“Campeão das Províncias” - 9/6/2023

Coimbra recebe provas de corrida, bicicleta e natação

Coimbra é a “Meca” dos triatletas, nacionais e estrangeiros, neste fim-de-semana, com mais de 1.500 atletas a dar corpo para a terceira edição Multisport Weekend Coimbra. Além de bater recordes, a prova organizada pelo Multisport, Município de Coimbra e Federação de Triatlo de Portugal reúne algumas novidades, perfilando-se, durante três dias, como a festa da modalidade.

O evento decorre até domingo, dia 11, com a maioria das provas a disputar-se no leito do rio Mondego, nas ruas da cidade e concelhos circundantes, algumas em simultâneo, onde se espera milhares de espectadores.

Na presença dos melhores atletas nacionais da actualidade, que contribuem para a potenciação e divulgação da cidade de Coimbra na organização de eventos desportivos, a prova conimbricense integra o Triatlo Full Distance: Natação (3.800 metros), Bicicleta (180 km) e Corrida (42,2 km); Triatlo Half Distance: Natação (1.900 metros), Bicicleta (90 km) e Corrida (21,1 km); Triatlo Standard: Natação (1.500 metros), Bicicleta (40 km) e Corrida (10 km); Triatlo Sprint: Natação (750 metros), Bicicleta (20 km) e Corrida (5 km); Triatlo Super Sprint: Natação (300 metros), Bicicleta (10 km) e Corrida (2,5 km); Aquabike: Natação (1.900 metros) Bicicleta (90 km); Duatro: Bicicleta (90 km) e Corrida (21,1 km); Neon Night Swim: Natação (300 metros), Bicicleta (1.500 metros) e Corrida (3.000 metros); Summer Run: Natação (10 km), Bicicleta (21,1 km) e Corrida (42,2 km).

Na apresentação do Multisport Weekend Coimbra, Carlos Lopes, vereador do pelouro do Desporto, referiu que neste fim-de-semana a cidade recebe “a prova com maior relevo e importância no âmbito desportivo da modalidade”. “Depois do Rali de Portugal, que aconteceu em Maio, o Multisport Weekend Coimbra é, em termos desportivos, o maior envolvimento do Município de Coimbra, tanto financeiramente como logístico, sendo extremamente gratificante termos esta competição no nosso concelho, cujo orçamento para a edição desse ano ronda os 100 mil euros, equivalente ao do ano passado”, confidenciou Carlos Lopes.

Sérgio Dias, presidente da Federação de Triatlo de Portugal, sublinha que “esta prova, para além de toda a envolvência da Multisport, é de extrema importância face à organização do Campeonato Nacional Individual de Longa Distância, o que constitui motivos de orgulho, com a certeza de termos em Coimbra os melhores atletas da actualidade”.

“Esta já é a terceira vez que Coimbra nos acolhe e, naturalmente, que vamos estar perante a festa Multisport e do triatlo em geral. Acho que o Delmino Pereira, presidente

da Federação Portuguesa de Ciclismo, não se vai importar se pedirmos emprestado um atleta para o triatlo, até porque já cedemos recentemente uma atleta para o ciclismo”, disse Sérgio Dias, referindo-se a Telmo Pinão.

Novidades na margem direita do Mondego

Mauro Azevedo, da organização, levantou um pouco do véu daquilo que é este fim-de-semana de triatlo em Coimbra, sustentando que as grandes novidades “prendem-se com o traçado de corrida, aproveitando a recente reabilitação da margem direita do rio Mondego, muito aprazível e muito agradável, em que os atletas vão poder usufruir de uma paisagem e de um ambiente magnífico”.

“Outra das novidades é a possibilidade da passagem dos atletas pelo Parque Manuel Braga, também recentemente requalificado pela autarquia, um espaço que se destaca pela sua beleza e frescura junto ao rio Mondego, beneficiando em muito o traçado, até pela sombra que propicia”, referiu. “Estas duas alterações, não só tornam a prova muito mais bonita e agradável para os atletas como também a tornam mais rápida, um conjunto de factores que a organização entendeu por bem melhorar para ir de encontro às ambições de todos os envolvidos na prova”, referiu Mauro Azevedo.

Por seu turno, Ricardo Lacerda, também da estrutura organizativa, agradeceu ao presidente federativo por “manter o Campeonato Nacional em Coimbra” . Ricardo Lacerda destacou, ainda, a prova de crianças a desenvolver pela primeira vez, no domingo, iniciativa que constitui o lançamento do triatlo em Coimbra como modalidade.

Mauro Azevedo, Sérgio Dias, Carlos Lopes, Ricardo Lacerda e Telmo Pinão (foto João da Franca)

ALMOÇOS E JANTARES

NOVAS EMPRESAS ESTÃO A CHEGAR A COIMBRA

A habitual lenga-lenga de que Coimbra não recebe novas empresas está a esbater-se, com a chegada de investimentos empresariais, uma das principais promessas deste Executivo camarário liderado por José Manuel Silva. As novidades vêm do Coimbra iParque, onde vão

instalar-se três novas empresas (não se trata de ampliação ou mudança de local), duas das quais com capitais brasileiros, conforme apurou o “Campeão”. O crescimento empresarial promete, pois já estáo comprometidos cinco dos sete lotes da segunda fase do iParque. PÁGINA 3

Joaquim de Sousa em Entrevista

O declínio da Figueira da Foz e o drama das Misericórdias

Joaquim de Sousa expõe a situação actual da cidade e o cenário dramático enfrentado pelas Misericórdias. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Pro-

víncias o provedor da Misericórdia Obra da Figueira denuncia os milhões gastos em eventos questionáveis, enquanto a qualidade de vida dos cidadãos é negligenciada. PÁGINA 9

Casos Boaventura e professor russo agitam Universidade

O afastamento do professor russo do Centro de Estudos Russos que funciona no âmbito da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra está a gerar uma polémica que já levou a um Abaixo-Assinado de cerca de 100 professores e investigadores, reacção que surpreende por ir muito para além da verificada há semanas atrás aquando dos alegados casos de assédio de Boaventura Sousa Santos. Se um caso nada tem a ver com o outro, acontecem todavia ambos num espaço do pensamento político definido e idêntico que relativamente a um dos casos pouco ou nada reagiu e perante outro parece movimentar-se como se directamente interessado e muito para além de um caso simples que os tribunais resolveriam numa penada, se a isso fossem chamados. Entretanto o assunto Boaventura Sousa Santos, apesar do processo de averiguações nada ter avançado, ainda mexe. PÁGINA 3 (Boaventura) e PÁGINA 15 (Professor russo).

Convida a visitar a Ceirarte

a visitar a FAFIPA de 9 a 13 de Junho

ACTUALIDADE 2

BIANCA DE MATOS

ACeirarte está de volta com a sua 30.ª edição que se iniciou ontem (quarta-feira) e decorre até domingo (dia 11), mais “renovada e ampliada”, assim o afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Ceira, Fernando Santos, durante a apresentação do certame.

“Este ano, esperamos que seja ainda melhor. Vamos ter mais espaço, dois palcos e mais expositores”, anunciou o autarca. Com o intuito de promover o artesanato e a gastronomia da freguesia, o evento convida a conhecer o que de melhor Ceira tem para oferecer aos seus visitantes: “uma actividade cultural e associativa muito grande que damos a conhecer nestes dias”reforça Fernando Santos.

De entrada gratuita, esta festa da freguesia decorre não só no recinto habitual, como também “na nova Praça, ansiada há muitos anos, a inaugurar em breve, que ainda não está terminada, mas que vai servir para receber o certame”.

Ao todo, serão 59 expositores entre artesanato, “vindo de todo o país”, e gastronomia com nove tasquinhas das colectividades da freguesia que preparam um menu recheado de pratos regionais, entre eles a chanfana, os negalhos, o arroz-doce, entre outras iguarias.

Além desta mostra do saber fazer, a Junta de Ceira apostou num cartaz “mais eclético e diversificados, com espectáculos para todos os gostos, para estes cinco dias de festa.

A Ceirarte abriu portas às

19h00 de ontem, tendo-se seguindo a distribuição de diplomas dos oito Cursos Socioculturais da Freguesia, uma “iniciativa ímpar da freguesia que já tem muitos anos”, refere Fernando Santos.

Festival de folclore desde há 40 anos

Esta quinta-feira (8) têm lugar as actuações do Grupo Cordas

INICIATIVA COMEÇA HOJE BRASFEMES PROMOVE

FEIRA GASTRONÓMICA

OLargo Marcelino Ivo de Vasconcelos, em Brasfemes, é o palco da XX Feira Gastronómica, que começa já hoje (8), durante a manhã (9h00). O evento, que entende-se até 11 de Junho, promete muita diversão, com a apresentação de espectáculos, diversas actividades e uma rica culinária.

A iniciativa, que também assinala o Dia da Freguesia (8 de Junho), arranca com o hastear da bandeira, no edifício da Junta de Freguesia de Brasfemes. A programação continua com o VI Torneio

de Futebol, organizado pelo Real Clube de Brasfemes.

As outras actividades proporcionadas pela Feira incluem a IV Prova Cega de Vinhos de produtores da Freguesia, jogos tradicionais e uma mostra de folclore.

A iniciativa vai, ainda, realizar o simulacro da academia da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Brasfemes, no domingo, pelas 16h00.

Os espectáculos ficam a cargo de grupos de gaiteiros, de concertinas e bandas, como os Cebes. Além disso, os visitantes podem

Castiças e da voz nacional de David Antunes, bem como dos Midnight Band. A noite culmina com música a cargo do DJ Pedro Duarte. O destaque vai também para a realização da sétima Milha de Ceira, a partir das 16h00, organizada pela Secção de Atletismo de Sobral do Ceira.

Trata-se uma prova de circuito curto e fechado, onde podem competir dos benjamins aos veteranos, que este ano vai passar

pelo recinto do certame. Até ao momento, segundo o responsável António Oliveira, a iniciativa desportiva conta com mais de duas centenas de participantes, incluindo Rogério Amaral, “atleta consagrado da freguesia nesta modalidade”.

Para sexta-feira (9) está prevista a actuação das bandas Anaquim e Aband’onados, terminando novamente a noite a cargo do DJ Pedro Duarte.

No fim-de-semana estão também agendadas diversos momentos musicais, com a animação a começar no sábado (19) pelo Grupo Elísio Aveiro & Companhia e pela Banda Filarmónica de Ceira, acabando o dia com a banda Funkoff. Nessa noite terá também lugar a 40.ª edição do Festival de Folclore do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Ceira, que conta com atuações de quatro grupos convidados: Grupo de Danças e Cantares de Vale Domingos (Águeda), do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pego (Abrantes), Rancho Típico São Mamede de Infesta (Matosinhos) e do Grupo Coral Netos de Bandim (Guiné-Bissau).

Já no domingo (11), último dia da Ceirarte, a manhã, cerca das 9h00, é preenchida com a caminhada solidária “O que nos Liga”, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, seguindo-se uma aula de zumba às 11h00.

Durante a tarde, a animação estará a cargo do Grupo de Cordas da Escola de Música e dos Saltimbancos do CPT de Sobral de Ceira. Às 18h00 o grupo Ús Sai de Gatas também prometem um espectáculo bem divertido. Neste dia tem também lugar, pelas 15h30, a apresentação do livro “Escola da Magia”, de Diana Amaral, na Ceirarte.

O vereador da Câmara Municipal de Coimbra Carlos Lopes, a marcar presença na apresentação do certame, agradeceu o esforço que a freguesia de Ceira tem feito “para melhorar ano após ano e dar qualidade a um evento que já tem nome e história”. “Este ano vai ser, naturalmente, um sucesso”, perspectivou.

“sendo que uma delas pertence à uma associação de jovens com mobilidade reduzida, que não terá representações em termos de comida, mas vão estar presentes para mostrar sua actividade no dia-a-dia”, afirma o presidente da Junta de Freguesia de Brasfemes, João Paulo Marques.

Os expositores enchem os olhos dos clientes, com pratos que são “os reis da gastronomia” local, como chanfana, leitão, cabidela, leite de creme e arroz doce.

Este ano, são esperadas cerca de 3.000 pessoas para as festividades, completa o autarca.

O Largo Marcelino Ivo de Vasconcelos receve a XX Feira Gastronómica de Brasfemes durante quatro dias

desfrutar de uma noite de fado de Coimbra e de Lisboa, com o grupo Serenata ao Luar, a banda Boheme e a Fogueira de São João, com actuação do grupo Adega Manias.

Em relação as barraquinhas, 11 estarão presentes na ocasião,

A abertura da XX Feira Gastronómica de Brasfemes, amanhã (9), decorre às 19h00 e, no sábado e no domingo, a iniciativa espera pelos visitantes já de manhã (a partir das 10h00 e das 11h30, respectivamente).

António Oliveira (Secção de Atletismo de Sobral de Ceira), Carlos Lopes (vereador da Câmara de Coimbra), Fernando Santos (presidente da Junta de Freguesia de Ceira) e Fernando Machado (Grupo Folclórico da Casa do Povo de Ceira)

SEXTA-FEIRA,

As inscrições para o TUMO Coimbra já estão abertas. Com 1.500 vagas para jovens dos 12 aos 18 anos, o centro de tecnologias criativas pretende formar alunos através do desenvolvimento de competências sociais e técnicas na intersecção entre criatividade e tecnologia.

8 DE JUNHO DE 2023

CASOS DE ASSÉDIO EM COIMBRA MULHERES INSISTEM

NA CRIAÇÃO DE COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO

DOIS INVESTIMENTOS SÃO DE CAPITAIS BRASILEIROS COIMBRA IPARQUE VAI TER

MAIS SETE EMPRESAS

LUÍS SANTOS

No Parque Tecnológico de Coimbra (iParque) vão instalar-se mais sete empresas, das quais três já são do trabalho desenvolvido por este Executivo da Câmara Municipal, que tem afirmado querer captar investimento e desenvolver a área empresarial e económica no concelho.

Um dos novos investimentos resulta de um consórcio entre uma empresa portuguesa e outra brasileira, a CosmeHub, que, numa primeira fase de desenvolvimento, vai aplicar quatro milhões de euros para implementar um centro de cosmética no Coimbra iParque. E este não será o único investimento vindo do Brasil, porque outro já foi firmado, com contrato de promessa de compra e venda, conforme apurou o “Campeão”, mantendo-se, contudo, sob reserva esta nova empresa, a pedido dos investidores.

A completar os três novos investimento está a Velvet MED, também com contrato de promessa de compra e venda assinado, de investigação e desenvolvimento de produtos farmacêuticos adaptados às exigências de cada cliente, com um gama completa de produtos de elevada qualidade com o selo Velvet Me e a distribuição por grosso de produtos farmacêuticos e outros, a nível nacional e internacional. Refira-se que no iParque há já empresas à espera da conclusão das obras da fase 2A, que estão numa fase final, como a Valoren, um instituto de investigação aplicada que tem um laboratório de valorização de recursos endógenos e naturais, e a Helukabel, de soluções em cabos eléctricos e ópticos para a indústria.

O Coimbra iParque tem, ainda, um lote arrendado à Uau Dream para uma unidade desportiva e outro vendido à Nova Gama Gourmet para uma unidade de restauração.

Voltando ao mais recente contrato para instalação no Parque Tecnológico de Coimbra, refira-se que o consórcio CosmeHub é constituído pela portuguesa Pharmilab, sediada em Coimbra, e a brasileira Di Fiorenna, tendo como objectivo a investigação e o desenvolvimento para a inovação na área da cosmética.

O projecto contempla uma unidade de fabrico de produtos cosméticos, um centro de desenvolvimento, um centro técnico, um laboratório de controlo de qualidade, formação e serviços de apoio ao cliente. A actividade deverá arrancar em 2024, com a criação de um centro especializado em ajudar as marcas de cosmética a desenvolver e lançar novos produtos, bem como a crescer e afirmar-se no mercado.

A ideia passa por replicar o modelo de investigação e desenvolvimento que já existe no Brasil e que se foca na investigação e desenvolvimento de formulações inovadoras com alta performance no mercado. O consórcio optou por Coimbra para tirar “partido do seu enquadramento geográfico, proximidade à Universidade de Coimbra e perfil das entidades de interesse”.

Consulta pública

Até ao próximo dia 19 de Junho decorre o período de participação para formulação de sugestões e de apresentação de informações, no âmbito do procedimento de alteração ao Plano de Pormenor do Parque Tecnológico de Coimbra - iParque. Esta alteração decorre, por um lado, da necessidade de formalizar a unificação dos lotes 16 e 18 e do espaço público entre eles, e, por outro, de responder a diversas solicitações para que o iParque possa acolher novas actividades empresariais e ampliar a área destinada a actividades económicas, potenciando assim o crescimento

e o desenvolvimento do município. Além da unificação dos lotes 16 e 18, pretende-se a alteração do polígono de implantação e cércea máxima previstos para o lote 2 (equipamento desportivo), adaptando-o ao layout dos equipamentos desportivos que agora se pretendem construir, assim como a alteração do uso previsto para a parcela 288 - “Equipamento - Heliporto” - para actividades económicas por, dada a proximidade ao Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, não se justificar uma infraestrutura deste tipo.

Meio milhão de euros

Relativamente ao Coimbra iParque, na reunião do Executivo camarário da passada segunda-feira foram aprovadas as contas de 2022, com quatro abstenções do PS.

O presidente do Município, José Manuel Silva, considerou que é necessário “reequacionar o funcionamento” daquela empresa que gere o parque tecnológico de Coimbra e prometeu para breve uma proposta “para um novo olhar” sobre aquela instituição. A vereadora do PS Regina Bento chamou a atenção para os resultados negativos de mais de meio milhão de euros em 2022 do iParque, questionando o porquê de o Executivo ainda não ter avançado com uma solução, quando já se tinha mostrado preocupado com aquela empresa em 2022, num relatório de contas em que se registou um resultado financeiro negativo de 106 mil euros.

Na resposta, o vereador com a pasta do empreendedorismo, Miguel Fonseca, esclareceu que o resultado negativo de 2022 deve-se à ausência da venda de lotes no parque (só foram assinados contratos de promessa de compra e venda para lotes da segunda fase do iParque) e ao reforço do valor reservado para processos com a Autoridade Tributária que ainda estão em aberto.

Um grupo de mulheres reiterou a necessidade de constituição de uma comissão de investigação aos alegados casos de assédio moral e sexual que terão ocorrido no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

“O nosso colectivo está focado em pressionar a constituição de uma comissão centrada na protecção das vítimas e não na defesa dos agressores: esse é o nosso objectivo. É imprescindível que a comissão seja instaurada e que a absoluta independência da comissão em relação ao CES seja garantida”, destacou este grupo, numa carta a que a agência Lusa teve acesso.

Três investigadoras que passaram pelo CES da Universidade de Coimbra denunciaram situações de assédio num capítulo do livro intitulado “Má conduta sexual na Academia - Para uma Ética de Cuidado na Universidade”, publicado pela editora internacional Routledge.

Os investigadores Boaventura Sousa Santos e Bruno Sena Martins acabaram suspensos de todos os cargos que ocupavam no CES, até ao apuramento das conclusões da comissão independente que a instituição está a constituir para averiguar as acusações de que são alvo.

Depois da divulgação do capítulo do livro, em Abril, chegaram “testemunhos de outras três vítimas” à rede de advogadas feministas no Brasil que, numa carta com data de terça-feira (dia 6), afirmaram que pretendem que os factos sejam apurados na íntegra e que haja “respeito pelos direitos das vítimas e pelas suas histórias de dor e sofrimento”.

“Queremos justiça! A necessária investigação dos casos tem de assegurar um espaço em que as vítimas possam testemunhar sem medo de retaliações”, acrescentaram.

Há quase dois meses, este grupo de mulheres já tinha enviado uma carta aberta ao CES, a exigir a constituição de uma comissão de investigação “totalmente independente e imparcial”, para que se sintam seguras a denunciar e juntar provas.

“Desde a primeira carta que endereçamos ao CES, muito embora tenhamos obtido uma resposta célere e indicando preocupação em garantir os direitos das vítimas, nada se alterou. O que temos vis-

to é Boaventura [Sousa Santos] a usar o poder que tem para garantir tempo de antena e veicular à exaustão a sua versão dos factos, enquanto nós aguardamos e torcemos para que os procedimentos do CES sejam escorreitos e garantam que os nossos direitos serão respeitados e que seremos acolhidas num contexto seguro para apresentarmos as nossas histórias, juntamente com as evidências que estamos reunindo], referiram.

“Enquanto o CES não constituir a prometida comissão de investigação, é Boaventura quem fica a ganhar, porque tem poder para controlar a narrativa. Enquanto ele prepara a sua comunicação de crise, sem reconhecer uma única falha concreta, as nossas carreiras e nossas vidas continuam abaladas, sem um fim à vista”, indicaram.

A carta alude ainda à reflexão autocrítica que Boaventura Sousa Santos faz ao seu comportamento, na sequência das acusações de assédio sexual e moral, num artigo de opinião publicado no Expresso, com o título “Uma reflexão autocrítica: um compromisso para o futuro”.

“A desigualdade continua a pesar sobre nós e as nossas cartas não são publicadas à mesma velocidade e no mesmo número de meios de comunicação social. Continuamos aqui a reviver os traumas e contamos apenas umas com as outras: a nossa cura ainda está por fazer”, evidenciaram.

O colectivo de mulheres defendeu que se trata de uma “autocrítica vazia de responsabilização”, que “não recompõe danos, nem supera desigualdades”.

“Temos as nossas histórias para exigir verdadeira responsabilização, sabemos que o que sofremos não foram situações inofensivas de um professor que ficou parado no tempo e não se apercebeu que o mundo andou. Falamos de um padrão sistemático de abusos que foi reproduzido com diferentes mulheres, em situações diversas”, alegaram.

Em meados de Maio, o sociólogo Boaventura Sousa Santos enviou uma carta aos órgãos sociais e associados do CES a apelar à criação, com “máxima urgência”, da comissão independente que investigará as acusações de assédio de moral e sexual contra si. Contactado agora pela agência Lusa, o CES confirmou que a comissão de investigação ainda não foi constituída.

Há empresas que estão a aguardar o final da segunda fase para iniciarem as obras de instalação no Coimbra iParque

O Centro Cultural Penedo da Saudade, em Coimbra, vai exibir, hoje (8), pelas 18h00, os documentários “Filhos de um Mar Maior”, que retrata a dureza da apanha de percebes na Costa Vicentina, e “A Rebentação”, sobre a arte xávega na Praia da Tocha.

FIGURAS 4 8 DE JUNHO DE 2023

s c e n s o r A

JORGE SAMPAIO – Vêm aí as eleições para a presidência da Região de Turismo do Centro, previstas para Julho. Terminados os mandatos de Pedro Machado (que com a sua acção e liderança terá sido das pessoas que mais valor, real e efectivo, acrescentou à região) perfilam-se para já duas listas, sendo pouco provável que outras apareçam. No fundo, o que está em causa é dar continuidade ao trabalho que vem de trás e com esse propósito se candidata Raul de Almeida, presidente de Mira, autarca do PSD, como o é também Pedro Machado, ou mudar de mãos e entregar a liderança a uma maioria socialista, projecto liderado pela presidente de Tomar, Anabela Freitas. Apesar de até aqui se ter verificado bom entendimento entre autarcas provenientes de partidos diferentes, o PS não esconde considerar ser tempo de chamar a si esta oportunidade. Tudo se tem vindo a preparar em perfeita harmonia, sem revanchismos de quem quer que seja, mas o PSD não entrega “as cartas” de mão estendida. Raul de Almeida chamou Pedro Machado para presidente da Assembleia Geral e há dias tirou m coelho da cartola ao inserir na sua lista, como candidato a vice-presidente, um dos mais eficazes e conceituados autarcas do país, o engenheiro Jorge Sampaio que integra a lista e a fortalece sobremaneira. Se em termos pessoais e profissionais Jorge Sampaio goza de muito prestígio bem para além das fronteiras do seu concelho, enquanto vice-presidente da Câmara de Anadia tem sido um militante activíssimo na defesa dos interesses das suas gentes, realidade reconhecida por toda a região. Trará, com certeza, músculo e consistência à lista que aceitou integrar, tanto mais que se trata de um quadro que, quando está nas coisas está com alma, e, se sem ela, não está para ficar na fotografia. Esta disputa, legítima a todos os títulos, não é todavia indiferente à região, pese embora o reconhecido mérito de ambas as candidaturas. Ganhando Raul de Almeida é perspectivável que o centro dos 100 concelhos que constituem a região turística se situe mais a norte, nas fronteiras de Coimbra, Aveiro, Viseu e Guarda, sem deixar de fora outros mais a norte. Se Anabela Freitas levar de vencida a sua candidatura, não se estranhará que a Região de Turismo caia mais na área de influência de Lisboa, por razões de proximidade e influência política.

JORGE ALMEIDA – Águeda acaba de ser distinguida como o melhor Município do mundo para viver, na categoria das cidades entre 20.000 e 75.000 habitantes. Este prémio, que foi há dias entregues na Universidade de Malta, em Valleta, insere-se nas distinções atribuídas no âmbito dos chamados LivCom Awards ( LIveable Communities) que visam distinguir os territórios com melhores condições para viver, avaliando diferentes parâmetros e áreas de actuação, distinguindo sobretudo que se desenvolvam e compartilhem as melhores práticas internacionais com o objectivo de melhorar as condições de vida dos cidadãos. O prémio foi recebido pelo presidente Jorge de Almeida, um dos melhores autarcas do país e com particular evidência no distrito de Aveiro. Estes níveis de qualidade reconhecida por instâncias internacionais não são nunca obra de um só homem ou geração, mas Águeda tem tido a sorte de ser servida por bons autarcas, como o foi também o antecessor de Jorge Almeida, o conhecido Gil Nadais que hoje preside à Abimota, com idêntico entusiasmo e emprenho que empresta aos trabalhos a que dedica. Águeda é uma terra deveras interessante com um perfil empresarial muito forte e muito seu, onde as empresas nascem com inusitada frequência, projectando-se pouco depois para os mercados internacionais onde se movimentam com particular à vontade. Em Águeda não há desemprego e a qualidade de vida é das melhores do país. Para que mais se desenvolva, luta há muitos e muitos anos por uma ligação rodoviária com Aveiro, numa distância de cerca de 20 kms que está prometia há dezenas de anos por outros tantos Governos, incluindo o actual. Trata-se de um eixo decisivo para o desenvolvimento da região que tem um defeito até agora inultrapassado: depende dos governantes centrais e, quando assim é, pouco ou nada avança.

Figura da Semana

SANTANA LOPES DEFENDE AEROPORTO EM MONTE REAL

Compreende-se que Santana Lopes, enquanto presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, defenda que a região Centro do país deva ter um aeroporto, como o tem o sul (vários) e o tem o norte. Entende-se melhor isso que se compreende que a CIM de Coimbra não se tenha articulado com todos os concelhos da sua área quando assumiu apoiar a solução do aeroporto em Santarém. Na perspectiva dos interesses do país equilibrado, a solução de Santarém será a melhor das nove anunciadas, até pela realidade de Fátima como um dos grandes destinos do turismo religioso mas que nunca foi devidamente tido em conta. Portanto, o apoio a Santarém não foi uma posição errada da CIM, longe disso. Teria era mais força se tivesse também a assinatura da Figueira e do seu presidente por baixo. Santana defende Monte Real e tem razão. Essa seria a solução mais barata, mais adequada, mais sensata, mas sistematicamente inviabilizada desde que Mota Pinto, então primeiro-ministro de um Governo e vice-primeiro de outro, defendeu essa alternativa que o sector militar sistematicamente recusa para manter ali coisa nenhuma, para alem de dúzia e meia de aviões F-16 que na sua maioria não funcionam em boas condições e não servem para nada, além de ocuparem escassas dezenas de mecânicos que tiram e põem peças para ocuparem o tempo. Monte Real não será nunca aeroporto civil enquanto esta tese for vingando, mas nem por isso se deve deixar de perguntar à Força Aérea que justifique os tão elevados gastos que aquela infraestrutura custa ao país. Assim sendo, inviabilizado Monte Real por capricho de uns tantos, Santarém é das restantes a melhor solução na perspectiva da defesa dos interesses do país, tanto mais que passou nesta primeira selecção e é uma das nove soluções defendidas pela dita Comissão Independente. Resta saber se foi contemplada como alternativa apenas para calar a boca a quem defende o país no seu todo ou se considerada como possibilidade seriamente

NUNO MADEIRA - O psiquiatra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e investigador no Coimbra Institute For Biomedical Imaging and Translational Research (CIBIT) da Universidade de Coimbra, foi distinguido com o prémio FLAD Science Award Mental Health 2023, no valor de 300 mil euros. Este prémio reconhece o trabalho notável de Nuno Madeira no campo da saúde mental e destaca o seu projecto inovador intitulado “BS2C | Non-invasive Brain Stimulation for Social Cognitive impairment in Schizophrenia” (Estimulação Magnética Transcraniana Não Invasiva para o Impedimento Cognitivo-Social na Esquizofrenia). O projecto, realizado em colaboração com o Biological Affect Modulation Lab da University of Pittsburgh, School of Medicine, tem como objectivo testar um protocolo de tratamento não invasivo utilizando estimulação magnética transcraniana. A pesquisa visa desenvolver uma terapia eficaz para os sintomas cognitivo-sociais associados à esquizofrenia, sem a necessidade de internamento hospitalar ou procedimentos complexos. Caso obtenha êxito, a terapia poderá ser disponibilizada para pessoas com esquizofrenia em Portugal e outros países. Nuno Madeira destacou o trabalho de uma equipa multidisciplinar ao longo de uma década: “Este prémio valoriza um trabalho de investigação clínica ao longo de uma década, realizado por uma equipa multidisciplinar que envolveu médicos, engenheiros biomédicos e outros profissionais de saúde, muitos deles pertencentes ao Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria do CHUC. Graças ao apoio da FLAD, poderemos realizar um ensaio que testará a eficácia deste tratamento de estimulação cerebral na melhoria das dificuldades cognitivas sociais enfrentadas por muitas pessoas com esquizofrenia.”

encarada como tal. Importaria por isso que a região se articulasse de forma a falar a uma só voz e não olhássemos tão importante questão numa visão política de capelinhas. Nisso tem a zona de Lisboa andado a brincar há muitos anos e a esbanjar rios de dinheiro.

NOTA: Com a maioria agora obtida no Executivo municipal, Santana Lopes passou a ter condições para imprimir novo e dinâmico ritmo à actuação da Câmara. Tendo neste tempo decorrido apresentado algumas ideias que, se concretizadas, poderão vir a ser estruturantes para a cidade e para o país, deixa agora de ter desculpas para lhes não dar o seguimento anunciado. O presidente da Câmara anunciou o acordo “tripartido” (Santana Lopes, o líder nacional do PSD Luís Montenegro e Ricardo Silva) válido para o actual mandato e que entrou em vigor na segunda-feira, com o vereador do PSD Ricardo Silva a assumir funções a tempo inteiro no Executivo e os pelouros das Obras Municipais, Ambiente e Espaços Verdes.

PEDRO PROENÇA – O ex-árbitro internacional foi, na passada quinta-feira, reeleito para um terceiro e último mandato na presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). Pedro Proença é, assim, o primeiro líder da história da Liga a ser eleito para três mandatos seguidos. Em comunicado, o presidente da Liga descreveu esta eleição como o início de “uma nova era no futebol profissional”. Sublinhou ainda que “os próximos quatro anos serão desafiantes mas, estou seguro, ficarão para a história como aqueles em que o futebol profissional deu provas de uma cabal e efectiva união em torno daqueles que serão os grandes objectivos para este quadriénio: o crescimento e a afirmação desta indústria”. Dentro dos principais desafios estará a centralização dos direitos de TV. Pedro Proença é o 10.º rosto distinto à frente da LPFP. A tomada de posse dos novos órgãos sociais para o quadriénio 2023-2027 realizou-se nesta terça-feira, na sede da LPFP, no Porto.

JOSÉ MOURINHO – A UEFA decidiu abrir um processo disciplinar ao treinador da Roma depois dos insultos dirigidos ao árbitro da final da Liga Europa. De acordo com a instituição de futebol, José Mourinho terá “insultado e utilizado linguagem abusiva” para com Anthony Taylor após o jogo do Roma contra o Sevilha, na quarta-feira da semana passada. Depois da partida, que deu a vitória aos sevilhanos nos penáltis, o treinador terá esperado pelo árbitro e pelos seus adjuntos na garagem do Estádio, em Budapeste, onde terá afirmado que o desempenho dos ingleses foi “uma vergonha”. Na opinião de José Mourinho, durante o jogo ficou por marcar um penálti que poderia ter feito toda a diferença no resultado final. A atitude do português tem sido amplamente divulgada nas redes sociais, recebendo muitas críticas por parte dos internautas que acreditam que a sua acção incentiva a violência nos estádios de futebol. Se há duas ou três semanas aqui evidenciámos os seus méritos desportivos, aqui censuramos atitudes que de desportivas nada têm.

SEXTA-FEIRA, 9 DE JUNHO 2023

6 8 DE JUNHO DE 2023

LOJAS DE COIMBRA COM MEMÓRIA

PEDROSA HÁ QUASE 70 ANOS A VESTIR METADE

Recordar traços do percurso histórico comercial de Coimbra é falar, necessariamente, da Baixa da cidade. Esta zona foi, até algumas décadas atrás, o principal destino de quem queria fazer compras, fossem pessoas de Coimbra cidade, fossem das freguesias circundantes. Não tendo sido nunca, salvas honrosas excepções de alguns estabelecimentos, uma cidade de comércio deslumbrante que atraísse muita gente de fora, a Baixa tinha, e tem, embora mais desbotados, encantos que faziam dela um dos mais frequentados espaços, em jeito de sala citadina onde

grande parte dos conimbricenses se encontrava com os amigos, dava as suas voltas de fim de tarde e fim de semana, destino de compras antes dos grandes centros comerciais chegarem. Comprar roupa, calçado, enxovais, produtos para casa e o muito mais que preencha a vida da generalidade das pessoas era ali. Por essa razão o custo de compra ou trespasse de estabelecimentos na Baixa, sobretudo nos espaços mais nobres porque mais disputados, como a Visconde da Luz e Ferreira Borges, atingia somas astronómicas, sõ ao alcance de quem tivesse muito dinheiro para investir. De tal modo que comerciante bem sucedido

era potencial comprador de novo espaço que lhe fosse contíguo ou outro que se coadunasse com o seu desejo de expansão. Assim se formaram algumas estruturas comerciais de apreciável dimensão.

Os tempos mudaram Mudaram mesmo. A Baixa perdeu grande parte dos seus residentes, expulsou do seu miolo os automóveis em termos de circulação e estacionamento, recusou sempre aceitar e praticar os novos horários que os Centros Comerciais trouxeram. Aos poucos, ano após ano, fez-se noite na Baixa. Fechado o comércio as pessoas regres-

sam a casa logo a seguir e o vazio passou a encher as ruas daquele que, durante tantos e tantos anos, fora o espaço nobre da cidade, quiçá a sala onde recebia os visitantes. A cidade estendeu-se para fora das suas fronteiras tradicionais, as pessoas foram-se transferindo e fixando nas zonas novas, de melhores condições residenciais, mais amplas, melhor infraestruturadas, com escolas, espaços verdes e menos abafadas que as ruas e ruelas da Baixa que, com a densidade de habitação ao longo dos anos, se foram abafando umas às outras.

Foram-se as pessoas, foram-se muitos dos clientes e outros não vieram. O

comércio espraiou-se ao longo de toda a cidade, acompanhando as novas urbanizações A Baixa deixou de ser único destino comercial e foi-se deixando atrair pela vertente turística, mais ocasional mas mais endinheirada, menos exigente em termos de produto e por isso em termos de investimento também. Recordações de custo baixo, produtos apresentados como artesanato puto que nem sempre são, tudo isso compõe a Caixa ao fim do dia e é muito mais facilmente trabalhável. As belezas e singularidades do casco antigo da cidade, os percursos para e em redor da Universidade, ela própria o mais visitado dos

monumentos, têm vindoa dar outra matriz à cidade antiga que, ela própria se revela insensível perante algumas zonas da Baixa que tem vindo a abandonar em termos de preocupação e cuidados, de que a rua da Sofia será dos exemplos que mais se lamentam.

“ Há sempre alguém que resiste”

Apesar disso há estabelecimentos, há lojas, há comércios que resistem, acompanhando embora a idade dos seus proprietários de origem. Temos dado em edições anteriores exemplos desses alguns que muito continuam a embelezar e a honrar Coimbra. Mas

“HÁ ALGUNS ANOS ATRÁS AS PESSOAS TINHAM OUTRO TIPO

FERNANDA PAÇÓ

Nos anos de ouro da Baixa, as lojas

Pedrosa foram um dos principais comércios da zona. Neste sentido, o “Campeão” conversou com o proprietário e com os colaboradores, para reavivar esta parte da história de Coimbra.

A primeira loja Pedrosa, aberta em 1.955, foi destinada à venda de roupas para adultos (embora comercializasse, também, peças de vestuário infantil).

Como conta Domingos Gaspar, funcionário da casa

há 43 anos, “antigamente havia muito movimento” neste comércio.

Ao relembrar os períodos de maior actividade da loja, afirma que “faziam-se filas enormes. Trabalham, só neste espaço, 12 funcionários”, conta.

Essa grande movimentação devia-se ao facto de que, há alguns anos atrás, “as pessoas tinham outro tipo de vida e, para começar, moravam na Baixa. No entanto, como as casas não tinham grandes condições, começaram a ir para residências noutras zonas e as empresas também deixaram o local.

Isto fez com que as pessoas se fossem afastando cada vez mais”, defende.

A abertura dos centros comerciais foi o golpe fatal contra a região, que passou a perder cada vez mais clientes. Embora “sejam coisas distintas”, é uma opção “cómoda” para todos, explica.

Para resolver a questão da falta de clientes na Baixa, Domingos Gaspar defende que poderiam ser tomadas algumas medidas, como a criação de mais meios de transporte (metro, por exemplo). Outra acção possível é oferecer descontos aos compradores; “eu digo sem-

pre aos clientes que guardem esse desconto consigo e façam mais alguma compra na Baixa, nem que seja de um euro. Quando chegar ao final do dia para pagar o estacionamento, vão ver que ainda ficam com dinheiro”.

De pijamas à camisas sob medida

Além da venda de peças de roupa, realizavam o trabalho de confecção de camisas por medida, não apenas para clientes individuais, mas também para os outros estabelecimentos de Coimbra. A actividade encerrou em

2.019, porque já não havia procura.

Foi pela intensidade detanto movimento que a loja Pedrosa resolveu abrir, em 1.977, o seu segundo comércio, praticamente em frente ao primeiro. Com o mesmo nome, o estabelecimento destinava-se apenas à venda de produtos infantis.

Cerca de 25 anos atrás, como conta Domingos Gaspar, Manuel Pedrosa achou ser o momento de abrir a terceira loja, também voltada para artigos infantis. Além de roupas, vendia outros produtos de puericultura, como brinquedos, carrinhos

de bebé, tapete de actividades e bebés confort.

Há dois anos, a 2.ª loja Pedrosa deixou de fazer parte do conglomerado e Dora Frade passou a ser a responsável pelo espaço. Os outros dois estabelecimentos (um de peças de vestuário para adultos e o outro de artigos de puericultura) continuam a pertencer a Manuel Pedrosa.

Nova gerência, mesma qualidade

Dora Frade é a actual proprietária da segunda loja aberta por Manuel Pedrosa.

Dois rockeiros, Eli MacFerry e Herb Cobb, prometem uma noite fora da caixa, no Liquidâmbar, em Coimbra, amanhã (9), às 21h30.

LINO VINHAL

A primeira loja Pedrosa vendia, originalmente, artigos para adulto e para criança. Manuel Pedrosa, entretanto, decidiu abrir outro estabelecimento, um para cada sector

Domingos Gaspar trabalha na loja Pedrosa há 43 anos

Rapaz Ego e Velhote do Carmo estão a fazer uma digressão conjunta e, no Salão Brazil, em Coimbra, amanhã (9), pelas 22h00, será possível desfrutar, não apenas de mostras do que está por vir, mas também do EP “Páginas Amarelas”, ao vivo.

8 DE JUNHO DE 2023

DAS CRIANÇAS DE COIMBRA

há mais, bastantes mais outros. As Lojas Pedrosa são também exemplo dessa realidade . Ali no Largo do Poço/Rua da Louça, onde diversas ruas da Baixinha se entrecruzam paredes meias com o Salão Brasil. A atender clientes desde a década de 50 do século passado (1955), o Pedrosa (como é comumente designado) já vai na terceira geração da mesma família. Roupa de bébé é uma das suas matrizes essenciais. Aqueles fatinhos d e palmo e meio que embelezam a distinguem as pequenas montras do estabelecimento fazem o encanto das mães recentes e alimentam os sonhos de que mãe ainda não é mas aspira ser nos

tempos próximos. Camisas de homem, em tempos feitas à mão e por medida, são também um pequeno nicho de mercado que individualiza a Loja, sempre farta, sempre delicada no atendimento, sempre servida por um homem que fez do trabalho a sua companhia de sempre. Com uma matriz muito própria, Manuel Pedrosa sempre teve o perfil de homem pouco dado a frequentar espaços ou realizações sociais. A sua Loja, as suas lojas que passaram a ser a partir de certa altura, foram sempre, a par da sua casa, o espaço que elegeu como sendo o seu mundo. Raros terão sido os dias, excetuado os fins de semana e não todos,

que o “senhor Pedrosa” não tenha descido ou subido a rua da Louça para dar mais um e outro toque em qualquer coisa que julgava poder estar sempre melhor. Muito trabalhador e eficiente, foi e é um dos ícones daquela zona da cidade. E como tal será recordado pelos tempos fora, até que a memória das gerações se esbata.

Todos apontam as mesmas causas

Ouçamo-lo: “a motivação para abrir as lojas foi, junto da minha esposa, trabalhar. Ela costurava e eu vendia, porque não havia confecção”, conta Manuel Pedrosa, proprietário das lojas.

s a ú d e

CONSÓRCIO TEF-HEALTH UNE ESFORÇOS NO IPN

Ao recordar como a zona era movimentada e cheia de vida, diz ter chegado a ter 21 funcionários nas lojas. Hoje são apenas três.

Manuel Pedrosa relembra que estas quase sete décadas de funcionamento foram “anos de muito trabalho”. “Alguns períodos foram muito bons até começarem a abrir, em Coimbra, os centros comerciais. Depois disso a Baixa morreu”.

Para o proprietário, o que levou a este esquecimento foram factores diversos como, por exemplo, a falta de estacionamento na zona e o gosto das pessoas pelos centros comerciais: “não há chuva, nem sol, andam à vontade, compram, comem e bebem”.

No dia 30 de Maio, o Instituto Pedro Nunes (IPN) recebeu a reunião do consórcio do TEF-Health - Testing and Experimentation Facility for Health AI and Robotics, uma iniciativa da Comissão Europeia que tem como objectivo acelerar o processo de certificação e testes de tecnologias baseadas em inteligência artificial e robótica na área da saúde. O IPN, por meio do seu Laboratório de Automática e Sistemas (LAS), lidera o consórcio nacional e fornecerá serviços na área tecnológica e de regulamentação de dispositivos médicos. O TEF-Health, que recebeu um financiamento de oito milhões de euros da Comissão Europeia para ser implementado em Portugal ao longo de cinco anos, tem como propósito impulsionar a medicina personalizada e os cuidados centrados no cidadão, aumentando a eficácia, a resiliência e a sustentabilidade dos sistemas de saúde por meio da aplicação de soluções de Inteligência Artificial (IA) e robótica. Além do IPN, esta iniciativa conta com a participação do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, do Centro Hospitalar de São João, no Porto, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, do Health Cluster Portugal e do EIT Health Innostars. No âmbito deste projecto, serão criadas estruturas denominadas TEF (Testing and Experimental Facilities), que estabelecerão uma ponte entre empresas e hospitais.

GOVERNO CRIA PROGRAMA PARA GARANTIR ACESSO UNIVERSAL A BOMBAS DE INSULINA DE ÚLTIMA GERAÇÃO

DE VIDA”

Antiga funcionária da casa, trabalhou no espaço durante 22 anos. Foi em 2.021 que passou a gerir o negócio actual. Mantém o nome Pedrosa autorizado pelo antigo proprietário), mas adiciona as letras “DPF” à designação. Continua a comercializar as roupas para bebé, como meias, calças, collant's, babetes, casacos e sapatos.

“Nós compramos as roupas de outras marcas; temos produtos nacionais, que representam 99% do que vendemos, e internacionais vindos da Espanha e da Itália, por exemplo”, conta Dora Frade. Como nos referiu,

planos para o futuro não faltam: deseja realizar algumas obras, embora não se sinta à vontade para idealizar nada em concreto. “Não podemos dar um passo maior que a perna, porque o negócio não está como gostaríamos. Planos há muitos, precisamos é de fundo de maneio”.

Uma história de gerações

Dora Frade conheceu Manuel Pedrosa através do seu pai, Luciano Patrício, que está na loja há mais de 50 anos. Também o ouvimos: “Eu trabalhava num co-

mércio, quando tinha 11 anos, e passava pela loja Pedrosa para trocar algumas notas. Era uma casa que, já na altura, tinha bastante movimento. Então, o senhor Pedrosa simpatizou comigo e convidou-me para trabalhar com ele. Eu não olhei

para trás e fui”, conta Luciano Patrício.

Ao longo dessas décadas, muitos foram os factos interessantes que presenciou. “Tenho alguns casos, e não são poucos, em que já estou a atender a terceira geração de uma mesma família. Alguns clientes chegam para fazer surpresa, outros admiram eu ainda estar aqui”.

Depois de todos esses anos a trabalhar na loja, o pai da responsável afirma que o seu período neste comércio está a chegar ao fim. Embora se vá retirar, pretende continuar a ocupar-se com o estabelecimento pontualmente.

O Governo português criou um programa destinado a fornecer bombas de insulina de última geração a cerca de 15 mil pessoas com diabetes tipo 1 que apresentam indicação para o uso desses sistemas. Espera-se que esses dispositivos sejam disponibilizados ainda este ano. De acordo com um despacho assinado pelo Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a criação deste programa de acesso universal, que será implementado até 2026, é resultado do trabalho realizado por um grupo constituído em Novembro do ano passado. Esse grupo estimou que existem cerca de 30.000 pessoas afectadas pela doença em Portugal, sendo que metade delas necessitam de tratamento com sistemas automáticos de perfusão. O objectivo é garantir a cobertura universal das pessoas com diabetes tipo 1 nos próximos 3,5 anos, tendo em consideração as necessidades específicas das crianças e dos jovens. Manuel Pizarro reconheceu que a implementação de um programa dessa dimensão requer tempo, devido às implicações financeiras e orçamentais, bem como à necessidade de estabelecer uma estrutura adequada para a colocação de um grande número de dispositivos e para educar os doentes e seus familiares. O programa funcionará sob a orientação da Direcção Executiva do SNS (DE-SNS), em colaboração com a Direcção-Geral da Saúde (DGS) e outros organismos competentes. O despacho estabelece um prazo de 120 dias para a operacionalização do programa.

NOVO TESTE DE SANGUE PROMISSOR NA

DETECÇÃO DE MAIS DE 50 TIPOS DE CANCRO

Um teste de sangue inovador para a detecção de mais de 50 tipos de cancro apresentou resultados promissores num estudo realizado pelo serviço de saúde britânico (NHS). O teste, chamado Galleri, detectou dois em cada três tipos de cancro numa amostra de 5.461 pessoas com sintomas suspeitos de cancro, nos locais de Inglaterra e País de Gales. Além disso, identificou o local primário da doença em 85% dos casos positivos. Desenvolvido pela empresa californiana Grail, o teste Galleri procura mudanças distintas em fragmentos de código genético relacionados a diferentes tipos de cancro. Ele identifica minúsculos fragmentos de ADN tumoral na corrente sanguínea e alerta os médicos para a presença dessa doença. No maior estudo deste tipo já realizado em pessoas com sintomas suspeitos de cancro, mais de 350 foram posteriormente diagnosticadas com tumores malignos usando métodos tradicionais, como exames e biópsias. O teste Galleri demonstrou ser particularmente eficaz na detecção de tumores difíceis de encontrar, como os que afectam a cabeça e o pescoço, intestino, pulmões, pâncreas e garganta.

Dora Frade é a proprietária da loja “DPF - Pedrosa” desde 2.021. Seu pai, Luciano Patrício, trabalha neste estabelecimento há mais de 50 anos

ACTUALIDADE 8 8 DE JUNHO DE 2023

EXPOFACIC 2023 FEIRA DE CANTANHEDE APRESENTA NOVIDADE COM MERCADO DE PRODUTORES DA CIM REGIÃO DE COIMBRA

JOANA ALVIM

AExpofacic, a conhecida feira de Cantanhede, prepara-se para mais uma edição e traz algumas novidades. Este ano, a 31.ª edição do evento contará com uma adição especial: o mercado de produtores da CIM Região de Coimbra.

Com o intuito de promover os produtos tradicionais e regionais dos 19 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal, o Pavilhão do Mercado será palco de uma exposição rotativa de sabores e tradições locais.

O vice-presidente da CIM da Região de Coimbra, Raul Almeida, destacou a importância desta iniciativa como forma de aumentar a participação dos produtores e “divulgar a CIM neste grande evento”. Além da venda de produtos, o mercado de produtores será acompanhado por actividades culturais e musicais representativas de cada região.

Atracções e programação

A Expofacic 2023 promete animação para todos os gostos, com uma programação musical diversificada. No palco principal, artistas como Diogo Piçarra, Os Quatro e Meia, Vitor Kley, Lon3R Johny, Tony Carreira, Bárbara Bandeira, Ivandro, Nininho Vaz Maia, Álvaro de Luna, Tributos Band Pink Floyd, Rui Veloso, Papillon, Slow J, João Só, Calema, Hybrid Theory, Anastacia e, encerrando o evento em grande estilo, os Xutos & Pontapés, proporcionarão noites memoráveis.

Além das atracções musicais, a Expofacic deste ano apresenta duas exposições especiais: Mercado de Produtores e Dinossauros Alive. A “Dinossauros Alive” ocupará uma tenda com 1.500 metros quadrados e irá transportar os visitantes a um ambiente semelhante ao do Parque Jurássico, com a presença de dinossauros recriados em tamanho real.

A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, salientou a constante procura por novidades e factores que impulsionem a dinamização da feira. Com cinco entradas, oito palcos espalhados pelo recinto, seis linhas de autocarros diárias, carrosséis e insufláveis, a Expofacic 2023 “promete superar as edições anteriores”. A introdução do mercado de produtores da CIM Região de Coimbra agrega ainda mais valor ao evento, proporcionando aos visitantes a oportunidade de

PROVA DE TRIATLO JUNTA MAIS DE 1.500 ATLETAS EM COIMBRA

Mais de 1.500 atletas nacionais e estrangeiros participam na terceira edição do Multisport Weekend Coimbra, que decorrer desta quinta-feira a domingo, a partir do Parque da Canção, encostado ao rio Mondego.

Idalécio Oliveira (presidente da Inova-EM), João Moura (presidente da Assembleia Municipal), Helena Teodósio (presidente da Câmara Municipal de Cantanhede), Pedro Machado (presidente da Turismo do Centro), Raul Almeida (vice-presidente CIM-Região de Coimbra) e Célia Simões (vereadora da Câmara de Cantanhede) na apresentação da Expofacic 2023

Trata-se de uma prova de triatlo - organizada pelo Multisport, Município de Coimbra e Federação de Triatlo de Portugal - que vai decorrer no leito do rio Mondego, nas ruas da cidade e concelhos circundantes, algumas em simultâneo, refere a organização. “Depois do Rali de Portugal, que aconteceu em Maio, o Multisport Weekend Coimbra será, em termos desportivos, o maior envolvimento do município de Coimbra, tanto financeiros como logísticos, sendo extremamente gratificante termos esta competição no concelho”, refere o vereador com o pelouro do desporto, Carlos Lopes. O orçamento da edição deste ano ronda os 100 mil euros, equivalente ao do ano passado, disse o autarca.

Feira Agrícola, comercial e Industrial que atrai multidões todos os anos tem este ano a expectativa de receber cerca de 400 mil pessoas

Mercado de produtores será acompanhado por actividades culturais e musicais representativas de cada região

descobrir e apreciar os sabores e tradições de toda a região.

Cantanhede espera receber cerca de 400 mil visitantes

A Feira Agrícola, comercial e Industrial que atrai multidões todos os anos tem este ano a expectativa de receber cerca de 400 mil pessoas. O presidente do Conselho de Administração da Inova - EM, Idalécio Oliveira, assegurou que o recinto de 100 mil metros quadrados está pronto para receber essa quantidade expressiva de visitantes.

A Expofacic contará com 625 espaços de exposição ocupados por cerca de 500 expositores. A área gastronómica será composta por 72 espaços, incluindo 43 associações locais responsáveis pelas tasquinhas, quatro restaurantes e 25 estabelecimentos de street food.

A importância das empresas locais é destacada pela presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, que enfatizou o papel fundamental dessas empresas para tornar a exposição possível. Ela também mencionou a forte adesão das escolas e associações locais que participam do evento, contribuindo para o seu crescimento sustentável.

A Turismo Centro também espera resultados ainda melhores do que no ano passado. Pedro Machado, presidente da Turismo Centro, revelou que o número de pernoites de visitantes portugueses aumentou em 2022, indicando uma recuperação em relação aos números de 2019. Além disso, o crescimento do turismo estrangeiro na região é evidente, com um aumento de 51,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A feira, que representa um investimento de 1,8 milhões de euros, disponibiliza bilhetes diários ao preço de 4,50 euros, com a excepção do dia da actuação da cantora Anastacia, cuja entrada terá um custo de 15 euros. Os visitantes podem aproveitar a compra antecipada de bilhetes, com valor reduzido para quatro euros. O passe geral tem o custo de 50 euros.

Para o presidente da Federação de Triatlo de Portugal, esta prova “é de extrema importância face à organização do Campeonato Nacional Individual de Longa Distância, o que constitui motivos de orgulho, com a certeza de que Coimbra terá os melhores atletas da actualidade”. “Esta já é a terceira vez que Coimbra nos acolhe e, naturalmente, que vamos estar perante a festa Multisport e do triatlo em geral”, salientou Sérgio Dias.

A edição deste ano conta com a participação do paraciclista Telmo Pinão, que se vai estrear numa estafeta de triatlo. Segundo Mauro Azevedo, da organização, as novidades da prova “prendem-se com o traçado de corrida, aproveitando a recente reabilitação da margem direita do rio Mondego, muito aprazível e muito agradável, em que os atletas vão poder usufruir de uma paisagem e de um ambiente magnífico”.

“Outra das novidades é a possibilidade da passagem dos atletas pelo Parque Manuel Braga, também recentemente requalificado pela autarquia, um espaço que se destaca pela sua beleza e frescura junto ao rio Mondego, beneficiando em muito o traçado, até pela sombra que propicia”, acrescentou. Por seu lado, Ricardo Lacerda, também da estrutura organizativa, destacou que a Multisport é “uma competição decisiva e, por isso, tem uma importância acrescida dado fazer parte integrante do calendário desportivo, até por ser a única de longa distância no país que não é orientada por empresas estrangeiras e multinacionais”.

O premiado violinista holandês Tim Kliphuis traz música que abrange os estilos clássico, jazz manouche e o folk ao Salão Brazil, em Coimbra, no sábado (10), pelas 22h00.

JOAQUIM DE SOUSA, PROVEDOR DA MISERICÓRDIA OBRA DA FIGUEIRA

DA RESISTÊNCIA POLÍTICA AO COMPROMISSO SOCIAL

Joaquim de Sousa é um homem cuja história de vida se entrelaça com a cidade da Figueira da Foz, embora tenha nascido na cidade de Coimbra. Licenciado em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, Joaquim de Sousa encontrou o seu verdadeiro lar na Figueira da Foz, onde já deixou uma marca indelével na comunidade. Iniciou a sua carreira política como deputado na Assembleia da República onde assumiu o cargo de Secretário de Estado da Juventude e do Desporto entre os anos de 1976 e 1978. No entanto, foi como presidente da Câmara da Figueira da Foz, pelo Partido Socialista, que Joaquim de Sousa exerceu um papel fundamental no desenvolvimento da Figueira da Foz, durante o mandato de 1980 a 1982. Hoje, Joaquim de Sousa é provedor da Misericórdia - Obra da Figueira, onde todos os dias reforça o compromisso contínuo com o bem-estar e a assistência social da comunidade. Em Entrevista concedida à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias chamou a atenção para a situação actual da cidade, afirmando que a Figueira da Foz está há muitos anos numa fase de “decadência”.

Campeão das Províncias

CP: Como é que está?

Joaquim de Sousa (JS): Vou andando, com os achaques próprios da idade. Mas vou tentando resistir.

CP: Sempre foi um homem de resistência?

JS: Fui sempre! Uma parte daquilo que, antes do 25 de Abril, era conhecido como reviralho. Vivíamos tempos complicados e depois fui convidado pelo doutor Mário Sottomayor Cardia para estar presente no primeiro e segundo governo constitucional. Infelizmente, o país não reconheceu nem agradeceu a essa grande personalidade que foi um excelente ministro da Educação. As pessoas hoje em dia não têm noção e isso é preocupante, pois ninguém imagina o quão desafiador foi viajar sem rede durante 2

ou 3 anos, até ao 25 de Novembro. Após essa data, testemunhámos a abertura de um novo momento político: a transição entre o processo revolucionário, que marcou os anos de 1974-1975, e a institucionalização da democracia.

CP: Nessa altura era responsável pela Secretaria do desporto?

JS: Comecei com a Juventude e Desporto, um nome com o qual sempre embirrei e esforcei-me para tentar dar outro nome à Secretaria de Estado. Porque a Juventude é uma questão que atravessa todas as secretarias. Os problemas da Juventude são transversais a todos os sectores do Estado. Fui Secretário de Estado da Juventude e do Desporto e depois também assumi a responsabilidade pela acção social escolar. Comecei com duas direcções e acabei com cinco.

CP: Tendo iniciado a sua vida profissional como professor, como é que olha para o actual estado da Educação?

JS: Eu não seria capaz de ser professor nos dias de hoje. Os professores perderam toda a autoridade. Nas escolas não há disciplina, ninguém manda em ninguém. E isso aconteceu porque o país permitiu. A culpa é do próprio país. Era necessário restaurar a autoridade dos professores. Eles foram completamente desautorizados ao longo de todos estes anos, atribuindo-lhes apenas uma função técnica e negligenciando a parte educativa, mesmo que confiemos os filhos a eles e os entreguemos muito mais cedo do que no passado. Quando regressei ao ensino nos anos 80, já se percebia que o ambiente estava a mudar, estava a caminhar para o que é hoje. O professor é maltratado por todos, por todos os elementos do sistema educativo, e, portanto, é pouco apreciado pelos pais e não respeitado pelos alunos. E os pais, também, o país não reconhece o seu papel. Estão envolvidos numa luta entre a Fenprof e hoje o STOP, ou seja, é o caos, a educação está um caos. E todos os dias eu testemu-

nho um espectáculo que eu considero indecoroso, que é a saída dos alunos, ao meio-dia, na hora do almoço das escolas. É algo impressionante. Os carros têm que ir buscar os alunos à porta da escola, não há controlo. É uma coisa impressionante. Eu passo pela escola número um, a Escola Bernardino Machado, aliás, foi a escola onde eu terminei como efectivo, e também pela Escola Infante Dom Pedro, em Buarcos e é verdadeiramente impressionante, não conseguem andar 50 metros, precisam de ir de carro até à porta para buscar os filhos. Eu chamo a isso um espectáculo indecoroso que ilustra, de certa forma, o que acontece nas escolas.

CP: Foi professor, passou pelo Governo mas também foi presidente da Câmara na Figueira da Foz. O papel do autarca é importante?

JS: Eu tenho uma péssima ideia em relação à generalidade das autarquias, porque foram transformadas em comissões de espectáculos, estão a absorver aquilo que

a sociedade civil fazia. As câmaras absorveram essas funções. Depois fazem remodelações urbanísticas que acabam por piorar a situação, como aconteceu na Figueira. Há dois casos desses, de milhões. Como é que uma autarquia pode disponibilizar 300.000 euros para ter meia hora ou três quartos de hora de automobilismo, uma prova que condicionou todo o trânsito? Já dias antes estava a condicionar com as experiências que foram feitas. Eu sou muito céptico em gastar o dinheiro que foi gasto aqui com os Coldplay. Vou contra o sentido da maré, mas vou à vontade. Coimbra não tem necessidades? A cada esquina tem uma necessidade! Eu considero que o papel do autarca é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e mexer na substância dos assuntos públicos. É o abastecimento de água, electricidade, gás, o estado dos passeios, das es-

tradas, a mobilidade interna, um conjunto de coisas. E aí é que deve estar o foco, é para isso que os dinheiros públicos devem ser destinados, para aplicar em benefício de todos. Já quando estava no Governo, mas depois também na Câmara da Figueira da Foz, sempre fui aos locais, todas as quintas-feiras, ou sextas-feiras, passava o dia nas freguesias. Muita coisa foi resolvida. E muita coisa foi feita. Só em estradas, foram construídos 200 km em três anos de mandato. O que dava satisfação era ver as coisas que beneficiavam a vida das pessoas no dia-a-dia.

CP: A sua relação com Pedro Santana Lopes como está?

JS: A relação com o Dr. Santana Lopes e com a Câmara é institucional. Começou com a remodelação do pátio de Santo António, largo Silva Soares, em frente à igreja, onde ocorre a festa de Santo António. Apresentámos um projecto há muitos anos para remodelar aquele muro e torná-lo condizente com a fachada que está por trás, repondo a antiga condição com uma grade igual à da igreja, tal como fizemos na misericórdia. O projecto foi contestado, mas a Câmara avançou com a arte nova. Há 20 anos que estamos a tentar corrigir o que foi feito no muro. Já repusemos a nossa parte atrás e fizemos as laterais da misericórdia. Temos lutado por isso. O Dr. Santana Lopes quis ir lá ver e havia um projecto fantasioso, ainda pior do que está. Ele foi lá e percebeu a nossa preocupação. Ainda por cima a nossa proposta é muito mais barata. Depois disso, falamos duas ou três vezes. Agora visitou a casa dos pescadores. Serviu para quebrar algum gelo, mas a nossa relação é estritamente institucional.

[CP]: A Figueira da Foz está hoje melhor do que estava?

[JS]: Continua em declínio. Actualmente, a população do Concelho da Figueira mantém-se no mesmo patamar de 1981, e as projecções da Pordata são alarmantes. Estima-se

que, em 2030, a Figueira da Foz tenha uma população equivalente àquela de 1950. Um retrocesso de 80 anos! A prioridade máxima é atrair investimento, adaptado às necessidades actuais. É urgente criar empregos. É uma situação que vai demorar muito a inverter-se. Era necessário outro tipo de política.

[CP]: O país atravessa hoje tempos difíceis. As Misericórdias como estão?

[JS]: As Misericórdias estão a passar mal, muito mal. A maior parte, entre 80% a 90%, da responsabilidade pela assistência social no país recai sobre as Misericórdias. O Estado assumiu encargos com os aumentos consecutivos do salário mínimo, aos quais não tenho objecções, mas a realidade é que as comparticipações do Estado, através dos Acordos de Cooperação, não acompanharam o mesmo ritmo de crescimento das despesas. As Misericórdias já estavam sobrecarregadas com os custos decorrentes da pandemia. No caso específico da Misericórdia da Figueira, os custos extraordinários foram estimados em 250 mil euros. Para alcançar o valor de referência estabelecido pelo Estado para a estadia dos utentes, são necessárias cada vez maiores contribuições por parte desses utentes, dos seus familiares e das Misericórdias. Infelizmente a maioria das pessoas também não tem como cobrir a totalidade das contribuições, o que é que vamos fazer? Fechar a porta a essas pessoas? Não o fazemos!

[CP]: Quantos utentes tem a Misericórdia da Figueira?

[JS]: Tem 148 utentes, a nível de idosos, 50 no Lar Silva Soares e 98 no Lar de Santo António. Depois tem a Creche e o Jardim de Infância, com 160 crianças e o Lar Costa Ramos onde residem 30 raparigas. Isto fora o apoio domiciliário e o armazém solidário. São cerca de 500 pessoas apoiadas directamente pela Misericórdia. Conseguimos equilibrar as coisas, mas temos recorrido à venda de património.

Joaquim de Sousa: “eu não seria capaz de ser professor nos dias de hoje”

“A educação está um caos”

“O papel do autarca é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”

“A nossa relação (Pedro Santana Lopes) é estritamente institucional”

SEXTA-FEIRA, 9 DE JUNHO 2023

SANTO ANTÓNIO/FIGUEIRA DA FOZ 10 8 DE JUNHO DE 2023

MISERICÓRDIA OBRA DA FIGUEIRA UMA INSTITUIÇÃO DA

JOANA ALVIM

AMisericórdia Obra da Figueira é uma instituição que desempenha um papel crucial na cidade, oferecendo cuidados e apoio a diferentes segmentos da população. Com valências que vão desde o acolhimento de idosos até à assistência à infância e juventude, a Misericórdia

Obra da Figueira tem sido uma referência no campo da solidariedade e do desenvolvimento social.

O Lar de Santo António, situado no Antigo Hospital da Misericórdia, é uma das valências mais antigas e importantes da instituição. Adaptado em 1982 para acolher idosos, o lar passou por um processo de recuperação entre 2000 e 2012, com significativos investimentos realizados para garantir a excelência nas condições e serviços oferecidos aos residentes. Com capacidade para acolher 98 idosos, o Lar de Santo António não apenas oferece um local seguro e confortável, mas também promove actividades recreativas e sociais para o bem-estar físico, emocional e social dos seus residentes.

Além do Lar de Santo António, a Misericórdia Obra da Figueira possui outras valências importantes. A Creche e o Jardim de Infância, inaugurados em 2008, oferecem um ambiente moderno e acolhedor para crianças dos 0 aos 5 anos. Com uma equipa qualificada e instalações adequadas estas valências garantem um acompanhamento individualizado e promovem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.

O Lar Costa Ramos, por sua vez, acolhe 31 jovens provenientes de famílias carenciadas. Inaugurado em 1987, esse espaço proporciona um ambiente de apoio e acolhimento, permitindo que os jovens tenham uma oportunidade de vida melhor. O trabalho desenvolvido no Lar Costa Ramos tem sido reconhecido pela comunidade, e muitos jovens têm alcançado excelentes resultados escolares, com

COMUNIDADE

alguns deles beneficiando de bolsas de estudo oferecidas por organizações como o Rotary Clube da Figueira da Foz.

Além das suas valências, a Misericórdia Obra da Figueira também se destaca pelo seu património histórico. A Igreja de Santo António, também conhecida como Capela da Misericórdia, possui uma importância cultural e religiosa significativa. Fundada em 1527, a igreja testemunhou ao longo dos anos várias transformações e continua a ser um símbolo histórico na região.

A Misericórdia Obra da Figueira é uma instituição

FIGUEIRA DA FOZ SARDINHA ASSADA E QUIM BARREIROS ANIMAM A NOITE DE SANTO ANTÓNIO

que merece o reconhecimento e o apoio de todos, uma vez que desempenha um papel essencial na promoção do bem-estar e da igualdade social na Figueira da Foz. Através das suas valências e do seu património histórico valioso, a instituição tem contribuído para melhorar a qualidade de vida da comunidade, oferecendo apoio e cuidado aos mais necessitados. O trabalho dedicado e comprometido da equipa de profissionais envolvidos tem sido fundamental para o sucesso e impacto positivo alcançados pela Misericórdia Obra da Figueira.

Na próxima segunda-feira, dia 12 de Junho, a Figueira da Foz estará em festa com o arraial da noite de Santo António, um evento que já se tornou uma tradição com mais de duas décadas. Organizado pela Misericórdia - Obra da Figueira da Foz, este arraial promete muita animação e diversão para todos os participantes.

No dia 12, a festa terá lugar no Pátio de Santo António, localizado no Largo Silva Soares, a partir das 20h00. O local estará repleto de animação, com Carlos Rodrigues a iniciar as festividades às 20h00, seguido pelo tão aguardado Quim Barreiros, que subirá ao palco às 22h30. Além da música, os participantes terão a oportunidade de desfrutar de deliciosos petiscos e saborear a tradicional sardinha assada, uma verdadeira iguaria típica desta época festiva.

O ponto alto da noite será, sem dúvida, a animação proporcionada pelo famoso cantor Quim Barreiros, presença assídua neste arraial. Com as suas músicas con-

tagiantes, o cantor promete agitar a multidão e tornar a noite inesquecível. Na terça-feira, dia 13 de Junho, as comemorações em honra de Santo António continuarão com a celebração da missa solene às 15h30. A cerimónia contará com a participação do Grupo Coral da Paróquia de Buarcos e será encerrada com a bênção e a distribuição simbólica de pães e cravos, símbolos da genero-

A festa terá lugar no Pátio de Santo António, localizado no Largo Silva Soares, a partir das 20h00. O concerto do Quim Barreiros está marcado para as 22h30.

sidade e solidariedade para com os mais necessitados. Além das festividades, é importante destacar a tradição do pão de Santo António, que está intrinsecamente ligada à oferta de alimentos aos mais necessitados. Esta prática, comum nas igrejas franciscanas, é associada ao chamado “pão de Santo António” e representa o espírito de partilha e generosidade para com aqueles que mais precisam.

TRADIÇÃO DO PÃO COMO SÍMBOLO DE SOLIDARIEDADE

Atradição da distribuição do pão de Santo António tem se firmado ao longo dos anos como um gesto de generosidade e solidariedade para com os menos favorecidos. Essa prática, que se tornou um acto de caridade e um símbolo da devoção a Santo António, ressalta a importância de ajudar o próximo e promover a igualdade social.

Conhecido como o “pão de Santo António”, esta tradição carrega consigo uma mensagem de partilha e compaixão pelos mais desfavorecidos. Acredita-se que a origem desta prática remonta a um milagre ocorrido em Pádua, durante a construção da Basílica. Segundo a história, uma criança caiu num poço e

A distribuição do pão de Santo António tornou-se um símbolo de solidariedade

acabou por se afogar. Desesperada, a mãe da criança fez uma promessa a Santo António: se o santo conseguisse ressuscitar o seu filho, ela daria aos pobres uma porção de trigo com o mesmo peso da criança. Milagrosamente, o menino voltou à vida e a mãe cum-

priu a promessa, distribuindo o trigo aos necessitados.

Desde então, essa prática tem-se mantido viva em diversas comunidades, inclusive na festa de Santo António da Figueira da Foz. A distribuição do pão de Santo António tornou-se um símbolo de solidariedade, lembrando a todos a importância de estender a mão a quem precisa e promover a justiça social.

A distribuição do pão de Santo António continua a ser um gesto significativo, que alimenta não apenas o corpo, mas também a alma daqueles que recebem. É um símbolo de esperança, solidariedade e crença na capacidade de transformação que cada um possui ao estender a mão ao próximo.

Joana Alvim

JOANA ALVIM

A Misericórdia da Figueira da Foz foi fundada em 5 de Dezembro de 1839

Lar Silva Soares foi inaugurado em 1991 e acolhe 52 idosos

A Creche e o Jardim de Infância abriram ao público no dia 1 de Setembro de 2008,

O Lar Costa Ramos acolhe 31 jovens provenientes de famílias carenciadas

FIGUEIRA DA FOZ 12 8 DE JUNHO DE 2023

FIGUEIRA DA FOZ DECLÍNIO DE ESPÉCIES MIGRATÓRIAS TEM IMPACTO SOCIOECONÓMICO

Após quatro anos de pesquisa, foram divulgados, na Figueira da Foz, os resultados do projecto DiadES, cujo principal objectivo era contribuir para uma gestão eficaz das espécies migratórias (diádromas) ao longo da costa atlântica, num contexto de alterações globais. Financiado pelo programa europeu Interreg Espaço Atlântico, o projecto contou com um investimento de três milhões de euros e a colaboração de cinco países, incluindo Portugal, com as bacias hidrográficas do Mondego e do Minho. Além de directrizes para uma gestão a longo prazo, foram apresentadas ferramentas de gestão e sensibilização, como um atlas interactivo, vídeos informativos e um jogo de tabuleiro. Os investigadores

envolvidos no projecto identificaram um declínio generalizado dessas espécies, associado às alterações globais. Diversos factores contribuem para essa situação preocupante, como a sobrepesca, a poluição da água, a presença de espécies invasoras, as alterações climáticas e a construção de barragens. Com base nos resultados do projecto DiadES, os responsáveis pela pesquisa destacaram cinco pilares de orientação para a gestão destas espécias. Esses pilares incluem a produção conjunta de conhecimento, a utilização de instrumentos de coordenação internacional, a adaptação das medidas de gestão local, a partilha de competências e conhecimentos, e a sensibilização, educação e comunicação.

TRÂNSITO NOCTURNO

No contexto da empreitada

“EN109, km 118+108, Ponte Edgar Cardoso - Substituição do Sistema de Tirantes”, e devido às dificuldades na obtenção de materiais, em particular aços, relacionadas com a problemática existente no mercado devido à guerra na Ucrânia, o corte total de trânsito na ponte, que estava previsto para o período nocturno durante o mês de Junho, não ocorrerá conforme planeado. Como resultado, no decorrer do mês de Junho, apenas serão realizados trabalhos durante o

MUNICÍPIO GARANTE PARTIDA

EM 2024

O Rali de Portugal vai manter-se na Figueira da Foz em 2024, depois do regresso este ano, com a realização da super-especial e da partida no dia seguinte, anunciou esta segunda-feira o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes. O investimento, segundo o autarca, será idêntico ao deste ano, que rondou os 300 mil euros, entre apoio da Câmara e privados, mais o apoio logístico. “As condições são as mesmas, o que também é bom, porque sendo melhor para a Figueira da Foz foi possível negociar valores idênticos ao deste ano”, sublinhou. A realização de uma super-especial na Figueira da Foz este ano foi a principal novidade da 56.ª edição do Rali de Portugal e representou o regresso da cidade à competição, o que não acontecia há cerca de três décadas.

HOSPITAL REALIZA CURSO DE CIRURGIA AO VIVO DE ORTOPEDIA

AUTARQUIA NÃO SUBSCREVE APOIO DA REGIÃO DE COIMBRA A AEROPORTO EM SANTARÉM

O Município da Figueira da Foz não subscreve a deliberação de apoio à localização do novo aeroporto em Santarém tomada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra e defende que o Centro deve ter uma infra-estrutura aeroportuária. O autarca atribui a deliberação de apoio tomada por unanimidade pela CIM Região de Coimbra a um lapso, numa reunião em que não esteve presente, fazendo-se representar por uma vereadora. Segundo Santana Lopes, a Figueira da Foz “não pode estar solidária com essa posição, porque não concorda com ela e já o tinha manifestado em reuniões anteriores”. Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, que

continua a defender a instalação de um aeroporto na base aérea de Monte Real, é importante a região Centro ter o seu aeroporto, como Lisboa tem o seu, que é internacional, e o Norte tem o do Porto. Na semana passada, a CIM Região de Coimbra anunciou que foi deliberado, por unanimidade, apoiar a localização do novo aeroporto em Santarém. Em comunicado, a estrutura referiu que os autarcas da Região de Coimbra consideraram que se trata de uma localização “estratégica” que servirá o país e a região Centro, promovendo o “desenvolvimento e potenciando o aumento do turismo, a oferta de emprego, expansão de negócios, entre outros”.

DIA DO GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE FESTEJADO EM FAMÍLIA

período diurno nos viadutos de acesso, pilares de transição e montagens de estruturas provisórias no tabuleiro da Ponte Edgar Cardoso. A empresa responsável pela empreitada continuará a monitorar de perto a situação e a desenvolver estratégias para lidar com os desafios impostos pela escassez de materiais. O objectivo é retomar o corte total de trânsito nocturno assim que as condições no mercado permitirem, garantindo a “conclusão bem-sucedida da substituição do sistema de tirantes na Ponte Edgar Cardoso”.

AUTARQUIA CRIA PÁGINA

A Câmara Municipal da Figueira da Foz criou uma página de carácter informativo no Facebook dedicada aos constrangimentos que decorrem das obras em curso na ponte Edgar Cardoso, sobretudo no período nocturno. “É dedicada exclusivamente à comunicação de eventuais antecipações da rea-

bertura ao tráfego ou eventuais alterações às horas de reabertura ao tráfego naquela infra-estrutura, decorrente da forma como os trabalhos nocturnos se desenrolarem”, referiu o município. A página será gerida pela Câmara, com base em informação disponibilizada pelas Infraestruturas de Portugal.

O Hospital Distrital da Figueira da Foz realizou, na passada sexta-feira (2), a sessão de abertura do curso “A Par e Passo” que conta a participação de especialistas nacionais. “A Par e Passo – cirurgia ao vivo – casos complexos Pé e Tornozelo” resultou de uma parceria com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, do Centro de Responsabilidade Integrado de Ortopedia (CRI) do Hospital Distrital da Figueira da Foz e da equipa de Ortopedia do Pé e Tornozelo/ Foot and Ankle Surgery. Esta formação, que envolve vários profissionais e é destinada a médicos da especialidade de Ortopedia, bem como aos internos com interesse na patologia do pé e tornozelo, “teve como objectivo partilhar e adquirir experiências e conhecimentos sobre as melhores práticas em casos complexos do pé e tornozelo”, explicou na sessão de abertura o médico Manuel Resende Sousa, coordenador da Unidade de Pé e Tornozelo, director clínico do Sport Lisboa e Benfica e um dos organizadores deste curso. Na parte teórica, o curso incluiu uma sessão de discussão de casos clínicos na área do pé e tornozelo e na parte prática, interactiva, realizar-se-á cirurgias em ambiente de bloco operatório, permitindo aos participantes assistir por intermédio de transmissão vídeo.

Este ano, o dia 3 de Junho foi dedicado ao Ginásio Clube Figueirense, que abriu as portas a um convívio de atletas, técnicos, dirigentes, familiares e amigos. Assim, entre as 9h30 e as 12h00, num local à escolha de cada um: Pavilhão Galamba Marques (basquetebol, voleibol, ténis de mesa, kickboxing/boxe, futebol e rugby), Piscina (natação) e Centro Náutico da Fontela (remo, stand-up paddle, tiro e BTT). A todos os que apareceram e quiseram participar, foi distribuída uma t-shirts e podiam juntar-se a uma modalidade da sua preferência. Posteriormente, a partir das 12h30, realizou-se nos Jardins do Palácio Sotto-Mayor, uma breve cerimónia para entrega de

lembranças aos 14 Campeões Nacionais 2021/2022 e outros títulos, bem como os diplomas aos recém distinguidos Sócios de Mérito. Nesta cerimónia que integra as comemorações dos 128 anos do Clube, a presidente do Ginásio, Ana Rolo, agradeceu ao Casino Figueira a cedência dos Jardins e a presença de todos neste dia dedicado ao Clube, onde esteve o vereador da Câmara Municipal, Manuel Domingos e a presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, Rosa Batista, terminando a sua breve intervenção com palavras de “esperança no futuro” e que o associativismo figueirense consiga alcançar “uma maior estabilidade”.

SPORTING FIGUEIRENSE AVANÇA PARA A FINAL SIX DE SUB 14 FEMININA

O Sporting Figueirense garantiu na passada sexta-feira um lugar na Final Six de SUB 14 Feminina, após uma vitória convincente sobre o CLIP Teams, por 70-51. Com apenas duas derrotas ao longo de todo o Campeonato Nacional, a equipa terminou em segundo lugar na zona norte, garantindo o apuramento directo para a Fase Final. A representação do distrito de Coimbra na Figueira da Foz estará em destaque nos próximos dias 16, 17 e 18 de Junho, quando a equipa figueirense viajar para Lisboa para enfrentar as melhores seis equipas do continente e ilhas. O Sporting Figueirense é um clube dedicado exclusivamente ao basquetebol feminino, e esta é a segunda vez que uma equipa feminina do distrito alcança uma fase final nacional. A

última vez foi em 2018, no escalão Sub 16, também com a presença do SCF. A equipa Sub 14, que conquistou o apuramento, é composta pelas atletas Aalihya Ovono, Alice Silva, Amanda Lemos, Ana Gaspar, Catarina Dias, Eduarda Penedo, Inês Duarte, Inês Feijão, Lara Vasco, Maria Carlota Mendes, Marta Duarte, Sara Rocha, Sofia Duarte e Maria Miguel Dias. O treino é liderado pelos técnicos Ana Fonseca e Paulo Pereira.

SEXTA-FEIRA,

O Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra promove a sessão de leitura da obra “A Inundação”, de Mariajo Ilustrajo. A actividade, voltada para os mais pequenos, decorre no domingo (11), em dois horários diferentes (às 10h15 e às 11h45).

8 DE JUNHO DE 2023

“CASTELO SENTE” DECORRE ATÉ

A Câmara Municipal de Montemor-o-Velho vai promover até final do mês de Junho, com entrada livre, a programação cultural “Castelo Sente”. No Posto Municipal de Turismo, no horário de funcionamento do Castelo, Margarida Fernandes, artesã do mês, apresenta os trabalhos de tecelagem e bordados. No Castelo de Montemor-o-Velho vai também estar patente uma exposição ao ar livre intitulada “Viagens na Nossa Terra | Os percursos do nosso Comboio Turístico”. Nos dias 24 e 25, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00, vão realizar-se viagens no comboio turístico, com três percursos temáticos, passando pelos patrimónios edificados, agrícola e

O Centro Interpretativo de Montemor-o-Velho abriu as suas portas ao público na passada quarta-feira, dia 7 de Junho. Este novo espaço promete tornar-se um local de visita obrigatória para moradores, visitantes e turistas interessados em explorar as riquezas do concelho de

MARCHAS POPULARES DE SANTO ANTÓNIO NO DOMINGO

O Mercado Municipal, em Montemor-o-Velho, vai acolher as Marchas Populares de Santo António, no domingo, a partir das 21h00, informou a Câmara Municipal. A iniciativa conta com o desfile das marchas da Freguesia de Meãs do Campo, Freguesia da Carapinheira, União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca e União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões. A entrada é livre.

CANTANHEDE MOVIMENTO “NÃO LIXES” ESTEVE NA ESCOLA

natural. No Mercado de Produtos Endógenos é possível “apreciar e adquirir os produtos feitos pelos artesãos e artífices do concelho”, acrescentou aquele município no distrito de Coimbra. Nos dias 10, 17 e 24, a animação vai prolongar-se pela zona histórica da vila de Montemor-o-Velho com a animação de rua “Viagens na Minha Terra”. Pelas 17h30, junto à Porta do Sol e, a partir do Castelo, o percurso, que acontece através da criação teatral do CITEC- Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho em parceria com a comunidade local, vai surpreender “com as figuras históricas, roteiros perdidos no tempo e vivências de antigamente”.

SOURE

No passado sábado, a Vila de Soure foi palco da etapa de Verão do Circuito de Corrida 4 Estações Portugal, um evento desportivo promovido pela Associação Desportiva 4 Estações e co-organizado pelo Município de Soure. A iniciativa atraiu cerca de 600 participantes, que enfrentaram uma corrida de 10 km e uma caminhada de 5 km, com partida e chegada nos Paços do Concelho. O grande destaque da competição foi José Sousa, da equipa São Salvador do Campo, que cruzou a linha de meta em impressionantes 31 minutos e 28 segundos, sagrando-se vencedor na classificação geral da prova. Na categoria feminina, a primeira colocada foi Karen Mendes, da equipa Academia de Desportos de Condeixa, com o tempo de

Montemor-o-Velho. O Centro Interpretativo de Montemor-o-Velho está situado na antiga Galeria Municipal e estará aberto de terça-feira a domingo. No horário de Verão, que vai de 1 de Março a 31 de Outubro, o centro estará aberto das 10h00 às 12h30 e das 15h00 às 18h30. Já no ho-

rário de Inverno, que vai de 1 de Novembro até o último dia de Fevereiro, o centro funcionará das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Vale ressaltar que o espaço estará fechado nos dias de Ano Novo (1 de Janeiro), Domingo de Páscoa e Natal (25 de Dezembro).

MIRA TORNEIO INTERASSOCIAÇÕES

A Biblioteca Municipal de Cantanhede foi palco de uma palestra ministrada pelo activista e mentor do Movimento “Não Lixes”, Fernando Jorge Paiva. O evento, direccionado aos alunos dos 11.º e 12.º anos da Escola Secundária

Lima-de-Faria, teve como objectivo principal apresentar o movimento cívico ambientalista “Não Lixes” e ressaltar a importância da mudança de atitudes e comportamentos em prol de um mundo melhor. Durante a palestra, Fernando Jorge Paiva, activista e treinador de surf, abordou questões relacionadas aos comportamentos cívicos, à promoção de valores e práticas ecológicas, bem

como fez uma reflexão sobre as consequências da sociedade de consumo e da acção humana em relação ao mar. O evento também proporcionou aos participantes uma oportunidade de conhecer as inúmeras acções desenvolvidas pelo movimento “Não Lixes”, com destaque para a sensibilização activa na redução do lixo em ambientes terrestres e, especialmente, em ambientes aquáticos. O movimento tem como objectivo principal a protecção da água do mar contra qualquer tipo de poluição, estendendo-se desde as praias até diversos outros locais da comunidade, com foco especial nos ambientes aquáticos.

DECORRE ATÉ DIA 11

A Praça Marquês de Marialva, em Cantanhede, acolhe o Tapas & Papas, uma feira de gastronomia e artesanato, desde ontem, quarta-feira (7), até dia 11, com um programa diversificado, desde música, dança, cinema, folclore, bandas filarmónicas e insufláveis. O evento, que visa divulgar e promover a “gastronomia e o artesanato”, inclui artesãos da freguesia, com trabalhos em cerâmica, ferro, madeira, vime, couro, pintura, trabalhos decorativos e afins, resultando num

“certame promocional e difusor de mesteres, artifícios e tradições que se vão perdendo no tempo”. Na vertente gastronómica, a iniciativa conta com a “apresentação de sabores e aromas da região, que as colectividades da freguesia se aprumam a levar à mesa os apreciados petiscos da rica tradição culinária da Bairrada e da Gândara”, acrescentou o Município. Em simultâneo vai decorrer o festival “Street Gaming Cantanhede” e o Happy Jazz Day – Dixieland Cantanhede.

43 minutos e 52 segundos. Além das corridas, o evento contou também com uma caminhada de 5 km e a Corrida 4 Estações Kids, uma prova destinada ao público infantil que celebrou o Dia Mundial da Criança. Participaram “pequenos atletas” com idades entre 2 e 12 anos, trazendo animação e alegria ao evento desportivo. Uma presença ilustre no evento foi a ex-atleta Aurora Cunha, reconhecida pelo seu percurso profissional no atletismo, com destaque para a sua carreira no Futebol Clube do Porto, onde deixou uma marca indelével. Com um número elevado de participantes, o Circuito 4 Estações consolida-se como um dos maiores desafios da região Centro e do país para os amantes da corrida.

O Estádio Municipal de Mira receberá novamente a selecção de Futebol SUB14 de Coimbra, que realizará o seu estágio entre os dias 8 e 11 de Junho. Um dos destaques desse estágio será o Torneio Interassociações Lopes da Silva Sub 14, de futebol masculino, que ocorrerá no dia 10 de Junho e contará com a participação das selecções da AF Coimbra, Associação Futebol de Lisboa e Associação Futebol de Santarém. O torneio consistirá em três jogos, nos quais as selecções competirão entre si. O primeiro jogo, entre AF Coimbra e AF Santarém, terá início às 11h00. Em seguida, às 15h00, AF Santarém enfrentará AF Lisboa no segundo jogo, seguido pelo último jogo do dia, às 17h00, entre AF Coimbra e AF Lisboa.

DIXIELAND CANTANHEDE COM MÚSICA E ANIMAÇÃO

Cantanhede vai vibrar ao som do Dixieland no próximo sábado, com a realização do Happy Jazz Day - Dixieland Cantanhede. O festival, que ocorre a cada dois anos, promete ser um verdadeiro marco cultural e artístico, atraindo entusiastas de todo o país. Pedro Cardoso, vice-presidente e vereador da Cultura da Câmara Municipal de Cantanhede, expressou grande entusiasmo com a expectativa do evento, considerando o crescente sucesso do Festival Internacional de Dixieland desde a sua primeira edição. O festival destaca-se por trazer para Cantanhede as envolventes sonoridades do Dixieland, um estilo de jazz de rua originado em Nova Orleães, nos Estados Unidos. No próximo sábado, as ruas de Cantanhede serão invadidas por cinco bandas que percorrerão a cidade, proporcionando uma experiência musical inesquecível. O evento contará com a participação de renomados

grupos, como o Seven Dixie de Évora, Xaral’s Dixie de Minde, Jabardixie Jazz Band de Arazede, Roaring Emily Jazz Band de Bolonha, Itália, e Dixie Gang de Lisboa. Os desfiles terão início pela manhã, partindo de diversos pontos estratégicos da cidade e culminando na Praça Marquês Marialva, situada no coração do centro urbano. Durante a tarde, os concertos irão espalhar-se pelas praias do concelho e pela Piscina Natural de Ançã. O Happy Jazz Day - Dixieland Cantanhede será encerrado com chave de ouro com as apresentações das bandas no jardim da Praça Marquês de Marialva.

CONCELHIAS 14 8 DE JUNHO DE 2023

ALVAIÁZERE DE ANIMAÇÃO CULTURAL COM A FAFIPA

Entre os dias 9 e 13 de Junho, Alvaiázere irá sediar a FAFIPA - Feira Agrícola, Florestal, Industrial, Pecuária e de Artesanato. Este evento promete trazer uma série de exposições, espectáculos, tasquinhas, mercado de produtos endógenos, artesanato, velharias, oficinas e apresentações do tecido empresarial e pecuário, que têm como objectivo promover o território e a identidade local. A Biblioteca ConVida será um dos pontos de destaque da feira. A partir de 9 de Junho até 31 de Julho, os visitantes poderão desfrutar de duas exposições. A primeira delas, intitulada “Playmobil entre o rural e a vila”, oferecerá uma exposição repleta de aventuras e descobertas. Já a segunda exposição, “Colecção de Leonardo Ruivo”, trará uma colecção única para apreciadores de arte. A abertura oficial do evento está marcada para amanhã, dia 9 de Junho, às 18h00, na Casa da

Cultura. Às 19h30, no Estádio Municipal/Parque Multiusos, ocorrerá a Corrida/Caminhada do Luzecu. A programação do dia inclui ainda uma visita ao Certame às 20h00, seguida por um concerto de Diogo Piçarra às 22h30. O sábado, 10 de Junho, reserva diversas actividades. Destaca-se o VIII Troféu Santo Huberto no Clube de Caçadores de Alvaiázere. Além disso, o Parque Multiusos estará repleto de insufláveis e uma cama elástica, garantindo diversão para todas as idades. A abertura das tasquinhas e stands ao meio-dia dará início a uma experiência gastronómica

MEALHADA ESPERA ENCHENTE NA FEIRA DE ARTESANATO E GASTRONOMIA

A Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada espera uma enorme afluência de público, a partir de hoje, aos concertos e actividades que serão realizados durante o evento. Com a presença de artistas como Fernando Daniel, Ivandro, João Pedro Pais, dj RFM Pedro Simões e Rita Guerra, a feira promete proporcionar momentos de grande animação e entretenimento aos visitantes.

Este ano, o palco principal da feira é o Cineteatro Messias, localizado numa das artérias principais da cidade, a Avenida 25 de Abril. Para facilitar o acesso ao recinto do concerto, é recomendado que os visitantes deixem as suas viaturas nos parques de estacionamento circundantes.

Para aqueles que chegam pela A1, a opção mais conveniente é estacionar junto à Zona do Complexo Desportivo da Mealhada e

OLIVEIRA DO HOSPITAL QUER INTERNACIONALIZAR FESTA DO QUEIJO SERRA DA ESTRELA

única, com a oportunidade de provar iguarias locais. A noite será animada com um concerto de Matias Damásio às 22h30. No domingo, 11 de Junho, a diversão continua com o início do VII Troféu Santo Huberto no Clube de Caçadores de Alvaiázere, um passeio de tractores e cicloturismo. Na Capela de Santo António, haverá a tradicional bênção dos cavalos e cavaleiros e no dia 12 de Junho, destaca-se a actividade “Empreendedor por um dia” na Plataforma Empresarial. Às 19h00, ocorrerá a abertura das tasquinhas, seguida por marchas e arraial popular com sardinha assada, broa e vinho da região. No último dia, 13 de Junho, o Parque Multiusos abrirá as tasquinhas ao meio-dia e às 15h00, na Casa da Cultura, será realizada uma cerimónia especial em comemoração ao Dia do Concelho. A Missa de Santo António na Capela de Santo António acontecerá às 18h30.

GÓIS RECEBE FESTIVAL LITERÁRIO

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, esteve presente no XXXIII Capítulo da Confradía Del Quejo Idiazabal / Idiazabal Gaztaren Konfradia, que decorreu no Ayuntamiento de Ordizia, em Espanha, no fim de Maio. Na ocasião, para além de destacar a importância da Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, o autarca convidou Ordizia e a Confradía a marcarem presença, no próximo ano, na Festa do Queijo do município. “Neste contexto de confrarias gastronómicas, faz todo o sentido deixar-vos um convite para virem descobrir Oliveira do Hospital,

através do turismo gastronómico. A paixão pelo queijo aproxima-nos”, referiu. Uma paixão que, segundo Francisco Rolo, “convida a que estejamos juntos para o ano, na nossa festa”, com o Queso Idiazabal como “ilustre convidado internacional”, num encontro “com vista a promoção e a divulgação dos queijos dos dois países”.

ARGANIL E PAMPILHOSA DA SERRA REABILITAM PONTES QUE LIGAM OS DOIS CONCELHOS

à Estação de Caminho de Ferro, fazendo um curto percurso a pé de apenas 100 metros até ao centro da cidade. Essa também pode ser uma opção para aqueles que vêm do Sul, complementada pelos parques de estacionamento próximos do Cineteatro Messias.

Já para quem se desloca de Norte, o parque de estacionamento junto ao Parque da Cidade e ao Posto de Turismo da Mealhada é a escolha mais prática, evitando assim os constrangimentos do centro da cidade. A Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada que decorre de 3 a 11 de Junho conta com uma variedade de actividades, incluindo exposição de artesanato, mostra gastronómica, área de diversão, área de juventude, Espaço 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada, palco para apresentações de colectividades e zona de concertos, com acesso gratuito.

ANADIA PROMOVE INICIATIVA “ÀS SEXTAS NA PRAÇA”

O projecto “Às Sextas na Praça” tem início amanhã (9), às 22h00, na Praça da Juventude, em Anadia, proporcionando iniciativas culturais ao ar livre, até 15 de Setembro. O programa consiste num ciclo de concertos, “que pretende preencher com música as noites de sexta-feira”, e arranca com a apresentação de Gonçalo Gomes. Segundo a Câmara Municipal, para o mês de Junho estão ainda previstas

mais duas actuações, uma no dia 16, com Manuel Flores, e outra no dia 30, com o grupo “On Off”.

“O ciclo de actuações sofrerá este ano dois interregnos: o primeiro, no dia 23, devido à realização da “Feira da Vinha e do Vinho”, e o segundo, em 28 Julho, devido às Jornadas Mundiais da Juventude, que dinamizarão algumas actividades no anfiteatro do Vale Santo, em Anadia”, afirma a autarquia.

Góis vai receber, entre os dias 14 e 18 de Junho, a 6.ª edição do Festival Literário Internacional do Interior - “Palavras de Fogo”, sob a égide “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”.

“A Câmara Municipal de Góis apresenta uma programação diversificada, reforçando a missão do Município em aproximar o livro do público, através de momentos culturais distintos, dirigidos a um público heterogéneo”, afirma a autarquia. Assim, as actividades, que decorrem em diversas instalações da região, incluem as “Conversas para miúdos”, com o escritor José Vaz, a performance de poesia “Ao encontro de Marina Kazacova e Sara Maino” e a palestra “Natália Correia”, com o professor Seabra Pereira, da Universidade de Coimbra. No sábado (17), decorre a apresentação do livro “O interior é fonte de vidaDistrito da Guarda”, de Álvaro Amaro, e a Comemoração dos Santos Populares, com o desfile e a actuação das Marchas Populares. No domingo (18), Dia Mundial da Consciencialização da Violência Contra as Pessoas Idosas, há a inauguração da instalação “Velhas são as linhas e os trapos que produzem arte”, de Amélia Neves.

Os municípios de Arganil e Pampilhosa da Serra reabilitaram três pontes que ligam os dois concelhos, num investimento de 85.000 euros, repartidos igualmente entre eles. Os trabalhos incidiram na reabilitação e reforço das pontes de Casal Novo, Mata e Cartamil, que ligam a União de Freguesias de Cepos e Teixeira (Arganil) à Freguesia de Fajão (Pampilhosa da Serra). O município de Arganil enfatizou que se tratou de “um esforço conjunto e partilha de recursos entre os dois municípios, um compromisso claro com a segurança e o bem-estar das pessoas”. O projecto “resolveu

os problemas de sustentabilidade que as pontes apresentavam e, ao mesmo tempo, reforçou a durabilidade da infra-estrutura”. “Considerámos que os esforços conjuntos e a partilha de responsabilidades e recursos financeiros seriam a solução mais válida e que melhor serviria os interesses dos residentes de ambos os concelhos”, destacou Luís Paulo Costa, presidente da Câmara de Arganil. Por sua vez, Jorge Custódio, presidente da autarquia de Pampilhosa da Serra, destacou “a importância desta intervenção, que resolve problemas comuns entre os dois concelhos”.

PENELA ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DESTINA 65 MIL EUROS PARA PROJECTOS CULTURAIS

A Câmara Municipal de Penela anunciou o lançamento do orçamento participativo (OP) deste ano, com um montante de 65 mil euros destinado a projectos culturais. Como novidade, o OP contará também com uma versão exclusiva para a participação dos jovens até aos 30 anos, com um valor atribuído de 5.000 euros. Com o tema “Cultura para todos”, as propostas para o OP devem ser apresentadas até 31 de Julho. A iniciativa tem como objectivo promover a participação informada, responsável e activa dos cidadãos nos processos de governação e decisão, desde tenra idade. Para as propostas com abrangência e impacto em todo o concelho ou em territórios que incluam mais de 50%

da população, está disponível um montante de até 65 mil euros. Já para as propostas com abrangência limitada a uma freguesia ou a territórios que integrem menos de 50% da população, o montante máximo é de 32.500 euros. No caso das propostas apresentadas ao OP jovem, que devem ser direccionadas apenas para projectos culturais imateriais, o limite orçamental é de cinco mil euros. As propostas candidatas devem ter um prazo máximo de execução de 12 meses. Podem participar no orçamento participativo cidadãos com mais de 30 anos que residam, trabalhem ou estudem no concelho de Penela. Já para o OP jovem, podem apresentar propostas cidadãos com idades entre os 14 e os 30 anos, que também residam, trabalhem ou estudem no concelho.

Matias Damasio

Os estudantes da Universidade de Coimbra gastam em média 518 euros por mês, sem contar com a propina, concluiu um estudo da AAC, que exigiu o aumento do número de bolsas e do seu valor. A despesa média maior centra-se no alojamento (229,87 €), seguindo-se a alimentação (125,78) e as deslocações entre cidade de origem e Coimbra (63,21).

8 DE JUNHO DE 2023

DOCENTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA EXIGEM AVERIGUAÇÃO

À DEMISSÃO DE PROFESSOR RUSSO

Cem professores e investigadores da Universidade de Coimbra exigiram, através de um abaixo-assinado, a urgente abertura de um processo de averiguação aos factos associados à demissão do professor russo Vladimir Pliassov.

“É inaceitável, num Estado democrático de direito, garantidor da liberdade de consciência e pensamento, bem como numa universidade pública que repudia o pensamento único, alguém ser despedido sem a realização prévia de um inquérito para apuramento dos factos, sem a instauração de um eventual processo disciplinar”, lê-se no abaixo-assinado.

Os docentes e investigadores da Universidade de Coimbra (UC) criticaram a forma como o Reitor

Amílcar Falcão demitiu Vladimir Pliassov (acusado por dois activistas ucranianos de “propaganda russa”), e consideraram que não foram respeitados princípios e valores, “como a presunção de inocência, ou o direito de o acusado conhecer as razões objectivas da acusação para poder efectivar o direito ao contraditório”.

Os signatários criticaram o procedimento adoptado contra Vladimir Pliassov e defenderam “a necessidade de urgente abertura de um processo de averiguação dos factos imputados àquele docente que respeite escrupulosamente os seus direitos”.

Vladimir Pliassov foi acusado de “propaganda russa” por dois activistas ucranianos, num artigo de opinião publicado no Jornal de Proença e depois replicado pelo jornal Observador, que alegaram posteriormente, na Rádio Renas-

cença, que o docente russo seria um ex-agente do KGB.

Entre os signatários estão a ex-ministra e docente da Faculdade de Direito (FDUC) Anabela Rodrigues, a docente e deputada do PS Cláudia Cruz Santos, o ex-director da Faculdade de Medicina Duarte Nuno Vieira, o antigo deputado do Bloco de Esquerda e docente da Faculdade de Economia (FEUC) José Manuel Pureza, o ex-secretário de Estado e professor da FEUC José Reis, a antiga juíza do Tribunal Constitucional Maria João Antunes e o capitão de Abril e docente da FEUC Pedro Pezarat Correia.

O antigo director do Departamento de Arquitectura José Bandeirinha, o antigo director do Museu da Ciência da UC Paulo Gama Mota, o sub-director do Colégio das Artes, António Olaio, o coordenador científico do consórcio Ageing@ Coimbra, João Malva, o catedrático e regente da cadeira de Direito do Trabalho na FDUC, João Leal Amado, e os membros do Conselho Geral Adérito Araújo, Ana Paula Arnaut e Lina Coelho são também signatários do documento, entre outros.

Também assinam o abaixo-assinado vários docentes da Faculdade

NOTA DA DIRECÇÃO

de Letras que já tinham sido signatários de um primeiro documento com apenas professores daquela unidade da UC, que também criticava a decisão do Reitor.

O documento salienta ainda que a decisão de Amílcar Falcão “não foi explicada de modo claro e completo à comunidade universitária, nem mesmo depois da polémica pública e da reunião do Conselho Geral em que o tema foi debatido”.

Um membro do Conselho Geral, que recusou ser identificado, disse que foi dado nota, na reunião de segunda-feira, de que iria ser apresentado um requerimento para serem ouvidos naquele órgão o professor Vladimir Pliassov e o director da Faculdade de Letras, Albano Figueiredo. Os membros do Conselho Geral irão depois pronunciar-se sobre esse mesmo requerimento, explicou.

A agência Lusa questionou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sobre o caso, tendo a tutela referido que não irá pronunciar-se sobre essa matéria. A Lusa pediu também à Reitoria da UC acesso aos documentos e provas que estarão na base do despedimento do professor Vladimir Pliassov, que foi rejeitado.

OS FACTOS DE ACORDO COM A REITORIA

«No contexto da guerra na Ucrânia, a opção da Reitoria da UC foi a de cessar o protocolo com a Fundação Russkyi Mir - Fundação criada por Vladimir Putin em 2007, sancionada pela Comissão Europeia por constituir veículo de propaganda e desinformação, e liderada por Vyacheslav Nikonov, oligarca russo sancionado internacionalmente.

Várias outras Universidades europeias decidiram de forma igual, tendo em alguns casos determinado mesmo a extinção dos Centros de Estudos Russos. Na Universidade de Coimbra, garantimos a continuidade do Centro de Estudos Russos, mas financiado com base em recursos próprios da Reitoria e o contrato de trabalho do Professor Vladimir Pliassov foi

cumprido pontualmente até à data da sua aposentação. Distinguimos assim o regime de Vladimir Putin do povo, da cultura, da língua e da literatura russas. As Universidades devem promover pontes de diálogo, pela cultura e ciência, num mundo com cada vez mais muros políticos. Rejeitamos qualquer acção com base num princípio de culpa colectiva, pelo que não há lugar a afastamentos em função da nacionalidade.

Na UC encontram-se actualmente 4 professores de carreira, 4 investigadores e 21 estudantes de nacionalidade russa.

Sem conhecimento da Reitoria, o Prof Vladimir Pliassov, após a aposentação, continuou a dirigir o Centro de Estudos Russos,

gerindo a respectiva página da Internet, onde até Dezembro de 2022 constava ainda, indevida e inaceitavelmente, o logotipo da Fundação Russkyi Mir. A continuação do referido professor na UC, a partir de 1 de Setembro de 2022, fez-se com base num acordo de colaboração voluntária, a título gracioso. A Reitoria, ao tomar conhecimento efectivo deste acordo, cessou-o de imediato no quadro jurídico aplicável.

Resumidamente: repusemos a solução que já estava definida aquando da cessação do vínculo com a Fundação Russkyi Mir. O nosso compromisso com a causa ucraniana é inequívoco, pois representa a defesa do humanismo, dos valores europeus e do Direito Internacional».

Apolémica surgida em redor da dispensa do professor russo Vladimir PLiassov surpreende e preocupa. Surpreende porque o esclarecimento público divulgado pela Reitoria da Universidade, que obviamente temos como descrevendo os factos com verdade e rigor, não nos parece justificar tão desproporcionada reacção destes 100 professores e investigadores, na sua grande maioria pessoas do pensamento político de esquerda (grande parte Bloco de Esquerda e PCP). Não sendo este facto censurável a qualquer título, como é óbvio, pode deixar no ar a suspeição de se estar perante uma movimentação política de perfil ainda não devidamente definido. Tanto mais que, em situações melindrosas recentemente acontecidas igualmente na sua proximidade física e pessoal, mas com outros intervenientes, não tiveram reacção de idêntica proporção. Preocupa porque, sendo a Universidade de Coimbra uma das mais prestigiadas Universidades do mundo, sobretudo no espaço europeu, a ocupar os primeiros lugares dos rankings da mais diversa natureza, esta instituição tem para o nosso país e região, e muito particularmente para Coimbra, um estatuto de excelência que lhe confere a dimensão de um dos principais activos que a todos pertence e a todos orgulha. Mais: no domínio cultural, do ensino e do saber, ninguém duvidará ser a Universidade o mais destacado desses activos. Esta circunstância não dispensa, claro como é, que a Universidade se abstenha de comportamentos de verdade, acima de qualquer suspeita de não cumprimento do rigor ético. Bem pelo contrário: tal estatuto cria-lhe obrigações acrescidas que, a nosso ver, têm sido cumpridas ao longo das diversas gerações que desde há séculos fizeram dela o que ela hoje é. Mas estas obrigações de rigor e verdade não impendem apenas sobre a Universidade e, dentro dela, só sobre a Reitoria, seja esta titulada por quem for. Impendem sobre o colectivo universitário, do Conselho Geral à Reitoria, aos professores e demais docentes, investigadores, alunos e funcionários. Estas obrigações são obrigação do todo universitário. Compreende-se pois que, tendo Coimbra, em especial, a relação que tem com esta escola superior, relação que se estende de forma bem conhecida pelo país fora, sobretudo pelos muitos antigos estudantes que por aqui passaram, compreende-se - dizíamos - que quaisquer actos menos rigorosos ou até menos dignos possam ofender e agredir muito para além do espaço universitário e ofender também - e de que maneira! - a nós todos que temos a Universidade como património cultural também nosso, a sentimos como algo que nos pertence também, anima e orgulha. Assim sendo a Universidade não se pode dar ao luxo de ser menos rigorosa. Mas essa exigência não é apenas para alguns órgãos, como atrás se disse. É para todo o seu universo e, assim sendo, requer-se que eventuais tomadas de posição que possam ter grande repercussão no país e até na dimensão internacional, sejam extremamente rigorosas, proporcionadas, devidamente pensadas e e fundamentadas, não ficando ao sabor de assinaturas de compadrio promovidas por pessoas de militância política que extravasa o campo do pensamento universitário e tenham, ou possam ter, propósitos de matriz político- partidária.

Uma nota final para colocar em cima da mesa esta outra questão: se a Reitoria diz que agiu de acordo com a lei e com a ética ( não foi o Reitor reeleito há três ou quatro meses por uma larga maioria do Conselho Geral, ele próprio eleito pelo universo da Escola, portanto escolhido por ser um homem de bem e de dimensão adequada ao desempenho de tão nobre missão? ), se os signatários do Abaixo-Assinado têm entendimento diferente, porque não recorrem aos tribunais que é o órgão próprio para dirimir estas questões? Se o professor russo foi mal dispensado, porque não interpõe ele, ou alguém por ele se para isso tiver legitimidade, uma providência cautelar que, se aceita pelo Tribunal, suspenderá de imediato esse afastamento, a que se seguirá depois o procedimento previsto na lei? Porque o não fazem?

Lino Vinhal

FERNANDA PAÇÓ

AFeira das Freguesias - Mostra Gastronómica de Arganil está de volta, estando a inauguração marcada para hoje (8), pelas 17h30. A iniciativa, que vai animar o Paço Grande, proporciona, até ao próximo dia 11, múltiplas actividades, tendas de iguarias tradicionais e a actuação de diversos artistas.

A música e a culinária típicas da região são o tema desta XVI edição, que, este ano, proporciona quatro dias de festa.

O presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, afirma tratar-se de um evento que permite “envolver todos os agentes, desde logo Juntas e Uniões de Freguesia, bem como colectividades locais, em torno de uma mesma iniciativa”. Este “era, e continua a ser, um evento que visa a promoção da gastronomia e a oferta cultural da nossa terra, dando atractividade ao concelho”, completa.

Assim, as 14 freguesias do município fazem-se representar através das tasquinhas, que estarão presentes no certame. Este envolvimento dos arganilenses “tem contribuído para a consolidação deste evento, que hoje, incontestavelmente, traz muitas pessoas ao concelho, permite a afirmação das nossas

Arganil vai estar em festa, durante quatro dias, com espectáculos, diversas actividades e iguarias regionais

instituições e é um ponto de encontro de toda a comunidade de Arganil”, refere o autarca.

As associações culturais locais terão, assim, uma oportunidade “para mostrarem o que fazem”, além de esta ser uma demonstração de “apreço” por todo o trabalho executado, “que envolve largas centenas de pessoas”.

Com efeito, a gastronomia e a música da região prometem dias inesquecíveis. Tunas, associações filarmónicas, grupos de dança e concertinas são apenas alguns dos espectáculos em cartaz. O certame conta também com o Concurso Gastronómico que vai premiar o melhor prato principal e a melhor sobremesa, bem como a tasquinha com a melhor apresentação geral, no que diz respeito à decoração.

Outra iniciativa para animar a Feira é o encontro “O Bucho, enquanto símbolo identitário do concelho de Arganil”, que vai reunir os produtores desta iguaria, com o objectivo de “promover e preservar uma das receitas mais típicas do concelho”.

Um convite para desfrutar de Arganil

Desde 2006 que a Feira decorre no centro da vila, mas, em consequência das obras adjacentes, passou-se a celebrar o certame em Paço Grande, sendo este o segundo ano em que acontece neste espaço. “A experiência de 2022 permitiu perceber que esta localização é a mais favorável em todos os sentidos”, refere Luís Paulo Costa. O autarca informa ainda que a grande maioria de pessoas preferiu esta

PROGRAMA DOS QUATRO DIAS

AFeira das Freguesias

- Mostra Gastronómica de Arganil arranca, pelas 17h30, com a apresentação do grupo BarrilBrass. De seguida, o rancho infantil e juvenil “Os Columbinos, a Tuna Cantares de Côja e a Tuna Popular de Arganil animam a noite deste primeiro dia.

de Celavisa” e o encontro de produtores de bucho, que decorre na Casa das Colectividades, às 18h00.

segunda localização e completa a afirmar que tomou “essa decisão em 2022, por necessidade”, mas que agora a mantém “por convicção”.

Assim, o Paço Grande recebe a Feira, que decorre, pela primeira vez, durante quatro dias. Após diálogo com as freguesias, “o sentimento geral foi de que valia a pena fazer este esforço e, por isso, temos a duração alargada”, explica.

As novidades desta edição incluem zonas com sombra para os visitantes, a cobertura do palco e uma área centralizada para a lavagem da loiça, por exemplo.

“Venham até Arganil nestes quatro dias e vejam o que este concelho tem para vos oferecer”, completa o autarca. A produção desta festa custou à autarquia, que arcou sozinha com as despesas, cerca de 40 mil euros.

Na sexta-feira (9), a diversão começa mais cedo, estando a abertura marcada para às 12h00.

O Pólo de ArganilConservatório de Música de Coimbra, a Associação Juvenil E-Motion, a animação volante Tocata do Rancho Folclórico Flores do Casal de São João, Tuna de São Martinho da Cortiça, grupo folclórico da região de Arganil e a Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Côja serão os responsáveis pelo entretenimento do dia.

Já no sábado (10), com início pelas 12h00, o dia está repleto de actividades e apresentações, como a animação volante Tocata do Rancho Folclórico Serra da Ceira, os espectáculos dos ranchos folclóricos “Os Malmequeres da Cerdeira” e “Povos da Ribeira

Já na parte da noite, a animação fica a cargo do rancho juvenil da Casa do Povo de Arganil (19h00), do R.I.Ju de Côja com o grupo “Andorinhas” e “Raposas” (20h00), rancho folclórico Rosas de Côja (20h30), Associação Filarmónica Arganilense (22h00) e do grupo Cherry On Top (23h00).

O último dia (11) tem início pelas 12h00, com a animação volante Bombos de São Nicolau de Pardieiros. A diversão continua às 14h00, com a animação volante Zés Pereiras do Sarzedo. De seguida, há o grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva, o grupo etnográfico Raízes de Sobral Gordo, a Escola de Cordofonia da Tuna Popular de Arganil, a sociedade filarmónica Flor do Alva, a divulgação e entrega dos prémios aos vencedores do “Concurso Gastronómico Feira das Freguesias 2023”, animação volante do grupo de concertinas Sons e Suadelas e, para encerrar, a Associação Filarmónica Barrilense.

Europeu de Juniores e Sub-23 já têm cerca de 30 países confirmados

Entre os dias 27 e 31 de Julho, o Centro de Alto Rendimento (CAR) de Montemor-o-Velho receberá o Campeonato da Europa de Velocidade de Juniores e Sub-23. A competição internacional de canoagem contará com a participação de cerca de 30 países confirmados até o momento. Além disso, em 2023, o CAR sediará simultaneamente o Europeu de Paracanoagem.

Após onze anos, o CAR de Montemor-o-Velho volta a receber o Campeonato da Europa de Velocidade, após a Federação Portuguesa de Canoagem ter aceitado um pedido da Federação Eslovaca para trocar a organização do evento de 2024 para 2023. A mudança ocorreu devido ao atraso na construção da pista na Eslováquia, que não estaria finalizada este ano.

Vítor Félix, presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, expressou satisfação com os níveis de participação dos países confirmados, considerando que o campeonato ocorre após o Campeonato Mundial, que acontecerá em Auronzo, na Itália, de 6 a 9 de Julho. No entanto, ele ressaltou algumas preocupações devido aos custos elevados de transporte e alojamento, especialmente por serem próximos à Jornada Mundial da Juventude.

Vítor Félix destacou a qualidade dos atletas

portugueses, especialmente a geração brilhante de juniores e sub-23, evidenciada pelas medalhas conquistadas em 2022. Nomes como Beatriz Fernandes, Gustavo Gonçalves, Pedro Casinha e João Duarte foram mencionados como destaques da equipa.

Além disso, Vítor Félix mencionou os avanços na construção da nova torre de chegada do CAR de Montemor-o-Velho, destacando a importância da estrutura para a organização do evento e para os árbitros. A construção da torre de chegada proporcionará melhores condições de trabalho e eliminará a necessidade de montagem de tendas e contentores, como ocorria em edições anteriores.

Como país organizador, a Federação Portuguesa de Canoagem tem como objectivos garantir uma excelente organização do evento e superar os resultados desportivos das edições anteriores. Vítor Félix expressou confiança na experiência acumulada pela organização e na expectativa de que o evento seja um enorme sucesso. Portugal tem sido palco de diversos eventos internacionais de canoagem, desde o primeiro evento internacional de velocidade realizado no país em 2012, incluindo Copas do Mundo, Campeonatos da Europa e do Mundo em diferentes categorias.

AUniversidade de Évora (UÉ) é a primeira instituição de ensino superior em Portugal a publicar um plano integral de participação estudantil. Denominado por Plano Integral de Participação Estudantil da Universidade de Évora (PIPE-UÉ 2022|2026), este tem em vista aumentar a participação estudantil e estabelecer as bases de uma rede europeia focada no desenvolvimento de novas práticas para promover a participação estudantil em contexto de ensino superior.

O plano da UÉ tem como grupos-alvo, estudantes, líderes estudantis, estudantes de categorias sub-representadas e desfavorecidas e gestores universitários, incidindo na implementação de um vasto conjunto de medidas que passam pela melhoria dos canais de comunicação com os estudantes, pela criação de uma estrutura centralizadora de todas as ações relativas à participação estudantil, pela realização de ações de sensibilização para a importância da participação estudantil, entre outras.

Para a Universidade de Évora, a participação estudantil é perspetivada como fonte de inovação social e fundamental para estabelecer uma governança eficiente e um sistema de ensino superior mais inclusivo, assim, o plano agora apresentado, reconhece o importante papel

desempenhado ao nível da gestão universitária com competência na participação, inclusão e igualdade dos estudantes para dialogar e aumentar a consciência sobre os benefícios da cooperação.

Estes planos integrais de participação estudantil definem desta forma um conjunto amplo e coerente de ações que incidem sobre todas as dimensões sobre as quais pode ser perspetivada a participação estudantil. São também planos integrados, coerentemente alinhados com os objetivos e as estratégias das universidades, pressupondo o envolvimento de toda a comunidade académica, contribuindo também com isso para o desenvolvimento de uma cultura de participação estudantil.

Todas as medidas definidas têm objetivos e indicadores de qualidade que permitirão uma avaliação concreta do seu nível de execução e, em termos globais, do nível de execução do Plano. Paralelamente ao PIPE-UÉ, foi desenvolvido o Índice de Participação Estudantil da UÉ (IdPE-UÉ), uma medida de análise do desempenho global da instituição em matéria de participação estudantil, bem como monitorizar a implementação das ações em curso, avaliando a sua efetividade face aos objetivos traçados e assim introduzir feedback que permita, se neces-

sário, rever a forma como se estruturam e/ou como se implementam essas ações com vista a garantir um maior envolvimento dos estudantes.

A UÉ faz notar que a participação de estudantes no governo das instituições de ensino superior é considerada um dos valores fundamentais do Processo de Bolonha e do consequente Espaço Europeu de Ensino Superior.

O PIPE-UÉ foi elaborado no âmbito do projeto interuniversitário STUPS (Student Participation Without Borders | Participação Estudantil Sem Fronteiras), de ação transnacional, composto por cinco instituições parceiras, do qual faz parte a UÉ, a University of Applied Sciences Upper Austria, na Áustria, a Universidad de Huelva, em Espanha, líder do projeto, pela Agencia Andaluza de Evaluación y Acreditación Universitaria - um órgão público espanhol de avaliação e acreditação de atividades universitárias, e pela European Students’ Union (ESU, Bélgica) – a organização estudantil mais representativa da Europa com membros de 40 países do espaço de ensino superior europeu.

O Plano Integral de Participação Estudantil da Universidade de Évora encontra-se disponível aqui.

Universidade de Évora

Universidade de Évora é a primeira instituição de ensino superior em Portugal a publicar um plano integral de participação estudantil

Escuteiros de Coimbra: Nova Junta Regional toma posse

Na noite de segunda-feira, 5 de Junho, a nova Junta Regional de Coimbra dos Escuteiros tomou posse em uma cerimónia presidida por D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra. O evento contou com a presença de Ivo Faria, Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE). A nova Junta Regional de Coimbra, eleita há cerca de um mês sob o lema ‘Ser Ponte’, assume agora a responsabilidade de liderar a região de Coimbra.

A cerimónia ocorreu na capela do Seminário Maior de Coimbra e contou com a presença de aproximadamente oitenta representantes de agrupamentos, núcleos, regiões amigas e dirigentes nacionais. Além do novo Chefe Regional de Coimbra, Nuno Castela Canilho, outras pessoas também tomaram posse, incluindo Diana Santos como Chefe Regional Adjunta, Ana Pinto como Secretária Regional para o Desenvolvimento Pessoal Escutista, Cláudia Costa como Secretária Regional da Comunicação e Inovação, Gonçalo Moura Costa como Secretário Regional do Método Escutista, e Marta Paes como Secretária Regional para o Património e Recursos.

A cerimónia teve início com uma celebração eucarística presidida pelo bispo de Coimbra, que destacou a importância do testemunho do escutismo como um grande movimento de juventude e seu papel na formação integral das crianças e jovens da região. Após a celebração, ocorreram as formalidades de posse, com o Chefe Regional cessante, Luís Coelho, passando simbolicamente a bandeira regional e as chaves para o seu sucessor, Nuno Castela Canilho. No seu discurso de posse, Nuno Castela Canilho expressou a gratidão e apresentou o plano de acção da nova Junta Regional: “Queremos construir pontes: novas ligações de apoio entre os agrupamentos, coo -

perando com os núcleos e escuteiros de toda a região. Mas também com a comunidade, afirmando a necessidade do escutismo junto de parceiros, autarquias e forças vivas dos nossos territórios”. Ele enfatizou a importância da liderança servidora e da ética de cuidado como fundamentos da nova equipe regional.

O Chefe Nacional, Ivo Faria, também discursou durante a cerimónia, destacando que a nova equipa de Coimbra é a primeira a assumir funções no segundo centenário do CNE. Ele ofereceu palavras de incentivo e elogio, garantindo o apoio dos órgãos nacionais à nova Junta Regional. Ivo Faria também lembrou que, no final de 2023, Coimbra sediará o grande congresso do CNE, encerrando as comemorações nacionais do centenário da associação.

Por fim, o bispo de Coimbra, Dom Virgílio Antunes, encerrou a sessão, elogiando a preparação e a estruturação do plano de acção da nova equipa regional, oferecendo palavras de encorajamento e motivação aos novos responsáveis.

A região de Coimbra do CNE abrange todo o território da Diocese católica de Coimbra e conta com quase 3.800 escuteiros, distribuídos em 56 agrupamentos em 20 concelhos. A região celebrará o seu primeiro centenário em 2026. O Corpo Nacional de Escutas é a maior associação de juventude de Portugal e da Diocese de Coimbra.

Clube União 1919 recebido no Salão Nobre da Câmara Municipal

res, a quem chamou de “gigantes da Arregaça”.

O União 1919 confirmou a boa época, tendo vencido o Penelense no último jogo por cinco bolas a zero, e amanhã vai jogar a Supertaça Distrital com a UD Tocha, equipa que deu muita luta ao emblema da Cruz de Santiago na disputa do campeonato da Divisão de Honra. A equipa treinada por João Pedro Duarte vai, assim, tentar alcançar mais um título, amanhã, às 17h00, no Estádio Municipal Sérgio Conceição, no último jogo da época e antes da preparação para o Campeonato de Portugal.

Aequipa sénior de futebol do Clube União 1919, que se sagrou campeã da Divisão de Honra Associação de Futebol de Coimbra e sobe, assim, ao Campeonato de Portugal, foi recebida hoje, dia 7 de Junho, pelo presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. “Este é um momento de regozijo e orgulho para o concelho de Coimbra, pelo percurso sustentado, consistente, com os pés bem assentes na terra, que fizeram nesta conquista da Divisão de Honra. Agora é tempo de conquistar Portugal”, afirmou o presidente da Câmara, José Manuel Silva.

O Clube União 1919 é campeão da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Coimbra e sobe, assim, ao Campeonato de Portugal. A equipa sénior foi hoje recebida no Salão Nobre da CM de Coimbra pelo presidente da Câmara, José Manuel Silva, que entregou uma medalha gravada ao presidente do Clube União 1919, Fernando Soares, que retribui a oferta com um cachecol do União 1919. A cerimónia contou, ainda, com a participação do vereador do Desporto da CM de Coimbra, Carlos Matias Lopes, o treinador da equipa, João Pedro Duarte, e o capitão, João Amaral.

“Todos os momentos de conquista e afirmação de uma entidade de Coimbra contribuem para a afirmação do concelho”, afirmou o presidente da Câmara, acrescentando que “temos de fazer jus ao nome deste clube, que é o União e caminharmos num sentido ascendente”. José Manuel Silva deu os parabéns ao clube, aos dirigentes, à equipa, aos funcionários, aos sócios e adeptos e afirmou ambicionar recebê-los novamente para o ano na qualidade de vencedores do Campeonato de Portugal. José Manuel Silva acrescentou, ainda, que espera, no futuro, ter duas equipas na 1ª Liga de futebol português.

“É a minha bola de ouro enquanto presidente”, afirmou, por sua vez, Fernando Soares, agradecendo a recepção ao presidente da Câmara e ao vereador do Desporto. “O gigante União está de regresso aos grandes campeonatos, de onde nunca devia ter saído”, acrescentou, ainda, o presidente do clube, concluindo: “Estamos a reerguer o clube icónico União de Coimbra”. Fernando Soares agradeceu a todos os presentes a conquista, mas deixou uma palavra especial aos jogado -

A história da equipa pode ler-se na página da internet do Clube União 1919. “O União de Coimbra foi fundado por um grupo de jovens ligados ao comércio e indústria da cidade, que decidiram associar-se e fundar o seu próprio clube de futebol. (…) A 2 de Junho de 1919, nasceu o União Foot-Ball Coimbra Club”. Mais tarde, em 1972, já com o nome Clube Futebol União de Coimbra, “venceu a Zona Norte da 2ª Divisão, depois de uma luta titânica com o GD Riopele e o Marinhense, garantindo, assim, a subida histórica à 1ª Divisão Nacional. Nessa mesma época, o União de Coimbra sagrou-se ainda campeão nacional da 2ª Divisão, conquistando, assim, o primeiro título nacional do seu palmarés.”

“O primeiro equipamento do clube era composto por uma blusa azul ganga com botões vermelhos, adornada com uma cruz vermelha, e calções brancos. O emblema inicial do União de Coimbra era uma cruz trifólia, que simbolizava a força do ideal, unificando a espada e a cruz. O actual emblema do União de Coimbra foi concebido na década de 1920 por Serafim da Silva, um talentoso desenhador e entalhador da época. Posteriormente, um artista de ourivesaria coimbrã deu ao emblema a configuração definitiva. Ele apresenta uma coroa dourada no topo e, do lado direito, sobre um fundo azul que representa a indústria e a ‘ganga’, encontra-se a Cruz de Santiago vermelha.”, pode ainda ler-se no website do clube.

Dia da Criança são todos os dias na Misericórdia Obra da Figueira

No âmbito da Comemoração do Dia Mundial da Criança, a Misericórdia-Obra da Figueira dinamizou várias atividades com os mais pequenos no seu espaço exterior.

Denominada a “semana da Criança”, estava previsto iniciá-la com a visita de estudo ao Parque Biológico da Lousã, mas tal não foi possível, pois o tempo não estava convidativo para um passeio ao ar livre, ficando adiada para este mês de Junho. Durante os dias seguintes, as Crianças da Creche e do Jardim de Infância tiveram acesso a múltiplas atividades, entre elas, teatro de fantoches com música e bolas de sabão, insufláveis, passeio sobre rodas (bicicletas, trotinetes e triciclos), pinturas faciais e tatuagens.

“Foi uma semana com muita animação, para delícia das crianças” diz Silvana Oliveira, responsável pera creche e jardim de infância que, não se poupa a esforços para que todos os dias, como é apanágio da Instituição, seja com as crianças ou com idosos, o respeito que todos merecem, todos os dias, “é serem tratados com respeito, carinho e muita dignidade” para que todos os dias vividos na Misericórdia Obra da Figueira “seja um prazer para todos” e um dever cumprido para quem ali presta serviço.

Terras de São Tiago” dá a conhecer

ACâmara Municipal (CM) de Coimbra dá continuidade ao programa “Por Terras de São Tiago” no próximo dia 24 de Junho, pelas 15h00, com uma visita guiada ao património de Eiras. Uma ação desenvolvida em estreita colaboração com a União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, com o objectivo de divulgar o património local, em particular o que se relaciona com o culto a São Tiago. A visita é gratuita, mas requer inscrição prévia obrigatória.

A visita a Eiras decorre no dia 24 de junho, sábado, a partir das 15h00 e prevê um míni-

mo de 10 e um máximo de 30 participantes. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia obrigatória através do telefone 239702630, do email roteirosdecoimbra@ cm-coimbra.pt ou, presencialmente, na Casa Municipal da Cultura (rua Pedro Monteiro).

O programa da visita começa às 15h00, na Igreja Matriz de Eiras e inclui passagens pela Capela do Espírito Santo, Capela do Santo Cristo, Ponte de Eiras, antigo Paço da Rainha Santa Isabel, Parque de Lazer e Fonte do Escravote. Recomenda-se o uso de calçado e roupa confortáveis.

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o património de Eiras no dia 24 de Junho