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Festival do Arroz e da Lampreia anima Montemor

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II

FESTIVAL DO ARROZ E DA LAMPREIA 2012 01 QUINTA-FEIRA

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DE MARÇO DE 2012 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

Certame decorre de 02 a 11 de Março em Montemor-o-Velho

Roteiro do Arroz e Lampreia Local: Centro de Alto Rendimento HORĂ RIO Dia 02 (sexta) – 19h00 Ă s 02h00 Dia 03 (sĂĄbado) – 12h00 Ă s 02h00 Dia 04 (domingo) – 12h00 Ă s 02h00 ‌ Dia 09 (sexta) – 19h00 Ă s 20h00 Dia 10 (sĂĄbado) – 12h00 Ă s 02h00 Dia 11 (domingo) – 12h00 Ă s 02h00 TASQUINHAS Rancho FolclĂłrico do Centro Beira Mondego (Santo VarĂŁo) Grupo FolclĂłrico da ACDR de MeĂŁs do Campo Grupo FolclĂłrico da Ereira Tasquinha da Marinhoa Restaurante “O Cortiçoâ€? Restaurante Patinhos DOCES, SALGADOS & LICORES Mata) Pastelaria A Pousadinha Grupo FolclĂłrico da Vila de Pereira Mimoginja Pastelaria O Afonso O Conventual Ginginha de Ă“bidos e Doçaria das Caldas da Rainha APPACDM de Coimbra - Unidade Funcional de Montemor-o-Velho PRODUTOS DA TERRA !"#$ Cooperativa AgrĂ­cola do Concelho de Montemor-oVelho INSTITUCIONAIS Associação Criadores Raça Marinhoa Confraria da Doçaria Conventual de TentĂşgal Rotary Club de Montemor-o-Velho GASTRONOMIA CRIATIVA Dias 02, 03, 04, 09, 10 e 11 % !"#$ # % & ' * + FOLCLORE, ETNOGRAFIA, MĂšSICA AO VIVO Dias 02, 03, 04, 09, 10 e 11 ESPAÇO INFANTIL 02, 03, 04, 09, 10 e 11 ' . / 5 6# 7 8 % !"#$ # % & ' * +

Uma dÊcada de sabor e tradição O Centro de Alto Rendimento de Montemor-oVelho recebe, pelo segundo ano consecutivo, o Festival

! ? que decorrerå naquele espa ! @ 8 8 ! consecutivos: 02, 03 e 04 de Março; e 09, 10 e 11 de Março. O espaço dedicado ao desporto nåutico Ê tambÊm o espaço dedicado à (re)descoberta do sabor e tradição do concelho, demonstrando que, à seme. . Baixo Mondego, a inovação e a versatilidade são fortes aliados na promoção de uma região e da marca Montemor-o-Velho. Neste ano, uma dÊcada depois da primeira edição do certame gastronómico, ' & . Lampreia continua a surpreender e a oferecer aos visitantes uma experiência inesquecível e uma viagem que oferece cultura, património, gastronomia e desporto. Assim, a homenagem à memória e identidade das gentes do Baixo Mondego Ê servida com a bela paisagem do Centro de Alto Rendimento de Montemoro-Velho, rodeado pelos ! Mondego. . ! ? " . ?

"#. ? de pato ou das pataniscas de bacalhau, a ementa, de

J # " ? ' doce, no delicado pastel de Tentúgal, na singular queijada de Pereira ou nas saborosas pinhas doces de Montemor, fortes motivos para uma visita à 10.ª edição

' & . Lampreia.

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nĂłmico actual que o paĂ­s atravessa. Tais pressupostos, para o MunicĂ­pio, obrigam a um aprofundamento do conceito e a uma apertada selecção das opçþes existentes, quer ao nĂ­vel programĂĄtico, quer ao nĂ­vel orçamental. Considerando o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho um equipamento de dimensĂŁo O arroz de lampreia ĂŠ o prato forte do Festival nacional e com potenciali Y . ! Nos dias 02, 03 e 04 de ' . * ' # " * eventos que nĂŁo desporti& ? . ' Março a emoção desportiva frente ribeirinha. Para a autarquia, trata- ! Q ' & . vai tambĂŠm tomar conta do espaço do Centro de Alto se de repensar, projectar da Lampreia – nesse local Rendimento, com a reali- e planear a sua actividade @ #! # '# . ' cultural numa escala clara- despesa a ter com aluguer Trial 2012 – Nelo Winter ! ' ! ? & @ de equipamento e uma Challenge. Com os jogos e em estreita parceria com oportunidade de promover, olĂ­mpicos de Londres no agentes nacionais, regio- quer junto dos munĂ­cipes, ' ? & ! ' nais, locais, quer de nature- quer junto dos visitantes, de reunir os grandes atletas da X". ? 6# '# uma forma integrada, pro #' 6# ! ' modalidade da canoagem. privada. A edição de 2012 do marca Montemor-o-Velho. Entretanto, do dia 02 A componente ambiena 11 de Março, ininter- ' & . !ruptamente, o Festival do preia parte dos mesmos tal sai reforçada na opção ! ' !- pressupostos da edição de . . ? bĂŠm decorre Ă mesa de 2011, que passam por uma de sucesso, tendo em con18 restaurantes aderentes, & . . 8 - ta a experiĂŞncia de 2011 e podendo ser apreciados os tro de Alto Rendimento de conforme se pode apreciar pratos bem caracterĂ­sticos Montemor-o-Velho - e pelo pelos nĂşmeros (ver quadro do Baixo Mondego, onde difĂ­cil contexto socioeco- nesta pĂĄgina). nĂŁo falta a lampreia durante esta ĂŠpoca prĂłpria.

Festival em nĂşmeros

Linhas de força

As profundas alteraçþes que se encontram a decorrer no territĂłrio da vila de Montemor-o-Velho . ! @ K ' & de cultural municipal, suscitados pela mobilidade, pela & . ' ! .? pelas novas centralidades e pelos novos equipamentos pĂşblicos culturais, desportivos e, consequentemente, turĂ­sticos. Estamos falar do Centro de Alto Rendimento e equipamentos adjacentes que se prolongam atĂŠ ao centro histĂłrico; das intervençþes materiais que se encontram jĂĄ no territĂłrio no âmbito do Programa de Regeneração Urbana – ascensor mecânico e eixo . Q 6# ' consequĂŞncias na relação

18 – Restaurantes aderentes Ă mostra de gastronomia 09 – Locais com doces, salgados e licores 06 – Tasquinhas no recinto do Festival 03 – Participaçþes institucionais 03 – Posto de venda produtos da terra 00 – As entradas sĂŁo gratuitas 3 500 – Ă rea (m2) do Festival no Centro de Alto Rendimento 37 500 – Custo do Festival (em euros), [redução de 15 por cento face a 2011] HISTĂ“RICO 2011 44 378 – Visitantes nos restaurantes e tasquinhas 46 478 – Refeiçþes servidas nos restaurantes e tasquinhas

2010 42 695 – Visitantes nos restaurantes e tasquinhas 45 120 – Refeiçþes servidas nos restaurantes e tasquinhas 2009 37 126 – Visitantes nos restaurantes e tasquinhas 39 235 – Refeiçþes servidas nos restaurantes e tasquinhas 2008 21 000 – Visitantes nos restaurantes e tasquinhas 32 000 – Refeiçþes servidas nos restaurantes e tasquinhas

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QUINTA-FEIRA

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FESTIVAL DO ARROZ E DA LAMPREIA 2012

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Presidente da Câmara Municipal

Certame ĂŠ um cartĂŁo de visita Z !# ' @ #. 6# ' ! Y ! ' & ' 8 8 ' \! '# Y ' 8 6# ^ ' & . !8 ? ' ! ! _`kw & J z? 8 ' {! # .

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Turismo com gastronomia e desporto

Tudo enquadrado no meio ambiente # # ' 8 ! ! !8 " ' ? ! ' & #.'# ' & ? ^ ' ' . ~ ? & 8

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Alexandra Ferreira: “Este ano as entradas vĂŁo ser gratuitasâ€?

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LuĂ­s Leal: â€œĂŠ importante nĂŁo perder as referĂŞnciasâ€?


FESTIVAL DO ARROZ E DA LAMPREIA 2012 01

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DE MARÇO DE 2012 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

Ă?cones do concelho

Doçaria ĂŠ rainha na mostra gastronĂłmica Montemor-o-Velho ĂŠ tambĂŠm sinĂłnimo de doçaria conventual. Com sĂŠculos de sabedoria, as principais especialidades do concelho sĂŁo conhecidas dentro e fora de portas. Ă?cone do concelho de Montemor-o-Velho e “embaixadorâ€? da doçaria conventual nacional, os pastĂŠis de TentĂşgal sĂŁo uma das mais famosas iguarias regionais, ao ponto de terem sido um dos

#' @ . ' # so televisivo “Sete Maravilhas GastronĂłmicasâ€?. O cĂŠlebre pastel de folhas estaladiças, recheadas com doce de ovos, ĂŠ um importante legado da vila de TentĂşgal e um dos principais “motoresâ€? da economia local, jĂĄ que sĂŁo muitos os estabelecimentos comerciais onde se pode apreciar esta especialidade. SĂ­mbolo por excelĂŞncia da doçaria conventual nacioOs pastĂŠis de TentĂşgal ainda hoje sĂŁo feitos Ă mĂŁo porque sĂŁo demasiado complexos e delicados para serem confeccionados Ă mĂĄquina

De 02 a 11 de Março

Aderem 18 restaurantes Os restaurantes aderentes ao Festival do Arroz e da Lampreia, onde se pode apreciar a gastronomia do Baixo Mondego - , são os seguintes: Serrado (Arazede) 239 607 218 Encosta de São Pedro (Carapinheira) 964 565 632 Patinhos (Carapinheira) 239 623 535 Refúgio do Paul (Carapinheira) 239 621 063 A Lampreia (Ereira) 910 937 342 Bem Bom (Meãs) 918 907 534 Luso-Brasileiro (Meãs) 239 621 498 Sítio Certo (Meãs) 239 629 473 A Grelha (Montemor) 239 689 372 O Marinheiro (Montemor) 239 680 137 O Mosteiro (Montemor) 239 689 446 ZÊ Padeiro (Montemor) 239 621 395 Floripes (Montemor) 239 680 322 Grelhados da Quinta (Pereira) 239 647 248 O Manjar do Tojal (Pereira) 239 645 179 O Califa (Santo Varão) 239 645 512 Casa ArmÊnio (Tentúgal) 239 951 175 Chinfrão (Soure) 239 646 647 Nota: Para arroz de lampreia, encomendas com 24 horas de antecedência. VISITAS TUR�STICAS Dias 02, 03, 04, 09, 10, 11 Rota do Arroz, Rota Medieval e Rota da Doçaria Conventual Reservas: Arquivos e Património Cultural (239 687 317) Nota: Número mínimo de inscriçþes de 25 pessoas

nal, o cÊlebre pastel nasceu no silêncio monåstico das celas das freiras da Ordem das Carmelitas Calçadas. Envolta em secretismo ao longo de anos, a receita ! ' & 8 @ K zinha do Mosteiro de Nossa Senhora do Carmo, fundado por iniciativa do segundo Conde de Tentúgal, D. Francisco de Mello, em 1560. Não se pode precisar a data da sua origem, mas Ê cer-

to que a venda destes pastÊis era uma importante fonte de receitas do Mosteiro, razão pela qual a sua confecção era conhecida apenas pelas religiosas e por um restrito número de serviçais, as chamadas criadas das freiras. Com a decretação da extinção das Ordens Religiosas, a história do famoso pastel de Tentúgal autonomiza-se definitivamente da do Convento da

A espiga doce nasceu em meados do sĂŠculo XX

A queijada de Pereira ĂŠ outra das especialidades em destaque na mostra gastronĂłmica

vila. As criadas dispensadas sĂŁo detentoras do almejado segredo, mas estas mantĂŞm @. @ # ~8 tronas, comercializando os deliciosos pastĂŠis, mas mantendo a receita no “segredo dos Deusesâ€?. O tempo encarregar-seia, no entanto, de tornar a receita mais divulgada pelas gentes da terra, se bem que a sua confecção continue a ser complexa e difĂ­cil. Os pastĂŠis de TentĂşgal ' K ! 6# demasiado delicados para ! K !Jquina. SĂł se utiliza a mĂĄquina para amassar a massa. Outra iguaria tambĂŠm muito apreciada ĂŠ a queijada de TentĂşgal, que se distingue por apresentar uma forma mais parecida com uma estrela. Outra emblemĂĄtica iguaria do concelho sĂŁo as espigas doces. Com o formato de uma espiga de milho e com um recheio, este doce nasceu pela mĂŁo

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de Henrique Baldaque em meados do sĂŠculo XX, mas nem por isso deixa de ' K Â? '\ do paĂ­s. Natural de Montemoro-Velho, Henrique Baldaque inventou o doce com o intuito de “enriquecerâ€? o cardĂĄpio do concelho, mas tambĂŠm dissimular mensagens durante a ĂŠpoca de Salazar. Ligado ao partido comunista, o inventor utilizava a espiga doce para enviar mensagens aos seus camaradas e assim driblar o regime salazarista. ApĂłs o falecimento de ‡ . 6# ? @ # quecimento tendo sido recuperado pelo estabelecimento O Afonso, de TentĂşgal, que comprou a patente hĂĄ mais de 20 anos. TentĂşgal ĂŠ outra das vilas do concelho que ganharam fama pela sua doçaria, sendo disso exemplo paradigmĂĄtico a queijada de Pereira. Especialidade conventual, a queijada de Pereira tem como ingredientes ovos, açúcar e queijo pasteurizado e, manda a tradição, ĂŠ cozida em forno de lenha. Com ingredientes simples, o segredo deste doce, de textura suave e sabor adocicado, estĂĄ na sua confecção jĂĄ que a verdadeira queijada de Pereira tem de ser feita manualmente e nĂŁo em forma.

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QUINTA-FEIRA

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FESTIVAL DO ARROZ DA LAMPREIA 2012 COOPERATIVAS DO E BAIXO MONDEGO

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Vale do Mondego ganhou competitividade com emparcelamento

O papel das Cooperativas de Coimbra e Montemor-o-Velho nas novas prĂĄticas agrĂ­colas Com elevado potencial produtivo agrĂ­cola, o Vale do Baixo Mondego ganhou competitividade sobretudo apĂłs as obras de emparcelamento das propriedades e da criação de redes de rega, de drenagem e de caminhos. A reestruturação fundiĂĄria permitiu potenciar as capacidades endĂłgenas da regiĂŁo, contribuindo para a ' @ # e o alargamento de prĂĄticas agrĂ­colas, impulsionadas pelas cooperativas agrĂ­colas de Coimbra e Montemoro-Velho. “A grande alteração foi o emparcelamento que permitiu alargar as ĂĄreas, as prĂĄticas agrĂ­colas, e tornĂĄlas mais competitivas. O emparcelamento permitiu que os agricultores passassem a produzir mais com menos custosâ€?, defendeu Joel Figueiredo, gerente da Cooperativa AgrĂ­cola de Coimbra, realçando que PUBLICIDADE

uma ĂĄrea maior “pode-se mecanizar com mais facilidadeâ€?. O cultivo do arroz, que continua a ocupar mais de 50 por cento da ĂĄrea do Vale do Mondego, foi tambĂŠm beneficiado com o emparcelamento rural, jĂĄ que aumentou a viabilidade econĂłmica dos arrozais ao longo do rio # # tes – o arroz ĂŠ uma das culturas mais exigentes em termos de necessidades hĂ­dricas. Uma das culturas que mais cresceu com o emparcelamento do Baixo Mondego foi o milho que permitiu substancialmente aumentar o rendimento dos agricultores. Esta zona ĂŠ responsĂĄvel pela produção em mĂŠdia 50 mil toneladas de milho por ano, sendo que a sua maioria se destina a fĂĄbricas de raçþes para a alimentação animal.

estĂĄ abandonada a parte das gândarasâ€?, lamenta o responsĂĄvel pela Cooperativa AgrĂ­cola de Coimbra, reconhecendo que a “lei do mercadoâ€? tornou impraticĂĄvel as pequenas exploraçþes leiteiras. “Consoante vamos aumentando a capacidade de produção, vai aumentando a oferta, diminuindo a procura e baixando o preçoâ€?, observa Joel Figueiredo, sublinhando que numa economia de mercado aberta ĂŠ fundamental ter-se quantidade para se ter capacidade negocial. O cultivo do arroz foi tambĂŠm beneficiado com o emparcelamento, jĂĄ que aumentou a viabilidade econĂłmica dos arrozais

Ao contrĂĄrio do que & @ . do paĂ­s, as terras fĂŠrteis do Vale do Mondego continuam a ser exploradas pelos agricultores e a ter muita procura.

“Fora do Vale central a actividade agrĂ­cola jĂĄ nĂŁo ĂŠ tĂŁo rentĂĄvel. Terras emparceladas e ĂĄgua sĂŁo condiçþes necessĂĄrias para se ter ĂŞxito neste sector. É por essa razĂŁo por que

Apoios ao regadio em risco

No oitavo Congresso Nacional do Milho, que decorreu no inĂ­cio de Fevereiro, em Lisboa, os produtores de milho debateram os principais problemas do sector, alertando os governantes nomeadamente

para a necessidade de se defender a prĂĄtica do regadio no âmbito do prĂłximo quadro comunitĂĄrio de apoio. “SĂł a disponibilização de ĂĄgua Ă s culturas permite maximizar o potencial produtivoâ€? dos paĂ­ses com clima mediterrâneo, advertem os produtores nas conclusĂľes do congresso. “Os interesses dos produtores nacionais de milho tĂŞm de ser devidamente acautelados ao longo de todos os processos negociais que se avizinham, quer no que diz respeito ao rendimento dos produtores, quer no que diz respeito aos acordos comerciais e Ă revisĂŁo da PolĂ­tica AgrĂ­cola Comum. NĂŁo se pode aceitar o facto de nĂŁo se ter em consideração o dinamismo deste sector e o forte investimento feito pelos agricultores e pelos seus agrupamentos ao longo dos Ăşltimos anosâ€?, realçam.


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FESTIVAL DO ARROZ DA LAMPREIA 2012 01 COOPERATIVAS DO E BAIXO MONDEGO QUINTA-FEIRA

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Sector mantĂŠm investimentos apesar da crise

Projecto envolve produtores de todo o paĂ­s

Actividade agrĂ­cola estĂĄ em contra-ciclo

Casa do Arroz vai potenciar comercialização do cereal

Apesar da crise afectar os diferentes sectores da economia, a actividade agrĂ­cola no Vale do Mondego continua a desenvolver-se a bom ritmo. “A actividade agrĂ­cola estĂĄ em contra-ciclo com a crise, porque estĂĄ a crescer e continuam-se a fazer-se investimentos. Por enquanto, a crise nĂŁo se tem notado no sector, mas se faltar o financiamento a actividade agrĂ­cola tambĂŠm poderĂĄ entrar em problemasâ€?, adverte Joel Figueiredo, da Cooperativa AgrĂ­cola de Coimbra. O financiamento e os apoios pĂşblicos sĂŁo, aliĂĄs, considerados os “calcanhares de Aquilesâ€? do sector, jĂĄ que, nota o responsĂĄvel, Z ! @ ! ' J actividade agrĂ­colaâ€?. “Os mercados sĂŁo livres, mas nĂŁo funcionam. Abriu-se as portas aos mercados chineses, brasileiros e indianos, mas lĂĄ nĂŁo se tem de cumprir regras ambientais, nĂŁo tĂŞm responsabilidades sociais, tĂŞm PUBLICIDADE

O sector agrĂ­cola no Vale do Mondego ĂŠ um exemplo para o paĂ­s

trabalho infantil...â€?, realça Joel Figueiredo. Com a PolĂ­tica AgrĂ­cola Comum (PAC) em encontra em discussĂŁo, para os anos de 20142020, os agricultores tĂŞm os olhos postos nos prĂłximos quadros comunitĂĄrios, sendo certo que os grandes paĂ­ses, como a França e a Alemanha,

vĂŁo continuar a receber a principal fatia das ajudas comunitĂĄrias. Uma das novidades da nova PAC ĂŠ a preocupação com o meio ambiente. A componente “greeningâ€? vai tambĂŠm afectar o trabalho dos agricultores, refere o responsĂĄvel da Cooperativa AgrĂ­cola de Coimbra, embora, nota, “agricultores

sĂŁo, de certa forma, os jardineiros do mundoâ€?. A par das alteraçþes ao nĂ­vel do “greeningâ€?, hĂĄ a destacar a intenção de promover uma “maior convergĂŞncia no tipo de ajudas, de forma a que nĂŁo haja discrepâncias tĂŁo grandes, embora vĂĄ continuar a haver mesmo dentro da Europa, entre os paĂ­sesâ€?, remata Joel Figueiredo. Com 40 funcionĂĄrios, a Cooperativa AgrĂ­cola de Coimbra teve um volume de negĂłcios de cerca de dez milhĂľes de euros em 2011. Com ar mazĂŠns em Tondela, Carregal do Sal, Coimbra (sede), Taveiro, S. JoĂŁo do Campo, S. Silvestre, Maiorca e Figueira da Foz, a Cooperativa abrange actualmente um total de quatro concelhos. A Cooperativa AgrĂ­cola apoia a actividade agrĂ­cola localmente, quer na sede quer nas zonas onde tem armazĂŠns, prestando todo o apoio ao nĂ­vel dos factores de produção e actividade sanitĂĄria.

A Associação de Orizicultores de Portugal, em conjunto com a ANIA – Associação Nacional de Industriais de Arroz, constituiu recentemente a Casa do Arroz. Trata-se de um projecto de âmbito nacional que visa criar a fileira completa do arroz, desde a produção atĂŠ Ă comercialização. “Entendemos que tem de haver uma estratĂŠgia uniformizada e que toda a gente deve ter uma margem de lucro, para que a parte comercial nĂŁo esmague o produtor, que ĂŠ aquilo que acontece actualmenteâ€?, explicou Armindo Valente, presidente da Cooperativa AgrĂ­cola de Montemor-o-Velho. Ganhar poder negocial junto dos canais de distribui ^ @ ' projecto. AtĂŠ agora, as cadeias de distribuição tendem a impor unilateralmente os preços, em desfavor dos produtores. Por esta razĂŁo, nĂŁo raras vezes, o arroz ĂŠ vendido a abaixo do preço de custo. Igualmente importante

para a produção do arroz do Baixo Mondego ĂŠ o projecto de IGP (Identificação Ge J@ #' +? 6# ^ liderado pela Associação de Agricultores do Baixo Mondego e que tambĂŠm deverĂĄ potenciar o arroz da regiĂŁo. “O arroz do Mondego ĂŠ um produto de excelente 6# . k ! @ ! . dizer que o arroz carolino do Baixo Mondego ĂŠ mesmo o melhor arroz do paĂ­s. O que ĂŠ preciso ĂŠ que nos criem condiçþes para continuarmos #.'# z? @ ! Armindo Valente. Para apoiar os orizicultores do Baixo Mondego, a Cooperativa AgrĂ­cola de Montemor-o-Velho tem inclusivamente uma fĂĄbrica de descasque. O arroz do Vale do Mondego ĂŠ comercializado sob as marcas Diamante Azul e GatĂľes, sendo que a Cooperativa vende tambĂŠm a outras indĂşstrias, que tĂŞm as suas prĂłprias marcas, para nĂŁo criar uma pressĂŁo muito grande no mercado.


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VII

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Junto do poder polĂ­tico para a questĂŁo da nova PAC

Comunidade Intermunicipal vai interceder pelos agricultores Preocupado com os cortes previstos pela PolĂ­tica AgrĂ­cola Comum (PAC) para os orizicultores para os anos de 2014 – 2020, o presidente da Cooperativa AgrĂ­cola de Montemor-oVelho apelou ao autarca do municĂ­pio local para que, juntamente com outras autarquias do Baixo Mondego, sensibilize o poder .Y' @ #. dos agricultores do Vale do Mondego. Armindo Valente, defendeu, durante a conferĂŞncia dedicada Ă PAC, que decorreu na quinta-feira passada no pavilhĂŁo multiusos da Carapinheira, que os apoios comunitĂĄrios tĂŞm de ser “para quem trabalhaâ€? e o Mondego ĂŠ um exemplo a este nĂ­vel, porque, frisou, nesta regiĂŁo “nĂŁo hĂĄ um hectare de terra incultoâ€?. “O Mondego tem demonstrado que estĂĄ cĂĄ para trabalhar e para enfrentar os

desafiosâ€?, acrescentou o dirigente da Cooperativa. Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-oVelho começou por recordar que desde que lidera o municĂ­pio jĂĄ conheceu seis ministros da Agricultura, mas que o que mais saudade lhe deixou foi o anterior ministro AntĂłnio Serrano. Fazendo votos para que a actual ministra lhe faça esquecer o antecessor, LuĂ­s . @ ! #8 Y& . para interceder pelos agricultores junto do poder polĂ­tico, comprometendo-se a sensibilizar a Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego nesse sentido. O edil de Montemor-oVelho assumiu que a obra J@ ‡ ~ dego ĂŠ “uma urgĂŞnciaâ€?, comentando que jĂĄ ĂŠ tempo de os governantes garantirem ela vai ser executada. “Se os governantes de-

Armindo Valente, LuĂ­s Leal, JosĂŠ Paulo Dias e AntĂłnio Francisco Dias

fendem a redescoberta do mar e da agricultura tĂŞm de fazer valer isso junto de Bruxelasâ€?, disse LuĂ­s Leal, frisando que o poder polĂ­tico nĂŁo se pode esquecer do Vale do Mondego, porque “tem dado muito ao paĂ­s e

ainda tem muito a receberâ€?. HĂĄ que renegociar a nova PAC, porque “nĂŁo se pode causticar mais o trabalho dos agricultoresâ€?, defendeu o presidente da autarquia, afirmando-se orgulhoso “por viver num

concelho ruralâ€?. A sessĂŁo de abertura da conferĂŞncia, que reuniu mais de meia centena de agricultores e especialistas nas mais diversas ĂĄreas agrĂ­colas, contou tambĂŠm com a presença do director regional

adjunto de Agricultura e Pescas do Centro, JosĂŠ Paulo Dias, embora tenha notado que a ideia ĂŠ “produzir-se mais e melhorâ€?, reconheceu que os agricultores “nĂŁo sĂŁo remunerados de forma justa, sobretudo os dos cereaisâ€?. NĂŁo se furtando Ă s questĂľes mais crĂ­ticas do sector, como " J@ K Z !bras que surgem com a a nova z? “ ^ #. @ çou que o ministĂŠrio “serĂĄ sempre um parceiro e veĂ­culo das preocupaçþesâ€? dos agricultores, porquanto, frisou, hĂĄ todo o interesse em que “o Vale do Mondego continue a produzir quer arroz quer outros cereaisâ€?. O responsĂĄvel salientou ainda que para os agricultores fazerem ouvir a sua voz devem organizar-se e aprofundar parcerias, pois “sĂł com uniĂŁo ĂŠ que a sua voz serĂĄ mais forteâ€? e se melhorarĂĄ a sua capacidade de negociação.


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FESTIVAL DO ARROZ DA LAMPREIA 2012 01 COOPERATIVAS DO E BAIXO MONDEGO QUINTA-FEIRA

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PAC de 2014-2020 desagrada ao sector

A PolĂ­tica AgrĂ­cola Comum (PAC) para os anos de 2014-2020 prevĂŞ o nivelamento das ajudas comunitĂĄrias quer para as zonas de regadio quer para as zonas de sequeiro. Trata-se de uma situação injusta, porquanto, nota Armindo Valente, presidente da Cooperativa AgrĂ­cola de Montemor-oVelho, “os agricultores que estĂŁo no sequeiro muitas vezes nada fazem e recebem as ajudasâ€?. “O que tem sido dito pela classe polĂ­tica ĂŠ que as ajudas tĂŞm de ser para os agricultores que de facto trabalham. Mas nĂŁo ĂŠ isso que estamos a ver nesta nova PAC. É precisamente o contrĂĄrio. É continuar a dar dinheiro para quem nada fazâ€?, acrescenta o dirigente, sublinhando que o Baixo Mondego, como zona de regadio, â€œĂŠ uma das zonas que mais vai perder com a nova PAC, senĂŁo a regiĂŁo do paĂ­s que mais vai perderâ€?. PUBLICIDADE

AtĂŠ o ano passado, os orizicultores, com produçþes nas bacias do Mondego, Tejo e Sado, contavam ! #! $# Y@ para a cultura deste cereal. JĂĄ em 2012 e 2013 essa $# Y@ & para o RPU (ajuda que ĂŠ dada aos agricultores de cereais com base no histĂłrico). “NĂŁo ĂŠ possĂ­vel produzir arroz em Portugal sem #! $# Y@ k podemos esquecer que o arroz ĂŠ feito em terrenos que nĂŁo dĂŁo outro tipo de culturas, muitas vezes estĂŁo a quotas negativas e em zonas salgadas, pelo que nĂŁo ĂŠ possĂ­vel reconverter #' #.'# z? @ ! Armindo Valente. O Baixo Mondego tem entre os seis e sete mil hectares de produção de arroz e ĂŠ responsĂĄvel por cerca de 350 mil toneladas de arroz. “Se, de facto, o poder polĂ­tico quer continuar com os terrenos cultivados, tambĂŠm por causa do meio

ambiente (o arroz ĂŠ um bem para o ambiente, pois, segundo as anĂĄlises Ă ĂĄgua, muitas vezes esta entra mais poluĂ­da do que quando sai), tem de criar uma ajuda Y@ ? 6# \ conseguimos cultivar arroz ! Y@ k #.'# @ !# ' vezes abaixo do preço de custoâ€?, argumenta Armindo Valente. Manifestando-se contra a nova PAC, o responsĂĄvel pela Cooperativa AgrĂ­cola de Montemor-o-Velho apela a que as ajudas comunitĂĄrias sejam ligadas Ă produção. “Queremos que as ajudas venham para quem trabalha e faz agricultura e nĂŁo para quem tem as ĂĄreas e nada fazâ€?, comenta. Segundo Armindo Valente, se nĂŁo houver uma $# Y@ roz carolino do Baixo Mondego a partir de 2014, os arrozais do Baixo Mondego ! @ " k “Costumamos dizer que no Vale do Mondego

nĂŁo se encontra um hectare que nĂŁo esteja cultivado. A partir de 2014 nĂŁo estou em condiçþes de garantir isso. Porque os agricultores nĂŁo estĂŁo em condiçþes de perder e aquilo que estĂĄ previsto ĂŠ que os agricultores do Vale do Mondego percam cerca de quatro milhĂľes de euros por ano com o prĂłximo quadro comunitĂĄrioâ€?, continua Armindo Valente. Portugal ĂŠ um dos paĂ­ses que menos recebe das ajudas da PAC e o futuro parece nĂŁo trazer notĂ­cias mais animadoras. Antes pelo contrĂĄrio. “HĂĄ dias estive num seminĂĄrio, onde um eurodeputado disse que a PAC nunca foi justa e que nĂŁo era desta vez que ia ser justa. Isto entristece-nos porque queremos continuar a fazer agricultura e a dizer que no Mondego nĂŁo hĂĄ terreno por cultivarâ€?, diz.

Armindo Valente, presidente da Cooperativa AgrĂ­cola de Montemor-o-Velho, adverte que sem apoios os arrozais podem ficar abandonados

Sem verbas para o regadio, o prĂłximo quadro co!# 'J @ # 8 # .mente como uma dor de cabeça para os agricultores do Vale do Mondego. Segundo Armindo Valente, os paĂ­ses mais beneficiados com o prĂłximo quadro comunitĂĄrio serĂŁo, mais uma vez, os nĂłrdicos que, refere, “nĂŁo precisam de regaâ€?. “Os Ăşnicos paĂ­ses que vĂŁo precisar de rega sĂŁo Portugal, Espanha, uma pequena parte de França e ItĂĄlia. Todos os outros paĂ­ses nĂŁo precisam de rega, razĂŁo por que Alemanha e França nĂŁo colocaram no prĂłximo quadro comunitĂĄrio investimentos no regadio, mas Portugal e Espanha tem de se debater por isso, porque nĂłs precisamos de regadio e das obras concluĂ­dasâ€?. Em causa no Baixo Mondego poderĂĄ estar, novamente, a execução de mais trĂŞs blocos hidrogrĂĄ@ ? ! 6# ? BolĂŁo e Maiorca. Iniciada hĂĄ 30 anos, a concretização da obra hi J@ '# 8 " ~ dos 50 por cento. O apro& ' ! ' J@ ^? no entanto, garante o responsĂĄvel, de 100 por cento.

Z @ 6# .6# .Y' a demonstrar no paĂ­s onde ĂŠ que tem uma obra que esteja a ser utilizada a 100 por cento como estaâ€?, observa o dirigente. “Disse-se muitas vezes que os agricultores do Mondego nĂŁo compartici ! " • J@ –k Isso nĂŁo ĂŠ verdade. Os agricultores do Mondego cederam cinco por cento da sua ĂĄrea para caminhos e valas. Ou seja, todos os agricultores do Mondego apĂłs a obra tĂŞm cinco por cento de ĂĄrea a menos. Esta foi a parte da comparticipação dos agricultoresâ€?, adianta, frisando que tal situação nĂŁo se verificou no Alqueva. “NĂŁo estamos contra o Alqueva. Queremos que todo o paĂ­s produza. Mas nĂŁo queremos ser penalizados em relação a outras regiĂľes. Temos uma obra começada hĂĄ mais de 30 anos e ainda nĂŁo estamos a 50 por cento. Para chegarmos aos 50 por cento ĂŠ preciso que os trĂŞs blocos que estavam previstos entrar em obra neste quadro comunitĂĄrio sejam executadosâ€?, apela, lembrando que a obra hidrogrĂĄfica do Alqueva,

que pressupĂľe investimentos brutais, ĂŠ bastante mais recente e jĂĄ estĂĄ em fase de conclusĂŁo. AlĂŠm disso, recorda, a obra do Alqueva tambĂŠm nĂŁo tem o peso social que no Mondego: “Aqui existem essencialmente exploraçþes familiares e nĂŁo grandes empresas, com grandes investimentos que nĂŁo tĂŞm nada a ver com agriculturaâ€?. â€œĂ‰ um pouco complicado viver nos dias de hoje ! ' @~ @ k A agricultura e as famĂ­lias do Mondego estĂŁo a passar por situaçþes difĂ­ceisâ€?, realça Armindo Valente, esclarecendo que as perdas de quatro milhĂľes de euros sĂŁo relativas apenas aos produtores de cereais (milho e arroz). Segundo o presidente da Cooperativa AgrĂ­cola de Montemor-oVelho, o prĂłximo quadro comunitĂĄrio ĂŠ igualmente bastante penalizador para as exploraçþes leiteiras que existem na regiĂŁo. Com um volume de negĂłcios na ordem dos 20 milhĂľes de euros, a Cooperativa apoia e assegura a recepção da produção de arroz, milho, batata, hortoindustriais e do leite.


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FESTIVAL DO ARROZ E DA LAMPREIA 2012

IX

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A opiniĂŁo de Pedro Machado

Turismo ganha com diversidade e animação Na apresentação do 10.Âş Festival do Arroz e da Lampreia, que se vai realizar em Montemor-o-Velho, o presidente da entidade regional Turismo Centro Portugal destacou a importância da iniciativa para o sector, por ter trĂŞs componentes importantes: diversidade de oferta, factor de animação e valor econĂłmico. Pedro Machado, para alĂŠm de liderar o Turismo do Centro, joga em casa, pois ĂŠ vice-presidente da Câmara Municipal de Montemor-oVelho, mas ampliou a toda a regiĂŁo as iniciativas em torno da lampreia, numa rota que se iniciou na Figueira da Foz, passou por Penacova, acontece no seu concelho e prossegue por Sever do Vouga e Murtosa. A realização deste Festival do Arroz e da Lampreia ĂŠ, para o dirigente do turismo regional, um “reforço da atractividade e da competitividade do Centroâ€?, que ao longo do ano tem, tambĂŠm, iniciativas gastronĂłmicas tradicionais do sĂĄvel, do cabrito, da vitela, da chanfana, entre outras iguarias. Segundo Pedro Machado, isto ĂŠ importante porque ' Z @ ! 8

presença do arroz, reforçada com a doçaria conventual atravĂŠs do pastel de TentĂşgal e da queijada de Pereira. A regiĂŁo Turismo Centro de Portugal estĂĄ presente na ‡ˆ #! ' ! 6# ' espaços distintos: um de promoção turĂ­stica, outro de negĂłcios, mais um de reuniĂľes e fĂłruns, e outro de degustação. EstarĂĄ em exibição um vĂ­deo promocional, de cerca de cinco minutos, onde se mostra as marcas e os oito produtos turĂ­sticos assentes nas principais cidades da regiĂŁo Centro, sublinhando a diversidade e o carĂĄcter multifacetado. Presença na BTL ‡ˆ J . o cartaz “Eventos da Ria Este calendĂĄrio de anima- de Aveiroâ€?, divulgado um ção na regiĂŁo Centro vai re- projecto da Comunidade ' 8 ‡ . ˆ# ! Intermunicipal DĂŁo-LafĂľes

" ‡ˆ +? 6# e lançado o “Guia das Iguade 29 de Fevereiro a 03 de rias do Centro – Queijosâ€?, Março, segundo o responsĂĄ- para alĂŠm de iniciativas que vel, com Montemor-o-Velho sublinham a diversidade a representar o “coraçãoâ€? gastronĂłmica e vinĂ­cola da

‡ ~ ! regiĂŁo. que atravĂŠs da criação de um ' Y@ " ! posicionar o destino Centro de Portugal num ranking nacional, onde queremos competirâ€?, declarou. “Queremos assumir, objectivamente, que somos uma regiĂŁo intermĂŠdia entre Lisboa e Porto e temos pergaminhos capazes de poder competir e de poder estar ao lado destas duas regiĂľes. NĂŁo 6# ! ! @ ' . dos, mas queremos estar ao nĂ­vel de Lisboa e do Porto naquilo que ĂŠ um dos nossos sectores mais competitivos, o do turismoâ€?, diz Pedro Machado.

Pedro Machado, ladeado por Alexandra Ferreira e AntĂłnio Alves, sublinhou a diversidade da oferta gastronĂłmica

ao nĂ­vel da diversidade de oferta, do peixe Ă carne, da doçaria aos salgadosâ€?, com todos os festivais a contribuĂ­rem para “um calendĂĄrio de animação permanente, do litoral ao interior, de norte a sulâ€?. Para alĂŠm disso, os festivais “representam um valor econĂłmico importanteâ€?, nĂŁo apenas ligado ao sector dos serviços, mas, principalmen-

te, Ă actividade do sector primĂĄrio, que no caso de Montemor-o-Velho se traduz na pesca (com a lampreia) e na agricultura (com o arroz). “Que me perdoem a imodĂŠstia, mas a oferta da regiĂŁo Centro, ao nĂ­vel de iniciativas gastronĂłmicas, pontua a agenda turĂ­stica nacional e ĂŠ inagualĂĄvel em relação ao resto do paĂ­sâ€?, declarou.

Voltando ao Festival que se vai realizar em Montemor-o-Velho, pelo 10.Âş ano consecutivo, Pedro Machado sublinhou que passou a integrar, tambĂŠm, a “Rota Nacional da Lampreiaâ€?, uma parceria entre a regiĂŁo Centro, o Porto/Norte e Lisboa e Vale do Tejo. “Assumimos, naturalmente, que este ĂŠ um prato nacional, que tem uma procura por todo o paĂ­s, e

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XVI Festival a 18 de Março

Ereira recebe apreciadores da iguaria Anualmente, centenas de pessoas tambĂŠm rumam Ă Ereira, no concelho de Montemor-o-Velho, considerada a “Catedral da Lampreiaâ€?, por ali se pescar o ciclĂłstomo, desde tempos muito recuados, e se confeccionar Ă moda prĂłpria da terra, com arroz carolino produzido nos campos em redor. O Festival da Lampreia da Ereira, que vai para a 16.ÂŞ edição, estĂĄ marcado para 18 de Março, com o seguinte programa: 11h00 - Recepção no Esteiro da Ereira; 11h30 - D e monstração da pesca da lampreia; 12h00 - Actuação do Grupo FolclĂłrico da Ereira; 13h00 - Almoço na Associação Cultural Desportiva e Social da Ereira. O preço por pessoa ĂŠ de 25 euros, a mesma quantia do ano passado e o que demonstra uma atenção para as dificuldades econĂłmicas que se agravaram, com as reservas a terem de ser efectuados para os PUBLICIDADE

seguintes números: 963 925 299, 913 682 556, ou 239 676 370. A julgar pelas ediçþes anteriores, a próxima perspectiva-se como mais um êxito, recomendando-se uma marcação antecipada pois a capacidade do salão da ACDS da Ereira costuma esgotar. E no ano passado foram 200 os comensais - número limitado para que a qualidade seja assegurada - que degustaram 110 lampreias e 30 quilos de arroz, não faltando as papas de moado e o arroz doce à sobremesa. A promoção do ex-libris gastronómico da Ereira Ê acompanhado por uma muito apreciada demonstração da pesca da lampreia, por uma recepção junto ao esteiro da freguesia, com saborosos peixes do rio e broa, tudo animado pela actuação do Grupo Folclórico. A lampreia Ê referida desde hå sÊculos na gastronomia portuguesa como uma iguaria ímpar,

A tradição secular vai desde o rio atÊ à confecção

requintada e invulgar, capaz de despertar sentimentos: ou se adora, ou se detesta! Preponderante na divulgação da Ereira, esta espÊcie da classe dos ciclóstomos sempre esteve presente, jå que Ê conhecida a tradição das gentes

da terra oferecerem lampreia, como gratidĂŁo no reconhecimento de algo que foi muito importante para as suas vidas, seja de ordem econĂłmica, social, ou mesmo de saĂşde. Ladeado de campos verdejantes, o rio Monde-

go, no seu caminho para a foz, divide-se em dois braços, junto a Montemoro-Velho, que se juntam novamente cerca de seis quilĂłmetros mais Ă frente, formando uma “ilhaâ€? em meia lua, com uma superfĂ­cie aproximada de seis

quilómetros quadrados, onde se localiza a povoação da Ereira. Povoação rural ribeirinha, vocacionada essencialmente para a actividade agrícola, mas ligada geogra@ ! ' K J # ? desde sempre procurou na pesca a complementaridade à sua subsistência. E entre as espÊcies que o rio Mondego proporciona destacase, como não podia deixar de ser, a lampreia. No sÊculo passado a lampreia era abundante nos rios, mas a partir das dÊcadas de 60-70 (sÊculo XX) registou-se um declínio consideråvel nas capturas em rios como o Mondego e o Tejo, assim como quase o seu desaparecimento no Douro e no Guadiana. A construção de barragens, aliada à poluição dos cursos de ågua, são tidos como das principais causas para esse declínio, que levou à . @ ' ^ como vulneråvel, no Livro Vermelho dos Vertebrados Portugueses.


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XI

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Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho

Pista nĂĄutica de nĂ­vel mundial O primeiro fim-desemana do Festival do Arroz e da Lampreia, em Montemor-o-Velho, vai ter a companhia do “Portugal Winter Trialâ€?, nos dias 02, 03 e 04 de Março, prova organizada pela Federação Portuguesa de Canoagem e que serĂĄ uma antevisĂŁo do Campeonato da Europa de Juniores e Sub23, com realização prevista para Julho. A ComissĂŁo de Pista da Federação Internacional de Canoagem visitou, recentemente, o Centro de Alto Rendimento (CAR) de ' ! 8 8| . ? @nal, o equipamento recebeu os melhores elogios para a realização de provas a nĂ­vel europeu e mundial. Para Frank Garner, presidente da ComissĂŁo de Pista da Federação Internacional de Canoagem, esta ĂŠ uma estrutura de “classe mundialâ€?, com o dirigente a tecer rasgados elogios ao edifĂ­cio, destacando que â€œĂŠ inteligente e com muita luz naturalâ€?. Lembrando que “o pri-

meiro grande teste, na modalidade da canoagem, vai acontecer em Julho, com o Campeonato da Europa de Juniores e Sub 23 de Velocidadeâ€?, Frank Garner destacou que “o CAR pode ter todas as condiçþes para receber uma prova mundialâ€?. “O CAR vai ser, nos prĂłximos anos, o palco de importantes eventos internacionaisâ€?, lembrou o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, com MĂĄrio Santos a sublinhar que â€œĂŠ importante ouvir a opiniĂŁo dos especialistas, uma vez que tambĂŠm conhecem a realidade da canoagem noutros paĂ­sesâ€?. No decorrer da inspecção realizada pela ComissĂŁo de Pista, o presidente da Câmara Municipal, LuĂ­s Leal, reiterou que “atĂŠ ao @ . } & ' a funcionar em plenoâ€? e que “a par das competiçþes nacionais e internacionais jĂĄ agendadas para os prĂłximos anos, estĂĄ tambĂŠm em desenvolvimento um plano

O Festival do Arroz e da Lampreia vai ser animado por provas de canoagem

de promoção e divulgação da estrutura desportivaâ€?. Canoas em competição

Nas åguas calmas do Centro de Alto Rendimento vai realizar-se, såbado, o I Controlo Nacional de Velocidade (prova de 2 000 metros), e o Portugal Winter Trial 2012 – Nelo Winter Challenge (prova de 2 000 e de 200 metros), no såbado e domingo. O objectivo desta com-

petição de canoagem Ê aferir a condição física dos atletas, seleccionar os melhores para participarem em estågios das equipas nacionais, fazer o apuramento directo para o Campeonato Nacional de Fundo e promover a competição e a troca de experiências entre os atletas nacionais e de outras nacionalidades, que se encontram neste período a treinar em Portugal. Recorde-se que, pela primeira vez, Portugal organiza uma importante prova

internacional de canoagem de Velocidade, especialidade olímpica em que o país jå tem cinco atletas apurados para Londres 2012. Serå de 12 a 15 de Julho, no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, que mais de 1 000 atletas de mais de 40 países vão disputar os Europeus Sub-23 de júniores. Este mediåtico evento internacional, que contarå com a presença de atletas olímpicos em Londres 2012, Ê promovido pela Federação Portuguesa de Canoagem, sob a Êgide

da European Canoe Association, sendo apadrinhado pela ex-atleta Rosa Mota e tem o patrocínio da Toyota Caetano-Auto Coimbra. No ano passado, os atletas portugueses de canoagem conquistaram 24 medalhas em competiçþes internacionais, o que faz da Federação desta modalidade uma das com maior destaque, sendo o seu presidente, Mårio Santos, o chefe da missão nacional aos Jogos Olímpicos de Londres.

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