Campeão das Províncias” - 20/10/2022

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 | N.º 625 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL VESPERTINO DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 28 PÁGINAS COIMBRA-B E BAIXA LIGADAS POR UM CORREDOR PEDONAL E CICLÁVEL

Plano para Estação de Coimbra-B com foco na ligação pedonal à Baixa

Uma

cortina verde na Casa do Sal e um corredor contínuo pedonal e ciclável entre a Baixa e Coimbra-B são algumas das ideias do plano para a estação intermodal da cidade, afirmou o arquitecto catalão Joan Busquets.

Joan Busquets está a rever o plano de urbanização para a futura estação intermodal da cidade que elaborou há mais de dez anos e visitou Coimbra na quarta-feira, acompanhado de elementos da Câmara e da Infraestruturas de Portugal, no âmbito desse processo.

O arquitecto catalão realçou que “ter trabalhado a cidade no passado facilita a reinterpretação” e apontou também para a necessidade de o novo plano reflectir a evolução das políticas de mobilidade, “que mudaram muito nos últimos dez anos”.

Um dos objectivos neste redesenho de toda a zona entre Coimbra-B e a Baixa estará a ideia de hierarquias no acesso à futura estação intermodal, com a intenção de tentar priorizar “quem vai a pé, depois quem vai de bicicleta, quem vai de autocarro ou Metrobus e, só em quarto, quem vai de veículo privado”.

Para Joan Busquets, o carro não deve estar “na primeira fila de prioridades”.

Nesse sentido, o arquitecto disse querer que o plano aproxime Coimbra-B da cidade e notou que, apesar de a estação “ter uma posição central” em relação ao concelho, acaba por parecer “muito longe” de tudo o resto, pela forma como a sua ligação é feita à Baixa da cidade.

O plano, que ainda está numa fase inicial, aponta para um reforço da ligação pedonal entre a Avenida Fernão de Magalhães e Coimbra-B e, ao mesmo tempo, uma maior conexão do Choupal com outras zonas verdes da cidade, como o vale de Coselhas, algo que já estava previsto no anterior projecto, mas que será agora “mais evidente”.

O arquitecto catalão apontou para o “uso pobre” do espaço na Casa do Sal, sob o viaduto do IC2, neste momento utilizado para estacionamento de carros e ponto de paragem dos autocarros Flixbus, considerando esta zona “problemática para a mobilidade suave”.

Nesse sentido, projecta um corredor verde

contínuo – “uma grande esplanada verde” -, que permita ligar a Avenida Fernão de Magalhães até à estação, zona neste momento nada propícia para a mobilidade suave, notou, referindo que o projecto continua a prever duas faixas em cada sentido para automóveis.

“É muito fácil aproximar ou estender a Baixa até à Casa do Sal, mas, para isso, a gare [futura estação intermodal] terá de ter uma grande centralidade”, frisou.

Para isso o arquitecto, que mantém a ideia de um edifício “excepcional” em ponte para a estação, prevê a construção de uma dupla de edifícios altos no mesmo complexo (que poderão ser um hotel ou espaço de negócios), que tenham uma “relação visual” com o resto da cidade.

O plano, que inicialmente previa outro tipo de ocupações para além da estação, deixará agora espaço que permita, no futuro, outras construções e ocupações.

O arquitecto propõe também um redefinir das entradas do IC2 na cidade, considerando que, hoje, parte dos acessos são demasiado

directos e levam a congestionamentos.

“É um primeiro olhar conceptual, mas ficaram bem definidos dois eixos: o verde – a área intervencionada e aberta ao público na zona ribeirinha que cria todo este espaço verde e caminho privilegiado para os modos sustentáveis - e a Fernão de Magalhães, que ganha aqui uma força mais urbana, com ligação contínua até à estação”, comentou a vereadora da Câmara de Coimbra com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos.

Ana Bastos assumiu rever-se na ideia de um maior foco na mobilidade suave, nomeadamente na reconfiguração da Casa do Sal e na criação de uma “grande cortina verde ao longo dos viadutos”.

A vereadora referiu que a Câmara de Coimbra vai “indicar algumas preocupações” quanto ao plano, que deverá ter uma primeira apresentação pública para “dar uma visão do trabalho” entre finais de Novembro e início de Dezembro.

“À medida que formos detalhando o plano, iremos organizar outras sessões de discussão pública”, realçou.

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NO PASSADO E NO PRESENTE A MESMA PAIXÃO!

AF Coimbra 100 Anos ao Serviço do Futebol, Futsal e Futebol de Praia

BALANÇO DE UM ANO DE MANDATO

COIMBRA A PEDALAR

Ao assinalar o primeiro ano de mandato como presidente da Câmara, José Manuel Silva sustentou que a sua equipa está a cumprir a “missão pública” de “fazer de Coimbra a cidade mais dinâmica do país”. O balanço é positivo, na óptica da coligação “Juntos Somos Coimbra”, que depois do ano de estreia diz ter projectos para concretizar no valor de 500 milhões de euros, incluindo a reabilitação de prédios na Baixa da cidade. PÁGINA 3

21 DE OUTUBRO A 1 DE NOVEMBRO “Sabores de Outono” está de regresso à Lousã

uma grande área metropolitana, à semelhança de Lisboa e Porto. PÁGINA 7

3QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 DE09042014RL/RCMC DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt PREÇO 0,75€ 2ª SÉRIE ANO 22 N.º 1130 | 20 DE OUTUBRO DE 2022 SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA telef. 239 497 750 fax 239 497 759 | e-mail: campeaojornal@gmail.com PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTALTAXA PAGA PORTUGAL CCE TAVEIRO SEMANÁRIO NO PAPEL (QUINTAS-FEIRAS)... DIÁRIO ONLINE (WWW.CA MPEAOPROVINCIAS.PT)... VESPERTINO DIGITAL (DE SEGUNDA A SEXTA) | AUDIÊNCIA QUALIFICADA PUBLICIDADE
CÂMARA DIZ QUE PÔS
LÍDER DA DISTRITAL DO PSD EM ENTREVISTA Paulo Leitão: “Coimbra poderia ser uma das zonas mais atractivas do país” Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, o líder da Distrital do PSD de Coimbra fala sobre os problemas estruturantes do Partido e aborda vários temas que afectam Coimbra, desde as políticas exercidas – acusando mesmo a Oposição pelo marasmo da cidade –, até ao que se poderia fazer para a cidade ser mais atractiva e
www.afcoimbra.com
DE
O Festival “Sabores de Outono”, na Lousã, está de regresso para a sua 15.ª edição e junta o maior número de restaurantes aderentes de sempre. Durante 12 dias vão ser apresentadas ementas exclusivas com recurso ao receituário tradicional da região, tirando partido dos seus produtos mais emblemáticos, como o queijo, o mel e a castanha. PÁGINA 10 ESPECIALIDADES (Mariscos vivos e peixes frescos) Arroz de Marisco Bacalhau à D. Duarte Paelha de Marisco Polvo à Lagareiro Rua de Moçambique, 34 3030-062 Coimbra tel | fax 239 701 461 ENCERRA À SEGUNDA-FEIRA 40650 ESPECIALIDADES (Carne) Picanha na Brasa à D. Duarte Cabrito Assado à Padeiro Chateaubriand Tornedo à Americana Mar e Terra Especial Costeleta de Novilho de Churrasco Construções Metálicas e Revestimentos, Lda. Telef. /Fax: 236 947 661 Telem.: 962 878 662 Travessa da Féteira - Outeiro da Rainha 3105-406 VERMOIL - RECONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS - ESTRUTURAS METÁLICAS - COBERTURAS Alvará n.º 42976 JC gn Convida a visitar o Bodo das Castanhas em Vermoil CONSTRUÍMOS E RECONSTRUÍMOS O FUTURO TLM. 913 289 182 RUA DOS SARGAÇAIS, N.º 1 3020-881 SOUSELAS - COIMBRA LUÍS MANAIA Inscriçãoatéaodia15Novembro:30rodas Inscriçãoapósodia15Novembro:35rodas Contactos: João Duarte 969 435 185 João Loureiro: 969 410 738 Prémio para o grupo com maior número de inscições PROGRAMA: 08:00h Concentração junto ao Centro Paroquial de Samuel 08:30h Pequeno-almoço 09:00h Arranque 10:00h Reforço 13:00h Almoço CONVIDA A VISITAR A FEIRA DA CASTANHA E A FREGUESIA VER NOTÍCIA PÁGINA 15 Rua Combatentes da Grande Guerra, 23/25 Soure - Tlm. 931 199 205 916 225 969 Tlf. 239 502 241- E-mail: e.c.soure@gmail.com escolaconducaosoure@gmail.com LIGEIROS MOTOS PESADOS DE MERCADORIAS PESADOS COM REBOQUE Luís Sequeira: 914 233 362 / 239 993 058 magobrasengenharia@gmail.com | Rua Ernesto Melo Antunes, 17 - Lousã CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS
QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 20224 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf nós podemos ajudá-lo! FALE CONNOSCO. a sua empresa PROMOVAAQUI CONTACTE-NOS: 239 497 750 // 917 039 033 jornalcp.adelaidepinto@gmail.com

Aaquisição de 30 edifícios na Baixa de Coimbra para requalificar os prédios desta zona da cidade, segundo um plano que prevê um investimento de 60 milhões de euros, foi um dos projectos anunciados pelo presidente da Câmara, José Manuel Silva, ao fazer, na terça-feira, o balanço do primeiro ano de mandado do Executivo municipal.

A Casa do Cinema, no edifício Avenida, que foi adquirida pela Câmara, foi o local escolhido para apresentar as 120 páginas do que foi feito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/ RIR e Volt) que conquistou a autarquia ao PS.

José Manuel Silva assegura que no segundo ano de mandato “vai-se fazer mais e melhor”, realçando que neste primeiro ano “Coimbra já começou a ser vista de outra maneira”, ouve dizer que, “finalmente, a cidade aparece” e entende que é necessário “pedalar tanto ou mais” dos que as suas congéneres. “Algo que também é consensual na CIM (Comunidade Intermunicipal) é que o desenvolvimento de Coimbra é fundamental para a região e é importante que Coimbra se assuma como motor de desenvolvimento de

toda a região”, considera.

Numa mesa onde estavam os vereadores da coligação Ana Bastos, Ana Cortez Vaz, Carlos Lopes e Miguel Fonseca, com o vice-presidente Francisco Veiga ausente por motivos profissionais, e também sem a presença do vereador da CDU com pelouro, Francisco Queirós, o presidente da Câmara de Coimbra disse que a autarquia tem “muitos projectos diferenciadores para a cidade”, sendo agora necessário “começarem as negociações” com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

“Há uma diferença significativa relativamente ao passado, porque ao PT2020 a Câmara de Coimbra apresentou projectos no valor de 100 milhões de euros, enquanto ao PT2030 apresentámos projectos no valor de 500 milhões de euros”, referiu.

Ainda quanto ao futuro aponta um “plano Marshall” para a Baixa da cidade, o novo Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e a transformação do antigo Pediátrico num espaço com valência de residências artísticas, mas que também acolha associações do concelho.

Se no caso da nova Maternidade de Coimbra tudo está a correr tal como previsto no cronograma, já na área da Justiça o presidente da Câma-

ra aponta críticas à ausência de respostas do Governo para alguns investimentos fundamentais na cidade.

“Fomos informados de que não há financiamento para o novo Palácio da Justiça e não aceitaremos que Coimbra esteja à espera deste projecto há 50 anos e que o Governo considere na área da Justiça qualquer outra obra prioritária que não o Palácio”, protestou. Relativamente à Penitenciária de Coimbra, o autarca também não aceita que a sua deslocalização seja “relegada para segundo plano”.

OPOSIÇÃO DIZ QUE POUCO FOI FEITO

Na sessão que assinalou o primeiro ano de mandato estiveram presentes todos os dirigentes municipais, com os vereadores da coligação a apresentarem os seis pontos essenciais dos respectivos pelouros. Foi destacada a redução de 61 para 25 dias no tempo de resposta dos serviços de urbanismo, a suspensão do PDM para áreas empresariais, a realização da super-especial do Rali de Portugal com 22 mil espectadores e da Expo-Desporto com 15 mil visitantes, a resposta aos refugiados ucranianos através do Centro de Recolhilmento de Refugiados, assim como o aumento de receitas com

as contra-ordenações, entre outros assuntos.

A oposição em Coimbra classifica o primeiro ano de mandato de José Manuel Silva à frente da Câmara como “decepcionante” ou feita de “inconseguimentos” e considerou que pouco foi feito num ano.

“Foi um ano marcado por muitos ‘inconseguimentos’, houve muitas promessas e, afinal, houve muito pouca coisa que o Executivo conseguiu fazer”, afirmou a vereadora do PS Regina Bento, num comentário feito à agência Lusa.

A vereadora nota, ainda, a demora na reestruturação orgânica da Câmara de Coimbra (apenas foi apresentada a estrutura nuclear) e o chumbo da internalização dos SMTUC na Assembleia Municipal, onde a coligação Juntos Somos Coimbra não tem maioria.

“O contexto, naturalmente, não é fácil, mas o contexto dos últimos dois anos do anterior Executivo também não foi fácil, no âmbito da pandemia. O que se está a notar é que é mais fácil falar do que fazer. Enquanto estava na oposição, o presidente dizia que fazia tudo e resolvia tudo e não é assim”, apontou Regina Bento, que acredita que o confronto com a realidade “é relevador da grande impreparação do Executivo para governar a cidade”.

POUPANÇA DE ENERGIA COIMBRA COMEÇA A DESLIGAR AS LUZES

ACâmara de Coimbra vai reduzir substancialmente a iluminação ornamental na cidade e vai cortar em 41% o número de horas das luzes de Natal devido à crise energética, segundo anunciou a vereadora com a pasta dos espaços públicos.

O Plano de Poupança de Energia da Câmara de Coimbra prevê, numa primeira fase, a poupança de 68 mil euros anuais e uma redução de 66,5% dos consumos actuais, afirmou Ana Bastos na reunião do Executivo municipal, que decorreu na sede da Unão das Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades.

Esta primeira fase implica desligar a iluminação ornamental da ponte Rainha Santa, desligar a iluminação ornamental de todas as ro-

tundas e limitar a iluminação ornamental em estátuas e monumentos aos fins-de-semana entre as 18h00 e as 23h00, com excepção para os Arcos do Jardim e ponte Pedro e Inês, por terem um sistema mais recente de iluminação.

Está ainda previsto limitar a ativação das fontes ornamentais aos fins-de-semana, entre as 10h00 e as 21h00.

O plano prevê ainda uma segunda fase, a entrar em vigor “com base na evolução dos preços da energia”, que prevê desligar a iluminação ornamental de todas as igrejas e capelas e desligar a iluminação ornamental de edifícios e estátuas com sistema binário.

Esta segunda fase prevê um corte de 87% dos consumos, realçou Ana Bastos.

Para além destas medi-

das, a vereadora avançou que a iluminação pública de Natal irá “sofrer cortes significativos, relativamente a 2021”. Por a iluminação para esse período festivo já estar adjudicada para um período mais alargado, as luzes de Natal irão ser activadas em 1 de Dezembro, mas irá optar-se por “reduzir o período diário de iluminação”.

“Atendendo a que parte significativa da iluminação se situa em zonas eminentemente comercial e de serviços, onde o comércio fecha às 19h00, optou-se por considerar o período das 18h00 às 23h00. Com estes horários, o período global de iluminação será de 189 horas, abaixo do valor máximo recomendado pelo Governo e francamente inferior ao período correspondente a 2021, que foi de

320 horas (redução de 41%)”, salientou Ana Bastos.

Segundo a vereadora, a autarquia está também a avaliar “a forma mais rápida e eficiente de conseguir maiores poupanças energéticas e consequentemente redução de custos”, no que diz respeito à iluminação pública.

“Importa ainda informar que foi constituída uma equipa interna de trabalho para reflexão, planeamento e apresentação de propostas de medidas de racionalização relativo ao consumo de energia (eléctrica e gás), nas instalações, nos equipamentos e edifícios municipais, pelo que a breve trecho estaremos em condições de apresentar o Plano Municipal de Poupança Energética 2022-2023”, avançou.

Areestruturação da organização dos Serviços da Câmara Municipal está aprovada, mas ainda falta concretizar as 18 unidades orgânicas nucleares que se dividem em 16 Departamentos. Enquanto isto não acontece tem-se assistido a saídas de quadros, entrada de novos dirigentes e promoções de outros.

Ricardo Cândido, técnico superior de Finanças e Património da Câmara de Coimbra, saiu para a Câmara da Figueira da Foz, onde foi chefiar a Divisão de Finanças e Património daquele Município presidido por Pedro Santana Lopes. O economista foi mandatário financeiro (e responsável pela prestação de contas) da candidatura da coligação Juntos Somos Coimbra, nas eleições autárquicas de 2021, que conquistou a Câmara de Coimbra e tem como presidente José Manuel Silva.

No Departamento Financeiro da Câmara de Coimbra verificou-se outra mudança, com a saída do director, Pedro Malta, que solicitou a cessação da comissão de serviço. Para a sua substituição o presidente da Câmara nomeou a economista Regina Ferreira, que já foi chefe da Divisão Financeira dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) e directora delegada. Regina Ferreira passou para a Câmara, em 2014, onde actualmente chefiava a Divisão de Contabilidade e Finanças, em regime de substituição.

A mais recente aquisição da Câmara de Coimbra é para a chefia da Divisão de Cultura e Promoção Turística, com a contratação de Rafael Nascimento, que até à data era programador cultural no Município de Arruda dos Vinhos.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, justificou a escolha “por urgente conveniência de serviço, de assegurar a Direcção e coordenação da DCPT”, considerando “a adequação do perfil, a aptidão, a expe-

riência e o curriculum”, a que se associa a vantagem de uma visão cultural externa à autarquia.

Segundo o Município, José Manuel Silva denota a ambição de “evidenciar Coimbra como uma referência no campo da Cultura e das Artes, nacional e internacionalmente”. Por sua vez, Rafael Nascimento - criador, gestor e programador do Festival Comunitário “AllRuda” e do “Festival Políticas à Parte” - destaca “a motivação pela oportunidade de poder colaborar para um ambiente cultural e artístico efervescente, desenhado à escala do território do concelho de Coimbra, com pertinência nacional e internacional”.

Outro nome forte na Câmara de Coimbra passa a ser Paulo Pires, novo director do Departamento de Cultura e Turismo (após a recente aposentação de Francisco Paz) e, para além disso, assume, também, o cargo de programador do Convento São Francisco.

Como objectivos centrais da sua intervenção figuram a reestruturação da área da Cultura da Câmara, a transição física da equipa da Cultura para o Convento São Francisco, a articulação e alinhamento do eixo Cultura-Turismo com outras áreas orgânico-funcionais da autarquia, como a Educação, a Intervenção Social, a Inovação-Empreendedorismo e a Economia/Meio Empresarial (com actividades e projectos intersectoriais em lógica convergente) e com entidades externas.

Paulo Pires foi adjunto no Gabinete da ex-ministra da Cultura no XXII Governo Constitucional, assessor na Direcção-Geral das Artes, membro do Conselho Técnico-Científico da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, assim como director artístico e de programação cultural no Município de Loulé, entre 2015 e 2021 nas áreas das artes performativas, artes visuais e cruzamento disciplinar.

5QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 3ACTUALIDADECAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 20 DE OUTUBRO DE 2022
AJUSTES DE QUADROS AINDA SEM A REESTRUTURAÇÃO ORGÂNICA SAÍDAS, PROMOÇÕES E ENTRADAS NA CÂMARA DE COIMBRA
COLIGAÇÃO QUE GOVERNA O MUNICÍPIO FEZ PRIMEIRO BALANÇO SEGUNDO ANO DA CÂMARA DE COIMBRA VAI TER OS OLHOS POSTOS NA BAIXA

FIGURAS

a s c e n s o r

A SUBIR

CARLA RIBEIRO, PEDRO RAMOS, WANDER CARVALHO E MANUEL CASTELO BRANCO Há livros e livros. Mas alguns sabem a murro no estômago. Expliquemos: as três primeiras das quatro figuras atrás referidas têm relações de trabalho e proximidade com o ISCAC/Coimbra School e acabam de lançar uma obra que vale, muito, pelo conteúdo e pela oportunidade. Pela oportunidade porque trata de um tema novo que, não sendo virgem, trata de uma temática que já preenche parte significativa das preocupações do mundo do trabalho, o chamado burnout, que se começa a aceitar como sendo uma doença típica do sector. Tratando-o numa perspectiva da gestão e da liderança, como os autores o fazem e do modo como o fazem, o livro agora apresentado empresta forte e poderoso contributo à compreensão desta “doença” que se manifesta por sensações de desconforto, peso na cabeça, zumbidos frequentes, indecisões comportamentais de naturezas diversas, com influência negativa no descanso nocturno e na própria vontade de não querer ir trabalhar nesses dias. Estamos em crer que deste mal-estar se falará muito pelo futuro além, pelo que o estudo destes autores agora editado em livro é um contributo valiosíssimo para o aprofundamento médico e psicológico que se seguirá. Não tivera a sessão de apresentação, ocorrida na semana passada, já mérito suficiente, ainda se lhe acrescentou, ao acto, uma intervenção crítica verdadeiramente soberba, por parte de Manuel Castelo Branco, ele também professor na mesma Escola e referência obrigatória no mundo do ensino politécnico e muito para além dele. Coimbra estava a precisar de um momento destes. Pelo valor da obra, naturalmente, mas também e sobretudo para recuperar o prestígio e a dignidade das sessões de apresentação de trabalho literário, a que alguns autores de ocasião recorrem, com todo o direito aliás, mas algumas vezes mais para se apresentarem a si próprios que ao trabalho de méritos reduzidos. Muito bem, também, o presidente do ISCAC, Alexandre Silva, ao aproveitar aquelas magníficas instalações e estimular o trabalho de investigação, estudo e ensino em que a sua Escola tem enorme potencial.

ANA ABRUNHOSA Ao proferir na semana passada a aula inaugural do MBA para Executivos na Faculdade de Economia de Coimbra, a ministra da Coesão Territorial, que tutela o processo de descentralização em curso (transferindo competências para as autarquias em diversas domínios), teve a ousadia e a coragem de chamar a atenção para uma realidade de que muitos se esquecem e outros se fazem esquecidos: a descentralização, se realizada de forma ligeira, apressada e pouco cuidada, irá necessariamente agravar as assimetrias no todo do território nacional, fazendo com que as regiões pobres mais pobres fiquem. E se perante este perigo grande parte do país rico encolhe os ombros, recorde-se-lhe o que disse mais Ana Abrunhosa que corajosamente defendeu a necessidade imperiosa de criar as regiões administrativas (aliás, previstas e adormecidas na Constituição desde 1976), dizendo claramente que descentralização sem regionalização não faz qualquer sentido e será um falhanço à vista. Haja políticos que tirem os ciscos dos olhos.

ANTÓNIO LOPES TEODORO Coimbra e a região têm – temo-lo dito várias vezes e sem reservas – um conjunto de autarcas da primeira apanha que imprimem eficácia, saber e disponibilidade no desempenho das suas importantes funções. Há muitos outros autarcas pelo país fora que se lhes igualam, com certeza. Mas Coimbra e a região têm um naipe de se lhe tirar o chapéu, seja a nível de Câmaras Municipais seja em Juntas de Freguesia. António Lopes Teodoro é presidente da Junta de Assafarge e Antanhol em cujo território se localiza o iParque, equipamento empresarial que, vagarosamente embora, tem vindo a crescer e se imporá dentro de alguns anos como uma infra-estrutura feliz na ideia, adequada na função. Vai daí, o presidente de Assafarge e Antanhol (e respectiva equipa) agarraram na sugestão de uma cidadã anónima, autarca e por isso conhecedora da realidade humana de Coimbra e respectivas forças, e deram-lhe concretização, emprestando o nome de duas ilustres figuras de Coimbra a ruas do iParque que agora começa a identificar os seus espaços, atribuindo-lhes nome de Figuras que a sociedade não só respeita como admira, por certo. Foi assim que a avenida principal do iParque recebeu no passado domingo o nome de Norberto Pires, presidente do iParque há uns anos e professor universitário muito respeitado, pessoa dinâmica de forte participação cívica na cidade e para além dela, falecido há cerca de ano e meio. A uma outra rua e praça, confinantes com a recém inaugurada Olimpus, foi dado o nome do arquitecto Vasco Cunha, felizmente ainda vivo, outra personalidade com quem Coimbra estabeleceu desde há muitos anos uma relação de respeito e amizade. A dimensão das atitudes não é medida a metro. É pela justiça que as sustenta, pelo propósito que levam consigo e pelo calor humano que as enforma. Exactamente aquilo que terá motivado o presidente da Junta de Assafarge e Antanhol, a ele e toda a sua equipa, a vir buscar a Coimbra, sede do concelho, o nome de dois cidadãos ilustres. Não porque lhe faltassem outras possibilidades, que não faltavam seguramente. Mas antes que se fizesse tarde, a Junta fez também cidadãos da freguesia Norberto Pires e Vasco Cunha, dois homens de corpo inteiro, mãos cheias de disponibilidade social, de intervenção cívica, de empenho pelas causas que marcam a passada das terras e das regiões. (Ver notícia página 6)

figura da semana

20 DE OUTUBRO DE 2022

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Que a hierarquia eclesiástica – não a Igreja, porque Igreja é outra coisa – não está a ter mão nem nas atitudes nem nos comportamentos de alguns dos seus membros, é cada vez mais claro, pese embora o nevoeiro que paira sobre muita coisa do que se diz e eventualmente se faz . Mas aquela coisa do bispo do Porto vir relacionar o afecto pelos animais com a decadência das civilizações, só pode ter sido mal expressada ou mal entendida. Gostar, acarinhar, tratar bem, cuidar, afagar e proteger os animais não é sinal de decadência. Bem pelo contrário. Decadência afectiva e moral é tratá-los mal. O que está errado não é o afecto a mais que se possa dar aos animais. O que pode estar errado é o afecto a menos que se possa dar às pessoas. Por isso que não se perca a lucidez: 1) decadência é, essa sim, preterir os cuidados familiares e os afectos para com os nossos – pais, filhos ou outros – em favor dos animais. E há quem o faça. 2) decadência cultural é também criar animais para mais tarde os pôr na frigideira e deles fazer repasto. E há civilizações que o fazem e, essas sim, são decadentes. Mas nós calamo-nos e esse silêncio é da família da decadência.

TODOS MORREM MAS ALGUNS DEIXAM UM VAZIO NO LUGAR Era estimado, muito estimado, em Coimbra e no país, o Professor catedrático jubilado Polybio Serra e Silva, falecido na sexta-feira da semana passada e há cinco meses chegado aos 94 anos. Estimado enquanto Professor universitário que na Faculdade de Medicina de Coimbra deixou precioso contributo à ciência médica, especializando-se em cardiologia e granjeando entre doentes do hospital, alunos e demais Professores uma consideração que se manteve anos fora, muito para além da sua actividade como docente, já que médico nunca deixou de ser. Mas igualmente estimado em dimensão semelhante enquanto homem com um perfil muito próprio: alegre por natureza, piada fina na ponta da língua, o seu mundo estendeu-se sempre para além da sua profissão que exerceu com enorme brilho. Natural de Penacova, ainda estudante fez-se ao mundo para além do espaço universitário e envolveu-se em múltiplas iniciativas, umas do foro artístico e académico desportivo. De contacto fácil e espontâneo com a sociedade em geral e em cada novo conhecido arranjava mais um amigo. Como Universitário, como Médico e como Homem, tinha um sentido de omnipresença que lhe permitia pertencer ou integrar uma infinidade de núcleos a que se dedicava com paixão. A Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra, a que preside hoje o Jornalista Jorge Castilho, foi uma dessas entidades que teve o privilégio do Professor Polybio lhe ter pertencido durante muitos anos, como sócio, presidente e outros cargos, nela, na AEC, se deixando ficar até ao fim da vida. Nunca reclamando para si a condição de pessoa distinta e homem de mérito, não se refugiava no espaço da sua vida profissional e envolvia-se com gosto com a sociedade em geral, incluindo a mais humilde, a que dizia pertencer e dela ter provindo. Gostava de fazer poemas de cariz popular e aparentemente desprendidos de rigores métricos. Distribuiu-os por vários livros que foi editando e muitos desses poemas assumiam-se como sarcásticas intervenções que, ditas em forma divertida, não calavam um forte sentido crítico da mais variada natureza. De piada fácil, gostava da vida preenchida pelo prisma com que a olhava. Costumava dizer ter tido saúde ao longo da vida, tanto que aos 90 e tal anos, pai de vários filhos, avô de vários netos e bisavô de bisnetos, sofridos já cinco enfartes do miocárdio e três casamentos vividos, se sentia pronto para se manter activo enquanto essa mesma vida lho permitisse. E assim foi até tarde, fazia piscina diária até aos últimos anos de vida e tinha sempre à mão um conselho para estimular os amigos a manter uma certa actividade física enquanto pudessem, mesmo que não quisessem. Muito afectivo (entrou em Engenharia quando se fez caloiro mas, porque a mãe, que tanto o sonhara como médico, morreu no final do primeiro ano, o então Polybio Serra e Silva decidiu mudar-se para Medicina, assim homenageando a sua mãe, que invocava muitas vezes e à sua memória recorria como fonte inspiradora. Morreu em casa, ao lado da esposa, a também médica Aurora Branquinho, senhora de rara sensibilidade que à profissão e ao marido dedicou quase toda a sua vida, num percurso feito de amor e generosidade difícil de igualar. Deixou família vasta, o Professor Polybio, entre filhos, netos e bisnetos. E deixa vazio um lugar que dificilmente outro alguém preencherá, pela diferença que sempre marcou o seu perfil de personalidade distinta. Trabalhos científicos, como autor ou co-autor, deixou mais de 200. Também foi mestre na arte de saber gerir o tempo.

CERIMÓNIAS FÚNEBRES MUITO EMOTIVAS

Para a Missa de Corpo Presente, a Capela da Universidade ficou repleta de amigos e admiradores de Polybio Serra e Silva, entre os quais professores de Medicina e de outras Faculdades, com os seus hábitos talares. Mas também actuais estudantes de capa e batina fechada, em sinal de luto (recorde-se que o Conselho de Veteranos decretou três dias de luto académico).

O celebrante foi o Capelão da Universidade, padre Paulo Simões, que teve palavras de grande admiração por Polybio Serra e Silva e agradeceu a participação dos muitos músicos (antigos e actuais membros da Tuna Académica da Universidade de Coimbra) que trouxeram rara beleza à cerimónia.

Os elogios fúnebres foram feitos por Luís Serra e Silva (sobrinho do Prof. Polybio, que falou em verso bem humorado, à maneira do tio), Carlos Robalo Cordeiro, na qualidade de director da Faculdade de Medicina, José Manuel Silva (enquanto presidente da Câmara, mas também como médico que seguiu Medicina tendo como referência o Prof. Polybio, de quem é sobrinho). Por último, o vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva, que ali representava o Reitor, mas que fez uma comovida intervenção a título pessoal, enquanto grande admirador e amigo de Polybio Serra e Silva.

JOAQUIM SANDE SILVA E PEDRO BINGRE DO AMARAL Os professores da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) foram mencionados para fazerem parte do Grupo de Peritos em Incêndios Rurais que irá analisar a época de incêndios de 2022. O convite surgiu pelo Ministro da Administração Interna e para além dos dois professores estão reunidas 30 personalidades provenientes de vários centros de investigação do país. O Grupo deverá apresentar a sua análise e conclusões sob a forma de relatório, tendo como base o trabalho da Subcomissão de Lições Aprendidas, subsidiária da Comissão Nacional para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, sob a égide da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).

RAFAEL NASCIMENTO É o novo chefe de Direcção intermédia de 2.º grau da Divisão de Cultura e Promoção Turística (DCPT) da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). Licenciado em Animação Cultural e Educação Comunitária pela Escola Superior de Educação de Santarém e mestre em Gestão Cultural pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, Rafael Nascimento assumia, anteriormente, a função de programador cultural no Município de Arruda dos Vinhos. Paralelamente, o novo chefe da DCPT assumia a gestão da programação cultural do projecto do Centro Cultural do Morgado, dinamizado pelo Município de Arruda dos Vinhos. O novo chefe é ainda criador, gestor e programador do Festival Comunitário “AllRuda”, um festival de animação que festeja as raízes culturais da vila onde a população e a comunidade se insere.

QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 20226 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022
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QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 20228 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf POR 50 EUROS ANUAIS RECEBA: - A EDIÇÃO IMPRESSA EM PAPEL, ENVIADA ATRAVÉS DOS CTT - A EDIÇÃO EM PDF NO SEU E-MAIL, HORAS ANTES DO JORNAL SAIR PARA A RUA; - O VESPERTINO “CAMPEÃO DIGITAL” NO SEU ENDEREÇO ELECTRÓNICO (www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf) DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, QUE SAI POR VOLTA DAS 17 HORAS. LEIA-NOS TAMBÉM NO SEU TELEMÓVEL. Apoie-nos, na nossa forma diferente e educada de comunicar. Apoie a imprensa respeitadora dos direitos das Pessoas, dos Animais e das Coisas. Exija-nos qualidade, rigor, isenção e respeito pela verdade. Faça de nós um projecto editorial colectivo. Exija de nós um Jornal que melhore todos os dias. Ajude-nos a cumprir dois desígnios editoriais que nos esforçamos por cultivar a cada instante: RESPEITO PELA VERDADE. RESPEITO POR SI. O B R I G A D O ! FAÇA-SE ASSINANTE DO “CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS” E APOIE A LIBERDADE DE IMPRENSA RESPONSÁVEL! 1 1 Contactos: Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D - Eiras 3020-430 Coimbra 2 3 2

DAS

DE OUTUBRO DE 2022

LÍDER DA DISTRITAL DO PSD CRITICA A FALTA DE ATRACTIVIDADE DA POLÍTICA PAULO LEITÃO ACUSA OPOSIÇÃO PELO MARASMO DE COIMBRA

Paulo Leitão é presidente da Distrital de Coimbra do PSD e, nos anos que leva no cargo, já viveu períodos de dificuldade reconhecida. É natural de Coimbra mas na sua meninice andou entre Coimbra e Moçambique, acabando por fazer aqui a sua carreira estudantil. Licenciou-se em Engenharia Civil e é neste momento quadro superior da Águas do Centro Litoral. Foi vereador e deputado e fez todo o seu trajecto político nas estruturas, juvenis e seniores, do PSD de Coimbra. Os problemas estruturantes do PSD, a área metropolitana de Coimbra e uma possível reintrodução de Nuno Freitas foram alguns dos assuntos debatidos em Entrevista de há dias à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão das Províncias”.

Campeão das Províncias [CP]: Assumiu a liderança de um partido estruturante na democracia portuguesa. Tem andado de “brasa para brasa”?

Paulo Leitão [PL]: Relativamente ao momento político estou no segundo de três mandatos na comissão política distrital que é o limite máximo. Isto é algo que discordo, porque penso que deveriam ser quatro para fazer no mínimo os dois ciclos autárquicos, porque os mandatos são de dois anos. Como o primeiro mandato terminou este ciclo autárquico, no meu caso, enquanto líder da distrital de Coimbra, terminarei os três mandatos exactamente a seguir às próximas eleições autárquicas. Para mim foi um desafio. Acho que nos devemos bater por desafios difíceis e na altura, se nos recordarmos, o PSD só liderava cinco das Câmaras do distrito.

[CP]: Pouco antes de entrar para o PSD começaram as dificuldades. Foi mudança de geração, esgotamento do PSD ou descida de acreditação?

[PL]: Penso que teve a ver com a conjugação de dois aspectos distintos. Em 2001 e 2005 o PSD conquistou no distrito,12 e 11 Câmaras respectivamente. Em 2009 já teve algumas quebras neste resultado e depois aconteceram as fatídicas eleições de 2013. O ano de 2013 conjuga dois factores: estávamos em pleno período da Troika e foram as primeiras eleições em que foi aplicada a limitação de mandatos aos presidentes. Portanto, se já favorecia pela limitação de mandatos uma alteração do ciclo político, a situação gravíssima que o país na altura atravessava, fez-nos pagar por isso. Mesmo assim, Passos Coelho não geriu o país em função das eleições e não se

inibiu de adoptar as medidas a que estava obrigado.

[CP]: Têm-se filiado menos pessoas nas diversas forças políticas nos últimos anos. Porquê?

[PL]: Aí tem a ver com uma descredibilização da política e dos actores políticos. É um facto que temos dificuldades em arranjar candidatos. A legislação

segundo, em que a única diferença é que não existia coligação com o partido Nós Cidadãos. As personalidades independentes teriam sido indicadas pelo PSD com inclusão dos normais parceiros de coligação. Isso resultou da forma atabalhoada como Rui Rio geriu o processo, atingindo, no entanto, um fim semelhante. O PSD tem sempre é que apresentar bons candidatos e bons projectos, porque se não o fizer está condenado a não governar Coimbra.

[CP]: Este ano de mandato está a corresponder às expectativas?

[PL]: Sim. No Executivo que entrou, penso que nenhum dos vereadores teve experiências de pelouros atribuídos em anteriores de Executivos. São todos gente nova, e isso tem aspectos positivos, pois vêm com novas ideias e novas formas de encarar os problemas, mas também têm aquela curva de aprendizagem no primeiro ano em que não se pode estar à espera que re-

Coimbra se tiver uma forma pró-activa de receber os empresários e investidores, seria uma das zonas mais atractivas do país.

veio a ter uma malha tão apertada que põe em causa quem prevarica e quem não prevarica e isso tem a ver com o caminho que a sociedade tem feito de descrédito, às vezes injustificado, dos cargos políticos. Com o acréscimo dos problemas que advêm destes cargos torna-se um factor que leva as pessoas a afastarem-se da vida política. Actualmente a política não tem atraído quadros o que é mau para a sociedade.

[CP]: O PSD vai conseguir recuperar em Coimbra com a fórmula encontrada nas últimas eleições autárquicas, recorrendo a uma coligação alargada?

[PL]: Em Coimbra melhorámos de forma considerável o resultado nas últimas autárquicas. Quanto à fórmula, e uma vez que acompanhei o processo por dentro, eu diria que é igual. Não vejo ninguém a pôr em causa Penacova, Góis e os restantes municípios presididos pelo PSD.

O único facto que não existiu nesses concelhos foi a coligação. Mas isso faz parte do jogo democrático. Poderia não ter existido qualquer novidade, se o líder do partido não tivesse interferido na sequência da proposta que houve da comissão política de secção, para José Manuel Silva encabeçar e ir o Nuno Freitas em

solvam logo tudo. Eu acho que Coimbra perde é com a postura que a Oposição tem tido porque temos assistido a uma teoria do “deita abaixo” sem pensar que, por vezes e para determinados dossiers importantes para Coimbra, é necessário convergir.

[CP]: Antes de sair da Comissão Política Distrital vai atrair de novo Nuno Freitas para a disponibilidade partidária?

[PL]: Eu tenho de elogiar a postura que ele teve porque, depois de ter estendido a mão ao José Manuel Silva, ficou sem resposta a nível nacional e teve que avançar com a sua candidatura. Aquilo que foi feito foi tentar, por todas as formas e feitios, afastar o Nuno Freitas do processo. Eu e ele sempre trocámos opiniões e na altura disse-lhe que temia que o desfecho ia acabar por acontecer e aconteceu. Ele é um quadro político para o futuro de Coimbra, ou de outros patamares, e é um homem de Coimbra que tem valor para mudar a cidade e o país. Até nisso, mais uma vez, ele teve um comportamento exemplar, porque podia ter tido um comportamento que prejudicasse a candidatura resultante e, em vez disso, até contribuiu muito para o resultado que tivemos. O afastamento

dele teve a ver com a forma como foi tratado pela comissão política nacional. Por isso é que o Dr. Rui Rio não conseguiu chegar a lado nenhum, pois era um líder pequenino e porque em vez de querer ganhar a Câmara de Coimbra com os melhores quadros, andava nesta disputa de afastar do processo quem ele não gostava dentro do PSD.

[CP]: Por que é que Coimbra não consegue criar uma cultura maioritária para se defender da macrocefalia lisboeta?

[PL]: Esta questão depende sempre de quem está a liderar os destinos da autarquia e também da inteligência da oposição, quando é necessário, consensualizar um conjunto de dossiers. Na oposição soubemos dar a mão ao PS, como foi exemplo na viabilização da solução do Metrobus. Neste mandato tivemos a questão da internalização dos SMTUC e é de perguntar ao PS qual é a solução de mobilidade que tem para Coimbra e sua envolvente. Acho que quando pensamos numa solução desta natureza, devíamos pensar num serviço público que, para além de servir Coimbra, também tenha capacidade de servir, no mínimo, os concelhos vizinhos. É importante que o PS também contribua na definição das grandes opções estratégicas para Coimbra.

[CP]: Como qualifica o desempenho da eurodeputada Lídia Pereira?

[PL]: Tem tido um excelente mandato e é o exemplo de que uma aposta de risco, por ser jovem, pode ser bem sucedida. Isso permite-lhe poder vir a ser uma das embaixadoras da região centro.

Mónica Quintela já tinham experiência de outros mandatos, o Barbosa de Melo foi presidente da CMC e também é um político com experiência. Potencial e experiência têm-no, mas o mandato para já é muito curto. O Álvaro Amaro tem tido um impacto considerável pois, na minha acção política, tenho várias reuniões com agricultores e cooperativas e acompanho bem o seu trabalho numa área onde já foi Secretário de Estado.

[CP]: O PSD de Coimbra está com Luis Montenegro depois dos fraccionamentos de há anos atrás??

[PL]: Em directas todos os militantes têm liberdade de tomar as opções que entendem. Relativamente ao histórico, eu posso falar das posições que assumi. Quando

[PL]: Para mim ele é um homem do PSD. Mas também aqui houve um processo mal gerido pela anterior comissão política nacional, pois ele nunca escondeu que a voltar seria para a Figueira. Poderia ter sido mais uma Câmara liderada pelo PSD, e a Distrital que eu lidero o que tem em mente é fazer o caminho para que isso seja possível.

[CP]: Uma área metropolitana de Coimbra motiva-vos?

[CP]: É um futuro quadro do PSD pela Europa e pelo mundo ou é alguma reserva no sentido de um dia vir fazer uma “perninha” a Coimbra?

[PL]: Não consigo prever isso, mas penso que tem qualidades para poder fazer os dois caminhos. Mas se ela viesse um dia fazer uma perninha a Coimbra, eu veria isso com bons olhos tal como vi na altura em que foi candidata para a Assembleia Municipal.

[CP]: E deputados? Têm tido uma representação satisfatória na Assembleia da República e Parlamento Europeu?

[PL]: A Fátima Ramos e a

foram as primeiras eleições de Rui Rio fui o mandatário distrital da sua candidatura. Posteriormente, enquanto presidente da Distrital, não apreciei a sua forma de actuar e entendi que por aquele caminho o PSD nunca ia lá chegar. E o tempo veio a dar-me razão. O resultado expressivo das últimas eleições demonstra a união do distrito em torno da liderança de Luís Montenegro.

[CP]: Santana Lopes foi desafiado para ir para a Figueira da Foz no primeiro mandato e voltou agora noutras roupagens partidárias. Vai fazer alguma coisa para o cativar de novo para o PSD?

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro.

[PL]: Motiva. Coimbra se tiver uma forma pró-activa de receber os empresários e investidores, com o resultante acréscimo de oferta de emprego e, com a qualidade de vida que tem, arrisco-me a dizer que seria uma das zonas mais atractivas do país. Nisto há uma mudança radical de comportamento do actual presidente da CMC, José Manuel Silva, o que apesar de ser um caminho que demora tempo a dar resultados, ele tem prosseguido de forma exemplar.

[CP]: A nível da nova fórmula hospitalar dos Covões e da organização na área da saúde era bom que estivessem de acordo as forças políticas de Coimbra, não?

[PL]: Era bom porque Coimbra tem uma grande capacidade médica instalada. Nós temos de nos diferenciar para captar potenciais utentes de outras regiões, porque se continuarmos a perder população e estando as outras cidades do país a ganhar esta capacidade instalada, o caminho que se adivinha é que cada vez mais venhamos a perder valências nesta área.

9QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 7ENTREVISTACAMPEÃO
PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 20
PATROCÍNIO: Paulo Leitão lamenta “espírito conservador de Coimbra” que faz com que perca a “chama e vivacidade” Ele [Nuno Freitas] é um quadro político para o futuro de Coimbra.

DE OUTUBRO DE 2022

DIA NACIONAL DA PARALISIA CEREBRAL DESMISTIFICA PRECONCEITOS

s a ú d e

MÉDICO DO CHUC INTEGRA GRUPO DE PERITOS PARA ELABORAÇÃO DE GUIDELINE INTERNACIONAL

ODia

Nacional da Paralisia Cerebral assinala-se, anualmente, a 20 de Outubro, tendo surgido pela primeira vez em Portugal em 2013, mas só no ano seguinte, em 2014, é que foi reconhecido e nomeado nacionalmente por decreto-lei na Assembleia da República.

Também conhecida como PC, a Paralisia Cerebral é uma condição motora frequente nas crianças e assume diferentes tipos de gravidade de pessoa para pessoa. Segundo estudos, em cada mil crianças que nascem, duas podem sofrer de PC. Em Portugal cerca de 20 mil pessoas vivem com esse tipo de paralisia, registando-se vários novos casos por ano.

Esta condição de desenvolvimento torna-se mais comum na infância e é caracterizada por alterações neurológicas que afectam o movimento e a postura do corpo, podendo ser de intensidade leve, moderada ou grave. Apesar de ser complexa e irreversível, pessoas com PC podem ter uma vida rica e produtiva, desde que recebam o tratamento clínico e cirúrgico adequados às suas necessidades.

O Dia Nacional da Paralisia Cerebral surge com o objectivo de desmistificar alguns dos preconceitos relacionados com este estado, colocando em debate o tema, e, sobretudo, mostrando a realidade, os problemas e os desafios de quem sofre diariamente desta condição devido de uma lesão no cérebro, que na maioria das vezes ocorre de forma precoce (normalmente até os dois anos de idade).

ASSOCIAÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL DE COIMBRA

Em Coimbra, a Associação de Paralisia Cerebral (APCC) dedica o seu amor e compreensão a todas as pessoas com este grau de deficiência. Fundada em

1975, a APCC foi criada para prestar apoio à população com PC. “Esta Associação fundou-se e teve origem a pensar no direito, nomeadamente à educação, que as crianças com paralisia cerebral, há 45 anos atrás, não tinham e que era preciso dar. Esse foi o propósito do nascimento da APCC. Ao longo de todo este tempo, continua a desenvolver actividade em prol da pessoa com deficiência, nomeadamente com PC, e foi de facto esta condição de desenvolvimento que esteve na origem da Associação”, começou por explicar ao “Campeão” Cristina Soutinho, directora técnica do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral de Coimbra e membro da Direcção da APCC.

Para a directora técnica é fundamental assinalar o Dia Nacional da Paralisia Cerebral. “É importante hoje continuar a lembrar este dia porque passado esse tempo a pessoa com PC continua a enfrentar enormes desafios na sociedade, sobretudo à sua participação como cidadã”.

Cristina Soutinho afirma que a paralisia cerebral não pode ser considerada uma doença uma vez que “não a resolvemos, não a curamos e não temos nenhuma medicação que resolva aquilo que é uma alteração que ocorre no cérebro” da pessoa. Nas suas

palavras a PC é “uma condição de desenvolvimento que tem um impacto muito grande no indivíduo e na sua família”.

A APCC tem como um dos pilares base o acompanhamento da pessoa desde o seu nascimento, em muitos casos até antes de haver um diagnóstico mais claro e preciso, e ao longo da vida do indivíduo. É feito um acompanhamento no seu percurso escolar, trabalham com a comunidade educativa sempre em prol da inclusão da criança e acompanham aquando a inserção no mercado de trabalho. “Este é um dos pilares de intervenção, assentamos globalmente a nossa intervenção em vários princípios, um deles é o acompanhamento ao longo da vida, através de equipas interdisciplinares e intervenção no contexto familiar. Sempre que tiverem uma dificuldade estamos sempre ali para ajudar e apoiar”, sublinha.

DIA ABERTO

Hoje, no dia em que se assinala a importância de falar sobre a paralisia cerebral, a APCC decidiu realizar um Dia Aberto, onde estão presentes profissionais, utentes e voluntários disponíveis para dar a conhecer os diferentes serviços e respostas da Associação. Esta é uma iniciativa dirigida a

toda a comunidade: famílias, escolas, instituições, parceiros e todas as pessoas que pretendam ficar por dentro do trabalho realizado pela APCC.

O evento decorre a partir das 10h00, com as tradicionais boas-vindas, seguindo-se, pelas 10h15 e até às 15h00, várias actividades, desde a oficina de música, teatro, artes plásticas, desporto e jogos ampliados. Para além destas acções decorre até às 18h30, um espaço multimédia, mercadinho, ludoteca “O Dragão Brincalhão” e, em permanência, o contacto com diferentes serviços.

Além da homenagem a nível nacional, a paralisia cerebral tem assinala-se também a 6 de Outubro, em mais de 75 países. Neste dia várias associações organizam actividades que apelam à solidariedade para com os indivíduos com PC, com o intuito de melhorar a sua vida. Apesar de não ter cura, a PC deve ser tratada de forma a estimular o funcionamento correcto das células existentes e, assim, promover a compensação das células destruídas e que, por esse motivo, afectam o desenvolvimento dos seus portadores. O objectivo é garantir que crianças e adultos com paralisia cerebral tenham os mesmos direitos, acesso e oportunidades que qualquer outra pessoa na sociedade.

João Mariano Pego, médico especialista de Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), faz parte de um grupo de peritos responsável pela elaboração da Guideline do International Council for Standardization in Haematology  (ICSH) para Testes Globais de Coagulação (Testes Viscoelásticos). “Os testes viscoelásticos são testes que fornecem informação global sobre a dinâmica do desenvolvimento, estabilização e dissolução dos coágulos que reflectem a hemóstase in vivo”, explica o médico, adiantando ainda que “estes testes podem contribuir para avaliar riscos e fenómenos hemorrágicos e trombóticos, portanto, úteis em diversas situações, nomeadamente: traumatismo, grande cirurgia (incluindo cirurgia de transplantação hepática, cirurgia cardíaca, entre outras), gravidez, avaliação da função plaquetária, perturbações hipercoaguláveis, coagulopatia associada à Covid-19, coagulação intravascular disseminada, investigação de indivíduos com uma doença hemorrágica não classificada, entre outros”. O grupo de peritos inclui mais cinco médicos, dois dos Estados Unidos, um da Austrália, um da Inglaterra e um da Irlanda.

CENTRO DE NEUROCIÊNCIAS E BIOLOGIA CELULAR DA UC DISTINGUIDO

O Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e a Associação Portuguesa de Sono (APS) foram distinguidos pelas World Sleep Society (WSS), pelas actividades desenvolvidas em parceria no Dia Mundial de Sono, a 18 de Março deste ano. A campanha “Sono de qualidade, Mente sã, Mundo feliz”, desenvolvida pelas duas entidades foi distinguida tendo em conta as diversas actividades promovidas ao longo do mês de Março. Desde logo, o CNC-UC e a APS divulgaram conteúdos de sensibilização sobre o sono no ambiente digital, nomeadamente nos websites e nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter) de ambas as entidades. Cada publicação alcançou, diariamente, mais de 4.600 pessoas. Além destas acções, foram, também, realizadas sessões de esclarecimento em escolas e centros de saúde, bem como entrevistas nos meios de comunicação social, tais como rádio, revistas e jornais. O prémio será entregue durante a cerimónia de abertura do World Sleep Congress 2023, a decorrer no dia 22 de Outubro de 2023, no Rio de Janeiro, Brasil.

NOVAS FORMAS DE TRATAR O TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO

ESTUDADAS POR CIENTISTAS DA UC

Uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) está a investigar novas abordagens terapêuticas para o tratamento do traumatismo cranioencefálico, uma lesão no tecido do cérebro que incapacita a função cerebral. Este estudo em curso visa “encontrar novas respostas para combater os efeitos secundários deste traumatismo”, bem como “prevenir as alterações causadas por um trauma, como mudanças comportamentais (perdas de memória, alterações de humor, dificuldades de aprendizagem e concentração) e cerebrais (nomeadamente, perda de massa branca e diminuição de volume)”, referiu a UC. A investigação pretende vir a identificar terapias mais eficazes, dado que “um dos grandes problemas do traumatismo cranioencefálico é a falta de uma terapia eficaz e direccionada contra os seus efeitos negativos”, disse Ricardo Leitão, investigador do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB) da Universidade de Coimbra.

QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 202210 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022
ACTUALIDADE CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt8 20
DATA É ASSINALADA HOJE (20) APCC mostra o trabalho realizado por pessoas com paralisia cerebral

DE 21 DE OUTUBRO A 1 DE NOVEMBRO LOUSÃ PROMOVE “SABORES DE OUTONO” DURANTE 12 DIAS

Este ano, o Festival

“Sabores de Outono” conta com 22 restaurantes aderentes sendo que dois participam pela primeira vez.

O Restaurante Tradição.Come e o Verdini são os estreantes desta edição conforme referido na apresentação do evento, que se realiza anualmente e vai já na sua 15.ª edição.

A iniciativa pretende apresentar ementas exclusivas com recurso ao receituário tradicional desta Região, tirando partido dos seus produtos mais emblemáticos, como o queijo, o mel e a castanha.

Durante a sessão de apresentação, o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, referiu que este festival “é uma forma de reforçar os principais motivos de

atractividade do Município, através da gastronomia” referindo ainda, que, por esse motivo há “uma grande aposta da autarquia nesta área”.

Luís Antunes aproveitou também para realçar o papel dos patrocinadores, alguns já de longa data, a quem agradeceu todo o apoio e enalteceu ainda o trabalho dos restaurantes aderentes, felicitando o empreendedorismo e o investimento feito no concelho.

Raul Almeida, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM – RC), parabenizou a autarquia pela dinâmica que imprime a este evento e referiu ser para a CIM-RC a continuidade “de grandes projectos, como é o caso da Região Europeia da Gastronomia”, tendo sido Coimbra a eleita em 2021,

com o mote A Million Food Stories.

Já a representante da Associação empresarial da Serra da Lousã, Carina Rodrigues, disse que este festival “é uma oportunidade de mostrar os nossos pratos e o que de melhor temos na nossa gastronomia”.

ORGANIZAÇÃO

E RESTAURANTES ADERENTES

Ao Festival “Sabores de Outono” vão juntar-se uma série de outras iniciativas culturais, sendo que algumas ainda não foram desvendadas, mas já com a confirmação do Festival Marionetas ao Centro.

O valor das ementas é variável, de acordo com os menus e com o critério dos restaurantes, e a reserva é recomendada.

Participam nesta iniciativa os seguintes res-

Carina Rodrigues (representante da AESL), Luís Antunes (presidente CM da Lousã) e Raul Almeida (vice-presidente CIM-RC)

taurantes: Restaurante O Burgo; Cosmos Pizza; Churrasqueira Borges; Restaurante Mimosa da Beira; Tradição.Come Louzan; Restaurante Alto Padrão; Q.B. Restobar; Casa Bacalhau; Cervejaria Universal; Restaurante Adega da Villa; Churrasqueira Manuel da Póvoa; Restaurante Villa Lausana; Restaurante Ti Lena; Restaurante Casa Velha;

Verdino Cofee & Healthy Food; Restaurante Casa dos Frangos São Paulo; Restaurante à Terra – Octant Lousã; Churrasqueira Galinha Amiga; Restaurante Manjar da Villa; Pizzaria Figueiredo’s; Restaurante Sabores da Aldeia e Taberna Burguesa. O Festival “Sabores de Outono” é organizado pela Câmara Municipal da Lousã e conta com o apoio de

vários parceiros: Associação Empresarial da Serra da Lousã, Delta Cafés, Quinta de Foz de Arouce, Licor Beirão (que também será uma presença na confecção das ementas, tanto em entradas, como em pratos ou simplesmente como digestivo), Padaria/Pastelaria São Silvestre, LousãMel, CIM Região de Coimbra, Turismo Centro de Portugal e Aldeias do Xisto.

AFunerária

JBarroca, conceituada agência em Coimbra, assinalou, na passada terça-feira (18), 12 anos de acompanhamento a famílias na despedida de um ente querido.

Ao longo deste trajecto, a funerária tem conseguido impor-se no mercado com um crescimento contínuo e que vem a estabelecer uma posição de liderança consolidada.

No mais recente ranking do sector, que combina facturação e número de serviços realizados pelas 1.214 funerárias do país, a JBarroca encontra-se na 14.ª posição a nível nacional e a 1.ª no distrito de Coimbra. Segundo José Maria Barroca, proprietário da funerária, estes resultados são fruto do “esforço e trabalho de todos” na empresa, destacando que a “transparência, discrição, honestidade e seriedade” são os valores que levaram ao sucesso do negócio.

Há 12 anos José Maria Barroca e o filho, José Pedro Barroca, abriram a primeira agência, em São Martinho do Bispo (Coimbra). Daí em diante, a empresa foi crescendo até que, em 2014, decidiram abrir a segunda loja na Solum. No entanto, a empresa continuou a crescer e, em breve, vai abrir a terceira, na Praceta Fausto Correia, em Celas.

Com mais um espaço em funcionamento, a empresa vai ter a necessidade de contratar mais um colaborador, que se soma aos actuais sete que já trabalham a tempo inteiro.

A Agência Funerária JBarroca efectua todo o tipo de funerais para jazigos, sepulturas e cremações, exumações (a corpos e a ossadas) e trasladações.

“Somos uma empresa em expansão, rigorosa, competente e séria, constituída por uma equipa jovem de profissionais qualificados”, realça a gerência. Em momentos tão dolorosos como a despedida de um ente querido, a JBarroca destaca que é com “calma, seriedade e simpatia” que “acompanha as famílias em momentos tão árduos e lamentáveis como a partida de alguém próximo”.

11QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 ACTUALIDADE CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt10 20 DE OUTUBRO DE 2022 PUBLICIDADE
AGÊNCIA VAI ABRIR, BREVEMENTE, TERCEIRO ESPAÇO EM COIMBRA FUNERÁRIA JBARROCA HÁ 12 ANOS A APOIAR NOS MOMENTOS DIFÍCEIS
José Maria Barroca e José Pedro Barroca
QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 202212 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Rua Adriano Lucas, 216 - Fração D, Eiras | 3020-430 Coimbra OUÇA A www.radioregionalcentro.pt

GALA PREMIOU DESPORTO DA UNIÃO DAS FREGUESIAS DE S. MARTINHO DO BISPO E RIBEIRA DE FRADES

Oauditório

da Casa do Juiz, em Bencanta, recebeu, no sábado (15), a VII Gala do Desporto da União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades.

No evento, foram distinguidos seis dezenas de agentes, tais como atletas, treinadores, dirigentes, clubes e eventos desportivos.

Os primeiros prémios a ser entregues foram os de incentivo, tendo recebido o galardão: Hipismo - Rita Noronha da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra; Ginástica Acrobática – Bianca Carvalho da Associação Académica de Coimbra; Natação – Vigor da Mocidade e Esperança Atlético Clube; Kempo - Leonardo Matos; Karaté – Vitória Bondarets e o par Guilherme Amaral e João Ferreira da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra; Rugby Sub-14 – Agrária Lugrade e, finalmente, o galardão de Golf foi entregue a Rui Brás.

Seguiu-se a entrega de uma Menção Honrosa ao trio de ginástica acrobática Leonor Amorim, Matilde Sardo e Laura Faustino.

Foram também atribuí-

dos prémios de Mérito Desportivo: Hipismo – Pedro Félix da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra; Ginástica Acrobática – ao par Joana Sofia e Sofia Ferreira, ao trio Maria Duarte, Laura Veloso e Inês Nossa (Vigor da Mocidade), ao trio Inês Lança, Andreia Margalho e Maria Correia (Vigor da Mocidade), ao par Cristina Amorim e Lara Fonseca (Vigor da Mocidade), ao trio Filipa Brás, Catarina Santos e Maria Bairrada e à dupla Joana Gouveia e Francisca Oliveira (Vigor da Mocidade).

Ainda no Mérito Desportivo, foi a vez de galardoar, em Patinagem Artística, o Vigor da Mocidade que viu as atletas Maria Beatriz Marques, Sara Cavaleiro, Beatriz Carreiró e Iris Capuchos serem premiadas.

Já o mérito desportivo Kempo World Champinship foi entregue a Francisco Costa e Maria Beatriz Cardoso.

Ainda em Mérito Desportivo foram entregues os seguintes galardões: Tumbling – Ana Beatriz Oliveira da Associação Académica de Coimbra; Rugby – Equipa feminina Agrária Litocar; Rugby Touch – Agrária Coimbra Nutriva; Prestígio – Joana Borlido da Associação de Estudantes da Escola

Superior Agrária de Coimbra; Campeão Nacional de Rugby – Instituto Politécnico de Coimbra(IPC); Canoagem individual - Joaquim Lobo, Marco Apura, Sara Sotero e Inês Penetra do IPC; Canoagem em par – Inês Penetra e Dora Lemos (IPC) e Joaquim Lobo e Marco Apura (IPC); Atletismo – Escola de atletismo de Coimbra AR Casaense e Alexandre Lucas; Atletismo Master – Augusto Cavaleiro; Atletismo M35 – Nelson Oliveira da Escola de Artes de Coimbra (EAC); Formação Futsal – Centro Social S. João e na Formação – Vigor da Mocidade, Sporting Clube Ribeirense e Esperança Atlético Clube.

O prémio Dirigente do Ano foi entregue a José Manuel Calhau, do Vigor da Mocidade, e o prémio Dedi-

cação foi para Nuno Firmino do Esperança Atlético Clube.

Diogo Fernandes da Associação Académica de Coimbra recebeu o prémio Ginasta de Alto Rendimento Internacional e a dupla João Carreira e Matilde Cruz foram galardoados com o prémio de Atleta do Ano. Também como Atleta do Ano, mas em rugby, foi Mariana Santos a galardoada.

O prémio Modalidade do Ano foi entregue à ginástica acrobática da Vigor da Mocidade e o prémio Carreira a Hermano Ferreira da EAC que agradeceu o prémio e disse estar disponível para colaborar com o desporto distrital: “a carreira internacional acabou, mas o atletismo vai continuar”, frizou o atleta.

O Intermarché de Ta-

veiro recebeu o prémio de Patrocinador desportivo, sendo que Martinho Lopes, administrador do grupo, referiu que “ajudar as instituições é uma obrigação social das empresas e que pretende continuar a apoiar o desporto”.

Já Rui Ferreira, presidente do Esperança Atlético Clube que recebeu o galardão de Solidariedade, agradeceu este reconhecimento e reforçou o convite às restantes associações para ajudarem na distribuição de alimentos pela população mais carenciada da freguesia. Recorde-se que esta associação já doou cerca de quatro toneladas de alimentos apenas nesta época.

A S. Silvestre Coimbra 2021 recebeu o prémio de Prova do Ano. Luís Gaspar, da Associação Casaense, referiu que a qualidade desta prova se deve sobretudo aos patrocinadores e garantiu que a 17 de Dezembro a prova regressa à cidade.

Emanuel Pereira, jornalista do Diário As Beiras, foi galardoado com o prémio Jornalista Desportivo.

A Associação Recreativa Casaense, Campeã Distrital Sub-15 foi considerada a Equipa do Ano no escalão de Formação, e a Equipa do Ano 2021/2022 foi o Vigor da Mocidade a Associação Re-

“UM CÃO COMBATE A SOLIDÃO”

APROXIMA ANIMAIS DOS IDOSOS

creativa Casaense, Campeão Distrital Sub-15 e a Equipa do Ano 2021/2022 foi a Vigor da Mocidade – Campeão Distrital de Honra.

O vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra foi surpreendido com o prémio Reconhecimento. Carlos Lopes, durante o seu discurso, disse estar mais habituado a homenagear do que a receber homenagens e dedicou este prémio a Carlos Cidade, anterior vereador do Desporto, falecido em Maio deste ano, que também foi distinguido com o prémio Memória.

O mesmo galardão foi atribuído a António Cabelo (Vigor da Mocidade) e a Sérgio Malagueira (Vigor da Mocidade) que receberam, com grande comoção, uma ovação do público.

A gala encerrou com a entrega do Galardão de Treinador do Ano, atribuído a Sérgio Conceição, mas entregue a Sandro Pereira, da equipa técnica do treinador, referindo que para Sérgio Conceição “este prémio tem tanta importância como os outros que já recebeu”.

No final da gala, a convite do presidente da União das Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, Jorge Veloso, decorreu um lanche convívio.

Oprojecto

vai arrancar dentro de poucas semanas e tem como objectivo ajudar os idosos de Coimbra que se encontram mais isolados.

“Um cão combate a solidão” é o mote para a iniciativa promovida pelos serviços médico-veterinários do Canil Municipal de Coimbra sendo que a ideia passa por fazer chegar o projecto a todas as freguesias do concelho, dando seguimento a duas vertentes do mesmo: primeiro, através da visita aos lares de terceira idade, com animais do Canil e, depois, através do apoio das Juntas de Freguesia, para a identificação de idosos ac-

tivos, ou seja, “com alguma mobilidade para poderem cuidar do animal e passeá-lo”, complementa o vereador da Câmara de Coimbra com o pelouro dos Serviços Médico-Veterinários.

“Já temos algum trabalho feito nomeadamente com crianças, com experiências, animais nas escolas... e constatámos, além de que está provado e também vemos, que a solidão é um dos graves problemas dos nossos tempos e afecta cada vez mais pessoas, em particular as pessoas mais idosas. Já aconteceram algumas experiências de interacção de animais com lares e, portanto, acredito que esta medida poderá ser benéfica para as pessoas que se

encontram mais isoladas”, explica Francisco Queirós. O vereador realça que os animais de companhia têm um papel determinante para ajudar a combater a solidão, sublinhando que a escolha dos animais para integrar este projecto será feita de forma criteriosa, tendo em conta as características comportamentais dos mesmos, de forma a adequar-se ao novo dono.

Neste momento, os serviços médico-veterinários estão a falar com as Juntas de Freguesia, sendo que algumas já se mostraram disponíveis para participar nesta iniciativa a qual, segundo Francisco Queirós, deverá arrancar no espaço de poucas semanas. O res-

ponsável acrescenta que tem havido mais adopções nos últimos tempos, nomeadamente com os open days promovidos pelo Canil, no entanto, “continua a haver, infelizmente, muitos animais abandonados, muitos deles deixados até à porta do Canil por quem os descarta”, lamenta, realçando ainda que a exposição de 28 fotografias de animais disponíveis para adopção – que esteve patente no Alma Shopping até terça-feira (18) - faz parte da política do canil de divulgação do seu serviço e promoção da adopção consciente de animais. Paralelamente, foi inaugurado no início do mês, no âmbito das celebrações do

A exposição, que esteve patente no Alma Shopping, é mais uma medida de incentivo à adopção de animais do Canil

Dia do Animal, o primeiro abrigo e posto de alimentação municipal para gatos, na avenida D. Afonso Henriques, numa iniciativa conjunta da União das Freguesias de Coimbra, através da sua Comissão Local de Bem-Estar Animal.

Ao abrigo do projecto “Um cão combate a solidão”, todos os animais serão entregues devidamente desparasitados, vacinados e registados e estarão isentos de pagamento de qualquer taxa ao abrigo desta campanha.

13QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 ACTUALIDADE CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt12 20 DE OUTUBRO DE 2022
PROJECTO DO CANIL MUNICIPAL DE COIMBRA O Vigor da Mocidade foi, de entre as Associações galardoadas, a que mais distinções recebeu

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, acusou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de gozar com o município ao protelar no tempo intervenções de transposição de areias na zona costeira do concelho. Segundo o autarca, a APA não tem intenção de executar antes de 2025 a transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia para sul da Cova Gala, que estava prevista inicialmente para 2023. Ana Tabaçó, vice-presidente, explicou que, durante a elaboração do Orçamento Municipal para 2023, a APA foi

contactada sobre a intervenção prevista por causa de uma comparticipação municipal, mas comunicou que o ‘big shot’ “não vai existir antes de 2025”. Para o presidente da Câmara, esta data “é inaceitável” e a reprogramação financeira proposta pela APA, num protocolo que envolve o Município e o Porto da Figueira da Foz, que constava da ordem de trabalhos, não vai ser aceite e será alvo de renegociação. “Somos unânimes na recusa inaceitável desta situação”, disse Santana Lopes, depois de obter solidariedade política da oposição. O autarca dis-

se já não ter certeza se ia avançar em Outubro a primeira fase da intervenção com a transposição de 100 mil metros cúbicos de areias na zona costeira do concelho, prevista inicialmente para Maio e depois para Setembro. A execução do ‘big shot’ antecede a construção de um sistema fixo (‘bypass’), prevista para 2024, mas que, face ao adiamento da segunda fase, também vai sofrer alteração. Também o vereador Ricardo Silva considerou que este adiamento representa “uma falta de consideração” do Governo pela Figueira da Foz.

LIGAÇÃO DE BARCO ENTRE MARGENS PREVISTA PARA O FINAL DO ANO

Dentro de poucos meses deverá entrar em funcionamento a embarcação eléctrica adquirida pelo Município da Figueira da Foz para efectuar a travessia entre as duas margens, segundo o presidente Santana Lopes. “Espero que esteja concluído até final do ano”, reforçou. O barco, movido a energia eléctrica, vai ligar diariamente a zona de São Julião ao Cabedelo e terá capacidade para transportar 36

passageiros, num investimento superior a meio milhão de euros. A ligação mais rápida que existe para o lado sul do concelho é a Ponte Edgar Cardoso, que vai entrar em obras no início de Novembro, pelo que a embarcação vai representar uma alternativa de transporte mais rápido e menos poluente. Por outro lado, as ligações de barco no Mondego justificam-se também pelo facto de o Hospital Distrital da Figueira da Foz, que

tem perto de um milhar de funcionários, se encontrar na margem sul da cidade. “Estamos a estudar neste momento se a embarcação se vai integrar ou não no sistema de transportes que a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra está a desenvolver”, disse Santana Lopes. O Executivo Municipal atribuiu ao barco o nome de Carlos Manuel Azevedo Simão, antigo presidente da Junta de Freguesia de São Pedro.

OBRAS DE REABILITAÇÃO E REFORÇO DA PONTE EDGAR CARDOSO COMEÇAM DIA 31

A Ponte Edgar Cardoso vai estar condicionada ao trânsito a partir do final do mês. Segundo os representantes da Infraestruturas de Portugal (IP), a partir do início dos trabalhos, previstos para o dia 31 de Outubro, o tráfego rodoviário vai ser reduzido a uma faixa em cada sentido até ao final da empreitada. A partir de Fevereiro, de acordo com o gestor da Unidade de Conservação Operacional do Centro/Norte, Rafel Savedra, o trânsito será cortado no período nocturno, com excepção para os veículos de emergência, entre as 20h30 e as 6h30, excepto nas noites de sexta-feira para sábado e de sábado para domingo. A circulação pedonal, de bicicleta ou outros meios está impedido já a partir do início dos trabalhos e durante toda a obra. Está prevista ainda a colocação de semáforos limitadores de velocidade para o trânsito que circular na ponte - de 1,4 quilómetros de extensão - e o corte alternado das duas faixas de rodagem, com circulação condicionada a uma via em cada sentido. Sobre os acessos alternativos, que obrigam a entrar em auto-estrada, o presidente referiu que uma das exigências do Município é que a via alternativa (A17) não seja portajada. As intervenções preconizadas consistem

essencialmente na substituição integral do sistema de tirantes da ponte por um sistema de nova geração, bem como a beneficiação geral da obra, nomeadamente: protecção das superfícies de betão das torres; protecção anticorrosiva da estrutura metálica do tabuleiro da ponte; limpeza, decapagem e pintura dos guarda-corpos, incluindo reparação dos módulos danificados; substituição do revestimento existente nos passeios; substituição das juntas de dilatação; alteração do sistema de iluminação pública; limpeza, decapagem, metalização e pintura dos aparelhos de apoio metálicos, dispositivos de ancoragem do tabuleiro, desviadores e dispositivos antivibráticos do pré-esforço exterior e dos dispositivos dissipadores.

FIGUEIRA DA FOZ

COMBOIO DO ISCAC VOLTOU A PARAR NO GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE

OGinásio Figueirense voltou, na passada quarta-feira (12), a receber o Comboio do ISCAC – Coimbra Business School na Figueira da Foz que levou cerca de 100 alunos, professores e funcionários desta instituição para lhes proporcionar um dia inteiro de actividades desportivas nas instalações do Ginásio. Esta foi a 3.ª edição desta iniciativa, pelo que as duas anteriores ocorreram em Março de 2017 e Setembro de 2019, fazendo parte das expectativas do Clube “ampliar o sucesso verificado nas duas anteriores edições, mas desta vez a data não foi a melhor, coincidiu com as Latadas, ressacas e outras situações que impediram uma maior participação”. Depois da viagem a partir de Bencanta, chegaram à Estação da Fontela para se dirigirem ao Centro Náutico contíguo à estação, onde foram recebidos por treinadores, atletas e dirigentes do Ginásio, que os acompanharam num dia diferente de prática desportiva. Ficou à disposição dos alunos experimentar as modalidades de remo, tiro, stand-up paddle e BTT nas instalações do Centro Náutico, enquanto outros foram transportados em carrinhas do Clube para o Pavilhão Galamba Marques (basquetebol, voleibol, ténis de mesa, futebol e kickboxing) ou natação na piscina do Clube. Ao final da manhã, os visitantes juntaram-se novamente no Centro Náutico para um almoço-convívio oferecido pelo Ginásio, onde o presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Joaquim de Sousa, saudou os visitantes lembrando o interesse e mais-valia mútuos deste protocolo com o ISCAC, veiculando o prazer

Ana Freitas, Alexandre Silva (presidente) e Isabel Lemos do ISCAC, com Joaquim de Sousa (presidente da Assembleia Geral do Ginásio)

que dá a visita dos jovens estudantes. “Nós privilegiamos a cooperação e a amizade que isso proporciona”, disse Joaquim de Sousa. Em nome do ISCAC, o presidente Alexandre Silva agradeceu o entusiasmo de Joaquim de Sousa nestas cooperações, bem como o acolhimento e a simpatia com que foram recebidos pelo Ginásio, apelando aos estudantes para que, para seu próprio bem, pratiquem mais desporto, explicando que “não há diferenças entre Coimbra e Figueira da Foz e que esta cooperação e laços de amizade saiu reforçada nesta iniciativa”, concluiu. O almoço terminou com troca de lembranças, com o Ginásio Clube Figueirense a distinguir a colaboração e o entusiasmo de Ana Filipa Freitas e Isabel Lemos, bem como Alexandre Silva. À tarde prosseguiu a prática desportiva com a troca dos praticantes para novas sessões de iniciação, após o qual a comitiva do ISCAC regressou a Bencanta de comboio ao final da tarde.

PRÉMIO HEALTHCARE EXCELLENCE REGRESSA COM 9.ª EDIÇÃO

Amanhã (21), a partir das 10h00, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) realiza a cerimónia de entrega de prémios da 9.ª edição do Prémio Healthcare Excellence, no Hotel EuroStars Oasis Plaza. Entre os oito finalistas seleccionados estão seis entidades de saúde: Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, que conta com três projectos - Balcão SNS 24, App Telemonit SNS 24 e App SNS 24, o Centro Hospitalar Universitário do Porto - Projecto WALKINGPad, o ACES Almada-Seixal,

Câmara Municipal de Almada, Grupo Activistas em Tratamentos e Hospital Garcia da Orta - Centro de Respostas Sociais e de Saúde; Unidade Local de Saúde de Matosinhos - PrEGeReT - Programa de Gestão do Regime Terapêutico na Diabetes Tipo II, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central - Projecto Logística Inversa do Medicamento e Centro Hospitalar Barreiro Montijo - App UHD@CHBM. Durante a manhã, os autores dos projectos finalistas farão a apresentação que constitui um dos critérios

de avaliação, além da inovação e replicabilidade em outras instituições. O júri é composto por Delfim Rodrigues, presidente do Conselho Fiscal e de Disciplina da APAH, Victor Herdeiro, presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Ana Escoval, Sócia de Mérito da APAH, e Dulce Salzedas, jornalista da SIC. O vencedor será anunciado pelas 17h30 e vai receber um prémio no valor de cinco mil euros destinado à entidade/instituição onde o projecto foi desenvolvido e implementado.

MERCADO DA MARINHA DAS ONDAS VAI RECEBER FESTIVAL GASTRONÓMICO DOS SABORES DO MUNDO

Este domingo (23), o Projecto Sem Diferenças E8G e a Junta de Freguesia da Marinhas das Ondas vão promover o II Festival Gastronómico, no Mercado da Marinha das Ondas, entre as 9h00 e as 13h00. A iniciativa pretende dar a conhecer e promover as comunidades e a gastronomia dos diferentes países repre-

sentados na Freguesia. O II Festival Gastronómico dos Sabores do Mundo conta com a participação do Nepal, Índia, Bangladesh, Venezuela, Uzbequistão, Ucrânia, Argentina e Brasil. Será uma prova de sabores do mundo, onde as diferentes comunidades pretendem celebrar e agradecer o acolhimento e

a integração na Freguesia da Marinha das Ondas, partilhando os sabores mais típicos e utilizados nas grandes festividades culturais e religiosas de cada país. Esta acção está integrada na Quinzena Municipal da Igualdade, que se assinala em todos os municípios de 17 a 30 de Outubro de 2022.

QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 202214 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 13
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 20 DE OUTUBRO DE 2022
SANTANA LOPES ACUSA AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE DE GOZAR COM MUNICÍPIO
O prazo previsto para a empreitada é de 21 meses

MATOBRA É A MAIS INOVADORA EXPOSIÇÃO DE CERÂMICA, BANHO E COZINHA DO PAÍS

breves

FLIXBUS VAI PASSAR A LIGAR COIMBRA A CASTELO BRANCO

Pela

segunda edição consecutiva, a APCMC- Associação de Materiais de Construção distinguiu a Matobra – Materiais de Construção e Decoração, S.A. com o prémio “Melhor Loja – Inovação”, num universo que incluía todas as empresas associadas da APCMC.

A distinção foi atribuída no âmbito da CONCRETA – Feira Internacional de Construção e Obras Públicas, que decorreu até ontem (16 de Outubro), na Exponor e o júri considerou critérios como: o design e a interação do espaço com os clientes, a incorporação de tecnologias digitais e a criatividade (nas vertentes de contemporaneidade, inovação e design).

A inovação que a AP-

CMC distingue neste prémio é visível no showroom da empresa, onde se aposta na seleção do que de mais inovador se apresenta ao mercado, com produtos que surpreendem o visitante.

Inovadora é também a forma como a comunicação do produto no showroom é feita, com ecrãs interativos que permitem ao cliente uma experiência mais intensa.

Com quase 2000m2 de exposição, a empresa foi das primeiras a apostar num conceito integrado de venda de “ambientes de vida”, mais do que num posicionamento focado em produtos. O showroom está dividido por zonas de atuação: Cerâmica, Casas de banho, Madeiras, Cozinhas e Decoração. O conceito

valoriza a experiência de compra, criando mais valor na costumer journey, ao concentrar toda a tipologia de produtos e soluções para a decoração da casa num só espaço.

Recorda-se que a Matobra celebra este mês o seu 56º aniversário.

Fundada por uma equipa de investidores liderada por um dos mais conceituados empresários da altura, Luís Ramos, a Matobra cedo atingiu um nível elevado de desenvolvimento e de consideração no mercado da cerâmica e outros materiais de construção. Pelo seu dinamismo interno e pela forma participativa como sempre se envolveu com a sociedade em geral, promovendo e apoiando iniciativas diversas, a em-

José Guilherme Martins é o director-geral da Matobra, funções a que tem vindo a imprimir a dinâmica da terceira geração

presa ganhou em Coimbra e na região um estatuto de prestígio e consideração que se mantém e constitui o seu activo mais importante. Hoje liderada pelo neto de Luís Ramos, eng. José Guilherme Martins, a Matobra não deixou perder a sua matriz de empresa familiar, quer pelas participações

de capital quer sobretudo por tratar o mercado e os clientes em geral como um verdadeiro património de estima, cultivando a proximidade e a elegância de trato como chaves decisivas para a afirmação da empresa, há mais de 50 anos a servir Coimbra e o país e a prestigiar a actividade.

S. JOSÉ PNEUS PREMEIA ALUNOS DO

Matilde de Andrade Catarino, Helena Maria Lourenço Oliveira e Bruno Miguel dos Santos Gentil foram os três alunos do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, em Cantanhede, premiados, com um total de 2.200 euros, pela empresa S. José Pneus, no âmbito da 2.ª edição da Bolsa de Mérito.

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu na passada sexta-feira (14), na sede da empresa, e contou com vários convidados, nomeadamente os alunos premiados e

familiares, os gerentes da S. José Pneus, Helena Aniceto Tomé, José Aniceto e Luís Aniceto, a presidente do Município de Cantanhede, Helena Teodósio, o vice-presidente Pedro Cardoso, o director do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, José Soares e a sub-directora Anabela Veloso.

Bruno Gentil recebeu a quantia de 500 euros, Helena Oliveira 700 euros e Matilde Catarino, que não esteve presente na entrega fazendo-se representar pela irmã Beatriz Catarino, recebeu 1.000 euros. Estes prémios correspondem à Bolsa de Mérito do ano lectivo 2021/2022.

A S. José Pneus acredita que o caminho para a evolução do país, e em particular da região em que se insere, passa pela maior qualificação dos seus jovens e procura dar oportunidades para que todos possam chegar mais além, fruto do seu trabalho e dedicação. “Acreditamos que a semente e a educação irá germinar para se criar um mundo melhor em Portugal, mais próspero, e é nos jovens que depositamos a esperança de um futuro melhor, para todos mais inclusivo, justo e sustentável”, afirmou Luís Aniceto, um dos gerentes da empresa. Para o em-

presário este é um passo importante que acredita que “fará certamente a diferença no percurso” destes jovens.

José Soares e Helena Teodósio também destacaram a importância da entrega dos prémios, referindo-se que se trata de uma “iniciativa de grande alcance”, de “valorização” e de “grande nobreza”, que mostra o trabalho desenvolvido pelos estudantes e os ajuda a prepararem-se para o futuro.

Bruno Gentil, um dos alunos premiados, tem 18 anos e ingressou este ano na Universidade de Aveiro, no curso de Engenharia Física. Considera que

esta iniciativa por parte da S. José Pneus é “uma motivação para continuar a esforçar-se para fazer mais e melhor”. O antigo estudante de Ciências e Tecnologias afirma que o dinheiro agora recebido irá ser para ajudar nas despesas que vai ter no ensino superior e garante que vai continuar a ser um aluno dedicado.

A Bolsa de Mérito S. José Pneus conta com o apoio da Direcção do Agrupamento de Escolas Lima de-Faria e da Câmara Municipal de Cantanhede e, para este ano lectivo 2022/2023, já está garantida a terceira edição da Bolsa de Mérito.

COIMBRA RECEBE XI ENCONTRO NACIONAL DE DIRIGENTES MUTUALISTAS

Nopróximo dia 25, entre as 9h00 e as 12h30, a Casa da Mutualidade, d’A Previdência Portuguesa, em Coimbra, vai ser o palco do XI Encontro Nacional de Dirigentes Mutualistas, evento promovido pela

União das Mutualidades Portuguesas (UMP).

Com o tema central “Agenda 2030: + investimento, + inovação, + emprego”, o encontro reúne os dirigentes das mutualidades de Norte a Sul do país e contará com a participação do secretário de

Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos.

“Trata-se de um tema estratégico para o desenvolvimento das mutualidades. É importante ficar a conhecer a programação do próximo quadro comunitário de apoio para permitir às orga-

nizações estabelecer metas e estratégias”, considera Luís Alberto Silva, presidente da União das Mutualidades Portuguesas.

Tendo em conta o grande desafio da inovação social, será aprofundada, com maior detalhe, pela Estrutura de

Missão Portugal Inovação Social, a Agenda para o Impacto 2030. Estarão ainda em foco as várias medidas do Instituto de Emprego e Formação Profissional de apoio à contratação de recursos humanos pelas organizações do sector social.

A alemã FlixBus tem agora disponível uma nova linha que vai desde Coimbra a Castelo Branco. Como uma experiência de viagem 100% digital, e com informação em real time sobre a localização do autocarro ou eventuais atrasos, a FlixBus trouxe para Portugal uma nova experiência nas viagens de autocarro expresso. Apesar disso, o maior operador europeu de transporte expresso de passageiros realça que Coimbra tem ignorado os passageiros, uma vez que não dispõe de uma paragem “com as mínimas condições”, sendo que está localizada na Rua do Padrão.

CCDRC REFORÇA APOSTA EM ENERGIA FOTOVOLTAICA

Com o objectivo de reforçar a autoprodução de energia eléctrica, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) instalou mais 114 painéis solares fotovoltaicos nos edifícios da sede, que passaram a ter 234 painéis. Com este projecto, que tem um valor de 52 mil euros, a CCDRC terá uma poupança anual de 60% em custos de energia, o que levará ao retorno do investimento em menos de cinco anos. As medidas agora implementadas contribuem ainda para a sustentabilidade e diminuição da pegada ecológica da sua actividade.

VINHOS E AZEITES DE PORTUGAL APRESENTADOS EM FESTIVAL INTERNACIONAL

Vários vinhos e azeites da Ístria e do Centro de Portugal foram apresentados no 11.º Zagreb Tourfilm Festival. O evento, que decorreu em Zagreb, contou com um workshop promocional com provas de Vinhos e Azeites de Portugal e da Croácia. A sommelier portuguesa Bebiana Monteiro, professora do Politécnico do Porto, apresentou três vinhos da Bairrada: Aliança (espumante), São Domingos (branco) e Messias (tinto). Esta acção volta a repetir-se com os mesmos vinhos e azeites como protagonistas, nos dias 26 e 27 de Outubro, em Ourém, durante a 15.ª edição do Festival ART&TUR.

15QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 EMPRESAS & NEGÓCIOS CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt16 20 DE OUTUBRO DE 2022
VENCEDORES RECEBERAM 2.200 EUROS NO TOTAL
QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 202216 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Ao anunciar a sua empresa nesta Rádio os produtos que fabrica e / ou os serviços que presta, bastam 20 segundos para que milhares e milhares de pessoas conheçam o seu trabalho e o contributo que dá à Região e ao nosso País! ACOMPANHE O PULSAR DA REGIÃO NO RÁDIO DO SEU CARRO SINTONIZADO EM 99.3 FM OU WWW.RADIOSOBERANIA.PT OU NA APLICAÇÃO PARA TELEMÓVEL (DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD EM ) 234 602 133 radiosoberaniafm993@gmail.com

OUTUBRO DE 2022

Honeste vivere, Honesta fama…

Aquestão,aparentemente

recorrente, da ligação obesa de governantes, directa ou indirectamente, a negócios com o Estado, tem sido discutida à volta da lei das incompatibilidades, mais propriamente da sua boa ou má redacção, deficiente interpretação ou, mesmo, no patamar da sua eventual inconstitucionalidade.

Deveria sê-lo, porém, preferencialmente, em torno da reputação, da honra, da moral,da ética, sob pena de o princípio ético-jurídico, fundamental, da confiança cidadã poder claudicar.

Não o sendo, a discussão pode estar viciada de raíz. É que nem tudo quanto é juridicamente permitido é moralmente honesto.

Se focarmos a nossa análise exclusivamente na lei, pode daí decorrer, até, um eventual abuso de direito, e, em simultâneo, escancarar-se a porta da(à) a(i)moralidade.

Se quem governa interiorizar, de vez, o brocardo “ honesta fama est alterum patrimonium “, então, tomará consciência de que há formas de enriquecer aparentemente imaculadas…

Ainda, será bom não esquecerem que há um elemento patológico inerente a todo o processo de poder, bem retratado no, sempre actual, epigrama de Lord Acton: o poder tende a corromper e o poder absoluto a corromper absolutamente. Finalmente, aprender com o que alguém tão bem disse : “o problema principal da democracia moderna ocidental é a redução das questões éticas a questões pragmáticas e políticas”. Assim interiorizando e agindo como verdadeiros homens de Estado, subordinados a um ethos moral que proíbe degradar a cidadania e primazia o valor do exemplo, o exercício do poder pelos governantes manterá intocada a sua indispensável e própria simbologia.

“Governar é estar na rectidão”.

Marcelo Rebelo de Sousa: da ascensão à queda do Presidente?

SNS - O virar da página?

Durante décadas, em conferências e inúmeros textos, e perante flagrantes erros, desvios e omissões que, paulatinamente, conduziam o nosso SNS ao despesismo e a uma evidente degradação, não hesitei em propor criteriosas medidas terapêuticas, nunca postas em prática.

AHistória

ensina-nos muito, assim o queiramos aprender. Desde as civilizações mais antigas e remotas que se sabe que tudo tem um fim, inclusivamente, quando a vida nos dá ilusão da eternidade. Na verdade, o exercício do poder faz-se por ciclos, determinados por eventos mais ou menos violentos ou inesperados. Por vezes, colapsa pelo próprio aburguesamento da estrutura, de que foi claro exemplo o Império Romano.

Esta pequena introdução serve tão somente para relembrar que ninguém é imune ao desgaste trazido pelo exercício do poder, não obstante a doçura viciante de quem o assume e partilha. O nosso Presidente Marcelo Rebelo de Sousa estará, precisamente, a iniciar o ciclo descendente do múnus do seu poder presidencial, embora o próprio, embrenhado nos assuntos de Estado o possa não compreender.

Há muito que a imagem do Presidente do povo, das selfies, dos mergulhos, dos beijinhos e abraços, da proximidade colhida ao longo de anos no espaço de comentário televisivo em horário nobre, se foi esvaindo, dando lugar a um Presidente mais burocrático, político, recolhido no Palácio de Belém, com intervenções cada vez mais raras e, quando ocorrem, muito politizadas ou mediadas pela agenda política. Perdeu em afectividade, ganhou em racionalidade, mas a popularidade esvaiu-se.

É verdade que a pandemia e, posteriormente, o cenário de guerra mundial, obrigaram a uma mudança inevitável de postura da sua

parte, na qual esteve, diga-se, irrepreensível nas atitudes e nas acções. Contudo, já estava em decadência, incapaz de dar um murro na mesa sobre questões fundamentais que vêm abalando o regime, como o colapso do SNS, a questão do alegado tráfico de diamantes por militares na República Centro-Africana, ou a critica velada aos partidos de centro-direita cujo apoio reclamou na legitimação do seu poder.

No entanto foram as recentes declarações sobre abusos sexuais no seio da Igreja, que expuseram as fragilidades evidentes da sua liderança presidencial. Não pode o mais alto magistrado da nação desvalorizar 424 casos por lhe parecer que é um número irrisório e a amostra não parecer, pela quantidade, um facto irrelevante. Ele, Marcelo, o cidadão até pode fazê-lo, mas, porém, o Marcelo Presidente não pode ou melhor não deve sob pena de ziguezaguear, como acabou por acontecer, conduzindo-o a um pedido de desculpas formal, isto é; à necessidade de se retractar publicamente - facto raríssimo no seu mandato e sintoma de que algo vai mal na sua esfera de pensamento. Estaremos, por isso, na fase da queda do seu estatuto presidencial? Ou não passou de um epifenómeno, uma excepção que confirma a regra, uma fase menos positiva de um processo político-institucional que o pretende consagrar como o melhor Presidente que alguma vez tivemos? Perguntas por ora sem respostas, mas que os tempos próximos, estou certo, acabarão por trazer os esclarecimentos necessários.

Os abusos sexuais na Igreja

No início do séc. XXI, já por demais diagnosticadas insustentáveis doenças crónicas, e embora a pregar no deserto, nunca desisti de apontar as patologias mais preocupantes do SNS: a não existência de planos diretores, a desarticulação entre os vários sectores, a insensatez nos investimentos, a ascensão de gestores políticos inaptos, a humilhação e liquidação das carreiras dos profissionais de saúde, a protecção a lóbis privados, a opacidade de contratos milionários e até aquisições polémicas, de que os célebres ventiladores chineses serão o exemplo mais recente.

Em Março de 2020, perante o total descontrole, incompetência e nepotismo amplamente demonstrados por autoridades da Saúde alheias aos graves sintomas e sinais, subitamente agravados pela pandemia, atrevi-me a prever um triste desenlace a curto prazo, que sintetizei numa sugestiva metáfora: a “morte temida” do SNS.

Não governa quem usa e abusa do poder e da comunicação social, mas quem sabe… e quem pode. Com o nosso “doente” a necessitar de urgente reanimação, o país depressa assistiu ao protelar de atos médicos e ao impensável crescimento de listas de espera, que prenunciavam uma profunda deterioração do conjunto dos cuidados públicos de saúde.

Já com o SNS a entrar em “coma induzido”, e os tambores da guerra a rufarem, deu-se o inevitável rolar de cabeças e umas tantas ascensões dentro do Ministério da Saúde, que poderão começar a fazer toda a diferença.

AIgreja

católica deve ser um garante de princípios éticos e solidários, predominantemente ligados à coerência e à acção caritativa, mas mais ainda, à relação de confiança dos cidadãos quando nela se integram e valorizam instituições religiosas, seja por fé seja por respeito onomástico.

A liberdade religiosa leva uma parte dos cidadãos ao exercício da fé e espiritualidade, outra parte à não concessão de crédito religioso por não admissão como verdadeiro, e outra parte ainda faz apelo de conveniência, pedido de socorro e conversão em situação de fragilidade pessoal, como último recurso.

zir afirmações de titulares dos mais altos cargos públicos que podem ser mal interpretadas por quem comenta ou podem ser ditas erradamente por quem as produz, simplesmente, mas reconhecer que se errou na afirmação ou no comentário, não é apanágio da generalidade dos enfatuados, cientes da sua razão que mais ninguém vê, ou temerosos perante as consequências das suas elucubrações que só a eles convencem. Em criminologia, cada caso é um caso, e todos são valorizáveis para apreciação e consequências da sua citada prática, porque estão em causa pessoas, agregados familiares, círculos de amigos, núcleos sociais, instituições acreditadas ou desacreditadas.

Mas há um traço comum na avaliação dos cidadãos quanto à responsabilidade da Igreja na defesa dos valores relativos à bondade humana, à compreensão entre as pessoas, ao comportamento exemplar da sociedade e dos seus dignitários.

Por isso, assume especial gravidade a existência de alegados abusos sexuais de menores por parte de eclesiásticos, que minam a confiança dos crentes, legitimam juízo de valor negativo de crentes e não crentes, fazem desprezar instituições cuja função social é que deveria ser notícia, diferenciam em dicotomia “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”, tornam representantes do clero vulgares alegados criminosos.

Os cidadãos são todos iguais perante a lei e, portanto, quem prevarique e pratique crimes hediondos deve ser penalizado pelos titulares da Justiça, e quem promova o encobrimento dos eventuais crimes, sonegando-os à investigação independente, deve ser responsabilizado interpares e externamente, por cumplicidade, também pela Justiça autónoma dos poderes de conciliábulo, confabulação e clã.

A denúncia de potenciais crimes e a sua mediatização leva a produ-

São defensáveis as instituições, mas, para isso, não se podem enredar em secretismo que ignore direitos humanos, violação de pessoas e actos bárbaros, nem podem usar a sua pesporrência para estar acima da lei, perdendo a dignidade do comportamento, usando a retórica desfasada da realidade que se vai conhecendo, imunes e impunes perante acontecimentos abjectos, agressões físicas e psicológicas, sequelas destrutivas de vidas humanas.

O Papa Francisco foi claro, quando classificou o abuso sexual de menores de “monstruosidade” e acto “diabólico”, e quando expressou a “longa incapacidade da Igreja” em administrar os abusos de padres pedófilos, classificando como “o momento da vergonha”, após a publicação de um relatório sobre os 330.000 casos de violência sexual cometidos no seio da Igreja católica francesa desde 1950 contra menores ou pessoas vulneráveis.

É tempo de agir na sociedade e também de apoiar o Papa Francisco na criação de dinâmicas de combate, de controlo e de investigação do abuso sexual de menores, para que se construa futuro para as pessoas, se (re)acredite nas instituições, e se faça Justiça.

Tendo pela frente uma difícil e espinhosa missão, o ministro Manuel Pizarro é alguém reconhecido entre os seus pares pela qualidade do seu exercício profissional e adquiriu depois formação e experiência políticas invulgares, enquanto acumulava um profundo conhecimento da orgânica do MS, hoje traduzido numa rara visão, clara, dialogante e inteligente, do universo do SNS.

Qualidades que poderão, ou não, fazer toda a diferença, até porque suporte político interno não lhe faltará, sendo certamente um dos ministros mais influentes. Resta saber se terá capacidade e coragem para “arrumar uma casa” que a impoluta Joana Marques Vidal, em 2011, apontava como um dos centros de preocupação da Justiça, em Portugal.

Já sem forças para abandonar o leito, e numa derradeira alusão ao também saudoso António Arnaut, o inconformado socialista Prof. Carlos Carranca deixou-nos uma reflexão lapidar, que traduz bem o pensamento que enformou a recém-conquistada, mas efémera, maioria absoluta: O SNS é património do PS, se este o sonhar, respeitar e defender.

Com a esperança média de vida a decair pela primeira vez desde que há registos, e dados estatísticos oficiais a recuar décadas, os portugueses atentos, e que bem conhecem as maleitas a corrigir, só podem desejar bom sucesso ao novo Ministro da Saúde.

17QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 17OPINIÃOCAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 20 DE
JOÃO PINHO*
(*) Historiador e investigador

ELEIÇÕES PARA A FEDERAÇÃO DE COIMBRA ÁREA METROPOLITANA DE COIMBRA COMUM AOS DOIS CANDIDATOS DO PS

Adefesa da criação da Área Metropolitana de Coimbra é uma proposta comum das duas candidaturas que se apresentam às eleições para a

presidência da Federação de Coimbra do PS, que se vão disputar nos dias 4 e 5 de Novembro.

O actual líder distrital dos socialistas, Nuno Moita, economista, com 50 anos e também presidente

da Câmara de Condeixa-a-Nova, recandidata-se a um segundo mandato e tem como opositor um anterior presidente do mesmo órgão partidário, Victor Baptista, também economista, com 70 anos.

Cada candidato à liderança tem de apresentar uma moção, que será discutida e votada no Congresso distrital (a 19 e 20 de Novembro), com Nuno Moita a reforçar a necessidade de a região de Coimbra ser

uma área metropolitana. “No apoio à mobilidade, 80% vai para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e o resto para o país, com a CIM de Coimbra a ficar com dois por cento”, exemplifica.

Também Victor Baptista refere que a sua moção irá consagar a criação da Área Metropolitana de Coimbra, considerando ser “o meio para atenuar as diferenças e para melhorar a vida nas mais diversas vertentes”. “Coimbra deve ser a capital de uma grande Área Metropitana que reforce a cooperação entre os Municípios e que potencie toda a actividade económica, social, cultural e ambiental e que se reconhece à actual região Centro”, considera.

NUNO MOITA

A necessidade de o PS estar “mais unido e coeso” em Coimbra, e dessa forma contribuir também para “um conjunto de consensos” a nível nacional, é uma das razões de Nuno Moita se recandidatar à liderança da Federação em conjunto com João Portugal, seu adversário nas eleições de há dois anos.

Os dois socialistas apresentaram-se em conjunto para “o reforço do PS do distrito de Coimbra, com ideias e credibilidade, e ter peso junto do Poder Central”, assinalando que as propostas que apresentaram no anterior acto eleitoral eram idênticas, fazendo sentido ter “um discurso articulado e conjunto”.

Nuno Moita, presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, diz ser preciso “continuar a modernizar o PS em Coimbra, onde o partido está envelhecido, pois só 25% dos 6.000 militantes da Federação têm menos de 40 anos”.

Por outro lado, “num momento em que Portugal tem um Governo do PS, apoiado por uma maioria absoluta no Parlamento, o partido necessita também de alguma estabilidade nas suas federações”, defendeu. “Temos tudo a ganhar com o máximo de união”, disse Nuno Moita, realçando a necessidade de “atrair mais

pessoas para o PS, sobretudo mais jovens”.

“Ser político não é uma coisa má, temos profissões e fazêmo-lo com espírito de missão”, referiu Nuno Moita, secundado por João Portugal, que é da Figueira da Foz.

VICTOR BAPTISTA

O ex-deputado socialista Victor Baptista apresentou a candidatura à liderança distrital de Coimbra do PS justificando que o faz “contra o marasmo da Federação e para acordar os adormecidos”.

Na sede em Coimbra do partido, Victor Baptista referiu que “tem assistido a um certo apagamento político da Federação do PS, que conduziu a resultados pouco lisongeiros nas eleições autárquicas, com a perda das Câmaras de Coimbra, Figueira da Foz, Penacova e Góis”.

Victor Baptista diz que “dispensam-se jogos de ocasião, arranjinhos de oportunidade, sejam quais forem as cores e o pincel utilizado” e adianta que “não é um candidato ao serviço de futuros candidatos a secretário-geral do PS”.

Defendendo a deslocalização do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal Administrativo para Coimbra, Victor Baptista declarou, também, opor-se a “qualquer política de corte de pensões” - o que mereceu uma ovação por parte dos socialistas presentes -, defendendo o alargamento da base tributária da segurança social.

O candidato, que já foi governador civil e presidiu à Federação de Coimbra do PS, anunciou que pretende ciar um gabinete de trabalho dedicado à aproximação do partido ao ensino superior e ter, no mínimo, 15% de professores deste grau de ensino em condições de elegibilidade.

Afirmando que “não se pode esconder o problema do sub-financiamento do Serviço Nacional de Saúde”, Victor Baptista defende o fim das taxas moderadoras na sua totalidade, justificando que “é de esquerda e sempre foi”.

QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 202218 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 20/10/2022 ÚLTIMA CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt20 20 DE OUTUBRO DE 2022
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1.ª edição do Photofest reuniu amantes da fotografia em Cantanhede durante três dias

“ Iniciativa pertinente, arrojada e diferenciadora”.

Foi desta forma que Helena Teodósio, presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, definiu a primeira edição do Photofest, festival de fotografia e outras artes com as quais se relaciona que a Associação fotografARTE realizou em parceria com o Município de Cantanhede.

Ao intervir na sessão de abertura, a autarca salientou a importância da fotografia na cultura contemporânea, nos media e no quotidiano social “A fotografia é uma arte democrática, popular, acessível, mas igualmente transversal e integradora no plano artístico. Mas é também recurso tecnológico ao alcance da comunidade em geral e dos jovens e artistas em formação, em particular”, observou, adiantando que “a afirmação e o consumo generalizado das redes sociais, que privilegia a fotografia como conteúdo de publicação, a par da disseminação dos smartphones e das suas aplicações, valorizam ainda esta expressão na esfera do nosso quotidiano, fazendo emergir novas possibilidades, desafios e também questões ligadas ao tema da imagem”.

Depois de elogiar a dimensão pedagógica do evento, “reforçada com a presença de oradores de referência”, Helena Teodósio considerou esta primeira edição do Photofest “a oportunidade perfeita para trocar ideias, partilhar conhecimentos, aprender e conhecer novas abordagens”. A terminar, a autarca explicou que a salvaguarda da memória histórica através da imagem é um dos propósitos do projecto “Traçar a Memória”, que o Município de Cantanhede iniciou em 2006.

“Desde a sua criação, já recolhemos mais de 5.600 fotografias, para além de vídeos e documentos diversos como, por exemplo, cartazes, textos, recortes de imprensa, plantas e mapas”, finalizou.

A presidente da Associação fotografARTE, Fátima Lopes, faz um balanço muito positivo desta 1.ª edição. “Atingimos muitos dos nossos objectivos, nomeadamente divulgar a fotografia de braço dado com outras artes, de uma forma aprazível”, referiu, elogiando o programa multifacetado, “para todos os gostos e idades”, e a oportunidade para mostrar Cantanhede aos visitantes, nomeadamente os que viajaram desde Lisboa, Porto e até do Algarve para participar na iniciativa.

Fátima Lopes fez ainda questão de agradecer o apoio

do Município ao evento, sem o qual não seria possível delinear um programa tão multifacetado. Ao longo de três dias, o Photofest chegou a vários locais do concelho, com foto-concertos, um mercado das artes, workshops, concursos, exposições e conversas.

Destaque para o lançamento do livro “Outros Mundos - Um ano, um mês e uma semana de aventuras e fotografias na Ásia”, da autoria da fotógrafa e viajante Ana Abrão. À sessão, conduzida pelo vice-presidente do Município de Cantanhede, Pedro Cardoso, seguiu-se uma visita guiada à exposição patente nos claustros dos Paços do Concelho

Trata-se de um livro composto por séries de fotografias e histórias de viagem e que foi considerado livro de fotografia do ano pela Federation of European Photographers (Bruxelas) e como segundo melhor livro pela One Eyeland (Los Angeles). Recebeu, também, uma menção honrosa pela International Photography Award (IPA Awards). Além destes reconhecimentos, a imagem de capa foi premiada como a melhor entre 20 mil imagens pelo Travel Photographer of the Year (TPOTY - Bélgica). No âmbito do Photofest decorreu, ainda, o concurso “Terra Sustentável?!”, cujo vencedor foi António Coelho com a fotografia intitulada “Mycenas”.

19QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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RAIZ lidera maior programa nacional de I&D em bioeconomia de base florestal

Apromoção

de uma nova geração de bioprodutos, a criação de produtos inovadores e diferenciadores, assim como o desenvolvimento de potenciais novos negócios são alguns dos principais contributos do projecto inpactus. Este é o resultado do maior investimento em Portugal num projecto de I&D no domínio da bioeconomia de base florestal, rumo à descarbonização e a uma economia mais sustentável, circular e competitiva.

Com um investimento global de 14,6 milhões de euros e o envolvimento de uma equipa de mais de 200 pessoas, o inpactus – produtos e tecnologias inovadores a partir do eucalipto foi desenvolvido em co-promoção entre a The Navigator Company, o RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e Papel, a Universidade de Coimbra e a Universidade de Aveiro. Contou ainda com o envolvimento de instituições parceiras, como a Universidade da Beira Interior, Universidade do Minho, Instituto Superior Técnico, Universidade Nova de Lisboa, Instituto Ibérico de Nanotecnologia, Centros de I&D RISE Bioeconomy (da Suécia) e Fraunhofer (da Alemanha) e a spin-off Satisfibre.

Ao longo de quatro anos e nove meses, a qualidade da investigação e desenvolvimento tecnológico do inpactus materializou-se em mais de 37 patentes submetidas ou em preparação, consolidando a liderança do Instituto RAIZ no registo nacional da propriedade industrial. É igualmente visível a inovação nos 66 protótipos e 114 provas de conceito gerados pelo consórcio, bem como pelos produtos inovadores e diferenciadores criados. Destes, pelo menos quatro já se encontram em fase de comercialização - três produtos de papel higiénico-sanitário e outro de papel de embalagem kraftliner produzido a partir de pasta de alto rendimento -, mas também oito potenciais novos produtos e negócios no domínio da bioeconomia de base florestal.

Entre os múltiplos resultados deste projeto, é de destacar igualmente o desenvolvimento de um processo inovador de produção de pastas de alto rendimento. Este foi o ponto de partida para um dos lançamentos mais importantes na história recente da Navigator: a nova gama de papéis para embalagem, a gKraf, oferecendo uma alternativa aos produtos de origem fóssil, como o plástico. Além disso, deu origem a materiais inovadores já em fase de comercialização ou pré-comercialização para o mercado da higiene e saúde, como os produtos tissue com aditivos – perfumes, suavizantes ou anti-bacterianos.

Num contexto de bioeoconomia circular, são também vastos os exemplos de resultados do projecto, evidenciando o enorme potencial de produtos inovadores a partir da floresta de eucalipto. Por exemplo, esta espécie possibilitou o desenvolvimento de uma nova geração de bioprodutos, como biocompósitos à base de celulose e bioplásticos, com potencial utilização em indústrias tão diversas como a injeção e moldagem de plásticos, filamentos para impressão 3D e indústria têxtil. Mas não só. Os produtos bioativos e essências a partir da biomassa florestal têm também potencial de aplicação na área farmacêutica, na cosmética e nos produtos de higiene, em ingredientes de alimentação animal ou na nutracêutica. Nesta última aplicação já com comprovados benefícios a vários níveis, nomeadamente acção anti-inflamatória, anti-envelhecimento da pele e actividade prebiótica.

Existem igualmente outros projectos promissores em fase de demonstração industrial, como novas argamassas e cimentos ecológicos com integração de cinzas das caldeiras de biomassa, assim como aplicações da lenhina, um subproduto do processo industrial, para aplicação em espumas de poliuretano, adesivos e compósitos. Entre os resultados, de destacar também biocombustíveis a partir dos sobrantes da biomassa florestal, através de diferentes tecnologias.

Este é, assim, um projecto que extravasa as fronteiras da ciência e da economia, estendendo a sua influência à sustentabilidade e à qualidade de vida das futuras gerações, e que põe em evidência a importância da floresta plantada e do eucalipto globulus como matéria-prima de excelência.

Conhecimento de vanguarda em destaque

O inpactus destaca-se também pela geração de conhecimento de vanguarda e qualidade reconhecida internacionalmente, como atestam as mais de 140 publicações científicas internacionais publicadas ou submetidas para publicação pela equipa do projecto.

Além disso, possibilitou a qualificação de recursos humanos. Ao todo, foram cerca de 24 os doutoramentos, 45 mestrados e duas Cátedras Internacionais Convidadas, uma em Ciência e Tecnologia do Papel, na Universidade de Coimbra, e outra em Biorrefinarias e Bioprodutos, na Universidade de Aveiro.

O conhecimento e as dinâmicas geradas foram igualmente determinantes para promover sinergias duradouras a nível nacional e internacional, com um modelo colaborativo elogiado como boa prática pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). De destacar também a certificação de qualidade europeia do RAIZ como Business Innovation Centre, bem como o reconhecimento como Clube UNESCO, pela UNESCO Portugal, enquanto entidade promotora da bioeconomia de base florestal e dos objectivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas junto das gerações do futuro.

Apesar de chegar agora ao fim, os efeitos do projecto prolongam-se no tempo, já que se estabeleceu uma plataforma universidade-indústria de excelência numa área fundamental para a economia nacional: a bioeconomia de base florestal centrada na floresta de eucalipto e na indústria papeleira nacional.

A participação no inpactus atesta a vontade da Companhia em inovar para o desenvolvimento de uma nova geração de bioprodutos. A Empresa tem procurado alternativas mais sustentáveis aos produtos com uma forte pegada ambiental, rumo a uma bioeconomia favorável para a natureza e neutra para o clima, mas também com impacto positivo na qualidade de vida das futuras gerações, compromissos que a The Navigator Company assume no seu Propósito Corporativo.

O evento de encerramento do projecto realizou-se no Parque de Biotecnologia Português, o Biocant Park, em Cantanhede, ontem (19), e conta com a presença da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

Além da apresentação dos resultados do inpactus, o evento acolhe, da parte da tarde, uma Mostra Regional da Floresta, em parceria com o SerQ, dedicada ao tema dos “Futuros” para a valorização do conhecimento da Floresta e da Bioeconomia de base Florestal, evento associado a projecto INOV C+, financiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

21QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Taxa turística em Coimbra rejeitada pela Associação da Hotelaria de Portugal

AAssociação da Hotelaria de Portugal (AHP) manifestou-se hoje contra a aplicação da taxa turística no concelho de Coimbra.

“Só em destinos turísticos considerados maduros é que se justifica a criação deste tipo de taxas, o que não acontece neste caso”, afirmou a AHP, em comunicado, realçando que, neste capítulo, Coimbra “está muito longe de outros destinos portugueses onde a pegada turística é evidente”.

Uma delegação da associação patronal e vários hoteleiros da cidade participam, na tarde de hoje, numa reunião com o presidente do município de Coimbra, José Manuel Silva, para “mais uma vez justificarem a sua posição contrária” à da autarquia sobre a cobrança da taxa turística.

Na segunda-feira, um projecto de regulamento da taxa municipal para o sector foi aprovado em reunião da Câmara Municipal, com os votos contra dos vereadores do PS e a abstenção do eleito da CDU, devendo agora a consulta pública prolongar-se por 30 dias.

A Associação da Hotelaria de Portugal defendeu que as taxas turísticas “não devem incidir exclusivamente sobre o alojamento turístico”, mas ser “também aplicadas a todos os agentes económicos do concelho”.

“No momento actual, a criação da taxa é totalmente inoportuna, tendo em conta o período conturbado que o sector viveu nos últimos dois anos, com a pandemia da covid-19, que levou a quebras nas receitas da hotelaria de 66% em 2020 e 46% em 2021, comparati-

vamente com 2019”, sublinhou.

Dessas quebras, segundo a AHP, a hotelaria da cidade do Mondego “ainda não recuperou, o que deixou os operadores económicos deste sector numa situação extremamente fragilizada, apesar da recuperação de 2022”, que, ainda assim, “foi bem mais tímida em Coimbra, muito dependente do mercado nacional e dos segmentos de congressos e reuniões”.

“Acresce que hoje também nos deparamos com uma situação económica (…) muito instável e incerta”, que inclui “inflação, guerra na Ucrânia com interrupção da utilização do espaço aéreo russo, tão propenso aos mercados emissores do Sudoeste Asiático, e interrupção dos circuitos de abastecimento”, além dos “graves problemas de mão-de-obra”, referiu a associação.

Para a vice-presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, “é essencial ouvir a hotelaria”.

“Estamos contra a criação da taxa, mais ainda agora, mas disponíveis para trabalhar em conjunto com o município de Coimbra para, em conjunto, encontrarmos um caminho que satisfaça todas as partes”, preconizou Cristina Siza Vieira.

A AHP salientou que, numa reunião realizada em Setembro, “com a maioria dos hoteleiros” de Coimbra, estes, associados e não associados, manifestaram-se “unanimemente contra a referida taxa e partilharam diversas preocupações com o estado da cidade”.

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Montemor-o-Velho recebeu visita do Governador do Distrito Rotário 1970

(19), José Alberto Oliveira, governador do Distrito Rotário 1970, visitou Montemor-o-Velho, tendo sido recebido no Salão Nobre dos Paços do Município, no âmbito do programa da Visita Oficial do Governador ao Rotary Club de Montemor-o-Velho.

Ontem

Na ocasião, a vereadora Diana Andrade deixou palavras de elogio e incentivo ao clube de serviço montemorense e, ao dar nota da sua vitalidade, referiu: “recentemente, tiveram um papel preponderante num projecto de mentoria junto dos/as estudantes do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho. Neste sentido, é muito gratificante, para o concelho e para o Município, ver as organizações a terem uma forma de actuação materializada no apoio, no desenvolvimento e de serviço ao próximo”.

O Governador do Distrito Rotário 1970, “inspirado com a beleza do Castelo e da sua envolvente”, lembrou a acção do Rotary e os seus projectos a nível nacional e internacional, mostrando-se disponível para o desenvolvimento de um trabalho de parceria.

23QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Empresa da Figueira da Foz produz cosméticos

100% naturais à base de flor de sal

Aflor de sal é o principal ingrediente de uma linha de cosméticos 100% naturais, criada e produzida por uma empresa familiar da Figueira da Foz, que se apoiou nos ensinamentos sobre plantas medicinais transmitidos por uma avó.

“Muitas pessoas desconhecem as potencialidades do mar, um recurso grátis e infinito. Sou um apaixonado pelo sal, um produto milenar, que me levou a criar soluções diferenciadas para a dermocosmética, assentes na simplicidade”, destacou o mentor da Mondegos Green Company, Jesus Zunzuregui LLombart.

Natural do País Basco, este engenheiro químico, especialista em papel, entrou na “aventura” da criação de um produto “simples e eficaz” em 2011, para satisfazer o pedido de um amigo de Coimbra, que conheceu depois de se ter instalado na Figueira da Foz, em 1991.

“Começou quase por brincadeira, para tentar valorizar o sal, sendo o nosso primeiro produto um exfoliante para os pés. Na primeira feira, vendi cerca de 20 boiões: tudo o que tinha preparado para levar”, recordou.

Às potencialidades do sal juntou os segredos de algumas plantas medicinais e os produtos, todos eles 100% naturais, foram surgindo.

A linha de cosméticos conta agora com 24 produtos, sendo sete deles diferentes em termos de aroma, mas todos eles “naturalmente simples” e, acima de tudo, “verdadeiras experiências”.

“Procuramos a felicidade nas coisas simples. Um equilíbrio na simplicidade”, explicou a filha e gerente da empresa familiar, Itsaso Zunzuregui Urquizu.

A jovem de 29 anos, licenciada em marketing e comunicação, chegou há cinco anos a Portugal para ajudar o pai a impulsionar um conceito “diferenciado, natural, simples e eficaz”.

“Não pretendemos produzir em massa, nem ter muitos produtos. Temos sim produtos eficazes e que queremos que cheguem aos clientes consoante as necessidades que têm”, justificou.

De acordo com Itsaso Zunzuregui Urquizu, a mais-valia desta empresa reside no atendimento personalizado que dedicam aos seus clientes, aconselhando-os e orientando-os na escolha dos produtos mais adequados.

“Não pretendemos impingir nada a ninguém, temos muito respeito pelo dinheiro dos nossos clientes. Mas sabemos que depois de sentirem e cheirarem, vão comprar, gostar e, assim, teremos a fidelização do cliente”, defendeu.

Com a perspectiva de a facturação rondar os 150.000 euros em 2022, Jesus Zunzuregui LLombart recordou que os dois últimos anos foram de grandes dificuldades, trazidas pela pandemia causada pela covid-19.

“Depois da pandemia foi preciso recomeçar, continuar a acre-

ditar nos produtos e procurar o nosso caminho. Mas somos resilientes e esse período acabou por servir para criar novos produtos e para pensar em novas estratégias”, referiu.

A pandemia trouxe uma mudança de mentalidades, que os obrigou a reposicionarem-se perante o mercado.

“Foi preciso conjugar o bom que tinha a forma de fazer negócio no passado, porque o ‘online’ não é para todos. Mas utilizar também as novas ferramentas, fazendo um comércio moderno, sem perder o factor humano”, sustentou.

Actualmente, 90% da produção tem como destino diferentes cidades portuguesas, sendo os restantes produtos vendidos em Espanha e pontualmente na Alemanha e Luxemburgo.

“A nossa grande aposta este ano é o mercado espanhol: Galiza e com foco em Madrid. Em breve, contamos entrar no mercado brasileiro”, revelou.

Também a carteira de produtos irá crescer muito em breve, com o lançamento de um endurecedor para unhas e um creme de contorno de olhos.

“Estamos constantemente a pensar em melhorar e alargar a nossa gama de produtos, em perfeita harmonia com a natureza. O segredo da nossa motivação e criatividade reside sempre na simplicidade”, concluiu.

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Pontos de carregamento de veículos eléctricos em risco de ataque informático

Cátia Barbosa (Porto)

Um estudo recente da empresa de segurança Check Point Software revela que os pontos de carregamento de veículos eléctricos podem vir a ser alvo de ameaças cibernéticas, o que poderá vir a atrasar a sua adopção por parte da comunidade.

Em comunicado, a entidade explica que “governos de todo o mundo estão a pressionar as empresas para a utilização de tecnologias mais verdes, para combater as alterações climáticas e reduzir a sua dependência dos hidrocarbonetos”. No mesmo documento, é dado o exemplo da Noruega, que construiu uma rede de 17 mil pontos de carregamento, e do Departamento de Transportes dos Estados Unidos da América (EUA) que, recentemente, anunciou um plano para a criação de uma nova rede de estações de carregamento de veículos eléctricos.

“Já em Portugal, o governo apoia a criação dos postos de carregamento, através de uma comparticipação de 80% no valor do posto, tendo que ser posteriormente ligado à rede Mobi.E. No entanto, embora as empresas automóveis estejam a aumentar a produção de novos veículos eléctricos, a indústria automóvel não está a fazer o suficiente para lidar com as preocupações de cibersegurança em torno do que são, essencialmente, dispositivos IoT (Internet das Coisas)”, sublinha a Check Point Software.

A partir do momento em que um utilizador coloca o seu veículo a carregar, é imediatamente realizada uma ligação de dados entre o automóvel e o servidor da empresa que gere o posto de carregamento. Para fazê-lo,

é necessário o uso da internet. Deste modo, o dispositivo fica exposto às acções de hackers que, tendo acesso a um centro de carregamento, poderão originar consequências graves. Risco para a segurança do utilizador, perda comercial e comprometer as redes de carregamento, bem como os sistemas de pagamento são apenas alguns exemplos.

O Country Manager da Check Point Software, Rui Duro, deixa, assim, um alerta: “As alterações climáticas e a necessidade de reduzir a nossa dependência do petróleo realçam a mudança imperativa para meios e formas de transporte mais ecológicas. As preocupações com a cibersegurança podem ser outro obstáculo ao crescimento futuro do

mercado de veículos eléctricos, pelo que é vital que a indústria leve a sério a ameaça”.

O mesmo responsável salienta ainda que “os dispositivos de carregamento não seguros são uma porta aberta a hackers cada vez mais sofisticados e, no entanto, existem soluções de segurança comprovadas para a internet sem fios que poderiam prevenir tais ataques e encorajar ainda mais o desenvolvimento de viagens”.

De recordar que, recentemente, a Check Point Software relatou um “aumento global de 59% apenas nos ataques de ransomware, enquanto a indústria de transportes do Reino Unido registou uma média de 979 ciberataques por semana durante os últimos seis meses”.

25QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Coimbra: St. Paul’s School realiza conferência sobre ensino internacional

Uma conferência alusiva ao modelo de ensino internacional vai decorrer esta sexta-feira (21), pelas 18h00, no St. Paul’s School, em Coimbra.

A conferência vai contar com a presença da oradora Noelle Lobato, docente do Colégio Internacional St. Julian’s School, em Lisboa. A convidada é coordenadora e examinadora de IB, e também professora de inglês e de Literatura Inglesa no St. Julian’s School, desde 1990.

Esta iniciativa é organizada pela Direcção Pedagógica e pelo grupo de inglês do St. Paul’s School, no contexto da abertura do ensino secundário no próximo ano lectivo.

O St. Paul`s School é um colégio bilingue (Português/Inglês), e um projecto relativamente recente, contando com cinco anos lectivos, tendo aberto novas turmas e anos, a cada ano lectivo.

Em 2023/2024 irá abrir o ensino secundário, podendo os alunos contar, num primeiro ano, com a extensão do currículo nacional. No entanto, dada a autonomia pedagógica do colégio, continuará a oferecer um programa bilingue e reforçado ao nível das línguas.

Este primeiro ano, constituirá um preâmbulo à continuidade do Secundário, em que os alunos terão ao dispor o actual currículo e o International Baccalaureate.

O International Baccalaureate permitirá aos alunos seguir um currículo que, em ter-

mos de futuro, os dotará de certificação académica que lhes permite enveredar por um ensino universitário internacional, em igualdade de circunstâncias com alunos de outros países e provenientes de outras escolas internacionais.

As St. Paul´s Conferences pretendem abordar temas de grande pertinência para a comunidade educativa, seja profissional ou familiar, pelo que, nesse sentido, as conferências são abertas à população, por forma a alargar a participação, abordagens e espírito crítico.

O ciclo de palestras St. Paul’s Conferences teve início em janeiro de 2019 e pretende abordar temas e vertentes pertinentes no enquadramento escolar, versando sempre uma perspetiva educativa/pedagógica e familiar.

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Projecto CASH do ISEC recebeu prémio de três mil euros

Oprojecto CASH (Controlo Automático de Sistemas Hidropónicos) destacou-se entre os protótipos finalistas do concurso Fikalab ISEC Challenge, apresentados na tenda da FENGE (Feira de Engenharia de Coimbra) no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC).

Este programa desafiou, pelo quarto ano consecutivo, os estudantes de engenharia a criarem protótipos inovadores que tenham um impacto positivo na comunidade de Coimbra.

O CASH tem como objectivo controlar de forma autónoma vários parâmetros correspondentes à cultura em causa. “Este projecto desenvolvido pelos alunos do ISEC não só está alinhado com o propósito da Critical Software de ter um impacto positivo na comunidade, como também desafia os nossos colaboradores a descobrir novos projectos e a pensar no que pode ser o futuro da tecnologia. Estas sinergias criadas entre o Fikalab e o ISEC permitem materializar novas ideias que podem ajudar a nossa sociedade na

prática”, afirma Gonçalo Silva, responsável pelo Fikalab.

O ISEC juntamente com o Fikalab, o laboratório de inovação da Critical Software, todos os anos incentivam estes alunos a pensarem fora da caixa e desenvolver estes protótipos com a ajuda dos recursos da tecnológica.

Entre os restantes finalistas estão WaterThings, uma solução integrada de medição de fluxo de água que promete revolucionar as soluções de medição de água actuais. Este projecto permite a recolha, gestão e manipulação dos dados remotamente a partir de qualquer dispositivo, tudo

automatizado, algo bastante relevante para o período de seca que se vive no país e LoRa Based Real-time Indoor and Outdoor Air Quality Monitoring Device, o sistema que pretende desenvolver uma plataforma para medida da qualidade do ar exterior, bem como no interior dos edifícios, contribuindo para uma melhor informação sobre a qualidade do ar para as atividades do dia-a-dia. É baseado em comunicações LoRa e sustenta um conjunto de sensores de partículas PM10 e PM2.5, temperatura, humidade, gases poluentes e com efeito de estufa.

27QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 2022 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Universidade de Coimbra vai formar funcionários parlamentares de Timor-Leste

AUniversidade de Coimbra (UC) estabeleceu um acordo de cooperação académica, científica e cultural com o Parlamento timorense, que vai permitir ajudar na formação de funcionários parlamentares, em Timor-Leste, a partir de 2023.

“O protocolo consiste fundamentalmente no desenvolvimento de recursos humanos do Parlamento Nacional de Timor-Leste, por sermos um Parlamento jovem, que completou recentemente 20 anos. Precisamos de consolidar conhecimentos técnicos para melhor servir o Parlamento Nacional e, consequentemente, o país” - explicou o secretário-geral do Parlamento timorense, Adelino Afonso de Jesus.

Durante a assinatura do acordo de cooperação académica, científica e cultural com o Parlamento de Timor-Leste, que decorreu na terça-feira (18), na sala do Senado da Universidade de Coimbra, Adelino Afonso de Jesus sublinhou que a escolha deste estabelecimento de ensino superior teve por base “toda a sua experiência”. “A nossa escolha recaiu na Universidade de Coimbra, porque se trata de uma Universidade secular. Desde a minha infância que ouvia este nome”, acrescentou.

Já o vice-Reitor da UC para as Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva, realçou a importância deste protocolo, que é mais um passo no estreitar das relações entre a UC e Timor-Leste.

“É um protocolo especialmente importante do ponto de vista simbólico, por ser no ano em que comemoramos os 20 anos da independência de Timor-Leste. O facto de ser um protocolo com o Parlamento Nacional timorense, a Casa do Povo de Timor-Leste, mostra a sua importância”, evidenciou.

De acordo com o vice-Reitor da UC, foram formalizados dois instrumentos internacionais, sendo um deles com um conteúdo mais geral e outro uma prestação de serviços. “Um com conteúdo mais geral que visa dar uma base de trabalho para toda e qualquer cooperação académica, científica e cultural que Timor-Leste deseje ou necessite e que a Universidade de Coimbra seguramente cobrirá. A UC é uma Universidade que cobre todas as áreas de conhecimento, tem oito Faculdades e imensos centros de investigação”, sustentou. O outro instrumento, uma prestação de serviços, tem detalhadas todas as condições contratuais, em termos operacionais, financeiros e datas.

“Na última semana de Janeiro de 2023 teremos a primeira acção de formação avançada intensiva, no Parlamento Nacional, em Dili, que será ministrada pela Faculdade de Direito, pelo Professor catedrático e director da Faculdade de Direito, Jónatas Machado, na matéria de Legística, uma

matéria

estruturante para qualquer Estado”, informou.

No seu entender, a assinatura destes instrumentos é mais um passo para reforçar a UC no espaço falante de língua portuguesa, uma aposta estratégica delineada por esta Reitoria.

“Temos tido imensas ações com países africanos de língua oficial portuguesa, com cursos de formação avançada para magistratura e altos quadros da administração pública, com Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, também com o Brasil. Faltava Timor-Leste, que a pandemia tinha dificultado”, admitiu.

João Nuno Calvão da Silva aludiu ainda a um protocolo alargado, assinado com o Ministério da Justiça de Timor-Leste, em 2019, antes da pandemia, para formação de 20 magistrados, que previa formação na UC, durante alguns meses, primeiro para aperfeiçoamento do português e depois em matérias de Direito.

“O acordo implicava a presencialidade, mas com pandemia foi impossível de concretizar, voltando a ser renegociado quando a pandemia permitiu, e tendo mesmo sido alargado a notários e conservadores. Mas as vicissitudes internas [em Timor-Leste] levaram à demissão desse ministro e substituição por outro”, alegou.

Apesar dos contratempos, o vice-Reitor deixou a garantia de que este acordo voltará a ser renegociado, para dar continuidade à formação que estava prevista. A UC conta, este ano lectivo, com a frequência de aproximadamente uma centena de alunos de Timor-Leste.

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