“Campeão das Províncias” - 12/10/2022

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 2022 | N.º 619 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL VESPERTINO DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 22 PÁGINAS OLIVEIRA DO HOSPITAL HOMENAGEIA ESTE SÁBADO VÍTIMAS DOS INCÊNDIOS DE 2017

Oliveira do Hospital evoca memória das vítimas dos incêndios de 2017

Oscinco anos do incêndio de Outubro de 2017, que assolou todo o município de Oliveira do Hospital, vão ser assinalados, este sábado (15), a partir das 17h00, com uma romagem aos cemitérios e uma cerimónia evocativa em memória das treze vítimas mortais.

O Executivo da Câmara

Municipal vai participar na romagem aos cemitérios das localidades do concelho onde se encontram sepultadas as vítimas mortais do grande incêndio do dia 15 de Outubro de 2017.

Serão depositadas coroas de flores nos cemitérios de Avô, Ervedal da Beira, Nogueira do Cravo, São Gião,

São Paio de Gramaços, cemitério velho de Oliveira do Hospital, Travanca de Lagos e Vila Pouca da Beira. Às 18h00, os sinos das igrejas tocam 13 badaladas em homenagem às vítimas mortais e será celebrada uma missa na Igreja Matriz de Oliveira do Hospital, acompanhada pelo Coral Sant’Ana.

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QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 20224 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf nós podemos ajudá-lo! FALE CONNOSCO. a sua empresa PROMOVAAQUI CONTACTE-NOS: 239 497 750 // 917 039 033 jornalcp.adelaidepinto@gmail.com

São Paulo de Frades vai criar monografia para preservar cultura da região

OExecutivo da União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades anunciou que vai fazer uma aposta forte e importante na cultura da região com a criação da monografia da freguesia de São Paulo de Frades.

De forma a não perder as particularidades desta terra e do seu povo, o seu presidente Luís Correia e em particular o último presidente da freguesia de São Paulo de Frades, Hélio Paulino, alia-se ao historiador João Pinho que por sua vez se dedica já há mais de duas décadas ao estudo do poder local e municipalismo, com especial relevo para a história local e regional, designadamente, a História das Freguesias.

Os trabalhos para a criação desta monografia já se iniciaram a meio do ano com o levantamento, análise e estudo da documentação do arquivo da Junta e do Arquivo Histórico Municipal de Coimbra. Será também importante a participação da comunidade para o desenvolvimento do projecto, nomeadamente através da cedência de materiais, tais como: fotografias, livros antigos, depoimentos e outros registos,

que possam conduzir ao engrandecimento e valorização final da obra.

Segundo João Pinho, o autor que irá dar vida a esta obra, é de realçar que só com o estudo de todas as comunidades/freguesias será possível perceber a génese e evolução do município em toda a sua amplitude, em especial o aprofundamento do conhecimento sobre as dinâmicas entre o centro e a periferia, o urbano e o rural. Nomeadamente, como funcionou ao

longo dos séculos a articulação entre a cidade e o termo coimbrão.

Luís Correia indica que este é um grande investimento por parte do actual Executivo para preservar a memória e a identidade do povo que fez e faz parte da Freguesia de São Paulo de Frades.

A monografia de São Paulo de Frades contém várias continuidades da monografia da Freguesia de Eiras, do mesmo autor, lançada em 2008, prevê-se estar concluída em 2025.

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Covid-19: Cerca de 40% dos jovens europeus tiveram dificuldade em lidar com confinamento

Cátia Barbosa (Porto)

Cerca de 40% dos jovens europeus tiveram dificuldades em lidar com as medidas dos confinamentos resultantes da Covid-19. É isso que revela o mais recente estudo produzido pela Youth Wiki, que analisa como é que a Europa enfrentou os desafios relacionados com o bem-estar mental e emocional dos jovens durante a pandemia. “A investigação faz parte dos esforços da Comissão Europeia para melhorar o bem-estar mental e reduzir o estigma das questões de saúde mental”, pode ler-se em comunicado.

O relatório da União Europeia (UE) revela ainda que “os jovens europeus que já possuíam problemas emocionais e mentais tiveram a sua situação agravada, devido ao sentido de isolamento e restrições à mobilidade provocadas por estas medidas”. De recordar que, durante a pandemia, os países da Europa adoptaram

várias estratégias com vista a combater os desafios de saúde mental nos mais jovens.

O reforço do apoio psicológico nas escolas, tanto pelo aumento do número de psicólogos e conselheiros disponíveis para os estudantes, como pela formação de pessoal escolar para reconhecer e lidar com sinais de distúrbios mentais foram algumas das abordagens adoptadas.

De acordo com a Comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, “todos nos preocupamos profundamente com o bem-estar emocional dos nossos jovens. Após uma pandemia e com uma guerra em solo europeu, este relatório sobre a saúde mental dos jovens chega no momento certo”.

A mesma responsável garante ainda estar satisfeita com a forma como os Estados-Membros da UE estão a enfrentar estes desafios. “Estes esforços têm de continuar

para permitir que os jovens prosperem, agora e nos próximos anos, e a Comissão estará sempre aqui para prestar apoio”, sublinha.

Em Portugal, a saúde mental é um assunto cada vez mais abordado. Um estudo recente revelado pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, realizado em mais de 150 escolas de norte a sul do país, concluiu que 42% dos jovens têm sintomas de depressão.

Nesse sentido, e no âmbito do Ano Europeu da Juventude, o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) está a desenvolver várias iniciativas para alertar os jovens para o tema da saúde mental, nomeadamente, através da realização dos “Dias Abertos” do programa Cuida-te +, em diversos pontos do país, ou o projecto Connect Yourself, que pretende capacitar os jovens para a sua autonomia e participação pró-activa e informada.

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Páteo do Casino

aposta e apresenta nova carta

Orestaurante Páteo do Casino Figueira tem, desde a passada segunda-feira (10), uma nova Carta da responsabilidade do chef André Rolo, que continua a apostar na riqueza da gastronomia tradicional portuguesa com mão de autor.

Com uma decoração inspirada na Figueira da Foz, algumas das suas paredes estão compostas por painéis de conchas que transmitem um ambiente descontraído para desfrutar do melhor da gastronomia.

Adepto incondicional da cozinha tradicional portuguesa, o chef André Rolo percorre algumas das principais referências gastronómicas, recorrendo a produtos da região e a técnicas inovadoras características da gastronomia contemporânea, tentando sempre imprimir-lhe um toque de autor.

Das ovas de bacalhau crocantes, do arroz caldoso de tamboril e mariscos ao linguini “tinta de choco” de camarão e da francesinha à selecção de “cortes e carnes”, entre outros pratos, a nova carta do Páteo é um teste à criatividade do chef e aos sabores frescos do mercado. Também os vinhos vão ter uma

nova carta, resultado de uma escolha que privilegia alguns dos melhores vinhos das principais regiões vitivinícolas nacionais.

Aberto diariamente a partir das 19h30, o Páteo oferece condições especiais e descontos aos detentores do Cartão Casino Figueira Club.

O Páteo, nome inspirado no celebre átrio do Casino Peninsular – Pátio das Galinhas, espaço mítico da cidade, símbolo de convívio, entretenimento e o coração da Figueira da Foz, pretende tornar-se um espaço de referência da cidade e da região Centro.

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FIGUEIRA DA FOZ

POR

EDIÇÃO

EUROS ANUAIS

PAPEL, ENVIADA

qualidade,

de nós

de nós

a cumprir

nos esforçamos

respeito pela verdade.

colectivo.

todos os dias.

cada

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DART: um “Kamikaze” espacial

Luís Monteiro (Médico)

Os filmes catástrofe de Hollywood são muitos e variados, mas têm alguns temas recorrentes. Um dos mais frequentes envolve a colisão de um enorme asteróide ou cometa com o nosso planeta. Felizmente a real probabilidade de tal aconte-

cer é bastante reduzida, mas não totalmente impossível. Recordemos a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos. Portanto, alguns cientistas têm reflectido sobre o assunto, propondo soluções. Para sabermos se estas ideias serão realmente eficazes temos de usar o método científico: testar, observar e aprender. E foi mesmo isso que aconteceu no passado dia 26 de Setembro. Nesse dia uma sonda espacial atingiu, de propósito, o asteróide Dimorphos (que significa “duas formas”), que mede 160 metros de diâmetro, a cerca de 22.500 quilómetros/hora. O objectivo não era, como na ficção, destruir o corpo celeste, pois tal não é possível. A meta é mais modesta: pretende-se diminuir ligeiramente o tempo que esse asteróide demora para orbitar a lua Didymos que tem 780 metros de diâmetro e que em grego significa gémeos. E é por isso que este projecto da NASA

é intitulado de “teste de redireccionamento de asteróide duplo”, ou simplesmente “DART”. O leitor mais ansioso pode ficar tranquilo pois este sistema binário não representa qualquer ameaça para o nosso planeta, dado que se encontra a mais de 11 milhões de quilómetros da Terra. O plano foi executado na perfeição e no site da agência espacial americana já é possível ver as imagens verdadeiramente espectaculares do impacto. E qual é o próximo passo do DART? Seguem-se observações e medições para percebermos como ficou efectivamente a órbita de Dimorphos. Se tivermos sucesso poderemos no futuro abordar um hipotético grande asteróide ameaçador desta forma. Assim evitaremos a colisão com o nosso ponto azul alterando a sua rota através de sondas enviadas em estilo “kamikaze”. Será um “tiro ao alvo” espacial com um final feliz graças à ciência.

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Arganil avança com reflorestação, mas teme que a burocracia mate “uma boa ideia”

Arganil tem vários projectos em mãos para reflorestar mais de 6.500 hectares do seu território afectado pelos incêndios de Outubro de 2017, mas o município teme que a burocracia associada a um instrumento do Estado mate “uma boa ideia”.

Arganil, no interior do distrito de Coimbra, foi um dos concelhos mais afectados pelos incêndios de 2017 e ali começou o segundo maior incêndio de sempre em Portugal, de acordo com a Comissão Técnica Independente (o primeiro teve também origem a 15 de Outubro, na Lousã).

Desde o início, foram dinamizadas várias acções de plantação com recurso a voluntariado para tentar recuperar um território cuja área florestal ardeu quase por completo, mas o projecto de maior alcance em Arganil surgiu em 2020, com um investimento de cinco milhões de euros do grupo Jerónimo Martins, numa iniciativa com um plano pensado a 40 anos e uma área de intervenção de 2.500 hectares.

Ao mesmo tempo, o concelho procura dinamizar a reflorestação de mais de 4.000 hectares associados às áreas integradas de gestão de paisagem (AIGP), medida apoiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), disse o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa. Se no processo que junta Câmara, baldios e a Jerónimo Martins a reflorestação já avançou, no caso dos 4.000 hectares associados às AIGP, pode haver problemas na sua execução.

Apesar de Luís Paulo Costa considerar que as AIGP “podem fazer toda a diferença”, por ser um projecto com financiamento associado ao longo de vários anos e que permite a intervenção em terrenos privados, o autarca assumiu alguns receios quanto à forma como está desenhado.

“As energias deviam estar focadas na definição do modelo para cada uma das parcelas, diagnóstico dos terrenos, como as inclinações ou solos, que foi o que aconteceu no projecto da Serra do Açor, mas não. Estamos focados na questão burocrática”, apontou.

O autarca exemplificou: “Uma das AIGP prevê alterar o modelo florestal numa área em que há dez mil prédios rústicos. O promotor tem de falar com cada um dos proprietários”. Segundo o presidente da Câmara, o modelo obriga a tentar contactar e localizar cada um dos proprietários, o que leva a “um esforço burocrático brutal”.

“Não sei se seria possível, do ponto de vista legal, esta componente estar mais aliviada, mas tenho muito medo que se gaste o tempo todo com esta intervenção”, apontou.

Passados cinco anos dos incêndios de Outubro de 2017, as diferentes tentativas de mudar a paisagem do território de Arganil estão em pontos de desenvolvimento distintos e com resultados variados.

A SOS Arganil, criada após os incêndios, tentou capitalizar a vontade de empresas ajudarem o território para acções concretas de plantação, tendo plantado, entre 2018 e 2021, 40 mil árvores em seis acções de reflorestação, disse à agência Lusa o responsável da associação, Rodrigo Oliveira.

No entanto, dessas seis acções, apenas três conseguiram assegurar uma boa taxa de sobrevivência das árvores plantadas, exactamente nos locais onde foi possível assegurar um acompanhamento das plantações, explicou. “Em algumas plantações, por falta de água ou de acompanhamento, não correu tão bem”, notou Rodrigo Oliveira.

Para o presidente da Câmara de Arganil, “este tipo de projectos de voluntariado sofre de um problema de partida” por estar focado na plantação das árvores. “A plantação representa apenas 10% do esforço para levar uma árvore até à sua idade adulta com algum sucesso. Se não acontecerem os outros 90%, esses 10% perdem-se rapidamente”, comentou.

Foi também com base nesse problema que o Município quis avançar com o projecto “Floresta Serra do Açor”, pensado para 40 anos e com instrumentos financeiros para assegurar a sobrevivência das árvores plantadas, salientou.

Apesar de todos os problemas relacionados com as AIGP, Luís Paulo Costa mantém confiança que esse instrumento conjugado com a intervenção na Serra do Açor possa mudar a paisagem do território, numa área de intervenção global superior ao território total de vários concelhos do país.

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INCÊNDIOS 2017: BALANÇO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Fogos de Outubro de 2017 provocaram 50 mortos e deixaram rasto de destruição

Os incêndios registados em Outubro de 2017 levaram à morte de 50 pessoas e deixaram um rasto de destruição em mais de três dezenas de concelhos de seis distritos da região Centro. Além das 50 mortes, metade das quais no distrito de Coimbra, os fogos de 15 e 16 de Outubro provocaram 70 feridos e destruíram total ou parcialmente cerca de milhar e meio de casas e mais de 500 empresas. As chamas obrigaram a evacuar localidades, a realojar populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O maior número de mortos registou-se nos distritos de Coimbra (13 no concelho de Oliveira do Hospital e 12 nos de Arganil, Pampilhosa da Serra, Penacova e Tábua) e de Viseu (17 nos concelhos de Carregal do Sal, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão e Tondela). Os restantes falecimentos ocorreram na auto-estrada Aveiro-Vilar Formoso (A25), nas zonas de Sever do Vouga (Aveiro) e de Pinhel (Guarda), e no concelho de Seia (Guarda).

A região Centro viveu esta tragédia três meses depois de uma outra, que já tinha provocado 66 mortos e 253 feridos. Em 17 de Junho, as chamas deflagraram no município de Pedrógão Grande, no interior do distrito de Leiria, e alastraram a concelhos vizinhos.

Os incêndios de Pedrógão Grande atingiram cerca de meio milhar de casas e quase 50 empresas, e devastaram 53 mil hectares de território, 20 mil hectares dos quais de floresta.

Em Outubro, dos municípios da região Centro por onde as chamas passaram, foram mais gravemente afectados os de Castelo de Paiva e Vagos (distrito de Aveiro); Oleiros e Sertã (Castelo Branco); Arganil, Figueira da Foz, Lousã, Mira, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Tábua e Vila Nova de Poiares (Coimbra); Gouveia e Seia (Guarda); Alcobaça, Marinha Grande e Pombal (Leiria); e Carregal do Sal, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Tondela e Vouzela (Viseu).

No que respeita aos patrimónios edificado e natural, os incêndios de Outubro tiveram “uma dimensão muitíssimo superior” aos de Junho, destruindo, total ou parcialmente, 1.483 casas, segundo disse o primeiro-ministro, António Costa, em Dezembro desse ano. Actualmente, duas das 823 habitações destruídas e abrangidas pelos apoios do Estado estão ainda a ser recuperadas, referiu a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

Situadas nos municípios de Oleiros e de Oliveira do Hospital, as duas habitações “correspondem a um apoio cujo beneficiário optou por assumir a reconstrução da habitação e a um apoio para aquisição de um imóvel cuja conclusão do respectivo procedimento está dependente do beneficiário”, esclareceu.

Em 28 concelhos dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, o fogo atingiu 516 empresas, com prejuízos directos (designadamente edificado, máquinas e stocks) da ordem dos 270 milhões de euros.

De acordo com a CCDRC, cinco anos depois, os pagamentos dos

apoios às empresas afectadas pelos incêndios de Outubro de 2017 rondam os 90,1 milhões de euros, faltando entregar 11,3 milhões. Os prejuízos foram também grandes na agricultura e na agro-pecuária, com a destruição de extensas áreas de floresta e a morte de milhares de animais.

Milhares de postos de trabalho e o suporte económico de muitos dos concelhos afectados ficaram em risco devido a estes incêndios, que provocaram também falhas em serviços essenciais, como energia, água e comunicações.

Um relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) referiu que foram atingidos mais de 220 mil hectares de território na região Centro, cerca de 190 mil hectares dos quais de floresta (quase 90% de pinheiro-bravo e de eucalipto).

O Pinhal de Leiria, na Marinha Grande, ficou reduzido a cerca de 20% da sua extensão (mais de 11 mil hectares). Foram também atingidas áreas florestadas contíguas, a Norte e a Sul, para as matas nacionais de Quiaios (Figueira da Foz), onde arderam mais de três mil hectares (cerca de 50% da sua área), e da Margaraça (Arganil), classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa, que perdeu cerca de 70% da flora, e ainda para o Parque Natural da Serra da Estrela.

Segundo o relatório da CTI, os incêndios que deflagraram em 15 de Outubro em Côja (no concelho de Arganil) e em Vilarinho (Lousã) foram “os dois maiores de sempre em Portugal”, na sequência dos quais foram atingidos mais de 48.500 hectares e cerca de 45.500 hectares.

As chamas que, no mesmo dia, tiveram início em Figueiredo (Sertã) alastraram a mais de 32 mil hectares e em Quiaios a cerca de 18.500 hectares, área idêntica à afectada pelo fogo de Pataias (Alcobaça). Em Seia, os incêndios que, também nesse dia, tiveram início em Sandomil e no Sabugueiro, afectaram mais de 20 mil hectares.

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INCÊNDIOS 2017: BALANÇO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
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Empresas receberam 90,1 dos 101,4 milhões de euros dos apoios concedidos

Ospagamentos dos apoios às empresas afectadas pelos incêndios de Outubro de 2017 rondam os 90,1 milhões de euros, faltando entregar 11,3 milhões, segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

De um total de 422 empresas lesadas há cinco anos e que apresentaram candidaturas ao Sistema de Apoio à Reposição da Competitividade e Capacidades Produtivas (REPOR), tinham sido “aprovadas 357 operações com um apoio de 101,4 milhões de euros e os pagamentos já efectuados totalizam o valor de 90,1 milhões de euros”, de acordo com dados da CCDRC actualizados no dia 30 de Setembro.

“O REPOR teve como objectivo a recuperação dos activos empresariais danificados pelos incêndios de dia 15 de Outubro de 2017, nos municípios das regiões Centro e Norte particularmente afectados, tendo sido apoiadas, nomeadamente, a aquisição de máquinas, de equipamentos e de material

circulante de utilização produtiva e as despesas associadas a obras de construção necessárias à reposição da capacidade produtiva”, recorda a comissão no espaço “Reerguer dos incêndios”, inserido no site.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, fez um balanço “claramente positivo” da aplicação do REPOR e do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente (PARHP).

No incêndio de 15 de Ou-

tubro de 2017, cuja principal frente começou no concelho da Lousã, morreram 50 pessoas e cerca de 70 ficaram feridas, tendo sido destruídas total ou parcialmente cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas, além de infra-estruturas públicas, explorações e alfaias agrícolas, viaturas, pastagens e rebanhos.

O município de Oliveira do Hospital foi um dos mais afectados, com 13 mortos e 97% da área florestal ardida.

13QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
INCÊNDIOS 2017: BALANÇO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Estão ainda por recuperar duas das casas destruídas pelos fogos

Segundo

a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), duas das 823 habitações destruídas pelos incêndios de 15 de Outubro de 2017 e abrangidas pelos apoios do Estado estão ainda a ser recuperadas. Estas duas casas de uso permanente, cujas obras não estão concluídas cinco anos após os fogos, situam-se nos municípios de Oleiros e Oliveira do Hospital, nos distritos de Castelo Branco e Coimbra, respectivamente.

“As duas habitações referidas correspondem a um apoio cujo beneficiário optou por assumir a reconstrução da habitação e a um apoio para aquisição de um imóvel cuja conclusão do respectivo procedimento está dependente do beneficiário”, esclareceu a CCDRC, com sede em Coimbra, através do espaço “Reerguer dos incêndios”, no seu site.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, fez um ponto de situação “claramente positivo” da aplicação do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente (PARHP) e do Sistema de Apoio à Reposição da Competitividade e Capacidades Produtivas (REPOR). Isabel Da-

masceno recordou que “os incêndios de grandes dimensões” que atingiram, há cinco anos, cerca de 30 municípios de vários distritos da região Centro, “determinaram a criação de medidas excepcionais e urgentes de apoio, para acudir às necessidades mais prementes das populações afectadas, designadamente na reparação de danos e prejuízos sofridos nas habitações permanentes, nas empresas e nas infra-estruturas municipais”.

“À medida que vai ocorrendo o afastamento no tempo e tendo em conta a dimensão da tragédia, a especificidade dos territórios, a variedade de problemas burocráticos e a fragilidade das pessoas atingidas, o balanço da implementação do PARHP e do REPOR é claramente positivo”, afirmou.

No total, o Estado atribuiu cerca de 60 milhões de euros de apoio à reconstrução de casas, dando resposta aos 849 pedidos com enquadramento no PARHP. Destes, 26 referiam-se “exclusivamente ao apetrechamento de habitações”, cuja despesa rondou os 62,5 milhões de euros. Para as 464 reabilitações parciais, foram concedidos quase 8,4 milhões de euros, enquanto

as 359 reconstruções totais ultrapassaram ligeiramente os 51,3 milhões de euros. Do total de processos acolhidas pela CCDRC, estão encerrados 99,76%, estando em execução os restantes 0,24%.

Este programa envolveu a reconstrução parcial ou total de 823 casas, “das quais estão concluídas 821 habitações e em diferentes fases de execução duas”, de acordo com os dados da CCDRC, actualizados a 30 de Setembro.

Para a reconstrução de casas, o organismo público recebeu 1.340 pedidos de apoio, dos quais 849 foram abrangidos pelos requisitos do PARHP. “Isto significa que houve 491 pedidos de apoio que não tiveram acolhimento no PARHP, o que correspondeu a cerca de 36,64% dos pedidos”.

A CCDRC adiantou que “os principais motivos para a recusa de apoio” foram os seguintes: “as famílias não usavam as habitações de forma permanente, as habitações não eram legais do ponto de vista urbanístico e não eram passíveis de legalização, a titularidade ou propriedade das habitações não estava regularizada, as habitações já estavam devolutas à data do incêndio, as famílias receberam indemnizações de seguros contratados que não declararam ao PARHP e verificou-se o incumprimento das obrigações relativas à entrega das informações e da documentação necessárias à verificação da aplicação regular dos apoios”.

No incêndio de 15 de Outubro de 2017, cuja principal frente começou no concelho da Lousã, morreram 50 pessoas e cerca de 70 ficaram feridas, tendo sido destruídas total ou parcialmente cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas, além de infra-estruturas públicas, explorações e alfaias agrícolas, viaturas, pastagens e rebanhos.

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INCÊNDIOS 2017: BALANÇO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Número de estrangeiros continua a aumentar no Interior da região de Coimbra

Os concelhos do interior da região de Coimbra afectados pelos incêndios de Outubro de 2017 viram a população estrangeira continuar a aumentar nos últimos cinco anos, com os fogos a não abrandarem as dinâmicas já estabelecidas.

Se após os fogos de 2017 havia o receio de que os fluxos migratórios de cidadãos estrangeiros, em especial da Europa central e do Reino Unido, pudessem estagnar, os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) apontam para um crescimento contínuo da população nos concelhos do interior da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.

Arganil, com uma comunidade já estabelecida antes dos fogos na zona de Benfeita, viu o número de cidadãos estrangeiros duplicar entre 2016 e 2021, passando de 368 cidadãos com estatuto legal de residente para 741.

Relativamente aos municípios afectados pelos fogos de Outubro de 2017, aquele concelho só é superado em número por Oliveira do Hospital, que continua a ser o município do interior do distrito com mais residentes estrangeiros (866), com um aumento de 69% em cinco anos. Em terceiro lugar, está Tábua, com 688 residentes estrangeiros, tendo aumentado 67% no espaço de cinco anos.

Já Mortágua registou um aumento de 85% de estrangeiros e Penacova de 116%, passando a contar com 208 residentes estrangeiros no concelho.

João Portugal, agente imobiliário desde 2013, abriu uma agência em 2020, trabalhando essencialmente os concelhos de Arganil e Tábua. Fala de muita procura nos anos mais recentes e sublinha que 80% dos seus clientes são estrangeiros.

“Em 2021, dupliquei a facturação e este ano vou voltar a duplicar”, realçou, considerando que os incêndios não vieram alterar as dinâmicas já estabelecidas de estrangeiros que procuram casas no interior do distrito de Coimbra.

Para isso, contribui também o facto de já existir “uma forte comunidade de estrangeiros” e de as autarquias estarem mais abertas a estas dinâmicas. “Ao contrário do início, que eram clientes jovens que vinham à procura de ruínas de 30 ou 40 mil euros, agora são pessoas mais velhas que compram

casas a pronto para viver a reforma. Ainda se encontram casais jovens, mas acima de tudo são reformados”, realçou.

Também Nuno Fernandes, responsável de uma outra imobiliária na região, salienta que, se nos primeiros meses, os incêndios abalaram “um bocado o mercado”, depois “voltou-se ao ritmo normal”.

Com 90% dos seus clientes estrangeiros e a trabalhar no território há 15 anos, o agente imobiliário sublinha que “há muitas pessoas que vêm apesar de algum receio dos incêndios”. Frisou, ainda, que “houve muitos a quererem também vender depois dos incêndios, mas os que entraram superam bastante os que saíram”.

O perfil continua a ser bastante heterogéneo, nota, referindo que tanto há estrangeiros à procura de alcançarem a auto-suficiência com a compra de quintas, assim como idosos que vivem das suas reformas, jovens que têm trabalhos remotos ou ainda alguns empreendedores que criam negócios de turismo rural.

“A população continua a crescer”, nota o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, sublinhando que os cidadãos estrangeiros no concelho estão “bem integrados” e assumem-se como uma peça “muito importante” para o município.

15QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
INCÊNDIOS 2017: BALANÇO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
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Vencedores do Fikalab ISEC Challenge vão ser conhecidos dia 19

Oconcurso Fikalab ISEC Challenge vai expor os protótipos dos participantes da quarta edição do programa, no dia 19 de Outubro, entre as 14h30 e as 18h00.

Vão ser anunciados tembém, nesse dia, os vencedores desta edição, pelas 17h30, que vão receber um prémio no valor de 3.000 euros.

A exposição e a cerimónia de entrega de prémios vão decorrer no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) na tenda da Feira de Engenharia (FENGE).

O Fikalab ISEC Challenge é aberto a todos os alunos do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) e desafia a montar um projecto inovador que ajude a moldar o futuro tecnológico.

Esta é uma iniciativa do Fikalab, laboratório de inovação da Critical Software, juntamente com o ISEC e com o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) que entra numa nova edição e pretende continuar a contribuir para a criação de novos projectos que tenham impacto positivo na comunidade. A Critical Software pretende incentivar os jovens a pôr a sua imaginação à prova e, com a ajuda dos recursos da empresa, montarem protótipos reais que podem ser utilizados no quotidiano.

“Na Critical Software temos várias iniciativas que incentivam os nossos jovens a pensar em projectos concretos que vão ajudar a comunidade na vida real. Neste programa, damos espaço para pensar, inovar e criar ideias fora da caixa que depois podem ser usadas e materializadas para a nossa sociedade em geral. Depois da grande afluência que tivemos na edição do ano passado, estamos muito entusiasmados para apresentar todos os protótipos e escolher um projecto ven-

cedor.” afirmou Gonçalo Silva, responsável pelo Fikalab da Critical Software.

Entre os finalistas do programa estão o CASH (Controlo Automático de Sistemas Hidropónicos), que permite controlar de forma autónoma vários parâmetros correspondentes à cultura em causa, WaterThings, uma solução integrada de medição de fluxo de água que promete revolucionar as soluções de medição de água atuais. Este projeto permite a recolha, gestão e manipulação dos dados remotamente a partir de qualquer dispositivo, tudo automatizado, algo bastante relevante para o período de seca que se vive no país e LoRa Based Real-time Indoor and Outdoor Air Quality Monitoring Device, o sistema que pretende desenvolver uma plataforma para medida da qualidade do ar exterior, bem como no interior dos edifícios, contribuindo para uma melhor informação sobre a qualidade do ar para as actividades do dia-a-dia.

17QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

XI Encontro Nacional de Dirigentes Mutualistas decorre em Coimbra

AUnião das Mutualidades Portuguesas vai promover, no dia 25, entre as 9h00 e as 12h30, na Casa da Mutualidade, d’A Previdência Portuguesa, em Coimbra, o XI Encontro Nacional de Dirigentes Mutualistas.

“Agenda 2030: + investimento, + inovação, + emprego” - é o tema central da ordem de trabalhos deste encontro que reúne os dirigentes das mutualidades de Norte a Sul do país, e que contará com a participação do Secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos.

“Trata-se de um tema estratégico para o desenvolvimento das mutualidades. É importante ficar a conhecer a programação do próximo quadro comunitário de apoio para permitir às organizações estabelecer metas e estratégias”, considera Luís Alberto Silva, presidente da União das Mutualidades Portuguesas.

Com maior detalhe e, tendo em conta o grande desafio da inovação social, será aprofundada, pela Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, a Agenda para o Impacto 2030.

Em foco, estarão ainda as várias medidas do Instituto de Emprego e Formação Profissional de apoio à contratação de recursos humanos pelas organizações do setor social.

A União das Mutualidades Portuguesas (UMP) é uma entidade de cúpula das associações mutualistas portuguesas e ocupa a vice-presidência da União Mundial das Mutualidades, em representação da Europa.

As mutualidades congregam mais de um milhão de associados e concedem benefícios complementares de segurança social, saúde e protecção social, entre outros, a mais de 2,5 milhões de portugueses.

As associações mutualistas são responsáveis por um VAB (Va-

lor Acrescentado Bruto) de 388 milhões de euros (Conta Satélite da Economia Social, 216, INE).

PROGRAMA

9h30 – Abertura - António Martins de Oliveira, p do Conselho de Administração d´A Previdência Portuguesa

- Luís Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração da União das Mutualidades Portuguesas - Ana Cortez Vaz, vereadora da Educação e Acção Social da Câmara Municipal de Coimbra - Gabriel Bastos, secretário de Estado da Segurança Social

10h00 – Agenda Portugal 2030 - Apresentação Portugal 2030

Amélia Silva, Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.  - Agenda para o Impacto 2030

Alexandra Neves, Representante da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social na Região Centro - Medidas de Apoio ao Emprego

Alberto Costa, Delegado Regional do Centro do Instituto de Emprego e Formação Profissional  José Ambrósio, Técnico Superior do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Moderação: Jorge Brandão, Vogal Executivo Centro 2020 (CCDRC)

12h30 – Encerramento

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Comboio do ISCAC

voltou a parar no Ginásio Clube Figueirense

OGinásio Figueirense voltou, esta quarta-feira (12), a receber o Comboio do ISCAC – Coimbra Business School na Figueira da Foz, trazendo cerca de 100 alunos, professores e funcionários desta instituição para lhes proporcionar um dia inteiro de actividades desportivas nas instalações do Ginásio.

Esta foi a 3.ª edição desta iniciativa, pelo que as duas anteriores ocorreram em Março de 2017 e Setembro de 2019, fazendo parte das expectativas do Clube “ampliar o sucesso verificado nas duas anteriores edições, mas desta vez a data não foi a melhor, coincidiu com as Latadas, ressacas e outras situações que impediram uma maior participação”. Depois da viagem a partir de Bencanta, chegaram à Estação da Fontela para se dirigirem ao Centro Náutico contíguo à estação, onde foram recebidos por treinadores, atletas e dirigentes do Ginásio,

que os acompanharam num dia diferente de prática desportiva.

Ficou à disposição dos alunos experimentar entre as várias modalidades: remo, tiro, stand-up paddle e BTT nas instalações do Centro Náutico, enquanto outros foram transportados em carrinhas do Clube para o Pavilhão Galamba Marques (basquetebol, voleibol, ténis de mesa, futebol e kickboxing) ou natação na piscina do Clube.

Ao final da manhã, os visitantes juntaram-se novamente no Centro Náutico para um almoço de convívio oferecido pelo Ginásio, onde o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Joaquim de Sousa, saudou os visitantes lembrando o interesse e mais-valia mútuos deste protocolo com o ISCAC e veiculando o prazer que nos dá a visita dos jovens estudantes. “Nós privilegiamos a cooperação e a amizade que isso proporciona”, disse Jo-

aquim de Sousa.

Em nome do ISCAC, o presidente Alexandre Silva agradeceu o entusiasmo de Joaquim de Sousa nestas cooperações, bem como o acolhimento e a simpatia com que foram recebidos pelo Ginásio, apelando aos estudantes para que, para seu próprio bem, pratiquem mais desporto, explicando que “não há diferenças entre Coimbra e Figueira da Foz, e que esta cooperação e laços de amizade saiu reforçada nesta iniciativa”, concluiu.

O almoço terminou com troca de lembranças, com o Ginásio Clube Figueirense a distinguir a colaboração e o entusiasmo de Ana Filipa Freitas e Isabel Lemos, bem como Alexandre Silva.

À tarde prosseguiu a prática desportiva com a troca dos praticantes para novas sessões de iniciação, após o qual a comitiva do ISCAC regressou a Bencanta de comboio ao final da tarde.

19QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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Mal entrado nas lides da segurança alimentar, componente fundamental da fileira dos DIREITOS DO CONSUMIDOR, algo de relevante, há cerca de 4 décadas, marcou de modo impressivo as nossas perspectivas em domínios de um tal jaez:

Nuns barracões nos arrabaldes de Alcobaça, Centro-Oeste, uma improvisada adega em que se produzia vinho tinto com um punhado de ingredientes singulares: maçãs em avançado estado de putrefacção, sangue de boi para a coloração e ácido sulfúrico para a ‘fermentação’.

Um cenário de horror, um hino de louvor reverso às castas do Centro Oeste e aos seus afamados vinhos… passe o negro sentido de humor!

Uma espectacular acção da IGAE, mais tarde integrada na ASAE… e o processo de “vinificação” interrompido…

Ou o ‘azeite’ que outrora se produzia ali para as bandas de Poiares e em que se juntava, a um óleo de sementes de baixa extracção, hulha limada para a necessária coloração… que os consumidores néscios tomavam por azeite extra virgem, tal como figurava nos rótulos habilmente urdidos…

Ou o peixe com o ar de frescura que se lhe exigia e que se submetia a operações de cosmética para avivar as guelras e um gel tonificador para realçar os olhos, já que o vermelho vivo das guelras e o brilho deslumbrante dos olhos eram sinais distintivos de um produto “acabado de vir do mar”… como que para contrariar o saudoso Prof. Oliveira Ascensão que asseverava, para fundamentar a irrelevância do “dolus bónus”, que não havia dona de casa por mais destituída que fosse que não distinguisse bem um peixe fresco e de um outro anormal, avariado…

O ror e o rol de artifícios, sugestões e embustes neste domínio é algo de inominável… e, quiçá, inimaginável!

Trata-se, em rigor, descansemos, de quadros superados. Assim, ao menos, se espera…

Os olhos do dono é que guardam a vinha?

Algo que se ficou devendo também à pronta e enérgica intervenção das autoridades do tempo, limitadas na sua esfera de acção, quantas vezes, por escassez de quadros, como, aliás, actualmente o pseudo-programa do Governo para a “defesa do consumidor” o reconhece e prevê, numa sorte de “mea culpa” esfarrapada ante o esmagamento de efectivos da entidade a que cumpre promover as acções inspectivas nos distintos elos da cadeia do agro-alimentar, o seu reforço durante o quadriénio da governação.

Algo que se deve também, em pleno período em que soaram os alarmes da insegurança alimentar, ao esforço indómito da ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica -, criada na sequência do fenómeno que grassava na Europa, após mais de dois anos de indefinições e cerca de versões do diploma original, que dera à estampa a 10 de Agosto de 2000 a Agência para a Qualidade e Segurança Alimentar, nela se fundindo uma mancheia de serviços da Administração Pública, entre os quia a IGAE, como polícia do mercado. Com algum radicalismo, de início, é certo, mas que concorreu para que se lavasse as mãos deveras que não como Pilatos… em coisas tão sérias como as da saúde e integridade física dos humanos.

O regime da segurança alimentar, consignado no Regulamento n.° 178/2002, de 28 de Janeiro, do Parlamento Europeu, tem na sua génese os sucessivos escândalos da encefalopatia espongiforme bovina, que abalou as estruturas da, ao tempo, Comunidade Europeia, às dioxinas nos galináceos, porcinos e na ‘entranhada’ Coca-Cola, da máfia das hormonas, dos antibióticos, dos betagonistas às farinhas de origem animal que enxameavam o mercado.

A Europa das fraudes parece ufanar-se quando apresenta no mercado internacional manteiga sem que na sua composição houvesse entrado um só ml. de leite…

Em pleno período da pandemia – nos anos de 2020, 2021 e no primeiro semestre de 2022 – recrudesceram as fraudes alimentares na Europa.

Sob a consigna da protecção dos interesses dos consumidores, define de modo expresso o Regulamento Europeu que a legislação alimentar tem como objectivo a protecção de tais interesses, fornecendo-lhes uma base para que façam escolhas com conhecimento de causa em relação aos géneros alimentícios que consomem.

E visa prevenir, entre outros, práticas fraudulentas ou enganosas e a adulteração dos géneros alimentícios.

Dois fenómenos de generalizada ocorrência se nos deparam nos tempos que correm:

A reduflação e a discriminação pela depreciação da qualidade da composição do produto alimentar, como se na Europa houvesse, segundo as latitudes, consumidores de primeira e de segunda…

O primeiro, a reduflação, consiste no processo mediante o qual os produtos diminuem de tamanho ou quantidade, enquanto o preço se mantém inalterado ou sofre um qualquer acréscimo. Como exemplo de produtos objecto de processos tão criativos, margarinas, iogurtes, batatas fritas, barras de chocolate, papel higiénico, papel de cozinha, pão, descaradamente o pão… alimento dos pobres!

O segundo, a discriminação do preço em função de uma aparente qualidade a mesma.

Discriminação em razão das exigências menos prementes dos consumidores, a saber, uma dualidade da qualidade dos produtos, com particular relevância para os produtos alimentares, situações em que a Comissão Europeia vem laborando desde Setembro de 2017, em decorrência de uma comunicação que deu à estampa a 29.

Ora, “quem, com intenção de enganar outrem nas relações negociais, fabricar, transformar, introduzir em livre prática, importar, exportar, reexportar, colocar sob um regime suspensivo, tiver em depósito ou em exposição para venda, vender ou puser em circulação por qualquer outro modo mercadorias: … de natureza diferente ou de qualidade e quantidade inferiores às que afirmar possuírem ou aparentarem, será punido com prisão até 1 ano e multa até 100 dias, salvo se o facto estiver previsto em tipo legal de crime que comine pena mais grave.”

O mundo, povoam-no seres que, explorando os mais vis desvalores, se consagram a estas “malas artes”, ludibriando o seu semelhante e avantajando-se à custa da saúde, da integridade física e da bolsa dos mais…

É este circo, ajoujado de feras com mera aparência humana, que somos forçados a “frequentar” … que nos surpreende, ou já nem tanto, a cada instante!

21QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
Mário Frota*
*presidente emérito da DC – DIREITODO CONSUMO -, de Portugal
QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO 202222 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D, Eiras | 3020-430 Coimbra | Tel. 239 497 750 Mail mediacentro.grupo@gmail.com | radioregionaldocentro@gmail.com www.radiofadodecoimbra.pt FADOdeCOIMBRA RÁDIO

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