“Campeão das Províncias” - 13/4/2023

Nova Estação de Coimbra aberta à participação pública

Decorre, a partir desta sexta-feira, dia 14, e até 29 de Maio, o período de participação preventiva do Plano de Pormenor da Estação de Coimbra (PPEC), destinado à formulação de sugestões e apresentação de informações sobre questões que possam ser consideradas no âmbito do procedimento de elaboração do plano.

O período de participação preventiva decorre durante 30 dias, contados a partir do quinto dia útil à data de publicação do aviso em Diário de República (5 de Abril), isto é, a partir de sexta-feira, dia 14 de Abril.

A abertura do procedimento de elaboração do PPEC foi publicada no passado dia 5 de Abril em “Diário da República”, em simultâneo com o período de participação preventiva, e foi referido que o Plano de Pormenor da futura estação ferroviária de Coimbra, situada onde é hoje Coimbra-B, deverá estar concluído dentro de dois anos.

Os interessados podem enviar as sugestões por escrito, de forma fundamentada, dirigidas ao presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva. As sugestões devem ser enviadas para o endereço postal (Praça 8 de Maio, 3000-300 Coimbra), para o endereço de correio electrónico (geral@cm-coimbra.pt) ou, ainda, entregues no Atendimento ao Público da Câmara Municipal, situado no Mercado D. Pedro V ou na Loja do Cidadão, contendo, em qualquer uma das formas, a identificação completa do(s) seu(s) subscritor(es).

O processo está, entretanto, disponível para consulta no website da Câmara Municipal de Coimbra (https://bit.ly/3KTxk9r e https://bit. ly/3UstCXK) e, mediante marcação

prévia, na Divisão de Estudos e Projetos Estratégicos (Praça 8 de Maio, n.º 37, Coimbra) nos dias úteis, das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h00.

A Câmara Municipal vai, ainda, promover, no âmbito do período de participação preventiva, vários momentos públicos, com destaque para a sessão pública de apresentação do PPEC, que vai contar com a presença do arquitecto Joan Busquets e de um representante das Infraestruturas de Portugal.

A sessão vai decorrer no dia 24 de Maio, pelas 14h30, no Pavilhão Centro de Portugal, e prevê, para além da apresentação detalhada da solução e do progresso do trabalho, um período de debate para discussão e registo de comentários e contributos.

Recorde-se que, em Janeiro passado, o arquitecto catalão Joan Busquets apresentou o projecto que estabelece as bases para o Plano de Pormenor da nova Estação, numa cerimónia que lotou o Salão Nobre da Câmara Municipal.

O projecto de Busquets prevê uma nova estação intermodal, que contempla uma estação num edifício em

ponte, espaço para uma nova gare rodoviária (a actual está na avenida Fernão de Magalhães) e repensa a ligação de toda a zona poente de Coimbra à zona central da cidade, nomeadamente à Baixa.

Joan Busquets propõe três edifícios que sirvam como pontos de referência e de diálogo com o resto da cidade, com espaços de escritórios ou habitações. O plano prevê ainda uma ligação entre pequenos pontos de zonas verdes com a Mata Nacional do Choupal e um corredor verde por baixo do viaduto do IC2, na zona da Casa do Sal, tornando mais fácil a ligação pedonal ou de bicicleta à futura estação, que tanto poderá ser feita por essa zona como a partir do passeio ribeirinho, junto ao Mondego e que passa depois perto do Choupal, onde se prevê um outro aproveitamento do espaço público.

Já está também decidido que Coimbra vai dispor dos serviços de alta velocidade directamente na nova estação, tendo a Câmara Municipal e a IP celebrado um protocolo de cooperação para a elaboração de estudos para o PPEC.

CLÍNICAS MIRA Clínica Oftalmológica J. Mira

CÂMARA DE COIMBRA

E EMPRESA DAS ÁGUAS COM CONTAS POSITIVAS

A expectativa era grande em torno das contas da Câmara de Coimbra, da empresa municipal de Águas e dos Transportes Urbanos, para se avaliar como foi a gestão do primeiro ano de mandato (2022) da actual maioria formada pela coligação “Somos Coimbra”. As contas surpreenderam ao apresentarem saldos positivos e foram aprovadas com a abstenção dos vereadores do PS e da CDU. PÁGINA 6

Fátima Ramos defende o Interior sem esquecer o resto do país

“Com o tempo, também vamos ganhando mais experiência em relação ao desempenho das funções e, com a idade, começamos a ter tendência para de facto ´fazer menos fretes`, isto é, defender mais e assumir com outra força aquilo que é o meu papel e a minha obrigação: defender a minha região e combater as assimetrias territoriais em Portugal”, afirma Fátima Ramos, deputada do PSD eleita pelo círculo de Coimbra, em entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”. PÁGINA 7

Queima das Fitas de Coimbra traz novidades

Sob o lema “Sonho meu de eternidade, brilham-te os olhos ao rever esta cidade”, a Queima das Fitas prepara-se para receber artistas para todos os gostos e dezenas de actividades. A grande novidade deste ano é o aumento da lotação do espaço. PÁGINA 3

Felicita os Bombeiros Voluntários de Coimbra pelo seu 134.º aniversário

Serviços Funerários

Agência A Funerária de Coimbra, Ld.ª (24horas)

75

Funerais – Cremações – Transladações

Felicita a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra pelo seu 134º Aniversário

MEDIAÇÃO DE SEGUROS

Felicita os Bombeiros Voluntários de Coimbra pelo seu 134.º aniversário

REPORTAGEM 2 13 DE ABRIL DE 2023

BARES DA CIDADE COM AMBIENTES HISTÓRICOS E CULTURAIS

PARA APROVEITAR UM BELO FIM DE TARDE EM COIMBRA BASTA A SIMPATIA DE UMA ESPLANADA

FERNANDA PAÇÓ

Coimbra é marcada pelos seus inúmeros espaços de tertúlia. Alguns antigos, que fizeram parte da construção cultural desta cidade, outros mais recentes, que estão neste momento a criar o seu legado. No entanto, uma coisa une esses locais: actuam nos dias de hoje como pontos de encontro e de referência da cidade.

O “Campeão” visitou alguns destes estabelecimentos, nos quais os amigos se reúnem ao fim da tarde, para aproveitar uma bebida, servida junto de cultura e história.

Liquidâmbar

No 1.º andar de um prédio de 150 anos, situado na Praça da República, n.º 28, em Coimbra, está o Liquidâmbar. Embora esta zona da cidade seja conhecida pela activa vida nocturna, o bar destoa de estabelecimentos vizinhos por conta da proposta da casa. “Quem sobe as escadas sabe ao que vem”, descreve o proprietário do local, Jorge Gouveia Monteiro.

Mas, afinal, como definir o conceito deste espaço, com “várias salas que permitem fazer diversas coisas ao mesmo tempo”? Segundo ele, é possível fazê-lo através da ideia de “fraternidade”.

Com locais para estudos, debates, exposições, reuniões, passagem de filmes, lançamentos de livros e sessões de poesia, além de eventos culturais, o objectivo é criar “uma casa um bocado diferente”. Para alcançar esta meta, o Liquidâmbar conta com quatro salas, além de um espaço aberto, onde é possível desfrutar de uma boa bebida ou de petiscos.

A programação varia ao longo das semanas, mas há três eventos que são fixos: sexta-feira e sábado são os dias certos para quem aprecia concertos. Já na quarta-feira é o momento para os fãs de “Jam Sessions”.

“O nosso maior êxito hoje são as sessões das quartas-feiras, com entrada livre, em que qualquer pessoa pode vir e tocar músicas.

É um fenómeno interessante, que define um bocado esta casa”, explica Jorge Gouveia Monteiro.

O bar surgiu em 2018, no prédio que outrora fora a sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (de 1982 até 2016). Depois de algumas “intervenções mínimas” no espaço, nasceu o Liquidâmbar, com a promessa de enriquecer a cidade e proporcionar aos clientes um local único.

Funciona de segunda-feira a sábado, das 16h00 à 1h00 (ou,

como descrito na placa que está na entrada do edifício, das 16h00 às 25h00).

O Moelas

O Moelas é um bar repleto de tradição e história, que funciona em Coimbra desde 1974, na Rua dos Coutinhos, n.º 14. O espaço, actualmente, é conhecido na noite académica, embora nem sempre tenha sido assim.

Classificado em 2021 como “Entidade de Interesse Histórico e Cultural”, pela Câmara Municipal de Coimbra, o espaço abriu inicialmente para ser um restaurante, conta Pedro Pessoa, filho dos donos e actual responsável pelo Moelas. Depois, em 1998, passou a funcionar apenas como bar, já que se tornou mais procurado neste sentido.

Hoje, o bar mantém-se sempre cheio e com um público diverso, atendendo cerca de 500 pessoas por noite nos dias da semana mais movimentados.

Foi também em 1998 que o bar passou a chamar-se “Moelas”, em substituição ao antigo nome, “O Auto-serviço da Sé”. Essa alteração veio graças a uma música feita pela Tuna da Escola Superior de Artes, que saudava as famosas moelas servidas na casa. O estabelecimento ainda tem à disposição este prato que lhe rendeu o nome, agora em sandes. De terça-feira a sábado, entre as 22h00 e as 4h00, é possível experimentar esta iguaria, ou aproveitar as bebidas da casa.

Coola Boola – Colab

A Coola Boola é uma “concept store”, inspirada nas viagens internacionais dos fundadores e

responsáveis pelo estabelecimento, Pedro Serra e Cátia Melo. Este diversificado espaço possui um bar, restaurante e uma loja de roupas. A barbearia, o estúdio de tatuagem e o rooftop estão encerrados no momento, mas o administrador deixa a promessa de que, ainda este ano, vão reabrir.

“Abrimos este espaço em 2019 e a nossa missão é ajudar a reabilitar e a revitalizar o espaço que é nossa paixão: a Praça do Comércio e a zona da Baixa [de Coimbra]. É um local com histórias, memórias e foi isso que também construímos aqui”, conta Pedro Serra.

O Coola Boola é inteiramente decorado com o conceito vintage e retrô e promete “não vender produtos, mas sim experiências”.

Cervejas artesanais são o foco desta “concept store”: possuem uma parceria com a Praxis, por isso vendem a “Topázio” e a cerveja da casa “Portuguese Pedro” (nome em referência a Pedro Serra), ambas fabricadas pela cervejaria de Coimbra. Além disso, também

estão à disposição dos clientes cervejas de outros países, como Espanha, Estados Unidos, Holanda e Alemanha.

Ao entrar no espaço somos transportados para o século passado, com roupas, novas e em segunda mão, como t-shirts e calças, e objectos vintage, como gira-discos e telefones antigos.

“O conceito e a missão da empresa vão mais além da porta de entrada, porque é para a cidade ver os passeios de carros clássicos [organizados pela casa], ou para receber as pessoas no local num momento vintage, por exemplo”.

Galeria Santa Clara

A união entre arte, projectos sociais e um restaurante/bar tem como resultado a Galeria Santa Clara. Este espaço promete trazer aos clientes um ambiente “informal”, adianta o responsável pelo local, Filipe Silva.

“A Galeria é um espaço informal, que tem ambientes diferentes e que

ocorrem em momentos do dia diferentes. É um espaço dinâmico, cosmopolita”.

A atmosfera do local varia ao longo da semana, como explica Filipe Silva: há muitas famílias que vão à Galeria no fim-de-semana, durante a tarde. Já os estudantes universitários preferem iniciar o convívio à noite; os idosos, por sua vez, animam as suas tardes neste café/bar.

E o que esta variedade de clientes encontra quando chega ao local? Uma sala que se assemelha a uma biblioteca, espaços com pinturas e candelabros no tecto, ou espelhos com diferentes molduras, por exemplo. Além disso, um dos charmes da casa é a esplanada, enfeitada pela vegetação do local, com vista para o Museu do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Mas a verdadeira arte não está nas paredes, como explica Filipe Silva. “A arte [do espaço] foi evoluindo com o pensamento da pessoa que estava a gerir o local. Existem obras de arte na parede, mas procuramos valorizar aquilo que os indivíduos são”.

Além de poder desfrutar desse ambiente, em alguns dias da semana há apresentações de música ao vivo e jogos interactivos com o público, por exemplo. A carta possui aproximadamente 400 produtos, que vão de petiscos a refeições, passando por cocktails e outras bebidas.

O bar/restaurante que vemos hoje nasceu em 1993, quando Lúcia Maia, membro da família responsável pelo espaço, “quis abrir uma galeria de arte, mas onde se pudesse tomar um café. As coisas foram evoluindo e o ´espaço de estar` foi tomando conta da casa e crescendo”.

O nome “Liquidâmbar” remete para as árvores que estão no passeio, em frente ao bar

O Moelas possui mais de 200 shots, uma longa lista formada durante os seus 49 anos de existência

O Coola-Boola Colab funciona entre 12h00 e 21h00, de segunda-feira até sábado, na Praça do Comércio, mas Pedro Serra afirma que, no fim do mês, passam a abrir pelas 10h00 e encerrar à 00h00.

A Galeria Santa Clara, junto ao Portugal dos Pequenitos, abre de terça-feira a domingo, entre as 15h00 e a 1h00

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 13 DE ABRIL DE 2023

EVENTO DECORRE DE 19 A 26 DE MAIO

QUEIMA DAS FITAS DE COIMBRA ATRAI PÚBLICO PARA TODOS OS GOSTOS

CRISTIANA DIAS

Maio é já para o próximo mês e como manda a tradição é altura de levar as emoções ao rubro aos milhares de estudantes que frequentam o ensino superior. Durante uma semana, de 19 a 26 de Maio, a euforia faz-se pelas ruas de Coimbra, os livros são pousados e as frequências ficam para depois. Pela cidade vão-se ver muitos doutores e doutoras trajados/as, mas também muitos caloiros, representados pelas cores dos respectivos cursos, no seu estado de descoberta por tudo o que a vida académica, e em especial esta semana, lhes proporciona.

Este ano sob o lema “sonho meu de eternidade, brilham-te os olhos ao rever esta cidade”, a Queima das Fitas é o culminar de um ano de dedicação e esforço daqueles que querem ter um futuro brilhante e lutam para o dia de amanhã ser risonho profissionalmente.

A Queima das Fitas é, por tudo isso, sinónimo de festa, alegria, convívio e muita música. A Praça da Canção, bem junto à margem esquerda do rio Mondego, vai receber milhares de pessoas para assistir aos espectáculos preparados para os estudantes. Entre tendas de cursos, as roulottes dos comes e bebes e as várias diversões, haverá o palco principal que atrairá música para todos os gostos.

Durante sete dias a música portuguesa, o rap, o funk, entre outros estilos musicais, vão-se fazer ouvir pela cidade de Coimbra.

A organização da Queima das Fitas preparou sete dias de muita animação e prometeu não deixar ninguém de fora. Ao todo são mais de 60 actividades programadas que vão decorrer durante várias semanas. Este ano há como novidade o aumento da lotação do recinto que ainda está a ser estudado com a Câmara Municipal de Coimbra.

Com a preparação destas festividades, a Queima das Fitas de 2023 prevê “uma despesa “muito mais cara do que a do ano passado”, que “já tinha sido elevada”, cifrando-se “neste momento em 1,5 milhões de euros”, referiu Carlos Missel, coordenador geral da comissão organizadora da Queima das Fitas. Até ao momento, a organização

já confirmou a presença de oito artistas, mas outros nomes ainda vão ser desvendados ao longo das próximas semanas.

Artistas confirmados

Os Quatro e Meia, Slow J, Gustavo Mioto, Ana Castelo, Mc Kevinho, T-Rex, Linda Martini e X-Tense são as bandas confirmadas, até agora, que prometem agitar as Noites do Parque.

O primeiro dia, 19, abre com os Linda Martini, uma banda incontornável da música portuguesa, dos últimos 20 anos, ligada ao rock com influências de post-rock e punk.

Para o dia seguinte (20) é a vez da banda Os Quatro e Meia. O grupo, original da cidade de Coimbra, surgiu em 2013 após uma actuação de sucesso de um grupo de universitários de Coimbra e a partir daí tem dado cartas no mundo da música.

Considerada uma das bandas em maior ascensão em Portugal, com um estilo tão característico e cativante para todas as gerações, os Quatro e Meia foram finalistas do Festival da Canção 2022, com “Amanhã”, da autoria de Tiago Nogueira, terminando o concurso em 2.º lugar.

Já no domingo (21) o palco é do Toy Toy T-Rex. O artista, de nome próprio Daniel Benjamin, vai pisar novamente o Palco Fórum na Praça da Canção pela Queima das Fitas de Coimbra.

No dia seguinte (22) é a vez do artista X-Tense que promete trazer uma boa “vibe” ao evento.

Os últimos dias da Queima estão mais dedicados ao estilo brasileiro.

No dia 24 de Maio, o cantor Gustavo Mioto e a artista Ana Castelo, que “neste momento é número um no Brasil, no Spotify”, vão preencher o palco principal.

Mc Kevinho é o artista escolhido para fechar a edição de 2023 da Queima das Fitas de Coimbra. Bem conhecido do público português, o músico brasileiro ajudou a revolucionar o “Funk” e é autor de alguns temas mais tocados, como “Olha a Explosão”, “Oh bebê”, “O Grave Bater” e “Encaixa” .

Cortejo à terça-feira

Recorde-se que este ano o Cortejo da Queima das Fitas vai ser

realizado no dia 23 de Maio, a uma terça-feira, e não a 21, domingo, como seria de esperar. Esta mudança deve-se ao facto da banda britânica Coldplay realizar o seu último concerto no mesmo dia e a Câmara Municipal de Coimbra considerar “arriscado” que o cortejo ocorra no mesmo dia.

O Cortejo da Queima das Fitas consiste numa manifestação festiva da Academia, na qual os estudantes desfilam pelas ruas da cidade junto de carros alegóricos, revestidos a flores de papel, com as cores das Faculdades, decorados com diversos elementos de sátira social e reivindicações estudantis. Segundo a comissão, este ano o Cortejo “terá perto de 90 carros, mais do que no ano passado, que foram 82”.

Este ano o cortejo vai também sofrer algumas alteração no seu caminho. Devido aos constrangimentos das obras do MetroBus, o percurso chega à Praça da República e em vez de descer a Avenida Sá da Bandeira, pela faixa da direita, vai faze-lo pela esquerda, do lado do Teatro Académico de Gil Vicente.

Serenata no Pátio das Escolas

O Pátio das Escolas vai ser o palco deste ano para receber a Serenata Monumental da Queima das Fitas 2023. Com as obras de requalificação ainda a decorrer no Largo da Sé Velha, a comissão organizadora optou, em consenso com a Universidade de Coimbra, por realizar a emblemática Serenata no Pátio das Escolas. Este espaço recebeu este momento simbólico em 2020 e 2021 ainda em plena pandemia da Covid-19, sendo que, no primeiro ano, o momento decorreu sem a presença do público e com transmissão televisiva. No ano seguinte, o evento juntou 500 estudantes, que assistiram sentados, com máscara e o espaçamento então em vigor.

Marcada para a noite de 18 para 19, pelas 00h00, a Serenata marca o arranque da festa académica, mas tendo agora esta nova localização há ainda pormenores a serem delineados. No dia seguinte realizar-se-á o Sarau de Gala, no Teatro Académico Gil Vicente.

Carnaval de Veneza é tema do Baile de Gala

O Baile de Gala está marcado para o dia 17 de Maio, um dia antes da Serenata Monumental, e será dedicado ao Carnaval de Veneza. Com regresso este ano à Antiga Igreja do Convento São Francisco, os estudantes vão poder desfrutar da magia das máscaras daquele que é considerado um dos mais famosos carnavais do mundo.

Quanto ao Chá Dançante, este terá lugar no dia 24 de Maio, em local ainda a definir.

Outras actividades

Este ano foi apresentada, como novidade, a compilação de um livro de memórias, que pretendem vir a repetir todos os anos. “Queremos em todas as Queimas das Fitas um livro que represente aquela edição, desde as actividades, às comissões de carros que participaram no Cortejo da Queima das Fitas nesse ano”, referiu Carlos Missel.

Entre as novidades figuram ainda um torneio de padel, nos dias 3 e 5 de Maio, no Star de Coimbra, e ainda um torneio de surf, a 12 de Maio, na Praia de Mira.

Alia Kuznetsova foi a vencedora do Cartaz da Queima, tendo o trabalho da antiga aluna da Universidade de Coimbra sido escolhido entre os 42 a concurso.

Cartaz

a s c e n s o r A SUBIR

ÁLVARO AMARO – A um ano de terminar o mandato de deputado no Parlamento Europeu, Álvaro Amaro mantém particularmente viva a actividade política que desenvolve há muitos anos, seja no âmbito daquele Parlamento seja em assuntos internos, tendo abraçado ao longo dos tempos, de forma corajosa, algumas causas que bom seria o país ouvisse e assumisse também. Entre estas, a mais nobre talvez, mais destemida e mais corajosa é a defesa do interior abandonado que ele conhece bem. Natural do concelho de Gouveia, foi seu presidente de Câmara antes de o ter sido também na Guarda. Apesar de residir em Coimbra há muitos anos, nunca esqueceu a realidade do interior do país e nunca deixou de assinalar, às vezes de forma destemida, as assimetrias regionais que têm vindo a empurrar toda a zona do interior para uma desertificação continuada, empobrecendo cada mais essas regiões bem como as pessoas, cada vez menos, que resistem por lá se manterem. Integrou há alguns anos uma denominada Comissão do Interior, juntamente com outras figuras públicas que partilham da mesma preocupação. Foi então elaborado um documento então entregue entregue ao primeiro-ministro (o ainda actual) que o terá guardado por lá algures, numa qualquer gaveta dos assuntos a não mexer, já que dele nunca mais se ouviu falar Não desistindo dessa causa, Álvaro Amaro prepara a edição de um livro sobre este mesmo assunto ( “O Interior é fonte de vida”) que será apresentado na Guarda no próximo sábado (15) e que contará com uma intervenção alusiva ao tema de Luís Marques Mendes.

CARLOS CORTES – Foi eleito muito recentemente Bastonário da Ordem dos Médicos, após ter presidido ao Conselho Regional da região centro durante vários anos. As eleições a que se candidatou e venceu, no Conselho Regional e para Bastonário, obtiveram sempre um resultado bem ilustrativo do apreço e da confiança que a classe médica nele deposita, apesar de jovem ainda e numa altura em que se perspectivam anos muito difíceis para o Serviço Nacional de Saúde que, como se sabe, tem vindo a deparar-se com dificuldades, de liderança e suporte financeiro, que ameaçam estrangular-lhe a eficácia, provado que está que nas actuais circunstâncias a assistência na saúde é manifestamente insuficiente, seja na base onde se inicia ( Extensões de Saúde e Unidades de Saúde Familiar), seja nas Urgências dos grandes hospitais ou nas especialidades que não conseguem dar resposta suficiente às muitas solicitações de uma sociedade em envelhecimento acentuado. Como Bastonário eleito há semanas, Carlos Cortes tem pesada tarefa pela frente, já que o cargo, e as funções que comporta, vão exigir dele muita coragem, muito saber, trabalho e audácia, nada condizentes com desempenhos virados para a mediatização. Muito elegante no trato, com uma superior capacidade de relacionamento, Carlos Cortes convidou na parte final da semana passada todos os media da região para lhes transmitir o quanto apreciou e agradece o trabalho desenvolvido enquanto presidente do Conselho Regional, sobretudo nos anos de pandemia que tão difíceis foram de acompanhar noticiosamente. Ao agir assim, reconhecendo o mérito em vez da crítica fácil e tantas vezes injusta, Cortes comprovou essa sua já referida capacidade de relacionamento. Hoje em dia, cada vez mais sectores e agentes diversos nutrem especial prazer em denegrir o papel da informação livre, com a qual lidam mal pelo desconforto que lhes causa. Por isso se tornou moda e passou a ser chique criticar os diversos meios, sobretudo os que seguram com mão firme o facho da liberdade responsável. Carlos Cortes, há anos a lidar com o sector, indicia, já com elevado grau de certeza, navegar em águas mais profundas. Por isso, ou por isso também, começou cedo a desenhar um trajecto e um percurso que o levarão mais além nesta caminhada de fazer da saúde dos portugueses uma das mais fortes causas da sua vida profissional.

JOÃO CAMPOLARGO – O passado fim-de-semana, prolongado para uns e incluído em férias da Páscoa para outros, teve um tanto de atípico este ano no que respeita à corrida de elevado número de pessoas em direcção ao litoral, como que sedentas de molhar os pés nas águas do mar. Foi tempo de passear e fazer turismo familiar, como acontece quase todos os anos e se o tempo o permite. Os espanhóis têm uma especial predileção por esta altura para visitar Portugal e aqui, na região centro, Aveiro é destino obrigatório para milhares deles. Mas raras vezes as praias de Portugal terão registado tamanha influência como aconteceu este ano. Num ápice, mal o sol subia no horizonte na manhã de sexta feira, feriado nacional, os areais do nosso litoral começaram a encher-se gradualmente para assim se manterem pela tarde fora e dias seguintes. As cidades mais a interior esvaziaram-se, como foi por exemplo o caso de Coimbra onde as ruas tiveram muito menor movimento e os hotéis e restaurantes sentiram reduzida afluência. Num desses restaurantes, por exemplo, numa média anual que se aproximava dos 180 almoços em dia de Páscoa, este ano não passou dos 40. Ávida de mergulhar no mar, muita gente trocou a prudência pela audácia e meteu-se água dentro, com muitos jovens a deixarem-se conduzir pelo entusiasmo colectivo, pouco dado a reflexões na altura certa. O resultado é conhecido: começou cedo a haver gente em dificuldade num mar ainda perigoso, com jovens na flor da idade a serem dos primeiros a deixarem-se levar pelas águas revoltas e pela vida, insensíveis à inexperiência e audácia excessiva de alguns. Foi assim que aquele estudante de uma Escola Profissional do Porto, natural de Cabo Verde, se deixou morrer perante a estupefacção de alguns colegas incapazes de lhe valer. Mas outros jovens, e outras pessoas mais, morreram noutros locais, trazendo cedo o luto e a dor às areias do nosso litoral, na sua grande parte ainda desguarnecido de vigilância. Não foi o caso das praias da zona de Aveiro, com o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo a revelar apurado sentido de oportunidade, prevendo um fim de semana muito movimentado nas praias daquela zona (Costa Nova, Barra e Vagueira), onde a vigilância reforçada e devidamente equipada roubou à morte alguns casos complicados. João Campolargo, presidente pouco dado a andar de braços cruzados, soube ser dos mais atentos autarcas dos concelhos do litoral e não hesitou em contratar, pagando com os dinheiros da Câmara, a vigilância antecipada em relação ao início da época balnear. Ser líder é esta capacidade de antecipar os amanhãs e agir em conformidade. Se é certo que outros casos de idêntico mérito houve noutras paragens, também situações houve em que os respectivos autarcas revelaram enorme insensibilidade e nenhuma capacidade de previsão. É na capacidade de previsão e decisão que os líderes se afirmam.

MÁRIO ARTUR LOPES – A Câmara Municipal de Murça reabilitou a casa onde Aníbal Augusto Milhais, herói da I Guerra Mundial, viveu e transformou-a num centro interpretativo. O objectivo passa por preservar a memória de todos os murcenses que participaram na guerra. A Casa Museu Soldado Milhões foi inaugurada esta segunda-feira (10) pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na aldeia de Valongo Milhais, cujo nome surge em homenagem ao soldado português. De recordar que, em abril de 1918, durante a Batalha de La Lys, os actos e bravura de Aníbal Augusto Milhais valeram-lhe a mais alta condecoração militar nacional – a Ordem de Torre e Espada. “Tu és Milhais, mas vales milhões”, disse-lhe, na altura, o seu comandante, Ferreira do Amaral. Cento e cinco anos mais tarde, surge este projecto pelas mãos da Câmara de Murça que, de acordo com o seu presidente, Mário Artur Lopes, tem como missão “perpetuar a memória do herói soldado Milhões”. O autarca pretende ainda que seja criado um percurso pedestre de cerca de seis quilómetros entre Valongo de Milhais e a Praceta Herói Milhões, localizada no centro da vila de Murça.

SUSANA FARIA APONTA SEPARAÇÃO DOS PÓLOS UNIVERSITÁRIOS DA CIDADE DE COIMBRA

Susana Faria elaborou a tese de doutoramento “Coimbra: Universidade e Cidade como manta de retalhos”, onde conclui, através de uma análise à configuração da estrutura urbana, que os pólos universitários estão segregados face à cidade e não estão totalmente integrados no tecido urbano. “Há uma conclusão daquilo que já era uma ideia da Universidade de costas voltadas para a cidade e vice-versa e, através de uma metodologia mais objectiva, confirma-se aquilo que era uma visão empírica”, explicou a doutoranda no trabalho efectuado. O estudo centra-se nos Pólos I, II e III da Universidade de Coimbra, criados e transformados em diferentes momentos da história da mais antiga instituição de ensino superior do país. Apesar dos dois pólos mais recentes estarem internamente integrados, refere que apresentam um “desenvolvimento tendencialmente segregado em relação à cidade”. O estudo recorre também a um inquérito a 1.837 alunos da Universidade de Coimbra que concluiu que a maioria reside fora das áreas onde estuda,

BARBARA BANDEIRA – É a artista portuguesa que vai abrir os quatro concertos dos Coldplay no Estádio Cidade de Coimbra, que estão marcados para os dias 17, 18, 20 e 21 de Maio. A cantora, de 21 anos, desde muito cedo se interessou e se apaixonou por música. Filha do músico Rui Bandeira, a jovem cantora faz um grande sucesso na música portuguesa. Em 2018 venceu o Prémio Revelação na gala dos Globos de Ouro da SIC e no mesmo ano esteve nomeada para a edição de 2018 do prémio Best Portuguese Act, categoria dos MTV Europe Music Awards.

“A Última Carta”, “Friendzone”, “Nem Sequer Doeu”, “E Se Eu” e “Como Sou” são alguns dos temas mais conhecidos de Barbara Bandeira.

JOSÉ MARIA PEIRÓ – O Professor Catedrático de Psicologia das Organizações na Universidade de Valência (Espanha), desde 1981, recebeu, ontem (12), o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra (UC). A homenagem a José Maria Peiró é o primeiro Doutoramento Honoris Causa atribuído pela Universidade de Coimbra, sob proposta da FPCEUC, desde 2011 (António Damásio). O seu curriculum conta com mais de 200 publicações em revistas científicas e cerca de 30 livros e monografias. É detentor de três Doutoramentos Honoris Causa: Universidade de Maastricht (Países Baixos), Universidade de Elche (Espanha) e Universidade Metodista de São Paulo (Brasil). Foi, ainda, através do Projecto Leonardo Da Vinci, o primeiro a elaborar o Diploma Europeo en Psicologia (2001-2003).

passando a maior parte do tempo disponível em casa. Ou seja, após o horário escolar, a maioria dos alunos estão ausentes do espaço público dos pólos universitários, que acabam por ficar desertos. Se isto parece ter aspectos negativos, na perspectiva de Susana Faria, há quem veja o lado positivo, como é o caso do arquitecto Vítor Murtinho e de acordo com o que expressou na passada semana em conversa na Rádio Regional do Centro e noticiada pelo “Campeão”. O Professor do Departamento de Arquitectura sublinha que, em Coimbra, “o facto de os pólos universitários estarem dispersos é vantajoso, porque qualquer um dos pólos faz pressão sobre a habitação dessa área, com dispersão e sem haver uma concentração”. Sustentando que uma característica identitária de Coimbra é a de ser uma cidade universitária, onde os estudantes representam cerca de 20% da população, sublinha, igualmente, o impacto que isso tem na dinamização da cidade. Resumindo e concluindo, ambas as visões não são contraditórias, mas complementares.

JOÃO PAULO ALMEIDA E SOUSA

– Na cerimónia que celebrou o Dia Mundial da Saúde foram distinguidos dois médicos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC): Teresa Almeida Santos (que demos notícia na passada edição) e João Paulo Almeida e Sousa, que aqui e agora referimos. Médico especialista em pneumologista e medicina intensiva, que foi presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e exerce funções como assistente hospitalar graduado sénior no Serviço de Medicina Intensiva do CHUC, foi homenageado com a Medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde - Grau Ouro. João Paulo de Almeida e Sousa integrou a Comissão de Acompanhamento de Saúde do Euro2004, em 2009 coordenou uma equipa médica dos HUC, no âmbito do apoio de emergência do Ministério da Saúde de Portugal a Cabo Verde, com apoio de medicina intensiva, durante a epidemia de Dengue em Cabo Verde. Já integrou o Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, a Direcção da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos e foi o coordenador da Comissão para a Criação e Admissão por Consenso à Competência em Emergência Médica. Detém as competências em Emergência Médica e em Gestão de Serviços de Saúde, sendo consultor do IPST e integra a Comissão Instaladora da Competência Medicina Militar (Ordem dos Médicos).

ACTUALIDADE 6 13 DE ABRIL DE 2023

MARGEM DE 8,5 MILHÕES DE EUROS E MAIOR CAPACIDADE DE ENDIVIDAMENTO

CÂMARA DE COIMBRA APRESENTA SALDO POSITIVO

LUÍS SANTOS

ACâmara Municipal de Coimbra fechou o exercício de 2022 com uma margem positiva de 8,5 milhões de euros, conforme sublinhou o presidente da Edilidade na reunião de terça-feira, onde as contas foram aprovadas com os seis votos a favor da coligação e cinco abstenções dos vereadores do PS e da CDU.

Para além de as contas terem encerrado com uma margem de 8,5 milhões de euros, José Manuel Silva destacou que se registou um acréscimo da capacidade de endividamento do Município de 10,7% (de 21,17 milhões de euros para 23,44 milhões de euros), e que, a partir da análise da distribuição dos custos do Município de Coimbra por funções, é possível concluir que as Funções Sociais representam 54% dos custos/investimentos municipais.

O presidente da Câmara comentou, ainda, que o exercício de 2022 “diz respeito ao ano que classificámos como o ano zero, o ano de transição, ainda com a anterior estrutura do Município e, como os vereadores socialistas então bem comentaram, um orçamento elaborado essencialmente pelo anterior Executivo camará-

rio, pelo que o prevejo pacífico, nomeadamente considerando os dramáticos efeitos da inflação e da guerra na Europa”.

O relatório sobre as contas do ano passado foi apresentado pelo vereador Miguel Fonseca, com o pelouro financeiro, destacando-se que a receita bruta corrente arrecadada foi de 105,7 milhões de euros e a despesa corrente paga de 93,6 milhões de euros. Houve, ainda, 3,5 milhões de amortizações pagas de empréstimos de médio e longo prazo.

Por parte do PS, a vereador Regina Bento considerou que as contas apresentadas são “genericamente boas”, demonstrando que “o PS deixou contas equilibradas que resistem mesmo em períodos de ‘guerra’”.

Na leitura da socialista, verifica-se, em termos financeiros, “um resultado líquido positivo de quase 2 milhões de euros, assente essencialmente num aumento exponencial de rendimentos de impostos de cerca de 7 milhões de euros que conseguiu superar o aumento de gastos deste contexto inflaccionista e de ‘guerra’”. “Em termos orçamentais o saldo de gerência, afinal, ficou mais próximo dos nossos receios expressados aqui no final

MIRANDA DO CORVO E CANTANHEDE ÁGUAS DE COIMBRA

Os concelhos de Miranda do Corvo e de Cantanhede manifestaram o seu interesse em integrar uma futura empresa intermunicipal cuja criação é defendida pela Águas de Coimbra, afirma o presidente desta entidade.

A empresa municipal Águas de Coimbra (AC) já tinha manifestado em Outubro de 2022 a sua vontade de criar uma empresa intermunicipal, revelando, na altura, o início de contactos com os municípios vizinhos de Condeixa-a-Nova e Mealhada.

Esta terça-feira, o presidente da AC, Alfeu Sá Marques afirmou que Mirando do Corvo e Cantanhede também já manifestaram o seu interesse “em aderir a um sistema desses”.

O anúncio foi feito durante a reunião do Executivo da Câmara de Coimbra, quando o presidente da empresa municipal falava dos resultados da Águas de Coimbra em 2022.

No final, em declarações aos jornalistas, Alfeu Sá Marques salientou que o processo de criação de uma empresa intermunicipal está “a ser tratado e analisado”. “Tudo o que seja para aumentar a escala é bem-vindo”, frisou.

Segundo o responsável, a empresa municipal espera ter antes do final do ano “as linhas orientadoras” para a criação da tal empresa intermunicipal.

Durante a apresentação do Relatório e Contas de 2022, Alfeu Sá Marques realçou que houve uma redução de gastos de cerca de 15% e um aumento de rendimentos em mais de 17%, tendo passado de um resultado líquido negativo de 1,2 milhões de euros em 2021 para um resultado positivo de 2,1 milhões no ano transacto.

O responsável realçou ainda que a Águas de Coimbra melhorou todos os indicadores da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

do ano, ao ser de 3,5 milhões de euros, o que fica muito longe da previsão de 8 milhões feita no final do ano, pelo vereador Miguel Fonsca, já com as contas praticamente fechadas”. De entre todos os dados do documento, Regina Bento verificou, também, “um aumento bastante significativo (+25 dias) do prazo médio de pagamentos a fornecedores, quando em 2021 a Câmara demorava em média 39 dias a pagar aos seus fornecedores e em 2022 passou a demorar,

em média, 64 dias”. Constatou, igualmente, que as taxas de loteamentos e obras diminuíram 15,2% e as cobranças de multas aumentaram mais de 30%.

SMTUC recebem

11,7 Milhões

Quanto aos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), estes apresentam um saldo positivo de 1,3 milhões de euros, mas receberam 11,7 milhões de euros (59% das

receitas) em indemnizações compensatórias.

De acordo com a vereadora Ana Bastos, que preside ao Conselho de Administração dos SMTUC, em 2022 consolidou-se a tendência de recuperação da procura, a qual atingiu os 9,8 milhões de passageiros, registando um crescimento de 26,7% em relação a 2021.

É ainda de registar o aumento da taxa de ocupação, a qual aumentou de 6 para 8,1% e da receita de bilheteira, a qual ascendeu a 6,22 milhões de euros, o que traduz um aumento de cerca de 33,5% comparativamente a 2021.

As dificuldades não ficaram de fora, com Ana Bastos a recordar que “o ano de 2022 ficou marcado pelo reconhecimento público da degradação acentuada da frota operacional dos SMTUC”. “Embora em Fevereiro tenham entrado ao serviço cinco autocarros eléctricos novos e em Maio oito autocarros usados, a taxa de imobilização continuou a aumentar, atingindo em média os 31,4%. Apesar disso, estas aquisições permitiram manter praticamente constante a idade média da frota, a qual se cifrou em 14,6 anos, muito próximo dos 14,8 anos registados em 2021”, especificou.

CÂMARA APOIA COM 440 MIL EUROS, MAS... OS MILHÕES ENVOLVIDOS

NOS CONCERTOS DOS COLDPLAY

Os vereadores do PS, na oposição, estimaram que o custo total para a Câmara de Coimbra dos concertos dos Coldplay será de um milhão de euros, já o presidente do Município diz ser “o melhor negócio de sempre”.

“Pelas nossas contas, o apoio global directo e indirecto aos concertos dos Coldplay vai rondar um milhão de euros”, afirmou a vereadora socialista Carina Gomes, que falava durante a discussão em reunião do Executivo do acordo entre a Câmara de Coimbra, a promotora Everything is New e a AAC/OAF, para os concertos a 17, 18, 20 e 21 de Maio da banda inglesa liderada por Chris Martin. O acordo foi aprovado com os votos a favor da coligação Juntos Somos Coimbra e um voto contra do vereador da CDU, numa votação em que os quatro vereadores socialistas se recusaram a participar, considerando estar em causa “um simulacro de democracia” por o acordo ser debatido 19 dias

antes de entrar em vigor.

O acordo, para além de estabelecer um apoio de 440 mil euros à promotora, obriga a autarquia a ficar responsável pela substituição do relvado do Estádio após os concertos, assegurar a limpeza do Estádio antes, durante e após os espectáculos e isenta a Everything is New de qualquer taxa, tendo direito a utilizar o Estádio entre 1 e 25 de Maio.

“Não faz sentido, com contas saudáveis como as que a Câmara tem, gastar 440 mil euros nestes concertos, tendo cancelado a super especial do rali [que teve um custo para a autarquia de 630 mil euros em 2022] e o Prémio Estação Imagem, estando a diminuir o orçamento de eventos culturais consolidados na cidade e não tendo criado uma única medida de apoio social extraordinário às famílias neste período de graves carências financeiras”, referiu também a vereador socialista Carina Gomes.

Já o presidente da Câmara, José Manuel Silva, realçou, em resposta

ao PS, que o acordo feito com a Everything is New é “exactamente semelhante” ao protocolo feito pelo anterior Executivo socialista para o concerto de Andrea Bocelli, em 2021, com excepção do pagamento directo à promotora.

“Os que criticaram a não realização da super especial [do rali], são os mesmos que agora criticam a realização dos concertos dos Coldplay. Em vez de trazermos 20 mil, trazemos mais de 200 mil pessoas a Coimbra. O retorno financeiro é incomparavelmente superior”, vincou.

Na óptica de José Manuel Silva, estes concertos são “um dos melhores negócios de sempre nesta área para a cidade de Coimbra e para a sua região”. “Se cada pessoa deixasse 500 euros, haveria um retorno tangível de 100 milhões de euros. Se cada uma só deixar 100 euros - e isso não chega para a dormida da maioria - são 20 milhões de euros. Portanto, teremos um retorno tangível entre 20 e 100 milhões de euros”, sustentou.

A receita da Câmara de Coimbra foi de 105,7 milhões de euros, para uma despesa corrente paga de 93,6 milhões de euros

DEPUTADA DO PSD ELEITA PELO CÍRCULO DE COIMBRA

FÁTIMA RAMOS ASSUME A DEFESA DA REGIÃO E DO INTERIOR

Fátima Ramos foi eleita deputada do PSD em 2022 e esta é a segunda vez que está no Parlamento, tendo o primeiro mandato decorrido de 2015 a 2019. Mas a actividade política já começou há alguns anos, quando presidiu à Câmara Municipal de Miranda do Corvo (2002/ 2013). A economista continua a lutar pela região de Coimbra e o Interior, como conta nesta entrevista.

LINO VINHAL / FERNANDA PAÇÓ

Campeão das Províncias [CP]: Tem tido uma actividade parlamentar muito intensa. Como está a correr?

Fátima Ramos [FR]: Encaro a política como uma missão. Já tive um outro mandato de deputada, mas aquilo que mais prazer me deu foi ter sido presidente da Câmara de Miranda do Corvo. E enquanto autarca, nomeadamente num concelho que sociologicamente é muito socialista, rapidamente percebi que mais importante do que os partidos, ou do que a nossa ideologia, está a necessidade de lutar para resolver os problemas das pessoas. Resolver os problemas dos meus concidadãos torna-me feliz.

[CP]: Foi para si mais gratificante ser presidente da Câmara do que é ser deputada?

[FR]: Gosto de ser deputada, dá-me a oportunidade de tentar ser uma advogada de defesa da minha região e dos portugueses. Sabemos que qualquer deputado tem como obrigação pensar no país como um todo, mas entendo que não podemos esquecer as circunstâncias da minha região. A partir do momento em que sou eleita, se sei que a minha região tem problemas, tenho que tentar defendê-la da melhor forma possível.

[CP]: E é mais interventiva neste mandato do que foi no primeiro?

[FR]: Julgo que não. No início deste mandato, quando o Dr. Mota Pinto era presidente do Grupo Parlamentar e o Dr. Rui Rio presidente do PSD, tive oportunidade de ser vice-presidente da bancada e aí a minha atuação foi muito maior. Hoje, as oportunidades são menores, mas a política é mesmo assim. Com o tempo, também vamos ganhando mais experiência em relação ao desempenho das funções e, com a idade, começamos a ter tendência para

de facto “fazer menos fretes”, isto é, defender mais e assumir com outra força aquilo que é o meu papel e a minha obrigação: defender a minha região e combater as assimetrias territoriais em Portugal.

[CP]: Está satisfeita com o partido a nível nacional e regional?

[FR]: Acredito na capacidade reformista do PSD e nos valores que partilha. Um partido personalista e humanista que valoriza a ética republicana, o empreendedorismo, o rigor, a liberdade e a defesa dos mais frágeis. Muitas vezes as pessoas olham para os políticos como alguém diferente, muitas vezes de forma desprestigiante. Vejo a política como uma actividade nobre. Há políticos desonestos como existem desonestos noutras profissões, mas acredito que a maior parte das pessoas que estão na política querem fazer o melhor pelo seu país. Pessoalmente, sinto os problemas da sociedade como qualquer outra pessoa. Sou mulher, mãe, avó e, por conseguinte, vou ao mercado, utilizo transportes públicos, vou ao médico. Sinto desilusão, pela forma como tem evoluído o nosso país como muitas outras pessoas. A revolução de abril trouxe-nos muitas conquistas, mas também falhanço e desilusão. Sou uma pessoa que não se conforma facilmente e que gosta de lutar. Portanto, quando sentimos que nos estamos a afastar de outros países com os quais nos deveríamos aproximar, em termos de qualidade de vida, quando vimos os últimos dados em relação ao PIB per capita, em paridade de poder de compra, que mostram que já estamos ao nível da Roménia, que nestes 20 anos fomos ultrapassados por vários países que eram locais onde as pessoas pior viviam na União Europeia, que eram os que vieram da ex-URSS, quando vimos isso e os milhões que sistematicamente nos são anunciados, que vêm da

Fátima Ramos afirma que o PSD é um partido humanista que acolhe bem todas as pessoas com políticas geradoras de desenvolvimento económico.

UE, vemos que não estamos a conseguir aproveitar, as notícias de corrupção… claro que não podemos sentir satisfação.

[CP]: Tem havido nos últimos anos uma diminuição da qualidade da primeira linha da classe governante e política no país?

[FR]: Acredito que a maioria das pessoas que abraçava a política inicialmente o fazia com maior espírito de missão e muita esperança num país melhor. Com o tempo a sociedade ficou mais materialista. Algumas pessoas também se afastam porque não querem a devassa da sua vida privada. Outros, porque é mais fácil criticar do que participar na resolução. Processos como o da TAP, que tem sido uma autêntica bandalheira também mostram que há pessoas que vão para a política apenas para tentarem ter um emprego e não por espírito de missão. Pessoas que colocam os interesses partidários acima dos interesses do país. É difícil entender como é que um governo, renacionaliza uma empresa, injeta cerca de 3.200 milhões de euros dos nossos impostos e a gere a empresa desta forma leviana e irresponsável. Existe, contudo, um facto indesmentível. Se as coisas têm corrido mal nas últimas décadas, a responsabilidade é sobretudo do Partido Socialista. Nos últimos 28 anos, tivemos sempre governos do Partido Socialista, excepto durante sete anos, em que tivemos governos do PSD. Recordando que Guterres deixou o Pantano e que Pedro Passos Coelho herdou um país em pré-bancarrota deixada pelo governo socialista de José Sócrates. Pedro Passos Coelho geriu praticamente sem liberdade. Fruto da grave crise financeira que herdou teve de impor grandes sacrifícios porque estava obrigado a executar

o programa negociado com a Troika após a bancarrota provocada pelo PS . Acho que está mais do que demonstrado que os governos socialistas levaram o país para uma situação de grande fragilidade do ponto de vista financeiro. Foram irresponsabilidades em cima de irresponsabilidades, numa política que nos empobreceu por nunca ter sido reformista e que foi, no fundo, vivida à custa da maquilhagem trazida pelas agências de comunicação.

[CP]: Na mais recente sondagem que foi feita no nosso país verificamos que por um conjunto de circunstâncias o PSD não sobe, porque tem qualquer coisa que se “agarrou à rocha”. O que se passa?

[FR]: Acredito existirem vários motivos dos quais saliento três: Nas últimas quase três décadas o PSD governou num período muito difícil; outro tem a ver com a resignação das pessoas. Após um período de esperança, vivido sobretudo nos anos 80, num país que daria um melhor nível de vida, as pessoas começaram a sentir que a nossa aproximação não ocorria e que outros povos nos ultrapassavam. A educação, a justiça e o Serviço Nacional de Saúde em decadência. O centralismo a aumentar com o consequente despovoamento do interior e a massificação da região de Lisboa. As pessoas deixaram de acreditar e começaram a entender no seu íntimo, que é tudo a mesma coisa. A outra razão está relacionada com o empobrecimento do próprio país que aumenta a tendência para a escolha de políticas assistencialistas, aparentemente de caminho mais fácil no imediato.

Veja-se a quantidade de pessoas que vivem quase no limiar da pobreza. Vimos isso com os reformados por exemplo: 80%

têm reformas inferiores ao salário mínimo, 70% recebem menos de 439 euros. Os jovens estão cada vez mais perto do salário mínimo. Ao mesmo tempo, esta é mais uma prova de como as políticas socialistas têm errado. O PSD tem de conseguir explicar melhor às pessoas que a sua política e o seu programa conseguirão um melhor desenvolvimento económico do país e por conseguinte mais qualidade de vida. Não temos que ser os eternos pobres da Europa.

[CP]: O Estado, embora não se note, vive “à grande e à francesa”, porque fica com os fundos europeus quase todos e fica com uma carga fiscal enorme?

[FR]: As pessoas sentem que são esmagadas pela carga fiscal que tem aumentado sempre. Depois olham para os serviços públicos e sentem a degradação dos mesmos. Na saúde há cada vez mais pessoas sem médico de família (cerca de um milhão e seiscentos mil) e mais pessoas com seguro de saúde (mais de milhões). Se considerarmos com a ADSE ficam cerca de quatro milhões. A classe média paga impostos e seguros de saúde. O PS e a esquerda radical advogam serem os grandes defensores do SNS, mas por causa dos erros das suas políticas temos hoje uma saúde para ricos e outra para pobres. Os fundos comunitários em vez de ajudarem a desenvolver mais a economia do país têm sido sobretudo usados para alimentar o Estado e as regiões mais ricas.

[CP]: Quais os assuntos para tratar na região?

[FR]: Tenho procurado fazer um trabalho de grande defesa da região e do país em várias áreas. Na saúde, recordo, por exemplo, as promessas sucessivas em relação à Maternidade de Coimbra, quando todos vão afirmando que a substituição das duas maternidades numa só, gera escala e a poupança obtida daria para pagar o investimento. Também vimos a falta de estratégia em relação aos Covões e o desaproveitamento do mesmo. Em relação às estradas e às vias de comunicação sou grande defensora da continuação da A13, com a ligação a uma auto-estrada

PSD QUESTIONA LIMITAÇÕES NAS VISITAS AOS DOENTES INTERNADOS NO CHUC

Fátima Ramos, assim como outros deputados do PSD, os de Coimbra e outros de diversos círculos eleitorais, enviaram ao Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, uma pergunta relativa às limitações ainda em vigor nas visitas aos doentes internados no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC). Segundo os deputados signatários da pergunta, o CHUC mantém ainda fortes restrições nas visitas aos doentes, permitindo apenas uma por dia a cada doente, prática já não seguida pela grande maioria dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde Além de questionarem o actual funcionamento, pretendem saber se as visitas voltarão em breve a seguir os padrões antigos (menos restritivos) e, se sim, quando.

que nos devia ligar a Viseu. Na mesma senda, outra matéria em que me tenho envolvido é o preço das portagens. Considero uma enorme injustiça que as auto-estradas do interior, que servem pessoas com menores rendimentos e sem transportes públicos, sejam aquelas que mais cobram por quilómetro. Isto sem esquecer a necessidade de melhorar a EN 342 Lousã/ Góis, concluir o IC6 e colocar o sistema de mobilidade do mondego a funcionar.

[CP]: A Dr. Fátima Ramos assinaria uma ligação com o Chega?

[FR]: O Chega foi aceite pelo Tribunal Constitucional e teve o voto de muitos portugueses –na sua maioria frustrados com o sistema - pelo que não vou dizer que não seja um partido democrático. As pessoas que têm votado no Chega têm as suas razões e merecem todo o respeito. Mas ainda agora vimos a forma como este partido reagiu em relação aos imigrantes. Neste momento, é totalmente incompatível connosco. O PSD é um partido humanista, que acolhe bem as pessoas e acredita que todas elas merecem respeito. Para haver compatibilidade, o Chega teria que alterar profundamente a sua relação com o humanismo, coisa que ainda não fez. Acredito que o PSD será o melhor partido para trazer desenvolvimento económico e solidariedade ao país.

MUNICÍPIO DIZ QUE INTEGRAÇÃO NÃO ACAUTELA RESPOSTA

QUALIFICADA NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

CANTANHEDE NÃO CONCORDA COM INTEGRAÇÃO DE HOSPITAIS NO CHUC

ACâmara Municipal de Cantanhede mostrou-se insatisfeita com o teor do estudo de viabilidade da integração do hospital da cidade e do Centro de Medicina Física e Reabilitação, na Tocha, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

O município veio defender, após conhecimento do estudo apresentado pela direcção do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que a integração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), na cidade de Cantanhede, e do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais (CMRRC), na vila da Tocha (concelho de Cantanhede), no CHUC, não acautela uma “resposta qualificada na prestação de cuidados de saúde” e reafirma o seu desagrado por não ter sido “envolvido e auscultado em devido tempo neste processo”.

Após a análise e discussão deste estudo, em reunião extraordinária da Câmara, o Executivo municipal aprovou, por unanimidade, apresentar um conjunto de propostas que garantam não apenas uma resposta efectiva na prestação de cuidados de saúde à população, mas também a valorização das unidades de saúde de Cantanhede e Tocha.

“Nenhum dos dois cenários garante, nem de perto nem de longe, a implemen-

Executivo apresenta conjunto de propostas que garantam a valorização das unidades de saúde de Cantanhede e Tocha

tação das condições que o município de Cantanhede preconiza para o funcionamento do Hospital Arcebispo João Crisóstomo e do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, no sentido de se promover uma efectiva valorização dos respectivos serviços, que lhes permitam assegurar a prestação de cuidados de saúde qualificados e em tempo útil aos cidadãos, no âmbito da vocação que cada um deles em matéria da assistência e tratamento clínico”, afirma Helena Teodósio, presidente da Câmara de Cantanhede.

De acordo com a autarquia, os cenários apresentados pela tutela apontam em dois sentidos - uma proposta base das unidades, mantendo a actividade individual inalterada e uma proposta de fusão das unidades que considera a optimização de actividade assistencial de acordo com o perfil e poten-

cial de cada uma delas.

O Executivo “estranha” que apenas estes dois modelos de gestão sejam equacionados no estudo e na resposta à Direcção Executiva do SNS e considera “incompreensível” que, tendo em conta os indicadores apresentados nos dois cenários e em nome da eficácia de gestão, não tenha sido considerado o cenário de transformação das duas unidades de saúde em entidades públicas empresariais (EPE), com a necessária autonomia administrativa e financeira, “até porque a gestão de ambas tem apresentado resultados positivos”.

A Câmara de Cantanhede não aceita que não seja garantida, à partida, no HAJC, um serviço de resposta para situações agudas não programadas e a reabertura das urgências/consulta aberta, conforme compromisso assumido no protocolo celebrado em 2007, entre o município de Cantanhede e

o Ministério da Saúde, rejeitando que a “existência de tal resposta esteja condicionada aos poderes do conselho de administração do CHUC, no âmbito da autonomia de gestão”.

O documento aprovado na reunião sugere que o “número de camas a reactivar no internamento de Medicina Interna do Hospital de Cantanhede, passe de sete – conforme preconiza o estudo -, para um mínimo de 20 camas, bem como o reforço da capacidade de resposta ao nível da cirurgia de ambulatório, nas diferentes especialidades, da consulta externa, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e hospital de dia”.

Relativamente ao CMRCC é proposto o “reforço da sua posição enquanto unidade de referência nacional na área da Medicina Física e de Reabilitação, potenciando o seu crescimento e dinamização da sua actividade”.

A autarquia sublinha ainda ser “necessário e urgente” um conjunto de investimentos para a revitalização da actividade assistencial e requalificação dos edifícios do HAJC e do CMRCC, alertando que a sua concretização não está dependente do Orçamento de Estado, mas de programas comunitários, “cuja concretização pode não acontecer”.

ESTUDO REVELA QUE A AVALIAÇÃO DA ACTIVIDADE

FÍSICA SUBIU 25% NOS CENTROS DE SAÚDE

sica (AF), que se assinalou no passado dia 6 de Abril.

último ano foram cerca de 107 mil”.

COIMBRA RECEBE “MOMENTOS MAMÃS E BEBÉS” COM ACTIVIDADES GRATUITAS

O Forum de Coimbra vai receber, no fim-de-semana (15 e 16), o “Momento Mamãs e Bebés em Passeio”, com várias actividades gratuitas dedicadas às mamãs e aos papás. A iniciativa decorre entre as 11h00 e as 21h00, na Praça Água Piso 1 - em frente à FNAC. Durante o evento, todas as grávidas terão a oportunidade de usufruir da oferta de cinco minutos de uma ecografia emocional 5D, um momento único que aproxima a ligação dos papás ao seu filho. Neste mesmo evento, a marca Barral estará presente a responder a questões sobre os cuidados a ter com a pele da grávida e do recém-nascido. Além disso, os participantes poderão esclarecer todas as dúvidas acerca da importância de criopreservar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé, junto de profissionais e especialistas da BebéCord. Os participantes podem ter uma sessão fotográfica profissional e gratuita com a Ana Rute Fotografia que inclui a oferta de uma fotografia em formato digital e a possibilidade de ser capa do Guia de Gravidez Mamãs e Bebés. No fim e a juntar a todas estas ofertas, os futuros pais habilitam-se a ganhar um cabaz com produtos para a mamã e para o bebé, no valor de 1.200 euros. Para participar do “Momento Mamãs e Bebés em Passeio” é necessário inscrição.

CORRIDA SOLIDÁRIA EM COIMBRA REVERTE A FAVOR DA SORRISO

O núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de Coimbra (NEM/AAC) organiza, no sábado (15), a segunda corrida solidária, cujas receitas revertem na totalidade a favor da Associação Sorriso - Ninho dos Pequenitos. A iniciativa pretende alertar a população para as causas sociais. No total são 10km de corrida ou 5km de caminhada com partida prevista pelas 14h30 na Feira Sem Regras e com passagem pela Mata Nacional do Choupal. A organização da iniciativa conta com a participação de vários atletas portugueses que se disponibilizaram para correr como embaixadores desta causa. Vão estar presentes a atleta Mariana Bento, do Sporting Clube de Portugal, Camila Rebelo, recordista nacional, participou nos Jogos do Mediterrâneo Oran 2022, Rafael Lisboa, jogador de basquetebol da selecção nacional, Marta Paço, bicampeã mundial de surf adaptado para atletas invisuais, e ainda a judoca Catarina Costa, que conta com duas medalhas de ouro no Grand Slam Brasília e no Grand Prix Antalya. Também se juntam nomes do lado da academia: Anabela Mota Pinto, professora Catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e o professor Belmiro Parada da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) desde 2002 e Médico Especialista em Urologia, sendo assistente Hospitalar de Urologia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) desde 2005.

CENTRO CIRÚRGICO DE COIMBRA COM EXPOSIÇÃO “DESENHAR O TEMPO”

Aavaliação da actividade física e do comportamento sedentário subiu 25% nos centros de saúde face a 2021. Os dados fazem parte do relatório anual de actividades do Programa Nacional para a Promoção da Actividade Física (PNPAF) da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e surgem no âmbito do Dia Mundial da Actividade Fí-

O estudo revela que “além do crescimento das avaliações, com apoio de ferramentas digitais, a realização de aconselhamento breve para a promoção da AF dos utentes registou um aumento de 21%”, afirma a DGS. Acrescenta ainda que “desde que esta ferramenta passou a ser utilizada, em 2017, foram realizadas quase 370 mil consultas, onde foram avaliados e registados os níveis de actividade física. Só no

De acordo com a DGS, esta avaliação é importante para consciencializar a população para a prática de exercício físico, sobretudo, pelo “facto de os utentes avaliados mais do que uma vez denotarem uma tendência para o aumento do nível de actividade física, e decréscimo do tempo sentado”.

Além deste relatório, o PNPAF lançou também um curso em formato e-learning “Promoção do

Aconselhamento Breve para a Actividade Física no Serviço Nacional de Saúde”. Esta iniciativa é realizada em parceria com a plataforma de cursos online NAU. “Este curso, aberto e gratuito, permitirá formar profissionais do Serviço Nacional de Saúde para promoção dos princípios comunicacionais facilitadores do aconselhamento breve, visando a mudança comportamental no sentido da promoção de estilos de vida fisicamente activos”, salienta a DGS.

O Centro Cirúrgico de Coimbra vai inaugurar, amanhã (14), pelas 18h00, a exposição “Desenhar o tempo”. A exposição, inicialmente concebida para o Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), foi criada no âmbito do programa de inclusão EU no musEU, destinado a pessoas com demência e seus cuidadores. Trata-se de um teste breve e fácil de aplicar nos casos com suspeita de demência. Exige apenas que se desenhe um relógio e que os ponteiros sinalizem as 11h10. Parece fácil, mas nas doenças neurodegenerativas e ao longo da evolução da doença, o desenho do relógio vai reflectir o declínio do desempenho. Prova disso mesmo são os desenhos que integram a exposição “Desenhar o Tempo”, agora em exibição no Centro Cirúrgico de Coimbra. A mostra foi adaptada ao público e ao espaço desta unidade de saúde, contando com o apoio de António Travassos, Conceição Abreu e Robert van Velze no trabalho de coordenação e adaptação.

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 13 DE ABRIL DE 2023

9 ACTUALIDADE

PRESIDENTE DA CÂMARA ANUNCIOU BOA NOVA NAS COMEMORAÇÕES DO FERIADO MUNICIPAL REQUALIFICAÇÃO DA EN 344 NA PAMPILHOSA DA SERRA AVANÇA EM BREVE

LUÍS CARLOS MELO

Aansiada, e há muito reclamada, obra de requalificação da EN 344, na Pampilhosa da Serra, vai avançar nas próximas semanas, anunciou o presidente da Câmara, Jorge Custódio, na sessão solene comemorativa do feriado municipal, na passada segunda-feira. A intervenção vai permitir alterar as características geométricas da estrada, de modo a melhorar as condições de circulação e os índices de segurança rodoviária.

A EN 344 constitui o principal acesso à vila da Pampilhosa da Serra, fazendo a ligação ao IC 8 e à A 13. A primeira fase da empreitada de beneficiação, no valor de 12 milhões de euros, incide na parte mais degradada da via, numa extensão de perto de oito quilómetros entre o cruzamento de acesso a

Oleiros e a Pampilhosa.

“Este é um claro exemplo da plena sintonia entre governo central e autarquias locais. Se por um lado, a Câmara Municipal custeou o projecto, identificou proprietários e se responsabilizou pelo processo de expropriação, por outro lado, o governo lançou a concurso a obra, custeando o seu valor através do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, congratulou-se Jorge Custódio.

A segunda fase da obra, numa extensão de cerca de 12 quilómetros, entre o alto da Maria Gomes e o cruzamento de Alvares, já foi, entretanto, também alvo de um acordo de gestão entre a autarquia e a Infraestruturas de Portugal.

Ao intervir na sessão, o autarca colocou o enfoque na floresta, “um activo indiscutível que temos obrigação de gerir e cuidar, de forma a aliar a sustentabilidade à ren-

tabilidade. Para o conseguir a chave está na transformação, que só a adopção e concretização de novas políticas públicas poderá viabilizar”, preconizou Jorge Custódio.

O presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra deixou ainda críticas à polémica carta de perigosidade de incêndio rural, suspensa até Dezembro de 2024 e que

INICIATIVA COMEÇA NO DOMINGO BAIXA DE COIMBRA VAI SER MONTRA DE ARTES E OFÍCIOS

Os produtos, as artes e os ofícios, o trabalho de autor, os usos e os costumes tradicionais, as artes visuais, as novas criações e as manifestações espontâneas da cultura popular vão ganhar centralidade na Baixa de Coimbra, transformando o espaço público numa autêntica “montra” ao ar livre, que convida visitantes e turistas a descobrir o património através da arte de criar objectos.

A primeira edição da nova iniciativa municipal, intitulada “Montra das Artes & Ofícios”, acontece já no próximo domingo, dia 16, e vai decorrer todos os terceiros domingos, entre os meses de Abril e de Dezembro, no eixo pedonal que liga o Largo da Portagem à Rua Visconde da Luz, entre as 9h00 e as 19h00.

Esta primeira “Montra das Artes & Ofícios”, na Baixa de Coimbra, é uma iniciativa da Câmara Municipal em parceria com

a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), a CoimbraMaisFuturo e o Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE). O evento pretende dar continuidade à estratégia cultural de divulgação, de promoção e de salvaguarda do património cultural material e imaterial de Coimbra e da região, nas suas diferentes práticas e expressões artísticas.

Áreas tradicionais como a cestaria, a cerâmica, a tecelagem de Almalaguês, o trabalho em elementos vegetais (esteiraria de Arzila),

Calendário das próximas edições:

a construção de instrumentos musicais de raiz coimbrã, entre outros, vão estar em destaque neste evento, que vai cruzar a tradição com a contemporaneidade na criação de produtos originais, através de novos criadores e de artistas, com recurso a diversificadas técnicas e matérias-primas.

Aliado ao amplo universo das artes e ofícios, o trabalho ao vivo, com demonstração das várias fases de produção de uma peça artesanal, com assinatura em nome próprio, constitui outro dos destaques desta iniciativa.

O evento dirige-se a artesãos, artistas, empresários (a título individual ou colectivo), associações e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que desenvolvam projectos na área das actividades artesanais e artísticas. A participação na iniciativa requer um processo de inscrição, gerido pelo Município de Coimbra.

desenvolvimento económico ou até mesmo a livre circulação de pessoas nessas áreas, como por exemplo o acesso a praias fluviais ou a um simples percurso pedestre”, alertou.

Para o edil, fica a sensação de que “alguns decisores políticos e técnicos se sentem incomodados por continuarem a existir pessoas neste Interior”.

Mérito municipal

“viria a limitar fortemente o investimento e poderia ter um impacto irremediável em todo o nosso território”.

“Se este documento, com as respectivas áreas prioritárias de prevenção e segurança, fosse adiante, significaria que 95% do concelho ficaria em nível de perigosidade alto ou muito alto, o que impossibilitaria qualquer edificação,

“É urgente repensar o País como um todo. Temos visto nas últimas semanas, milhares de pessoas em manifestações na rua, reivindicando o direito à habitação e a melhores condições de vida. Ao invés de investir financeiramente no problema urbanístico das grandes urbes, não seria mais viável criar políticas atractivas para a mobilidade dessas pessoas para o interior? Bem sei que é difícil, mas temos de ter o arrojo e a audácia de conquistar o País a longo prazo”, defendeu Jorge Custódio.

No decorrer da sessão solene, que foi presidida pela secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, foram agraciadas com a Medalha de Mérito Municipal a Câmara de Cascais e a Embaixada de Israel em Portugal, pelo apoio dado ao concelho aquando dos incêndios de 2017, bem como a Associação de Combatentes do Concelho da Pampilhosa da Serra. João Albano e Ana Paula Branco, “dois ilustres pampilhosenses”, foram distinguidos, a título póstumo, com a Medalha de Valor e Altruísmo, enquanto nove antigos trabalhadores da autarquia receberam Medalhas de Bons Serviços. O presidente da Câmara assinou ainda protocolos de colaboração com colectividades e instituições do concelho, de apoio financeiro à actividade.

No dia em que festejou os 715 anos de vila, a Pampilhosa da Serra ofereceu aos seus bombeiros uma viatura de desencarceramento

REPORTAGEM 10 13 DE ABRIL DE 2023

A “MAGIA” DE UMAS BOAS GARGALHAS

RIR

É O MELHOR REMÉDIO E FAZ MILAGRES

Muito se diz que “rir é o melhor remédio” e não é por acaso. A verdade é que rir é bom, mas rir sem motivo pode ser ainda melhor. Assim o confirma Joanne Helms, mais conhecida por “Ana Banana”, fundadora do Yoga do Riso em Portugal.

BIANCA DE MATOS (JORNAL “O DESPERTAR”)

Espanhola de ascendência inglesa, Joanne, de 52 anos, a residir na aldeia de Framilo, em Vila Nova de Poiares há cerca de 25, onde também criou a Escola do Riso, onde tudo acontece “a rir”. Trabalhou muitos anos em companhias de circo e na Associação Nariz Vermelho - palhaços para crianças hospitalizadas. Fazer rir sempre fez parte da sua vida, da sua rotina diária. E foi aí que descobriu o Yoga do Riso e que há perto de 20 anos espalha “catástrofes de risos” pelo país, tendo já formado mais de mil pessoas que viram no riso uma forma de levar e viver a vida.

A primeira cobaia foi mesmo ela própria. “Desde os quatro anos que trabalhava no circo e desenvolvi um problema de articulações e tinha dificuldades em movimentar-me. O médico que inventou o Yoga do Riso, Madan Kataria, diz que o riso é mesmo o melhor remédio e que faz milagres, e faz mesmo. Há muitos testemunhos à volta do mundo de curas milagrosas ‘às gargalhadas’, começou por partilhar Joanne que recebeu “O Despertar” e abriu “as portas” do jardim da sua casa para uma conversa simpática.

Segundo Joanne, o Yoga do Riso resolveu o seu problema de saúde. “Achei que valia a pena experimentar, já que tinha dedicado a vida a fazer rir. Se o riso me curasse seria muito poético e a verdade é que curou”.

Quando percebeu a “magia” de umas boas gargalhas, começou a partilhá-la com todas as pessoas e a convidá-las para fazer Yoga

do Riso. Foi na Lousã que tudo se “riu”.

“Foi no Parque Carlos Reis, com um cartaz a dizer ‘venham fazer Yoga do Riso’ e as pessoas ao início acharam muito louco. Mas depois começaram a aderir e criei o meu primeiro clube de Yoga do Riso, em Coimbra, num espaço junto às monumentais”, contou.

Um pequeno espaço onde as pessoas se iam rir que acabou por se espalhar pelo país inteiro e quer perdura há perto de duas décadas.

Mas o que é o Yoga do Riso?

Simplesmente “rir, porque sim”. O riso não tem de estar relacionado com o humor, com o contar ou ouvir uma piada ou assistir a um filme de comédia.

“É uma forma de nos diver-

tirmos e de contribuir para um mundo melhor. É não pensar se estamos a rir ou não de verdade, é só rir”, disse Joanne.

Seja para crianças, adultos, idosos. Enfim, para todas as idades. Não há mesmo limite para o riso e para uma boa sessão de gargalhadas. Cada uma “diferente e única”, descreve. E os benefícios? “Ah, são muitos e muitos”, afirma.

“Há muitas formas de utilizar o Yoga do Riso. Quer a nível profissional, para nos relacionarmos com os nossos colegas, além de potenciar a criatividade e a sermos mais dinâmicos. Ou na saúde, pois quando estamos a fazer Yoga do Riso, estamos a fortalecer o coração, o sistema imunológico, a bombar o sistema linfático, a libertar toxinas, ficamos mais alegres, libertamo-nos da tristeza, da an-

Joanne Helms dinamiza sessões de Yoga do Riso, dá formação na área e também dinamiza retiros

siedade e é uma excelente maneira de prevenir e curar a doença”, partilhou, ao afirmar que “é mesmo uma forma de descarregar tudo e colocam cá para fora os dramas, as dores, as mágoas”.

E a forma como se faz parece mesmo ser simples e contagiante. “É só inspirar, encher os pulmões de ar e rir. Não precisas de rir de verdade, pois o cérebro não faz essa distinção e recebes na mesma todos os benefícios”, explicou, entre risos.

O riso, acrescenta, “promove e abre a porta para o genuíno”. “Todos nós temos dor na alma e coisas ruins que nos acontecem ao longo da vida e podemos usar o riso como uma forma de olhar para essas situações”, salientou.

As sessões cheias de gargalhadas

Tudo começa com uma simples introdução sobre os benefícios do riso. A sessão continua com alongamentos, exercícios de respiração vindos do Yoga e de simulação do som da gargalhada: a gargalhada do macaco, a gargalhada da pulga, a gargalhada do “passou-bem”, entre outras. Por vezes inclui-se jogos, dança, percussão, adereços, tudo aquilo que se possa imaginar. “Hoje vamos rir para atrair a prosperidade”, entoava como exemplo. “Com o Yoga do Riso vamos “brincar” hoje que temos tudo aquilo que queremos e desejamos. Imaginamos cenários e rimos. Seja num carro “chiquérrimo” ou a viajar para o Brasil e a beber uma ‘caipirinha da gargalhada’”, exemplificou com umas gargalhadas pelo meio.

“Cada um tem a capacidade de ser autónomo. Procura ser uma ilha na tua vida, procura dar em vez de tentar receber, amar em vez de tentar que alguém que te ame. Tens o choro e tens o riso. Não precisas de rir de verdade.

É só encher os pulmões e fazer ‘ahahah’”, partilhou Joanne, que ensina os portugueses a rir há mais de 20 anos

Inicialmente, os participantes só precisam de emitir o som do riso, mas gradual e espontaneamente, o riso natural começa a fluir. Depois o contágio “é inevitável” até ao ponto de chegar em conjunto à gargalhada coletiva.

“Quase incapazes de continuar de pé, as pessoas sentam-se ou deitam-se para despejarem até ao fim as gargalhadas, lágrimas, traumas, bloqueios e energias negativas, tudo o que quiserem”, continuou.

Com uma música “suave e embaladora”, o grupo relaxa e sente no corpo o efeito transformador deste maravilhoso método, seguindo – se o momento de partilhar o que se sentiu ao longo da sessão para depois terminar com uma meditação pela paz em tudo o mundo, “em que imaginamos todo o mundo a rir, porque esse é o objetivo. Somos uma família internacional com a missão da paz mundial às gargalhadas”.

“O riso serve para superar todos os desafios que a vida nos atira”, riu Joanne Helms ou Ana Banana, ao partilhar que a sua paixão é potenciar “a qualidade de vida das pessoas, quero que superem os seus desafios, que riam muito e encararem a vida a rir”.

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 13 DE ABRIL DE 2023

FIGUEIRA DA FOZ

FIGUEIRA DA FOZ ISENÇÃO NAS PORTAGENS DA A17 DEVIDO A OBRAS NA PONTE

O Ministério das Infraestruturas avançou que vai proceder à isenção do pagamento de taxas de portagem durante o encerramento de uma ponte na Figueira da Foz, que vai sofrer obras de beneficiação a partir do dia 25 de Abril. “A concessionária já foi notificada para proceder à isenção do pagamento de taxas de portagem durante o encerramento da Ponte Edgar Cardoso”, garantiu fonte do Ministério liderado por João Galamba à agência

Lusa. Devido às obras de requalificação e reforço, a Ponte Edgar Cardoso, sobre o rio Mondego, vai encerrar a partir do dia 25 de Abril no período nocturno, entre as 20h30 e as 6h30, com excepção para os veículos de emergência, e nas noites de sexta-feira para sábado e sábado para domingo. Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santa Lopes, era lamentável e uma falta de respeito que o encerramento da ponte Edgar Cardoso para obras,

no período nocturno, fosse feito sem a alternativa da portagem gratuita estar a funcionar. “É lamentável porque foi prometido logo

FIGUEIRA SABOR A MAR PROMOVE O FESTIVAL DA RAIA

A associação Figueira Sabor a Mar vai promover o Festival da Raia, de amanhã (sexta-feira) a 23 de Abril, e que integra o calendário do 32.º Festival Gastronómico na Figueira da Foz. Neste evento dedicado à raia participam os restaurantes: A Cantarinha, Aldente, A Ver o Mar, Bijou, Caçarola Dois, Caçarola 1, Casa Marquinhas, Restaurante dos Armazéns, Kamone Bar e Petisqueira, Lota Nova, Muralha Chafarica e Pep´s. Agora que está quase ultrapassada as dificuldades da pandemia e “as coisas estão a correr de feição para a restauração”, o presidente da Associação Figueira Sabor Mar, Mário Esteves, disse aos associados que “que se avizinham iniciativas prometedoras para a Associação”, mas deixou o alerta a todos do agravamento com as “dificuldades de arranjar mão-de-obra qualificada para a restauração”. Mário Esteves falava na Assembleia-Geral da Associação,

presidida por Jorge Simões, que reuniu os seus associados para analisar e aprovar o relatório de actividade e contas relativo ao exercício de 2022, um documento que foi aprovado por unanimidade, depois de lido e explicado detalhadamente, por João Fadigas, que pormenorizou a contas que movimentou mais de 20 mil euros, apresentando um resultado “bastante equilibrado e animador”. No período de outros assuntos destaque para o voto de pesar em memória de Rui Nabeiro “um

Amigo da Figueira da Foz” com lembrou Mário Esteves, estado já para o próximo dia 4 de Maio marcada uma visita a Campo Maior, às instalações da Delta (Museu do Café e Adega Maior), antecedida de uma romagem ao cemitério num preito de reconhecimento e gratidão a Rui Nabeiro. Sem as detalhar, Mário Esteves falou de algumas “iniciativas prometedoras para 2023” que, a concretizarem-se, podem “contribuir para o engrandecimento da restauração e gastronomia figueirense”.

“O MISANTROPO” PARA VER SÁBADO NO CAE

O Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz apresenta, sábado, dia 15, pelas 21h30, no Grande Auditório, a peça de teatro “O Misantropo”, por Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares, a partir Molière, com encenação de Mónica Garnel. Este é um espectáculo no âmbito do programa Odisseia Nacional, do Teatro Nacional D. Maria II. Trata-se da peça “O Misantropo”, de Molière, que “vai ser representada pela primeira vez em Portugal perante o Rei e toda a corte, mas o espectáculo está

longe de estar pronto”. “Há um grupo de actores, juntos por misteriosas e diversas razões, com os nervos à flor da pele, dispostos a muitoou a tudo - mesmo antes de

se ouvirem as pancadas de Molière”, lê-se na sinopse. O preço dos bilhetes é de 10 euros por pessoa e estão à venda na bilheteira do CAE e na Ticketline.

no mandato anterior pela Infraestruturas de Portugal (IP) e continuou a ser garantido depois de contactar com o primeiro-ministro e

MAIORCA ASSINALA DIA DOS MOINHOS

A Junta de Freguesia de Maiorca, juntamente com o Município da Figueira da Foz, vai comemorar o Dia Nacional dos Moinhos, do próximo sábado a 18 de Abril, com um programa preenchido de actividades que decorrerá no Parque do Lago - Largo da Feira Nova, em Maiorca. Esta iniciativa conta com o apoio das associações da freguesia e visa relembrar a importância dos moinhos de vento e proporcionar quatro dias de contacto com a natureza no Parque do Lago, onde decorrerão uma série de actividades lúdicas, turísticas e promocionais da freguesia. No sábado haverá um Torneio de Pesca no Lago (8h00),moagem ao vivo de cereais (10h00 e 15h00), passeio de barco (12h00), almoço-convívio (13h00), venda de arroz doce (15h00), actuação do grupo de dança “Lightning” (16h00), roteiro fotográfico (16h00) e sunset no Lago (17h00). No domingo o programa inclui uma caminha pela Rota das Fontes (9h00), a moagem de cereais (10h00 e 15h00), a venda de arroz doce (12h00), um almoço-convívio (13h00), insufáveis infantis (14h30), divulgação do livro “Pedaços de Maiorca Bela (15h00), o último jogo do campeonato do Inatel Maiorca-Alqueidão (16h00) e o encerramento da visita pascal (16h45). Na segunda-feira decorrerá, a partir das 7h00, a Feira dos 17, uma das mais antigas feiras comerciais e agrícolas do concelho da Figueira da Foz. O programa, que termina na terça-feira, inclui ainda actividades com idosos e crianças.

o ex-ministro Pedro Nuno Santos, que garantiram que a obra não começaria sem essa situação estar resolvida”, referiu o autarca no final do mês passado. As obras na Ponte Edgar Cardoso, cujo investimento ascende a 16,8 milhões de euros, foram iniciadas no final de 2022, tendo um prazo de execução de 21 meses. A Ponte da Figueira da Foz, projectada pelo professor Edgar Cardoso, foi a primeira ponte rodoviária com o tabuleiro ‘atirantado’ realizada em

Portugal, tendo sido aberta ao tráfego em 1982. A parte mais importante da obra será a substituição dos tirantes, mas a intervenção inclui também o reforço das vigas do tabuleiro e do sistema de fixação do tabuleiro, reabilitação dos aparelhos de apoio, decapagem e pintura geral do tabuleiro metálico e trabalhos complementares de pavimentação, iluminação, drenagem, juntas de dilatação, reparação e protecção de superfícies de betão.

CÂMARA E MISERICÓRDIA

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, e os vereadores Manuel Domingos e Olga Brás, visitaram a instituição de solidariedade social Misericórdia Obra da Figueira. A casa, com 184 anos de existência, apoia directamente mais de 580 pessoas, gerindo três lares, creche/jardim de infância, Centro de Dia e de Noite, além de prestar apoio domiciliário e possuir outros equipamentos e valências. O autarca afirmou que esta foi uma “visita de trabalho, respeito e admiração com a instituição, com história no concelho e um trabalho inegável do seu Provedor”. Além disso, classificou a casa como “uma

zona prioritária, com riqueza patrimonial em prol dos mais desprotegidos”. Na visita foram abordadas as questões do arranjo do Largo de Santo António e da Casa dos Pescadores, em Buarcos. O edifício encontra-se à venda e, neste encontro, a autarquia manifestou vontade de visitar o local e fazer uma “proposta de colaboração”, afirmando que deseja “cooperar e ajudar a promover este trabalho conjunto”. Segundo o Provedor, Joaquim de Sousa, esta é uma visita “extremamente importante para encontrar soluções de cooperação com a autarquia. A Misericórdia Obra da Figueira está aberta a possíveis acordos que contemplem ambas as partes”.

“MIL E UMA NOITES” NO MUSEU MUNICIPAL

Irá realizar-se no sábado e no domingo, dias 15 e 16, pelas 17h00, no Museu Municipal Santos Rocha, o espectáculo “Mil e uma Noites”, por UmColetivo. Trata-se de um projecto cívico e artístico de longa duração que compreende um conjunto de peças radiofónicas, curtas, que resgatam do esquecimento a obra de mulheres portuguesas que escreveram no século XX, profissionalmen-

te e de forma amadora. Este espectáculo realiza-se no âmbito do programa Atos, numa parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, inserido no programa Odisseia Nacional do Teatro Nacional D. Maria II e no Centenário do Nascimento de Madalena de Azeredo Perdigão. A entrada é gratuita, mediante o levantamento de ingressos na bilheteira do CAE até dia 14.

A ponte vai fechar das 20h30 às 6h30, de domingo a quinta-feira

Mário Esteves, Jorge Simões e João Fadigas

Joaquim de Sousa e Pedro Santana Lopes

CONCELHIAS 14 13 DE ABRIL DE 2023

MIRA BARRINHA RECEBE FINAL DE AQUABIKE

As finais dos campeonatos da Europa e do Mundo de Juniores de Aquabike vão ser disputadas nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro, na Barrinha da Praia de Mira. A prova vai reunir de 80 a 100 pilotos, oriundos de 17 países como a Estónia, a Hungria, a Finlândia, a França, a Espanha e a Itália. A iniciativa decorre após o “verdadeiro sucesso” que foi a prova do Campeonato Nacional de Aquabike (jetSki e motas de água) no ano passado, em Mira, com mais de 10 mil pessoas, afirma o presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica (FPM), Paulo

Ferreira. O anúncio do local para a realização das provas decorreu durante a II Gala da Federação Portuguesa de Motonáutica, no sábado (1), em Mira. Nessa ocasião foi também formalizado o contrato entre a FPM e a Câmara Municipal de Mira

(CMM). De acordo com o presidente da CMM, Raul Almeida, “o evento realizado no ano passado foi das provas que teve mais gente e, por isso, acredito que estes campeonatos internacionais vão dinamizar a economia local fora da época alta”.

AUTARQUIA ATRIBUI

A Câmara Municipal da Lousã aprovou votos de reconhecimento a José Sequeira, à Associação Louzan Natação e a vários dos seus atletas. Estas distinções “foram extensivas a todas as pessoas e entidades que contribuíram para os excelentes resultados obtidos”, assegura a autarquia. José Sequeira sagrou-se campeão distrital, no escalão M70, na distância de 7.250 metros, no Campeonato Distrital de Corta Mato Longo –Veteranos. Já a Associação Louzan Natação e os seus atletas, Gabriel Lopes, Afonso Costa, Camila Rebelo, Inês Henriques, Leonor Paiva, Ângela Rebelo, Dânia Rodrigues, Gonçalo Santos, Tomás Santos, Afonso

Os nadadores da Associação Louzan Natação estão em destaque

Tomás, Duarte Fernandes e Alexandre Dzyakanau foram distinguidos pelos resultados obtidos no Campeonato Interdistrital de Juvenis, Juniores e Absolutos, que decorreu em Coimbra, com a conquista do primei-

ro lugar no escalão absoluto, com 16 medalhas de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Além disso, Gabriel Lopes, Afonso Costa, Camila Rebelo e Inês Henriques bateram o recorde nacional 4x100 metros estilos misto.

SOURE ABMG EXECUTA OBRAS DE MAIS DE 250 MIL EUROS

A Águas do Baixo Mondego e Gândaras (ABMG) tem em curso duas empreitadas de grande relevo no Município de Soure, que irão permitir uma melhoria no serviço nas águas residuais. Com um investimento de 180 mil euros, a empreitada “Beneficiação da ETAR de Sobral”, irá permitir garantir um tratamento adequado dos efluentes, através da instalação de uma ETAR compacta com sistema de lamas activadas com arejamento prolongado. Esta ETAR irá permitir tratar o efluente do sistema de drenagem de águas residuais

da localidade de Sobral, que representa uma população equivalente a 600 habitantes. A intervenção surgiu após a Entidade Gestora verificar que uma das linhas de operação da ETAR teria colapsado, o que deu origem a uma diminuição na eficiência do tratamento. Neste âmbito, de forma a recuperar e a melhorar a qualidade das

massas de água e proteger o ambiente, a ABMG encontra-se a executar trabalhos de beneficiação na ETAR, no âmbito de um procedimento iniciado no final do ano passado. Já na Rua Heróis 25 de Abril, também em Soure, a ABMG deu início aos trabalhos de substituição do colector de saneamento. A empreitada, com um investimento de 113 mil euros, prevê a instalação de 237.10 metros de colector, sete câmaras de visita simples e a execução de 10 ramais domiciliários. A intervenção tem um prazo previsto de execução de 30 dias.

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

CANTANHEDE ARTE SACRA PATENTE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL

Está patente na Biblioteca Municipal de Cantanhede, até a 29 de Abril, a mostra “Irmandades de Enxofães e Murtede”, realçando a importância da preservação do seu legado no enriquecimento da história do concelho. A cerimónia de abertura contou com a presença de Pedro Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal, e de Fernando Rodrigues Costa, curador da mostra, entre vários outros representantes das entidades locais e outros convidados. A exposição é composta por 29 peças pertencentes às Irmandades religiosas de Enxofães e de Murtede, cuja cedência temporária resultou de vários apoios e acordos, nomeadamente com a Diocese de Coimbra, Paróquia de Murtede, Junta de Freguesia de Murtede,

A exposição é dedicada às Irmandades de Enxofães e Murtede Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Murtede, Comissão da Capela de Enxofães. Para além de dar a conhecer o espólio das Irmandades outrora existentes em Enxofães e Murtede, particularmente a do Santíssimo Sacramento (Murtede) e a de Nossa Senhora do Terço (Enxofães), a mostra pretende alertar para a necessidade

da inventariação, preservação e divulgação do muito espólio histórico, religioso e laico, existente nesta e noutras freguesias do concelho de Cantanhede. Recorde-se que as irmandades eram associações de fiéis constituídas com a finalidade de praticarem obras de piedade ou caridade e de promoverem o culto público.

DOS FOGOS RURAIS

O Plano Operacional Municipal (POM) para 2023 foi aprovado em reunião no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Montemor-o-Velho, pela Comissão de Gestão Integrada dos Fogos Rurais. Ao fazer referência “ao trabalho notório que tem sido feito em Montemor-o-Velho no que concerne à prevenção e ao combate dos incêndios”, o presidente da Câmara, Emílio Torrão, referiu “a necessidade de sensibilizar” as diversas entidades e instituições para “uma vigilância mais rigorosa”, tendo em conta que os indicadores meteorológicos deixam antever, tal como em 2022, um ano atípico e com variáveis imprevisíveis. No encontro que contou com as presenças, entre outros, do vereador

Décio Matias, de representantes das Juntas e Uniões de Freguesias do concelho, do ICNF, da GNR, dos Bombeiros Voluntários, da CIM Região de Coimbra, da ABMG, da E-Redes e da Associação de Beneficiários da Obra de Fomento Hidroagrícola do Baixo Mondego, o edil

montemorense reiterou também a importância de se “reforçar a sensibilização junto dos munícipes na prevenção dos incêndios rurais, nomeadamente nos cuidados a ter durante a realização de queimas e/ ou queimadas ou durante o manuseamento de máquinas agrícolas”.

O “Rally Paper - Maravilhas de Condeixa” vai decorrer no dia 1 de Maio, pelas 10h00, com concentração no Pavilhão Municipal e posterior percurso pelo concelho. A actividade vai possibilitar um passeio/percurso misté-

rio feito de automóvel e vai fornecer uma “Carta de Prova” aos participantes, que devem responder perguntas de observação, informação local, cultura geral, charadas e outras tarefas variadas. Assim, a iniciativa visa promover o

convívio e assinalar o Dia do Associativismo, numa óptica “recreativa, cultural e desportiva”. As inscrições podem ser feitas até o dia 26 de Abril pelas associações, clubes e colectividades sediadas no concelho de Condeixa-a-Nova.

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 13 DE ABRIL DE 2023

MEALHADA ADERE AO DIA ABERTO DOS ITINERÁRIOS NAPOLEÓNICOS

A Mealhada, em parceria com o Museu Militar do Buçaco e Fundação Mata do Bussaco, vai aderir ao Dia Aberto dos Itinerários Napoleónicos, no âmbito da Comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (22), com a iniciativa “Dia Aberto: Olimpíadas Napoleão Bonaparte - O Princípio do Fim”, a decorrer pelas 10h00, no Museu Militar do Buçaco. O objectivo é “estimular o gosto pela história, designadamente pela temática das invasões francesas, enquanto herança cultural, e promover a

educação patrimonial, partindo do jogo de tabuleiro sobre Napoleão”. As inscrições estão abertas até amanhã (14) e a equipa vencedora receberá um voucher para visitar gratuitamente alguns locais dos concelhos de Mortágua e Penacova. Esta iniciativa é organizada pelo consórcio “Itinerários Napoleónicos” dos municípios da Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras, Almeida, Bombarral, Elvas, Lourinhã, Mealhada, Mortágua e Penacova, em parceria com a CIM Região de Coimbra e com o Turismo de Portugal.

PENELA PROJECTO CULTURAL “ENVELHECER ACTIVAMENTE”

GÓIS EXPOSIÇÃO PROMOVE PRESERVAÇÃO DA NATUREZA

TÁBUA REQUALIFICA JARDIM SARAH BEIRÃO E CRIA ESPAÇO JOVEM

A Câmara Municipal de Tábua requalificou o Jardim Sarah Beirão, com um investimento de cerca de 289 mil euros, que permitiu a criação de um espaço jovem. De entre as alterações estão os jogos de tabuleiro, uma zona para street workout (treino de rua) e outra para andar de skate, uma ciclovia que atravessa toda a área, bem como um percurso pedonal, interligados com as vias e passeios existentes, por exemplo. “Os percursos interiores dão acesso a bolsas devidamente pavimentadas,

nas quais estão implantados os diversos equipamentos de ‘street-workout’, ‘skate’, ‘street-basket’, ténis de mesa, de manutenção física, bem como uma área para convívio, constituída por bancos e mesas, incentivando à prática de jogos de tabuleiro”, afirmou fonte da autarquia. Os percursos e espaços criados foram adaptados às características topográficas do terreno, estando dotado de condições que facilitam a acessibilidade por pessoas com mobilidade condicionada.

OLIVEIRA DO HOSPITAL PROMOVE EVENTOS ARTÍSTICOS PARA OS JOVENS

Oliveira do Hospital está a promover dois eventos “dirigidos às crianças e jovens do concelho, que podem subir ao palco e mostrar a sua veia artística”. Um deles é o “VI Festival Municipal da Canção”, que decorre no dia 3 de Junho, no Parque do Mandanelho. Nesta iniciativa, destinada aos mais novos, dos 5 aos 15 anos, cada participante pode interpretar uma canção, enquadrada no tema de valorização de artistas portugueses. As inscrições encontram-se abertas até o dia 30 de Abril. O outro evento é o concurso “Soltem Talentos 2023”. Dirigido a partici-

pantes entre os 15 e os 35 anos, a iniciativa pretende “descobrir novos valores e dar oportunidade aos jovens do concelho de mostrarem as suas aptidões artísticas”. A final terá lugar no Parque do Mandanelho, em data ainda a designar. A candidatura pode ser feita até 21 de Maio.

O Município de Góis acolhe, no Foyer da Casa da Cultura, até ao dia 15 de Abril, a exposição itinerante do Festival Internacional de Imagem de Natureza, integrada na candidatura municipal de Actividades de Educação Ambiental 2023, no âmbito da Bandeira Azul da Europa. A Exposição surge com o propósito de dar a conhecer e de promover as atitudes de conservação e preservação do património natural. A mostra itinerante, que conta com o Município de Vila Real, a Agência de Ecologia Urbana e o Centro de Ciência de Vila Real como parceiros, permite apreciar desenhos da natureza, desenho científico e fotografia de natureza, bem como algumas curtas-metragens que têm como tema central a biodiversidade, a conservação dos ecossistemas e a preservação do meio ambiente, e que foram seleccionadas e exibidas durante o Festival Internacional de Curtas-metragens. Será possível conhecer, também, algumas das actividades organizadas na VI edição do Festival, que decorreu em Novembro de 2022, designadamente as exposições de Fotografia da Biodiversidade, de Desenho Científico e de Natureza e a exposição Juvenil de Imagem de Natureza.

GÓIS FEIRA DO LIVRO ESTÁ DE VOLTA

A Feira do Livro de Góis está de volta, entre os dias 22 de Abril e 3 de Maio, na Casa da Cultura. Nesta, que é a 25.º edição do evento, vai haver animação, música, showcooking e apresentação de livros, além da homenagem a Ana Filomena Amaral. Romancista, historiadora, tradutora e autora de 14 obras (entre ficção e investigação histórica), a escritora contribuiu para a organização da 1.ª edição deste certame. Este evento, que busca promover a literacia e o acesso a livros a preços convidativos, vai disponibilizar aos seus visitantes alguns livros em formato digital.

O projecto cultural “Penela Qual Idade?”, que se estende até Setembro, quer “debruçar sobre o que é envelhecer activamente”. Para isso serão dinamizadas conversas, oficinas, um espectáculo do maestro Victorino d’Almeida e uma criação comunitária. O programa é coproduzido entre a Companhia da Chanca e a Casa Família Oliveira Guimarães. Neste mês, a 28 e 28, António Victorino d’Almeida dará dois espectáculos, no Auditório

Municipal de Penela e na Casa Família Oliveira Guimarães, respectivamente, decorrendo ainda uma mesa-redonda centrada na educação e uma exposição de obras realizadas por alunas e alunos da Universidade Sénior de Penela, CLDS 4G - Penela Inclusiva e da Casa de Beneficência Conselheiro Oliveira Guimarães. A Câmara Municipal de Penela, a Junta de Freguesia do Espinhal e CLDS 4G participam e apoiam o projecto.

MIRANDA DO CORVO PARQUE BIOLÓGICO RECEBEU VISITANTE 405 MIL

O número histórico de 405 mil visitantes foi atingido por Pedro Gomes, que foi de Coimbra, pela primeira vez, para conhecer o Parque Biológico com a sua família, e passar uma Páscoa com uma experiência diferente, em pleno coração da natureza, em Miranda do Corvo. Considerada a principal atracção turística da região Centro, e também um dos tesouros desta mesma região, o Parque Biológico da Serra da Lousã tem, também, sido cada vez mais visitado por turistas internacionais. No Parque podem observar de perto espécies como o lince, veados, gamos, javalis, raposas, urso pardo, lobo ibérico, assim como inúmeras raças autóctones. No Templo Ecuménico, espaço único no mundo, e que promove a tolerância e o respeito pela diferença, os visitantes podem respirar paz e aprender um pouco mais sobre as principais religiões mundiais, num ambiente de reflexão e espiritualidade. Do Templo têm uma vista extraordinária para os concelhos limítrofes, dado que o espaço se situa no topo da colina do Parque

Biológico, numa altitude que permite uma visualização das vilas de Miranda, Lousã, Penela e a cidade de Coimbra. Assumindo-se como uma das principais atracções da região, este complexo turístico inclui ainda o Restaurante Museu da Chanfana e o Hotel Parque Serra da Lousã, encontrando-se abertos todos os dias do ano. A cerca de 20 minutos, o Conimbriga Hotel do Paço, dotado de um novo SPA, e ainda do seu Restaurante Gavius, possibilitam também uma estadia única nesta região.

ANADIA BIBLIOTECA ASSINALA MÊS DO LIVRO

A Biblioteca Municipal de Anadia está a assinalar, até ao final de Abril, o “Mês do Livro”, com várias iniciativas que pretendem promover a leitura. No sábado (15), entre as 11h00 e as 13h00, tem lugar a “Oficina em Família: Vamos cuidar do ambiente”, por Helena Nogueira e Maria João Pinheiro, da Estação Invisível. A actividade é dirigida a crianças dos três aos 10 anos, sujeita a inscrição prévia e obrigatória até hoje (13). Exploração do conto “Será o mar o meu lugar?”, construção de fantoches e recriação da história com os fantoches elaborados são os pontos a desenvolver. No dia 22 de Abril, a escritora Renata

Goulart irá apresentar a sua mais recente obra, “O Chapéu do Antônio”. Já no dia 29 de Abril, pelas 15h00, Nini de Almeida procede ao lançamento do seu livro, “A Pastora de Niza”. Para além destas iniciativas pontuais, a Biblioteca Municipal realiza ainda, aos sábados de manhã, a habitual sessão da “Hora do Livro”, direccionada para os mais pequeninos.

Pedro Gomes foi de Coimbra desfrutar de uma experiência na natureza

DÉFICE GLOBAL ATINGIU 24,5 MILHÕES DE EUROS EFEITOS DA COVID AINDA SE FAZEM SENTIR NAS CONTAS DOS MUNICÍPIOS

As consequências da pandemia ainda se fazem sentir nas contas das autarquias portuguesas. É isso que revelam os mais recentes relatórios do Tribunal de Contas sobre a contabilidade dos Municípios portugueses do continente nos anos de 2020 e 2021.

“As contas de 2021 ficaram marcadas, pela primeira vez em anos, por um défice global (24,5 milhões de euros), consequência de um aumento da Despesa efectiva (+14%) não totalmente compensado pela Receita efectiva (+11%)”, revela, em comunicado, o Tribunal de Contas.

No mesmo documen-

to, a instituição explica que “este cenário não se encontra, naturalmente, desligado da pandemia, cujos efeitos continuaram a sentir-se nas despesas operacionais, evidentes nas transferências correntes e nos subsídios concedidos, uma vez que os Municípios mantiveram ou reforçaram medidas de apoio económico e social (+18% do que em 2020 e +36% face a 2019)”.

Todavia, o relatório sublinha, por um lado, que “o défice global apresentado não significou um pior desempenho orçamental e financeiro para a maioria dos Municípios” e, por outro, que “existem outros factores extra pandémicos que têm de ser considerados na análise”.

De acordo com o Tribu-

nal de Contas, o desgaste orçamental provocado pela covid-19 afectou, sobretudo, os Municípios de grande dimensão. Entre 2019 e 2021, estes registaram um aumento de 22% em despesas de natureza operacional influenciadas pela pandemia, um valor acima do que se verificou nos Municípios de média e pequena dimensão (mais

Os maiores Municípios tiveram um aumento de 22% em despesas de natureza operacional influenciadas pela pandemia

4% e menos 3%, respectivamente).

“O exercício de 2021 ficou marcado pela retoma económica com reflexos na cobrança das receitas fiscais relacionadas com o imobiliário (+10% do que em 2020 e +9% face a 2019), o que contribuiu para o aumento das Receitas próprias comparativamente a 2020”, lê-se ainda no relatório. De realçar que, neste sentido, as transferências recebidas do Orçamento do Estado e da União Europeia continuaram a crescer. Ou seja, apesar do défice glo-

NO PRÓXIMO SÁBADO NO HOSPITAL PEDIÁTRICO

LIGA E CHUC PROMOVEM JORNADAS VIDA SAUDÁVEL DEPOIS DO CANCRO

ONúcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPPC) e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vão realizar, no próximo sábado, dia 15, no auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra, as jornadas “Vida saudável depois do cancro”.

Esta é uma das iniciativas levadas a cabo pelo NRC.LPCC e CHUC no âmbito do projecto europeu “Outdoor Against Cancer Connects Us” (OACCUS), co-financiado pelo programa EU4Health e enquadrado no Plano Europeu de Luta Contra o Cancro, que pretende criar uma rede europeia para jovens sobreviventes de cancro.

Com o mote “CHOO-

SE the HEALTHy way!”, é dirigido a jovens sobreviventes de cancro, entre os 15 e os 39 anos e assenta em quatro pilares: actividade física e desporto ao ar livre; alimentação equilibrada; sustentabilidade e natureza; bem-estar físico e mental.

Integram o Consórcio seis países da Europa, entre os quais Portugal, representado pelo Hospital Pediátrico de Coimbra, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro e pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEFUC).

As Jornadas “Vida saudável depois do cancro” pretendem promover a reflexão sobre os desafios e necessidades dos sobre-

viventes de cancro para uma vida saudável e para a integração na vida social, laboral, entre outros aspectos.

Para além dos jovens sobreviventes, este evento é também dirigido a familiares, profissionais de saúde, investigadores e população em geral interessada nestas temáticas. Ao longo das jornadas vão realizar-se workshops, um showcooking e quatro mesas-redondas, em alusão aos pilares do projecto, que contam com os testemunhos marcantes de alguns jovens sobreviventes de cancro, além da intervenção de profissionais especializados, tanto na qualidade de moderadores como de oradores.

O Programa do evento encontra-se disponível em https://www.ligacontracancro.pt/jornadasoaccus/, bem como o formulário de inscrição (gratuita) para o evento,

bal exibido, o impacto da conjuntura acaba por ser mitigado.

“Quanto à informação acerca do impacto directamente relacionado com as medidas covid-19 e que, em princípio, deveria ser reportada nos Relatórios de Gestão dos Municípios, constatou-se, à semelhança do que tinha ocorrido nas contas de 2020, que, em muitos casos, tal informação não se reveste da qualidade necessária a um conhecimento integrado de tal impacto”, conclui o documento.

limitado à lotação do auditório.

Sobre estas jornadas, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro refere que o projecto editorial da SIC Notícias “Tenho Cancro. E depois?” confirmou o interesse em fazer a cobertura total do evento.

O NRC.LPPC adianta que a condução das jornadas - que congrega um painel de moderadores e oradores multidisciplinar da área da saúde, psicologia, desporto e nutrição, além dos testemunhos de jovens sobreviventes de cancro e cuidadores - é assegurada por Sara Tainha, jornalista da SIC Notícias que fará, também, a moderação da mesa-redonda “Dar voz aos sobreviventes e cuidadores”.

O bem-estar físico e mental passa por uma actividade física ao ar livre e uma alimentação equilibrada

Festival da Raia na Figueira da Foz até 23 de Abril

Apartir de amanhã e até dia 23 de Abril, a raia, um dos símbolos da gastronomia figueirense e que pode contribuir para a divulgação da cidade e região, vai dominar nas ementas de 12 restaurantes figueirenses (A Cantarinha, Aldente, A Ver o Mar, Bijou, Caçarola Dois, Caçarola-1, Casa Marquinhas, Restaurante dos Armazéns, Kamone Bar e Petisqueira, Lota Nova, Muralha Chafarica e Pep´s).

Não podemos esquecer que a Figueira da Foz tem uma tradição intimamente ligada ao mar e a sua gastronomia brilha com várias especialidades onde o peixe e o marisco fresco são o destaque, sendo a raia uma das especialidades gastronómicas muito arreigadas aos costumes figueirenses e que proporciona gostosos petiscos, desde a raia de pitau, raia enxambrada, caldeirada de raia, raia à lagareiro, raia frita ou panada, entre outras especialidades.

A Raia com Molho de Pitau é um dos pratos que podemos experimentar nesta cidade costeira portuguesa e a sua receita é tão antiga que já nos finais do século XIX fazia as delícias dos banhistas. O fígado da raia é essencial na preparação do molho e é o ingrediente que dá carácter ao cozinhado.

A iniciativa deste festival gastronómico é da Associação Figueira com Sabor a Mar, tendo-se realizado esta quinta-feira a sua apresentação, que decorreu no restaurante Kamone Bar e Petisqueira (instalado no Centro Náutico da Fontela/Ginásio), junto ao Rio Mondego.

O presidente da instituição, Mário Esteves, referiu-se à raia de pitau, mas também aos “muitos e verdadeiros pitéus” que a raia permite apresentar, salientando que “é preciso

desenvolver a nossa gastronomia” para “reforçar a nossa oferta gastronómica”.

O presidente da Associação Figueira Sabor a Mar continua a lamentar as dificuldades de recursos humanos e profissionais qualificados, disponibilizando-se, com a parceria de outras instituições formativas para tentarem minimizar a situação.

Finalizou esta sessão o presidente da Assembleia Municipal, José Duarte, para se congratular com o evento e muito especialmente a Raia, “um peixe que diz muito à região e que se identifica com a Figueira da Foz”

O preço da Raia neste festival é de 14,50 euros por pessoa.

Obras no Museu Machado de Castro para eliminar infiltrações de água

ACâmara Municipal de Coimbra consignou a empreitada “Museu Nacional Machado de Castro - Fachadas, Conservação e restauro da Loggia e escadarias do Pátio”, por 116.973 euros (mais IVA).

Esta consignação das obras decorre no âmbito do contrato interadministrativo de cooperação, celebrado em 2021, entre o Município de Coimbra e o Estado Português, através da Direcção-Geral de Património Cultural (DGPC) e da Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC), para intervenções em Museus, Monumentos e Palácios Nacionais alvo de financiamento do Plano de Recuperação e

Resiliência (PRR).

O auto de consignação da empreitada contou com a presença da vereadora Ana Bastos, dos responsáveis municipais e do empreiteiro responsável pela obra.

Pretende-se com a obra consignada eliminar as infiltrações de água que se verificam nos compartimentos interiores do museu, que se localizam sob as escadas exteriores, existentes no pátio do piso térreo do museu.

A intervenção tem como objectivo a conservação e restauro da Loggia, dos pisos térreos e 1, assim como as duas escadarias laterais incluindo as colunas, frisos e coberturas em terraço dos

alpendres. Os trabalhos previstos incluem o material pétreo (cantarias), serralharias e tectos em madeira.

A consignação da obra teve lugar na passada terça-feira, tendo sido adjudicada a 16 de Março à empresa “N - Restauros, Conservação e Restauro, Lda.”, com um prazo de execução de 120 dias.

O projecto é da responsabilidade da DGPC e a abertura do procedimento foi realizada pela Divisão de Edifícios e Equipamentos Municipais do Município de Coimbra, sendo a fiscalização da competência da empresa Vítor Hugo - Coordenação e Gestão de Projectos, SA., adjudicada por 4.500 euros.

Doações do Peditório Cáritas vão permitir apoiar dezenas de famílias na Diocese de Coimbra

Entre os dias 10 e 11 de Março, a Cáritas Diocesana de Coimbra juntou-se à rede nacional Cáritas para realizar o peditório anual. Durante estes dois dias, cerca de cerca de 290 voluntários andaram por toda a Diocese de Coimbra. Estiveram nas ruas, nas superfícies comerciais e nas paróquias, apelando à generosidade de toda a comunidade, sob o mote O Amor que Transforma!

O peditório nacional da Cáritas é uma das principais fontes de financiamento da Cáritas Diocesana de Coimbra para responder às necessidades mais urgentes das famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade económica e social. Este tem como objectivo apoiar as famílias no pagamento das despesas básicas da habitação, saúde, alimentação, entre outras, procurando, não só dar resposta às situações de emergência, mas também promover a autonomia e a dignidade das pessoas acompanhadas.

Graças à generosidade da comunidade, foi possível angariar um valor total de 13.837,26€, o qual será investido no apoio directo às famílias em situação de pobreza e exclusão social, acompa-

nhadas pelas 126 respostas sociais da Cáritas Diocesana de Coimbra. Este valor representa um aumento de 58% em relação ao ano anterior, bem representativo da solidariedade e da confiança dos doadores na missão da Cáritas.

A Cáritas agradece, não só aos doadores, mas a cada um dos voluntários e colabo-

radores pela sua dedicação e boa vontade, bem como a todas as entidades públicas e privadas que continuam a abraçar esta missão. Deixa ainda um agradecimento muito especial a todas as superfícies comerciais que gentilmente apoiaram esta causa e acolheram os voluntários. Juntos, é possível continuar a transformar vidas.

Coimbra está entre as cidades onde mais se gasta em alimentação

Há mais de um ano que a inflação tem sido uma das principais preocupações das famílias portuguesas, sobretudo quando se trata de alimentos. Numa recente análise da HelloSafe, , foi analisado os dados mais recentes sobre as taxas de inflação alimentar nos países europeus, com especial enfoque em Portugal e nos produtos que mais aumentaram de preço nos últimos 12 meses.

Inflação alimentar anual atinge

22% em Portugal

Embora a inflação alimentar não esteja a poupar nenhum país na Europa, existem ainda grandes disparidades entre países. Com uma taxa anual de inflação alimentar de 22% em Fevereiro de 2023, Portugal está acima da média europeia de 19,1% e numa situação pior do que países como a Espanha, Itália e França. Segundo os dados apresentados pelo Eurostat, entre os trinta países com dados reportados, Portugal tem a 12.ª maior inflação alimentar.

No entanto, o país contrasta com a Hungria, que tem a taxa anual de inflação alimentar mais elevada da Europa em Fevereiro de 2023 (47%). Esta taxa é mais de duas vezes superior à de Portugal. A Suíça, por outro lado, tem a mais baixa taxa de inflação alimentar: 6,6% em comparação com Fevereiro de 2022.

Viana do Castelo é o concelho onde as pessoas gastam mais em alimentação

Quando analisado os dados disponíveis a nível local, é possível ver que a inflação alimentar não atinge todos por igual.

Actualmente, as famílias portuguesas gastam cerca de 39,9% do seu orçamento mensal em alimentação (26,9% em supermercados e 13% em restaurantes). Das treze cidades para as quais existem dados disponíveis, os habitantes de Cascais tendem a gastar uma proporção menor do seu orçamento familiar em alimentação, cerca de 35,80%. Lisboa vem a seguir, com 37,30% das despesas. Observa-se uma tendência oposta no que

diz respeito ao preço da habitação. Nas cidades onde os custos da habitação são mais elevados, as despesas com alimentação são mais baixas.

Os concelhos de Setúbal (43%), Ponta Delgada (43,3%) e Viana do Castelo (43,7%) encontram-se na situação oposta de Cascais e Lisboa. Viana do Castelo tem o índice mais elevado de despesas alimentares do país, onde as despesas de supermercado representam 32,4% do orçamento familiar mensal e os restaurantes 11,3%.

Preço do açúcar aumenta 63% em doze meses em Portugal

O aumento dos preços dos alimentos está a ter um impacto significativo na vida dos consumidores portugueses. Alguns alimentos básicos têm registado um crescimento impressionante nos últimos 12 meses. O açúcar foi o pior destes com um aumento de 63,1%, seguido pelo azeite (55,8%), leite inteiro (48,3%) e ovos (41%).

A lista abaixo mostra os 10 alimentos com a maior inflação anual em Fevereiro de 2023. A lista inclui produtos básicos como ovos, açúcar, leite e vegetais e produtos ainda muito utilizados em Portugal como o azeite de oliva.

Câmara Municipal de Cantanhede reduz dívida de curto prazo em mais de 20%

“É certo que no âmbito desse processo, a instituição recebe algumas verbas, mas estas são de todo insuficientes para colmatar as despesas a que se destinam”, sublinha.

ACâmara Municipal de Cantanhede reduziu a dívida de curto prazo 20,87% e baixou o passivo 4,9% ,relativamente a 2021, de acordo com o Relatório de Gestão de 2022.

O documento foi aprovado na quarta-feira, pelo executivo camarário liderado por Helena Teodósio (PSD), com cinco votos a favor, pelos membros do PSD, e duas abstenções, dos membros do PS.

A presidente da Câmara de Cantanhede destaca os resultados do desempenho económico-financeiro da autarquia e refere que atingem uma “expressão ainda mais relevante”, se se tiver em consideração que a “variação média anual da inflação se situou nos 7,8%, a maior desde 1992, e significativamente acima da registada em 2021, que foi de 1,27%”, afirma.

Só com “uma gestão assertiva”, o município concretizou os principais objectivos a que se tinha proposto nesta execução orçamental, dado os efeitos da pandemia e da conjuntura que emergiu da invasão da Rússia à Ucrânia.

Helena Teodósio recorda que, em 2022, a Câmara assumiu as novas competências transferidas da administração central no campo da Educação, que representaram um aumento de 96,5% da despesa (corrente e de capital) nesta rubrica, o que se reflectiu no acréscimo de 34,5% dos encargos com pessoal, sobretudo em função dos 163 funcionários das escolas do 2.º e 3.º ciclos, que passaram para a esfera da autarquia, mas também em outros custos com os alunos destes níveis de ensino, como as refeições ou os transportes.

Relativamente ao investimento, a autarca assinala “o esforço financeiro” realizado na construção ou reabilitação de equipamentos colectivos, na requalificação da rede viária, na aquisição de terrenos para alargamento das zonas industriais e na valorização da rede escolar, mas também no domínio da habitação social.

Numa análise ao documento, Helena Teodósio refere que o índice do limite total da dívida baixou de 0,31 para 0,29 da média da receita corrente dos últimos três anos, quando o limite máximo legal admitido é de 1,5% dessa média, destacando o prazo médio de pagamento a fornecedores que se ficou pelos 16 dias.

“É especialmente relevante que o passivo tenha diminuído 4,9% relativamente a 2021, enquanto os fundos próprios aumentaram 4,2%, o que é particularmente sintomático do efectivo controlo das variáveis de gestão que concorrem para a consolidação das contas da autarquia, cuja autonomia financeira melhorou, situando-se agora em 94,3%”, conclui.

CLDS 4G Coimbra promove actividades da Páscoa

OCLDS-4G Coimbra – “Concelho Solidário e Saudável”, coordenado pela Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra, no âmbito da execução do plano de acção, dinamizou actividades na interrupção lectiva da Páscoa, nos dias 3, 4 e 5 de Abril.

As actividades supra, constituem, para a maioria das crianças, uma oportunidade única de confraternização e de ocupação do seu tempo livre na interrupção lectiva da Páscoa, representando daí uma resposta social essencial ao equilíbrio físico, psicológico e social dos seus participantes.

Nestas actividades, destinadas a crianças em situação de vulnerabilidade social, residentes nas UF de Eiras e São Paulo de Frades, UF de Santa Clara e Castelo de Viegas, UF S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, JF S. António dos Olivais e UF S. Martinho de Árvore e Lamarosa participaram, assiduamente, 12 crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos.

As nossas crianças tiveram a oportunidade de explorar a flora e fauna marinha no Sea Life, Porto, ganharam asas e pularam no Parque de trampolins «Jumpers»; meteram as mãos na massa, num workshop de confecção de biscoitos alusivos à época festiva da Páscoa. Continuaram a desbravar novos territórios e mergulharam nas profundezas do Egipto, numa aventura cinematográfica através do visionamento do filme de animação «Múmias», em exibição nos cinemas Lusomundo. A diversão terminou em Penafiel, no Parque temático Magikland, local onde a magia acontece. A adrenalina subiu na montanha russa – em “pequenas carruagens mineiras percorram as proximidades do FarWest numa montanha em que o sobe e desce vertiginoso provoca as mais incríveis sensações”; na roda

panorâmica vislumbraram a magnífica paisagem envolvente; vibraram nos carrinhos de choque; no Jumbo depararam-se com “elefantes com ar simpático que esperavam para os fazer subir e descer girar sem parar”; viajaram até Paris no Carrossel Parisiense, entre muitas outras diversões.

Por fim, aproveitamos para manifestar publicamente o nosso agradecimento à Câmara Municipal de Coimbra pelo precioso apoio e colaboração, assim como a todas as entidades parceiras que connosco intervêm junto destas famílias.

Alunos da Universidade de Coimbra premiados com bolsas de estudo da Huawei

negie Mellon University nos Estados Unidos da América.

Para além da frequência na mesma instituição de ensino, estes jovens partilham a felicidade de verem o seu talento reconhecido e de terem agora um apoio financeiro no valor de 5000 euros cada, que lhes permite focarem-se nos estudos e participarem em atividades ou adquirir equipamentos úteis para o seu desenvolvimento académico.

De entre as mais de 5.300 candidaturas recebidas na edição do Programa de Bolsas da Huawei e do .PT, foram eleitos 50 vencedores para receber um apoio financeiro no valor total de 250 mil euros, e três deles são estudantes na Universidade de Coimbra.

“Vocês são as sementes do futuro”. Foi com esta frase inspirada no programa da Huawei Seeds for the Future que Tony Li, CEO da Huawei Portugal, iniciou o discurso de abertura da cerimónia de entrega de Bolsa Universitárias da multinacional tecnológica, que aconteceu no passado dia 4 de Abril. “Estamos aqui reunidos para celebrar o melhor do talento português”, destacou Tony Li perante a plateia de 50 bolseiros, acrescentando que todos os presentes “são o futuro do país, contribuidores-chave da sociedade portuguesa”.

Avaliadas por um júri independente composto por individualidades de destaque da sociedade portuguesa, as candidaturas ao programa de Bolsas Universitárias da Huawei Portugal e do .PT, – 47% realizadas por estudantes do sexo feminino – chegaram de todos os pontos do País, e da Universidade de Coimbra destacaram-se três alunos da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Maria Carlota Mendes, estudante de licenciatura, junta-se à também vencedora da bolsa Daniela Fernandes, estudante de mestrado, ambas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Já num nível de formação mais avançado está Manuel Reis Carneiro, estudante de doutoramento em Electrical and Computering Engeneering na Universidade conimbricense, mas num formato de dual degree com a Car-

Para Diogo Madeira da Silva, Director da Huawei em Portugal, responsável pelas áreas de Relações Públicas, Comunicação e Responsabilidade Social, “a cada vez maior adesão a esta iniciativa é um inquestionável reconhecimento de que estamos no caminho certo ao apoiarmos jovens talentos que vão fazer a diferença e estabelecer um paradigma de capacitação, qualificação e exigência dos profissionais de amanhã”. Além disso, disse ainda Diogo Madeira da Silva, “é importante frisar que, tal como no ano passado, quisemos contribuir para atenuar o gender gap na indústria das TIC, pelo que atribuímos metade das bolsas a estudantes do género feminino”.

No âmbito deste programa de bolsas, a Huawei Portugal investiu já um total de meio milhão de euros no apoio a 100 estudantes do ensino superior em Portugal.

Júpiter

Júpiter ocupou desde sempre um lugar de destaque ao longo da história da humanidade. Muito antes de sabermos o que eram as estrelas e planetas já os nossos antepassados o reconheciam no céu. Imaginemos uma tribo de caçadores recolectores há alguns milénios, numa noite de Verão. Junto a um rio largo e manso esse pequeno grupo de mulheres e homens junta-se em comunidade para ouvir as histórias dos mais velhos. São enredos místicos em que a natureza, os animais e os corpos celestes se relacionam de forma mágica e confortante. E eles apontam com o dedo para intrigantes pontos luminosos. Um deles é Júpiter.

Muitos séculos depois, na mitologia romana, este planeta não perdeu a sua importância. Aliás, Júpiter é o rei dos deuses do Olimpo e o avô dos fundadores de Roma, Rómulo e Remo.

Façamos, agora, outro salto no calendário até 1610. Estamos em Pádua e numa das ruas o silêncio da noite é interrompido pelo som do alaúde. Este instrumento é dedilhado por um professor da Universidade. Natural de Pisa, esse intelectual sentia enorme prazer na música e aproveitava para passar o tempo tocando as melodias da sua terra natal,  recordando o seu pai, virtuoso músico. Este podia ser apenas um docente como outro qualquer. No entanto as suas descobertas torná-lo-iam famoso e iriam contribuir para repensar o lugar do homem no universo.

Nessa noite ele pousou o instrumento e pegou no seu cannocchiale, que significa literalmente “canhão óculo”.

A abóbada estava límpida, pelo que era o momento certo para experimentar novamente este novo instrumento. Com ele

Galileu já tinha observado a Lua. Desta vez apontou o telescópio para Júpiter. Para sua surpresa viu quatro novos corpos celestes ao redor do maior planeta do sistema solar.

Sabemos agora que o que Galileu observou foram quatro enormes luas de Júpiter, mais tarde intituladas

de Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Afinal a Terra não era o único planeta com satélites em seu redor! Não éramos, perceberíamos de forma definitiva mais tarde, únicos e muito menos o centro do universo.

Desde esses dias do século XVIII, a astronomia evoluiu muito e permitiu-nos desvendar alguns dos maiores enigmas do cosmos. Mas há ainda muito por descobrir. E este nosso vizinho gigante ainda tem segredos por desvendar e muito para inspirar. Já no século XX, Gustav Holst, ainda que com inspirações astrológicas, compôs uma obra sinfónica imperdível em que cada planeta tem uma música. A melodia dedicada a Júpiter é absolutamente majestosa. Mais recentemente a NASA enviou para o planeta a sonda espacial Juno que a 8 de Abril deste ano completou 50 órbitas em seu redor. Para comemorar esse feito no site da NASA é possível descarregar 50 imagens fascinantes recolhidas pela Juno e que incluem fotografias da Terra, de Júpiter e das suas luas.