“Campeão das Províncias” - 30/9/2022

CHUC diz estar focado na atracção e retenção dos profissionais de saúde

OCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está “fortemente” empenhado em manter a capacidade de atracção e retenção dos profissionais de saúde, embora o processo seja difícil, segundo o presidente do Conselho de Administração.

“Estamos a conseguir estabilizar as equipas com enormes dificuldades, mas estamos a conseguir, nas vertentes da actividade programada e da urgência”, disse Carlos Santos, esta sexta-feira, no final da cerimónia de comemoração do Dia do CHUC.

O responsável sublinhou que a estrutura hospitalar, “uma referência do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, está focada na atracção e retenção dos profissionais de saúde, através dos mecanismos legais que tem à sua disposição.

Salientando que em toda a região Centro o CHUC é o único que responde integrado e de forma completa a todas as necessidades, Carlos Santos admitiu as dificuldades na estabilização dos recursos humanos, pese embora o foco “seja sempre o de criar condições de atractividade e retenção dos profissionais no SNS”.

Carlos Santos reconheceu que nalgumas áreas existem mais dificuldades em assegurar a estabilidade das equipas, “que, embora sejam cíclicas, não são permanentes e transversais e não prejudicam o serviço de atendimento aos utentes”.

“Muito se falou durante o Verão em dificuldades de estabilização das equipas na vertente de obstetrícia, não quer dizer que o CHUC não tivesse tido dificuldades, que as teve, mas conseguiu ultrapassá-las”, salientou o presidente do Conselho de Administração, frisando que, dentro de dois anos, com a construção da nova Maternidade de Coimbra, a situação esteja alterada.

As maiores dificuldades no atendimento, segundo Carlos Santos, sentem-se no Serviço de Urgência, quando o afluxo de doentes triados com cor azul e verde, por exemplo, esperam mais tempo do que o previsto, numa situação provocada “não tanto pela falta de recursos, mas fundamentalmente por um deficiente funcionamento do sistema a montante do próprio hospital”.

As comemorações do Dia do CHUC incluíram a homenagem a 121 profissionais de saúde que se aposentaram no último ano e a atribuição de dois prémios e duas bolsas de investigação científica, que foram instituídos pela primeira vez.

“Um Hospital Universitário não pode perder de vista que tem na sua génese, no seu ADN, um compromisso forte com a investigação clínica e translacional”, sublinhou o presidente do Conselho de Administração.

Carlos Santos adiantou que o seu financiamento será suportado por verbas da própria investigação clínica, “o que no fundo é um círculo virtuoso de utilização dos resultados de investigação para financiar novos projectos e novas soluções que trarão melhorias para o doente”.

The Gift, Gregório Duvivier e Teresa Salgueiro no Convento São Francisco em Coimbra

Concertos de The Gift e Teresa Salgueiro, um espectáculo de Henrique Feist de homenagem a Ary dos Santos, ou outro do humorista Gregório Duvivier são algumas das propostas do Convento São Francisco, em Coimbra, até ao final do ano.

O Convento São Francisco apresentou a sua programação para o último semestre do ano, com propostas “ecléticas” e que vão da música ao teatro, passando pela dança e humor.

A maior sala de espectáculos de Coimbra vai acolher “Sísifo”, de Gregório Duvivier, a 9 de Dezembro, concertos de The Gift, a 11 de Novembro, e de Teresa Salgueiro, a 24 de Novembro, num momento em que a voz dos Madredeus vai celebrar os seus 35 anos de carreira, acompanhada em palco de Dino d’Santiago e Marisa Liz.

O mágico Luís de Matos irá apresentar “Impossível” (de 15 a 18 de Dezembro), Henrique Feist levará a palco “O Sangue das Palavras”, um espectáculo dedicado a Ary dos Santos e com direcção musical de Nuno Feist (30 de Outubro), e a solista Sofia Escobar dará um concerto a 4 de Dezembro, acompanhada pela Orquestra da Tuna Académica da Universidade de Coimbra.

O Convento São Francisco irá também acolher “Une histoire bizarre”, a 26 de Novembro, um espectáculo encenado por Júlio Martin, que dá voz a 15 pessoas refugiadas e migrantes a viver em Portugal, que são acompanhadas em palco por quatro actores.

Um concerto de Francisco Costa que explora a sonoridade do Fado de Coimbra, “Monólogos da Vacina”, de João Baião, a celebração de 15 anos de carreira dos Anaquim ou o espectáculo de dança “Segunda 2”, da companhia Paulo Ribeiro, são outras das propostas.

A partir de sexta-feira e até 9 de Outubro decorrerá, também, no Convento, o festival “Correntes de um só rio”, dedicado à Canção de Coimbra.

Aquele espaço de Coimbra vai acolher também programação de festivais e iniciativas que decorrem na cidade, como o festival Jazz ao Centro e a Mostra São Palco.

Até Dezembro haverá também exposições, pequenas actuações de artistas emergentes no Café-Concerto e

concertos para bebés, foi divulgado.

“É uma programação mais contida, mas sem baixar a qualidade”, afirmou o director do Departamento de Cultura da Câmara de Coimbra, Francisco Paz, apontando para os constrangimentos provocados pela pandemia e pela guerra.

O responsável, que irá reformar-se a 5 de Outubro, aproveitou também o momento para agradecer aos trabalhadores da Câmara e ao presidente e salientou que, ao longo da sua carreira, fez “o melhor que pude e que sabia”. “Foi para mim uma honra”, disse Francisco Paz, de voz embargada.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, aproveitou o momento para enaltecer o trabalho de Francisco Paz, que “cumpriu de forma exemplar, com grande dedicação e proficiência”.

Questionado sobre se iria haver um aumento do orçamento do Convento São Francisco em 2023, José Manuel Silva disse que, face ao aumento de despesas, tal será impossível.

“Não temos condições para aumentar orçamentos em nenhum sector”, referiu, salientando ainda que o orçamento para 2023 terá ainda a agravar o facto de estar numa transição entre quadros comunitários.

Dia Mundial da Música em Coimbra com várias iniciativas

ABiblioteca Municipal de Coimbra comemora o Dia Mundial da Música, celebrado a 1 de Outubro, com várias iniciativas concentradas naquele espaço.

Contos com música, fado, a disponibilização de discos de vinil para audição e uma mostra de capas de discos de vinil dedicada aos The Rolling Stones fazem parte do programa que a Câmara de Coimbra preparou para assinalar a efeméride.

No sábado, às 11h30, a hora do conto apresenta “Contos com Música”, reforçando a ideia de que esta expressão artística é capaz de despertar emoções e sensações únicas junto do público infantojuvenil. A iniciativa dirige-se a crianças dos 3 aos 5 anos, acompanhadas por um adulto. As inscrições podem ser feitas na Biblioteca Infantil, através do telefone n.º 239 702 630 ou via e-mail biblioteca.infantil@cm-coimbra.pt.

No período da tarde, às 17h00, a sala de empréstimo da Biblioteca acolhe uma apresentação do grupo “Iterum” - grupo cooperante da Orquestra de Sopros de Coimbra, criado por Guilherme Catela (guitarra portuguesa) e Diogo Alves (guitarra clássica), quando estudantes da Universidade de Coimbra, com o objectivo de estudar e aprofundar o seu conhecimento sobre a canção de matriz coimbrã. Espera-se, assim, a interpretação de fados, guitarradas e baladas, revisitando-se alguns temas que, com o passar dos anos, foram caindo no esquecimento. Este duo, de cariz eminentemente instrumental, pretende ser inovador, criativo e pautar o seu trabalho pela qualidade musical, contando já com diversos temas e arranjos originais aos quais se junta, por vezes, a voz de um cantor.

O vinil vai ser, também, o centro das atenções de melómanos que pretendam, nos dias 1, 3, 4, 6 e 7 de Outubro, ouvir melodias em formato de disco de vinil. O “Regresso ao Vinil”, um serviço de audição de discos de vinil e de carácter regular (às quartas-feiras, na segunda e quarta semana de cada mês) disponibiliza o fundo documental e fonográfico de milhares de discos de vinil, dos mais variados géneros musi-

cais, a todos os munícipes e leitores da Biblioteca Municipal, no Serviço de Audiovisuais da Biblioteca Municipal de Coimbra, das 14h00 às 17h00. Os interessados devem proceder a uma marcação prévia, através do e-mail biblioteca.servicodeaudiovisuais@ cm-coimbra.pt ou via telefone n.º 239 702 630.

No dia em que a música é celebrada em todo o mundo, vai estar patente ao público uma nova mostra discográfica de capas de discos de vinil. Desta vez, dedicada aos “The Rolling Stones”, por ocasião do 60.º aniversário da banda, a exposição pode ser visitada até ao dia 29 de Dezembro, no acesso ao serviço de Audiovisuais. A iniciativa contempla álbuns discográficos representativos da carreira musical da banda liderada por Mick Jagger. Os Rolling Stones são um dos grupos musicais de maior sucesso da história da música e uma das mais influentes bandas de rock de sempre. A mostra poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 19h30 e ao sábado das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00.

Exposição

“Que te seja leve o peso das estrelas” no Centro de Arte Contemporânea

Das peças de Helena Almeida ao verso de Al Berto nasceu “Que te seja leve o peso das estrelas”, título da mais recente exposição do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC), com inauguração oficial marcada para esta sexta-feira, dia 30 de Setembro, às 18h30.

Na abertura da exposição estão presentes o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, e o curador do CACC, José Maçãs de Carvalho.

A exposição ganhou forma a partir da presença de um número significativo de peças de Helena Almeida detectadas na investigação às obras desta colecção privada e que, desde logo, poderiam entrar em relação com outras obras da autora na Colecção de Arte Contemporânea do Estado.

“Será a obra desta artista que marca as ideias centrais da exposição: o lugar/casa, o processo criativo e o corpo como intermediário”, explica José Maçãs de Carvalho, curador da exposição que, além de obras de Helena Almeida, integra peças da Colecção de Arte Contemporânea da Câmara de Coimbra e da Coleçcão de Arte Contemporânea do Estado em depósito no CACC.

“Que te seja leve o peso das estrelas” pode ser vista até dia 22 de Janeiro do próximo ano, no horário habitual do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (de terça a sexta-feira, das 10h00 às 18h00; ao sábado e ao domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, encerrando à segunda-feira e feriados).

No primeiro sábado da exposição, sábado, 1 de Outubro, às 15h30, José Maçãs de Carvalho fará uma visita guiada à exposição, que requer inscrição através do telefone 239 828 052 ou do e-mail centroartecontemporanea@cm-coimbra.pt.

Além de obras de Helena Almeida, a exposição reúne em diálogo trabalhos de Adrian Ghenie, Carla Cabanas, Jake Wood-Evans, Jorge Molder, Julião Sarmento, Lourdes Castro, Markus Oehlen, Muntean&Rosenblum, Noé Sendas, Rui Chafes e Teresa Murta.

“Reunimos obras com uma expressividade expectante que, por vezes, nos parecem ainda em processo, inacabadas na sua narratividade, plenas de manchas disformes ou geometrias corporais”, adianta José Maçãs de Carvalho, sublinhando que, formalmente, muitas das obras “contêm uma certa ambiguidade em relação à pureza dos géneros: a fotografia parece documento de performance, o desenho parece fotografia, a fotografia é pintada e a escultura podia ser pintura ou desenho”.

Em comum, a mesma ideia central: “casa, ou melhor, a forma como a ideia de habitar pode ser projectada em outros lugares, como o atelier do artista; o atelier como lugar onde se manifesta a transformação e a mudança, da ideia à forma ou à metamorfose”, explica o curador.

“Será, então, a partir de uma atmosfera processual e de uma vontade de pertença ao lugar da criação que surgem muitas das obras presentes, nas quais o corpo é matéria primordial”, refere José Maçãs de Carvalho. Corpo esse que também é matéria primeira para Al Berto, nascido em Coimbra, a quem se “pediu por empréstimo” o título para esta exposição: “corpo/que te seja leve o peso das estrelas/e de tua boca irrompa a inocência nua/dum lírio cujo caule se estende e/ ramifica para lá dos alicerces da casa (…)”, assim começa “Corpo” de Al Berto, para terminar “(…) sei que estou vivo/ sou o centro sísmico do mundo”.

O Metaverso e o fantasma ético que não tem direito a avatar

Ainda não se sabe ao certo como é que os dados pessoais estão a ser recolhidos (entre eles os biométricos e fisiológicos) e armazenados – desde a exposição dos mesmos, ao modo como será protegida a identidade real e para que fins serão usados no aprimoramento das novas experiências no Metaverso. A normalização deste princípio de incerteza em detrimento da mais valia das novidades apresentadas enquanto promessa de progresso e igualdade social parece favorecer a ausência de questionamento. Não será confuso assistir à contínua referência ao escândalo Cambridge Analytica e, no momento seguinte, abdicar da privacidade como quem oferece o poder de interferência na sua vida diária sem qualquer contrapartida?

O contexto pandémico que temos atravessado foi, talvez, o maior acelerador da necessidade de levar para o digital/ virtual os diversos espaços físicos. Com este estímulo, o Metaverso entrou no nosso dia a dia de modo divertido, leve e despreocupado como aliás já se tinha verificado com as plataformas Second Life e Roblox (p. ex.). Tem-se apresentado muito prometedor no âmbito dos cuidados personalizado de saúde, na promoção de hábitos e dietas saudáveis ou até nas diversas estratégias empresarias. A questão que se coloca é se estamos perante o mesmo nível de desenvolvimento ao nível da antecipação dos desafios éticos e sociais que lhes são subjacentes.

Em Privacy is Power a filósofia Carissa Véliz descreve, entre tantas outras coisas, como é que através de dispositivos como o nosso smartphone os dados recolhidos sobre gostos pessoais, hobbies, hábitos, relacionamentos, medos e problemas médicos são usados como moeda de troca entre empresas e governos. Coincidentemente, há poucos dia atrás, saiu um estudo da Mckinsey, evidenciando que vários executivos relatam que a sua organização teve, no mínimo, uma ‘violação de dados relevante’ nos últimos três anos. Porque é que enunciar a questão deste modo parece ser mais consternador do que falar da segurança de dados inerentes às novas experiências no Metaverso?

Estas novas possibilidades em mundos digitais virtuais partem de um conceito que diz respeito à interacção humana com a tecnologia. Um simples exemplo disso diz respeito ao modo como os avatares (por exemplo) assumem a extensão da nossa vivência e identidade através da realidade aumentada e dos ambientes virtuais. Pode dizer-se que a tendência do futuro é que o mundo físico seja partilhado com as experiências interactivas digitais e as informações 3D – tudo isto interconectado. Ou seja, uma nova extensão da internet tridimensional. Todavia, se aceitar que o Metaverso ainda está no domínio experimental e o seu alcance total no âmbito especulativo, não seria o momento oportuno para discutir uma economia global mais igualitária?

Sabemos que as aplicações ao nível do Metaverso dependem de uma convergência de eventos, desde a implantação de hardware até o desenvolvimento de infra-estrutura de dados, mas é sempre certo que a tecnologia actua, a maioria das vezes, como catalisador para o desenvolvimento económico (sem esquecer tudo o que isso também significa ‘Tech for Good’). É possível assumir que apesar dos ecossistemas virtuais ainda estarem em desenvolvimento, já não há dúvidas que tecnologia blockchain e a moeda digital fazem parte da sua implementação. Acrescentando a este aspecto o facto de diversas marcas estarem a expandir a sua visibilidade no mundo virtual aquilo que está em causa, neste momento, é já a ampliação de lu-

cros e uma porta aberta para o fim da descentralização do Metaverso.

No que diz respeito aos desafios éticos e sociais que lhes são subjacentes, antes de qualquer outra questão, não parece admissível omitir o facto de que 30% da população mundial (dados de Dezembro de 2021) continua sem acesso à internet. Verificando-se uma distribuição de acesso online desigual na população mundial é válido sublinhar que o Metaverso pode tornar-se uma janela de ampliação deste primeiro factor e não numa ferramenta de redução desta disparidade como se comunicou no momento das primeiras ideias que surgiram fora do contexto mainstream.

Tem-se constatado que este salto tecnológico ainda não contemplou devidamente a elaboração e implementação de políticas, levando ao processo inverso de experimentação primeiro e posterior definição de guidelines por manifestação de consequências ao nível de: hackers, catfishing, assédio, turismo de identidade, discurso de ódio e cyberbullying, manifestações neurológicas e comportamentais adversas, etc.

Neste sentido, alegar que as questões éticas e sociais inerentes ao Metaverso são recentes, salvas especificidades das tecnologias emergentes, não é mais do que uma fuga daqueles persistem em não discutir estas mesmas questões no contexto não digital. Esta negação constitui-se como um motor de abrandamento aos diferentes processos de auditoria e regulamentação necessários. Se há investimento financeiro adjudicado ao escalonamento e crescimento de cada novo projecto no Metaverso tem que ser acompanhado de… pense por si!

Lia Raquel Neves

ISCAC recebe debate sobre ‘Cidades Marca e Eventos’

“ As Cidades Marca e os Eventos” é o tema que vai estar em discussão este sábado, a partir das 14h30, no auditório Marques de Almeida do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC).

A relação entre as cidades e os eventos e a importância das cidades se estabelecerem como marcas para se tornarem mais competitivas e conseguirem um maior retorno para a sua economia são os temas que vão estar em cima da mesa durante este debate.

O presidente da Câmara Municipal, José Manuel Silva, vai participar na sessão de abertura do evento, pelas 14h30. “O tema das Cidades Marca e dos Eventos é muito interessante e necessário para Coimbra. Considero que Coimbra já é uma marca, mas apesar de todo o potencial da cidade, da sua singularidade, de Coimbra se promover por si só, é preciso um trabalho estruturado, coordenado e transversal a todas as entidades na afirmação da marca Coimbra. Este Executivo Municipal está empenhado nesse objetcivo e este fórum vai, com certeza, contribuir para que todos aprendamos um pouco mais sobre esta temática”, considera José Manuel Silva.

O autarca falará depois do anfitrião, o presidente da Coimbra Business School/ISCAC, Alexandre Gomes da Silva. “Sonho e tradição da marca Coimbra, aprende-se a dizer presente!”, considera Alexandre Gomes da Silva, acrescentando que este fórum irá promover o debate sobre os “olhares e reflexos da nossa imagem.”

A sessão de abertura termina com a intervenção de Linda Pereira, da CPL Meetings & Events, em representação das empresas privadas. “Coimbra é uma cidade cheia de potencial para ser uma das capitais do conhecimento e como tal desenvolver o seu nível económico e, em muito, acelerar a qualidade de vida dos seus cidadãos. Mas isto consegue-se com todos a remar na mesma direcção, poder local, academia e o sector privado aliado a todos os seus cidadãos. Este evento pretende lançar ideias e mostrar o que

se está a fazer para empoderar Coimbra e suas gentes. Mas para garantir o sucesso, temos todos que marcar presença”, afirma, por sua vez, Linda Pereira.

O primeiro painel do fórum é dedicado ao tema “Brains or Beauty? A importância transformativa dos eventos” e vai contar com a participação de Alfredo Vasconcelos (que vai falar do BOOM Festival), Luís Redondo (“O impacto dos eventos científicos”) e de Gil Ferreira (“O papel dos eventos em Santa Maria da Feira”) e com a moderação de Linda Pereira. Já o segundo painel, subordinado ao tema “A importância das Cidades Marca” vai contar com a participação de Jorge Sobrado (“Marketing Territorial na cidade de Viseu”), João Santos (“Transformação da cidade da Lousã”) e Susana Lopes (“Criatividade ao serviço das cidades”) e vai ser moderado por Joana Pires Araújo, da revista Coimbra Coolectiva.

A entrada no evento é gratuita, mas a inscrição é obrigatória e deverá ser efectuada para o email roberta@cplevents.pt (Roberta Silva).

Município de Penela vai distribuir mil nogueiras para incentivar produção de nozes

ACâmara de Penela vai oferecer mil nogueiras aos munícipes, no domingo (2), iniciativa com que pretende estimular o aumento da produção de nozes no concelho. A distribuição das árvores “é apenas uma medida simbólica” que a autarquia, presidida por Eduardo dos Santos, vai realizar no recinto da tradicional Feira das Nozes.

“Esperamos que seja um primeiro passo para o fomento da produção deste produto endógeno tão identitário da nossa terra”, afirmou o autarca, ao intervir na cerimónia solene do feriado municipal de Penela. Na sua opinião, a Feira das Nozes “merece todo o empenho e dedicação”, sobretudo quando “as nozes são cada vez menos e acabam por ser vendidas muito rapidamente”.

“O que sendo bom, por um lado, deixa-nos insatisfeitos por não estar a ser um pro-

duto devidamente potenciado também para a nossa economia”, disse Eduardo dos Santos, ao defender a necessidade de “criar condições” para que a feira, integrada nos festejos de São Miguel, “tenha mais e melhor futuro”.

Na sessão comemorativa, nos Paços do Concelho, o presidente da Câmara entregou a medalha de honra do concelho (grau ouro) à professora universitária Teresa Mendes. Eduardo dos

Santos enalteceu o “excepcional contributo” da ex-presidente do Instituto Pedro Nunes (IPN), de Coimbra, no âmbito da parceria entre o município e o Habitat de Inovação Empresarial nos Sectores Estratégicos (HIESE), com um trabalho “de promoção da inovação e do empreendedorismo qualificado e diferenciador de base local”, o que permitiu a distinção de Penela como Região Empreendedora Europeia 2023.

Núcleo Museológico do Mar recebe Noite Europeia dos Investigadores

OMunicípio da Figueira da Foz associa-se à comemoração da Noite Europeia dos Investigadores (NEI) e promove, esta noite (30), no Núcleo Museológico do Mar, entre as 21h00 e as 23h30, um conjunto de actividades lúdico-pedagógicas, gratuitas, direccionadas a público em geral e famílias com crianças.

Este ano subordinada ao tema “Ciência para todos, sustentabilidade e inclusão”, a NEI, iniciativa financiada pela Comissão Europeia, no âmbito do programa Horizonte 2020, Acções Marie Skłodowska-Curie (MSCA), que tem como objectivo aproximar investigadores e cidadãos, será preenchida por actividades nas áreas da geologia, biologia, arqueologia e antropologia.

Do programa constam sessões de conversa “Da serra ao mar: uma viagem pela geologia figueirense”, com Fernando Carlos Lopes, do Departamento de Ciência da Terra/UCoimbra. Jael Palhas, do Centro de Ecologia Funcional/ESAC/UÉvora, vai realizar actividades em torno da produção de arroz e a conservação da biodiversidade, mostrando como conciliar a agricultura com a conservação da biodiversidade, no caso nos arrozais do Centro de Portugal.

A equipa do Núcleo Museológico do Mar vai explorar as poças de mar, numa actividade que permitirá conhecer para proteger a biodiversidade marinha em contexto de laboratório. Já a equipa do Núcleo Museológico do

Sal terá como missão desvendar “Segredos à volta do sal artesanal” da Figueira da Foz, e a equipa do Museu Municipal Santos Rocha abordar a “Figueira da Foz: Do Homem ao Território”, pela voz de um arqueólogo e de um antropólogo, que vão dar a conhecer a história de objectos singulares.

Águas do Baixo Mondego preocupada com agravamento dos custos da electricidade

AÁguas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG) manifestou-se preocupada com um “aumento inesperado” de quase 400% dos custos da electricidade, desde Agosto, o que abala a gestão financeira da empresa no resto do ano. “Temos um aumento próximo dos 400% de um dia para o outro, o que nos deixa perplexos”, disse o director-geral da ABMG, Nuno Campilho.

Entretanto, a empresa alertou a população que serve, nos concelhos de Mira, Montemor-o-Velho e Soure, distrito de Coimbra, que “apresenta evidências de um aumento significativo de quase 400% nas últimas facturas da EDP”. A factura mais recente, de apenas um dos mais de 200 contratos que a ABMG tem com a EDP, “sofreu um aumento de quase 400%”, explica.

A penúltima factura, “correspondente ao período de facturação de 02 a 19 de Agosto (17 dias, portanto), apresenta um valor total de 1.788,08 euros, calculado de entre quatro escalões tarifários que perfaziam, grosso modo, 0,10 euros por kW/h”, adianta a ABMG.

“É uma surpresa brutal e a todos os títulos inacreditável”, declarou Nuno Campilho, alertando para o impacto que estes aumentos da energia “vão ter nos custos operacionais para manter a empresa sustentável”.

É de 800 mil euros o montante reservado para electricidade no or-

çamento de 2022 da ABMG, actualmente presidida por Emílio Torrão, que lidera também a Câmara de Montemor-o-Velho e a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.

Segundo a estimativa do director-geral, tendo em conta os novos valores das facturas da EDP que a empresa intermunicipal espera receber, o total dos encargos com electricidade para este ano “deverá passar para três milhões de euros”, até 31 de Dezembro, quase quatro vezes mais do que o valor orçamentado, “custos que se tornam incomportáveis”.

“Não era nada expectável. Estamos agora um bocadinho com o coração nas mãos”, disse Nuno Campilho.

Nesta quinta-feira (30), ao informar os consumidores da situação, a ABMG escreveu, no título da nota, que está “em choque com factura de electricidade” a pagar à EDP.

Com sede na Carapinheira, município de Montemor-o-Velho, a empresa assegura o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais a um universo de 30 mil clientes, entre entidades privadas e públicas e famílias, e 53 mil habitantes.

Festas de S. Miguel em Penela obriga a cortes de trânsito

No âmbito das Festas de S. Miguel, em Penela, vão ocorrer cortes de trânsito e condicionamentos de estacionamento, no próximo fim-de-semana (1 e 2). A autarquia vai também colocar ao serviço da população e visitantes, gratuitamente, um autocarro que vai passar com a frequência de 20/30 minutos em diversos parques de estacionamento periféricos, na sexta-feira, das 21h00 às 1h30 e, no sábado, das 20h00 às 1h00, excepto no período dos concertos.

O percurso passa na Zona Industrial de Penela (junto ao Parque Logístico) para en-

trada norte na vila, com paragem na Ponte do Espinhal. Será realizado um segundo percurso desde a Frijobel até à entrada norte na vila.

A realização das Festas de S. Miguel implica diversos cortes de trânsito e condicionamentos de estacionamento.

A partir de hoje (30), a Avenida Bombeiros Voluntários de Penela vai estar condicionada ao trânsito automóvel, para garantir a segurança no recinto da FAGRIP. Será permitido apenas o acesso a residentes no regresso a casa, sendo totalmente interdita a partir das 20h00. Pelos mesmos motivos, no fim-de-semana, a Avenida Bombeiros

Voluntários de Penela vai estar cortada à circulação rodoviária.

Amanhã (sábado), poderá existir algum condicionamento na Rua Nossa Senhora da Conceição e Rua de Coimbra, para garantir a segurança dos feirantes que já possam estar a montar as estruturas para a feira anual de S. Miguel. No domingo (2), a Rua Nossa Senhora da Conceição e a Rua de Coimbra vão estar encerradas todo o dia ao trânsito automóvel. Para além disso, solicita-se, aos residentes nestas ruas que não estacionem as suas viaturas durante o fim-de-semana na via.

Basquetebol com os olhos na Proliga

OGinásio Clube Figueirense já tem preparado a nova equipa sénior de basquetebol que esta época participa no campeonato nacional CN1, cujos objectivos são regressar à Proliga, um escalão que preenche os ideais do clube sem investir muito dinheiro, permitindo que os seus atletas, depois de percorrer toda a formação, possam chegar à equipa principal.

O clube sempre foi organizado, apostando nas várias modalidades, mas pugnado pelas infra-estruturas, sem esquecer a sua manutenção constante, o equilíbrio financeiro, bem como a dignificação e prestígio da vida social e recreativa do Ginásio. Há muito que o Ginásio para manter contas equilibradas e estabilidade financeira, abandonou as políticas de ter boas equipas profissionais, passou a utilizar mais a “prata da casa” e neste período complicado da pandemia, os campeonatos nem sempre foram bem geridos pelos seus promotores, o que levou o Ginásio, por opção, a baixar de divisão.

Agora que estamos a poucas semanas do arranque do campeonato sénior de basquetebol, o Ginásio Figueirense deu já a conhecer a sua equipa principal, que tem em António Pires o coordenador principal entre os jogadores e a direcção, está ciente que nestes escalões “subir

não é tarefa fácil” e embora o Clube se tenha preparado o melhor possível dentro das suas possibilidades, “o CN1 é um campeonato muito competitivo, cheio de bons valores, onde a Proliga é o nosso objectivo” concluiu.

Já para João Mota que há mais de 15 anos treina equipas do Ginásio, é o responsável pelos seniores nas últimas oito épocas, garante que “está tudo pronto, passar a primeira fase é o objectivo” até porque “o Ginásio não é equipa para este campeonato do CN1”.

Convém lembrar que o Basquetebol não é a secção desportiva mais antiga do Clube, mas pratica a modalidade desde 1930, ininterruptamente.

Equipa sénior 2022/2023:

NomePosiçãoEx-Clube

Leonardo SantarinoBaseAcadémica

Leonardo Maio Extremo/poste Beira-Mar

Bernardo Neves Base/Extremo Esgueira

Dário Furtado Poste Sport Conimbricense

Bruno Martins Base/Extremo Académica

Jadakiss Williams Poste Harris Stowe State University

Jervae Robinson Base/Extremo Washington State University

João Mota Base Ginásio

Gonçalo Barbosa Poste Ginásio

Nuno Bonfim Extremo Ginásio

Bruno Roxo Extremo/Poste Ginásio

Daniel Ceifa Base Ginásio

Recorde-se que no seu palmarés, o Ginásio conquistou nove títulos de campeão nacional, três títulos de vice-campeão e uma vitória na Taça de Portugal:

Campeão Nacional da 2ª Divisão em 1968/69, 1987/88 e 1991/92;

Campeão Nacional da 1ª Divisão em 1976/77;

Campeão Nacional de Juvenis masculinos (sub-16) em 1984/85 e 2010-11;

Campeão Nacional de Juniores masculinos (sub-18) em 1985/86;

Campeão Nacional de Juvenis femininos em 1986/87;

Campeão Nacional de Iniciados masculinos (sub-14) em 2008/09.

Os títulos de vice-Campeão foram obtidos nas épocas de 1977/78 (1ª Divisão), 2005-06 (Liga Profissional), 2011-12 (sub16) e a vitória na Taça de Portugal foi em 1976/77. Em 2006/07, a equipa satélite, designada de Infante de Montemor-Ginásio, venceu o Campeonato Nacional da CNB2 (4º nível).

Com a designação de Casino Ginásio, a equipa principal competiu 15 épocas na Liga Profissional (LCB – LPB), entre 199798 e 2011-12, tendo registado 9 presenças nos play-off, sendo vice-Campeã, conforme já assinalado, em 2005-06, e vencendo o Torneio dos Campeões em 2003-04

Deputada Fátima Ramos questiona incumprimento de medidas de redução de portagens

Adeputada Fátima Ramos questionou, durante a Comissão de Administração Pública e Ordenamento do Território na Audição Regimental da Ministra da Coesão, Ana Abrunhosa sobre o incumprimento da proposta apresentada pelo PSD e que entrou em vigor em Julho de 2021. A referida proposta contempla uma redução na taxa das portagens em 50% nas ex-scuts, que vigora desde 1 de Julho do ano passado. De

acordo com a sua intervenção esta proposta foi feita “em nome da coesão territorial porque sabemos que era um importante factor que prejudicava estes concelhos do Interior”.

Durante a comissão, Fátima Ramos relembrou que, com a apresentação da proposta o PSD, teve também a intenção de fazer ”justiça em relação à coesão porque tinha sido apoiada a redução de tarifários nos transportes públicos e quase a totalida-

de desses concelhos não os tem”.

A deputada aproveitou ainda a ocasião para questionar: o facto da auto-estrada do Pinhal Interior (A13) não ter sido considerada tendo em conta que serve os concelhos mais fustigados pelos incêndios de 2017; se se prevê que a mesma seja agora incluída no orçamento que vão apresentar e, caso o seja, se contam que exista retroactividade nos descontos.

Agosto foi o melhor mês de sempre para a actividade turística no Centro de Portugal

Agosto de 2022 foi o melhor mês de sempre para a actividade turística no Centro de Portugal, tanto em número de dormidas como em hóspedes. Números provisórios dados esta sexta-feira (30) a conhecer pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, relativos a Agosto, mostram igualmente que a procura da região está a crescer acima da média nacional.

Este mês, em comparação com o mesmo mês de 2019, que era a referência máxima, o total de dormidas aumentou cerca de 7% no Centro de Portugal: verificaram-se 1.151.520 dormidas em Agosto de 2022 - estas foram 1.075.817 no mesmo mês de 2019 - num crescimento de 75.703 dormidas. Este aumento de 7% superou a média nacional, que subiu 2,8%.

A subida foi mais notória entre os visitantes nacionais, cujas dormidas cresceram 14,3%, para 700.046, entre Agosto de 2019 e Agosto de 2022. Uma demonstração de que, ano após ano, o Centro de Portugal é um destino que reúne a preferência de cada vez mais residentes no nosso país. De notar que as dormidas com origem no estrangeiro estão cada vez mais próximas dos valores recorde, apesar da conjuntura internacional difícil: foram 451.474 em Agosto de 2022, face a 463.388 no mesmo mês de 2019. Para se ter uma melhor percepção da recuperação, em Agosto de 2021 este indicador foi de apenas 227.172 dormidas.

Relativamente ao número de hóspedes, o Centro de Portugal cresceu 3,2%. Em Agosto de 2019 tinham sido registados 541.183 hóspedes na região. Em Agosto de 2022 foram 558.479.

Resultados do Verão são muito positivos

Esta tendência de subida torna-se ainda mais expressiva se analisarmos os meses tradicionalmente mais associados às férias de Verão. Assim, nos três meses de Junho, Julho e Agosto de 2022, o total de dormidas na região foi de 2,67 milhões, face aos 2,54 milhões de 2019 – uma subida de cerca de 130 mil dormidas, ou de 5,1%. Neste período, as dormidas dos visitantes nacionais na região cresceram 15,5%.

Se consideramos o conjunto acumulado do ano, de Janeiro a Agosto de 2022, os números do Centro de Por-

tugal são também muito positivos, deixando antever que este vai ser o melhor ano de sempre para o turismo na região: entre Janeiro e Agosto, as dormidas aumentaram de 4,844 milhões, em 2019, para 4,846 milhões, em 2022.

“Os números agora conhecidos relativos a Agosto constituem um grande estímulo para a região Centro de Portugal. São resultados extremamente animadores para os empresários e para quem vive nestes territórios. É para todos eles que trabalhamos todos os dias”, salienta Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal.

“É de saudar, em especial, a preferência clara dos nossos compatriotas pelo Centro de Portugal: nunca tantos visitantes portugueses dormiram na região como em Agosto deste ano. Mas há que aplaudir também o regresso dos mercados internacionais, em número que se aproxima dos melhores meses de sempre e apesar das dificuldades pós-pandemia”, acrescenta Pedro Machado.