“Campeão das Províncias” - 27/10/2022

Região Centro quer reduzir em 80% os incêndios florestais

OPrograma Regional de Acção (PRA) para a gestão integrada de fogos rurais no Centro dispõe de 1,3 mil milhões de euros para investir em projectos até 2030.

O PRA foi aprovado por unanimidade “após 10 meses de reuniões” das entidades que fazem parte do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), informou esta quinta-feira a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

“O Centro foi a primeira das cinco regiões a atingir este marco”, congratula-se a CCDRC, presidida por Isabel Damasceno, realçando que o PRA “define as iniciativas prioritárias a implementar na região até 2030”.

No texto é valorizado o “compromisso base” de conseguir “que a área ardida acumulada não ultrapasse 1%, o número de incêndios seja reduzido em 80% e seja assegurada a gestão efectiva de 700 mil hectares” do território.

“Dos mais de 50 projectos definidos destaca-se a gestão agregada de territórios, a remuneração dos serviços de ecossistema, o pastoreio extensivo com rebanhos, a implementação dos programas Aldeia Segura, Pessoas Seguras e as práticas pedagógicas no ensino básico e secundário para o risco”, segundo o organismo público.

Isabel Damasceno afirma que

“foi gratificante ver, numa área tão importante para a região, um trabalho envolvente de tantas entidades que produziu o documento agora aprovado”.

“Terá agora que se confirmar o trabalho de execução do plano, contando igualmente com o envolvimento de todos”, preconiza a líder da CCDRC, com sede em Coimbra.

O processo que antecedeu a aprovação do PRA foi “facilitado pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) e presidido pela Comissão de Coordenação”, tendo envolvido cerca de 40 entidades, seis sub-regiões e mais de 400 pessoas.

Para o coordenador regional da AGIF, Rui Xavier, “este resultado é fruto do envolvimento de todas as entidades conhecedoras do seu território e dos seus problemas”.

“Este objectivo foi alcançado graças ao envolvimento e compromisso de todos os agentes que trouxeram para cima da mesa as soluções que permitem que a região esteja mais resiliente e protegida de incêndios rurais graves até ao final de 2030”, refere o responsável.

O PRA é um dos instrumentos da regionalização do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais 2030.

Freguesia ConVida

ACTUALIDADE

Autarcas e dirigentes do PSD do distrito de Coimbra e vereadores da coligação “Juntos Somos Coimbra” visitaram, na segunda-feira (24), a convite da eurodeputada conimbricense Lídia Pereira, o Parlamento Europeu, em Bruxelas. A visita teve como principal objectivo a aproximação dos eleitos locais à instituição, tendo em conta a sua grande representatividade no que aos anseios das populações e das suas regiões dizem respeito. A comitiva, composta por 23 elementos, aproveitou também o momento para colocar em cima da mesa algumas das suas principais reivindicações.

O programa da visita teve início na Casa da História Europeia - lugar simbólico que recorda os principais momentos da construção do projecto europeu - seguindo-se uma visita ao Parlamento Europeu com uma sessão de esclarecimentos e debate breve com os eurodeputados Lídia Pereira e José Manuel Fernandes, altura aproveitada pela comitiva para manifestar as suas preocupações concernentes à região. Seguiu-se um jantar conferência subordinado ao tema: “Desafios Europeus e o seu impacto nos contextos locais”, com a presença de Lídia Pereira e o

vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, Paulo Rangel, que elogiou o trabalho da eurodeputada, sublinhando a necessidade de “Coimbra despertar” e de se “relançar e criar uma nova dinâmica para a cidade”.

COIMBRA COMO CONTRAPESO

A eurodeputada e membro da assembleia municipal de Coimbra, Lídia Pereira justifica a importância desta visita defendendo que contribuirá para “identificar oportunidades de investimento, nomeadamente no acesso a recursos europeus, que permitam ultrapassar alguns atrasos crónicos a que o Governo tem condenado o distrito de Coimbra”, acrescentando que este é um “trabalho de proximidade em duas vias: o meu compromisso com estes autarcas, percebendo o que está a falhar naquilo que é o papel da UE, e depois também é um trabalho de podermos vir a mostrar aos autarcas como é que trabalhamos em prol dos objectivos que têm e mostrar como a UE é útil nas suas decisões no Poder local”.

Sobre Coimbra, em concreto, a eurodeputada frisa a necessidade de maior afirmação sublinhando que “Coimbra pode ser o contrapeso ao centralismo português, Lisboa e Porto”. Diz

ainda que “o distrito de Coimbra tentará encontrar na Europa as respostas que não encontra no país, no apoio à sua população”.

Foram várias as preocupações mencionadas pelos autarcas que se focaram, essencialmente, na questão dos fundos europeus, um factor que Raul Almeida, presidente da Câmara de Mira, realçou dizendo mesmo que “o investimento das instituições públicas e dos municípios depende muito dos fundos comunitários, sendo necessária a célere execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

O mesmo tema serviu também de mote à breve intervenção de José Manuel Fernandes, que enfatizou os instrumentos de financia-

mento PT2020, PT2030 e PRR. O eurodeputado não tem dúvidas: “nunca tivemos tanto dinheiro”. Uma afirmação, desde logo, corroborada por Lídia Pereira: “desde que Portugal aderiu à UE que nunca tivemos à nossa disposição tantos milhares de euros para fazer as reformas necessárias, mas o que vemos são reformas adiadas. Temos muitos recursos até 2030 para Portugal conseguir sair desta situação de crise económica, mas é preciso canalizar este valor para as áreas fundamentais”, concluiu a eurodeputada.

A possibilidade de financiamento europeu para a requalificação ou abertura de vias de comunicação para promover o desenvolvi-

mento das zonas industriais e atractividade turística, colocada em cima da mesa pela presidente da Câmara de Cantanhede, Helena Teodósio, ou as questões de acessibilidades precárias e necessidade de saneamento básico fora da sede do concelho, apontadas por Álvaro Coimbra, presidente da Câmara de Penacova, foram mais algumas das preocupações levadas, então, ao Parlamento pelos autarcas de Coimbra, Góis, Mira, Pampilhosa da Serra, Penacova, Cantanhede e Arganil.

Já o presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD, Paulo Leitão, que também integrou a comitiva, acredita que esta é a melhor altura para os autarcas transmi-

tirem as suas ideias uma vez que “o próximo quadro comunitário ainda está em fase embrionária e não podemos depender apenas do Governo português que já sabemos que não é muitas vezes competente, principalmente para defender os interesses da região Centro que tem estado esquecida e abandonada”.

Além dos 23 elementos, estava prevista a presença de José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra e Rui Daniel Dias, da distrital do PSD de Coimbra, que não puderam comparecer por motivos de doença e ainda a de Francisco Rodeiro, presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, que não viajou por motivos de agenda.

AAssociação de Futebol de Coimbra (AFC) celebrou, no passado sábado (22), 100 anos de existência e de uma vasta história. As comemorações decorreram na Sala D. Afonso Henriques do Convento São Francisco com um jantar-convívio onde foram entregues inúmeras distinções a várias entidades e personalidades do mundo futebolístico.

Com um vasto leque de convidados, reuniram-se amigos, ex-presidentes da AFC, árbitros, dirigentes de

clubes e associações e, ainda, autarcas dos municípios pertencentes à Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, entre os quais da cidade anfitriã, José Manuel Silva, acompanhado do vereador do Desporto Carlos Lopes.

O I Volume do Centenário da Associação de Futebol de Coimbra foi apresentado por Horácio Antunes, presidente da AFC, e pelo historiador Francisco Pinheiro. Para o autor da obra este foi “um desafio e, acima de tudo, uma honra” escrever este volume, “porque tinha uma grande responsabilidade: recuperar a

memória histórica do futebol e das associações”. Com 460 páginas, este primeiro volume deixa já antever a edição do seguinte que, segundo Horácio Antunes, “já está a ser trabalhado”.

Seguiu-se o momento solene das distinções, nas quais as várias associações, presidentes e ex-presidentes e árbitros foram agraciados pelo seu trabalho e contributo para a história do futebol e pela sua ligação à AFC. Nos galardões referente aos clubes fundadores foram distinguidos a Académica de Coimbra, o Sport Club Conimbricense e o União

de Coimbra. Foram, ainda, agraciados dois outros clubes centenários: o Ginásio Clube Figueirense e a Naval 1.º de Maio. Na arbitragem foram distinguidas oito personalidades: Gustavo Sousa, António Cardoso, Nuno Bogalho, Cátia Tavares, Nuno Pereira, Paulo Soares, Artur Soares Dias e Rui Licínio. Seguiram-se ex-presidentes de clubes e associações, nomeadamente, Alberto Pinto Gomes, Vítor Ferreira, Amaro Jorge e Américo Santos. Posteriormente foram, ainda, feitas referências a Lopes da Silva e a Guilherme de Oliveira, que foi evocado pela sua filha. A

fechar o leque de homenageados e galardoados esteve Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, “por tudo o que tem feito”, referiu Horácio Antunes aquando da entrega da distinção - feita em conjunto com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia.

O presidente da AFC enalteceu “o trabalho notável feito por todos nestes 100 anos” e prometeu continuidade com o mesmo selo de qualidade, entrega e paixão. Quanto ao futuro, referiu o Programa 2024 como uma luz ao fundo do túnel para

chegar “a todos os concelhos, a todas as escolas, a todas as associações”.

Na recta final da cerimónia, e antes de “os parabéns” encherem a sala em uníssono, Horácio Antunes agradeceu a presença de todos e, uma vez mais, congratular os galardoados deixando vincada a promessa de uma obra própria no futuro. “O projecto está programado, só falta fazer a escritura do terreno”, referiu. Deste novo espaço, que ainda aguarda aprovação do Município, deverão fazer parte dois campos, balneários, um posto médico e uma nova sede para a AFC.

NÁDIA MOURA

ADELAIDE MARTINS

FIGURAS

OUTUBRO

DAS PROVÍNCIAS

a s c e n s o r

SUBIR figura da semana

RUI COSTA É cedo para cantar vitória mas, analisada a questão à distância, sente-se que Rui Costa trouxe estabilidade ao Benfica, seja a nível desportivo, organizativo e até entre a massa associativa, fazendo amainar uma claque apoiante que este ano tem estado uns furos acima do que não raras vezes acontecia noutras épocas. Com a saída do “emblemático” Luís Filipe Vieira houve, até dentro do clube, quem tivesse receado o desmoronamento da estrutura, ou pelo menos a sua fragilização, e Rui Costa foi sucessivas vezes referido como lhe faltando estatuto, capacidade e experiência para devolver ao Benfica o canto de vitória que ao longo da sua história entoou vezes sem conta pelos mais diversos relvados do mundo, sobretudo aqueles onde só actuam os melhores. Rui Costa foi sóbrio e sensato ao contratar um treinador que não pertencia à elite mais sonante da especialidade mas que se tem vindo a confirmar como um conhecedor do ofício, bom condutor de atletas de culturas e origens adversas, discreto e de postura humilde. Paulatinamente, o Benfica está a fazer um caminho de forma serena, sem deitar foguetes antes de tempo, mas transmitindo a confiança que deve irradiar de uma grande estrutura do futebol mundial, escalão a que o Benfica pertence, com os baixos e altos que todos os clubes atravessam. Os mais saudosistas, sobretudo aqueles que tiveram oportunidade de assistir aos grandes feitos perpetrados pelo Benfica do tempo de jogadores todos de nacionalidade portuguesa, sonham com esses tempos, sabendo embora que não voltam. Os tempos mudam e, quando assim é, só restam duas hipóteses: ficar na praia a derramar lágrimas inúteis que o mar dispensa, ou acompanhar a realidade de cada época. E no desporto, particularmente no futebol, o passado faz-se velho num instante.

CARLOS LOPRES Num colectivo que se tem revelado unido e coeso, nota-se que no Executivo da Câmara Municipal de Coimbra há elementos que neste primeiro ano de mandato revelaram já, de forma mais clara, terem uma estratégia de actuação mais amadurecida, conhecendo o rumo que querem seguir e para onde querem caminhar. Sem ser o único, Carlos Lopes, vereador do Desporto, tem sido um deles. Novo ainda (um “defeito” que todos gostaríamos de manter), humilde e sensível de formação, de relacionamento elegante e acessível a quem com ele pretende contactar, o Calé, como é conhecido entre os mais próximos, tem comprovado essa forma de agir e de estar no desempenho da sua função. Despretensioso, a sua postura eficaz e discreta já se lhe havia notado quando exerceu funções de presidente da Junta de então freguesia de Almedina. Recentes acontecimentos desportivos havidos em Coimbra confirmaram essa postura e sensibilidade, deixando antever em Carlos Lopes óptimas condições para se confirmar cada vez mais como uma das figuras políticas que não precisa de se embandeirar em arco para constar de entre aqueles de quem Coimbra mais espera, integrem eles a estrutura partidária que integrarem, ou a nenhuma pertencendo. Coimbra não tem hoje, reconhecidamente, os trunfos pessoais e políticos que teve em diferentes e abundantes períodos da sua história. Rara vez mesmo se terá sentido tão deserta nesse aspecto como agora se sentirá, desde há uns anos. Também por isso os exemplos de que Carlos Lopes é um deles deverão ser reconhecidos e aplaudidos. Na recente Gala do Desporto promovida pela União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, Carlos Lopes teve um papel propositadamente discreto mas transbordante de simpatia e sensibilidade, até quando soube recordar, numa postura de humildade e antes que qualquer outro, o seu antecessor como vereador do Desporto, o falecido Carlos Cidade, então em representação duma maioria socialista. Estamos em crer que Carlos Lopes saberá colocar acima das divergências ideológicas os interesses de Coimbra e suas gentes. Pessoas capazes Coimbra tem muitas. Mas têm da política um entendimento à Benfica-Porto, para mal dos seus pecados.

A descer

BORIS JOHNSON Menos de dois meses depois de ter saído da Downing Street, não resistiu a manifestar vontade de voltar, qual salvador da pátria que dificilmente será algum dia. Estranha-se esta fornada de políticos ingleses, tão distantes eles são de muitos outros que ao longo da história do país escreveram lindas e heroicas páginas em que o nundo, e particularmente a Europa, se reviram e revêem. A Boris Johnson, que dizem ser extremamente sagaz e inteligente, falta qualquer coisa que lhe dificulta a credibilidade, a par de alguns gestos e atitudes menos adequados a um primeiro-ministro de um país tão respeitado como o Reino Unido. O por si desejado regresso à liderança dos Conservadores ingleses, mais do que um pretenso gesto de patriotismo de que quis dar ideia, não passou de uma birra de ocasião e um gesto de auto assumido “salvador da pátria”, título que persegue há muitos anos., reforçando cada vez mais uma instabilidade emocional que o não recomenda para altos cargos. Com os Conservadores às turras e os Trabalhistas em letargia prolongada, os ingleses, tal como a Europa, vivem um período menos bom da sua história. Veremos se o novo líder conservador e primeiro-ministro, Rishi Sunak, que dizem ser dono de uma fortuna das grandes, vem quebrar o enguiço que parece perseguir (em termos políticos) o Reino Unido desde há um bom par de anos.

HORÁCIO ANTUNES, O PROFESSOR, O POLÍTICO E O DESPORTISTA

O homem dos 100 anos da Associação de Futebol de Coimbra, já que lhe calhou em sorte ser presidente da instituição no ano em que esta fez o centenário, assinalados na semana passada no decorrer de uma bem organizada sessão comemorativa especialmente preparada para o efeito. Horácio Antunes tem sido ao longo da sua vida (75 anos) um homem muito eclético, exercendo vários e diferentes cargos, não tendo tido motivos para de nenhum deles ter saído sem ser pela porta grande, entreaberta para eventuais regressos, se quisesse e se necessário fosse. Foi professor, foi político e sempre um homem do desporto, futebol sobretudo. Leva à volta de 25 anos como presidente da AFC onde se tem mantido com o apoio dos seus pares e dos clubes do distrito que nele confiam - no seu saber, na sua experiência e na sua capacidade organizativa – para manter de pé uma estrutura que, podendo ser propositadamente discreta no seu dia-a-dia, é da maior importância em termos de futebol distrital. Horácio Antunes é um homem da Lousã e por lá, pela zona, gastou uns bons anos da sua juventude. Jogou futebol no Condeixa, na Académica e no Lousanense e formou-se em professor primário, curso e função que na altura eram altamente prestigiados e que a sociedade respeitava com apreço, carinho e respeito, um pouco diferente das concepções que hoje vigoram. E se no futebol Horácio Antunes mereceu, do seu amigo e eterno rival político Jaime Soares, o epíteto de “coxo”, já na docência Horácio Antunes terá sido um verdadeiro “craque”, tanto os alunos da primária dele gostavam, tanto os pais e educadores o apreciavam, tanto ele próprio gostava da função. Depois, jovem ainda, meteu-se na política, chamado pelos ventos de esperança que Abril trouxe. Fez-se eleger presidente da Câmara da Lousã e ali se manteve durante sete anos. Depois foi para Governador Civil por mais três. Deputado em 2005. Voltou ao desporto, actividade a que no fundo sempre se sentiu pertencer. Andou pelo Conselho Fiscal da Federação de Remo e pelo Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Coimbra, até se tornar seu presidente, onde se mantém. À política não voltará. Nem precisa. Deixou essa área para o seu filho, Luís Antunes, actual presidente da Câmara da Lousã, por onde o seu pai havia começado. Quando achar que está na hora, e se alguma dia achar, Horácio Antunes reforçará essa sua outra paixão: ser avô, tarefa que, ao que dizem, desempenha na perfeição. Entretanto acontecer-lhe-á o que acontece a todos os que têm tempo para isso: fica velho. Horácio Antunes, uma figura de Coimbra, propositadamente racatada mas que soube granjear um clima de respeito e consideração sociais que serão o seu maior emblema de vida.

JOÃO RASTEIRO O poeta de Coimbra esteve, no dia 25 e 26, em Valência, Espanha, onde participou como convidado do Ciclo “Dos Poetes Com Nosaltres” (Teatre Auditiri de Catarroja) e em uma conferência e leitura, na Clase de Lengua Portuguesa, da professora María Rosa ÁLvarez Sellers, na Facultad de Filología, Traducción y Comunicación, da Universidade de Valência. João Rasteiro, para além de poeta, é um ensaísta português, licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Universidade de Coimbra. Vive e trabalha actualmente em Coimbra, na Casa da Escrita, da Câmara Municipal de Coimbra.

SÍLVIA BARBEIRO A professora do Centro de Matemática da Universidade de Coimbra (UC) foi a oradora na palestra intitulada “Equações que dançam a coreografia das multidões em movimento” inserida no ciclo em curso “Ciência às Seis!” do Rómulo, que decorreu no passado dia 25. Sílvia Barbeiro faz também investigação no grupo de Análise Numérica e Optimização do Centro de Matemática da UC. Estudou Matemática na UC e na Universidade Técnica de Berlim, tendo-se doutorado em Matemática Aplicada na Universidade de Coimbra em 2005. É Diretora da Gazeta de Matemática.

MANUEL TEIXEIRA VERÍSSIMO É o candidato às eleições dos Órgãos Sociais da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM). A lista vai ser apresentada hoje (27) pelas 18h30, na sede da SRCOM. Manuel Veríssimo é natural de Arazede, em Montemor-o-Velho, e estudou em Coimbra, onde se licenciou em Medicina, em 1980. É mestre em Medicina do Desporto e doutorado em Medicina pela Universidade de Coimbra. Para além disso é especialista em Medicina Interna e professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. O actual candidato presidiu ao Hospital Distrital da Figueira da Foz entre 2018 e 2022. Foi director do Centro de Medicina Desportiva de Coimbra, presidente do Centro de Reabilitação da Região Centro – Hospital Rovisco Pais, da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. Durante mais de 28 anos,

JOSÉ DINIZ DOS SANTOS UM NOME GRANDE DO EMPREENDEDORISMO QUE COIMBRA DEVERIA CONSERVAR No sector alimentar terá sido dos empresários mais empreendedores que passou por Coimbra em meados do século passado, aqui deixando uma vasta rede de estabelecimentos constituídos por cerca de duas dezenas de empresas, algumas de dimensão arrojada para a época e inovadoras na actividade. Falamos de José Diniz dos Santos de quem, da geração actual, apenas uma pequena parte conservará lembrança. Aos do seu tempo que ainda vivem, avivar-lhes-emos a memória se lhes dissermos que foi o homem que criou os Supermercados Colmeia que terá sido dos maiores supermercados da altura e que teve a sua loja principal a meio de rua Visconde da Luz. Nesse tempo – inícios dos anos 60 – não se falava ainda das grandes superfícies que hoje estão por todo o lado, o que então permitiu que os Colmeia evoluíssem para uma cadeia de lojas, atingindo as 8: 6 em Coimbra, 1 em Miranda do Corvo e outra em Condeixa O dinamismo empresarial de José Diniz dos Santos levou-o a muitos outros empreendimentos de que ainda hoje alguns resistem. Mas os Supermercados Colmeia e a Grupal (que fundou no início dos anos 70) levaram-no a abrir vários Cash and Carry, sendo os de Coimbra, Aveiro e S. João da Madeira os mais avultados. Para além destes a muitos outros deu vida e o próprio Restaurante D. Pedro, que ainda hoje temos entre nós, se lhe deve em grande medida. Foi accionista em diversas empresas de Oliveira do Hospital, seu

entre 1990 e 2018, Manuel Teixeira Veríssimo foi Médico Assistente no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, nos últimos anos como Assistente Graduado Sénior. Em 2014, coordenou a comissão instaladora da Competência de Geriatria da Ordem dos Médicos, a que preside actualmente. A cerimónia de apresentação da lista vai contar com a presença do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, do actual presidente da SRCOM e candidato a Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e do mandatário da lista, Carlos Robalo Cordeiro. Com o lema “Ser Médico Hoje, Pensar o Amanhã”, a candidatura propõe continuar a defender “uma Ordem dos Médicos com uma intervenção assertiva e construtiva na defesa dos Médicos, dos Doentes e da Qualidade da Saúde em Portugal”.

BERNARDO TRALHÃO O atleta da ACM - Associação Cristã da Mocidade de Coimbra foi convocado pela Federação Portuguesa de Judo a participar na Super Copa de Espanha, em Pamplona e acabou por conquistar o ouro. O judoca venceu, na categoria de 66Kg, os cinco combates que lhe coube realizar, disputando a final com o atleta sénior brasileiro, Vítor Codi, a quem venceu com determinação numa técnica de projecção com ligação no solo.

JOSÉ REDONDO Vai apresentar, amanhã (28), pelas 18h00, no auditório da Biblioteca Municipal Comendador Montenegro, na Lousã,‘Como se Constrói uma Marca’. José Oliveira Redondo, filho de José Redondo (O ‘pai’ do Licor Beirão) estreia-se na sua terra natal para abordar a construção de uma das maiores e mais famosas marcas portuguesas. Com dezenas de palestras em todo o país e passagem em universidades, institutos e empresas, José Redondo tem vindo a apresentar a história da publicidade do Licor Beirão, em especial a forma como esta marca tem sido construída desde a Quinta do Meiral para o mundo. Acontece que esta será a primeira vez que apresenta muitos documentos e vídeos na Lousã, numa sessão com entrada livre.

concelho Natal (nasceu em Meruge) donde viria a migrar para o Barreiral, instalando-se em Coimbra pouco depois com representação de produtos comercias pouco frequentes na altura. Além disto pertencem-lhe também a iniciativa do Texas Bar e do Texas Parque, ao tempo muito frequentados.

José Diniz dos Santos não foi apenas um empresário dinâmico, capaz de inventar do pouco iniciativas novas. Calcorreou a Europa em busca de negócios modernos e diferentes e o muito que aprendeu nesse estudo itinerante a que dedicava algum do seu tempo foi a base sólida em que se afirmou o seu sucesso. Para além disso era um homem do bem. Superiormente elegante no trato, humilde e acessível, amigo dos seus colaboradores, disponível para toda a gente. Tanto que alguns dos Colaboradores que ainda resistem o referem com o “patrão” que lhes marcou a vida e lhes moldou o destino.

Exactamente por isso promoveram em Maio passado um encontro-convívio para recordar esses tempos e deixarem uma palavra de gratidão a quem tanto os terá ajudado e estimado.

Agora, nesta altura, organizam-se para criarem um movimento no sentido de solicitar à Câmara Municipal de Coimbra a atribuição do nome de José Diniz dos Santos a uma artéria da cidade. Bem o merecerá, se o mérito e a gratidão forem factores de decisão.

PRESIDENTE DO METRO DE COIMBRA DIZ SER PREVISÍVEL UM DÉFICE TARIFÁRIO DE 3 MILHÕES DE EUROS POR ANO

Nascido em Coimbra, foi no Porto que se licenciou em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia regressando a Coimbra para realizar o mestrado em Engenharia Urbana. No seu percurso profissional, João Marrana foi vogal do Conselho Executivo da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto e “chairman” da Comissão de Transportes e Vida Urbana da União Internacional de Transportes Públicos (UITP). Com um vastíssimo currículo, os transportes são a sua “praia”, tendo assumido a presidência do Conselho de Administração da Metro Mondego em 2019, mantendo-se, ainda hoje, no Quadro do Metro do Porto. As obras do Metro em Coimbra estão na ordem do dia e, em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias, João Marrana esclareceu algumas das principais dúvidas que o tema suscita.

LINO VINHAL/JOANA ALVIM

Campeão das Províncias [CP]: O Metro Mondego tem sido um assunto complexo, qual é a expectativa de prazos?

João Marrana [JM]: O cronograma que temos em cima da mesa é de que daqui a um ano e meio, ou seja, no final do primeiro trimestre de 2024, esteja colocada a primeira fase em operação que corresponde à ligação entre Serpins e a Portagem. Haverá uma segunda fase que é a ligação entre a Portagem e Coimbra B que prevemos estar a operar no final desse ano e também uma terceira, que esperamos que seja quase simultânea, prevista para o início de 2025, e que ligará a Avenida Cidade Aeminium ao Hospital Pediátrico.

[CP]: Isso significa que o Metro vai ter várias linhas?

[JM]: Do ponto de vista da infra-estrutura vai ter duas linhas, uma que vai de Coimbra B até Serpins e outra desde a Avenida Aeminium ao Hospital Pediátrico.

Do ponto de vista operacional irão ser três linhas, ou seja, uma que faz a ligação entre Coimbra B e Serpins, uma outra que liga Serpins ao Hospital Pediátrico e uma terceira que faz a ligação entre Coimbra B e o Hospital Pediátrico. Um ponto importante é o Hospital, o metro vai entrar no espaço dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), terá uma paragem à entrada, junto à Praça Mota Pinto, e

vai ter uma segunda estação em frente às Consultas Externas. Importa sublinhar que no troço suburbano, desde o túnel das Carvalhosas até Serpins o sistema será operado em via única, permitindo cruzamentos quer nas Estações quer em quatro outros pontos criados adicionalmente. Será, em termos operacionais, muito semelhante a um sistema

que vão ser carregadas quer durante a noite no Parque de Manutenção e Oficinas, que vai ser em Sobral de Ceira, quer em carregamentos de oportunidade, que vão acontecer nas Estações término dos serviços.

[CP]: O veículo eléctrico continua a ser a escolha certa?

[JM]: Os veículos eléctricos têm grandes vantagens. Têm, todavia, uma grande desvantagem: são mais caros no investimento, mas ficam sobejamente mais baratos na operação. Enquanto que em combustão interna (diesel ou gasolina) a eficiência do motor é sempre inferior a 30%, num veículo eléctrico a eficiência é superior a 90%, por isso julgo que se tivéssemos de escolher agora manteríamos essa opção. Este processo de electrificação das frotas de transporte público está a acontecer por toda a Europa.

[CP]: Esta opção e dada

MetroBus vai ter 35 veículos em circulação, mas pode ir aos 40.

ferroviário, em termos de sistemas de sinalização, vigilância, segurança, controlo operacional, etc. Outra coisa que temos de garantir é que não haja entrada de veículos no canal, portanto vão haver barreiras longitudinais e ortogonais.

[CP]: Quantos veículos vão estar em funcionamento?

[JM]: Assinámos o contrato no início de Agosto para a aquisição de 35 veículos eléctricos articulados, de 18,75 metros, com uma opção por mais cinco, ou seja, de base serão 35, mas poderão ser 40. Este contrato está a aguardar o visto do Tribunal de Contas. Em Portugal há muitas fases e, como é sabido, o contracto só é financeiramente eficaz a partir do momento em que tem esse visto, mas acredito que deverá acontecer nos próximos meses. São veículos eléctricos com uma capacidade relativamente grande, cerca de 140 passageiros, com a energia armazenada em baterias,

a quantidade de que se trata estamos a falar de muito dinheiro…

[JM]: Foi um concurso público internacional antecedido de uma consulta prévia ao mercado e um dos problemas com que nos deparámos foi com a elevada procura e, certamente por isso, um reduzido número de empresas candidatas. A opção foi adquirir veículos, com um valor global de 34 milhões de euros, acrescidos dos custos com a sua manutenção integral, ao longo dos 15 anos de vida útil, na ordem dos 11 milhões de euros.

[CP]: Os bilhetes vão ser caros?

[JM]: Neste momento, ainda não estou em condições de dizer qual vai ser o valor, o que posso, desde já, garantir é que não será superior ao que os passageiros pagam agora mensalmente. Estamos a trabalhar numa tarifa intermodal, que seja válida não apenas nos nossos veículos, mas em toda a rede de transportes da

região de Coimbra, nos SMTUC, na CP, etc. Como estamos a falar de uma tarifa intermodal o valor do passe vai depender do nível de financiamento, dado que os operadores vão perder alguma receita e, por isso, necessitam de alguma contrapartida pública.

[CP]: Coimbra não tem sido bem tratada pelo Estado no que respeita aos transportes…

[JM]: A rentabilidade de um sistema de transportes públicos é tendencialmente maior numa área mais densa do que numa zona com população dispersa. Se a cidade de Coimbra é densa, não podemos dizer o mesmo do concelho ou da região. Deve haver um esforço por parte das autarquias para densificar, por forma a tornar mais atractivo o transporte público. Temos noção que a operação do Sistema de Mobilidade do Mondego não vai ser financeiramente sustentável apenas com a venda dos bilhetes. O que está previsto é que subsista um défice tarifário da ordem dos três milhões de euros por ano. O que está em vigor na União Europeia é que quando existem serviços deficitários colocam-se duas opções: ou se encerram ou são financiados pela respectiva Autoridade de Transportes, no nosso caso é o Estado, definindo em concreto quais as obrigações e qual o financiamento que concede pela prestação do serviço público. Nós temos neste momento 12 empreitadas contratadas. A Infra-

Segundo João Marrana estão protocoladas com a IP a “execução das quatro maiores empreitadas no valor de 100 milhões de euros”

gestão da Metro Mondego. Temos outras empreitadas, como os veículos, o parque de manutenção e oficina, os abrigos (também da responsabilidade da IP) e os sistemas técnicos, sendo esta uma empreitada conjunta entre a IP e a Metro Mondego, com um investimento da ordem dos 16 milhões de euros, que inclui toda a sinalização, sistemas de segurança e controlo. Trata-se de um investimento global na ordem dos 150 milhões de euros.

[CP]: Uma das aspirações da cidade de Coimbra era de que o metro fosse até ao pólo 1…

[JM]: A Administração da Metro Mondego tomou posse a 24 de Julho de 2019, quando estava o projecto já estabilizado e entendemos que não era o momento de voltar a discutir o traçado. Discutir as questões de fundo significava

Metro Mondego propõe tarifa intermodal em toda a rede de transportes da região. Os preços não deverão andar longe dos actuais.

estruturas de Portugal (IP), por indicação do Governo e através de um protocolo com a Metro Mondego, é a responsável pela execução das quatro empreitadas de infra-estruturas que têm um peso de ordem dos 100 milhões de euros (Serpins – Alto de S. João; Alto de S. João – Portagem; Portagem – Coimbra B; e linha do Hospital) e, quando se fizer a recepção provisória da obra, esses activos passam para a

atrasar mais a concretização do projecto. Temos noção que o pólo I tem muita procura de transporte público, pelo que estamos a interagir com a autarquia para encontrar uma solução para fazer esse upgrade.

[CP]: O corte dos plátanos foi mesmo necessário?

[JM]: Nós reunimos com um grupo, o ClimAção, e foi-nos apresentado um esboço de traçado que parecia

não colidir com aquelas 5 árvores. Nessa sequência nós pedimos à IP e ao projectista para estudar essa hipótese. O que se concluiu foi que essa implementação era mais penalizadora, em primeiro lugar porque ia colocar o canal em cima da estação de bombagem das águas de Coimbra, o que obrigava a deslocar essa estação, que já está a ser executada, e em segundo lugar porque ia obrigar ao abate de mais árvores junto ao parque Manuel Braga. Importa ter presente que, por razões de segurança da operação e de estabilidade mecânica das árvores, o canal deverá estar, grosso modo, exterior à copa das árvores. Posso garantir que estamos a fazer todos os possíveis para abater apenas o que é impossível manter e temos todo o interesse em minimizar os impactos desfavoráveis desta obra.

[CP]: Com a suspensão do comboio entre Coimbra B e Coimbra A, alguns daqueles terrenos vão reverter para a Metro Mondego?

[JM]: A MM tem ali cerca de 2000m2, porque quando a CP entrou no capital social da empresa, subscreveu o mesmo com a entrega desse terreno. O resto é da IP, gerido pela IP Património. Neste momento está a ser articulado entre a Câmara Municipal e a IP um projecto urbano para esse corredor, e, só depois dessa estabilização, será definida concretamente a ocupação dos terrenos da IP e da MM.

PATROCÍNIO:

MOVIMENTO É DEDICADO AO CANCRO DA MAMA OUTUBRO ROSA: MÊS DE PREVENÇÃO MÊS DE ESPERANÇA

CRISTIANA DIAS

ponde à segunda causa de morte por cancro.

a ú d e

CHUC COMEMORA 30 ANOS DE TRANSPLANTAÇÃO HEPÁTICA

Todos

os anos, Outubro pinta-se de rosa para representar uma das lutas mais dolorosas nas mulheres – o cancro da mama. O movimento designado “Outubro Rosa”, assinalado a nível mundial, surge com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do cancro de mama, nomeadamente através do rastreio.

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres e corres-

“PENSO TODOS OS DIAS NISTO, BASTA IR

TOMAR BANHO”

Em Portugal, anualmente, são detectados cerca de sete mil novos casos de cancro da mama, e 1.800 mulheres morrem com esta doença. Estes números revelam que a doença é uma das que tem um maior impacto na nossa sociedade.

Apesar de ser mais comum na mulher há também casos que afectam os homens. Em Portugal, cerca de 1% de todos os cancros da mama são no sexo masculino. Grande parte da informação apresentada sobre o

cancro da mama é, também, aplicável a homens com cancro da mama.

A IMPORTÂNCIA DE PREVENIR

No próximo dia 30 de Outubro é assinalado o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama e este é um dos processos mais importantes para evitar o desenvolvimento da doença.

A luta contra o cancro da mama tem como primeiro passo a prevenção e diagnóstico precoce: aproximadamente 85% das mulheres

que tiveram cancro da mama encontram-se bem cinco anos após a doença.

O seu diagnóstico precoce, antes de surgirem quaisquer sinais ou sintomas, é fundamental na medida em que o mesmo aumenta a probabilidade do tratamento ser mais eficaz e, em consequência, possibilitar um melhor prognóstico da doença. Para além de diminuir a mortalidade, o diagnóstico precoce poderá, nalguns casos, evitar cirurgias mutilantes como a mastectomia radical e o uso de quimioterapia.

“O MEU MAIOR MEDO FOI MORRER”

Formada em psicologia e fotógrafa de profissão, Isadora Lum, de 41 anos, descobriu que tinha cancro da mama aos 35. Desde muito cedo viveu com a presença de nódulos no seu corpo e aos 18 anos viria a perder a mãe para esta doença oncológica. A partir daí sempre foi vigiada e procurou levar uma vida saudável. Em Fevereiro de 2017, através de apalpação, sentiu um nódulo enorme na mama esquerda e de imediato foi ao médico habitual que já a seguia. Poucos dias depois veio o diagnóstico: cancro da mama em estágio III, a partir daí a sua vida mudou e passou a viver em volta da radioterapia, quimioterapia e cirurgias.

“Foi um choque tremendo, a vida muda completamente. No início senti-me revoltada porque eu era uma pessoa não-negligente, eu andava sempre em cima, com prevenção”, afirma Isadora Lum, revelando que a sua situação foi bastante invasiva, sendo tratada nos hospitais do Porto e de Coimbra.

Apesar de todo o cuidado e prevenção, a fotógrafa, natural do Porto, acabou por retirar os dois peitos e admite que no início lhe causou alguma tristeza, mas que hoje em dia aceita com mais naturalidade. “Agora tento pensar que estou normal, com as minhas limitações físicas, não tenho os meus peitos, não tenho essa sensibilidade, limita-me na sexualidade e na auto-estima”, revela, adiantando que ao longo deste processo de aceitação houve, ainda, um trabalho a ser feito a nível psicológico.

O medo de morrer sempre esteve presente, muito em conta também pela perda que teve, mas nunca foi o seu maior pensamento, sendo a vontade de viver e de continuar a captar registos fotográficos maior que isso. Contudo, deixa claro que existe sempre o receio da doença voltar. “Tenho medo que volte, mas acabo por ter o risco igual a outra pessoa, basta estarmos vivos. É assim que tenho de pensar, num dia de cada vez e enquanto tiver saúde e capacidades estou bem”.

Embora ainda seja frequente o questionamento sobre uma justificação para o que lhe aconteceu, Isadora Lum revela que esse pensamento é inevitável. “Acabo por pensar todos os dias nisto, basta ir tomar banho, porque está aqui algo que me lembra. É como ficar amputado de repente. Mas com o tempo vamos nos adaptando, agora já passaram cinco anos, já estou muito bem resolvida e até brinco com a situação”.

Como consequência da doença, para além das perdas físicas, a psicóloga ficou impedida de ser mãe.

Hoje desenvolve um projecto designado Foco na Vida, baseado na fotografia e que estabelece ligação com outras mulheres que passam pela mesma situação.

Tinha apenas 25 anos quando descobriu que a sua vida iria mudar radicalmente. Natural da Guarda, mas a viver em Coimbra há seis anos, Gabriela Fonseca sentiu, nessa altura, o verdadeiro medo de morrer ao descobrir que tinha um Linfoma de Holdgkin.

“Cresceu-me um gânglio por baixo do maxilar, aquilo não me doía, mas era algo que não fazia parte do meu corpo. De imediato fui ao médico, fiz uma biopsia e veio o diagnósticado que tinha um Linfoma de Burkitt no estádio IV A. A partir daí entrei neste mundo do cancro que até então eu não conhecia”, afirma Gabriela Fonseca, realçando que a partir daqui o processo foi muito rápido e de alguns medos.

“O processo questiona muito a nossa imagem porque no fundo perdemos cabelo e no meu caso engordei imenso. De repente nada é mais importante do que a nossa cura, a nossa vida, porque é a primeira vez que somos confrontados com o poder de morrer. A morte surge à nossa frente e só há dois caminhos: ou entrego-me à doença ou então o que tenho de fazer para me curar”, lembra.

Com uma vida inteira pela frente, Gabriela Fonseca recorda que a descoberta do linfoma veio na flor da sua idade e reconhece que, na altura, não tinha bem a ideia do que era aquilo. “Com 25 anos eu não tinha maturidade para enfrentar isso. O meu pensamento foi e agora? O que vai acontecer amanhã, eu tenho sonhos para realizar que se calhar já não vou realizar. A partir daí foi um confronto com a morte e esse foi o meu maior questionamento”.

Mas a força de vontade em viver e concretizar os seus sonhos sempre falou mais alto e Gabriela Fonseca decidiu que queria entrar nos 26 anos curada da doença. De Maio de 2016 a Fevereiro de 2017 a jovem realizava quimioterapia todos os dias, mas afirma que o seu corpo reagiu bem, apesar de considerar o primeiro mês “muito difícil”.

“Há um momento que para mim é de viragem. Uma médica disse-me que 50% são os médicos e 50% são dos doentes e então eu disse, eu vou dar os meus 50%. A partir daí desfoquei-me da morte e foco-me na vida porque eu sabia que ia ter muito mais vida”, sublinha.

Agarrada à esperança e à vontade de viver, a profissional de Comunicação e Marketing lutou com todas as suas forças numa batalha que acabaria por sair vencedora. Os tratamentos acabaram por lhe deixar algumas lesões, entre elas uma imunodeficiência comum variável e a infertilidade. Gabriela Fonseca afirma que esta última foi difícil de aceitar no começo. “Foi como se uma parte materna se tivesse perdido, mas mais tarde acabei por superar e hoje em dia lido muito bem com essa questão”.

Como forma de guardar a sua história criou o blog Dia de Mudança, onde hoje, seis anos depois, continua a partilhar e a conhecer histórias de pessoas com o mesmo problema.

A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) celebrou, ontem (26), o 30.º aniversário dos transplantes hepáticos no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Neste evento evocaram temas como a memória do início da transplantação hepática em Coimbra, o seu passado, o presente e o futuro, foram debatidas temáticas relacionadas com a qualidade e segurança da transplantação hepática, a intervenção chave no processo de dador/receptor para o sucesso do transplante, a certificação dos profissionais da área da transplantação e o candidato a transplante hepático em 2022.

CHUC CELEBROU 10 ANOS DO NIE

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) celebrou, de 19 a 21, os 10 anos do Núcleo de Investigação em Enfermagem (NIE). O mote do evento foi o enfermeiro investigador e contou no seu programa com a abordagem de várias temáticas que vão desde os desafios em investigação, ciência acessível, inteligência artificial e enfermeiro cientista. Estiveram presentes reconhecidos oradores e comentadores nacionais e internacionais. Foi ainda apresentada a sinopse desses 10 anos de actividade do NIE com a apresentação da investigação realizada, os resultados e os projectos implementados no CHUC, sem perder de vista o futuro com abordagens centradas em temáticas ligados à enfermagem como ciência em Portugal e à valorização da enfermagem como profissão e ciência, entre outras.

LIVRARIA ALMEDINA RECEBE DEBATE SOBRE “VISÕES SOBRE SAÚDE MENTAL E DEPENDÊNCIAS”

A Livraria Almedina, no Estádio Cidade de Coimbra, vai receber, nos dias 10, 15 e 24 de Novembro, a partir das 18h00, a 3.ª edição do Ciclo de Debates intitulado de “Visões sobre Saúde Mental e Dependências”, organizada pelo Farol (equipamento da Cáritas Diocesana de Coimbra), no âmbito do seu plano de actividades. O ciclo será composto por três debates que se debruçam sobre a Síndrome de Burnout, os Surtos psicóticos e, por fim, a (Des)Esperança: identidade(s) em continuidade e mudança. A participação no Ciclo de Debates é gratuita, mas as inscrições são obrigatórias e limitadas ao máximo de 30 participantes.

ISEC REALIZA FÓRUM SOBRE

“A TRANSIÇÃO DIGITAL NA SAÚDE: DESAFIOS E OPORTUNIDADES”

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vai realizar, no dia 2 de Novembro, a partir das 16h00, no seu Auditório Principal, o Fórum sobre “A Transição Digital na Saúde: Desafios e Oportunidades”. O evento conta com a participação de: Abraão Ribeiro, director da Revista Tecnohospital; António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto; João Durão de Carvalho, ex-director dos SIE do Hospital de Santa Maria; José Luís Biscaia, director Executivo da ACES do Baixo Mondego; Mário Macedo, presidente da CS09 para a Saúde do IPQ; Pedro Simões, administração do CHUC; Paulo Salgado, ex-administrador do HUC; Rui Gomes, Direcção de SI do CHUC e Vitor Duque, director do Serviço de Infeciosas do CHUC. A participação é livre, mas a inscrição é obrigatória.

REDE SOLIDÁRIA DO MEDICAMENTO

INTEGROU MAIS 1.310 PESSOAS

O Programa abem apoiou mais 1.310 pessoas que passaram a poder aceder com a regularidade necessária a medicamentos essenciais à vida. Este é um projecto, dinamizado pela Associação Dignitude, que apoia as pessoas mais carenciadas no acesso aos medicamentos prescritos e comparticipados pelo Estado Português. Esta ajuda só é possível devido à rede colaborativa abem:, que conta actualmente com 202 entidades parceiras locais, mais de 1.100 farmácias e dezenas de empresas doadoras e cidadãos solidários que, juntos, já ajudaram 30.242 pessoas vulneráveis. Cada beneficiário referenciado recebe um cartão e pode deslocar-se a qualquer farmácia abem e aceder, sem qualquer custo e total descrição, aos medicamentos sujeitos a receita médica e comparticipados pelo Estado Português. Actualmente, o abem já está presente em todos os distritos e regiões autónomas.

OPTIMISMO?

ODia

Mundial da Terceira Idade

tem como objectivo consciencializar toda a gente para a situação frágil – económica e social - em que a maioria desta população vive.

Segundo dados do Eurostat, Portugal é o segundo país da Europa com mais idosos (22%), logo a seguir à Itália (23%), e será em 2050 um dos países da União Europeia com menor percentagem de população activa.

O Instituto Nacional de Estatística prevê igualmente que, em 2050, um terço da população portuguesa seja idosa e quase um milhão de pessoas tenha mais de 80 anos. Estes cálculos são feitos com base na tendência de envelhecimento da população, resultante do aumento da média esperança de vida e da diminuição dos níveis de fecundidade. Portugal é o país em que os idosos têm menor qualidade de vida, são mais frágeis e mais dependentes, levando ao aumento dos custos relacionados com a saúde e problemas relacionados com a dependência.

De acordo com as projecções da ONU os idosos representarão um quarto da população mundial, ou seja, cerca de 2 biliões de indivíduos (no total de 9,2 biliões).

Em Coimbra esta tendência não é excepção. De acordo com os dados provisórios dos Censos 2021, o índice de envelhecimento da população - indicador que compara a população com 65 ou mais anos com a população dos zero aos 14 anos - é de 182, ou seja, existem 182 idosos por cada 100 jovens. Este índice era de 128 em 2011 e 102 em 2001.

O ENVELHECIMENTO

É certo que envelhecimento e saúde são duas questões intrinsecamente relacionadas, uma vez que o prolongamento da vida está em geral associado a mais anos de dependência, de sucessivas incapacidades, de prevalência de doenças crónicas. A esse panorama confrangedor, ligam-se depois o isolamento, o abandono

pelas famílias, a institucionalização, a sensação terrível de inutilidade, a diminuição da saúde mental, os cuidados de longa duração e os elevados custos que tudo isso acarreta para os idosos, em primeiríssimo lugar, para as famílias e para o Estado.

O problema, no fundo, decorre de duas opções sociais, ambas catastróficas. Em primeiro lugar, a medicina tem conseguido aumentar o tempo de vida de cada pessoa, mas sem cuidar (ou cuidando pouco) de garantir que isso aconteça com efectiva qualidade. Por outro lado, inúmeras mudanças ocorridas nos últimos cem anos levaram a uma reorganização da estrutura familiar, que aos poucos, deixou de ser capaz de integrar cada um dos seus elementos, não permitindo a harmonização de uma série de funções que faziam parte do conceito de família alargada (os avós, por exemplo, estavam usualmente presentes, ajudavam no cuidado e na educação dos netos).

Muitos idosos acabam por ficar em situação de carência económica e isolados dos familiares, ao abandono, em lares de terceira idade ou em casas separadas.

LARES: SOLUÇÃO OU PESADELO?

Situações como as de Boliqueime que, recentemente, foram tornadas públicas, são frequentes e devem envergonhar-nos enquanto sociedade.

As Nações Unidas afirmam que, embora o tema do abuso e da violência contra os idosos tenha começado a ganhar visibilidade em todo o mundo, ele continua apesar de tudo a ser um dos assuntos “menos investigados em pesquisas nacionais e um dos menos abordados em planos de acção nacionais”.

Segundo a organização, a violência contra pessoas da chamada terceira idade “é uma questão social global que afecta a saúde e os direitos humanos de milhões de pessoas em todo o mundo, e uma questão que merece a atenção da comunidade internacional”.

Ainda segundo a ONU, as taxas de abuso podem ser mais altas para os idosos

que vivem em instituições do que em comunidade. Valeria a pena, de todo o modo, confirmar isto através dos estudos nacionais atrás referidos, uma vez que se multiplicam diariamente as notícias de idosos assassinados ou gravemente agredidos por familiares próximos.

A integração em lares constitui um processo doloroso, na medida em que a institucionalização pressupõe, quase sempre, o abandono definitivo do espaço físico familiar e a diminuição dos contactos com a rede relacional até então dominante. É, assim, compreensível que este processo esteja muitas vezes associado ao aumento do stress, perda da saúde, diminuição intelectual, auto-imagem negativa, depressão, desinteresse, passividade, tudo a culminar, por fim, no aumento da mortalidade, segundo refere Lieberman.

A SOLIDÃO MATA… DEVAGAR

Se, porém, para muitas pessoas, a institucionalização não constitui uma alternativa aceitável, para outras, pode ser, e é de facto, uma solução para os seus problemas e dificuldades. A dependência vivenciada por muitas pessoas idosas pode requerer cuidados especializados que só a institucionalização está, actualmente, em condições de proporcionar. A questão não está, pois, em diabolizar os lares, está em ver, concretamente, como

estão organizados e como é que funcionam. Em Portugal, sente-se que há pouco investimento, por parte das autoridades, quer sobre a forma como actuam os lares ilegais (que muitas vezes são mandados encerrar e prosseguem a sua actividade), quer quanto à necessidade de criação de lares da própria Segurança Social, das autarquias ou das associações profissionais (a Casa do Artista, em Lisboa, é um modelo a ter em conta), que estejam ao alcance das bolsas da população menos favorecida. Mas enganar-nos-íamos se pensássemos que o problema são apenas dos lares dos “pobres”. Há meses, estalou em França um escândalo relacionado com a forma como os idosos eram tratados numa rede privada de lares, bastante restritiva em termos de mensalidades exigidas, o chamado caso Orpea.

EXEMPLOS DE SUCESSO

É neste ponto que vale a pena referir a existência de variadíssimos e crescentes casos de sucesso. Por exemplo, há muitos anos que, em Portugal e noutros países, se começou a falar das Universidades para a Terceira Idade. É possível que, nalguns casos, estas universidades se limitem a formas de ensino e a matérias tão elementares que não mereçam o título de universidade. Ainda assim, o papel desempenhado por estas instituições na resso-

cialização dos idosos e no acréscimo dos seus interesses é absolutamente inegável. Começam também a surgir empresas que contratam idosos por perceberem que o contributo que eles podem dar em matéria de experiência, autonomia, perícia, capacidade de pôr as coisas em perspectiva e do gosto de ensinar, é um valor que não pode menosprezar-se. É certo que, segundo um inquérito realizado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), em Dezembro de 2020, a idade (juntamente com a cor da pele) ainda faz parte dos primeiros motivos de discriminação no emprego. Mas a tendência está aos poucos a mudar, e os próprios Estados estão, desde os anos 90 do século passado, apostados em promover o emprego sénior (que mais não seja por causa da preocupação com a massa financeira das reformas).

A PSP, por exemplo, leva a cabo anualmente a operação “A solidariedade não tem idade” de carácter preventivo e que tem como objectivo intensificar o contacto directo e diálogo com esta população de forma a detectar tão precocemente quanto possível casos de fragilidade social. Na operação de 2022, que terminou em Setembro, foram sinalizados 140 idosos por falta de autonomia, 81 por apresentarem quadro clínico grave que exigia acompanhamento médico imediato, 40 em habitação e condição de vida degradantes, 52 sem rede de

contacto, 53 por suspeita de vitimização de índole criminal e 21 por insuficiência económico-financeira. Ficaram sinalizados no total 649 idosos, 407 em situações de risco social e 298 foram encaminhadas para instituições de apoio social.

Deve também assinalar-se, no nosso distrito, o caso do Ageing@Coimbra, que visa a valorização do papel do idoso na sociedade e a aplicação de boas práticas em prol do seu bem-estar geral e de um envelhecimento activo e saudável, que procura ser um facilitador da génese de projectos inovadores na área do envelhecimento activo e saudável.

Esta instituição organiza anualmente o encontro regional sobre envelhecimento, que este ano será a 6 de Dezembro, no Convento de S. Francisco, e que tem como objectivo principal debater os desafios relacionados com o envelhecimento.

Destaque também para a articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro para o Prémio de Boas Práticas e projectos de intervenção como o Praça Vida+ (2018) ou o Vida+ Móvel (2019) que foram financiados pelo EIT Health e que levaram à criação de um instrumento multidimensional para avaliação de estilos de vida.

Desde a sua criação em 2013, o Ageing@Coimbra já atraiu mais de 60 milhões de euros para a região e levou à criação de mais de 100 postos de trabalho. Além disso, tem inspirado muitos agentes da região Centro a inovar nas boas práticas que são levadas aos cidadãos, quer no apoio aos cidadãos de idade maior, quer na inspiração de todos os cidadãos que a saúde depende das escolhas que se fazem e, para evitar a doença em idade avançada é necessário escolher bem os estilos de vida, conforme explica João Malva, coordenador científico do consórcio Ageing@Coimbra.

Todas estas realidades permitem acreditar que a existência de mais idosos poderá ser vista, pelo menos a médio prazo, não como uma ameaça, mas encarada com optimismo.

JOANA ALVIM

GÓIS

AFeira dos Santos, do Mel e da Castanha vai realizar-se nos dias 30 e 31 deste mês e 1 de Novembro, em Góis. As iniciativas vão centrar-se, na sua maioria, no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, na sua área envolvente e no Parque do Cerejal. O certame decorre ao longo de três dias repletos de música, artesanato, tradição, etnografia, gastronomia, animação de rua, desporto, cultura, actividades para os mais novos e, ainda, o tradicional magusto. Com uma primeira edição em 1957, tornou-se num dos pontos altos do convívio e reunião das famílias. De acordo com o Município, ao longo dos anos, o evento tem vindo a promover as potencialidades do concelho e a apresentar-se como um “certame de excelência para a promoção e divulgação dos produtos tradicionais endógenos, com enfoque nos pequenos produtores e artesãos locais e regionais. Em termos de calendário, a sua realização complementa, de forma sustentável, a oferta turística, uma ferramenta essencial ao combate da sazonalidade”. Na mostra estarão presentes 44 vendedores, entre produtores de mel, castanha e artesãos, sendo que, deste total, 45% são oriundos do concelho. “A presença de produtores e vendedores dos concelhos limítrofes permite vender o território como um só, independentemente das suas fronteiras, com a pretensão de disponibilizar uma maior oferta, indo ao encontro das necessidades dos visitantes”, acrescenta. A chave da programação do evento “foi identificar as necessidades e desejos de um público heterogéneo”, apostando o Muni-

INVESTIDOS

A Câmara Municipal de Góis vai investir cerca de 300 mil euros na requalificação do Largo António Nogueira Pereira e ruas envolventes. Segundo Rui Sampaio, presidente da Câmara, a intervenção neste espaço - que é também conhecido por Largo do Terreirinho - e nas ruas adjacentes, adjudicada por 287.064,05 euros (acrescido de IVA), “foi pensada de

cípio numa oferta cultural diversificada com vista a conquistar vários segmentos de mercado. No domingo (30), o dia terá início com uma caminhada pela vila alusiva ao “Outubro Rosa”. O ponto de encontro será no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, pelas 9h30. Segue-se, no Parque do Cerejal, uma actividade dinamizada pelo NFIT Project Góis que se destina à população infantil. Às 10h00, o Grupo de Concertinas das Cortes será o responsável por uma arruada na abertura da Feira. Às 15h00 vai actuar o Tiroliro - Grupo de Cavaquinhos da Aposenior e, às 21h00, o destaque será para a Brass Band Folhas de Pêssego. Na segunda-feira (31) o certame abre às 15h00 e passada meia hora deverá realizar-se uma actividade para os mais velhos, intitulada “Cores de Outono” e dinamizada pelo CLDS 4G Góis. Às 21h00, na Casa da Cultura, o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra vai subir ao palco num espectáculo de homenagem a Alice Sande, integrado no projecto “40 Anos, 40 Concertos, 19 Personalidades Femininas na Região de Coimbra”. Na terça-feira (1), Dia de Todos os Santos, às 9h00 vai XIX Torneio da Malha Inter-Colectividades e respectiva entrega de

forma a poder ser um espaço utilizado e desfrutado por todas as pessoas de todas as idades, acessível e agradável”. O autarca sublinhou também que “desfrutar destes lugares centrais é o mote para a sua requalificação, já que são estruturantes sob o ponto de vista de dinâmicas urbanas, assumindo uma importante função agregadora e distribuidora de

prémios. Segue-se a abertura do recinto da Feira, às 10h00, com uma arruada do Grupo de Concertinas das Cortes. A partir das 16h00, vai ser desvendado, em parceria com a CIMRC, através do projecto “Rota dos Mercados Municipais e Locais de Produtos Agro-alimentares Locais”, o segredo associado à confecção das “Gamelinhas” (doce local). Para tal será dinamizado um showcooking pelo chef pasteleiro António José Martins, da Padaria/ Pastelaria Kentidoce, com sede em Góis. Posteriormente, o Rancho Folclórico Serra do Ceira vai actuar, às 17h00, no Pavilhão Gimnodesportivo, seguindo-se o magusto tradicional, às 18h00, na área envolvente daquele espaço. Posteriormente, às 19h00, dar-se-á o encerramento do certame. O evento é organizado pela Câmara Municipal e conta com o apoio de vários parceiros: o Agrupamento de Escolas de Góis, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Góis, o CLDS 4G Góis Solidário I + Inclusivo, Inovador e Impulsionador, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, o NFIT Project de Góis, o Grupo Voluntariado de Góis da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o Rancho Folclórico As Sachadeiras da Várzea e o Rancho Folclórico Serra do Ceira.

fluxos automóveis e pedonais”. A intervenção está sinalizada no Plano de Acção de Regeneração Urbana do concelho e tem como objectivo continuar a renovar o espaço urbano do centro histórico da vila. A empreitada, comparticipada por fundos comunitários, deve arrancar no início de Novembro e têm um prazo de execução de 120 dias.

DE OUTUBRO DE 2022

ANADIA VILARINHO DO BAIRRO E SÃO LOURENÇO ALVO DE REQUALIFICAÇÃO

O Município de Anadia celebra um protocolo de colaboração com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) para a realização de obras de requalificação nas Unidades de Saúde de Vilarinho do Bairro e de São Lourenço do Bairro, por forma a dotar aquelas instalações de condições mínimas de conforto, indispensáveis à prestação dos devidos cuidados de saúde à população. No que concerne à

Unidade de Vilarinho do Bairro, a intervenção prevê o fornecimento e instalação de AVAC - aquecimento, ventilação e ar condicionado. Na Unidade de São Lourenço do Bairro, para além do fornecimento e instalação de AVAC, está ainda prevista a instalação de uma caldeira. Contudo, as obras só avançarão após a aprovação das respectivas candidaturas e dos protocolos de Financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e

Resiliência. A intervenção visa melhorar as condições de funcionamento e de conforto deste equipamento de saúde, dotando-o de meios modernos e funcionais. A reestruturação tem ainda em vista a criação de condições físicas para a implementação de uma Unidade de Saúde Familiar (USF), bem como de um gabinete dedicado à saúde oral, dotado dos equipamentos necessários ao seu bom funcionamento.

TÁBUA “EMPREENDE +” PROMOVE WORKSHOP NO DIA 9 DE NOVEMBRO

A Câmara Municipal de Tábua, em colaboração com a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra e o Instituto Pedro Nunes (IPN), vão realizar mais uma sessão de apresentação do projecto “Re-

gião de Coimbra, Empreende +”. A iniciativa decorre no dia 9 de Novembro, entre as 14h30 e as 16h00, no espaço CULTIVA. Com o intuito de “sensibilizar, capacitar e estimular os empreendedores concelhios”, o

workshop é dirigido a todos os que querem “reforçar os seus conhecimentos na área do empreendedorismo criativo e tecnológico e/ou tenham como objectivo criar uma empresa”, concluiu o Município.

OLIVEIRA DO HOSPITAL JANTAR LITERÁRIO CELEBRA CENTENÁRIO DE JOSÉ SARAMAGO

O Município de Oliveira do Hospital promove, no próximo dia 11 de Novembro, o 5.º jantar literário, agora dedicado a José Saramago. A iniciativa, com início às 20h00, na Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital, será o momento

de encerramento das comemorações do centenário do nascimento do nobel da literatura. A iniciativa vai contar com a presença de Violante Saramago, filha do escritor, e participação da editora e produtora de actividades literárias, Alma Azul. As

inscrições são obrigatórias e devem ser efectuadas até o próximo dia 4, na Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital ou na Biblioteca Ludoteca de Lagares da Beira. Recorde-se que o centenário do escritor se assinala a 16 de Novembro.

LOUSÃ ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL ACUSA AUTORIDADE TRIBUTÁRIA DE “CAÇA À MULTA”

AAssociação Empresarial Serra da Lousã (AESL) acusou a Autoridade Tributária (AT) de “caça à multa” aos operadores florestais por causa de uma interpretação do IVA na comercialização de madeira sem casca. A Associação diz que a AT entende que a madeira sem casca está sujeita à taxa de IVA de 23%. Carlos Alves, presidente da AESL, disse que “em lado nenhum o legislador faz distinção entre madeira com e sem casca, pelo que a sua comercialização está sujeita à mesma taxa de IVA de 6%”. O dirigente diz que “com a sua interpretação, a AT tem a garantia de que de todas as inspecções a este sector vão resultar correcções de IVA de 6 para 23%, com aplicação de multas”. A AESL referiu que a AT considerou que o descasque de árvores

Coimas estão a levar ao desespero dos empresários do sector

nas matas é um processo de transformação da madeira, “quando não o é”, acrescentando que “estão a confundir o descasque de árvores em mata com descasque em serração”. Assim, Carlos Alves denunciou que a AT na região de Coimbra está a fiscalizar em “massa” inúmeras empresas de exploração florestal e em resultado das referidas inspecções está a sugerir a correcção de todas as facturas com IVA a 6% de comercialização de

madeira sem casca. “Para tal, sugerem a emissão de centenas de notas de crédito pelo motivo de correcção de taxa de IVA e emissão de centenas de novas facturas com IVA à taxa de 23%”, que vão obrigar as empresas a entregar mais 17% de cada transacção ao Estado, além das coimas que vão ser aplicadas. De acordo com a Associação, aquelas correcções vão resultar em “enormes problemas de liquidez a todo o sector florestal”.

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

O certame é de entrada livre

Centro de Cultura e Recreio de Larçã de regresso aos eventos públicos

Desde que tomámos posse, sensivelmente, há três meses que os novos corpos gerentes do CCRL têm feito das tripas coração, como se costuma dizer, para recolocar Larçã - o maior agregado populacional da Freguesia de Botão, na senda de velhos hábitos e bons costumes.

Depois de regularizar o funcionamento da instituição arrancámos, no passado dia 21, com a primeira noite de espectáculos musicais, com a actuação do DJ Nuka, uma referência no espaço regional da música moderna, que durante mais de quatro horas ininterruptas brindou os presentes com um registo de excelência, feito de entrega e amor à arte, mas também de amizade e consideração pela equipa abnegada a que tenho a honra de presidir. A nossa equipa, inexcedível, das 23h30 de dia 21 às 7h00 do dia seguinte foi o suporte fundamental de todo o evento, reiniciando, assim, a normalidade possível do CCRL após a era pandémica. A adesão superou as expectativas, com forte participação da gente jovem, sem nenhum incidente de registo a lamentar, com respeito entre todos, animação, divertimento e convívio.

O CCRL tem feito o que pode e aquilo que sabe, dentro das limitações não só das vidas profissionais dos membros dos corpos gerente, mas sobretudo da crise de associativismo que vai reinando um pouco por todo o lado. Seria desejável que todos os sócios tivessem as quotas em dia, mas não têm, gostaríamos de saúde financeira capaz de avançar para um plano de obras, mas tal só será possível com apoios institucionais, com os quais vimos dialogando e persistindo na nobre intenção que nos anima. Queremos criar e manter secções,

mas precisamos que as pessoas corram para o Centro e não fujam do Centro, como aconteceu num passado recente.

A tarefa não é fácil e o caminho fica longe. Mas ninguém disse que seria impossível e, como nos ensinou a pedra filosofal, de Manuel Freire, o sonho é que comanda a vida. A foto que anexo a este texto testemunha um momento belíssimo da nossa caminhada, que desejamos manter e alargar a toda a comunidade.

(*) Historiador e investigador

lá fora Assustadoramente tradicional e coimbrão

JOANA GIL

Judicialização da política

da política na.praça pública é hoje o maior partido da extrema-direita em Portugal e o maior aliado em nome da Democracia do partido Chega.

Ajudializaçāo

Leio e ouço que mais de 500 políticos estão sob escutas e todos os dias um ministro ou secretário de Estado são acusados e julgados publicamente. Muitas não passam de acusações meramente com claras intenções de perseguição política que se arrastam no tempo e as que o Ministério Público consegue acusar são julgados nos tribunais passados uma década, violando os direitos fundamentais dos cidadãos. Há uma clara e criminosa violação dos direitos, liberdades e garantias constitucionais com a colaboração do Ministério Público e com o silêncio cobarde das instituições e de um Presidente

ANTÓNIO CAMPOS*

da República responsável pelo regular funcionamento das instituições democráticas.

A descredibilização do Estado de Direito, responsável e transparente, é o principal inimigo da Democracia e o maior aliado da extrema-direita fascizante.

É só olhar para a história, do fim da primeira República, da instalação da ditadura fascista ou para o que está a acontecer no Brasil. Todas, ou são vítimas ou filhas do falhanço político do Estado de Direito.

Estranho o silêncio cobarde do meu Partido, o Partido da Liberdade e da consolidação da Democracia em Portugal. Sem Estado de Direito responsável e transparente não há Democracia que resista.

Está

a chegar a Noite das Bruxas. Ou o Halloween, consoante se prefira a expressão portuguesa ou a entretanto popularizada à força da globalização do entretenimento norte-americano. Halloween deriva de “All Hallow’s Eve” – literalmente, “Véspera de Todos os Santos”. Se é bem verdade que na Europa a tradição sempre se focou no próprio dia 1 de Novembro, também é certo que a evocação de espíritos nesta quadra, fora da mera devoção aos santos e do respeito devido aos mortos, é quase imemorial. Também o “pão por Deus” ou as esmolas associadas a este período do calendário têm séculos.

Na Bélgica o norte-americano “trick or treat” não encontra raízes locais, mas apenas adaptação local (“farce ou friandise”). Já será mais genuinamente belga a tradição de esculpir carantonhas em beterrabas - o “Grigne Dints” da Valónia. Não nas beterrabas que são popularmente comercializadas em Portugal, mas numa variedade maior, oblonga, com cores entre o branco e o alaranjado, em francês designada “beterrave fourragére”, e que se destinava essencialmente a ser consumida pelos animais. O seu baixo valor comercial ajudará a explicar que tenham sido as eleitas para realizar esculturas, idealmente de forma humanóide, cuidadosamente esvaziadas por dentro e então iluminadas, a partir do interior, com uma vela. O propósito não era o de pedir doçarias, mas sim o de assustar os transeuntes ao cair da noite. Uma tradição bem anterior, portanto, à cultura de massas que nos inundou os ecrãs com histórias de além-Atlântico. Actualmente, na Bélgica o período da “Toussaint” é sinónimo de pausa das actividades lectivas (este ano, pela primeira vez, de duas semanas para as escolas francófonas e de apenas uma semana, como sempre foi costume, para as escolas neerlandófonas), brindada com diversas iniciativas lúdicas ligadas ao imaginário do Dia das Bruxas: ateliers para fabrico de velas, feiras urbanas onde se vendem abóboras com ar maléfico, exposições sobre luzes e sombras, tudo ornamentado com esqueletos e fantasmas, pontuado por bruxas e vampiros, num deslumbre para quem aprecia uma estética mais sombria. Este período é também uma oportunidade para as crianças se deleitarem com disfarces que nos dão sustos de ternura.

Já em Portugal, esta quadra está longe de ser uma formalidade no calendário: dizem as estatísticas que o período de Todos-os-Santos é dos que tem mais movimento rodoviário, com paralelo apenas no Domingo de Páscoa. Significa isto que a tradição de visita aos cemitérios se encontra bem vincada no país e que em breve muitos se deslocarão das suas casa para prestar homenagem aos que já partiram ou para deles evocar memórias junto de quem ainda cá está. Mas além da devoção aos santos e aos finados, o aparato em torno do imaginário da Noite das Bruxas será apenas um contágio do que nos chega pela indústria do entretenimento? Não propriamente. E nada melhor do que olhar para Coimbra, onde temos a bem antiga tradição dos Bolinhos e Bolinhós, pedidos por meio da cantilena e a depositar não numa abóbora iluminada mas sim dentro de uma caixa de cartão com uma ranhura para o efeito. Portanto, se no próximo dia 31 de Outubro crianças vos ameaçarem com “doçuras ou travessuras”, abri-lhes a porta mas não lhes deis logo um doce. Primeiro, há que fazer um esforço para eles aprenderem a cantar os “Bolinhos e Bolinhós”. E quando os petizes já souberem a letra e a melodia, então podeis cobri-los de doces ou “tostõezinhos”. E se eles não aprenderem logo, enfim, pois que levem doces na mesma, senão ainda acabareis vós por serdes o espantalho da casa que cheira a alho… Cabe-nos a todos manter viva esta tradição junto das nossas crianças, senão um dia serão os próprios Bolinhos e Bolinhós os finados que havemos de chorar.

Coimbra está entregue a si própria

Háum ano, os cidadãos de Coimbra acreditaram numa miríade de miríades em promessas, ilusões e cobiça, e deram oportunidade a um Executivo de direita de transformar Coimbra, segundo correligionários, na versão portuguesa de Silicon Valley (área de S. Francisco, na Califórnia, EUA, onde estão instaladas grandes empresas de alta tecnologia), plena de ‘startups’ e incubadoras de empresas na área das indústrias tecnológicas e criativas.

O Executivo eleito para 4 anos afirma que o seu programa é para 8 anos, substituindo-se aos eleitores que em 2025 decidirão, o que significa uma campanha eleitoral contínua, desajustada da necessidade de fazer, por Coimbra, plena de apregoar. Assim se compreende (ou não), a onda de inaugurações e semi inaugurações por este Executivo (que o Executivo socialista projectou, iniciou e realizou), o anúncio de ideias que não passam de ideias sem consistência por ausência de projexto específico para complementar o sistema de mobilidade no concelho, a utilização assoberbada de equipamentos municipais, a profusão de iniciativas externas em simultâneo, sem cronograma diferenciado, perturbadoras da estabilidade dos cidadãos (como no caso do Parque Verde e da frente ribeirinha). Seria de bom tom que o Executivo cumprisse o seu programa, não levantasse obstáculos ao que foi projectado e está em curso, e não alterasse pormenores de lana caprina para dizer que faz diferente, ven-

dendo gato por lebre. Para que não se diga que se trata de maledicência, exemplifiquemos.

O Ageing@Coimbra, consórcio envolvendo 140 organizações, tinha planos para as antigas instalações do Hospital Pediátrico, nomeadamente, uma “loja do cidadão” do idoso, um centro de saúde universitário para ensino e atendimento de 30.000 utentes (um verdadeiro campo da vida alargado), e investigação científica global (hoje prevista no Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento em construção).

O líder do Executivo municipal (que participou no processo), com desplante, afirma que não havia informação no Município sobre projectos para o antigo Hospital Pediátrico envolvendo o Ageing@Coimbra e não havia sinalização de interesse na utilização do edifício para os fins referidos. E porque ignora a proposta socialista de criação de um Conselho Municipal Sénior, com instituições e representantes dos cidadãos?

Enquanto se cancelam realizações como a Feira Cultural, as Mostras de Estátuas Vivas e de Doçaria Conventual e Regional e a Exposição de Espantalhos, o Museu da Ciência e História Natural definha, por desinvestimento, débil manutenção, módulos inoperacionais e sem actualização científica e tecnológica, tendo uma exposição “vulgar”, “reles”, “imprópria” e “descuidada”, assim classificada pelo blogue especializado A.MUSE.ARTE. Onde está a articulação institucional

Câmara / Universidade, que não seja apenas por simpatia?

O progresso traz naturalmente perturbação temporária, a fim de executar obras, delineadas pelo Governo central, como é o caso do Metro Mondego. Mas as instituições locais, como a Câmara, têm a responsabilidade de articular, acompanhar e minimizar os seus efeitos, no tráfego rodoviário e na reorientação do trânsito desordenado na cidade. Enquanto uma prioridade da Polícia Municipal, estabelecida pelo líder do Executivo municipal, é incrementar as multas por estacionamento, e não é assegurar a circulação das vias, as famílias continuarão a passar horas no trânsito para deixar os filhos nas escolas, a perder horas de trabalho e seu prejuízo pessoal, a reduzir a produtividade laboral, a congelar a actividade comercial. E onde estão as intituladas superespecialistas da mobilidade?

Coimbra, que os decisores propalam que é a cidade mais dinâmica do país, está entregue a si própria, com os cidadãos a terem de resolver os problemas comuns, a sofrer por via da incapacidade de quem tudo prometeu, a desacreditar no que acreditaram e no serviço público que podia ser um contributo para a estabilidade de pessoas e bens. Mas nem sempre é. Dentro de 3 anos, e porque o povo tem sempre razão, os cidadãos dirão de sua justiça, com atribuição de mérito ou com manifestação de arrependimento, com louvor à pretensa inovação esgotada ou com reconhecimento mais tardio da dedicação socialista que se renovará.

(*) Médico e vereador do PS na CMC

JOÃO PINHO*

“BIBLIOTECAS ICÓNICAS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE” NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

ABiblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) está, desde hoje (27), a dinamizar o colóquio “Bibliotecas Icónicas da História da Humanidade” que reúne várias instituições internacionais.

O colóquio de dois dias (27 e 28 de Outubro)

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conta com a participação dos directores das Bibliotecas do Mosteiro de Saint Gall, na Suíça, Real Gabinete Português de Leitura, no Brasil, Biblioteca General Histórica da Universidade de Salamanca, Espanha, Trinity College de Dublin, Irlanda e a Biblioteca de Alexandria, no Egipto.

Da programação de “Bibliotecas Icónicas da História da Humanidade” fazem parte diversas conferências como as que se realizaram hoje: “As Sete Moradas do Conhecimento – A Biblioteca da Universidade de Coimbra” - Depois de sete séculos de itinerância pelo país, e agora que

está tão definitivamente instalada em Coimbra, vem a discussão que a biblioteca da Universidade deve começar a pensar na sua oitava morada, para resolver o adiado dilema do esgotamento de espaço físico nos seus actuais dois edifíciosapresentada por A. E. Maia do Amaral que está

desde 1988 na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra; “A Healing Place for the Soul – The Abbey Library of Saint Gall” por Cornel Dora - A Biblioteca abadia de Saint Gall é uma das bibliotecas mais antigas do mundo ainda existente, famosa pela sua colecção única e pela sua maravilhosa sala de biblioteca barroca, na conversa vai considerar-se a situação da biblioteca hoje, incluindo tópicos como a digitalização de manuscritos e formas apropriadas de trazer o valores que ajudaram a moldar estas bibliotecas antigas para o presente e o futuro; “O Real Gabinete Português de Leitura (Rio de Janeiro): há 185 anos, uma biblioteca pujante!” - O Real Gabinete Português de Leitura, criado em 1837, é a mais antiga instituição portuguesa do Brasil, a mais antiga biblioteca da América Latina fundada por emigrantes, em actividade ininterrupta ao longo de seus 185 anos e é a maior biblioteca de livros portugueses fora de Portugal - apresentado por Gilda Santos; “González: Del estacionário al acceso abierto: la Biblioteca Universitaria de Salamanca” - Encarregada de centralizar o património bibliográfico histórico da Universidade e, portanto, responsável pela sua conservação e divulgação - por Margarita Becedas e, “The Old Library at Trinity College Dublin” por Susan Bioletti - A Antiga Biblioteca é uma das grandes bibliotecas do mundo e um edifício

de referência. Esta palestra introduz a biblioteca e as suas características e funções, e toca sobre o futuro para a biblioteca, que está prestes a ser alcançado através o Projecto de Requalificação da Antiga Biblioteca.

A programação segue amanhã, a partir das 9h30, com a apresentação de Hala Omran “Bibliotheca Alexandrina: Reviving the Legacy of the Past for a New Era” - A história da Antiga Biblioteca de Alexandria, e o mistério do seu destino, têm há muito tempo grande fascínio para os leitores.

A sessão de encerramento do evento, com o tema “Uma Biblioteca Universal”, está a cargo do escritor argentino Alberto Manguel - ensaísta, romancista premiado e autor de vários best-sellers internacionais, como Dicionário de Lugares Imaginários, Uma História da Curiosidade, A Biblioteca à Noite, Embalando a Minha Biblioteca e Com Borges e foi director da Biblioteca Nacional da Argentina entre 2016 e 2018. Foi galardoado com o Prémio Formentor das Letras em 2017. Actualmente, vive em Lisboa, onde doou a sua Biblioteca ao Centro de Estudos da História da Leitura.

Esta iniciativa decorre no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra com entrada livre, mediante inscrição através do email bg-eventos@bg.uc.pt ou no formulário https:// forms.gle/o78GoenbsqaFDYt47.

Biblioteca Joanina - biblioteca do século

das Escolas da

Arecuperação

da actividade empresarial no concelho da Figueira da Foz no ano passado foi notória e as 250 maiores empresas alcançaram, em 2021, um volume de negócios total que ascende a 3 mil milhões de euros (3.012.198.298 euros mais concretamente).

Os dados que constam da listagem que publicamos nas páginas X e XI deste caderno, elaborada pela Informa para o “Campeão”, revelam um acréscimo de facturação de 444 milhões em relação ao ano anterior (2020).

Estes valores traduzem bem a dimensão industrial, comercial e de serviços da Figueira da Foz, concelho que consegue ter o valor mais alto de volume de negócios (com 250 empresas) num painel com as 700 maiores empresas dos 17 municípios do distrito de Coimbra.

Num ano em que ainda se fez sentir o efeito da pandemia de covid-19 (ainda sem a guerra na Ucrânia que começou em 2022), o tecido empresarial da Figueira da Foz recuperou e superou o total de volume de negócios de 2,568 mil milhões de euros registado em 2020, que

representou um decréscimo de 419 milhões de euros em relação a 2019.

A fileira das indústrias de celulose, papeleiras e de madeira ocupam os quatro primeiros lugares do ranking das 250 maiores empresas do concelho, com o conjunto do grupo Navigator e do grupo Altri (Celbi) a facturar 1,788 mil milhões de euros, mais 374 milhões de euros do que em 2020.

Este valor total só destes dois grupos empresariais continua a representantar mais de metade do total de volume de negócio de 2021 constante da listagem, ultrapassando essa fasquia em 288 milhões de euros.

O grupo Navigator leva a dianteira com 912,7 milhões de euros, mas o grupo Altri (com a Celbi) está mais próximo com um total de 819,7 milhões de euros.

CELBI EM PRIMEIRO

A novidade deste último exercício económico relativamente a 2021 (as empresas tiveram em 15 de Julho de 2022 o fim do prazo para entrega da informação empresarial) é a subida ao primeiro lugar do

ranking das 250 maiores empresas do concelho da Figueira da Foz por parte da Celbi, com um total de volume de negócios de 509,3 milhões de euros, superando a Navigator Papel Figueira da Foz, que teve 472,5 milhões de euros de facturação, mantendo-se a Navigator Pulp Figueira na terceira posição, com 440,2 milhões.

No 4.º lugar encontra-se a Altri Abastecimento de Madeiras, com um volume de negócios de 310,4 milhões de euros, com o “top cinco” a ter a presença da Lusiaves –Indústria e Comércio Agro-Alimentar, empresa de abate e produção de carnes de aves, sediada na Marinha das Ondas, com 216,5 milhões de euros, mais 18,4 milhões do que no ano anterior.

Na casa do volume de negócios da centena de milhões de euros temos, ainda, a Verallia Portugal, SA (ex-Saint-Gobain Mondego), da Fontela, de fabricação de vidro de embalagens, com uma facturação total de 109,3 milhões de euros, com um crescimento de 3,9 milhões de euros.

Entre os 56,1 milhões de euros e os 39,3 milhões

de euros temos as empresas que fecham o “top 10” das maiores empresas da Figueira da Foz, com a Altri Florestal (subiu para o 7.º lugar), a Cofisa - Conservas de Peixe da Figueira (desceu para o 8.º), a Sorefoz - Electrodomésticos e Equipamentos (que manteve a mesma posição e foi este ano adquirida pelo TESTA Group) e a Microplásticos, que subiu ao 10.º lugar.

Neste volume de negócios destaca-se, também, a empresa Canas - Engenharia e Construção, com sede no Paião, com 36,4 milhões de euros, que já desenvolveu projectos em França, Moçambique, Angola, Uruguai, Chile e Alemanha e de momento a sua presença abrange quatro países: Portugal, França e Moçambique e Tanzânia. A sua actividade abrange redes eléctricas, trabalhos industriais, redes de gás e telecomunicações, de água, infraestruturas em urbanizações e recintos desportivos e de lazer, construção civil geral, de edifícios residenciais, engenharia e concepção de projectos chave-na-mão, levantamentos topográficos, aerofotogramétrico, estudos e projectos, formação e qua-

lificação.

Num volume de negócios que vai das três dezenas de milhões de euros até aos 10 milhões temos 16 empresas, como a United Resins - Produção de Resinas; a Sociedade Bioeléctrica do Mondego de produção de electricidade da Celbi; a Faruni – Farinhas e Proteínas Animal; a Plasfil - Plásticos da Figueira; a Globalkiln - Refractory Campany; a Empresa Figueirense de Pesca; a Hunter Douglas Portugal; a Alfarroxo Trading; a Specialty Minerals. Contam-se ainda conhecidas empresas como a Águas da Figueira, Ernesto Morgado, SFP Online (lotarias e outros jogos de apostas), a Superfoz (Intermarché), a Preceram – Indústria de Construção, a Nova Figueiradis (E.Leclerc) e a JTP - Industrial Service Solutions (actividades de limpeza em edifícios e em equipamentos industriais).

MAIOR EMPREGADORA

A Lusiaves, com sede na Marinha das Ondas, é a maior empregadora do concelho da Figueira da Foz, tendo 1.052 trabalhadores,

mais de metade da segunda empresa, a Navigator Brands, com 504 trabalhadores.

Em termos de emprego é curioso verificar a diferença entre as celuloses, com a Navigator Pulp Figueira a ter 418 trabalhadores, enquanto a Celbi, a que ocupa o primeiro lugar no volume de negócios, tem apenas 286 trabalhadores.

Numa dinâmica actividade empresarial na Figueira da Foz sobressaem duas empresas de trabalho temporário, com a Suporte a apresentar 422 trabalhadores e a Regivir 405. trabalhadores,

Desta listagem das 250 maiores empresas não consta o Hospital Distrital da Figueira da Foz por, segundo a Informa, à data de referência do presente ranking não estarem publicadas as contas de 2021. Se esta justificação é valida para um total de 16 empresas, verifica-se que em relação a outras 14 o volume de negócios de 2021 é inferior ao da empresa que ocupa o lugar 250 desta listagem, enquanto relativamente a uma outra se verificou uma situação de insolvência.

A INDÚSTRIA REPRESENTA

MIL MILHÕES DE EUROS

MAIORES EMPRESAS

transformadora, que inclui valor acrescentado e inovação, é um sector forte no concelho da Figueira da Foz, reflectindo-se num forte peso no volume de negócios: vale 2 mil milhões de euros de um total de 3 mil milhões de euros do total facturado pelas 250 maiores empresas.

Aindústria

São 49 (mais três que no ano anterior) as industrias transformadoras no concelho da Figueira da Foz que estão na listagem (ver páginas X e XI deste caderno), constituindo o segundo maior número, após a liderança, em número, das empresas de comércio retalhista (58).

Conforme se acentuou, a indústria transformadora revela-se muito importante no tecido económico, verificando-se que representa metade das 50 primeiras maiores empresas sediadas no município, quer em termos numéricos quer do valor das vendas. E isto contribui para o desenvolvimento de todos outros sectores, como os serviços empresariais, os transportes e o comércio.

O comércio grossista, que também tem um elevado volume de vendas, está representado na listagem por 23 empresas, menos uma do que o sector dos transportes, com 17 empresas dedicadas às mercadorias, uma aos passageiros, duas outras à organização de transportes, onde o marítimo é preponderante, assim como mais duas ao manuseamento de carga portuária.

TURISMO RECUPERA

Outro sector em destaque na Figueira da Foz é o do turismo, verificando-se que o ano económico de 2020, com a pandemia de covid-19, foi avassalador para esta actividade, com a quebra de facturação, em muitos casos, para menos de metade do que em 2019. Em 2021 iniciou-se a recuperação, com a presença de 13 empresas entre as 250 maiores do concelho, sendo sete restaurantes e seis hotéis.

A actividade económica figueirense revela-se

multifacetada, o que lhe dá uma certa robustez, marcando também presença 14 empresas ligadas à agricultura, produção animal e pesca. Também a construção civil é forte, com 30 empresas (mais cinco do que no ano anterior), englobando a edificação, as instalações eléctricas, pintura e colocação de vidros, assim como de outras instalações e actividades especializadas.

ESQUERDA DO MONDEGO

Realce, ainda, para a presença de seis empresas de actividade imobiliária entre as 250 maiores do concelho, o mesmo acontecendo com 15 empresas de serviços empresariais, mais 11 de serviços gerais, onde se insere também o sector da saúde, seis de energia e ambiente e três (menos duas do que em 2021) de tecnologias de informação e comunicação.

O comércio a retalho leva a dianteira no número de empresas, com um total de 58 estabelecimentos.

O lado sul do concelho da Figueira da Foz, situada na margem esquerda do Mondego, concentra muitas das maiores empresas, a começar pela Navigator, a partir de Lavos, e a Celbi, na Leirosa, com a Marinha das Ondas a destacar-se nestas grandes indústrias, tendo também a Lusiaves.

O grande aglomerado verifica-se no Parque Industrial e Empresarial da Figueira da Foz, localizado na Gala, com 112 hectares e a cinco quilómetros do Porto Comercial. Ali estão 31 das 250 maiores empresas do concelho, o que é de assinalar, com volumes de negócios de milhões de euros, como a Sorefoz, United Resins, Plasfil e Alfarroxo, entre muitas ouras.

O tecido empresarial também está presente em todo o concelho, a começar pela própria cidade da Figueira da Foz, passando pela Marinha das Ondas, Paião, Alqueidão, Vila Verde, Tavarede, Buarcos, Santana, Ferreira-a-Nova, Maiorca, Alhadas, Bom Sucesso e Quaios.

FACTURAM

Sãomais 19 as empresas que entraram no volume de negócios de um milhão de euros, o que representa o acréscimo da actividade económica no concelho da Figueira da Foz, tendo o número total (um milhão e acima) subido de 151, em 2020, para 170, no ano passado, na listagem das 250 maiores, o que é significativo.

Após seis empresas com um volume de negócios na casa das centenas de milhões de euros, o mesmo número do ano anterior, a casa das dezenas tem 20 empresas, mais duas do que no ranking do concelho da Figueira

da Foz relativo a 2020.

Seguem-se 65 empresas entre 9,9 milhões (no lugar 27, a GásprocarComércio de Combustíveis) e 2 milhões de euros (Pontefoz - Constução Civil e Obras Públicas) de facturação, sendo este o patamar mais estreito, depois das “gigantes”, entre as 250 maiores empresas sediadas no município.

São 79 (mais 14 do que em 2020) as empresas que no ano passado estiveram no contingente do volume de facturação de um milhão de euros, desde a Bicatrans - Transportes, com 1,9 milhões de euros, passando pela

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação (1,6 milhões) e terminando com a Carpe Domum - Consultadoria e Mediação Imobiliária.

Apenas com mais uma no total, o patamar abaixo do milhão de euros de volume de negócios tem 80 empresas. A primeira (998 256 euros) é Diagnosticum - Clínica de Diagnóstico da Figueira da Foz, no 171.º lugar da listagem (14 posições abaixo do ranking de 2021, o que denota o aumento da facturação), fechando este elenco a empresa Azenha & Rocha, de construção de

edifícios, com 653.806 euros. Este valor está 59 mil euros acima da empresa que em 2021 estava no final da tabela, o que confirma a subida do colume de negócios.

Segundo a Informa, que elabora a listagem para o “Campeão”, entraram 34 empresas directamente para as 250 maiores do concelho da Figueira da Foz (umas novas, algumas que não tiveram os dados disponíveis em 2021, outras que mudaram a morada fiscal para este município, assim como outras que subiram o volume de negócios).

SECTOR

ALOJAMENTO E RESTAURAÇÃO

RankingEmpresaNegócios (euros)

76Houdon(McDonald's)2,969milhões

83OásisPlaza2,685milhões

151Snack-BarOFernando1,139milhão

158MomentosnoBastidor(JET7.5)1,1milhão

159Sanchez&Sanchez(Emanha)1,1milhão

CONSTRUÇÃO

RankingEmpresaNegócios (euros)

12Canas-EngenhariaeConstrução36,4milhões

15Globalkiln-RefractoryCompany16,1milhões

30Socitop,Unipessoal9,4milhões 33Helenos9milhões

34Constrind8,8milhões

COMÉRCIO GROSSISTA

RankingEmpresaNegócios (euros)

04AltriAbastecimentodeMadeira310,4milhões

09Sorefoz-Electrod.eEquipamentos47,1milhões

41BelchimCropProtectionPortugal6,4milhões

55Ertecna–E.deRevestimentosTécnicos4,5milhões 60Alvamarispeixe3,9milhões

INDÚSTRIA TRANSFORMADORA

RankingEmpresaNegócios (euros)

01CeluloseBeiraIndustrial(Celbi)509,3milhões

02NavigatorPaperFigueira472,5milhões

03NavigatorPulpFigueira440,2milhões

05Lusiaves216,5milhões

06VeralliaPortugal109,3milhões COMÉRCIO A RETALHO

RankingEmpresaNegócios (euros)

23Superfoz(Inermarché)11,8milhões

25NovaFigueiradis(E.Leclerc)10,7milhões

27Gásprocar-ComérciodeCombustíveis8,9milhões

35AVMCosta-CombustíveisePneus8milhões

36Distrilavos-Supermercados7,9milhões

SERVIÇOS EMPRESARIAIS

RankingEmpresaNegócios (euros)

26JTPIndustrialServiceSolutions10,5milhões

32NavigatorBrands9milhões

44Regivir-Trab.TemporárioeFormação6milhões

45Suporte-TrabalhoTemporário5,8milhões

80PaulaMargaridaJordão2,7milhões

TRANSPORTES

RankingEmpresaNegócios (euros)

29Pelichos9,8milhões

38AgênciaMarítimaEurofoz7,1milhões

40Transactor,Logística–T.eServiços6,8milhões

47Foztráfego–AgênciaM.daFigueira5,4milhões

48Operfoz–Op.sdoPortodaFig.daFoz5,4milhões

E OUTROS RECURSOS NATURAIS

RankingEmpresaNegócios (euros)

07AltriFlorestal56,1milhões

18AlfarroxoTrading13,7milhões

64CéliaMarques3,7milhões

71Florestsul3,1milhões

84SimplesmenteMar2,6milhões

DEBATE SOBRE ECONOMIA AZUL REUNIU 16 PAÍSES EUROPEUS

da Foz juntou representantes de 16 países europeus, como a Alemanha, Chipre, Croácia, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia, para além de Portugal, para debaterem projectos da Economia Azul

AFigueira

to no território e perspectivas de financiamento do próximo quadro comunitário.

O seminário internacional, promovido pelo Grupo de Acção Local (GAL) Pescas Mondego Mar, juntou cerca de 140 participantes da União Europeia (EU), mas também da Autoridade de Gestão do programa operacional MAR2020 e da FAMENET - Fisheries and Aquaculture Monitoring, Evaluation and Local Support Network, entidade responsável pelo apoio na implementação do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura.

Em dois dias (19 e 20 deste mês) foram discutidas acções de apoio a investimen-

António Santos, director executivo da Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego (AD ELO) - entidade gestora do Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC Costeiro Pescas Mondego Mar, onde o GAL com o mesmo nome se integra) - explicou que a estratégia “concretiza-se através da realização de acções de apoio ao investimento no território, complementadas com acções de cooperação, internacionalização e abertura ao exterior”.

Possuindo uma área de intervenção que abrange freguesias dos concelhos de Cantanhede, Figueira da Foz, Mira e Montemor-o-Velho, o GAL Pescas Mondego Mar reúne 21 parceiros, entre municípios, associações, entidades públicas e empresas privadas.

Para além do debate, foram também realizadas outras iniciativas como uma mostra de produtos de uma empresa que fabrica fatos de banho “assente em preocupações de sustentabilidade”, concretamente por cerca de 90% das licras “serem produzidas com material reciclável”, ou uma visita ao projecto “Sal Tal Qual”, no Núcleo Museológico do Sal, que incidiu sobre a requalificação de uma salina municipal, um investimento total de mais de 33.000 euros, quase 15.000 dos quais financiados pelo GAL Pescas Mondego Mar.

Foi também possível conhecer projectos da Universidade de Coimbra, concretizados no laboratório Marefoz, localizado na Figueira da Foz, um dos quais, o Algadepur, que passa pela utilização de macroalgas para reduzir o impacto ambiental da aquacultura praticada em zonas de estuário. Este projecto representou um in-

vestimento de quase 209.000 euros, financiado pelo GAL Pescas Mondego Mar em cerca de 85%.

PROJECTOS CONCRETOS

Em destaque estiveram também os projectos: Pescódromo de Lavos - que passou pela reabilitação de salinas e instalações de apoio abandonadas para efeitos de pesca em contexto lúdico e desportivo e produção de pescado para o efeito (investimento de 340 mil euros, financiado em 200.000 euros pelo GAL Pescas Mondego Mar) e Scalesoceans - uma empresa “que começou por fazer pranchas de surf e agora faz moldes para embarcações de alta performance que utilizam, depois, energia solar”, explicou António Santos. O financiamento do GAL Pescas Mondego Mar a esta indústria de equipa-

No seminário foram apresentados projectos da UC, concretizados no laboratório Marefoz

mentos náuticos situou-se nos 167.000 euros, num investimento total de 279.000 euros, revelou o responsável da AD ELO.

Conforme frisou António Santos, “Estes projectos exemplificam o que é o trabalho em torno da economia azul, ter presente a área costeira como um recurso que pode ser capitalizado em postos de trabalho, criação de emprego e dinamização económica, mas que não coloca em causa a sustentabilidade dos recursos”.

Tiago Verdelhos, investigador da Universidade de Coimbra e do laboratório Marefoz, sublinhou que o seminário sobre a economia azul funcionou como “um balanço daquilo que aconteceu e está a acontecer neste fechar de quadro [comunitário de apoio] e para perceber quais as temáticas e estratégias mais importantes [para o futuro], nomeadamente se os financiamentos “se vão dedicar mais à investigação, às empresas ou à interacção entre ambas”.

UMA CAUSA PELO RIO E O MAR

seminário denominado “Economia Azul, Presente e Futuro” o presidente da Câmara da Figueira da Foz , Pedro Santana Lopes, declarou que “a causa que nos une é o mar, é a água”.

Dirigindo-se ao secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, ali presente, o autarca reafirmou que na sua acção coloca “enorme esperança” na criação de um “Hub [eixo] Azul”, na região de Coimbra, por forma a que “esta parcela do país se posicione numa situação de igualdade, comparativamente a outras parcelas territoriais”.

Pedro Santana Lopes fez uma alusão clara às necessidades de intervenção no Porto da Figueira da Foz, cujas “deficientíssimas lacunas” são uma realidade. fazendo também um um apelo à “urgente necessidade de descentralização” para o “tão desejável equilíbrio da distribuição de riquezas”.

O investimento “Hub Azul” enquadra-se na Rede de Infraestruturas para a Economia Azul, da Compo-

nente C10-Mar, integrada na dimensão Transição Climática, que prevê 87 milhões de financiamento na construção de uma economia do mar mais competitiva, coesa e inclusiva, descarbonizada e sustentável, com maior capacidade de aproveitamento das oportunidades decorrentes das transições climática e digital.

No seminário que decorreu no passado dia 19, o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Emílio Torrão, pediu ao Governo que apoie a economia do mar, que “trará mais desenvolvimento económico e qualidade de vida ao território”.

“Apelo ao Governo, aqui representado pelo senhor secretário de Estado do Mar, para que não se limite a ver o mar através de iniciativas sectoriais e fragmentadas, e, principalmente, para que apoiem a economia do mar. E insto a sociedade civil aqui presente a pôr os olhos no potencial e nas oportunidades que o mar nos oferece” - referiu.

Também na sessão de

abertura do seminário “Economia Azul, Presente e Futuro”, que decorreu no Auditório Municipal da Figueira da Foz, Emílio Torrão sublinhou que a economia azul é um elemento central da estratégia de desenvolvimento da região de Coimbra.

“Queremos promover o empreendedorismo, o em-

prego e a inovação, em particular na bioeconomia do mar. Com este objectivo em mente, e com o apoio do Governo, vamos criar um pólo tecnológico e empresarial ligado ao mar, o ‘Hub Atlantic Coast’, que potencie a criação de valor no território, envolvendo entidades da área científica e tecnológica, assim

como os agentes públicos e privados”, explicou.

Ao longo da sua intervenção, o também presidente da Câmara de Montemor-o-Velho destacou a importância de as empresas desta região usufruírem da investigação científica e da inovação criada nas Universidades, para uma economia produti-

A 30 DE OUTUBRO

va, que utilize o potencial do mar para gerar crescimento económico.

“Queremos criar oportunidades promissoras nas áreas da energia renovável de fonte ou localização oceânica, da aquicultura em mar aberto (offshore), da robótica, dos cabos submarinos e da bioeconomia azul, nomeadamente nos produtos para as indústrias têxtil, alimentar, farmacêutica e cosmética”, referiu.

O líder da CIM Região de Coimbra considerou que o mar é um dos mais importantes recursos naturais de Portugal, com um potencial económico que é uma certeza. “Estou certo de que a valorização da importância estratégica do mar deve ser concretizada através de uma gestão sustentada das zonas marítimas, com o propósito de tirar pleno partido das suas potencialidades económicas, sociais e culturais, devendo esta acção pautar-se por uma política abrangente, integrada e de longo prazo”, disse.

A30

de Outubro de 1966 foram inaugurados os dois molhes definidores da entrada da barra, considerados, então, imprescindíveis para criar condições de acesso e abrigo no estuário do Mondego. Dada a sua importância para o desenvolvimento do porto, é nesta data que, desde então, todos os anos se celebra o Dia do Porto da Figueira da Foz.

Durante 2 anos o Dia do Porto da Figueira da Foz foi celebrado em modo digital, por via das condições sanitárias existentes.

Este ano o Porto da Figueira da Foz voltar a celebrar esse dia presencialmente, quer com a comunidade local, quer com os parceiros de negócios do Porto da Figueira da Foz, quer, ainda, com a comunidade escolar do concelho da Figueira da Foz

No dia do seu aniversário, o Porto da Figueira da Foz abre as suas portas à população através de uma visita guiada às áreas do porto, permitindo assim aproximar o seu território e actividade

à região. O itinerário será realizado com o apoio de um autocarro (gratuito) e as inscrições deverão ser efectuadas até dia 27 de Outubro.

O programa é o seguinte:

DIA 30 DE OUTUBRO

10h00 - Visita guiada ao Porto da Figueira da Foz;

17h30 – Concerto no Auditório Municipal da Figueira da Foz com a Orquestra de Jazz da Escola de Jazz do CAE, acompanhada da cantora Cária Maricato;

(Bilhetes ao preço de 2,5 euros à venda na Ticketline, no Museu Municipal e no CAE, com a receita a reverter a favor de um IPSS do concelho da Figueira da Foz).

31 DE OUTUBRO

A Escola vai ao Porto, com visita de alunos do 6.º ano de escolaridade.

2 DE NOVEMBRO

A Escola vai ao Porto, com visita de alunos do 4.º ano de escolaridade.

3 DE NOVEMBRO

Dia da Comunidade Portuária com eventos a ela dedicados;

A Escola vai ao Porto, com visita de alunos do 9.º ano de escolaridade.

4 DE NOVEMBRO

Dia do Colaborador da Administração do Porto da Figueira da Foz.

A criação de um pólo tecnológico e empresarial ligado ao mar é defendido pelo presidente da CIM Região de Coimbra

Aflor de sal é o principal ingrediente de uma linha de cosméticos 100% naturais, criada e produzida por uma empresa familiar da Figueira da Foz, que se apoiou nos ensinamentos sobre plantas medicinais transmitidos por uma avó.

“Muitas pessoas desconhecem as potencialidades do mar, um recurso grátis e infinito. Sou um apaixonado pelo sal, um produto milenar, que me levou a criar soluções diferenciadas para a dermocosmética, assentes na simplicidade”, destaca o mentor da Mondegos Green Company, Jesus Zunzuregui LLombart.

Natural do País Basco, este engenheiro químico, especialista em papel, entrou na “aventura” da criação de um produto “simples e eficaz” em 2011, para satisfazer o pedido de um amigo de Coimbra, que conheceu depois de se ter instalado na Figueira da Foz, em 1991.

“Começou quase por brincadeira, para tentar valorizar o sal, sendo o nosso primeiro produto um exfoliante para os pés. Na primeira feira, vendi cerca de 20 boiões: tudo o que tinha preparado para levar”, recordou.

Às potencialidades do sal juntou os segredos de algumas plantas medicinais e os produtos, todos eles 100% naturais, foram surgindo. A linha de cosméticos conta agora com 24 produtos, sendo sete deles diferentes em termos de aroma, mas todos eles “naturalmente simples” e, acima de tudo, “verdadeiras experiências”.

“Procuramos a felicidade nas coisas simples.

Um equilíbrio na simplicidade”, explicou a filha e gerente da empresa familiar, Itsaso Zunzuregui Urquizu. A jovem de 29

O SAL QUE TEMPERA A 100% OS PRODUTOS NATURAIS

anos, licenciada em marketing e comunicação, chegou há cinco anos a Portugal para ajudar o pai a impulsionar um conceito “diferenciado, natural, simples e eficaz”.

“Não pretendemos produzir em massa, nem ter muitos produtos. Temos sim produtos eficazes e que queremos que cheguem aos clientes consoante as necessidades que têm”, justifica.

De acordo com Itsaso Zunzuregui Urquizu, a mais-valia desta empresa reside no atendimento personalizado que dedicam aos seus clientes, aconselhando-os e orientando-os na escolha dos produtos mais adequados.

FACTURAR

150 MIL

“Não pretendemos impingir nada a ninguém, temos muito respeito pelo dinheiro dos nossos clientes. Mas sabemos que depois de sentirem e cheirarem, vão comprar, gostar e, assim, teremos a fidelização do cliente”, defendeu.

Com a perspectiva de a facturação rondar os 150 mil euros durante 2022, Jesus Zunzuregui LLombart recorda que os dois últimos anos foram de grandes dificuldades, trazidas pela pandemia causada pela covid-19. “Depois da pandemia foi preciso recomeçar, continuar a acreditar nos produtos e procurar o nosso caminho. Mas somos resilientes e esse período acabou por servir para criar novos produtos e para pensar em novas estratégias”, referiu.

A pandemia trouxe uma mudança de mentalidades, que os obrigou a reposicionarem-se perante o mercado. “Foi preciso conjugar o bom que tinha a forma de fazer negócio

no passado, porque o ‘online’ não é para todos. Mas utilizar também as novas ferramentas, fazendo um comércio moderno, sem perder o fator humano”, sustentou.

Actualmente, 90% da produção tem como des-

tino diferentes cidades portuguesas, sendo os restantes produtos vendidos em Espanha e pontualmente na Alemanha e Luxemburgo.

“A nossa grande aposta este ano é o mercado espanhol: Galiza e com foco

em Madrid. Em breve contamos entrar no mercado brasileiro”, revelou.

Também a carteira de produtos irá crescer muito em breve, com o lançamento de um endurecedor para unhas e um creme de contorno de olhos.

“Estamos constantemente a pensar em melhorar e alargar a nossa gama de produtos, em perfeita harmonia com a natureza. O segredo da nossa motivação e criatividade reside sempre na simplicidade”, concluiu.

CONSIGNAÇÕES DAS DRAGAGENS SÃO SINAL POSITIVO PARA O FUTURO

Opresidente

da Câmara da Figueira da Foz refere que os desafios que se colocam ao Porto marítimo da cidade não eram possíveis sem as dragagens na barra, que foram consignadas na passada segunda-feira.

“Os desafios são vários e muitos grandes - na área comercial, piscatória, recreio e lazer -, mas nada é possível sem as dragagens”, sublinhou Santana Lopes, na sede do Porto da Figueira da Foz.

Considerando a consignação das dragagens “um bom augúrio” para o futuro, o autarca desejou à nova Administração, empossada em Setembro, “que este mandato seja o dos portos da Figueira da Foz e Aveiro e não só o de Aveiro”, numa crítica implícita ao que sucedeu anteriormente. Santana Lopes lembrou que, no passado, importantes linhas de produção que procuraram o concelho para se instalar foram desviadas para

outras cidades, nomeadamente para Setúbal, “porque não podiam esperar mais pelas soluções para o porto”.

O presidente da autarquia figueirense falava no encerramento da cerimónia de consignação da empreitada de dragagem de manutenção de fundos do porto da cidade, consignadas a uma empresa dinamarquesa por cerca de 4,5 milhões de euros.

Durante os próximos três anos, a empreitada prevê a dragagem de 1.450.000 metros cúbicos de sedimentos e respectiva imersão em frente à praia da Cova-Gala, na margem esquerda do rio Mondego.

O presidente do Conselho de Administração, Eduardo Feio, salientou que se trata de uma “intervenção importante”, que vai criar “condições para ter um melhor serviço no Porto da Figueira da Foz”.

O administrador frisou que a “segurança é uma preo-

cupação central do Conselho de Administração”, já que o assoreamento da barra provoca problemas de segurança às embarcações.

Para Paulo Mariano, da Direcção da Comunidade Portuária da Figueira da Foz, a empreitada é um “acto importante para a vida portuária de toda a região Centro”, já que o porto também já tem clientes de Castelo Branco.

“A contenção de areias não era mais possível, saturou”, frisou o dirigente, salientando que os inertes estavam a invadir o canal de navegação e era “precisa esta solução”.

Após a consignação, os trabalhos de dragagem devem iniciar-se no prazo máximo de 21 dias, a não ser que as condições marítimas não o permitam.

1,4 MILHÕES

DE M3 DE AREIA

Esta empreitada que pre-

vê a dragagem de 1.450.000 m3 de sedimentos e respectiva imersão em frente à praia da Cova-Gala foi adjudicada pelo valor de 4.495.000 euros (+ IVA) à empresa Rohde Nielsen A/S, com um prazo de execução de 36 meses.

Os trabalhos serão execu-

tados mediante a interpelação que a Administração do Porto da Figueira da Foz dirija ao empreiteiro para cada intervenção, com um mínimo de 100.000m3/cada.

Em situações normais os trabalhos deverão ser iniciados no prazo máximo de

21 dias, contados da interpelação, e em situações de imperiosa urgência esse prazo máximo será de 7 dias.

Os locais a serem dragados são a barra, canal de navegação e bacia de manobras do sector comercial do Porto da Figueira da Foz.

OPorto da Figueira da Foz encerrou o terceiro trimestre a crescer, tendo movimentado, até Setembro, 1.686.422 toneladas, que se traduzem num aumento de 16,9% face ao mesmo período do ano anterior.

“Os granéis sólidos foram a tipologia de carga que mais se destacou, com

um incremento de 39,1%, num total de 833.251 toneladas movimentadas, face ao período homólogo”, refere o Porto da Figueira da Foz.

Ao nível das exportações registaram uma “boa performance”, aumentando 17,3%, durante o período em análise.

Relativamente à carga

contentorizada verificou-se um crescimento de 2,3%, com um total de 16.156 de TEU (um contentor de 40 pés é expresso por 2 TEU) movimentados.

As mercadorias que mais se destacaram, durante este período, foram os produtos de vidro, os sub-produtos de madeira

e os minerais não metálicos, “todos com um crescimento de dois dígitos”.

Até Setembro escalaram o Porto da Figueira da Foz 361 navios, mais 14,6%, face ao período homólogo, registando-se um crescimento de 14,5% na arqueação bruta (GT), concluiu o Porto da Figueira da Foz.

Pedro Santana Lopes destaca os desafios na área comercial, piscatória, recreio e lazer do Porto da Figueira da Foz

LOCALIDADE

ACTIVIDADE

12CELBI,S.A.MARINHADASONDASFabricaçãodepasta286509334540,00

artão(excetocanelado)318472518213,70

44ALTRIABASTECIMENTODEMADEIRA,S.A.MARINHADASONDASComércioporgrossodemadeiraembrutoedeprodutosderivados0310422972,00

55LUSIAVES-INDÚSTRIAECOMÉRCIOAGRO-ALIMENTAR,S.A.MARINHADASONDASAbatedeaves(produçãodecarne)1052216535896,34

66VERALLIAPORTUGAL,S.A.FIGUEIRADAFOZFabricaçãodevidrodeembalagem246109360588,72

78ALTRIFLORESTAL,S.A.MARINHADASONDAS6356145736,00

87COFISA-CONSERVASDEPEIXEDAFIGUEIRA,S.A.FIGUEIRADAFOZConservaçãodeprodutosdapescaedaaquiculturaemazeiteeoutrosóleosvegetaiseoutrosmolhos25350531491,92

99SOREFOZ-ELECTRODOMÉSTICOSEEQUIPAMENTOS,S.A.LAVOSComércioporgrossodeeletrodomésticos,aparelhosderádioedetelevisão6047151203,76

1011MICROPLÁSTICOS,S.A.FIGUEIRADAFOZFabricaçãodeoutrosartigosdeplástico,n.e.24739379479,94

1114UNITEDRESINS-PRODUÇÃODERESINAS,S.A.FIGUEIRADAFOZFabricaçãoderesinososeseusderivados4937814237,43

1210CANAS-ENGENHARIAECONSTRUÇÃO,S.A.PAIÃOInstalaçãoeléctrica42236472848,23

1312SOCIEDADEBIOELÉCTRICADOMONDEGO,S.A.MARINHADASONDASProduçãodeeletricidadedeorigemtérmica033903012,00

14-FARUNI-FARINHASEPROTEÍNAANIMAL,LDALEIRIAFabricaçãodealimentosparaanimaisdecompanhia622961076,51

1515PLASFIL-PLÁSTICOSDAFIGUEIRA,S.A.FIGUEIRADAFOZFabricaçãodeoutroscomponenteseacessóriosparaveículosautomóveis22720397533,53

1620GLOBALKILN-REFRACTORYCOMPANY,S.A.LISBOAOutrasinstalaçõesemconstruções23716177576,81

1717EMPRESAFIGUEIRENSEDEPESCA,LDAFIGUEIRADAFOZSalga,secagemeoutrasatividadesdetransformaçãodeprodutosdapescaeaquicultura4515863064,64

1816HUNTERDOUGLASPORTUGAL,S.A.ALBERGARIA-A-VELHAFabricaçãodeladrilhos,mosaicoseplacasdecerâmica11913966836,54

1922ALFARROXOTRADING,LDAFIGUEIRADAFOZ2613794405,92

2018SPECIALTYMINERALS(PORTUGAL)-ESPECIALIDADESMINERAIS,S.A.LAVOSFabricaçãodeoutrosprodutosquímicosinorgânicosdebase813428469,00

2119ÁGUASDAFIGUEIRA,S.A.FIGUEIRADAFOZCaptaçãoetratamentodeágua9412813291,66 2224ERNESTOMORGADO,S.A.ALQUEIDÃODescasque,branqueamentoeoutrostratamentosdoarroz5812691580,15 23-SFPONLINE,S.A.FIGUEIRADAFOZLotariaseoutrosjogosdeaposta2112419135,15 2421SUPERFOZ-SUPERMERCADOS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhoemsupermercadosehipermercados4711884570,16 25-PRECERAM-INDUSTRIASDECONSTRUÇÃO,S.A.LISBOAFabricaçãodetijolos6510982748,79 2623NOVAFIGUEIRADIS-SOCIEDADEDEDISTRIBUIÇÃO,S.A.FIGUEIRADAFOZComércioaretalhoemsupermercadosehipermercados8110785810,91 2734JTP-INDUSTRIALSERVICESOLUTIONS,LDAFIGUEIRADAFOZOutrasatividadesdelimpezaemedifícioseemequipamentosindustriais27610580097,33 2825GÁSPROCAR-COMÉRCIODECOMBUSTÍVEIS,S.A.LISBOAComércioaretalhodecombustívelparaveículosamotor,emestabelecimentosespecializados269986917,30 2930LITOFISH,LDAFIGUEIRADAFOZCongelaçãodeprodutosdapescaedaaquicultura449953174,93 3026PELICHOS,LDASANTANAFIGTransportesrodoviáriosdemercadorias1019821432,62 3135SOCITOP,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZConstruçãodeestradasepistasdeaeroportos999485527,41 3232CLIPERCERÂMICA,S.A.LAVOSFabricaçãodeladrilhos,mosaicoseplacasdecerâmica1269207502,72 3328NAVIGATORBRANDS,S.A.LAVOSOutrofornecimentoderecursoshumanos5049064426,68 3427HELENOS,S.A.FIGUEIRADAFOZInstalaçãoelétrica1939004546,49 3533CONSTRIND,LDATORRESVEDRASOutrasatividadesespecializadasdeconstruçãodiversas,n.e.1008817562,56 3639A.V.M.COSTA-COMÉRCIODECOMBUSTÍVEISEPNEUS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodecombustívelparaveículosamotor,emestabelecimentosespecializados98030285,73 3736DISTRILAVOS-SUPERMERCADOS,LDALAVOSComércioaretalhoemsupermercadosehipermercados317962527,56 3829MALTHAGLASSRECYCLINGPORTUGAL,LDAFIGUEIRADAFOZValorizaçãoderesíduosnãometálicos237735863,29 3960AGÊNCIAMARÍTIMAEUROFOZ,LDAFIGUEIRADAFOZOrganizaçãodotransporte57121247,07 4031CENTRO-CERRO-EMPRESADECONSTRUÇÃOCIVILEOBRASPÚBLICASS.A.FIGUEIRADAFOZConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)647041530,24

4140TRANSACTORLOGÍSTICA-TRANSPORTESESERVIÇOS,LDAMARINHADASONDASTransportesrodoviáriosdemercadorias186862358,39

4238BELCHIMCROPPROTECTIONPORTUGAL,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRAD

4342PLASTDIVERSITY-COMÉRCIODEARTIGOSDEPLÁSTICO,LDAMARINH

AFOZComércioporgrossodeprodutosquímicos86408236,06

ADASONDASFabricaçãodeoutrosartigosdeplástico,n.e.536381825,37

4437ISOLMONDEGO-INSTALAÇÃOFORNOSINDUSTRIAIS,S.A.LISBOAOutrasatividadesespecializadasdeconstruçãodiversas,n.e.806289818,96

4547REGIVIR-EMPRESADETRABALHOTEMPORÁRIOEFORMAÇÃODEPESSOAL,LDAPAIÃOAtividadesdasempresasdetrabalhotemporário4056014265,87

4661SUPORTE-EMPRESADETRABALHOTEMPORÁRIO,S.A.FIGUEIRADAFOZAtividadesdasempresasdetrabalhotemporário4225867914,12

4741INDÚSTRIADECARNESDAGÂNDARA,LDAMOINHOSDAGÂNDARAAbatedegado(produçãodecarne)395425385,63 4944OPERFOZ-OPERADORESDOPORTODAFIGUEIRADAFOZ,LDAFIGUEIRADAFOZManuseamentodecarga155369120,91

50-GAFIDES-GARMENTFINISHINGANDDISTRIBUTIONEUROPEANSERVICES,S.A.SAMORACORREIAAtividadesdeacabamentodeartigosdevestuário1205357310,00 5149SUBSONIZA,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodecombustívelparaveículosamotor,emestabelecimentosespecializados75318778,52 5253CALDEIRA&CALDEIRA,LDAFIGUEIRADAFOZComérciodeveículosautomóveisligeiros245155746,06 5346TRANSPORTESMARIANO&FILHOS,LDAFIGUEIRADAFOZTransportesrodoviáriosdemercadorias515090540,22 5451POLYMARKPORTUGAL,LDAPAIÃOFabricaçãodetêxteisparausotécnicoeindustrial,n.e.445017919,77 5577MÉTRICAEXEMPLAR,LDAFIGUEIRADAFOZFabricaçãodeoutrosreservatórioserecipientesmetálicos664657591,58 5648ERTECNA-EMPRESADEREVESTIMENTOSTÉCNICOS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioporgrossodeoutrosbensintermédios,n.e.394547533,10 5755LUPABIOLÓGICA-LABORATÓRIOSCOSMÉTICA,S.A.FIGUEIRADAFOZFabricaçãodeperfumes,decosméticosedeprodutosdehigiene594393098,48 5852TRANSNIZA-SOCIEDADEDETRANSPORTES,S.A.FIGUEIRADAFOZTransportesrodoviáriosdemercadorias574384383,03 5950BRIOSA-CONSERVASDEPESCADO,LDAFIGUEIRADAFOZConservaçãodeprodutosdapescaedaaquiculturaemazeiteeoutrosóleosvegetaiseoutrosmolhos624281104,22 6057MAQUITUDO,LDABOMSUCESSOComércioaretalhodelouças,cutelariaedeoutrosartigossimilaresparausodoméstico,emestabelecimentosespecializados214228875,94 6163ALVAMARISPEIXE,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZComércioporgrossodepeixe,crustáceosemoluscos123932359,60 6259FOZBRICO-SOCIEDADEDEDISTRIBUÇÃODEBRICOLAGE,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodematerialdebricolage,equi.sanitário,ladrilhosemateriaissimilares,emestabelecimentosespecializados263845100,85 6358TRANSPORTESFERREIRA&OLIVEIRA,LDASANTANAFIGTransportesrodoviáriosdemercadorias403841108,76 6468VIGIASONDAS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodecombustívelparaveículosamotor,emestabelecimentosespecializados103753640,93 6565CÉLIAMARQUES,UNIPESSOAL,LDAMARINHADASONDAS153728893,45 6664PASCOAL&VENEZA,LDAFERREIRA-A-NOVAOutrasatividadesespecializadasdeconstruçãodiversas,n.e.283475113,74 6772FACHAIMPER,LDAFIGUEIRADAFOZPinturaecolocaçãodevidros383405344,96 6867AZENHA&GONÇALVES,LDASANTANAFIGComérciodeveículosautomóveisligeiros103310776,99 6973SILVAS,S.A.FIGUEIRADAFOZ753278233,65 7069SUNEVER-ENGENHARIA,LDAFERREIRA-A-NOVAConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)353241155,20 7166SOMARO,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodecombustívelparaveículosamotor,emestabelecimentosespecializados163144859,26 72160FLORESTSUL,S.A.MARINHADASONDAS13128589,00 7376SOMISIS-SOCIEDADEDEMANUTENÇÃODESISTEMASINDUSTRIAIS,LDAFIGUEIRADAFOZReparaçãoemanutençãodemáquinaseequipamentos403104032,82 7454DSP-DISTRIBUIÇÃOSPORTSWEARPROMOCIONAL,S.A.PAIÃOComércioporgrossodetêxteis233085452,93 7556ARMINDORUIVO&FILHOS,LDALAVOSFabricaçãodeestruturasdeconstruçõesmetálicas1013073544,50 7675FERNANDOAZENHA&FILHO,LDABOMSUCESSOComércioaretalhodecombustívelparaveículosamotor,emestabelecimentosespecializados83008944,95 7774HOUDON,LDAFIGUEIRADAFOZRestaurantessemserviçodemesa452969442,20

7883MANUELPEDROSAOLIVEIRA&FILHOS,LDABORDADOCAMPOTransportesrodoviáriosdemercadorias222844568,67 7979FARMÁCIASAÚDE,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados182810268,53 8078MARIAMURTA-FARMÁCIA,S.A.FIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados142760389,26

8184PAULAMARGARIDAJORDÃO,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZAtividadesdelimpezageralemedifícios1592707944,50 8286TRANSPORTESJOSÉFERREIRA&ACURCIO,LDABOMSUCESSOTransportesrodoviáriosdemercadorias252700277,75 8385M.F.METALÚRGICAFIGUEIRENSE,LDAFIGUEIRADAFOZFabricaçãodeoutrosprodutosmetálicosdiversos,n.e.602692806,72

açãodeprodutosàbasedecarne202554954,28

alizados142228730,82

NOVAComérciodeoutrosveículosautomóveis42171319,64

denciais)252170621,47

ia(desenvolvimentodeprojetosdeedifícios)22091406,76

esidenciais)782012129,90

viáriosdemercadorias81998861,07

9593GIL&PEDROSA,LDAMARINHADASONDASTransportesrodoviáriosdemercadorias291962976,79

esdeserviçosdeapoioprestadosàsempresas,n.e.391770248,20

es,n.e.181761309,89

NIPESSOAL,LDALAVOSInstalaçãoelétrica501745689,68

os,emestabelecimentosespecializados61715127,30

IGUEIRADAFOZ,E.M.FIGUEIRADAFOZArrendamentodebensimobiliários151697473,26

ica181665289,70

caçãodeoutrasmáquinasdiversasdeusogeral,n.e.191635555,02

rcioporgrossodemáquinaseequipamentos,agrícolas91630566,08

çãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)141625936,97

utrosartigosdeplástico,n.e.301619629,90

ércioporgrossodeoutrosbensintermédios,n.e.71619303,81

DAFIGUEIRADAFOZFabricaçãodeestruturasdeconstruçõesmetálicas251611838,25

ãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)81598586,15

ntos61586091,03

MAIORES EMPRESAS

ACTIVIDADE

FIGUEIRA

izados101406055,70

131237PRISMAS&ESFERAS-ENGENHARIAECONSTRUÇÃO,LDAFIGUEIRADAFOZConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)151388284,16 132128MICROPROJECTOPROJECTOSEENGENHARIA,LDAFIGUEIRADAFOZ511384063,29

133122REISPASCOALFARMÁCIA,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados81328263,06

134139NUNOALEXANDREOLIVEIRALOPES,LDAFIGUEIRADAFOZ101327646,85

135144INTERÁGUA-TECNOLOGIAEGESTÃODAÁGUA,LDALAVOSTratamentodeáguasresiduais131304714,82

136133GRACINDAMANUELAANTUNES-FARMÁCIA,UNIPESSOAL,LDALEIRIAComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados51299317,96

137127LITOGESTE-GESTÃOEINVESTIMENTOS,S.A.FIGUEIRADAFOZArrendamentodebensimobiliários21293480,00

138120A.P.A.-IMPORTAÇÃOEEXPORTAÇÃO,LDAFIGUEIRADAFOZAluguerdeoutrasmáquinaseequipamentos,n.e.81284834,00 139136PAULAGONÇALVESPEREIRA,LDALAVOSComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados81275480,38 140-FAVORITEROUTINES,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZManuseamentodecarga21264457,63

141143MADIFOZFÁBRICADEURNASPAIONENSE,LDAPAIÃOFabricaçãodecaixõesmortuáriosemmadeira301255997,47

142119MANUELSILVABATATA&FILHOS,LDAFERREIRA-A-NOVAOutrasinstalaçõesemconstruções641255325,86

143193HOMELUSA-MEDIAÇÃOIMOBILIÁRIAEMEDIAÇÃODESEGUROS,LDAMARINHADASONDASAtividadesdemediaçãoimobiliária131254985,08

144130FOZ-SOCIEDADECOMERCIALDEMOTOCICLOS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioporgrossoearetalhodemotociclos,desuaspeçaseacessórios61205469,82

145-LICÍNIODEJESUSMANATA&CA.,LDAMARINHADASONDASConstruçãodeoutrasobrasdeengenhariacivil,n.e.01201590,00

146189JOÃOPEDRODOMINGUES,SOCIEDADEUNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZFabricaçãodeportas,janelaseelementossimilaresemmetal151188161,53

147182GRACINEVES-TRANSPORTES,LDAFIGUEIRADAFOZTransportesrodoviáriosdemercadorias111171644,98

148148FOZGLASS,COMÉRCIODEVIDRO,LDAFIGUEIRADAFOZManutençãoereparaçãodeveículosautomóveis161163904,92

149145FARMAIORCA,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados81162221,74

150-FRAGMENTOEMODO,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)201146429,96

151170WERTAUTO,SOCIEDADEUNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZComérciodeveículosautomóveisligeiros31146146,93

152157SNACK-BAROFERNANDO-HOTELARIA,LDAFIGUEIRADAFOZRestaurantescomlugaresaobalcão201139735,95

153167CIL-CLÍNICADEIMAGIOLOGIADALAPA,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZAtividadesdepráticamédicadeclínicaespecializada,emambulatório141139229,05

154-SECOTÉCNICA-EQUIPAMENTOSEMOBILIÁRIOS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeoutrosprodutosnovos,emestabelecimentosespecializados,n.e.91128788,24

155147TAVAREDECAR-CENTRODEMANUTENÇÃODEVEÍCULOS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodepeçaseacessóriosparaveículosautomóveis171126180,18

156146ALNTABACARIAEAGÊNCIADEJOGOS,LDAFIGUEIRADAFOZLotariaseoutrosjogosdeaposta41123590,34

157-NOXYSTER,LDAFIGUEIRADAFOZFabricaçãodeestruturasdeconstruçõesmetálicas81116659,81

158155TRANSPORTESCENTRAISMARINHADASONDAS,LDALOURIÇALTransportesrodoviáriosdemercadorias121116459,57 159224MOMENTOSNOBASTIDOR,LDAFIGUEIRADAFOZRestaurantestipotradicional471111812,51 160166SANCHEZ&SANCHEZ,LDAFIGUEIRADAFOZRestaurantestipotradicional151107717,23 161168CHARMIMÉTODO,UNIPESSOAL,LDABORDADOCAMPOComércioaretalhodemobiliárioeartigosdeiluminação,emestabelecimentosespecializados111101872,99 162149FARMÁCIAAVOPEL,LDABOMSUCESSOComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados81073799,01 16390GYPTECENERGIA,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZProduçãodeeletricidadedeorigemtérmica01055899,14 164156MELODIASDOMAR-TABACARIA,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodetabaco,emestabelecimentosespecializados61054998,13 165181SOMISISIIMANUTENÇÃODEEQUIPAMENTOSINDUSTRIAIS,LDAFIGUEIRADAFOZInstalaçãodemáquinasedeequipamentosindustriais341050393,67 166150PAULAALHINHOMARTINS,UNIPESSOAL,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados81049345,55

167151GRUPOLUSIAVES-SGPS,S.A.MARINHADASONDASAtividadesdassedessociais01047000,00 168153ANAPAULADEOLIVEIRAMELOSANTOS,UNIPESSOAL,LDALAVOSComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados61039139,16 169169MONDEFOZTRANSPORTES,LDAMAIORCATransportesrodoviáriosdemercadorias121037104,01 170187GILDIASSOCIEDADECONSTRUÇÃOCIVIL,LDAFIGUEIRADAFOZConstruçãodeoutrasobrasdeengenhariacivil,n.e.151017982,15 171183CARPEDOMUS-CONSULTADORIAEMEDIAÇÃOIMOBILIÁRIA,LDAESTORILAtividadesdemediaçãoimobiliária71004068,17

172180DIAGNOSTICUM-CLÍNICADEDIAGNÓSTICODAFIGUEIRADAFOZ,LDAFIGUEIRADAFOZOutrasatividadesdesaúdehumana,n.e.26998256,37

173164SIDMOR-SOC.IND.DEDECAPAGEM,METALIZAÇÃOEOFICINADEREPARAÇÕES,LDAFIGUEIRADAFOZTratamentoerevestimentodemetais31987125,96

174176CREDIMÉDIA-CORRETORESDESEGUROS,LDAFIGUEIRADAFOZOutrasatividadesauxiliaresdesegurosefundosdepensões18964162,04 175227HOTELARIADOCABOMONDEGO,LDAFIGUEIRADAFOZHotéiscomrestaurante25958654,57 176161TRANSPORTESCARAVELA,LDAFIGUEIRADAFOZTransportesrodoviáriosdemercadorias8958275,99 177159NUVIPEL-HIGIENEESEGURANÇA,UNIPESSOAL,LDAPAIÃOComércioaretalhoporoutrosmétodos,nãoefetuadoemestabelecimentos,bancas,feirasouunidadesmóveisdevenda6957337,34 178-VELILLAGROUPEUROPE,SL-SUCURSALEMPORTUGALFIGUEIRADAFOZComércioporgrossodevestuárioedeacessórios12956936,97 179186MEGO-INDÚSTRIADEMOLDES,LDAMARINHAGRANDEFabricaçãodemoldesmetálicos19954890,81 180162PECUARIAVIEIRA&JESUS,LDAPAIÃOSuinicultura5951207,87 181178FOZOVO-AGRO-PECUÁRIA,LDAALQUEIDÃOAvicultura3934015,40 182179METALOMECÂNICACURADOS,LDAFIGUEIRADAFOZReparaçãoemanutençãodeprodutosmetálicos(excetomáquinaseequipamento)11927749,00 183196ESTEVES&MARTINS,LDAFIGUEIRADAFOZRestaurantescomlugaresaobalcão21925478,13 184184PISCIARTE-EQUIPAMENTOSPARAPISCINAS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioporgrossodeoutrasmáquinaseequipamentos8924256,74 185158JOSÉFERREIRA&FILHO,LDAFIGUEIRADAFOZ10904891,08 186207FOZCANIS-HOSPITALVETERINÁRIODAFIGUEIRADAFOZ,LDAFIGUEIRADAFOZAtividadesveterinárias19903625,65 187221LUPAHOTEIS-EMPREENDIMENTOSHOTELEIROS,LDAFIGUEIRADAFOZHotéiscomrestaurante30896914,14 188177TABACARIACHOUCO-COMÉRCIODEJORNAISEREVISTAS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodejornais,revistaseartigosdepapelaria,emestabelecimentosespecializados5896489,86 189152FIGUEIRADIS-SOCIEDADEDEDISTRIBUIÇÃO,S.A.FIGUEIRADAFOZArrendamentodebensimobiliários0894805,28 190242CARPIFOZ-CARPINTARIA,LDAFIGUEIRADAFOZ12889094,58 191172FARMÁCIANOVADASALHADAS,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados4888088,42 192190JOSÉFIGUEIREDOUNIPESSOAL,LDAFERREIRA-A-NOVAComércioporgrossodemadeiraembrutoedeprodutosderivados4883644,03 193204MAMUTE,LDAFIGUEIRADAFOZConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)18879279,85 194243CARLOSSANTIAGO,CLÍNICAMÉDICAEDENTÁRIA,LDAFIGUEIRADAFOZAtividadesdemedicinadentáriaeodontologia10865525,75 195212ITGLEE-CONSULTADORIAINFORMÁTICA,LDAFIGUEIRADAFOZAtividadesdeconsultoriaeminformática13862409,28 196134AUGUSTUS-INDÚSTRIADEEQUIPAMENTOS,LDAFIGUEIRADAFOZ18843864,97 197-ADVANTAGEVOLUTION,LDAFIGUEIRADAFOZ2843176,43 198142TREVO-COMÉRCIOESERVIÇOSDETABACARIAEPAPELARIA,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodetabaco,emestabelecimentosespecializados4837839,38 199247POTENTIALPUZZLESERVIÇOSMÉDICOS,LDAFIGUEIRADAFOZOutrasatividadesdesaúdehumana,n.e.11833439,65 200205OBVIDELIRIUM,LDAPAIÃOComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados3833081,80 201-MJS&MARINOASSESSORIAECONSULTORIA,LDAFIGUEIRADAFOZOutrasatividadesdeconsultoriaparaosnegócioseagestão2829153,66 202218JOSÉMANUELRAMOSRODRIGUES,LDAFIGUEIRADAFOZAtividadesdepráticamédicadeclínicageral,emambulatório2826509,95 203219TISEM,LDAFIGUEIRADAFOZ14826152,34 204201FOZTUBO-MATERIAISDECONSTRUÇÃO,LDAFIGUEIRADAFOZComércioporgrossodemateriaisdeconstrução(excetomadeira)eequipamentosanitário5819538,30 205203FERFIL-SOCIEDADECOMERCIALDEREPRESENTAÇÃODEFECHOSDECORRER,LDAFIGUEIRADAFOZComércioporgrossonãoespecializado5817935,84 206226GALERIATORREDEANTO-ARTEEANTIGUIDADES,LDAFIGUEIRADAFOZComércioaretalhodeartigosemsegundamão,emestabelecimentosespecializados4814968,75

hodecarneeprodutosàbasedecarne,emestabelecimentosespecializados6808003,33

áriosdemercadorias18801037,86

afés28796311,89

ifícios(residenciaisenãoresidenciais)10791095,24

ntosespecializados5790535,39

abelecimentosespecializados4789998,52

uminação,emestabelecimentosespecializados5789908,63

oaretalhodemobiliárioeartigosdeiluminação,emestabelecimentosespecializados9766196,30

ioaretalhoemsupermercadosehipermercados7745320,52

utrosestabelecimentosnãoesp.,compredominânciadeprodutosalimentares,bebidasoutabaco5742188,63

essão12723868,69

osdedesporto3708157,30

ormática9688617,33

243163IRMÃOSPAISALVES,LDABOMSUCESSOComércioporgrossodealimentosparaanimais2680730,02

esrodoviáriosdemercadorias9671912,54

riosdemercadorias9666727,63

ividadesdemedicinadentáriaeodontologia6664136,04

AFIGUEIRADAFOZInstalaçãoelétrica23656779,51

denciais)7653806,43 Estalistagemfoielaboradapelaempresa,sediadaemLisboa(EdifícioAtriumSaldanha,PraçaDuquedeSaldanha,1-3A,1050-094Lisboa,Tel.:213500300,www.informadb.pt,E-mail:vipclientes@informadb.pt),comquem trabalhamosháváriosanos.Osdadosrespeitamaoanoeconómicode2021.Eventuaisimprecisões,dequenospenitenciamosdesdejá,nãosão,pois,danossaresponsabilidadedirecta.

DESENVOLVIMENTO

INCUBADORA COM VOCAÇÃO PARA O MAR E A INDÚSTRIA

AIncubadora de Empresas da Figueira da Foz (IEFF), associação para o desenvolvimento empresarial, é uma entidade sem fins lucrativos, constituída a 26 de Novembro de 2002, que veio contribuir para o desenvolvimento e inovação do tecido empresarial do concelho da Figueira da Foz.

Sob a gestão da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF), a actividade da Incubadora iniciou-se em Outubro de 2006 como consequência de uma parceria estratégica entre a ACIFF e o Município da Figueira da Foz, tendo sido colocada no Parque Industrial e Empresarial na Gala.

Ao longo da sua actividade têm apoiado empreendedores, desenvolvido acções de promoção e divulgação e têm, também, estabelecido protocolos e parcerias com o objectivo de criar um ecossistema empreendedor estruturado para a Figueira da Foz.

Em 2017 e 2018 respectivamente, a Universidade de Coimbra e a Administração do Porto da Figueira da Foz tornaram-se associados da IEFF, na

sequência de um processo de especialização, desencadeado pela instalação do Laboratório Marefoz dentro da Incubadora. Por esta altura, foi alterada a designação para Incubadora do Mar&Indústria da Figueira da Foz, reforçando o foco estratégico na Economia Azul.

A Incubadora do Mar&Indústria pretende conjugar a vertente industrial com a economia do mar, tendo em conta o potencial estratégico deste recurso natural no território em que estão inseridos.

A actividade da IEFF desenvolve-se no apoio à constituição, instalação e desenvolvimento de ideias empreendedoras associadas a sectores dinâmicos da Economia Azul e a novas empresas de base tecnológica e/ou industrial, proporcionando-lhes condições técnicas e físicas para o seu crescimento sustentável.

ACOMPANHADAS

MAIS DE 60 EMPRESAS

A Incubadora tem disponibilizado aos empreendedores um Programa de Incubação que inclui o acolhimento em insta-

lações físicas - módulos de serviços, de indústria e cowork, associado a um conjunto de serviços de apoio ao desenvolvimento da ideia de negócio.

O edifício da IEFF disponibiliza aos potenciais incubados salas de formação, de reunião e um auditório com capacidade para 170 pessoas. O edifício, e as suas valências, estão disponíveis não só às empresas instaladas, mas também ao tecido empresarial presente no Parque Industrial e Empresarial, assim como às restantes empresas da região.

Tendo já acompanhado mais de 60 empresas nestes 16 anos de actividade, entre as quais a United Resins, a Constrind, a Scales Oceans, empresas sólidas no concelho que posteriormente se instalaram no Parque Industrial, a Incubadora do Mar&Indústria apresentava, em final de 2021, uma taxa de ocupação na ordem dos 87% com um total de 12 entidades em incubação física, que ocupavam cerca de 21 dos 24 módulos existentes, oito empresas em regime de incubação virtual e uma incubação em regime cowork.

Neste momento estão incubadas fisicamente 14 empresas, das mais variadas áreas de negócios, que têm espaço próprio nas instalações e não estão sujeitas a horário.

Virtualmente são nove as empresas incubadas, não têm espaço físico nas instalações, mas podem usar os espaços conforme necessário. As empresas em ambiente de cowork partilham uma sala com outras empresas podendo usufruir de alguns espaços nas nossas instalações, estando três nesta modalidade.

QUATRO PROJECTOS

O trabalho da Incubadora não se esgota no apoio logístico e vai mais

além, tendo a decorrer quatro projectos de âmbito O empresarial (JOBS - Jump Over to Business Startuptem como objectivo capacitar startups e empreendedores com as capacidades e contactos necessários à aceleração da sua entrada no mercado, partindo dos recursos e redes acessíveis através dos seus membros, ao nível do pós aceleração).

O projecto educacional (bLueTIDE - Investigadores do MARE, Centro de Ciências do Mar e do Ambiente dá a conhecer a biodiversidade nas zonas entremarés, a alunos e professores do 1.º ciclo do ensino básico, lançando desafios a Escolas Azuis do litoral e escolas não-Azuis de zonas não costeiras.

O projecto profissional (Gabinete de Inserção Profissional - GIP IEFF - o IEFP dispõe de uma rede de Gabinetes de Inserção Profissional (GIP) promovidos por entidades públicas e privadas sem fins lucrativos credenciadas para prestar apoio a jovens e adultos desempregados no seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho).

O projecto social (Microninho ISI) pretende apoiar agregados familiares do concelho da Figueira da Foz na criação de projectos de vida alternativos e sustentáveis, através da inclusão social, pela promoção do emprego e do micro-empreendedorismo inclusivo.

Conhecer as espécies que estão a ser pescadas pela arte xávega; saber como criar ouriços-do-mar; usar redes de pesca biodegradáveis; utilizar algas como depuração de efluentes; certificar bivalves e plantas com salicórnia. Estes são apenas alguns dos 25 projectos desenvolvidos pela Universidade de Coimbra, que passou a ter o mar também como vocação estratégica.

O UC MAR é a a demonstração da capacidade da Universidade de Coimbra na qualificação das ac-

tividades económicas associadas ao sector, através da criação de novos produtos e serviços resultantes de actividades de investigação e desenvolvimento.

A transferência de conhecimento ao serviço da economia do mar tem sido uma boa onda da Universidade de Coimbra, quer nos laboratórios no Pólo II, quer no MareFoz instalado na Incubadora de Empresas da Figueira da Foz, quer no meio aquático onde se faz investigação.

Através de projectos desenvolvidos, o UC MAR

está a croncretizar, junto da sociedade, o conhecimento e tecnologia adquiridos para fomentar, de uma forma sustentável, o desenvolvimento científico, económico, social e cultural, na área da Economia Azul e da Economia do Mar.

OS LABORATÓRIOS

O trabalho desenvolvido no âmbito do UC MAR faz-se no Marine Research Lab, integrado no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra. Trata-se de um

grupo multidisciplinar que foca a sua investigação no estudo da vida marinha, actuando em áreas como a biodiversidade, as alterações climáticas, a pescas, a aquacultura, a ecotoxicologia e a saúde humana.

O laboratório MarFoz é a infraestrutura do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente que, através da Universidade de Coimbra, aposta numa presença permanente no Município da Figueira da Foz, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região, científico,

económico, social e cultural. Através da transferência de resultados de I&D, fomenta o relacionamento com as empresas e com o mercado, no sentido de garantir capacidade de afirmação nacional e internacional da investigação científica da UC.

Existe ainda o “Centre for Functional EcologyScience for People & the Planet” (CFE), a unidade I&D alojada no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra que reúne investigadores de todos os domí-

nios da ecologia e ciências do território, integrando conhecimento desde os genes aos biomas, com o objectivo de estudar os mecanismos responsáveis pela manutenção da biodiversidade e pela composição, estrutura e funcionamento das comunidades biológicas e ecossistemas. O CFE apresenta um forte compromisso com a transferência de conhecimento para o público em geral e para o sector produtivo, com ênfase na sustentabilidade dos territórios e bem-estar das comunidades locais.

A Incubadora sob gestão da ACIFF tem como associados a Câmara Municipal, o Porto da Figueira da Foz e a Universidade de Coimbra

ACIFF

AAssociação Co-

mercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF), fundada em Maio de 1935 com 23 sócios, foi a terceira associação comercial do país, com a de Lisboa a ser a primeira, seguida pelo Porto.

A criação desta associação deveu-se à sua localização privilegiada, tanto em terra como em mar e ao facto de possuir um porto marítimo que funcionava como principal via de comunicação. Por este motivo, o melhoramento do porto foi sempre um dos seus principais objectivos.

Actualmente o universo associativo desta Associação traduz-se em cerca de 1.000 associados que estão representados na Direcção por um conjunto de empresas com um volume de facturação superior a 1.100 milhões de euros, empregando mais de 3.500 trabalhadores.

Nos últimos três anos a Associação registou cerca de 180 novos associados, com especial destaque para o Turismo e sector de Serviços.

A base da actuação da ACIFF centra-se na actividade de apoio às empresas nas mais diversas áreas: organização de planos de formação para as empresas; dinamização de projectos de formação financiada para activos; prestação de serviços às empresas associadas de Saúde e Segurança no Trabalho e Higiene e Segurança Alimentar; apoio jurídico,; apoio ao empreendedorismo e à criação de empresas; divulgação de informação e legislação relevante para o exercício da actividade; promoção de networking; informação sobre sistemas de incentivos e apoio ao investimento; e projectos de criação do próprio emprego.

ANOS AO SERVIÇO

PROJECTOS EM CURSO

A ACIFF encontra-se a desenvolver os seguintes projectos:

INOVSEA - Projecto que visa valorizar o potencial económico dos recursos do mar no Minho e Litoral Centro;

Projectos de formação-acção QIPME e Melhor Turismo que visam intensificar a formação dos empresários e gestores para a reorganização e melhoria das capacidades de gestão:

Formação Modular Certificada com vista ao desenvolvimento de competências da população activa (50 acções de formação, 800 participantes, 24.000 horas de formação);

Centro Qualifica – formação para adultos com o objectivo de elevar as qualificações escolares;

PLA - Português Língua de Acolhimento - acções de formação em língua portu-

guesa e português técnico para estrangeiros;

CEI - Crescer, empreender e Inovar - Pretende potenciar o surgimento de novas empresas com uma forte componente de inovação e potencial de crescimento, através da qualificação e desenvolvimento de competências dos empreendedores.

Além dos projectos acima mencionados a ACIFF pretende dar continuidade ao INOVSEA e à implementação do seu plano de acção focado na economia azul, continuar a desenvolver iniciativas que promovam as competências dos empresários (formação) e, também, apostar no apoio às empresas na área digital, nesse sentido fazem parte do consorcio da Aceleradora Digital para a Região de Coimbra.

DEFESA DAS EMPRESAS

O principal objectivo da

Associação é manter o seu contributo na defesa dos interesses dos seus associados e do desenvolvimento económico e social da Figueira da Foz.

Após dois anos em que as empresas viram a sua actividade fortemente afectada pelos efeitos da pandemia e da crise económica associada, o ano de 2022 fica marcado pelos efeitos da guerra da Ucrânia, o aumento dos combustíveis, aumento da inflação, perda de poder de compra dos consumidores e pela falta de mão de obra.

Neste sentido, a ACIFF, juntamente com as instituições a que pertence – Conselho Empresarial da Região de Coimbra, Confederação de Comércio e Serviços de Portugal e o Conselho Empresarial do Centro –, tem defendido os interesses das empresas junto do Estado e outros organismos públicos, para que possam ser criadas

medidas de apoio às empresas que ajudem a minimizar as dificuldades e os constrangimentos económicos das empresas, para que estas possam dar continuidade aos seus negócios e manter os postos de trabalho.

A ACIFF é igualmente associado fundador e entidade gestora da Incubadora de Mar&Indústria da Figueira da Foz, que disponibiliza um conjunto de serviços de suporte aos empreendedores, tais como: espaços para instalação; infra-estruturas e ferramentas que permitem testar os modelos de negócio nas áreas da Economia do Mar; apoio de mentores especializados; apoio na definição do plano de negócios e acompanhamento na gestão operacional; serviços de design e marketing; promoção da ligação entre o meio científico e a comunidade; e desenvolvimento de iniciativas de estímulo ao empreendedorismo.

CELBI COM SISTEMA ÚNICO NO MUNDO PARA PRODUZIR MAIS PASTA DE PAPEL

ano, a

biorrefinaria do grupo Altri, anunciou a implementação de um sistema único no mundo que aumenta a eficiência na produção de pasta de papel e permite reforçar a capacidade de produção diária em cerca de 2,5%.

A Celbi explicou que se trata de um sistema optimizado desenvolvido pela Andritz, que foi implementado no processo de cozimento de madeira da sua unidade de Leirosa, Figueira da Foz.

“Já em funcionamento, este novo sistema vem aumentar ainda mais a eficiência desta unidade, permitindo à Altri reforçar a sua capacidade de produção diária em cerca de 2,5%”, apontou a empresa.

Segundo a Celbi, “esta tecnologia vem permitir recuperar desperdícios finos resultantes do processo de conversão da madeira, garantindo o uso da totalidade da matéria-prima e maximizando a

rentabilidade do processo”.

A Celbi produz cerca de 800.000 toneladas de pasta de papel por ano, a partir de eucalipto, indicada para papel fino para impressão, para laminados decorativos, de uso doméstico e de embalagem.

No seu conjunto, Celbi, Biotek e Caima - as três unidades de produção de pasta do grupo Altri - registaram um ‘recorde’ absoluto de produção e vendas nos primeiros nove meses de 2021, tendo produzido 865.900 toneladas de fibras celulósicas, o que corresponde a um aumento de 4,5% face ao mesmo período de 2020.

Naquele período, as vendas cresceram 7%, para 884.500 toneladas, sendo 86% para mercados externos.

VECTORES ESTRATÉGICOS

A Altri definiu quatro vectores estratégicos de desenvolvimento futuro em que se centrará a sua actividade,

A

bem como a definição dos seus investimentos. Desenvolver e valorizar a Floresta, apostar na excelência operacional e na inovação tecnológica, valorizar as pessoas e afirmar a sustentabilidade como factor de competitividade constituem os eixos definidos.

Entre os objectivos de-

finidos no “Compromisso 2030” estão a redução do uso de água em 50%, ou seja atingir em 2030, o uso de apenas 10 m3 de água por tonelada de pasta produzida, reduzindo igualmente a carga orgânica nos seus efluentes industriais em 60%. No contexto do consumo de energia, o objectivo passa por

aumentar em 60% a injecção de energia renovável na rede eléctrica nacional, atingindo os 1000 GWh, e alcançando os 100% de energia renovável no consumo primário de energia nas suas unidades industriais.

Ao nível dos resíduos, o objectivo da companhia passa por ter 100% dos residuais

processuais valorizados ou reutilizados, pela redução de 60% das emissões específicas de Gases de Efeito de Estufa (GEE) e reduzir ainda em 30% as emissões de âmbito 3 (kgCO2/tSA).

No que diz respeito à floresta e à madeira, a Altri estabeleceu igualmente objectivos ambiciosos, tendo em conta que tem sob gestão mais de 86 mil hectares de floresta. Assim, em 2030, a empresa quer aumentar em 40% a percentagem de consumo de madeira com certificação, atingindo nesse ano a meta de 80%, bem como duplicar para 16.000 hectares a área sob gestão destinada à conservação e desenvolver 13 estações de biodiversidade e biospots.

No que diz respeito às pessoas e à diversidade, a Companhia estabelecer como meta duplicar o número de mulheres em funções de liderança e caminhar no sentido de atingir zero acidentes com dias perdidos.

ATheNavigator Company recebeu a aprovação das suas metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) por parte da Science Based Targets Initiative (SBTi), organização global reconhecida internacionalmente para a avaliação das iniciativas das empresas rumo a uma economia de baixo carbono.

A SBTi elogiou as “metas ambiciosas” propostas pela Empresa no início deste ano, pouco depois da sua adesão, e sublinhou o con-

tributo da Navigator para alcançar os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris de não ultrapassar o aumento de temperatura de 1,5°C, atualmente a designação mais ambiciosa no âmbito do processo de aprovação por esta organização.

Assumindo um papel activo na procura de soluções para o desafio climático, a Navigator compromete-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (âmbitos 1 e 2, referentes às emissões libertadas para a atmosfera como resultado

directo das suas operações, bem como das emissões indirectas provenientes da energia eléctrica adquirida para uso da Empresa) em 63% até 2035, face a 2020.

A The Navigator Company está igualmente empenhada em diminuir as emissões de âmbito 3 (que ocorrem na cadeia de valor) em 37,5%, um importante passo no combate às alterações climáticas, em linha com a limitação do aumento de temperatura a níveis bem abaixo de 2°C.

A Empresa congratula-se com a aprovação das suas metas baseadas na ciência climática, que foram consideradas pela SBTi como um “elemento-chave” para uma trajetória de descarbonização net-zero, tal como preconizado no relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) com vista a alcançar

emissões líquidas nulas em meados do século.

“Ao antecipar o prazo de dois anos estipulado para a apresentação de limites de redução de emissões de gases com efeito de estufa com base na mais actual ciência climática, e ao contrário do que tem sido feito pela generalidade das empresas, a Navigator demonstra, mais uma vez, o seu compromisso claro de contribuir para uma sociedade de baixo carbono e em ser uma bioindústria no lado certo do futuro”, refere a empresa.

A Navigator recorda que se tornou “a primeira empresa portuguesa, e uma das primeiras a nível mundial, a definir o ambicioso compromisso de antecipar em 15 anos a neutralidade carbónica dos seus complexos industriais, um objectivo para o qual alocou um investimento de mais de 200

milhões de euros, parte dos quais já executado com a construção de uma Caldeira a Biomassa na Figueira da Foz e outra parte candidatado à componente da Descarbonização na Indústria do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, que permitirá atingir no final de 2026 as metas propostas inicialmente no Roteiro de Descarbonização para final de 2029”.

O plano de investimentos da The Navigator Company é também fortemente orientado pelo cumprimento dos compromissos da Agenda 2030, com destaque para os projetos integrados no Roteiro de Descarbonização.

Com um Propósito corporativo e a Agenda de Gestão Responsável 2030 alinhados com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, a

estratégia da Navigator está assente num forte investimento para desenvolver bioprodutos sustentáveis, reduzindo a dependência dos recursos fósseis e promovendo a descarbonização da economia.

Criada em 2015, a Science Based Targets initiative é uma organização global, que integra o CDP (Disclosure Insight Action), a United Nations Global Compact (UNGC), o World Resources Institute (WRI) e o World Wide Fund for Nature (WWF), com o objectivo de mobilizar o sector privado a assumir um papel de liderança no âmbito das alterações climáticas. Para cumprir este desígnio, desenvolveu abordagens de cálculo de metas de redução de GEE com base em dados científicos, designadas como “Science Based Targets”.

Já conhece o Ecolabel?

Apreocupação com as questões ambientais está cada vez mais presente na hora de decidir que produtos comprar. O Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE) garante aos consumidores que o produto ou serviço que escolhe, preenche critérios ambientais rigorosos. Mas afinal qual é o impacte do REUE para o ambiente?

O REUE ajuda a promover a transição para a economia circular, onde os resíduos são praticamente eliminados e os recursos são continuamente reutilizados e reciclados. Para utilizar o rótulo, os fabricantes devem produzir bens que duram mais tempo, sejam mais fáceis de reparar ou reciclar. O processo de produção deve depender de menos recursos e gerar menos resíduos e CO2 do que o fabrico convencional;

Ao escolher produtos com o rótulo ecológico europeu, reduz a exposição das pessoas e do ambiente a produtos químicos tóxicos. Sempre que for tecnicamente possível, os fabricantes devem substituir as substâncias perigosas por alternativas mais seguras;

O REUE pressiona os fabricantes a fazerem um esforço extra. Só os produtos que têm um

desempenho melhor do que exigido pela legislação podem suportar o rótulo;

O REUE é uma referência para as empresas que pretendem melhorar os seus produtos, mesmo que não se candidatem ao mesmo. Desempenha um papel importante na política de produtos da UE enquanto instrumento de inovação e competitividade no mercado;

Os critérios do REUE são muitas vezes utilizados em mecanismos concursais de contratação pública, a nível ecológico. Este tipo de mecanismos procura reduzir os impactes ambientais negativos causados pela aquisição de bens, serviços e obras com base na contribuição fiscal dos cidadãos. As empresas podem também tornar os seus contratos públicos mais ecológicos, ao utilizar o Rótulo Ecológico da UE.

Opte por produtos com o Rótulo Ecológico Europeu na próxima ida às compras!

DECO CENTRO

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Câmara de Coimbra diz que MetroBus tem efeito de 750 mil árvores

OMetroBus em implementação em Coimbra, um sistema de mobilidade com base em veículos eléctricos, que é o primeiro BRT (Bus Rapid Transit) em Portugal, vai trazer um enorme benefício para o ambiente e para a mobilidade em Coimbra e região. Prevê-se que no primeiro ano de funcionamento permita uma poupança de 2.572 toneladas de equivalente de petróleo (tep) em energia e uma redução de cerca de 20.000 toneladas de emissões de CO2. Este valor equivale ao efeito poupador de dióxido de carbono, por ano, de cerca de 750.000 árvores.

Estes dados foram avançados pelo presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, presente no debate promovido pela Coimbra Coolectiva, com o mote “SOS Árvores: Coimbra precisa de Reforma”. “Não nos podemos alhear do efeito do MetroBus para o ambiente”, alertou José Manuel Silva. “O MetroBus, por ser um meio de deslocação eléctrico, vai evitar, por ano, a produção de cerca de 20.000 toneladas de dióxido de carbono”, explicitou o autarca. “E isso é um efeito extraordinariamente positivo no combate ao efeito de estufa, que está a afectar completamente o clima”, salientou. “Se fizermos um cálculo, por cima, à capacidade de retenção de dióxido de carbono por cada árvore por ano, facilmente concluímos que a implementação do MetroBus eléctrico em Coimbra vai ter um efeito poupador de dióxido de carbono, por ano, semelhante ao efeito de 750.000 árvores”. Pôr em causa o projecto do MetroBus, como alguns pretendem fazer, “é atentar contra o meio ambiente”.

“Estamos todos de acordo sobre a enorme importância das árvores e para todos nós é oneroso cortar árvores”, esclareceu ainda José Manuel Silva, em vários momentos do debate. No entanto, o autarca explicou que a instalação de um novo modo de transporte, em via dedicada, num ambiente urbano consolidado, “obriga a obras de transformação e de adaptação do espaço público”.

“Coimbra, com os seus múltiplos e bem conhecidos parques, é uma cidade verde e que oferece uma enorme qualidade de vida”, justiçou o autarca ao acrescentar que 48% da área do concelho é área florestal. José Manuel Silva recordou ainda, em diversos momentos que, por cada árvore cortada por causa do MetroBus vão ser plantadas três novas árvores, o que se traduz no aumento significativo da capacidade de retenção de CO2, do sombreamento e refrescamento.

O presidente da CM de Coimbra destacou ainda o “diálogo construtivo com a Metro Mondego e com as Infraestruturas de Portugal”, que tem permitido algumas melhorias significativas

introduzidas por este Executivo. “Herdámos este projecto aprovado pelo executivo anterior”, recordou José Manuel Silva. “Felizmente conseguimos introduzir um conjunto significativo de melhorias ao projecto, mas não é possível alterar o traçado do canal já em obra, sob risco de perda do financiamento aprovado”, esclareceu o autarca.

José Manuel Silva salientou ainda que o número de árvores a cortar será bem menor do que aquele que tem sido referido, uma vez que está a ser feita uma análise, entre a CM de Coimbra e a MM, “árvore a árvore”. Esta estratégia de mitigação já teve efeitos práticos, por exemplo, no Parque da Solum, onde se previa cortar as 20 árvores existentes, que não só vão ser todas mantidas, como a estrutura arbórea será reforçada com a plantação de 15 novas árvores. Também na Avenida Emídio Navarro, onde foram abatidos cinco plátanos, só dois dos quais centenários, vão ser plantadas 43 novas árvores, ao logo do passeio estabelecendo uma nova cortina de verde frondosa que dominará visualmente a avenida. Todas estas opções vão “garantir um futuro mais verde para Coimbra”, justificou José Manuel Silva.

Estas opções estão, naturalmente, em linha com a estratégia verde do actual Executivo Camarário, comprovadas, entre outras medidas, na adesão ao Pacto de Autarcas, na pedonalização da Avenida Aeminium, na criação de um Departamento de Ambiente, na criação da Rede Municipal de Micro-Reservas para a Conservação da Natureza e Biodiversidade e na plantação de centenas de árvores (Plano Municipal de Arborização 2022).

Metro Mondego está a revisitar projecto para reduzir árvores a abater em Coimbra

AMetro Mondego está a revisitar, juntamente com a Câmara de Coimbra, o projecto paisagístico da empreitada da Linha do Hospital para tentar reduzir o número de árvores a abater, afirmou hoje o presidente daquela entidade.

“A única coisa que ainda está a ser estabilizada é o projecto paisagístico da Linha do Hospital. Estamos a fazer uma revisitação desse projecto de paisagismo, para termos a capacidade de reduzir o número de árvores intervencionadas”, disse o presidente da Metro Mondego, João Marrana, que participava na conversa “SOS Árvores: Coimbra precisa de reforma?”, dinamizada pelo jornal local Coimbra Coolectiva.

O debate surge após uma onde de protestos e críticas à Câmara de Coimbra e à Metro Mondego (MM), após o abate de plátanos centenários na Avenida Emídio Navarro, no âmbito da empreitada de construção do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).

Já sobre o plano de arborização acordado entre a Câmara e a MM, em que se compromete a plantar três árvores por cada uma abatida, o responsável realçou que espera adjudicar uma primeira fase do plano de plantação “na próxima semana”.

“Gostaríamos de receber os contributos dos cidadãos de onde poderíamos fazer a plantação das árvores e de que espécies”, vincou.

Também o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, salientou o diálogo que tem havido entre o município e a MM, referindo que já foi evitado “o corte de uma série de árvores”, sem especificar.

“Vamos analisar árvore a árvore, à medida que o projecto vai progredindo”, disse o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/ Aliança/RIR e Volt), realçando que o novo executivo assumiu funções com o projecto “já aprovado e em obra”, estando “a fazer o que é possível”. Apesar disso, José Manuel Silva sublinhou a importância do SMM avançar, “um projecto amigo do ambiente” (contempla a utilização de autocarros eléctricos em via dedicada).

Também a participar na conversa, o biólogo da Universidade de Coimbra Jorge Paiva, que notou que era a primeira vez que estava a dialogar publicamente com um presidente de uma câmara, vincou que é necessário dar outra atenção

às árvores e desenhar traçados que as tenham em conta.

“Se o metro passasse pelos Arcos [aqueduto romano reconstruído no tempo de D. Sebastião], deitavam-se os Arcos abaixo? E não é um ser vivo. As árvores não se mexem, as árvores não gritam”, asseverou.

Já o candidato pelo movimento Cidadãos por Coimbra nas últimas autárquicas, Jorge Gouveia Monteiro, chamou a atenção para o facto de o sucesso do SMM estar dependente do seu uso e, para isso, terão de ser traçadas prioridades, protestando contra um desenho que mantém as faixas de rodagem para “agradar ao automobilista”.

Para além de críticas, surgiram também propostas do público, com um cidadão a pedir à MM para disponibilizar um portal para que os munícipes possam sugerir locais para a plantação de árvores e uma cidadã que defendeu uma política que dê também atenção aos arbustos e ao coberto herbáceo da cidade. “Quero ver flores, quero que as crianças da cidade possam ver flores”, defendeu.

Já no final do debate, José Manuel Silva realçou que o município deixou de usar glifosato, quer respeitar os insectos polinizadores e pretende passar a usar prado em vez de relva nas rotundas e jardins da cidade.

“Estamos a trabalhar para que seja uma cidade mais verde, mas não podemos parar um projecto aprovado antes de nós”, acrescentou o autarca, referindo que na avenida Emídio Navarro serão plantadas 43 novas árvores.

Gratidão e estima da Misericórdia Obra da Figueira com as empresas fornecedoras

No restaurante Stella Maris, em Buarcos, a Misericórdia Obra da Figueira reuniu num almoço cerca de duas dezenas de empresas para manifestar a sua gratidão e estima pela colaboração prestada.

Interrompido desde 2020 devido à pandemia, a Misericórdia Obra da Figueira retomou esta semana a tradição de, anualmente, reunir as empresas que prestam serviços em vários ramos de actividade “e são dedicadas a esta instituição figueirense”, que beneficiam dessa simpatia porque, a qualquer hora do dia ou noite, “estão sempre disponíveis para responder às solicitações”, disse Joaquim de Sousa.

No final, o Provedor da Instituição aproveitou o momento para falar das dificuldades que estas instituições estão a passar perante a situação, “há misericórdias que já fecharam, porque atravessamos grandes problemas”

garante. Quanto à Misericórdia Obra da Figueira, a situação “é equilibrada”, embora “as reservas tenham diminuído um terço neste período”. Isto porque, continuou Joaquim de Sousa: “a comparticipação do estado a estas instituições é preocupante”, ignorando a generosidade e o bem que as Misericórdias praticam para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas mais necessitadas e no combate à pobreza. “Se fosse o Estado a assumir estes

compromissos, gastava o triplo das misericórdias” disse.

Terminou com duras críticas à União das Misericórdia Portuguesas que não distribui as verbas necessárias pelas misericórdias do país, ao mesmo tempo que elogiou o excelente trabalho de António Sérgio Martins de coordenar e dinamizar o Secretariado Regional de Coimbra, “que tudo está a fazer para evitar um colapso ainda maior nas Misericórdias da região”, concluiu.