Vale Ver 6

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Ano II – nº 6 – Distribuição Gratuita


NOVO FORD EDGE VALIOSO COMO TUDO QUE É INESQUECÍVEL.

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Editorial

Sonhos e conquistas os por falar daquilo Nós, da VALE VER, optam mundo mudar: soque, acreditamos, faz o es. nhos, esperanças, atitud Galileu, 40 0 anos Como aquele sonho de o em seu tempo e atrás, tão incompreendid e o humano se situe. hoje referência para qu res condições surgiu A esperança de melho s que sonharam uma para todos os imigrante s terras – a história de vida diferente em outra franceses para o Brauma imigração – a dos Ubatuba, no século sil, mais especificamente s páginas.Outros miXIX, aparece em nossa aspirações para o sul grantes trouxeram suas a italianos, alemães do país- em Santa Catarin a cultura local com e açorianos impregnaram rre, pela primeira seus modos.É lá que oco TC, um encontro invez em nosso país,o WT o, essa atividade de ternacional sobre turism mais de seu planeta. quem aprecia conhecer humano. Depois de Voar sempre foi sonho as máquinas, surge a consegui-lo com pesad ximo à natureza, o prática de um vôo mais pró aço: o vôo livre. corpo mais solto no esp har com um lugar, Descobrir seus limites, son do das dificuldades ousar conhecê-lo, saben é isto o que vemos do empreendimento Camilo, que relata o na bela reportagem do dos pontos mais aldia-a dia de sua ida a um rto de nós, na Bolívia. tos do planeta, aqui, pe o como o Caribe do E, num local conhecid com uma reminisBrasil, temos o encontro passa pelos mesmos cência do paraíso, que Éden – a presença problemas do idí lico mas de controle e humana. Graças a progra , a Ilha Grande, no planos de sustentabilidade vai tentado garantir litoral de Angra dos Reis, s a possibilidade de para as futuras geraçõe ra beleza natural. deleite com locais de pu s sempre a mesma É isso – temas variados, ma tato visual e temáintenção - propiciar o con les locais que vale a tico com alguns daque pena ver.

Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas! Certo, perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto Que, para ouví-las, muitas vezes desperto E abro as janelas, pálido de espanto E conversamos toda a noite, enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido tem o que dizem, quando estão contigo? “ E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e e de entender estrelas (Olavo Bilac)

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Índice

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Editorial

Confira

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Brasil–França

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Uma relação duradoura.

Tire o pé do chão! conheça os points de voo livre da região.

O Caribe do Brasil

“Falta muito?”

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Era a pergunta que mais me fazia subindo a 4a maior montanha da Bolivia.

Floripa

Considerada uma das melhores capitais pra se viver – e para visitar, com certeza.

Expediente Conselho Editorial: Camilo Alvarez Netto, Celina Rodstein Rodrigues, Edson Rodrigues, Marcílio Sousa Lima Edição: Marcílio de Sousa Lima marcilio@revistavalever.com.br Jornalista Responsável: Alessandra Jorge MTB 48.711 – alejornalistasjc@hotmail.com Redação: Alessandra Jorge, Quitéria Melo, João Carlos Faria, Louise Vieira, Camilo Alvarez Netto Colaboradores: Adezilio Freitas Andrades, Marcelo Botosso, Euclídes Vigneron, Mariângela Abans, Carlos Alexandre Wuensche e Rute Trevisan. Projeto Gráfico: Camilo Alvarez Netto camilo@revistavalever.com.br Tradução: Callan Point (12) 3942.6629 alcallanmethod@hotmail.com

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A última fronteira No LNA o turismo científico próximo a nós.

CARTAS do LEITOR Tomei conhecimento da revista no lançamento do Circuito da Mantiqueira. Maravilhosa é pouco. Parabéns. Dá orgulho de ser jornalista. Otávio Demasi – consultor de turismo e jornalista Pessoal, parabéns pela revista nº. 5. Está impecável! Paula Muniz – Comunicação e Design

Tiragem: 6000 exemplares Representante comercial na região serrana Danilo Ribeiro – asseturh@itacabo.com.br Tel. (12) 8171-0773 (35) 9163-6857 Representante comercial no litoral Virgilio Prado – virgiliomade4@hotmail.com Tel. (12) 7811- 6999 Representantes comerciais em São Paulo Sonia G. B. T. da Costa – soniasgbt@hotmail.com Tel. (11) 9191-1205 Márcia Bacchin – marcia@vivanopositivo.com.br Tel. (11) 3842-5000 (11) 7729-2998 Representante comercial no Vale do Paraíba Celina Y. R. Rodrigues – celina@revistavalever.com.br Tel. (12) 8122-8999 Atendimento ao leitor: contato@revistavalever.com.br Tel. (12) 8122.5161 / 8122.8999 A Revista Vale Ver é uma publicação da MKT.ROD – Administração de Marketing Ltda. ME.

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Ilha Grande

Olá pessoal. Muito boa a revista, tanto visualmente quanto na qualidade editorial, além da impressão. Ficou agradável de ler. Acho que o Vale precisava de uma publicação desse nível. Parabéns e vida longa à revista! Henrique Coutinho – Publicitário Sou biólogo de formação e ambientalista de carteirinha e vejo com muito bons olhos uma publicação que trate do turismo sustentado. Luis Langeani Filho – Biólogo

Olá, como o foco da revista é turismo sustentável e suas variáveis, já pensaram em uma matéria integrando o esporte de aventura com o turismo sustentável? O voo livre se encaixa nesse perfil.Podemos amadurecer a idéia de uma matéria voltada para esse tema, o que acha? Grande abraço. Adezilio Freitas Andrades – instrutor de vôo livre VV. Olá Adezílio. O voo livre sempre rondou nosso conselho editorial, tanto por ser um esporte fascinante, como pela beleza que proporciona aos nossos olhos. Viaje na reportagem “voo livre: a sensação de voar como e com os pássaros” Envie suas opiniões e sugestões para contato@revistavalever.com.br ACESSE NOSSO SITE WWW.REVISTAVALEVER.COM.BR



CONFIRA Festa do Pinhão em Cunha

De 15 de abril a 03 de maio, receitas especialmente criadas à base de pinhão serão servidas no café da manhã, no almoço e no jantar por restaurantes e pousadas da cidade de Cunha, situada na Serra do Mar, a 218 km de São Paulo. Trata-se da IX Festa do Pinhão em Cunha. Esta semente está nas massas, filés, truta, suflê, rocambole, bolos

e pães em receitas saborosas e originais. Na Praça da Matriz da cidade haverá barracas vendendo iguarias à base de pinhão e o visitante ainda pode apreciar apresentações musicais gratuítas. Vários restaurantes terão cardápios especiais para este evento. Vale a pena conferir.

Curso Prático de Engenharia de Áudio e Produção Musical

Produzindo áudio com qualidade.

A produtora Audillus em parceria com o e prática de gravação, mixagem e masteEstúdio Visão Sonora abre inscrições para rização dentro de um estúdio profissional início de turmas em maio. O curso voltado através de métodos que lhe permitirão obpara profissionais de áudio e vídeo, músi- ter resultados de extrema qualidade em cos, donos de home estúdios, dj´s e aman- seus projetos musicais. tes da música, tem como objetivo capacitar Tels.(12) 3029-2760 / (12) 8142-2327 o aluno ao trabalho no mercado de áudio e produção. O aluno aprenderá toda a teoria audillus@gmail.com


Fotografia, natureza e arte Há dez anos, Ricardo Martins, fotógrafo joseense dedica-se ao fascínio de desbravar a natureza em busca de belas imagens. Em suas andanças pelo Litoral Norte, mais especificamente em Ubatuba, se encantou pelas aves e decidiu registrá-las em livro.

Suas fotos, além de ser conteúdo editorial, também estão estampadas em objetos para decoração e acessórios como bolsas retornáveis, as chamadas “Ecobags” que substituem as sacolas de plástico dos supermercados, almofadas, fineart, entre outros.

As 240 imagens que compõem o trabalho intitulado “O Encanto das Aves” refletem a rica avifauna e as paisagens da Mata Atlântica no Litoral Norte, Serra e em cidades do Vale do Paraíba.

Defensor da preservação ambiental, Ricardo utiliza suas fotos para despertar o repensar das atitudes em todos aqueles que se sensibilizam com as belezas naturais.

Beneficiado pela Lei Rouanet seu livro está sendo patrocinado pelas empresas Uniodonto(Sistemas de Saúde Odontológica), Intermédica(Sistema de Saúde) e Notre Dame (Seguradora).

PRÉ-VENDA – O lançamento do livro está previsto para agosto, no entanto, a prévenda promocional tem inicio já este mês pelo site www.ricardomartins.org, onde você poderá conhecer todos os produtos da grife Ricardo Martins.


Voo livre:

a sensação de voar como e com os pássaros

por Alessandra Jorge – alejornalistasjc@hotmail.com

Com uma geografia privilegiada repleta de morros e picos, as regiões do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e sul de Minas, tem atraído cada vez mais amantes do voo livre e, desde a década 70, esses aventureiros perceberam que voar definitivamente não era só para os pássaros.

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Marcelo Botosso

Hang Gliding: the feeling of flying like and with the birds With good choices of ramps, the regions of Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, South of Minas and the North Coast, win more hang gliding fans. There are destinations for all levels of courage and the possibility of a dual flight, you also do not need experience. But, before venturing out there we need to check if the pilot is affiliated to a hang gliding club or association and mainly if he is registered with the Brazilian Hang Gliding Association (ABVL) or the Brazilian Paragliding Association (BPA). The ramps are classified according to the degree of difficulty of flight conditions. The slope of the Baú Stone in São Bento do Sapucaí is considered level 3, on a scale from 1 to 3. The ramp on the Morro de Santo Antonio in Caraguatatuba is level 2. The classification of the level of the ramps is also tied to the qualification of pilots who should have experience in the flight they provide. Safety equipment like helmet, reserve parachute, karabiners, GPS and altimeter are also fundamental to ensure a smooth flight. COURSES - Both to fly alone a hang glider or a delta wing, it is necessary to pass through a course in a school or an instructor accredited from ABVL or BPA. For more information visit: www.abvl.com.br and www. abp.esp.br

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Eduardo Vivian

Voo livre

Piloto Eduardo Vivian durante sobrevoo com passageiro em Caraguá.

VOE COM SEGURANÇA m para o primeiDepois de tomar corage um profissional, ro voo é preciso procurar sociação Brasileihabilitado pela ABVL (As ABP (Associação ra de Voo Livre) ou pela nas associações Brasileira de Parapente), região.Um bom e clubes de sua cidade ou as as instruções profissional saberá dar tod alidade e controrelativas à segurança, qu essários para a le dos equipamentos nec orte. prática segura deste esp as por níveis de As rampas são classificad de 1 a 3,defiala esc dificuldade, em uma de voo. VV ões diç nidos conforme as con

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Há rampas para todos os níveis de coragem porciona uma vista de 360°, avistando-se e não é preciso ter experiência. Com a pos- desde a Pedra do Baú em São Bento do sibilidade do voo duplo, bastam algumas Sapucaí até o Vale do Paraíba. dicas básicas e estar em boas condições de Com 11 anos de experiênsaúde para aderir à prática. cia, o piloto e presidente Devido à adrenalina liberado Clube Pedra do Baú de Nossa região, Vale, Voo da pela aventura, imitar os Livre, Serginho Rosa, pássaros não é recomendasul de Minas, serras, faz voos duplos na rampa do para as pessoas hipertem um melhores da Pedra do Baú, em São tensas e com problemas no Bento do Sapucaí, com 1810 visuais do Brasil . coração - para as demais, a metros. No local, a melhor atividade está liberada dos época para voo vai de maio oito aos 80 anos, ou mais. Os menores de a setembro. 18 anos precisam da autorização por escrito “Nossa região, Vale, sul de Minas, serras, tem dos pais. um melhores visuais do Brasil e a rampa de O Pico Agudo, situado na divisa das cidades São Bento é classificada com o nível três. de Pindamonhangaba e Santo Antonio do Pinhal, mas com acesso por Santo Antonio “A sensação de voar é indescritível, só sendo Pinhal, é considerado um dos principais tindo na pele para saber como é. Só senti points para a prática do Voo Livre no Esta- medo quando subi 1.100 metros do nível do, tanto de parapente como de asa delta. do mar. Sai da Pedra do Baú e consegui Com 1.700 metros de altitude, é o único ver todo o sul de Minas, Pico das Agulhas pico de altitude na América Latina que pro- Negras, a Serra da Mantiqueira”.


Serginho Rosa

Preparando para o salto

PREÇO – Na região de São Bento de Sapucaí os voos duplos custam em média R$ 200 com duração média de 30 minutos. Em Caraguatatuba, o tempo também pode variar de acordo com o roteiro contratado. Em média um voo dura de 15 a 20 minutos, exceto quando as condições do tempo não são boas, que pode durar de 7 a 8 minutos. Os preços variam em torno de R$ 100. Segundo o piloto Eduardo Vivian, há várias rotas com a opção de sobrevoar o mar ou o continente e todos com pouso no ponto na Praia do Centro, ao lado da sede da Associação Caraguatatuba de Voo Livre. As decolagens acontecem em sua maioria da rampa do Morro Santo Antonio com 325 metros de altitude. Nos últimos dois anos, por iniciativa de Eduardo, o Morro do Farol com 60 metros de altitude também passou a ser usado para voos. PARAPENTE – Nos últimos anos, a asa delta tem perdido lugar para o parapente ou paraglider em inglês. Segundo pilotos, a preferência pelo parapente é justificada pela sua praticidade durante a preparação para o voo. Já, a asa delta precisa ser montada. No voo de asa delta, o passageiro fica ao lado do piloto e no parapente o passageiro voa na frente. Em ambos os casos as mãos do passageiro ficam livres para registrarem o momento, seja com máquinas fotográficas ou filmadoras. VV Para saber mais sobre o voo livre e onde buscar outras rampas acesse: www.abvl.com.br e www.abp.esp.br

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Voo livre

Já foi o tempo que voar era só para os pássaros. Evoluímos e criamos nossas próprias asas, conseguindo assim ter o fantástico privilegio de ver o mundo lá de cima. Em primeiro lugar o que é Paraglider (Inglês) ou Parapente (francês)?Para respondermos a esta pergunta temos que voltar a uns 34 anos no tempo, mais ou menos na metade da década de 70, onde grupos de pára-quedistas da Europa e dos EUA saltavam de montanhas e construções com pára-quedas direcionados. Alpinistas europeus que desciam assim das montanhas passaram a procurar formas de fazer o pára-quedas planar como asa. No inicio dos anos 80, com o aperfeiçoamento dos equipamentos, o Paraglider passou a proporcionar performances capazes de satisfazer quem pretendia, mais do que saltar de montanhas, realmente voar. Em 1982 encontrou-se um pequeno grupo para a primeira competição de Parapente (ou Paraglider) com o nome “Voar Montanha” na França e na Suíça. Mas somente 4 anos depois é que este esporte veio a

ser reconhecido pelos órgãos oficiais e a tarefa de organização ficou a cargo das associações de Vôo Livre (Asa Delta). No Brasil, o Paraglider chegou por volta de 1988, começando a ser praticado, principalmente, no Rio e em São Paulo. Nunca um esporte aéreo, em tão pouco tempo, apresentou um crescimento similar. Sem complicadas técnicas, com facilidade de manuseio e segurança, o Parapente sem dúvida é o caminho mais curto para voar. Os pilotos de Parapente não conhecem problemas de transporte nem complicações de preparar o equipamento antes e depois do vôo. Também é um esporte ao alcance de todos os jovens de espirito, sejam homens ou mulheres, onde a idade cronológica não interessa muito. O que podemos dizer é que existe uma fronteira onde se pode combinar segurança e um prazer indescritível de voar. VV

Cursos para piloto Para aprender a voar sozinho é preciso procurar uma escola ou profissionais habilitados para a função de instrutor, não basta apenas ser piloto. Em média, toda a preparação pode durar três meses. Os preços variam de R$ 1 mil, para parapente, a R$ 2,5 mil para asa delta. No curso, você vai aprender na prática como controlar o equipamento e algumas manobras de segurança para realizar voos seguros. A parte teórica inclui noções de meteorologia e mecânica em voo. Após a conclusão você terá que se filiar a um clube de voo para tirar sua carteira de piloto desportivo da ABVL ou ABP. VV

Janete / Drenados do Ar

VOAR...O SONHO MAIS ANTIGO DO HOMEM

Adezílio Freitas Andrades

Diretor de Instrução de Parapente do Estado de São Paulo adezilio@bighost.com.br

Voadores no Pico Agudo.

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Brasil francês

Debret – Ubatuba – 1827

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Uma história que m Ubatuba e de cidade


mudou a cara de es do Vale do Paraíba

por João Carlos Faria jcdefaria@hotmail.com

Logo depois do encerramento do Ano do Brasil na França, em 2005, os governos dos dois países definiram que 2009 seria o Ano da França no Brasil, com a realização de uma série de eventos culturais programados para 15 cidades brasileiras. Nem o Vale do Paraíba e nem o Litoral Norte estão incluídos oficialmente nessa programação, mas a movimentação em torno do tema constitui uma oportunidade para resgatar a história da presença francesa na região. Nesse contexto, pode-se afirmar sem o menor risco de erro, que a cidade de Ubatuba é a mais francesa dentre as demais. onde centenas de famílias francesas chegaram entre 1819 e 1850, fugindo do clima de instabilidade política e econômica do pósrevolução francesa. Elas vinham atraídas pelas vastas terras brasileiras, a preços diminutos, em comparação com a realidade européia. “Eles vendem seus bens lá e investem aqui

Visite Itaguá, em Ubatuba, e compare o local com a pintura abaixo, feito por Benjamin Mary.

Vista de Ubatuba tomada da fazenda do Sr. Jan Coleção Fundação Maria Luisa e Oscar Americano – São Paulo Sépia sobre papel – 1834-1838

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Brasil francês

em terras e no plantio do café”, esclarece o historiador Euclides Vigneron, descendente de uma dessas famílias. Ele explica que, ao contrário do que afirma a maioria dos historiadores, o café chegou às terras paulistas por Ubatuba, que teve grandes fazendas produtoras. Outra parte dos franceses veio do Haiti, de onde tiveram que fugir, tendo em vista o processo de independência da colônia. Havia também muitos agregados que vinham trabalhar como feitores ou em atividades comerciais. Um desses agregados, de sobrenome Berranger, veio como feitor de Vigneron de La Jousselandiére – do qual descende o historiador -, e acabou se tornando dono de uma fazenda de café, superando a produção do antigo patrão. Sigismond Victor Vigneron de La Jousselandièrie morava em La Chapelle Launay, onde seu pai era prefeito e veio para o Brasil por motivos políticos. Além do café,

Fotos da família Vigneron do início do século XIX. Imagem do acervo de Euclides Vigneron.

Os pioneiros da rizicultura 18

Os franceses também introduziram a rizicultura no Vale do Paraíba. Foram os monges trapistas instalados na Fazenda Maristela, em Tremembé, antiga fazenda Palmeira, que trouxeram técnicas européias de construção de canais de irrigação para o cultivo do arroz nas várzeas do rio Paraíba, atividade que hoje faz do Vale do Paraíba, a principal região produtora no Estado de São Paulo. Arrozal em Tremembé


Acervo de Euclides Vigneron.

French Brazil After the year “Brazil in France” in 2005, now it is the year “France in Brazil”, with several cultural events scheduled to take place in 15 Brazilian cities. The movement around this theme is an opportunity to rescue the history of French presence in the region.

Antigo mosteiro, em La Chapelle Launay, que posteriormente tornou-se residência da família Vigneron.

criava carneiros e foi um dos pioneiros da apicultura no Brasil. Retornou à França idoso, deixando o filho mais velho, René Paul, que deu origem aos atuais Vigneron.

do com escravos gerando descendentes com nomes franceses, mas sem a mesma condição social, assim como a desvalorização das terras.

DECADÊNCIA – A imigração francesa para Ubatuba praticamente não deixou vestígios e teve como motivo para sua decadência, o fim da cafeicultura no município e no Vale do Paraíba, o que provocou a derrocada do porto exportador. “Também houve muita gente que voltou depois que cessaram os motivos políticos, que antes os haviam obrigado a deixar o país”, comenta o historiador.

Em São Luiz do Paraitinga, onde a prefeita é descendente de franceses, chegaram inicialmente ao distrito de Catuçaba, conhecido como um reduto da cultura caipira, onde até hoje há moradores que ostentam sobrenomes franceses como Charleaux, Briet, Pavret e Billard. A explicação, segundo o historiador Vigneron, é a proximidade com Ubatuba, de onde os franceses teriam vindo em direção ao Vale do Paraíba, depois da decadência do porto e das fazendas ubatubenses. VV

Também são apontados como motivos da quase extinção da imigração francesa, o fato de muitos deles terem se envolvi-

rindo de Paulo, eles também criavam gado holandês e irrigavam suas terras represando um riacho, que também servia para gerar energia. “Os monges dessa ordem buscam equilibrar a espiritualidade com o trabalho e cultivavam o silêncio”, afirma.

Besides touching the local gastronomy, they were also responsible for introducing rice crops in the region. The Trappist monks installed in Tremembe, brought European techniques to build irrigation canals to grow rice in the floodplains of the Paraiba River, Today the Paraiba Valley is the largest riceproducing region of the state of Sao Paulo. Nowadays, the Paraiba Valley maintains much wider relations with France, but focused on business, since the region became one of the most important industrial parks in the countryside of Sao Paulo.

Divulgação

Eles chegaram em 13 de setembro de 1904, também fugindo de perseguições na França e deixaram Tremembé entre 1927 e 1931, após fechar o convento por falta de vocações locais.

The most French city among all others is Ubatuba. In Ubatuba, hundreds of French families arrived between 1819 and 1850, fleeing the climate of political and economic instability of the French post-Revolution. They came to Brazil because of the low price of Brazilian land, and they invested in coffee plantation.

A ordem trapista, conforme escreveu o taubateano Arthur Audrá, estava ligada à Aba- Os trapistas também foram os responsáveis dia de Trapa, localizada em Perche, na Fran- pela criação da primeira faculdade de Teoça, tendo sido fundada em 1140. Segundo logia da região, em 1920, conhecido como outro pesquisador, o tremembeense Lau- “Conventinho”, hoje Faculdade Dehoniana. VV Foto aérea da Faculdade Dehoniana - Taubaté/SP.

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La Danse, Henri Matisse Museu Hermitage São Petersburgo - Rússia

Ano francês A reciprocidade entre Brasil e França visa, segundo Olivier Poivre d’Arvor, diretor da CulturesFrance, aprofundar as relações entre os países.

La Valse, Camille Claudel Museu Rodin Paris - França

Os dois países designaram um comissariado para coordenar o evento, que acontecerá principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, João Pessoa, Fortaleza, Natal, Recife, São Luiz, Brasília, Manaus, Curitiba, Porto Alegre e Salvador, incluindo mostras de artistas como Chagall, Matisse, CartierBresson e Rodin; apresentações de dança

contemporânea e teatro; shows e concertos de músicos franceses; mostras de filmes. Em 2005, quando foi realizado o Ano do Brasil na França, Françoise Rodstein, francesa vinda de Lyon, participou organizando exposições simultâneas de pintura, por meio de uma parceria entre a Associação Carpe Diem, de São Paulo, e a francesa Personimages, que atuam na inclusão de pessoas com deficiência, por meio da arte. VV Para saber mais acesse: http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br

Dias atuais Nos dias atuais, o Vale do Paraíba mantém relações bem mais amplas com a França, mas com foco nos negócios, uma vez que a região se tornou um dos mais importantes parques industriais do interior de São Paulo. Uma das pioneiras foi a Rhodia, instalada em 1946 em São José dos Campos e a Rhodosá Companhia de Rayon Têxtil, desativada em 1997. Para Taubaté veio a Alstom,

Divulgação – Embraer

antiga Mecânica Pesada, especializada em infraestrutura ferroviária e geração de energia, em 1955. A Embraer também teve na França, um forte aliado para sua expansão internacional, inicialmente como expositora na Feira de Le Bourget, uma das mais importantes do mundo no setor de aviação. Nesta cidade francesa e na de Villepinte a empresa possui filiais. VV Unidade da Embraer em Le Bourget - França.

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Ilha Grande por Alessandra Jorge – alejornalistasjc@hotmail.com

Os primeiros habitantes os índios Tamoios e Tupinambás tinham mesmo muitos motivos para lutarem por ela. Ilha Grande é um daqueles lugares de tirar o fôlego de tanta beleza. Situada na Baía de Ilha Grande, distrito de Angra dos Reis, RJ, tem 87% do seu território protegidos constituídos pelo Parque Estadual da Ilha Grande, Parque Estadual Marinho do Aventureiro e Reserva Biológica da Praia do Sul. Entre as atrações estão 157 quilômetros de litoral, 7 enseadas e 106 praias de diferentes características, rios, lagoas, cachoeiras, planícies, montanhas e picos espalhados em 193 quilômetros quadrados de área. E com tantas opções de lazer vai ser difícil alguém ficar parado.

Nelson Palma

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Há trilhas auto-guiadas e outras que podem ser feitas com a contratação de um guia.

tórico que a compõe ter sido muito agitado.

Segundo o diretor do Jornal O Eco Ilha GranNO MAR – A variedade é ainda maior. Há de, Nelson Palma, uma figuras que vale a passeios de barcos, escunas, lanchas e ca- pena conhecer, atualmente a Ilha é formada tamarãs para vários ponpor uma invejável mistura éttos da Ilha. Com uma das nica. “Tem gente do mundo Aqui todo o maiores concentrações inteiro, costumes e culturas de naufrágios do mundo de todos os tipos, pessoas percurso é feito de com visibilidade de até 18 simples e sofisticadas, com barco ou a pé. metros, o mergulho é uma pouca e muita instrução. das práticas que atraem Toda essa complexa mistura, mais visitantes. vive em perfeita harmonia.”

A galera do surf, body e wake boarding também marcam presença. MISTURA – A parte humana é mais um dos seus tesouros, face o passado his-

HOSPEDAGEM – Há hotéis, pousadas e restaurantes com preços para todos os bolsos.


Ilha Grande (Long Island)

E é claro que nesta terra de todos os povos, há também espaço para os mochileiros. Para quem gosta de acampar, isso só é permitido nos campings espalhados pela Ilha. SEM CARROS – Os carros não são permitidos na Ilha. Aqui todo o percurso é feito de barco ou a pé. Por isso, há estacionamentos nos dois pontos de partida das barcas: Angra dos Reis e em Mangaratiba, que fazem o percurso em horários fixos, com a possibilidade de extras nos feriados e finais de semana. SEM BANCOS - Outro sinal de que estamos bem próximos do paraíso é a ausência de

bancos e caixas eletrônicos. O dinheiro eletrônico até pode ser usado em alguns restaurantes e lojas. Por isso, vá preparado porque sacar dinheiro aqui só pegando a barca. Seja lá qual for o roteiro que escolher fazer na Ilha, reserve alguns minutos para bater um papo com os moradores. Você com certeza ouvirá causos de tesouros escondidos, guerras, rebeliões, resgates de presos nos tempos dos presídios e muito mais. VV Para saber mais acesse www.ilhagrande.org, www.biodiversidademarinha.org.br e www.oecoilhagrande.com.br

With so many paradisaical landscapes, Ilha Grande, off Rio de Janeiro’s coast is an invitation to a journey in the time of discovery. Deserted beaches, crystal waters, preserved woods await the visitor who may even get lost with so many options. Abraham’s Village is considered the capital of the island, with the best infrastructure with campsites, inns and restaurants, besides some shops. It is there that boats leave for several tourist itineraries. Among the wonders of the place, you’ll find the Lopes Mendes Beach, recognized as one of the most beautiful in the world. The list follows with the Blue Lagoon, which has earned that name because of its similarity to Port Antonio, Jamaica, where the story named after it was filmed in that decade. For those who like adventure: Parrot Peak and the Adventurer’s Beach. Leisure options can take the visitor for a walk along one of the many trails, some self-guided and others require a guide. There are also options for mountain climbing, surfing, body and wake boarding and mountain biking.

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Ilha Grande

V ânia Ferreira

Realmente é grande essa ilha! Você caminha e caminha, porque lá não tem carro. Um ou outro passa, mas são dos órgãos públicos ou escolares. Sair... Só por mar, então o jeito é ficar e curtir suas maravilhosas praias. Sossegar o espírito e interagir com a natureza, caminhar na pequena vila... Ouvir várias línguas e tentar entender o que aquele povo fala. Pois por lá é assim, o mundo todo naquela Grande Ilha. Hora de curtir a preguiça, comer a hora que der, ou quem sabe só à noitinha, nos charmosos restaurantes. Cada um vai do jeito que quer, fica aonde quer, pois há vários campings e pousadas. Você segue por trilhas, descobre segredos. Cachoeiras, mar límpido, aquedutos, ruínas. E o dia passa e você não vê. O melhor período é entre março e abril, mais seco, mas tem gente por lá todos os meses, vindos de vários lugares do mundo. É simplicidade, beleza... É natureza. Se der uma chegadinha lá, vale curtir os passeios de lancha, de escuna, a pé. Se seu negócio é relaxar, pode ficar na vila, jogando cartas com os moradores do lugar. Mas se for caminhar, passear, se prepare, pois... como essa Ilha é Grande! Vânia Ferreira

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Celina R. Rodrigues

Comentários de uma turista


Fauna e flora exuberantes encantam visitantes Neslson Palma

O Parque Estadual de Ilha Grande foi criado em 1971 e teve sua área ampliada em 2005. Todo o seu interior é desabitado e tem como único ponto de penetração a estrada de terra, que liga a Vila do Abraão à Colônia Penal de Dois Rios. A Reserva Biológica da Praia do Sul e o Parque Estadual Marinho do Aventureiro completam o grupo que forma a Área de Preservação Ambiental dos Tamoios. A flora da região é composta por diversas espécies, como os gigantes da floresta: jatobás, jequitibás e rabos-de-tucano. FAUNA – Espécies raras e ameaçadas de extinção são encontradas como: bugio, ouriço-cacheiro, jaguatirica e lontra. A observação dos pássaros é mais uma atividade abundante em Ilha Grande. Passeiam pelas copas das árvores e pelas flores: inhambuguaçu, gavião-carcará, jacu, maitaca, tiriba, martimpescador e bacurau. Nas regiões praianas ou junto ao mangue são comuns socós, atobá, tesourão e maguari. Dentre os passeriformes, destacam-se joãode-barro, tangará, beija-flor e sabiá-laranjeira. VV

Faquna silvestre

Espécies raras e ameaçadas de extinção são encontradas entre eles, bugio, ouriço-cacheiro, jaguatirica e lontra.

Abundância de peixes na Lagoa Azul

But the activity that attracts tourists the most is scuba diving, motivated by the large number of shipwrecks in the Bay. On Ilha Grande, cars are banned; only official and authorized ones circulate and therefore, in order to reach it, only by boat from Angra dos Reis and Mangaratiba. There aren’t banks or ATMs and not all businesses accept credit or debit cards, so take cash. SUSTAINABILITY – After long periods of devastation, society, public institutions and NGOs have joined to develop projects to support of environmental preservation and traditions.

Celina R. Rodrigues

Following this line, the Choral-Sun Project, intends to fight the invader who threatens the native coral and to generate income for the community, which is being qualified to collect the species and turn it into handicraft. The pioneer idea in Brazil is developed by the Marine Biodiversity Institute, with the support from several partners, such as Real Bank, Unisol and Petrobras. To learn more, visit www.ilhagrande.org, www.biodiversidademarinha.org.br and www.oecoilhagrande.com

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Ilha Grande

Projeto Coral-Sol combate invasor e gera renda aos moradores da Ilha O coral-sol é um invasor marinho que ameaça a biodiversidade da zona costeira brasileira. Sua espécie foi introduzida no Brasil no final da década de 80, através de plataformas de petróleo/gás e invadiu costões rochosos ao longo de 900 quilômetros de litoral. Joel C. Creed

“Hoje estamos com atividades constantes na Ilha Grande, tanto de controle dos corais através da catação (junto com os catadores), quanto de manter uma exposição permanente do projeto na sede do Parque Estadual da Ilha Grande, pesquisas, monitoramento e geração de renda. A exposição conta com a presença de monitores do projeto de sexta-feira a domingo, que ajudam o público a apreciar o projeto.” FORMAÇÃO – Além da comunidade, o projeto trabalha na formação de estagiários de nível superior. “Formamos a segunda turma de estagiários atendendo dez universitários e iniciamos a capacitação da terceira turma de 15 alunos”, disse o pesquisador.

Para controlar e banir essa “praga” que pode matar corais nativos, pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Comitê de Defesa da Ilha Grande e Universidade Solidária (Unisol), Banco Real, CNPq, Faperp e Instituto Biodiversidade Marinha se uniram e criou o projeto Coral-Sol, coordenado pelo professor doutor do Laboratório de Ecologia Marinha Bêntica/UERJ, Joel C Creed.

Joel C. Creed

Artesanato feito pela comunidade litorânea da Ilha Grande

Colheita dos corais

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Joel C. Creed

Além do objetivo de erradicá-lo em um prazo de 20 anos, o projeto está contribuindo para a geração de renda. Estão sendo capacitadas para catar e preparar os corais para venda como artesanato, 40 famílias das comunidades litorâneas de Ilha Grande.

FUTURO – Com o apoio da Unisol e Banco Real renovados para mais um ano, o projeto também ganhará em breve o apoio do Programa Petrobras Ambiental. “Estes

apoios viabilizarão a expansão do projeto não apenas na Baía de Ilha Grande mas, também para outros locais impactados pelo coral-sol como a Região dos Lagos, RJ e Ilhabela, SP, onde o projeto atuará junto com nossos parceiros locais –Instituto Terra e Mar e Cebimar-USP.” Faz parte dos objetivos também a implantação de um Centro de Visitantes na Vila do Abraão e um programa de educação ambiental voltado para visitantes, estudantes e comunidades locais. VV Para saber mais acesse www.biodiversidademarinha.org.br

Joel C. Creed


SABOREIE CUNHA Comida caseira. Self-service, prato feito e marmitex. Especialidades: torresmo à pururuca e buffet de saladas com variadas combinações de folhas e legumes. Almoço das 10h às 15h e Jantar das 19h às 21h Rua: Dr. Casemiro da Rocha, 28 – Centro (próximo ao Santander) – Tel: (12) 3111-1486

IDEAL

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TJ

Pizzas tradicionais e à moda de Nápoles, finas no meio e com laterais altas com 75 sabores a sua escolha. Jantar: terça a domingo à partir das 18h30 Rua Dr. Casemiro da Rocha, 82 – (12) 3111-2756 / 9746-1053.

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ROSA

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TOCA DO PEIXE

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Comida caseira. prato feito, refeição e marmitex. Especialidade: carne assada na chapa. Almoço: segunda a sábado de 9h às 14h30. Aos sábados cardápio especial. Travessa Paulo Virginio, 17 – Centro – (anexo ao Mercado Municipal de Cunha)

CAFÉ CAPRIL

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CASARÃO

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Produtos exclusivos e nutritivos, feitos com leite de cabra, capuccino, café e chocolate quente. Leite ao pé da cabra e outras iguarias típicas. Sexta a domingo, das 8h às 18h30 Rodovia Guaratinguetá – Cunha – Km 41,5 – (12) 3111-1679 e 9716-1920

Cozinha regional caseira. Self-service e marmitex. Especialidades: tutu de feijão, torresmo, costeleta e canjiquinha. No jantar, pizzas. Almoço: todos os dias de 11 às 15h/Jantar de quarta a domingo a partir das 19h Praça Cônego Siqueira, 117 – Centro (ao lado da Igreja Matriz) – (12) 3111-1272

DELÍCIAS DA ROÇA

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Comida típica e tradicional caipira no fogão a lenha. Especialidades: costelinha de porco, torresmo, frango caipira, cação com molho de camarão e leitoa a pururuca (sob encomenda). Almoço: todos os dias das 11 às 19h Rodovia Cunha – Paraty, Km 56 – Estrada do Paraibuna, Km 10 (não pavimentada)

JECA GRILL

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Comida regional caseira. À la carte, por quilo, prato feito, salgados, lanches e marmitex. Especialidades: picanha na tábua, leitoa à pururuca, truta com alcaparras ou shitake e massas caseiras. Aberto todos os dias de 7h às 22h (ao lado do Portal de Cunha) Rodovia Guaratiguetá – Cunha, Km 45 – (12) 3111-3124

MELHOR HORA

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SABORES DA ROÇA

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Comida caseira. Pratos regionais, grelhados, saladas e polenta frita. Feijoada, aos finais de semana, no inverno. Aberto todos os dias para almoço de 12h às 17h Pça. João Olimpio, 17 – (ao lado Mercado Municipal de Cunha) – (12) 9776-8996

Especialidades: comida tropeira, mineira, trutas e outras opções. Todos os dias, a partir das 11h Jantar: sextas, sábados e feriados a partir das 19h. Rua Augusto Adolfo Hauk, 26 – Alto do Cruzeiro – (12) 3111-3139

COGUMELOS DE CUNHA

Qualidade e asseio, preço e bom atendimento. Encontrado em restaurantes e pontos de venda na cidade de Cunha. Visitação a produção. Todos os dias das 14h às 17h30 - Rod. Paulo Virgínio km 43,5 – Estr.Mun. do Ribeirão, km 2 - (12) 9759-0532

ADEGA CUNHA

Fogão à lenha. Especialidades: traíra frita sem espinho, moqueca de traíra, frango caipira, truta na manteiga, leitoa assada, lambari, picanha no alho, feijoada. Pesque e solte gratuito Aberto de terça a domingo de 12h até último cliente Rod. Guaratinguetá – Cunha, Km 36,4 – (12) 9731-0650 (1 km de estrada não pav.).

CAPUCHINHO

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CORAÇÃO DA TERRA

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DRÃO

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EMPÓRIO RENZI

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QUEBRA CANGALHA

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Cantina italiana. Especialidades: massas e molhos artesanais, frutos do mar, pizzas e churrasco. Seleção de vinhos e chope. Jantar: sextas 18h às 23h / almoço e jantar: sábados, domingos e feriados de 12h às 23h. Sentido Cachoeiras Desterro e Pimenta – B. Jardim – (12) 3111-2916 e 9718-1283

Pratos a base de shiitake. Especialidades: risotos e massas artesanais com cogumelo shiitake. No verão, moqueca de shiitake e shimeji e no inverno, ravioli de shitake ao gorgonzola e passas. Almoço: sábado, domingo e feriados de 12h às 17h. Rod. Cunha – Paraty, Km 65 – Estrada para Pedra da Macela, a 500 m do asfalto

À la carte. Bolinhos, filés, trutas, massas com vários molhos, opções vegetarianas e sobremesas especiais. Mensalmente, festival gastronômico temático. Almoço: quinta a domingo, a partir das 12h / Jantar: quinta a sábado até as 23h. Alameda Lavapés, 560 (a 50 mts da casa do artesão) – Vila Rica – (12) 3111-1326

Cozinha regional e italiana. Especialidades: bocadinho como entrada, tutú tropeiro, fondue e cardápio toscano. Cachaças artesanais de fabricação própria. Aberto de quinta a terça de 10h até o último cliente – (12) 3111-1371 e 9791-2912 R. Jerônimo Mariano Leite, 459 – Vila Rica – www.emporiorenzi.com.br

Comida variada e serviço à la carte. Especialidades: cordeiro ao molho de alecrim, filé ao Brie, truta ao porto e opções de massas, risotos e saladas. No inverno, caldos e fondues. Mensalmente festivais gastronômicos oferecidos pela Confraria Quebra Cangalha. Seleção de vinhos, chopes e a cerveja artesanal Wolkenburg, fabricada em Cunha. Quarta a Domingo, 12h – 23h. Segunda e terça, 12h –17h e, a partir das 19h, c/ reserva R. Manoel P. de Toledo, 540 – Cajuru – (12) 3111-2391 – www.quebracangalha.com.br

Gasto médio por pessoa – $: até R$ 10,00 – $$: de R$ 11,00 a R$ 25,00 $$$: de R$ 26,00 Ra R$ 45,00

Uma empresa a serviço do vinho Os vinhos do mundo no Vale Quinta a domingo das 10h às 19h Rod. Guará -Cunha, km 39 tel: 12- 9756-6559

QUITANDA LITERÁRIA

Folheie o jornal do dia enquanto saboreia o café Santo Grão com quitandas. Café expresso ou de coador, doces caseiros, queijos e produtos da roça.Rua João Manoel Rodrigues, 38 - Centro - Cunha (12) 3111-2402


Amanda Arantes

Ilha Grande

Voto popular elege “As Sete Maravilhas de Ilha Grande” Com tanta beleza e opções de lazer, o site www.ilhagrande.org criou uma votação popular que elegeu as sete maravilhas de Ilha Grande. A Praia de Lopes Mendes, considerada uma das belas do mundo, sagrou-se vencedora. Deserta, possui uma areia branca e fina, emoldurada pelo mar azul e verde, transparente, raso, com ondas, cardumes e surfistas. Apesar de o mar bater forte.

Lagoa Azul, vice-campeã

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Amanda Arantes

A vice-campeã atende pelo nome de Lagoa Azul, nome lhe dado devido à semelhança com Port Antonio, na Jamaica, lugar onde


Amanda Arantes

Lopes Mendes, a vencedora também é considerada uma das mais bonitas do Brasil

Pico do Papagaio, ponto mais alto da ilha com 990 metros.

foi filmado o filme Lagoa Azul, na década de 80. Localizada na Freguesia de Santana, extremo norte da Ilha, chega-se a ela de barco, cujo passeio revelará outras paisagens. Cartão postal da Ilha, o Pico do Papagaio ficou com o terceiro lugar. De seu cume pode-se avistar vários picos como a Pedra da Gávea no Rio de Janeiro e o Dedo de Deus na Serra dos Órgãos. Em quarto, a Praia do

Aventureiro é encantadora pela cultura caiçara, o povo acolhedor e o seu exotismo. Uma das mais selvagens e preservadas praias da Ilha, Paranaioca, ficou em quinto lugar. Praticamente deserta é cercada de matas onde habitam colônias de bugios, micos, esquilos, pássaros e rios que correm montanha abaixo, formando poços.

Completam a lista as Praias do Sul e do Leste, onde só pesquisadores podem passar e por último, a Praia do Caxadaço cercada de rochas, mar calmo com águas cristalinas em tons azuis e verdes, colônia de corais e algas marinhas, cardumes de várias espécies. Mata Atlântica, pássaros, animais silvestres e um riacho desaguando em meio a uma mini piscina. Quer mais? VV

VILA DO ABRAÃO: O POINT DA AGITAÇÃO O litoral bem recortado da Ilha Grande apresenta várias formações geográficas conhecidas por abra, um pequeno golfo protegido por correntes marinhas e que serve de ancoradouro para embarcações. Foi em uma abra, um pouco maior do que o normal, que os navios europeus começaram a desembarcar no inicio do século 16 e denominaram o local de Abraão. Assim foi batizada a capital da Ilha, que oferece a melhor infraestrutura com vários campings, restaurantes, pou-

sadas, comércios, posto de saúde, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

Amanda Arantes

E de lá também que saem os barcos para diversos passeios ao redor da Ilha e de onde é possível partir para inúmeras trilhas. Os povoados de Araçatiba e de Provetá têm relativa infra-estrutura. Destaque também para Dois Irmãos, local onde abrigava o antigo presídio e agora é uma estação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). VV

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Camilo Alvarez Netto

6088 metros na

por Camilo Alvarez Netto – camilo@superacomunicacao.com.br

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Bolívia

Fotógrafo, jornalista e aventureiro. Essa é uma pequena descr ição do perfil de Camilo Alvarez Netto, responsável pelo projeto gráfico da rev ista Vale Ver. Em janeiro desse ano, ele e amigos experimentaram a emoção de escalar a montanha Huayna Potosi, 4º maior da Bolívia. Confira a história.

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6088 metros na Bolivia

Feliciano

“Vamos levantar!”, disse Feliciano. Era tudo o que eu não queria ouvir... Acho que nenhum de nós, na verdade. O dia anterior parecia não ter acabado ainda e já tínhamos que sair para atacarmos o cume. Estávamos no Refugio Três, um pequeno container laranja a 5,2 mil metros de altitude e devia ser pouco mais que meia-noite no Huayna Potosi. Feliciano e Felix, os guias da expedição são experientes, mas simpatia não é muito o forte dos aimarás, uma etnia de índios guerreiros da região. Nunca foram conquistados, nem pelo poderoso império Inca, muito menos pelos espanhóis. Além deles Hernan, nosso carregador que havia subido até ali com os 20 quilos de equipamento, Vivi, também brasileira e dois australianos: John e Ross. Desde o acampamento-base até ali subimos 500 metros sem neve, por um caminho ro-

choso relativamente sem muita dificuldade. Agora seria realmente o desafio da montanha. 800 metros até o pico, na neve e no gelo a noite toda, e descer tudo até o inicio, durante o dia. Dormimos (se é que se pode dizer isso), por poucas horas depois de uma sopa com pão. Camilo Alvarez Netto

Já com nossas roupas para neve, botas de gelo, grampões, piolets e as lanternas de cabeça, mergulhamos na escuridão desolada da montanha formando dois grupos. Feliciano foi com John e Ross, eu e Vivi ficamos com Felix. De cara já avisamos que não estávamos 100% aclimatados a altitude e Vivi tinha asma então o ritmo teria que ser mais lento. Ele assentiu e começamos a escalar. O esforço de subir neve com as botas de gelo é enorme e tudo fica muito mais difícil pela falta de oxigênio. Antes da metade a ideia de desistir já me parecia cada vez mais atraente. A montanha é íngreme, sem muitos pontos planos, o frio aumentava a cada minuto e respirar fica mais difícil a cada passo. Para “ajudar” a moral eu via o vulto da montanha que parecia nao diminuir nunca contra o céu estrelado. Vez ou outra conseguia ver a luz das lanternas dos australianos muitos metros acima de nós.

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6088 meters in Bolivia “Let’s raise!”. It was everything that I did not want to hear ... The previous day seemed not to have finished yet and we already had to leave to attack the summit. We were at Refuge three at 5,200 meters and it was little past midnight on Huayna Potosi. The effort to climb snow with ice boots is enormous and everything is much more difficult because of the lack of oxygen. We arrived at the summit at sunrise, exhausted. My toes and fingers were numb by the cold, the water from my canteen had frozen and the sunscreen that I would use on the way back, frozen. Since we woke up, we walked for thirteen hours and most of those hours we thought: what are we doing here?

Chegamos ao topo ao amanhecer, exauridos. Meus dedos dos pés e das mãos estavam dormentes pelo frio, a água do meu cantil havia congelado, o protetor solar que ia usar na volta: uma pedra de gelo. A paisagem é maravilhosa, de tirar o fôlego, se vocês me permitem a piada de montanhista. Chegar ao topo foi sem dúvida a coisa mais difícil que fiz na vida, mas descer talvez tenha sido ainda mais. Quinze minutos foi só isso que pudemos aproveitar no teto da cordilheira real. Uma descida de quase mil e quatrocentos metros nos esperava. Agora a altitude começava realmente a

cobrar o preço. Dor de cabeça, tontura e confusão mental. Perdi a conta de quantas vezes caí. Na volta também pudemos ver todos os precipícios e fendas que havíamos passado durante a subida no escuro. Foram quatro horas até o refugio e mais quatro até o acampamento-base. Desde que acordamos, havíamos caminhado por treze horas e a maior parte dessas horas pensávamos: o que é que estamos fazendo aqui? Vivi chegou a pensar em nunca mais subir uma montanha na vida, mas agora, em casa escrevendo esse texto (e sentindo meus dedos novamente) até dá para pensar em tentar outra vez. Mas só pensar... VV

Camilo Alvarez Netto

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Encantos do sul do Brasil Belezas naturais de Santa

Catarina fascinam cada vez mais os turistas por Louise Vieira – louise.vieira1987@gmail.com

Leia Mendes Cook

Repleta de belezas naturais, Santa Catarina encanta milhares de turistas todos os anos. É no verão que o estado recebe um maior número de visitantes, seja para uma aventura nas trilhas ecológicas, seja nas ondas do surfe nas principais praias da ilha, ou para encantar-se com a prática do mergulho. O Estado localiza-se no sul do Brasil, e Florianópolis, considerada como uma das capitais com melhor qualidade de vida do país, possui aproximadamente 400 mil habitantes.

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Santa Catarina possui uma cultura rica e diversificada, devido à sua colonização composta grande parte por Alemães e Italianos. Blumenau, Joinville e Brusque são as três principais cidades germânicas do estado. Os alemães introduziram os primeiros teares, transformando Santa Catarina num dos maiores pólos têxteis da América. Os

produtos são atrativos para os turistas de todo o mundo, em qualquer época do ano. A Oktoberfest, que ocorre uma vez por ano em Blumenau, nasceu após a iniciativa de arrecadar fundos para a cidade, devido a uma grande enchente que abalou sua estrutura. A primeira edição, em 1983 fez tanto sucesso que os moradores resolveram repetir a dose anualmente. Hoje é uma das festas mais populares do país. A cidade de Nova Trento foi o primeiro local onde os italianos se instalaram. Milho, arroz, fumo e uva são as culturas clássicas trazidas pelos imigrantes. O litoral de Santa Catarina foi povoado por ilhéus do arquipélago dos Açores. Diversos costumes açorianos permanecem vivos em Florianópolis, como por exemplo a renda de bilro e a pesca artesanal.


Louise Vieira

Natural beauties of Santa Catarina fascinate more and more tourists Full of natural beauty, Santa Catarina enchants tourists with its rich and diversified culture, result of its colonization largely made by Germans and Italians. Blumenau, Joinville and Brusque are the three main German cities in the state. Oktoberfest in Blumenau, came upon as an initiative to raise funds for the city, due to heavy flooding that hit its structure. Today it is one of the most popular festivals in the country. There are also traces of colonization by other peoples - the Azores islands and Italians left their mark.

A cidade de Bombinhas, situada no norte de Santa Catarina, é considerada a capital do mergulho brasileiro. A 11 km da cidade, a Ilha do Arvoredo é um dos principais pontos para a prática subaquática, reconhecida como a primeira reserva biológica do país. A transparência de suas águas e a variedade da fauna tornam Arvoredo o destino preferido dos mergulhadores de todo o Sul do Brasil. O local conta com uma rica vida marinha, que inclue tartarugas e inúmeras espécies de peixes, como a garoupa, o mero e a arraia. Os barcos que transportam as pessoas até a ilha possuem motores menos poluentes que os comuns, e os filtros são trocados periodicamente, resultando num impacto menor ao ecossistema. Douglas Sant Anna Leandro, instrutor de uma escola de mergulho em Bombinhas,

ao levar seus alunos para a prática de mergulho na reserva biológica, alerta para que nada seja alterado, assim preservando e mantendo intacto o ambiente. Além do mergulho, existem outras opções de lazer em Santa Catarina. Entre elas, destacam-se o surfe e as trilhas ecológicas. Respirar fundo, sentir o ar puro e se deixar levar pelos sons e cheiros que só na natureza podemos aproveitar, faz acreditar que estamos no paraíso. Praias, ilhas oceânicas, montanhas, rios, mangues, cachoeiras, costões, dunas e lagoas, constituem um belo cenário de encher os olhos. Em Florianópolis, as praias do Santinho, dos Ingleses e a Brava, que ficam ao norte da ilha, são as mais procuradas pelos surfistas. Já para quem deseja se iniciar neste esporte, as praias da Armação, da Barra da lagoa e dos Ingleses, são boas pedidas. VV

Bombinhas, north of Santa Catarina, the Brazilian scuba diving capital. 11 km from the city, the island of Arvoredo is one of the main points for underwater activities, besides being a biological reserve. Among other options for entertainment, you can surf, at the beaches of Santinho, Brava and Ingleses in Florianopolis in the north of the island, and ecological trails.

O BRASIL NO CIRCUITO MUNDIAL DE TURISMO O 9º Fórum Mundial de turismo promovido pela WTTC – Word Travel and Turism Council, que acontecerá em Florianópolis entre 14 e 18 de maio. O fórum promove atualizações para agências de turismo e conta com cerca de 100 presidentes e CEOs das principais empresas de turismo. A capital de Santa Catarina concorreu

com a cidade de Xangai, na China para sediar o evento. A WTTC será realizada no Centrosul – Centro de Convenções. Como chegar: A 13 km do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, ao lado da passarela do Samba Nego Quirido Localização: Centrosul está localizado na região Centro - Oeste de Florianópolis. VV

Brazil will host the 9th World Tourism Forum sponsored by WTTC - Word Travel and Tourism Council, which will take place in Florianópolis between May 14 and 18. The forum promotes updates for tour agencies and has about 100 presidents and CEOs of major trade organizations. The capital of Santa Catarina competed with the city of Shanghai, China to host the event. The WTTC will be held in Centrosul - Convention Center. How to get there: 13 km from Hercílio Luz International Airport next to the Samba Nego Quirós catwalk

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Encantos do Sul do Brasil

“JOAQUINA - ENCANTO PARA OS SURFISTAS” A praia da Joaquina é famosa por promover campeonatos internacionais de Surfe. É garantia de boas ondas e muito agito nos seus arredores, com uma paisagem de tirar o fôlego. Fugir da rotina e descobrir a natureza é uma experiência, além de saudável, relaxante. Muitas trilhas se encontram em diferentes locais de preservação, como parques e reservas ecológicas. Para quem prefere uma caminhada mais pesada, com trechos radicais e com descidas acentuadas, há a opção das trilhas do Sul da ilha, formadas na região que vai da Praia da Armação até Naufragados. Para os iniciantes, as praias da Solidão, e do Saquinho possuem uma caminhada mais tranqüila. Cachoeiras que se escondem na mata são garantia de grandes emoções.

Após uma caminhada pela praia Mole, a 16 km de Florianópolis, encontra-se a praia da Galheta, opção para os naturistas, adeptos do nudismo. Entre as três capitais brasileiras que estão situadas em ilhas - as outras são Vitória, no Espírito Santo e São Luiz do Maranhão - a capital de Santa Catarina é a única que manteve seus ecossistemas preservados. Florianópolis agrada a todos: algumas praias são balneários agitados, outras tranqüilas vilas de pescadores. Esta cidade é o lugar certo para os amantes de belas paisagens naturais, prometendo aventuras além do charme provinciano e o jeito simples dos manezinhos(modo como são chamados os nascidos na cidade)) da ilha, que sempre recebem os turistas de braços abertos. VV

“Joaquina - charm for surfers” The beach of Joaquina is famous for promoting international surfing championships - good waves and much excitement in their surroundings, with a breathtaking landscape. How to get there: Coming from downtown towards the east of the island, pass the Conceição lagoon and go towards Joaquina Beach. Location: 15 km from Florianopolis, between Mole and Campeche Beaches.

André Monteiro

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Além da cortina azul existem planetas, estrelas, buracos negros e muitos segredos que fazem com o que o olhar para o Universo exerça um verdadeiro fascínio sobre o imaginário humano, mesmo com tantos avanços tecnológicos e científicos. por Quitéria Melo – kitmelo@yahoo.com.br

Rute Trevisan, professora de Física da Universidade Estadual de Londrina evidencia os muitos avanços do trabalho dos astrônomos e pesquisadores. Ela enfatiza que há pouco mais de 100 anos, pouca idéia se tinha da existência de nossa própria Galáxia e hoje é sabido que existem centenas de bilhões delas no limite de visibilidade do Universo, que tiveram revelada sua desabalada carreira para todas as direções.

Mostramos que a vida na Terra está intimamente ligada às estrelas, através dos elementos químicos...

Os estudiosos conseguiram medir com boa precisão a idade e a composição química do Universo e descobriram um verdadeiro ‘zoológico’ de astros, variando entre densidades mais altas que a do núcleo atômico até mais baixas que o vácuo de laboratório e ambientes com temperatu ras de bilhões de graus ao zero absoluto.

“Mostramos que a vida na Terra está intimamente ligada às estrelas, através dos elementos químicos que elas produziram e da energia que fornecem”, diz Rute . O pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Carlos Alexandre Wuensche, realiza pesquisas na área de cosmologia, estudando a radiação cósmica de fundo em microondas e buscando entender o processo que levou as galáxias que observamos hoje a se formarem, há bilhões de anos. Ele explica que hoje muitas pesquisas são realizadas com instrumentos embarcados em balões, foguetes ou satélites (astrofísica no espaço), mas que algumas pesquisas somente podem ser realizadas em observatórios no solo, em regiões remotas e pouco afetadas pela luz ou pela interferência em rádio. “Atualmente os astrônomos observam as estrelas em diversas faixas de emissão: rádio, microondas, infravermelho, raios X, raios gama. E não é mais tão comum aquela figura que passava a noite isolada no alto de uma montanha observando os astros, dias e meses a fio”, diz o pesquisador.

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Os telescópios Gemini Sul, em primeiro plano, e Soar, no fundo . Cerro Pachón – Chile

Divulgação LNA

Somos um ponto no Universo


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No rastro das estrelas

Astronomical observatories in Brazil Observatories are places where data can be continuously collected and in good conditions of observation, and usually are installed where there is no light pollution and where there is little humidity. Nowadays much research is conducted with instruments aboard balloons, rockets or satellites (astrophysics in space), but some can only be made at ground observatories, in remote regions little affected by light or radio interference. “Astronomers observe the stars in several emission bands: radio, microwave, infrared, X-ray and gamma rays. And it is not so common anymore to have that person who spends nights alone on the top of a mountain watching the stars, “says an INPE (National Space Research Institute) researcher, Carlos Alexandre Wuensche. The largest telescope in Brazil is located in Brasopolis – Pico dos Dias Observatory – operated by LNA (National Astrophysics Laboratory). The current technology allows remote access to satellite data and telescope missions on high mountains are already often made remotely, with a few technical experts following the operation, which is fully automated. But astronomy goes beyond observing the stars. Many of the technologies used today were developed or refined in astronomy research. A good example are the CCDs (Charge-Coupled Devices); small electronic devices present in all modern digital cameras and camcorders.

A tecnologia atual permite que o acesso aos dados de satélites e as missões em telescópios no alto de montanhas sejam feitas remotamente, com poucos técnicos especialistas acompanhando a operação, totalmente automatizada. Wuensche esclarece que muitas das tecnologias utilizadas hoje foram desenvolvidas ou aprimoradas em pesquisas

de astronomia. Um bom exemplo disso são os CCDs (charge-coupled device) ou Dispositivo de Carga Acoplado - pequenos artefatos eletrônicos presentes em todas as câmeras digitais e filmadoras modernas,que foram desenvolvidos para melhorar a qualidade das observações astronômicas e depois passaram a ter uma enorme utilização na indústria.

OBSERVATÓRIOS ASTRONÔMICOS NO BRASIL Observatórios são locais onde se pode co- tilho ao explicar que o LNA acaba de venletar dados de forma continuada e em boas cer uma concorrência da Universidade de condições de observação e, geralmente, são Liverpool com um equipamento de fibras instalados onde não exista óticas (cabo de fibras óticas poluição luminosa e haja para espectroscopia). E a conpouca umidade. Estavam lá França corrência não foi pequena. Estavam lá França e Austrália, No Brasil existem alguns obe Austrália, entre entre outros países de ponta. servatórios como o Pico dos outros países de ponta. Descoberta patenteada, geDias (OPD), em Brasópolis Descoberta patenteada, nuinamente brasileira. (MG); o Radio Observatógenuinamente rio do Itapetinga (ROI), em O astrônomo destacou a imAtibaia (SP); o Arranjo Deportância do Brasil no campo brasileira. cimétrico Brasileiro (BDA) e científico, que possibilitou ao o Projeto de Mapeamento país fazer parte dos consórde emissão Galáctica (GEM), cios internacionais dos telesambos em Cachoeira Paulista, além do te- cópios Gemini (Hawai) e SOAR (Chile). lescópio de VLBI em Eusébio (CE). Vale citar outras pesquisas astronômicas O maior telescópio situado em território relevantes feitas no LNA, como a descoberbrasileiro é o Pico dos Dias - operado pelo ta da natureza da estrela Eta Carinae como LNA (Laboratório Nacional de Astrofísica) .O uma binária (Prof Augusto Damineli – USP) LNA é um órgão federal do Ministério de e a descoberta de novas estrelas jovens com Ciência e Tecnologia. método no infravermelho (Prof. Carlos Alberto Torres – LNA). VV Bruno Vaz Castilho, astrônomo e chefe do Departamento de Astronomia do LNA, explica que a função principal do LNA é Para saber mais: www.astronomia2009.org.br fornecer estrutura de observação para os pesquisadores brasileiros e desenvolver tecnologias para construção de equipamentos de astronomia.

“A tecnologia brasileira está muito competitiva, inclusive em níveis internacionais e o desenvolvimento em tecnologia tem mostrado resultados claros - o que tem chamado a atenção de outros institutos”, ressalva Cas-

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Gabriel Franco

Observatório Pico dos Dias, em Brasópolis/MG


Ano Internacional da Astronomia Para comemorar os 400 anos das primeiras observações de Galileu Galilei a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu que 2009 será o Ano Internacional da Astronomia. A professora da Universidade Estadual de Londrina, Rute Helena Trevisan, diz que o interesse do público pelo espaço cósmico nunca foi tão grande.

No Brasil, muitas ações estão sendo preparadas com o objetivo de difundir a Astronomia levando as suas principais contribuições para o conhecimento do público de todas as idades, e, principalmente, daquele jovem que poderá se interessar por uma carreira cientifica.

As ações envolvem exposições itinerantes, palestras, curso de astronomia básica, distribuição de materiais didáticos e observações noturnas. Quando Galileu Galilei deu aquela “espiadinha” ele talvez não imaginasse que estava dando início a uma revolução científica. Ainda existem lugares em que é possível ver e “ouvir” as estrelas como diz a poesia de Olavo Bilac, mas não esqueça de que, segundo o poeta, só quem ama é capaz de ter ouvido para ouvi-las. VV

Divulgação LNA

“O Ano Internacional se propõe a satisfazer a demanda do público por informação e por envolvimento. Não só ao longo do ano de 2009, mas através da herança desta celebração, criando canais de comunicação,

programas educacionais em longo prazo e engajando jovens na carreira científica”, comemora Rute.

Telescópio Soar em Cerro Pachón, Chile.

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Poluição luminosa um problema para os observatórios Um trabalho desenvolvido pelo LNA (La- O projeto sugere que prefeituras e popuboratório Nacional de Astrofísica) de Bra- lação local utilizem lâmpadas apropriadas sópolis, órgãos públicos e comunidade – que já existem no mercado – sobretudo local, quer reduzir a poluição luminosa nas áreas externas. Essa foi a aposta da Cedas grandes cidades, problema atual que mig (Companhia Energética de Minas Gecoloca em risco a existência dos observa- rais) que trocou as luminárias da cidade por tórios astronômicos. lâmpadas que evitam o desperdício.

O Observatório Astronômico de São José dos Campos – SP faz parte do Núcleo de Atividades Espaciais Educativas (NAEE) integrado ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA).

O astrônomo Bruno Castilho diz que essa “Comparando imagens de hoje com as de poluição ocorre porque a parte de cima das 20 anos atrás, daqui do LNA, fica claro o lâmpadas fica descoberta. A luz que deve- comprometimento causado pela poluição ria ser totalmente voltada para baixo acaba luminosa. Já não é possível ver estrelas e indo para cima e “quando bate na atmosfera galáxias como antes. O mar de Minas é o ela reflete de volta”. Do ponto de vista da céu e precisamos de um céu limpo”, conclui pesquisa isto faz com que não se enxergue o astrônomo Bruno Castilho. VV mais toda a camada mais próxima da cidade.

Ele proporcionou a formação da primeira geração de astrônomos no Brasil e gerou inúmeras teses de graduação e de mestrado, disponíveis para pesquisa na biblioteca do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), no CTA. VV

Do ponto de vista prático, significa desperdício de energia elétrica.

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No Vale do Paraíba

Às terças-feiras acontecem visitas monitoradas para observação do céu, entre 19h45 e 22h. Mais informações pelo telefones (12) 3947-4819/4845 e 4987 e pelo site www.iae.cta.br




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