House. FESTIVAL DE INVERNO – Em Campos do Jordão, a música clássica invade a cidade, com expectativa de atrair cerca de 1,5 milhão de pessoas na temporada (maio a agosto), segundo a Secretaria de Turismo. Metade de toda essa gente deve circular
Secretaria do Estado de São Paulo
The music sharpens senses, the cold leads to introspection and provides the ideal concentration to enjoy and make good music. The season also awakes in people the will to be and feel closer to others and share emotions.
Escultura na entrada do Auditório Cláudio Santoro em Campos do Jordão. Sculpture at the entrance of the Cláudio Santoro auditorium in Campos do Jordão
em julho, durante a 39ª edição do Festival Internacional de Inverno 2008, Dr. Luís Arrobas Martins, o mais importante de música clássica na América Latina. Grande parte dos 50 concertos está com preços populares e 24 serão gratuitos. O Festival acontece em seis espaços da cidade: Auditório Cláudio Santoro, Praça do Capivari, Capela do Palácio da Boa Vista, Igreja Santa Terezinha, Igreja São Benedito e, pela primeira vez, na Igreja Nossa Senhora da Saúde, no bairro do Jaguaribe.
Orquestra acadêmica no Auditório Cláudio Santoro em Campos do Jordão. Academic orchestra at the Cláudio Santoro auditorium in Campos do Jordão Secretaria do Estado de São Paulo
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Serra da Mantiqueira
PARCERIA - Uma combinação perfeita entre “Música e Literatura” é a base para os espetáculos inspirados nas obras de escritores de todos os tempos como: Shakespeare, Goethe, Voltaire, Cervantes, José de Alencar, Nietzsche, J.K. Rowling, Carlos Drummond de Andrade, Olavo Bilac, entre outros. A direção artística, pelo quinto ano consecutivo, está nas mãos do renomado maestro Roberto Minczuk, que terá em sua companhia nomes como o do maestro Kurt Masur, que mais uma vez irá lecionar para os 148 bolsistas e regê-los na Orquestra Acadêmica do Festival (leia entrevista exclusiva com Minczuk na página 41.
Secretaria do Estado de São Paulo
NOVIDADES – Se no inverno de Campos do Jordão só faltava nevar, agora não falta mais. Segundo a Secretaria de Turismo, estão previstos efeitos de neve no Portal da cidade. Além da neve, um espetáculo de luzes dançantes promete surpreender os visitantes. As luzes se movimentam conforme o ritmo musical, projetando imagens e interagindo com estruturas montadas no portal da cidade e no Morro do Elefante, no Capivari.
GASTRONOMIA – Um grupo de restaurantes da cidade também aderiu ao clima do Festival e lançou um desafio aos seus “chefs” de cozinha que, inspirados nas obras que serão homenageadas, criaram receitas inéditas de fondues. “O trabalho de pesquisa e de criatividade dos restaurantes é um desafio constante e já podemos medir os resultados desse trabalho com uma gastronomia jordanense que se tornou atrativo turístico e hoje tem uma identidade própria, que valoriza os produtos regionais”, disse Paulo César da Costa, presidente do Grupo.
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Serra da Mantiqueira
Diversidade dita a programação no Vale
OTHER CITIES –Bragança Paulista celebrates holidays with a movie festival, scholar music festival, exhibitions and cultural workshops. REGIONAL: São Bento do Sapucaí celebrates the faith in Nossa Senhora dos Remédios and its birthday on the 15th and 16th of August. The typical countryside guitar gives the tone at the Birthday party from the Guitar players Club in São Francisco Xavier that goes from the 11th of August to the 18th – Day of the District’s birthday. 18
Qual é a receita das cidades da região para SÃO BENTO - Já em São Bento do Sapucaí a não deixar ninguém em casa nesta tempo- festa é ambientada som da moda de viola. rada? Coloque em um caldeirão algumas Os festejos acontecem todos os sábados delícias da culinária regional como: bolinho e domingos de julho. Em agosto, no dia caipira, pamonha, fondues, doces e uma 15, em homenagem à Nossa Senhora dos infinidade de caldos e sopas. Remédios, inicia-se a festa, considerada uma das maiores da região e emenda com Adicione uma porção de estilos musicais: o aniversário da cidade no dia 16. caipira, moda de viola, blues, jazz, clássica, dança e teatro. Recheie com um bom papo Ainda em agosto, a banana, fruta típica da e está desvendado o segredo que atrai os cidade, é a base de deliciosos pratos no turistas. Festival Gastronômico e alimenta também a criatividade dos artistas, que fazem suas MÚSICA – Se “todo o artista tem de ir onde obras com a fibra e a palha da bananeira, o povo está”, a Osita (Orquestra Sinfônica expostas no espaço Arteben. Jovem de Taubaté) vai se apresentar dentro do projeto Sinfonia nos Bairros, no dia 30 de RESGATE – Em Bragança Paulista, o Festival julho, às 20 horas, no Bairro Gurilândia e, no de Inverno quer promover o resgate ideodia 27 de agosto, na Vila São Geraldo, em lógico dos valores e origens da população. Taubaté.No distrito de Quiririm, mais música Durante todo o mês de julho, haverá mosde qualidade nos finais de semana de julho tra de cinema e peças teatrais, concertos no Mercato. Entra em cena de 12 a 28 de ju- diários de música erudita e outros gêneros, lho durante a 6ª Mostra Municipal de Teatro, exposições de artes plásticas e de fotograno SESC Taubaté, com ingressos a R$ 1,99. fias, além de mais de dez oficinas culturais.
e Serra da Mantiqueira Prefeitura Municipal de São José dos Campos
In São José dos Campos, the Displaying São PauloParaíba Valley, Mantiqueira Mountain Range and North Cost, at the two first weeks of July shows the cities finest craftwork, cuisine and popular art. THEATRE – In Taubaté the 6th SESC Theatre festival takes place in Quiririm district during week-ends in July. The Young people Symphony
Espaço Arteben, onde artesãos expoem seus trabalhos em São Bento do Sapucaí Arteben house, where artisans expose their work in São Bento do Sapucaí
Orchestra also performs on the 30th of July at the Gurilânida Neighborhood and on the 27th of August at the São Geraldo Village.
TROPEIRISMO – As tradições e as histórias dos tempos dos tropeiros renderão uma boa prosa no dia 11 de agosto, durante a comemoração do 5º aniversário do Clube de Tropeiros e Violeiros de São Francisco Xavier. E a festa no distrito só acaba no dia 18, aniversário do Centro Cultural com a apresentação do Grupo Bate-Lata, mostra das oficinas, atividades folclóricas e oficinas abertas. REVELANDO - Em São José dos Campos, mais de 60 cidades mostram o que têm de melhor em artesanato, culinária e manifestações populares, na 7ª edição do Revelando São Paulo – Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte, em julho no Parque da Cidade. Camilo Alvarez Netto
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Cerâmica e Música
até quem tem muita experiência. “A ação do fogo, chamas, correntes de ar, forma de queimar, posição da peça no forno e a imprevisibilidade fazem com que nenhuma queima e peça seja igual a outra. Isso faz do processo um formidável instrumento artístico que caracteriza a cerâmica vitrificada em alta temperatura”, disse o ceramista Gilberto Jardineiro. ACORDES DA SERRA – Ainda em Cunha, acontece o Festival Acordes na Serra que combina muito bem diversos ritmos musicais como: jazz, blues e regional. Os “shows” acontecem na Praça da Matriz, onde são montadas barracas com comidas típicas e artesanato e festivais de fondues, sopas e caldos nas pousadas e restaurantes.
Secretaria de Turismo de Cunha
In Cunha, hundreds of people attend to the opening of the pottery ovens. In the city also happens the Mountain Range Chord Festival, including jazz, blues and others rhythms, as well as soups and fondues. In Monte Verde, South of Minas, the atelier Unger’s Pottery House presents in July every year its new collection at the “Pottery Art and other Arts” Exhibition. Secretaria de Turismo de Cunha
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Em Cunha, a temporada de inverno começa com a tradicional abertura do Forno Noborigama, técnica oriental de produção de cerâmica. A abertura acontece, em média, a cada dois meses, tempo necessário para modelar, preparar e queimar a cerâmica, surpreendendo
MONTE VERDE - Logo ali, no Sul de Minas, na cidade de Monte Verde, acontece durante o mês de julho a exposição “A Arte Cerâmica e Outras Artes nos Jardins de Monte Verde”, Em meio a apresentações de música clássica. O evento é realizado no atelier Unger’s Pottery House que, anualmente, faz a troca do seu acervo composto por mais de cem artistas de renome nacional e internacional.
Região oferece vários passeios junto à natureza
A região também guarda inúmeras opções de aventura como arvorismo, rappel, offroad, mountain-bike. Em Campos do Jordão, o Parque Estadual, o popular Horto Florestal, é uma opção de lazer que agrada toda a família. Na vizinha São Bento, encontra-se o conjunto rochoso formado pelas pedras Baú, Bauzinho e Ana Chata, Patrimônio Natural do Brasil como uma das paisagens mais impressionantes do país. No local, é possível chegar à base da Pedra do Baú pelas duas vias ferratas (trilhas com escadas de metal chumbadas na rocha com 370 degraus cada) ou escalar pelos 602 ganchos encravados na pedra. Em Cunha, há opções de passeios em cachoeiras, caminhadas em várias trilhas como a que leva até o Pico da Marcela, com 1.840 metros de altitude, e no trecho do Caminho do Ouro, que passa pela cidade. Em São Francisco Xavier, distrito de
São José dos Campos, há várias trilhas para caminhadas e mountain bike. Existem diversas cachoeiras situadas na mata, duas rampas de vôo livre e vários pontos com altitude apropriada para a prática de paraglider, além de rios e córregos próximos à Serra do Selado, adequados para a prática de esportes aquáticos como a canoagem com botes infláveis. É necessária a contratação de um guia.
Para saber mais da programação, acesse: Bragança Paulista www.culturaeturismobp.com/festivaldeinverno/ Campos do Jordão www.camposdojordao.sp.gov.br www.festivalcamposdojordao.org.br Cunha www.cunha.sp.gov.br e www.ateliesj.com.br Monte Verde www.camanducaia.mg.gov.br São Bento do Sapucaí www.saobentodosapucai.sp.gov.br São José dos Campos e São Francisco Xavier www.saofranciscoxavier.org.br, www.fccr.org.br, www.sjc.sp.gov.br Taubaté www.taubate.sp.gov.br e www.sescsp.org.br
Serra da Mantiqueira
Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo
Festival investe na formação de novos talentos Convivência com grandes nomes pode abrir portas para bolsistas.
Bolsistas em frente ao alojamento em Campos do Jordão. Students in front of the lodging at Campos do Jordão.
SCHOLARSHIP HOLDERS – The festival is also an opportunity and works as a “shop window” for the 148 scholarship holders that dream about a study opportunity at the big American and European schools. The violinist from Taubaté City, Rodrigo de Oliveira, 17 years old, participating for the third time at the festival is one of them. “Every musician dreams to participate of the festival to study and to establish contacts. It is hard, but going through this experience gave me the will to study even harder and to be part of exchange programs”.
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Aos 17 anos de idade, o violinista taubateano Rodrigo de Oliveira participa pela terceira vez como bolsista no 39º Festival de Inverno de Campos do Jordão. Com ele, estarão outros 147 músicos selecionados entre mais de 1.200 candidatos do Brasil e do exterior. Durante o Festival, eles passarão por cursos de prática de orquestra, música de câmara, canto lírico, técnica de gravação, regência e composição com grandes nomes da música erudita mundial. Aos melhores brasileiros serão concedidas três bolsas: o tradicional Prêmio Eleazar de Carvalho, uma para o Festival de Schloss Pommersfelden na Alemanha e outra para o Festival de Attergau na Áustria, estas em parceria com o Mozarteum Brasileiro. OPORTUNIDADE – A convivência com os profissionais pode também render um convite para estudar nas grandes escolas européias e americanas. Foi em sua estréia, no Festival em 2006, que Rodrigo de
Oliveira chamou à atenção da professora Elisa Fukuda, que o convidou para ter aulas particulares com ela. “Qualquer músico sonha em participar do Festival para estudar e fazer novos contatos. O Festival de Campos só tem concerto de alto nível. É bastante puxado. Mas, passar por ele me deu mais vontade de estudar música e de fazer intercâmbio”, disse Rodrigo que se apresenta em Campos também com a Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, no dia 13, às 15h30, na Praça do Capivari. EXEMPLO – O maestro Roberto Minczuk também foi bolsista e salienta a importância do evento para a sua formação. “(O Festival de Campos) foi fundamental para que eu começasse a ter os primeiros contatos com aquele que seria o meu futuro profissional, ou seja, ter aulas com professores consagrados, tocar sob a regência de grandes maestros, como Eleazar de Carvalho e, em pouco tempo, começar a tocar como profissional.”
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Camilo Alvarez Netto
Ilhabela
Pronta para receber turistas na baixa temporada
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Ilhabela
Semana da Vela espera atrair cerca de 80 mil visitantes The Sailing Week expects to welcome 80 thousand visitors The famous names from national and international sailing will be in Ilhabela for the biggest nautical event from Latin America. Around 1.600 sailors will compete for the title from the 35th Rolex Ilhabela Sailing Week ,that expects to attract an estimated audience of 80 thousand people at the Ilhabela Yacht Club. For the full program go to www.risw.com.br
Religious traditions survive trough time in Ilhabela On July is the turn of the fisherman Bonete´s village, located south from Ilhabela, to demonstrate their faith in Saint Verônica. Apart from being able to witness a genuine demonstration of their life style - which includes reminiscences of a language of their own – the visitor will be able to enjoy this beautiful party filled with scenes and characters.
Os maiores nomes do iatismo brasileiro e mundial participam do 35th Rolex Ilhabela Sailing Week - Semana Internacional da Vela de Ilhabela - o mais tradicional evento náutico da América Latina. Entre os destaques, está o velejador brasileiro Eduardo Souza Ramos, que compete na categoria principal ORC Internacional com o veleiro Phoenix/Mitsubishi Motors, que contará com reforços de peso em sua equipe: os velejadores olímpicos Rodrigo Duarte, Samuel Albrecht e André Fonseca, o Bochecha. Ainda na principal, o chileno Nicolás Ibáñez promete surpreender com o veleiro Almacenero, um moderno Botin & Carkeek 46. Pela primeira vez estarão na raia três veleiros deste moderno projeto: Almacenero, Touché Super - ex-Matador e vice-campeão em 2006 - e Asa Alumínio. PARTICIPANTES - Segundo a organização, são esperados cerca de 1.600 velejadores em 200 embarcações no Yacht Club
de Ilhabela, e em torno de 80 mil pessoas devem passar pela cidade durante as regatas. A competição, que faz parte do circuito dos mais importantes eventos de vela internacionais, como: Rolex Farr 40 World Championship e Rolex Swan Cup, reunirá veleiros do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, que disputarão, simultaneamente, o Campeonato Sul-Americano de ORC Internacional (veleiros com, no mínimo, 25 pés), ORC Club e IRC (ambos com, no mínimo, 21 pés). Os veleiros brasileiros vão tentar recuperar a hegemonia na competição, perdida nos últimos dois anos. Em 2006, a vitória foi do uruguaio Memo Memulini e no ano passado, o troféu ficou com o argentino Personal. Programação completa no site www.risw.com.br
Competidores logo após a largada na edição do evento em 2007. No detalhe: Eduardo Souza Ramos, iatista brasileiro. The fleet after the start of the Rolex Ilhabela Sailing Week. At the bottom, Eduardo Souza Ramos, brazilian Skipper
SAINT BENEDICT – Among all divinities, Saint Benedict is the most revered on the island and the one who manages to gather the biggest crowd. Its festivity takes place in May together with the Fisherman Cultural Week. The highlight of the event is the secular theater performance “Congada from Ilhabela” rehearsed in front of the main church.
Daniel Forster/Rolex
The presentation preserves a lot of its original features by showing the arguing between two groups while celebrating the Saint. During the rehearsal, actors of all ages speak sing and dance along the sound of Marimba and Atabaque (local instruments made of wood).
Daniel Forster/Rolex
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A fé dos Caiçaras
Um exemplo desta devoção pode ser vivenciado no mês de julho, durante a Festa de Santa Verônica, no bairro do Bonete, no extremo sul da Ilha. Os festejos começam uma semana antes com o início da novena e seguem um ritual marcado com personagens que têm funções distintas como a “juizada”, que são as mulheres responsáveis pela decoração da pequena igreja. O hasteamento do mastro da Santa também só pode ser feito pelo “capitão do mastro”, que o faz sob o espocar dos fogos de artifício, onde é servida a concertada, licor preparado como o quentão (só que frio) à base de pinga, açúcar, cravo, folhas de figo e laranja. Ao anoitecer, a fogueira é acesa pelo “capitão da fogueira”. Um dos momentos mais divertidos é o Leilão das Prendas, doadas pelos festeiros. Como cada um dá o que pode, são leiloados frangos, enchovas, eletrodomésticos, etc.
Camilo Alvarez Netto
COMUNIDADE – “O gostoso é conversar com os moradores. Houve um tempo em que eles fechavam a janela e se escondiam. Hoje, conversam. O ‘lance’ é que turista deve respeitar os hábitos do caiçara. Eventualmente, ele pode ver o pescador sentado debaixo de uma árvore e achar que ele não está fazendo nada, como: puxar conversa
Camilo Alvarez Netto
e não ser bem recebido, pois não sabe que ele está ali trabalhando, observando o mar para decidir o que fazer”, disse o empresário Daniel Carvalho Rodrigues, 35 anos, morador do Bonete. SÃO BENEDITO – É o santo mais venerado no arquipélago. Sua festa é realizada sempre em maio, junto com a Semana da Cultura Caiçara. O ponto alto acontece no último dia com a apresentação da Congada de Ilhabela, que mantém muitas de suas características originais, que podem ser observadas em toda a sua organização, nas falas, músicas, vestimentas e na representação. A encenação acontece entre dois grupos: Congos de Cima, chamados de Fidalgos ou Vassalos (vestem azul) e os Congos de Baixo ou Congos do Embaixador (vestem rosa), que se desentendem na hora de festejar o santo. A dramatização faz-se por meio de partes faladas, cantos e danças, ao som da marimba e dos atabaques. “Eu gosto da música, das roupas e fico sempre emocionado. Essa tradição é muito boa. É uma festa que nunca vai perder o tempo”, disse o aposentado e morador da Ilha, Odair de Souza, que assistia à apresentação da Congada, no último dia 18 de maio. A economista russa Júlia Baranov estava passeando na Ilha e adorou a Congada: “É bom ver que eles (caiçaras) mantêm as tradições, e têm pessoas de várias idades. Para mim, é superatrativo. A continuidade desta tradição agrega mais valores para Ilhabela”.
Ilhabela
The capital of sailing is bubbling with events Crystalline waters surrounded by a dense Atlantic Rainforest preserved through the existence of the State Park of Ilhabela that accounts for 80% of the municipality: That is Ilhabela, second biggest island in Brazil, preparing to host several events and to raise temperature during the winter season (July, August and September). Gastronomy – The Gastronomy Festival includes some of the best Brazilian and international Chefs. In March this year, an Environmental Preservation Tax has been implemented and charged to every vehicle that enters the island, aiming to increase funds for the preservation of the natural beauties from Ilhabela. According to the Ilhabela’s Touristic General Office, the allowance/money raised will be used to sponsor environmental programs.
Além dos eventos há outros atrativos:39 praias em 128 quilômetros de costa; mais de 300 cachoeiras; o Parque Estadual que ocupa, aproximadamente, 80% do município. A ausência de chuvas, característica marcante da estação, faz também com que a caminhada pelas inúmeras trilhas seja muito mais prazerosa. Todos estes chamarizes são a aposta do setor turístico local e mostram aos visitantes que passear no Litoral Norte em pleno inverno pode ser mais tranqüilo e econômico. “A região do Litoral Norte sofre no período da baixa temporada; por isso, nossa secretaria trabalha no combate à sazonalidade, criando ações pontuais e realizando e/ou apoiando eventos”, disse o diretor da Secretaria de Turismo, Eduardo Espiaut. Para o secretário da Associação de Jipeiros
de Ilhabela, Edson Peccini, é preciso mudar conceitos: “Nós precisamos acabar com o estereótipo de que, no inverno, é só serra. O caminho é divulgar a Ilha, trazer mais eventos e fazer um Centro de Convenções”. Para o empresário Pedro Rodrigues, gestor de uma escola de iatismo e de uma pousada, esta é a melhor época para se visitar Ilhabela: “A temperatura é amena, não há dias de muito calor e você tem as melhores tarifas nos hotéis e pousadas”, disse Pedro, que comemora a aposta em eventos, mas alerta para a necessidade de investimento em saneamento: “As pessoas vêm para a Ilha porque aqui tem verde, mas é necessário investir pesado em saneamento básico para mantermos nossas praias limpas”. EVENTOS - Para quem gosta de iatismo, a Capital da Vela, como a cidade é conhecida, sedia, de 6 a 12 de julho, a Rolex Ilhabela Sailing Week - Semana Internacional da Vela
Camilo Alvarez Netto
More information at www.ilhabela.sp.gov.br
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Daniel Forster/Rolex
Montecristo (BRA) no primeiro dia da competição de 2007. Montecristo (BRA) on the first day of the competition, in 2007.
de Ilhabela. A cultura e a religião do povo caiçara podem ser compartilhadas por aqueles que visitarem a praia do Bonete, em julho, durante a Festa de Santa Verônica .
SUSTENTABILIDADE – Para patrocinar programas ambientais e de preservação, está, em vigor, desde o dia 19 de março, a cobrança da Taxa de Preservação Ambiental, paga por todos os veículos que chegam à Ilha.
GASTRONOMIA – Azul-marinho, lambelambe, moquecas e tantas outras delícias irão deixar os visitantes com água-na-boca em agosto, quando acontece o Festival Gastronômico, que contará com a presença de grandes “chefs” da cozinha do país e do exterior.
O gerenciamento do serviço foi terceirizado e a empresa contratada instalou dois guichês na área de embarque dos veículos, no terminal da balsa, onde são cobrados os seguintes valores: carros e motos (R$ 2,00), caminhonetes (R$ 3,00), vans (R$ 100,00), microônibus (R$ 200,00) e ônibus (R$ 300,00). Estão isentos da cobrança prestadores de serviço e moradores na Ilha.
Durante o Festival Gastronômico, é montada, no centro da cidade, a Vila da Gastronomia. Lá gourmets preparam suas iguarias em cima de um palco e o público acompanha passo-a-passo por um telão e interage com os “chefs”.
Nos dois primeiros meses de vigência, foram obtidos R$ 60 mil. Mas, antes da aplicação deste recurso, um conselho decidirá quais projetos devem receber os valores.
Já, em setembro, acontece o aniversário de Ilhabela, que terá, neste ano, uma vasta programação cultural e esportiva, conforme adiantou a Secretaria de Turismo.
Mais informações no site www.ilhabela.sp.gov.br
Caminhando entre as nuvens
Marins/Itaguaré: Discovering the pleasure to walk between clouds. Elected as one of the most beautiful mountain itineraries from Brazil, the crossing between the Marins Peak (in Piquete, SP) and Itaguaré Peak (in Cruzeiro, SP), attracts more and more mountaineers interested in exploring its beauty and mysteries. What fascinates adventurers the most is the landscape that gives the sensation of walking between clouds and
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the possibility to admire the mountains and hills from the Mantiqueira Forest. The crossing is a mixture of walking and climbing and demands a certain experience as well as guide support. The way back to the Marins Peak can be made in one day; however, to get to the Itaguaré Peak it is recommended a minimum of a three day journey. It is possible to start either from Piquete, in the state of São Paulo, either from Poços de Caldas, south of Minas Gerais state.
Camilo Alvarez Netto
Marins/Itaguaré
Eleito como um dos mais belos roteiros do montanhismo no Brasil, a travessia entre o Pico dos Marins (Piquete) e Pico Itaguaré (Cruzeiro) tem conquistado cada vez mais aventureiros interessados em desbravar suas belezas naturais e os seus mistérios. A região reserva ao visitante a experiência de caminhar sobre as nuvens e avistar uma paisagem de tirar o fôlego, conhecida como Mar de Morros, onde é possível, em dias de céu limpo, ver as cidades de Aparecida, Guaratinguetá, Piquete, Cruzeiro e Lorena. A travessia é recomendada entre os meses de abril a setembro, período com pouca ocorrência de chuvas. MARINS – A caminhada tem início a partir do Morro do Careca, ou um pouco antes a partir do estacionamento da base, onde se leva, em média, 3 a 5 horas para subir até a base do Marins.
Da base ao pico com seus 2.420 metros de altitude, são mais 2:30 horas de ida e volta. O retorno até o Morro do Careca leva, em média, 3 a 4 horas. Há aqueles que preferem acampar no topo para contemplarem o pôr-do-sol que será assistido acima das nuvens. RECOMPENSA – Depois de uma madrugada bem fria, com temperaturas muitas vezes abaixo de zero, ao nascer-do-sol, a recompensa: acordar, vendo as montanhas sendo iluminadas com várias cores pelos primeiros raios do sol. O passeio até Marins é recomendado para qualquer pessoa não- sedentária, habituada a caminhadas em terreno acidentado. Alguns trechos são considerados difíceis, sendo necessária a prática da escalaminhada, com o uso das mãos e braços para ganhar altura.
Pico dos Marins a esquerda, Marinzinho a direita e Itaguaré entre os dois. Marins Peak at left, Little Marins at right and Itaguaré peak between them.
Entardecer no Pico do Itaguaré Sunset at Itaguaré Peak Camilo Alvarez Netto
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Marins-Itaguaré
D icas Ú teis Useful tips:
• A melhor época do ano para realizar a trilha é entre os meses de abril a setembro, quando o clima fica seco, pois durante o verão as chuvas impossibilitam qualquer caminhada segura;
• The Best time to cross is between April and September; • It is highly advised to hire a guide; • The place does not have any infrastructure so take supplies with you, specially water;
• A região é bem complicada para caminhar sozinho. É recomendável o acompanhamento de uma guia que conheça bem o local;
• Be prepared for the cold nights and do not forget your Sun block; • Avoid carrying to much weight because the journey is long and tiresome.
• O Pico dos Marins e do Itaguaré não oferecem nenhuma estrutura aos aventureiros; portanto, todo o suprimento alimentar deverá ser levado, principalmente água potável, que é escassa no alto das montanhas;
For more information please refer to Piquete City Hall: +55 12 3156-3211 or check the website http://basemarins. multiply.com
“É importante frisar que a trilha não é óbvia e existe a possibilidade de se perder em vários pontos, principalmente na descida. Outro fator que dever ser observado é que a região é bastante sujeita à neblina o que pode impedir qualquer avanço, como já aconteceu comigo uma vez”, disse Silvério.
Vista de Minas gerais no acampamento na base do Itaguaré View from the camping site at theItaguaré´s base
Camilo Alvarez Netto
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ITAGUARÉ – O Pico do Itaguaré, com 2.308 metros de altitude, está em Cruzeiro, mas como o lado paulista é extremamente íngreme, a subida é feita pela face mineira, já que a base da montanha fica em Passa Quatro, MG. No entanto, muitos aventureiros preferem chegar até ele depois de passar pelo Pico dos Marins, cujo percurso todo pode levar de 2 a 3 dias, onde é aconselhável a contratação de um guia especializado. Para um roteiro mais tranqüilo, recomenda-se acampar na base do Marins e retornar à trilha em direção à Pedra Redonda no dia seguinte, cujo percurso leva-se em média 4 horas. Esse trecho é considerado o mais crítico da travessia, pois exige habilidade técnica na navegação e na transposição de pedras. Do Marinzinho para a Pedra Redonda, há um forte declive com um pequeno trecho de corda, utilizada por aqueles que não são escaladores, mas que deve ser testada antes.
• Evite levar excesso de peso, pois a caminhada é longa e cansativa; • É importante trazer todo o lixo produzido e, se possível, recolha os resíduos que outros deixaram.
A Pedra Redonda é um bom ponto para parar e comer antes de seguir adiante. Embaixo dela existe um caderninho com anotações das pessoas que já passaram por lá. Dali o caminho é mais fácil de seguir porque se segue pelo espigão da montanha e já se pode ver o Itaguaré.
COMO CHEGAR ·Rodovia Presidente Dutra até km 51 – Lorena acesso à Piquete. Siga pela BR 459 (Rodovia Lorena-Itajubá) em direção a Itajubá/MG. Um quilômetro após a entrada de Piquete, acesse a Estrada dos Marins que leva até o bairro com o mesmo nome. É a saída para a trilha. Logo nos primeiros quilômetros da estrada, avista-se o Pico. É possível chegar de carro até a Base e deixar o carro no estacionamento mediante pagamento de taxa e seguir a pé por uma trilha de, aproximadamente, 1,5 quilômetro até o Morro do Careca. Se o destino for Itaguaré, é aconselhável contratar os serviços de transporte para a volta.
Camilo Alvarez Netto
GUIAS - Segundo o presidente da Femesp (Federação de Escalada e Montanhismo do Estado de São Paulo), Silvério Neri, as pessoas que estiverem em dúvida quanto às suas condições e experiência suficiente para realizar a subida, devem procurar gente mais experiente para mais informações sobre a trilha ou para guiá-las no percurso.
• Leve casaco para baixas temperaturas, touca, luvas, meias de lã e tênis ou botas confortáveis. Na mochila, deve constar protetor labial, filtro solar, repelente de insetos, óculos escuros, capa de chuva, chapéu, toalha pequena, lanterna, pilhas reservas e kit de primeiros-socorros. É importante uma boa barraca e saco de dormir adequado para inverno, pois a temperatura chega facilmente a zero grau durante a noite;
Marins-Itaguaré
Há três pontos onde se pode acampar: o primeiro, antes do Itaguaré, é um lugar plano e protegido do vento pelos arbustos; porém, sem água. A caminhada até o segundo ponto de acampamento é árdua; por isso, muitos optam por acampar antes e, no terceiro, chega-se à base do Itaguaré.
Pico dos Marins (2.420 m)
Marinzinho (2.432 m)
Pedra Pico do Redonda Itaguaré (2.353 m) (2.308 m)
A escalada ao pico é relativamente fácil, mas exige cuidado. A vista é deslumbrante e compensa o esforço. Depois de descer à base do pico, pode-se terminar o percurso em 3 a 4 horas. Ao final do percurso, chega-se a uma grande clareira na beira da estrada que vai de Marmelópolis para Passa Quatro. Antes de chegar a ela, há uma trilha que leva até a estrada asfaltada para Cruzeiro, após mais 3 horas de caminhada.É possível combinar transporte com guias e empresas da região.
Morro do Careca (1.740 m)
Cruzeiro
Piquete
Estrada
SP Itajubá
Marmelópolis
MG
Trilha Divisa Passa Quatro
Mais informações: Prefeitura de Piquete (12) 3156-1000 / 3156-3211
http://www.gpsete.com.br/download/ CVC_julho_5x6.pdf.zip
PROCESSO
SELETIVO 2008 - 2º semestre
Inscrições abertas
CURSOS SUPERIORES TRADICIONAIS • Administração • Arquitetura e Urbanismo • Biomedicina • Ciência da Computação • Ciências Contábeis • Desenho Industrial
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• Direito • Educação Física • Enfermagem
• Engenharia (Aeronáutica, Computação, Elétrica, Mecatrônica e Produção Mecânica) • Farmácia (Farmacêutico-Bioquímico) • Fisioterapia • Letras (Licenciatura) (Português/Espanhol ou Português/Inglês)
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• Nutrição
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Responsabilidade Social
Johnson & Johnson:
Compromisso com a transformação das pessoas Arquivo Pessoal
O gerente de Administração e Assuntos Públicos José Cividanes se orgulha do trabalho de ajudar as pessoas a se auto-ajudarem por meio da troca de experiências dentro e fora da empresa
A vida de José Cividanes se confunde com a história da empresa que o acolheu como aprendiz aos 15 anos, em São José dos Campos. Depois de 47 anos como funcionário muita coisa mudou. A companhia se transformou em uma grande indústria química e farmacêutica e o menino no Gerente de Administração e Assuntos Públicos. Cividanes se orgulha de ter acompanhado e participado de cada etapa de ampliação da empresa, mas, é da parte social que ajudou a formar dentro e fora da companhia, que ele tem o maior apreço. “Nós temos um credo que diz “somos responsáveis perante as comunidades nas quais vivemos e trabalhamos. “Eu me formei aqui, aprendi a trabalhar só com conceitos bons e comecei a levar isso para fora da empresa”, disse Cividanes, que ajudou a criar e atua em inúmeras entidades da região como a Sorri (entidade que trabalha pela inclusão do deficiente no mercado de trabalho) e APAE (Associação de Pais e Amigos do Excepcional).
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PROJETOS – A linha de frente de toda a ação social da companhia é concentrada no Comitê de Contribuições Brasil, que apóia instituições cujo foco é a Educação de Meninas e a prevenção e o tratamento de AIDS/HIV/ DSTs. Em São José dos Campos, O Hospital Materno-Infantil Antoninho Rocha Marmo em São José dos Campos é beneficiado pelo Comitê em um projeto com mães adolescentes, que tem entre os objetivos a meta de possibilitar um futuro saudável para mães adolescentes e seus filhos mudando hábitos de saúde, além de reforçar as responsabilidades e comprometimento dos homens. “O objetivo do comitê é a transformação das pessoas com foco na educação da menina. A mulher é a pessoa mais importante da sociedade, se ela tiver um bom encaminhamento vai formar uma família de maneira boa. Não vai correr o risco de se contaminar, de se prostituir e dessa forma vai transformar positivamente o meio em que vive”, disse Cividanes.
J&J: Social Responsibility is in the company DNA The responsible for this business success is Administration and Public Relations Manager José Cividanes, Who is proud to have helped building this story during the last 47 years. “We have a belief that we are all responsible for the communities that we live and work with”. He helped to create innumerous social entities in the region like SORRI (an entity that works for the inclusion of handicapped people in the working market) and as APAE counselor (Parents and friends of people with exceptional conditions). Although the front line of all social action of the company is the Contribution Committee Brazil, that supports institutions that teaches girls how to prevent and treat HIV and other sexual transmitted diseases. “Our goal is to change people through the girls. Woman is the most important part of our society, if she has a good formation she will raise a good family. “, says Mr. Cividanes.
Responsabilidade Social
Unimed:
Compromisso com a prevenção e promoção da saúde Arquivo Pessoal
O coordenador Wanderson Prado Leite, médico pediatra, comemora os resultados obtidos com as ações de medicina preventiva que ajudou a implantar na empresa onde é cooperado há 31 anos
Unimed: Commitment with Illness prevention and health promotion More than taking care of sick people, a doctor needs, first of all, to help prevent people from getting ill. Working as a physician for 32 years, Wanderson Prado Leite, joined a medical cooperative in São José dos Campos where he started this social work. Eight years ago he created a preventive medicine project inside the cooperative, to improve client´s and community´s health. Two years later he worked as Education Director and now he coordinates the Social and Ambiental Responsibility Center of the company. “In 2007 we attended 16.623 people in health promotion actions. We have amplified our programs and we also sponsored athletes such as the swimmer Fabíola Molina. This year we started recycling mercury lamps, batteries and soy oil.” Yet, according to doctor Prado, in the field of social inclusion, this year they will start two new projects: Felix - Informatics insertion for poor young people, and VIDA ILUMINADA (“Enlightened Life”). Help and protection of visual deficients.
Mais do que saber cuidar dos doentes dando-lhes uma assistência adequada, um médico precisa atuar primordialmente no desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e promoção de saúde para a população de sua área de atuação. Há 32 anos, o médico Wanderson Prado Leite, aliou-se a uma cooperativa médica em São José dos Campos e iniciou esse trabalho.
“Em 2007 atendemos diretamente 16.623 pessoas em ações de promoção de saúde. Temos também participado do patrocínio de atletas como Fabíola Molina e ampliado os programas.”
“Em 2007 atendemos diretamente 16.623 pessoas em ações de promoção de saúde.”
Nesses anos todos, Wanderson conta que acompanhou e participou de muitas ações junto às comunidades, mas, que há oito anos tomou a iniciativa de criar um trabalho de medicina preventiva dentro da cooperativa, visando à melhoria da saúde dos cooperados, colaboradores, clientes e comunidade em geral.
Dois anos depois da implantação do programa, Wanderson passou a ser diretor de Educação e há um ano e meio passou a coordenador do Núcleo de Educação Cooperativista e Responsabilidade SócioAmbiental da empresa. Nos últimos cincos anos vem conseguido, com sua equipe, ampliar as ações educativo-científicas e de medicina preventiva,
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dentro e fora da cooperativa, que renderam à empresa o reconhecimento nacional por parte do órgão educacional da companhia no Brasil, com a concessão de um Selo de Responsabilidade Social.
O despertar da solidariedade também é um compromisso do médico, que tem trabalhado junto à empresa em campanhas de incentivo a doação de órgãos.
MEIO AMBIENTE – “Este ano vamos iniciar o trabalho com a reciclagem de lâmpadas de mercúrio, coleta de pilhas e baterias, além da coleta de óleo de cozinha”, disse o coordenador. Ainda segundo Wanderson, na área de inclusão social também terão início dois projetos: FELIX - que trabalhará a inserção de jovens carentes no mundo da informática e VIDA ILUMINADA – que visa à ajuda e a proteção dos deficientes visuais.
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Roberto Minczuk Pelo quinto ano consecutivo, o maestro Roberto Minczuk está à frente da direção artística do evento. Em entrevista exclusiva concedida à Revista Vale Ver, ele comenta a importância do Festival para a divulgação da música e, principalmente, para a formação dos bolsistas que aprendem e compartilham experiências com “artistas de primeira grandeza”, como o maestro Kurt Masur.
“A música não só educa, mas eleva o espírito, fazendo com que as pessoas possam se tornar seres humanos melhores.”
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Minczuk aproveita também para explicar o por quê da escolha do tema Música e Literatura: “Queremos mostrar que a convivência entre as formas de arte é importante, frutífera e, acima de tudo, que tudo isso faz parte do processo de educação e formação do ser humano.” Confira a entrevista.
Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo
O Festival de Inverno de Campos do Jordão chega à sua 39ª edição como maior evento de música clássica da América Latina. Qual é o balanço que podemos fazer em todos esses anos? Maestro Roberto Minczuk - Neste Festival, já passaram muitos artistas de primeira grandeza do circuito internacional, mas certamente o maior patrimônio que tem sido deixado até agora é ver o crescimento artístico e técnico de jovens músicos que passaram por Campos do Jordão como bolsistas e, em muitos casos, depois como artistas e professores. O que há de novo neste ano? Minczuk - Teremos a estréia dos corpos estáveis do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a montagem do balé cantado: “Os Sete Pecados Capitais”, de Kurt Weill e Bertold Brecht. Além disso, mais um espaço foi aberto ao público: a Igreja Nossa Senhora da Saúde, com entrada franca, reforçando mais uma vez que este Festival é para todos. Neste ano foi aprovada a construção de um novo alojamento próximo ao auditório Cláudio Santoro, que ampliará para 320 o número de bolsistas. O que isso representa e o que muda na vida dos bolsistas que participam do festival? Minczuk - Os bolsistas passarão a ter acomodações melhores, com espaços de convivência e alimentação, evitando, assim, que haja deslocamentos diários entre os vários locais que são usados pelos bolsistas. Além disso, com o alojamento preventório (onde se realizam as aulas e ensaios de música de câmara e refeições), o que também vai otimizar o tempo, dando, portanto, mais conforto de forma geral. Ter um número dobrado de bolsistas significa, imediatamente, duplicar os nossos resultados, poder ter duas ou três orquestras com atividades distintas, aumentar o número de concertos e oferecer ao público diversas opções a mais. Como é feita a escolha dos bolsistas? Quantos participaram das audições neste ano? Minczuk -Temos tido, em média, 1.200 candidatos ao ano, que são selecionados em várias cidades do Brasil e da América Latina, além de gravações que são enviadas pelo correio, vindas de todas as partes do mun-
do. Para cada instrumento, há um repertório predeterminado e vários aspectos são considerados para a avaliação. Esses candidatos passam por uma banca examinadora, formada por professores e músicos da mais alta qualidade. O maestro também passou pela experiência de ter sido um bolsista. Como e quando foi essa experiência e o que representou para sua formação? Minczuk - Foi fundamental para que eu começasse a ter os primeiros contatos com aquele que seria o meu futuro profissional, ou seja, ter aulas com professores consagrados, tocar sob a regência de grandes maestros, como Eleazar de Carvalho e, em pouco tempo, começar a tocar como profissional. Minha primeira experiência em orquestra aconteceu em Campos do Jordão, com a participação na Orquestra Sinfônica Jovem Estadual. Neste ano, o tema do Festival é “Música e Literatura”. O que vocês pretendem mostrar ao público e ensinar aos bolsistas com essa parceria? Minczuk - Música e literatura sempre andaram juntas. Há uma quantidade imensa de obras musicais inspiradas em obras literárias, que resultaram em grandes obras-primas. Queremos mostrar que a convivência entre as formas de arte é importante, frutífera e, acima de tudo, que tudo isso faz parte do processo de educação e formação do ser humano. Pela segunda vez, teremos o maestro Kurt Masur regendo a Orquestra Acadêmica. Isto é uma prova do reconhecimento deste renomado artista ao trabalho de formação desenvolvido pelo Festival? Minczuk - Sem dúvida. O Maestro Masur ficou surpreso e muito feliz em 2005 quando teve sua primeira experiência em Campos do Jordão e declarou que esta era uma das melhores orquestras jovens do mundo. Até hoje muitos acham que a música clássica é elitizada. O que pode ser feito para garantir a oportunidade de acesso a concertos e de ensino a todos? Minczuk - Infelizmente, ainda resta essa idéia de elitização, mas a música deve ser acessível a todos, não só pelos valores dos
ingressos, mas principalmente porque o único requisito para ouvir música clássica é simplesmente gostar. Não é necessário que a pessoa tenha conhecimento, embora ajude, mas fundamentalmente precisa gostar do que ouve, que, por outro lado, deve ser de boa qualidade, tocada com os devidos cuidados, afinação perfeita, articulação, conhecimento de estilo, enfim, tudo o que é necessário para fazer boa música. O fato de boa parte das apresentações do Festival ser gratuitas é uma tentativa de proporcionar esse acesso? Minczuk - Não se trata de uma tentativa, mas vejo isso como uma obrigação que devemos ao público, principalmente àquelas pessoas que, por falta de condições financeiras, ou até por desconhecimento, prefira assistir a um espetáculo gratuito. Além do quê, por geralmente serem concertos mais informais acabam se tornando os mais divertidos e mais calorosos de nossa programação, já que o público participa sem receio. Como o senhor avalia a promoção de festivais como o de Campos do Jordão em outras partes do Brasil? Minczuk - Acho que deveria ter esse tipo de iniciativa pelo menos em cada cidade central de uma região. A música não só educa, mas eleva o espírito, fazendo com que as pessoas possam se tornar seres humanos melhores. Mas tudo isso deve ser sempre muito bem cuidado, com critérios de qualidade, acima de qualquer outro. Ultimamente, vários projetos sociais tem promovido o ensino da música a comunidades carentes, com bons exemplos e que tem resultado na formação de orquestras. O que elas representam para a popularização da música clássica? Minczuk -Todas as iniciativas bem-estruturadas são válidas; porém, não se deve restringir o ensino de música somente às comunidades carentes. Acredito que a educação, através da música, tenha que ser implantada no currículo regular dos ensinos fundamental e médio. Entretanto, para que haja bons resultados a ponto de orquestras serem formadas, é necessário que haja um projeto responsável para respaldá-los de forma a permitir a manutenção e perpetuação desses projetos.
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