Valever 7

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Ano II – nº 7 – Distribuição Gratuita





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omentos es peciais. Lugares especiais.

Estrada SĂŁo Benedito do FĂłgio, 1.501 / 1.551 Rodovia Presidente Dutra, km 166 - JacareĂ­ - SP - CEP 12334-020 Tel: (12) 3956 1062 e 3956 1930 e-mail: bonanzaruralcenter@terra.com.br site: www.bonanzaruralcenter.com.br


Editorial

O sabor da vitória

Viagens a locais distantes , a locais próximos, conhe cidos, ine xplorad os, povoados ou isolados. Locais de prá tica esportiva , para contemplação em grupo , ou para isolamento e contemplação. Desafios a vencer, conhe cimentos a adquirir, experiências para relem brar, fotos para mostrar aos amigos e compar tilhar um pouco do prazer de conhecer, usu fruir de momentos que, para quem foi, via jou, cur tiu, foram importantes. Tudo isso passa pela refl exão: por que viajar? o que se procura? Cada um tem seu caminho a trilhar. Seus próprios desafios de conhecimento e comunhão. Sua montanha individual, pela qual somente um faz o trajeto.

Expediente Revista Vale Ver – No 7 – Ano II – Julho de 2009. Conselho Editorial: Camilo Alvarez Netto, Celina Rodstein Rodrigues, Edson Rodrigues, Marcílio Sousa Lima, Hamilton Miragaia, Marcelo Botosso. Diretor Editorial: Marcílio de Sousa Lima marcilio@revistavalever.com.br. Diretora Comercial: Celina Y. R. Rodrigues – contato@revistavalever.com.br Diretor de Arte: Camilo Alvarez Netto – arte@revistavalever.com.br Jornalista Responsável: João Carlos MTB 25.428 jcfaria@hotmail.com Jornalistas: Alessandra Jorge, Quitéria Melo,João Carlos Faria Colaboradores: Marcelo Botosso, Hamilton Miragaia, Cyro Watari, Paulo de Tarso M. Marques Revisão: Teruka Minamissawa (12) 9121.3111 Tradução: Callan Point (12) 3942.6629 alcallanmethod@hotmail.com Tiragem: 6000 exemplares Representante comercial na região serrana e litoral Virgilio Prado – virgilio.prado@revistavalever.com.br Tel. (12) 7811.6999 Representantes comerciais em São Paulo Sonia G. B. T. da Costa – soniasgbt@hotmail.com Tel. (11) 9191.1205 Márcia Bacchin – marcia@vivanopositivo.com.br Tel. (11) 3842.5000 (11) 7729.2998 Representante comercial no Vale do Paraíba Celina Y. R. Rodrigues – celina@revistavalever.com.br Tel. (12) 8122.8999 Representante comercial em Santa Catarina Rodrigo Santini – santini@revistavalever.com.br Tel. (48) 8452.7912 Atendimento ao leitor: contato@revistavalever.com.br Tel. (12) 8122.5161 / 8122.8999 A Revista Vale Ver é uma publicação da MKT.ROD – Administração de Marketing Ltda. ME.



Turismo de negócios nas

4 estações

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Confira

Trabiju

Um ilustre desconhecido

Despertar do montanhista

Todos já nascemos escalando

Surfe

É nossa praia

Hasta la vista Patagônia

Diário de bordo de uma aventura no sul do continente

São Bento e Gonçalves

Divididas pela Mantiqueira, unidas pela beleza e pelo clima

Mercados

revistaria_Ag oto Gil Rennó

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Foto Gil Rennó revistaria_Ag

Conheça os últimos redutos da cultura caipira no ambiente urbano


Turismo de Proximidade

Sua opção no inverno e no verão

Por Paulo de Tarso M. Marques – cointerpt@gmail.com

Delegado Regional de Turismo Secretario de Turismo e Desenvolvimento São Bento do Sapucaí - SP

Aspectos importantes contribuem para o aperfeiçoamento do turismo de proximidade, especialmente nas cidades posicionadas num raio de até 350 km dos principais destinos turísticos. É o aperfeiçoamento do turismo de proximidade que beneficia destinos turísticos próximos aos locais de residência e num raio de influência que permita deslocamentos fáceis e baratos.

dade que permite reconhecer destinos próximos, especialmente de pequenas cidades, que oferecem conforto, paisagens deslumbrantes e preços que contornam as dificuldades do valor do dólar e fogem das expectativas de grandes operadoras que são motivadas pelo valor agregado de viagens distantes com serviços, venda de bilhetes aéreos e aluguel de veículos.

Os reflexos começaram a ser percebidos desde os atentados terroristas que abalaram as viagens internacionais e se intensificaram com a crise econômica mundial que obrigou os turistas a escolherem viagens que propiciam menos gastos.

Esta proximidade faz com que haja crescimento de atividades out door, como aquelas praticadas com bicicletas, trekking, corridas de pedestres entre outros considerados de aventura e de aproveitamento da natureza.

Márcio Bruno Oliveira.

Esse desempenho auxiliou o turismo de proximi-

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CONFIRA Ubatuba Sul Pura Aventura “Fazendo aventura pura com a Natureza, sem perder a natureza da Pura Aventura” 17, 18 e 19 de julho de 2009 Praias da Maranduba, Sapé e Lagoinha • Pedágio Ambiental • Limpeza Seletiva de Praias • Painel Estudantil Ambiental • Oficinas Ambientais • Regata Monotipos (até 16 pés) • Canoagem Oceânica • E muito mais. Informações e Inscrições no site www.cmaisa.org.br

I Curso de Montanhismo Clássico

Cavalgar pela Mantiqueira Venha desfrutar do prazer de cavalgar e desbravar a natureza em São Francisco Xavier. Cavalgadas temáticas como a “Cavalgada de Lua Cheia”, “Caça ao tesouro a cavalo”, “Travessia a Monte Verde”, “Horseacquaride” e piqueniques no campo são o ponto alto da programação do Rancho São Xico. As Cavalgadas são acompanhadas por guias especializados e os cavalos são mansos, todos meio sangue de raças próprias para o lazer. O Rancho São Xico oferece aulas pré-agendadas de cursos básicos em montaria e equoterapia; e sempre disponibiliza os equipamentos de segurança necessários.

5o Inverno Orgânico!

Estamos distribuindo saúde!

Dias 18 e 19 de julho em SFX, pela rede Transmantiqueira • • • • • • •

escalada da montanha interna; história do montanhismo caminhada meditativa; técnica de ascensão; a montanha do cotidiano; técnicas verticais com nós e amarros; vivência em grupo.

Já começou o Festival Arte no Inverno da Serra De 4 de julho a 8 de agosto, em São Bento do Sapucai. Recitais, bandas, teatros, música eletrônica, orquestras, exposição de artesanato e muito mais.

De 15 agosto a 07 de setembro de 2009 acontece em Gonçalves, sul de Minas Gerais, o projeto Inverno Orgânico. • Restaurantes, pousadas e cafés servindo pratos com ingredientes Orgânicos. • Visitas programadas a propriedades orgânicas. • Oficinas abertas de geléia, bordado, horta etc... • Palestras sobre agroecologia • Feira Orgânica. Boa música! Café da manhã especial, feira, e outras atividades voltadas para o bem estar. Mais informações no site www.invernoorganico.com.br


Temporada Gastronômica de Inverno 2009

Caraguá a Gosto acessível a todos

No Ano França no Brasil, os melhores restaurantes da Montanha homenageiam personalidades no campo das artes e cultura francesas, com fondues inéditas e pratos com chocolate. De 10 de junho a 16 de Agosto em Campos do Jordão Festival gastronômico traz estabelecimentos que atendem à lei de acessibilidade Os restaurantes, bares e quiosques do maior evento gourmet do Litoral Norte, o Caraguá a Gosto, estão atentos em bem receber os visitantes, que também são jurados. Aos portadores de necessidades especiais são oferecidos ambientes de acordo com as leis de acessibilidade.

Exposiçao de fotos Cyro Wasari viajou para a Patagônia e documentou tudo com belíssimas fotos. Para compartilhar um pouco dessa aventura com o público, vai ealizar uma exposição fotográfica na praça de eventos do Vale Sul Shopping, em São José dos Campos, entre 20 e 30 de agosto.

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Pico do Trabiju, an unknown near us There is in Brazilian mountaineering many well recognized peaks such as the Pico da Bandeira (Flag Peak) in the Serra do Caparaó (Caparaó Mountain) that attracts thousands of people every year to contemplate the splendid sunrises. The crossing of Petrópolis-Teresópolis in the Serra dos Órgãos (Organ Mountain) is also a classic of Brazilian mountaineering, attracting numberless adventurers. Despite that, in the vast Serra da Mantiqueira (Mantiqueira Mountain Range) there are other peaks waiting to be discovered (or maybe more famous) as in the case of the Trabiju Peak in Monteiro Lobato county – SP. Although it is quite difficult to actually get to the beginning of the trail due to the condition of its dirt roads, the trail is two hours of a walk, it is possible to reach the top from where you can see the nearest parts of the cities of the Paraíba do Sul Valley, especially Caçapava, São José dos Campos and Jacareí. Other scenes can also be viewed such as the dome of the Basilica of Aparecida and a splendid sunrise for those who take the risk to spend the night on the mountain.

O amanhecer no Trabiju

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PICO TRABIJU, UM DESCONHECIDO DA MANTIQUEIRA

textos e fotos por Marcelo Botosso – marcelo_botosso@yahoo.com.br

Há no montanhismo brasileiro vários picos consagrados, como o Pico da Bandeira na Serra do Caparaó ,que atrai milhares de pessoas todos os anos para a contemplação do seu esplendoroso nascer do sol. A travessia Petrópolis-Teresópolis na Serra dos Órgãos também é um clássico do montanhismo “brazuca”, atrativo de inúmeros aventureiros. Porém, na vasta Serra da Mantiqueira existem outros picos que ainda estão por ser descobertos (ou mais conhecidos) como é o caso do Pico Trabiju no município de Monteiro Lobato - SP. Minha intenção de chegar a esse pico era nula, pois, apesar de ser um relativo conhecedor da região, nunca ouvi um só comentário da sua existência.


Robson R. Suntree

Marcelo Botosso ĂŠ historiador, montanhista, canoĂ­sta e amante da natureza.

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Trabiju

No feriado de abril de 2009, eu e meu companheiro de montanha, Robson, resolvemos adentrar na Serra em busca dos picos menos procurados e, para nossa surpresa, nos deparamos com informações sobre o Trabiju, nome que, segundo um autóctone, designa “fazenda de mandioca”. Acostumados a circular por entre a Serra, com mapas, imagens geradas por satélites e muita inspiração, nos pusemos a campo e, em três horas, a partir do almoço na cidade de Monteiro, com alguns erros e acertos, chegamos ao sopé da referida montanha. O nível de dificuldade dessa caminhada não é alto, mas é recomendável que se faça à luz do dia, além de sempre levar água para hidratação, não deixando se enganar pela temperatura amena da Serra. Em torno de 1.500 metros de altitude, o rochoso Trabiju torna-se um incrível mirante natural, de onde se vê, bem próxima,

parte das cidades do Vale do Paraíba do Sul, principalmente Caçapava, São José dos Campos e Jacareí. De lá também é possível avistar a cúpula da basílica de Aparecida, as luzes de Campos do Jordão, a Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí, bem como o Bauzinho, a Ana Chata, o Pico Agudo, entre outras paisagens. O pôr-do-sol e o nascer são inefáveis quando se trata de dias abertos na montanha. Como observamos no livro de cume (livro acondicionado em caixa de aço inoxidável, no alto, para que lá o visitante deixe o seu registro), provavelmente tenhamos sido os primeiros a pernoitar naquele pico, sendo que as dores musculares do dia seguinte nos responderam o porquê do ineditismo: a irregularidade do chão exige grande habilidade e esforço para se permanecer deitado dentro da barraca. Escorregamos a noite inteira no terreno em declive.

Montanhismo O montanhismo é uma prática desportiva que consiste no ato de subir e descer montanhas com ou sem a utilização de equipamentos especiais. Há quem defenda a distinção entre montanhismo - caminhar sobre a montanha, como fizemos no Pico Trabiju - e escalada – subir e descer montanhas com níveis de dificuldades que exijam uma escalada técnica por meio da utilização de equipamentos especializados, tais como cordas,

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Camilo Alvarez Netto

grampos, etc. Outros termos aquecem a discussão: alpinismo, este oriundo das famosas conquistas dos Alpes da Europa; andinismo, referente à Cordilheira dos Andes na América do Sul; e himalaísmo, que se remete ao Himalaia, Ásia. Sejam quais forem os termos e definições, todos convergem num ponto: o praticante deve sempre buscar na atividade a convivência intensa e pacífica com o ambiente natural.

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Trabiju

Dica do autor Ser cortês com o morador local, além de nossas intenções para garantir a confiansinal de boa educação ainda poderá fa- ça dele. Na volta, com mais um pouco de cilitar o acesso ao pico. Deixamos nossa bate-papo (sempre se aprende com a altecaminhonete na casa do “seu” Júlio, ao pé ridade), deixamos uma gorjeta na intenção da montanha, que precavido com os incên- de manifestar a nossa gratidão perante a dios, como os que ocorreram outrora, nos hospitalidade do nosso mais novo amigo, viu com certa reserva. Nada como um bom “seu” Júlio. Gente tão simples quanto fina. “dedinho de prosa” e esclarecimentos das Vale a pena!

O que durante um dia com poluição pode ser difícil de se ver com clareza fica deslumbrante a noite. Do topo pode-se ver várias cidades do Vale do Paraíba.

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COM O CH EG AR Em menos de duas horas de caminhada é possível alcançar o topo, entretanto chegar até o início da trilha não é algo tão simples como se pode pensar.

tante contratar o serviço de um guia, que não só conhecerá o caminho, como terá o contato prévio com os envolvidos, organizando toda a logística da aventura.

O complicado caminho, por estradas de terra, exige veículo apropriado e um bom conhecedor do local a fim de não se tomar rumo incerto. As vias até o cume passam por propriedades particulares, e o mau uso do lugar por parte de alguns turistas fez com que certos proprietários restringissem o acesso. Por isso é impor-

Informe-se com a Prefeitura Municipal de Monteiro Lobato ou as agências de turismo das cidades do Circuito Mantiqueira. Monteiro encontra-se a 132 km da capital paulista, tendo acesso pela rodovia estadual SP-50 (São José dos Campos – Campos do Jordão) e Sul de Minas Gerais.


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“O despertar do Montanhista p montanha do cotidiano” por Hamilton Rodolfo Miragaia.

O Montanhismo Clássico se inicia como uma escalada interna, que transcende para uma vivência em ambientes naturais; a natureza acolhe e fortalece sua essência. A montanha proporciona vivências únicas que ampliam nossa visão, unificam os talentos e transformam o simples em sábio. Nossa primeira conquista foi quando, aos sete meses de idade escalamos nosso berço. O ser humano antes de andar já desenvolve habilidades de escalada, como prenúncio de longas aventuras. Trecho extraido do livro de Hamilton Rodolfo Miragaia

Camilo Alvarez Netto

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para a

A primeira escalada solo, a mais de dois metros de altura Dificilmente uma criança, ao chegar aos sete anos de idade, já não terá escalado ou ao menos tentado escalar uma árvore e tudo o que viu em seu ambiente: a janela do quarto, o portão de casa, da escola.

Para isso o educador, os pais, amigos e os adultos em geral têm que descobrir juntos o ambiente, de forma integral e harmônica, sem impor sua vontade a todos e sobre tudo.

É assim que se começa e se escreve histórias no mundo da aventura. Isso nos insere num universo de aprendizado e desenvolvimento corporal. Quando partem dessa vivência, seres que não têm sua ação reprimida, mas observada, conseguem sair da zona de conforto, desfrutar do ambiente e se sentir parte dele.

Sentir o equilíbrio, fortalecer a parceria e ser cúmplice, preservando a originalidade do ser, sem desvalorizar a percepção do outro. Negociar ações por um ambiente integrado e sustentável, sem repressão, com opções e sugestões. Levando em conta seus sete primeiros

anos de vida, você tem idéia de quantas conquistas você já conseguiu com suas aventuras com o montanhismo clássico? Algumas ficaram para outros momentos, como a vontade de subir no telhado de casa ou trocar a lâmpada da sala e subir no ponto mais alto da montanha que já viu; outras já fazem parte do seu currículo de montanhista, mas todas as vivências proporcionaram conhecimentos e histórias que estão registradas no seu subconsciente, seu livro de cume interno.

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UBATUBA ONDE AS FERAS DO

Diego Charleaux (o Baíca) atleta e shaper, e mais 3 atletas de Ubatuba são os únicos que conseguem executar, com êxito, essa inovadora manobra. MANOBRA – Após o botton (cavada) projetar a prancha para o aéreo, na decolagem, inverter o posicionamento das mãos, segurar a borda direita com a mão esquerda e a borda esquerda com a mão direita, olhando a rabeta, num movimento giratória, ao completar o giro, faz-se um “novo” drop (descer a onda) para completar a manobra

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Renato Leonard

SURFE SE ENCONTRAM


Essa característica, somada à quantidade de títulos em competições conquistados pelos nativos, deu à cidade o título de “Capital do Surf Paulista” reconhecida por lei estadual. Mas, o reconhecimento também pode ser medido pela quantidade de eventos que movimentam a economia local, em média 15 por ano. Outro parâmetro está no aumento do número de vagas nas escolinhas de surfe, que saltou de 30, em 1995, quando foi criada a Escola Municipal de Ubatuba, uma das pioneiras do país, para os atuais 400 alunos que frequentam as aulas. Segundo o presidente da AUS (Associação Ubatuba de Surf), Paulo Motta, entre os eventos está o Ubatuba Pro Surf (Circuito Municipal), considerado o maior do Brasil, com 14 categorias, cerca de 200 atletas, dividido em 3 etapas. “Isso movimenta totalmente a cidade. Cada campeonato tem em média mais de 100 inscritos. Cada evento reúne uma legião que gosta de acompanhar e curtir a estrutura montada. Só a etapa do Super Surf (Brasileiro Profissional), que acontece há dez anos em Ubatuba, chega a atrair mais

de 30 mil pessoas e movimenta cerca de R$ 1 milhão.” Indústria rentável – “A indústria do surf é a mais rentável do planeta. Hoje, nove em dez pessoas no mundo usam algo gerado pelo surf, alguns sem nunca ter colocado os pés em uma prancha. E o nosso circuito nacional é o mais rico do mundo, com as melhores premiações. Isso é uma vitória para o esporte que já foi visto com muito preconceito”, disse Paulo Motta. Segundo dados do Ibrasurf (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf), o esporte é praticado por 3 milhões de brasileiros, movimenta cerca de 3 bilhões de dólares por ano e gera cerca de 1,5 milhão de empregos. Melhores picos – Para dar uma “remada” para quem quer começar, o administrador e juiz do esporte, Everton da Silva e Souza, 26 anos, criou o Manual do Surf de Ubatuba, com dicas dos melhores points, baladas, cuidados, história, perfil dos atletas renomados da cidade e campeonatos.

Ubatuba has consolidated itself as the Surf Capital Diverse waves, fostering of new talents, they have made the city one of the most hip sports destinations in Brazil. Those who know Ubatuba know that everyday is a day to ride the waves. The city located in the North Cost of São Paulo has 92 beaches for all tastes, but for the surf lovers, the peculiar geography presents more than 40 ideal spots to wholly enjoy the relationship of man and sea. This characteristic, added to the quantity of titles conquered by the natives in competitions, gave the city the title of São Paulo’s Capital of Surf. Recognized by State Law. But its recognizing can also be measured by the quantity of events that enhances the local economy, an average of 15 a year. Another factor is the increasing of the positions in the surf schools that jumped from 30,

O guia, lançado em fevereiro deste ano, foi feito em formato de bolso, baseado em seu trabalho de conclusão de curso “O Guia de Ubatuba”. Algumas praias são ideais para quem quer apenas se banhar, mergulhar e surfar. Por isso, antes de cair na água, o ideal é consultar as associações, surfistas experientes ou nativos para buscar informações sobre as condições do surf (leia cuidados na página 23).

Surfistas na Praia Grande (Baguari) em Ubatuba

Geraldo Zanotto

Para quem conhece Ubatuba sabe que ali todo dia é dia de pegar onda. A cidade, situada no Litoral Norte de São Paulo reserva 92 praias para todos os gostos, mas para os amantes do surfe, a geografia peculiar presenteia com mais de 40 picos, ideais para curtir na plenitude a relação homem e o mar.

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Surfe

in 1995, when the Municipal School of Ubatuba was created, one of the pioneers in the country, to the current 400 students attending the classes today. POINTS – Some of the beaches are ideal for those who want to only bathe, dive and surf. Therefore, before jumping in the water, the ideal is to consult the surf associations and experienced surfers or native people to get information about the surf conditions. Toninha and Praia Grande beaches are the ones that match this profile. Beginners can enjoy the conditions on offer at the beaches Lagoinha, Maranduba, Praia Dura, Praia Grande, Praia da Enseada e Perequê-Açú that are also good for learning to surf, since it offers long waves allowing many possible moves until you’re carving up the surf.

Q U E M P O D E S U R FA R ? Qualquer indivíduo tem capacidade de surfar. Há casos de crianças de 6 anos. As aulas custam em média de R$ 30 a 50 com duração de 1h30.

Renato Leonard

Para os iniciantes recomenda-se a compra de uma prancha seminova, em torno de R$ 100. As novas saem em média R$ 600.

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Para saber mais: www.aus.com.br e www.ubatuba.sp.gov.br Fonte: AUS e reportagem

A Praia das Toninhas, divisa do sul com o centro de Ubatuba, é um exemplo. O canto direito é ideal para banhistas e mergulho. A partir do meio da praia, o mar é normalmente agitado com algumas correntezas, propiciando o surfe. A Praia Grande também é uma das mais procuradas pela diversidade de ondas influenciadas pelas condições da maré. Há dias bons para todos os tipos de manobras, inclusive tubos. O local é excelente para aprendizado, mas vale observar bem o mar, quase sempre agitado e cheio de correntezas.

As praias da Lagoinha, Maranduba, Praia Dura, Praia Grande, Praia da Enseada e Perequê-Açu também são boas para aprender, pois oferecerem paredes longas com possibilidade de várias manobras até o inside (local onde quebram as ondas, confira glossário do surfe na página 24). SÓ PROFISSIONAIS – Considerada uma das mais belas do mundo, a praia do Félix tem grande frequência de profissionais. O pico está no seu canto esquerdo, onde um triângulo forma uma onda impressionante,


que dobra de tamanho quando pega no back wash (choque da maré retornando com a onda que vem do mar) formando um tubo largo. Do lado direito, calmaria. Um rio de águas límpidas desemboca no mar e completa a paisagem preservada da Mata Atlântica, com uma grande infinidade de pássaros, outro tesouro de Ubatuba – já foram catalogadas mais de 400 espécies.

A praia de Itamambuca é palco dos maiores eventos de surfe nacional e mundial. O canto direito oferece ondas perfeitas que proporcionam todos os tipos de manobras. Com natureza bem preservada, possui vegetação de restinga e um rio que dá nome à praia.

Felix beach is the focus point of the professionals. In its left corner, where a triangle forms an impressive wave, that double its size when it gets some backwash (shock of the water returning when the wave goes back to the sea.) forming a wide tube.

Bom, praia é que não falta em Ubatuba. Em algumas como Pereque Açu, Toninhas e Praia Grande há aluguel de pranchas.

The Itamambuca beach is stage of the biggest National and World surf events. The right corner offers a perfect wave that allows all kinds of moves.

Para saber mais acesse www.aus.com.br e www.ubatuba.sp.gov.br. Para adquirir o Manual do Surf de Ubatuba envie e-mail para evertonubatuba@hotmail.com

For further information, please access www.aus. com.br and www.ubatuba.sp.gov.br.

Virgilio Prado na praia Vermelha do Centro em Ubatuba

CUIDAD OS • Buscar orientações nas associações e centros turísticos na cidade de praia em que você quer surfar. • Para ter aulas, buscar profissionais vinculados às associações e as escolinhas regularizadas. • Saber nadar. • Escolha uma prancha ideal para o seu nível de surf. Na dúvida, procure um shaper (profissional que faz prancha), um surfista experiente, escolas ou associações. • Use sempre a cordinha, que pode ser encontrada em surf shops.

• Verifique a parafina. • Use protetor solar. • Se você não conhece a praia, pergunte sobre correntezas e condições de surf. • Preste atenção nas ondas antes de entrar no mar, verifique o tamanho e intervalo entre as séries. • Não entre na onda em que houver um surfista. • Quando levar um caldo, procure manter a calma, utilize a espuma para levá-lo à areia. Fonte: Manual de Surf de Ubatuba e reportagem

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Surfe

Ubatuba cria “Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente” A formação de um grupo de trabalho para discutir propostas, que vão desde a destinação dos resíduos de fabricação de pranchas, até a responsabilidade dos surfistas diante das “Mudanças Ambientais Globais”, foi o tema de um encontro realizado dia 18 de junho em Ubatuba.

realização de mutirões mensais de limpeza, confecção de placas informativas sobre o ecossistema das praias, para sensibilizar os usuários acerca do lixo e dos seres vivos desse ambiente, bem como a inclusão de educação ambiental nas escolinhas de surf e associações de bairro.

A iniciativa promovida pelo Ong Ecosurfi de Itanhaém, litoral sul paulista, propôs a criação da “Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente”, com intuito de discutir também critérios ambientais para eventos realizados nas praias, principalmente campeonatos de surf. Entre as ações sugeridas está a

Segundo a assessoria do evento, a Prefeitura de Ubatuba e a Cetesb comprometeram-se a buscar soluções para a destinação adequada dos resíduos das oficinas de pranchas, fazendo o recolhimento e buscando formas de reaproveitar esse material. Diego Charleaux dando um Aéreo normal

Renato Leonard

ALGUNS TERMOS D O SURF Caldo: quando o surfista cai da prancha

Pico/Point: local de ondas

Casca-grossa: surfista mais corajoso

Pipocar: ficar com medo

Crowd: muita gente surfando na mesma área

Prego: surfista que nunca aprende a surfar bem

Drop: descer a onda, da crista até sua base

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Inside: área de arrebentação

Swell: entrada de ondas na costa

Outside: área do oceano onde as ondas começam a quebrar

Fonte: Manual de Surf de Ubatuba



HASTA LA VISTA

PATAGÔNIA

porCyro Watari – cyrowatari@directnet.com.br

Hasta la vista Patagônia Four adventurers leave São José dos Campos in a motor home, destined for Patagônia, an area surrounded by the Andes Cordillera, in the South of Argentina and Chile. It is a six day trip and almost five thousand kilometres of travel until you get to El Calafate, on the extreme South of Argentina. In the city, which has a good tourist infra-structure, there is the Los Glaciares National Park , where one of the wonders of nature “Perito Moreno glacier” can be found. It is a huge “tongue” of ice more than twenty thousand years old and is 5 km wide, 70 meters high and more than 35 km long. After that the group leaves for the North of the Los Glaciares, in Él Chaltén, 290km from El Calafate, considered the Trekking world capital, that has among its biggest attractions the Cerro Torre and Fitz Roy, giant granite mountains of more than three thousand meters, that challenge mountain climbers from all over the world.

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São José dos Campos, 22 h de uma segunda-feira de abril. Protegidos da chuva por um teto de zinco de uma empresa de transportes eu Cyro Watari (43 anos), Walter Baére (50 anos), Fabrício Carvalho (33 anos), Danilo Okamoto (27 anos) e Marcelo Brito (39 anos), ajeitamos a bagagem.

longos dias, somando exatos 4.970 km de estrada.

A cidade oferece um moderno aeroporto com vôos de Buenos Aires e excelente infraestrutura para atender aos milhares de turistas vindos de todas as partes do mundo. Seu principal atrativo é o Parque São malas com roupas de frio, equipa- Nacional Los Glaciares, onde fica o glaciar mentos de fotografia e vídeo, canoa, Perito Moreno. Trata-se de uma imensa caiaque, duas mountain bikes e equipa- “língua” de gelo com mais de 20 mil anos mentos de escalada. Colocamos tudo no e com 5 km de largura, 70 metros de alMotor Adventure , motor tura e mais de 35 km de home construído sobre extensão. Uma maravilha uma plataforma de ônibus, da natureza. Aqui todo o que seria nossa casa duranpercurso é feito de Uma passarela foi construte toda a viagem. Viajar em ída em 1989 permitindo barco ou a pé. um motor home é diferente que o turista se aproxime e muito mais confortável e a 200 metros da geleira. prazeroso que de carro. O ruído é estrondoso quando cai mais Nosso destino era a Patagônia, uma exó- uma parede da geleira, num espetáculo tica e inóspita região localizada ao sul da à parte. Antes, a aproximação exagerada Argentina e do Chile com a predominân- trazia perigo às pessoas que podiam ser cia da Cordilheira dos Andes com seus atingidas por estilhaços de gelo ou pelas picos nevados. A viagem até El Calafate, ondas geradas pelos imensos blocos que no extremo sul da Argentina levou seis se desprendiam das paredes de gelo.


Cyro Watari cyrowatari@gmail.com Atua profissionalmente desde 1997, realizando eventos e expedições a regiões inóspitas do planeta, com foco em esportes de aventura, cultura e preservação ambiental. Torres del Paine no Chile.

Cyro Watari

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Cyro Watari

A “gota d’água” veio literalmente, pela madrugada, quando despencou uma chuva que fez a margem do rio desaparecer. A água transbordou e quando vimos o Motor Adventure estava sobre a água. Foi um susto. Sem desanimar, depois de arrastar o motor home para a parte seca, decidimos escalar o Cerro Vespignani, com 2.142 metros de altitude, encoberto pela neve. Nessa época de outono, as folhas das árvores começam a secar e tingem a paisagem com um colorido exuberante, contrastando com o branco da neve, o azul do céu, o verde dos lagos e o marrom das rochas, uma verdadeira explosão de cores. A caminhada até o lago verde esmeralda, aos pés do Cerro Vespignani, leva pouco mais de uma hora. Dali em diante, inicia-se uma extensa e íngreme subida pela crista do morro que circunda o lago. Várias paradas para descanso e a cada olhada para trás, um visual indescritível. Torres del Paine no Chile.

Innumerable trails are mapped that guide you to the base of imposing mountains , passing through cinematic landscape. The group made the most of its time to practice trekking, walking on the ice, go down the zip-line and cycling a mountain bike. Facing the rain that flooded everything there, the adventurers decided to climb the Cerro Vespignani, with an altitude of 2.142 meters, covered by snow. However they didn’t get to the top and returned to El Chatén. Before that, they made a stop at the La Leona resort, at the banks of Leona River, built in 1884 and then, after they got to know many stories, they went down the river by canoe and kayak. The last phase of the trip was in Torres Del Paine in the Chilean Patagônia 500 km away, where immense granite towers, measuring more than three thousand meters, can be seen. The group returned to Brazil after 30 days, adding twelve thousand km more of road travel, bringing many memories and lovely images in their baggage.

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Mas, para quem busca aventura e beleza selvagem, o destino é o lado norte de Los Glaciares, em Él Chaltén, a 290 km de El Calafate. A cidade é conhecida mundialmente como Capital do Trekking. Seus principais atrativos são o Cerro Torre e Fitz Roy, gigantescas montanhas de granito que se elevam a mais de três mil metros e desafiam alpinistas do mundo inteiro. Foi pra lá que partimos.

Continuamos subindo. Era subida que não acabava mais, até que a neve começa a surgir em grande quantidade entre as pedras. Ao atingir um platô, as pedras já estão totalmente encobertas por uma grossa camada de neve, seguida de uma extensa rampa de gelo. Era a hora de colocar os equipamentos de escalada no gelo.

Iniciamos a subida pela rampa, tomando o máximo de cuidado para não cair nas gretas, que são fendas de diversos tamanhos, encobertas por uma fina camada de O melhor jeito para se coneve, que podem engolir nhecer Él Chaltén é camiuma pessoa. Aos poucos nhar pelas inúmeras trilhas A água transbordou a inclinação da rampa vai mapeadas, que levam até a e quando vimos o aumentando e a dureza da base de imponentes monneve também, a ponto do Motor Adventure tanhas, passando por paigelo ficar azulado e duro sagens cinematográficas. estava sobre a água. como rocha. Qualquer desAproveitamos para praticar trekking, caminhar no gelo, descer de tiro- cuido traria sérias conseqüências, fazendo a gente despencar ladeira abaixo. lesa e pedalar de mountain bike.

No entanto, queríamos muito mais. No dia seguinte fomos conhecer, a Laguna Del Desierto, a apenas 37 km de Él Chaltén, outro atrativo ainda pouco divulgado. Chegamos por uma estrada de cascalho que margeia o rio de las Vueltas. As chuvas tinham sido intensas nos últimos dias e o nível do rio estava no limite, às vezes até invadindo parte da estrada.

Durante a subida da montanha, contemplando toda aquela beleza, na companhia dos amigos, começo a pensar em pessoas queridas: minha filha Lara, Ana Paula e meu enteado João Pedro. Agradeço pelo privilégio de estar vivenciando tudo aquilo. O último obstáculo, a 1.950m, é uma acentuada inclinação da rampa. Mais seguro e prudente seria contornar e subir pela


crista da montanha, mas isso aumentaria a distância e o tempo de subida. Foi um momento de difícil decisão: continuar a escalada ou voltar, quando faltavam apenas poucos metros do cume. Já era final de tarde e optamos pela segurança e iniciamos a descida. Quando já estávamos em local plano começamos uma guerra de neve para comemorar a primeira escalada de Fabrício na neve. Foi uma verdadeira farra. Na manhã seguinte, como o nível do rio continuava quase o mesmo, resolvemos retornar para Él Chaltén. Durante o trajeto, era possível observar vários trechos alagados, chegando algumas partes a ter quase

um metro de água sobre estrada. Estávamos vivendo uma grande aventura.

legos, que resolveram fazer uma “parada técnica”, na fuga para o Chile.

No meio do caminho fizemos uma parada Após conhecer essas e outras histórias, na estância La Leona, às margens do Rio descemos o rio de canoa e caiaque por Leona. Construída em 1884 pela família duas horas e meia, passando por grandes de imigrantes dinamarqueses, os Jensen, falésias e avistando guanacos - animais paa estância foi testemunha rentes do camelo -, cavalos, de fatos que lhe deram patos e biguás. Iniciamos o retorno fama internacional. Um desA última etapa da viagem ses fatos ocorreu em 1905, ao Brasil, depois de 30 foi em Torres Del Paine na quando dois forasteiros se dias, somando mais de Patagônia Chilena distante hospedaram ali por mais de 12 mil km 500 km. A cidade também é um mês. Tempos depois, na bem estruturada, tem uma polícia, vendo várias fotos, natureza selvagem e rica fauna. De qualJensen reconheceu os ilustres hóspedes. quer canto pode se avistar imensas torres Eram Butch Cassidy e Sundance Kid, lade granito com mais de três mil metros. drões do banco de Londres, em Rio GalFormadas há mais de 12 milhões de anos foram eleitas como um dos dez lugares mais belos do planeta. Com tempo bom, coisa rara na Patagônia, aproveitamos para caminhar e pedalar por todo o parque durante os quatro dias de permanência.

Iniciamos o retorno ao Brasil, depois de 30 dias, somando mais de 12 mil km de estrada e trazendo na bagagem muitas recordações e belíssimas imagens.

Cyro Watari

Cerro Vespignani na Argentina

Danilo Okamoto

Cyro Watari

Equipe Galileo em El Chalten

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Gonçalves e São Bento

Onde a natureza salta aos olhos Panorâmica da região de São Bento do Sapucaí

MCF Produções

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MCF Produções

Quando se pensa em um lugar tranquilo, acolhedor e com boa culinária e natureza exuberante, Gonçalves e São Bento do Sapucaí são ótimas opções. A infraestrutura atrai os turistas e os cenários são verdadeiros cartões-postais. Com economia basicamente agropecuária, a cidade de Gonçalves, ao Sul de Minas Gerais, começa a perceber o potencial turístico que tem. É um lugar ideal para descansar e namorar, fazer uma boa caminhada ou um passeio a cavalo. A região possui característica topográfica muito agradável e apresenta um belo contraste entre montanhas, vales e cachoeiras. Fauna da Região. Abaixo um colibri e em seguida a Casa Venâncios , a mais antiga da região. Ao lado o Amanhecer com geada, muito apreciado pelos turistas.

Kleber do Posto

Antonio Basile Neto

Essa pequena cidade fica próxima a Campos do Jordão e Monte Verde. Quem gosta de aventura pode passar o dia por lá, fazer bons passeios em trilhas, cachoeiras e depois se deliciar em ótimos restaurantes. Impossível não se render ao pecado da gula com a diversidade dos pratos da deliciosa comida mineira, feita no fogão à lenha. Para aqueles que quiserem optar por pratos diferenciados, a culinária francesa é outra opção. Os restaurantes são muito aconchegantes e apresentam um atendimento diferenciado, quase “caseiro”. A empresária Sanmya Tajra adora viajar e, sempre que sobra um tempo em sua agitada agenda de negócios, refugia-se em Gonçalves para repor as energias.

Antonio Basile Neto


De acordo com Tajra, além do clima e da “O visitante vai encontrar um turismo meculinária, na cidade existe uma variedade nos urbano, mas com boa infraestrutura. de lojas de artesanato, com A cidade se desenvolveu produtos de artesãos locais. muito. Quando eu morava Os deliciosos “Os deliciosos queijos tamlá não existia uma pousaqueijos também da, hoje são várias muito bém são facilmente enconaconchegantes”, comenta trados – uma tentação para são facilmente o paladar. Experimentem a Joaquim. encontrados – uma geleia indiana e a de choA região é muito católica tentação para o colate com laranja”, sugere. e todas as festas de Santos paladar. Nascido e criado em Gonsão bastante populares. A çalves, o ginecologista e festa da Nossa Senhora das obstetra Dr. Joaquim Ferreira Neto res- Dores (padroeira da cidade) e a dos Vesalta o crescimento de sua cidade natal e nâncios são algumas das manifestações aponta o clima como o principal atrativo. populares. Durante as festas religiosas – É para lá que se dirige com a família quan- que são regionalizadas – existem leilão, do chega um feriado prolongado. bingo e danças típicas.

“Onde a natureza brinda o sabor!”

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Alta gastronomia em Gonçalves Estrada doVenâncio - Cachoeira do Simão (35) 3654.1240 /9977.0306 www.lgourmetbistrot.com.br


Gonçalves e São Bento

Gonçalves and São Bento are in the tourist route, enchanting their visitors When you think of a calm place, cozy and with good cuisine and abundant with nature, Gonçalves and São Bento do Sapucaí are it, almost without debate. It is very difficult to meet people who have been to these places and have something to complain about, but this is only to be expected. The infra-structure attracts tourists and the scenery is truly post-card. Gonçalves, on the South of Minas Gerais, has great tourist facilities. It’s an ideal place to rest and date, have a good walk or take a ride on a horse. The area presents a gorgeous contrast that is composed with mountains, valleys and waterfalls. On the border between São Paulo and Minas, the tourist will find the small and hospitable city of São Bento do Sapucaí that is considered a Sao Paulo ‘estância climática’ which is a resort with a clean healthy environment. Ensconced in the Serra da Mantiqueira, the city is quite well known for its is pretty landscape and for its Pedra do Baú (Rock Chest). Near the Pedra do Baú, there are two other smaller rock formations: Bauzinho (little chest) e Ana Chata (flat Ana).

Sofisticação e simplicidade em São Bento do Sapucaí Já na divisa entre São Paulo e Minas, encon- A analista de Recursos Humanos, Camila tramos a pequena e hospitaleira cidade de Braga é uma daquelas que “respira” São São Bento do Sapucaí que é considerada Bento (como é carinhosamente chamada estância climática paulista. Encravada na a cidade). Ela frequenta o lugar quase todo Serra da Mantiqueira, a cidade é bastante o final de semana em companhia do escalaconhecida pela bela paisagem e pela Pedra dor André Ribeiro Braga e de um grupo de do Baú. Próximas à pedra amigos. Eles já têm uma casa do Baú, estão duas outras “fixa”, alugada na montanha, São Bento é ideal que serve sempre de ponto formações menores: Bauzinho e Ana Chata. de partida para as escaladas para o descanso, que costumam fazer na Peporque é uma cidade O Bairro do Quilombo é dra do Baú e na Pedra da Ana uma das atrações do cen- sem muita badalação. Chata. tro da cidade. Fundado por ex-escravos, ele mantém suas tradições “São Bento é ideal para o descanso, porque culturais. Outro local muito escolhido para é uma cidade sem muita badalação. O povo visitação é a Casa do Artesão, que reúne de lá é simples, muito receptivo e é por isso trabalhos de mais de cem artistas. que faço de lá o meu refúgio”, conta Camila.

Na cidade, são muitas as alternativas de hospedagem, que vão desde hotéis mais sofisticados a pousadas aconchegantes. Além de excelentes restaurantes, em São Bento o turista pode praticar esportes como trilhas, escaladas e voo livre.

Clima agradável, tranquilidade e opções de lazer de ótima qualidade são os ingredientes que vão colocar São Bento do Sapucaí e Gonçalves em seu próximo roteiro de viagem.

Vista geral da cidade de São Bento do Sapucaí.

HISTÓRIA

MFC Produções

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Conta-se que residiam no local onde foi construída a Capela, três colonos mestiços e solteirões que se chamavam Mariana Gonçalves, Maria Gonçalves e Antônio Gonçalves. Eles não deixaram herdeiros, mas legaram seus nomes à capela conhecida popularmente como Capela das Dores dos Gonçalves. Surgia assim a cidade de Gonçalves.


Cachoeiras são atrativos turísticos na cidade mineira

Antonio Basile Neto

Cachoeiras em Gonçalves. Acima Pedra do Forno; ao lado, a cachoeira do Retiro, abaixo a Terra Fria e em seguida a cachoeira do Cruzeiro.

Outra atração turística é a Pedra do Forno. Com uma hora de caminhada, saindo do bairro Terra Fria chega-se à Pedra do Forno, com 1.970 metros de altitude. Do topo é possível avistar a Pedra do Baú (São Bento do Sapucaí), Campos do Jordão, Monte Verde e a Pedra de São Domingos.

Antonio Basile Neto

Como pontos turísticos, alguns dos locais mais visitados são a Cachoeira dos Henriques, a Pedra de São Domingos (um dos maiores picos do País), a Cachoeira do Cruzeiro e a Cachoeira das Andorinhas, que possui duas quedas – uma de sete, outra de dez metros, que formam piscinas naturais.

Antonio Basile Neto

COM O CH EG AR SP-042

Gonçalves - Saindo de São José dos Campos-SP, pode seguir pela SP-50 que conduz à cidade de Monteiro Lobato e depois segue em direção a São Bento do Sapucaí. Em apenas 30 minutos estará em Gonçalves. Antonio Basile Neto

São Bento do Sapucaí - De São Paulo, seguir a Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP-070) e pegar a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123) no km 117 da Dutra (BR-116). A Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro continua em Minas Gerais como MG-173. Outra opção é ir pela própria Dutra até o entroncamento com a Floriano Rodrigues Pinheiro.

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A Bela Mantiqueira guarda um tesouro...

Gonçalves

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O melhor clima de montanha, a beleza da paisagem preservada, a tranquilidade de uma cidadezinha mineira, o conforto e a qualidade das pousadas e restaurantes

Geada junho 2009/Kleber do Posto

Conheça o que há de melhor em Gonçalves

www.goncalvestur.com.br Pousada Ao Nascer Do Sol Pousada Ao Som das Águas Pousada Bicho do Mato Pousada Dona Manoela Pousada Espelho D’água Pousada Lua de Pedra Pousada O Montanhes Pousada Passaredo

Pousada do Rio Pousada Serra Vista Pousada Solar da Araucária Pousada Trem das Cores Pousada Três Orelhas Pousada Vida Verde Chalés na Pedra Fazenda Campestre

Porto do Céu Restobar Sauá Restaurante na Serra Restaurante Deméter Na Roça Restaurante Nó de Pinho Toca da Onça Restaurante Rural Otavianos Rancho Passeios Rurais Marcenaria Belas Artes

Associação Pró Turismo de Gonçalves 10 anos


A noite mais quente da montanha

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MERCADOS Espaços culturais e turísticos do Vale do Paraíba Markets Cultural and tourism places in Vale do Paraíba The Municipal Markets in Vale do Paraíba, besides being a shopping place for rural goods, are interesting places for popular culture and tourist attractions. There it is possible to sample the regional gastronomy, such as the “taiada” and the “afogado”, and buy productos such as the colourful clothes made from a cloth called chita and bamboo baskets. In Caçapava, the stall of Mrs. Elvira de Paula, 81 years old (in 2009), is the oldest in the Market. There you can buy “Taiada”, a sweet made from sugar cane syrup, ginger and flour made from mandioca (also known as cassava).

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Os mercados municipais do Vale do Paraíba não são apenas lugares de comercialização de quitandas e produtos frescos, mas representam espaços de convivência e expressão local, além de importantes patrimônios da história regional. Eles surgem logo depois da virada da metade do século XIX, quando a riqueza do café fizera crescer as antigas vilas, que ganham status de cidades. Mais que isso, nos dias de hoje tornaramse atrativos turísticos de algumas cidades, locais onde o visitante encontra a gastronomia típica - como o afogado, a paçoca e a taiada – assim como o artesanato, como a cestaria em bambu, artigos em taboa e até coloridas roupas de chita. Se quiser, o turista pode bater bons e

divertidos papos com os nativos, conhecendo mais da sua cultura e de seus costumes. Os melhores dias para a visita são os sábados e domingos pela manhã. Aliás, era aos sábados que o escritor Monteiro Lobato, que frequentava Caçapava, gostava de ir ao mercado da cidade, onde sempre encontrava alguma inspiração para seus personagens nos caboclos que vinham negociar suas mercadorias. O dia de funcionamento do mercado caçapavense também já foi alvo de brigas, no final do século XVIII, quando uma ordem da Intendência municipal determinou que a quitanda passasse


a ser aos domingos. Isso provocou tamanha O doce é feito na roça, tendo como ingreexaltação dos ânimos entre o povo, que em dientes o melado da cana-de-açúcar, mistu1891, deposta a Intendência, a medida foi rado com farinha de mandioca e gengibre, revogada, determinando-se que o merca- o que lhe confere um sabor forte e único. do voltasse a funcionar aos Cada peça custa R$ 2,50 e sábados, podendo, no ennão faltam compradores que tanto, ficar aberto também vêm até de outros estados. Criei toda a minha nos outros dias da semana. família aqui , Também ali pode-se comA mais antiga comerciante afirma Elvira de Paula, prar paçoca o ano inteiro, do mercado caçapavense que tem doze filhos. rapadura de vários sabores é dona Elvira de Paula, que e farinha de milho e de mandioca, tudo fabricado artesatem 81 anos e ocupa um box ali há 51 anos. O marido, Francisco de Paula, nalmente pela família, que mora próximo já se aposentou, mas está sempre presente. ao povoado da Piedade, bairro da zona rural “Criei toda a minha família aqui”, afirma a do município. Se o movimento permitir, vale comerciante, que tem doze filhos. Na sua a pena uma boa conversa com a dona da banca nunca faltou a taiada, famosa receita banca, que tem muitas histórias para contar. local, que virou sinônimo de quem nasce Do lado de dona Elvira fica o empório do na cidade. Mamede, uma espécie de armazém anti-

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go, onde se vende de tudo – de botina a pimenta-do-reino moída na hora - tudo meio misturado, de forma inusitada e desordenada. “Tem gente que há anos faz questão de comprar a pimenta desse jeito”, afirma Pedro Mamede, que tem 35 anos de mercado, sempre trabalhando ao lado da esposa, dona Marta.

Dona Elvira, a mais antiga comerciante do mercado de Caçapava com 81 anos.

Mercado de São Luiz do Paraitinga, um dos principais centros culturais da cidade.

tral descoberta, formando um pátio, contornado por um corredor. Nesse espaço, vez ou outra o visitante poderá presenciar apresentações musicais e folclóricas, enquanto degusta o “afogado”, ou o pastel de farinha, exemplares da típica gastronomia local e regional, encontrados nos restaurantes da Margarida e do Maurício, com clima de botequim.

O visitante também enconO arremate das tra no mercado produtos Nos açougues e bancas compras é uma frescos, assim como bugilocalizados nos corredodelícia, porque se dá res são comercializados gangas de todos os tipos, como canivetes, facas, isjustamente na banca frangos caipiras, linguiqueiros e outras peças raras. de pastéis, onde as ça, queijos e outras merMas, segundo a professora cadorias e produtos da famílias colocam a roça. “O artesanato de e folclorista caçapavense conversa em dia e os bambu e de taboa são Darcy Breves, o melhor, contudo, acontece no final amigos se encontram. comuns no mercado, da feira. “O arremate das mas muita gente vem compras é uma delícia, porque se dá justa- atrás das roupas e cartolas de carnamente na banca de pastéis, onde as famílias val, feitas de chita colorida”, afirma colocam a conversa em dia e os amigos se o músico e ex-diretor de cultura luiencontram”.Em São Luiz do Paraitinga, o zense, Benedito Galvão Frade Junior. mercado tornou-se um dos principais espaMas ele recomenda que, entre ços culturais da cidade. O prédio, segundo uma compra e outra ou mesmo o livro Memórias do Comércio do Vale do se estiver só a passeio, que o viParaíba, publicado pelo Sesc - Serviço Social sitante aproveite a oportunidade do Comércio - é um exemplo das estrutupara observar e entrar em conras retangulares ou quadrangulares, que se tato com a autêntica cultura caipira e os destacavam entre as poucas quadras e ruas tipos caboclos que costumam frequentar que formavam os núcleos urbanos da época. o local nos finais de semana. O mercado de O prédio possui arcadas e tem a parte cen- Paraibuna foi construído por José Porfírio

João Rural

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João Rural

João Rural

Mercado de Paraibuna, fundado em 1880 e já foi até cinema.

Reproduç

ão: João Ru

São Luiz do Paraitinga has a market with an architecture typical of buildings from the beginning of the century, that is also an important cultural spot in the city. Inside it products are sold from the countryside and dishes such as “afogado” and “flour pastries”, its an interesting experience with the authentic rural culture of Sao Paulo State.

ral

da Silva, no ano de 1880. No início era um só, sem os boxes, já foi o cinema da cidabarracão, com piso de chão batido, onde se de, e o primeiro filme exibido foi “O crime vendia, principalmente carne de porco, em da Mala”, na década de 1910. Ali também bancadas de madeira, onde o produto fi- eram feitas apresentações teatrais. Hoje, às cava exposto e era avaliado quartas-feiras e nos finais de pela espessura do toucinho, semana, tem a feira do proAlém de grande que é a gordura entre a pele dutor no seu pátio e nos funexportador de suínos dos, com produtos vindos e a carne. para outras cidades, de pequenas propriedades Também se vendia café em rurais. casca, arroz, frutas, palmito, Paraibuna também era fubá, feijão, quirera, farinha considerada ‘celeiro Várias fotos foram recolhidas de mandioca e de milho, rapor João Rural, junto à popudo Vale’. padura e bananas, transporlação, ficando expostas no tados por burros de carga e carros de boi. local, mostrando como era antes das mu“Além de grande exportador de suínos para danças ocorridas ao longo do tempo. Foi outras cidades, Paraibuna também era consi- ele também que, em 2005, teve a iniciativa derada ”celeiro do Vale”, por causa da fartura de tornar o afogado, prato regional servido que exibia”, afirma o jornalista e pesquisador diariamente no mercado, patrimônio culJoão Evangelista de Faria, o João Rural. tural da cidade.

O mercado, que antigamente era um salão

Por isso, não dá para visitar o mercado de

Another city with a prominent market is Paraibuna. Its building dates from 1880, when the county was considered the “valley storehouse”. The gastronomy and the sales of rural products are also strong points, A highlight is the “afogado”, a regional dish made from “afogada” meat, served with manioc flour and rice. In general the markets don’t have the infra-structure to receive tourists, but it is worth adapting yourself and opening the senses to notice its nuances, being it through the the sense of smell, sight, touch or your palate. Taubaté, in 1860, built the first Market in the Valley do Paraíba. Around it arose slowly shops, chemists, grocery stores and shoe stores. Through the Taubaté Market, as in São José dos Campos, Cunha, Guaratinguetá and other cities, important figures of the local, regional and even national political scenes are seen to pass.

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Mercados

João Rural

Paraibuna sem saborear o afogado, servido como Jambeiro e Cunha, onde esse espaço nos boxes do “seo” Luiz Gonzaga e da dona faz parte da vida e dos costumes da cidade. Dindinha. O prato é feito de Foi em Taubaté, que em carne de vaca “afogada” no 1860 se construiu o primeicaldo e servido com farinha É muito comum ro mercado do Vale do Pade mandioca e arroz. Para também que os raíba, conforme descreve a saboreá-lo deve-se primeipolíticos em geral em publicação do Sesc sobre o ro colocar o caldo e depois, da região. No seu época de campanha comércio por cima, a farinha de manentorno foram surgindo aos dioca, misturando para fazer façam do mercado um poucos as lojas, farmácias, um pirão. Depois é só cobrir ponto de encontro com armazéns de secos e molhacom a carne e com o arroz e dos e sapataria - e figurões o eleitor. curtir o sabor bem regional da política local e nacional que o prato representa.Em sempre passaram por lá em época de cada uma das cidades do Vale do Paraíba, os campanha. mercados são simbólicos e trazem consigo muitas histórias e personagens interessan- Nas imediações do Mercado Municipal, em tes. “É muito comum também que os políti- área reservada, nas manhãs de domingo cos em geral em época de campanha façam funciona a tradicional Feira da “Bregado mercado um ponto de encontro com o nha”, que antigamente se dava na Praça da Matriz. É ali também que os ervateiros eleitor”, ressalta João Rural. comercializam plantas e garrafadas “para É assim em São José dos Campos - hoje uma todos os males”, mantendo uma das mais metrópole valeparaibana, onde o mercado antigas tradições dos mercados da região: inaugurado em 1896 ajuda a preservar sua a medicina popular. origem rural - ou nos pequenos municípios

Nos mercados da região encontra-se de tudo. De pimenta a botinas, de melancias as fumo de rolo.

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