Portugueses esperam que 2023 seja um ano difícil
Enquanto no ano passado a expectativa dos portugueses era a de que 2022 fosse melhor ou igual ao ano anterior, no final deste ano muitos prevêem que o ano de 2023 não seja de todo fácil. No rescaldo da pandemia, as circunstâncias actuais – guerra na Europa e o aumento do custo de vida com impacto no orçamento das famílias – estarão a influenciar a forma como os portugueses perspectivam o novo ano.
De acordo com inquérito realizado pelo Observador Cetelem, mais de metade dos inquiridos, 54%, consideram que o novo ano será um ano pior. Na distribuição por cada resposta, 42% dos entrevistados consideram que será um ano pior e 12% “muito pior”. Ainda assim, 24% dos portugueses inquiridos perspectivam que o novo ano será um ano melhor – 5% dos quais “muito melhor”. 17% consideram que será um ano igual.
Segundo os dados, os mais pessimistas relativamente ao novo ano são os inquiridos dos 35 aos 44 anos e os mais velhos, dos 55 aos 74 anos (65% de cada um dos grupos etários). Os mais jovens, dos 18 aos 24 anos, são os que têm uma atitude mais positiva (51%).
Mais portugueses festejam em casa de familiares e amigos
Este ano, os portugueses continuam a preferir festejar a Passagem de Ano em casa (60%), sobretudo, os inquiridos com mais de 55 anos (67%). No entanto, face ao ano anterior, pautado por cautelas relacionadas com a pandemia, verifica-se que mais inquiridos (37%) tencionam celebrar em casa de familiares e amigos, nomeadamente, os inquiridos dos 25 aos 34 anos (51%).
Observando os dados por região,
verifica-se que os inquiridos residentes na região Centro demonstram ter a maior preferência em passar a Passagem de Ano nas suas casas (64%), enquanto mais inquiridos das regiões Norte e Sul dizem passar a festividade em casa de amigos e familiares (38%, respectivamente). Nas Áreas Metropolitanas, a preferência é semelhante, com 38% e 40%, em Lisboa e no Porto, respectivamente, a preferirem celebrar em casa de amigos e familiares e 60% e 57% em suas casas.
No que respeita aos gastos na Passagem de Ano, os portugueses tencionam gastar em média 83 euros, menos 24 euros do que em 2021. Os mais velhos, dos 55 aos 74 anos, são os que tencionam gastar mais nas celebrações (91 euros). Já os mais jovens, com menos de 25 anos, são os que tencionam gastar menos (74 euros).
Os entrevistados residentes na
zona metropolitana do Porto e de Lisboa prevêem gastar valores semelhantes, respectivamente 84 e 81 euros. Já os inquiridos da região Sul (92€) tencionam gastar, em média, mais 12 euros na Passagem de Ano do que os inquiridos das regiões Norte e Centro (80 euros respectivamente).
O inquérito quantitativo Observador Cetelem Natal 2022 foi realizado pela empresa de estudos de mercado NielsenIQ. Este teve como target indivíduos de ambos os géneros, de idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos, residentes em Portugal Continental. O estudo foi conduzido através de entrevistas de autopreenchimento online. No total foram feitas 1000 entrevistas representativas da população – amostra estratificada por Distrito/Região; Género e Idade, para assegurar a representatividade da população portuguesa.
Preços aumentam de forma generalizada em 2023
Oano de 2023 vai ficar marcado pelo aumento generalizado de preços que os consumidores irão pagar pelos serviços que usam no dia-a-dia, com a inflação em Novembro a atingir os 9,9%.
De acordo com o Boletim Económico, de Dezembro de 2022, do Banco de Portugal, “a inflação atingiu 8,1% em 2022, reduzindo-se para 5,8% em 2023, 3,3% em 2024 e 2,1% em 2025. Esta diminuição gradual reflecte a redução do preço internacional das matérias-primas energéticas, alimentares e outras, bem como menores pressões da procura resultantes de uma política monetária mais restritiva”. Estas previsões indicam que apesar de os preços não descerem, não vão aumentar tanto como em 2022.
A electricidade vai aumentar para quem está no mercado regulado e para alguns clientes do mercado liberalizado, devido aos preços do gás natural, usado para produzir electricidade. As portagens e as rendas também vão aumentar, ainda que limitadas pelo Governo, tendo em conta o impacto da inflação nestes preços.
As actualizações para 2023 são as seguintes:
Electricidade
O preço da electricidade em mercado regulado aumenta 1,6% em Janeiro de 2023, em relação a Dezembro, sendo que a subida ascenderá a 3,3% face à média deste ano, valores superiores aos propostos em Outubro, anunciou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
De acordo com os dados publicados pela ERSE, com este aumento, a factura média mensal, a partir de
Janeiro 2023, para um casal sem filhos (potência 3,45 kVA, consumo 1.900 kWh/ano) aumenta 0,54 euros, e para um casal com dois filhos (potência 6,9 kVA, consumo 5.000 kWh/ ano) sobe 1,41 euros.
No mercado liberalizado, a EDP Comercial anunciou que vai aumentar em cerca de 3%, em média, o valor da factura da electricidade dos clientes residenciais, a partir de 1 de Janeiro, reflectindo a volatilidade do custo de aquisição de energia.
Por sua vez, a Endesa prevê manter o valor global das facturas de electricidade dos clientes em 2023, passando a incluir o custo do mecanismo ibérico, mas reduzindo os preços da electricidade, avisou a empresa em nota aos clientes.
A Iberdrola informou que a factura de electricidade dos clientes vai descer, em média, 15% em 2023, referindo que esta redução “aplica-se às componentes de energia e custos de acesso”. Exceptua-se “naturalmente impostos, taxas e outros valores definidos pelo Estado”, acrescentou a Iberdrola, em comunicado.
A Galp informou que vai reduzir as facturas da electricidade em cerca de 11%, em média, a partir do início de 2023, “para um consumo médio de uma família tipo com dois filhos, a mais comum na carteira de clientes da Galp, esta actualização irá traduzir-se numa descida média de 3,5 euros a seis euros” por mês”.
Gás
A factura do gás natural vai aumentar, a partir de Janeiro, cerca de 3% para os clientes mais representativos do mercado regulado, depois de um desvio nas previsões dos pre-
ços de aquisição, anunciou a ERSE. Num comunicado, a entidade referiu que actualizou “o preço da tarifa de energia do mercado regulado, em mais dois euros por MWh, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2023”.
Assim, a factura média mensal, a partir de Janeiro 2023, para um casal sem filhos (1.º escalão de consumo, consumo 1.610 kWh/ano) aumenta 0,33 euros e para um casal com dois filhos (2.º escalão de consumo, consumo 3.407 kWh/ano) sobe 0,70 euros.
Por sua vez, a Galp indicou que para os seus clientes “as facturas do gás natural permanecerão inalteradas nos primeiros três meses de 2023”.
Rendas
As rendas só poderão subir, a partir de Janeiro, até 2%, depois de o Governo ter publicado uma lei nesse sentido, em Diário da República, em Outubro, no âmbito das medidas de mitigação do impacto da subida dos preços.
Nos termos da lei n.º 19/2022, “durante o ano civil de 2023 não se aplica o coeficiente de actualização anual de renda dos diversos tipos de arrendamento previsto no artigo 24.º da lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro”, sendo o coeficiente a vigorar nos diversos tipos de arrendamento urbano e rural abrangidos de 1,02, “sem prejuízo de estipulação diferente entre as partes”.
Ainda assim, o coeficiente de actualização das rendas definido para 2023 (1,02) é o mais alto dos últimos nove anos. Em 2022, foi aplicado um coeficiente de 1,0043 e em 2021 de 0,9997.
Portagens vão aumentar 4,9% em Janeiro
Portagens
Asportagens vão aumentar 4,9% a partir de Janeiro, anunciou o ministro das Infraestruturas, considerando “equilibrada” a solução a que foi possível chegar.
“Era para nós claro que um aumento de 9,5% e 10,5% era insuportável, mas também há contratos e responsabilidades e tentámos encontrar uma solução equilibrada que permitisse um aumento menor”, disse o ministro Pedro Nuno Santos.
Assim, a partir de 1 de Janeiro de 2023, as taxas de portagens terão um aumento que será de 4,9% no valor suportado pelos utilizadores. Acima deste valor, precisou o governante, “2,8% serão responsabilidade do Estado e o remanescente, até 9,5% ou 10,5%, será suportado pelas concessionárias”.
Esta solução resulta de uma “partilha de responsabilidades” e evita que o preço das taxas das portagens que decorre dos contratos de concessão aumentassem em 9,5% e 10,5% em 2023, devido ao actual contexto de inflação elevada.
Transportes
A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) divulgou em Outubro que a actualização dos tarifários dos transportes prevista era de 6,11%, recordando que a mesma tem como valor máximo a taxa de variação média do Índice de Preços no Consumidor, excepto habitação, nos 12 meses que decorrem entre Outubro do 2021 e Setembro de 2022, ou 0 quando esta taxa for negativa. No entanto, destacou numa nota publicada no seu ‘site’, para 2023, “no actual contexto macroeconómico,
tendo em conta a taxa da inflação, determina a Resolução do Conselho de Ministros n.º 74-A/2022, de 6 de Setembro, e sem prejuízo da respectiva compensação a atribuir pelas autoridades de transportes competentes”, o “não aumento de ‘passes do transporte público’” e “a manutenção, durante esse ano, do tarifário vigente em 2022 para os títulos de transporte da CP” referente aos serviços regulares, ou seja, o aumento tarifário de 6,11%, apenas se poderá aplicar “a títulos e tarifas de transporte ocasionais”.
Assim, os passes do tarifário Navegante e os bilhetes ocasionais da Carris Metropolitana vão manter em 2023 os preços que são praticados este ano.
Já os bilhetes ocasionais do tarifário intermodal Andante, da Área Metropolitana do Porto (AMP), vão sofrer um aumento médio de 1% a partir de Janeiro, adiantaram os Transportes Intermodais do Porto (TIP). Os passes mensais não sofrerão aumento.
Telecomunicações
A Altice Portugal vai proceder à actualização dos preços a partir de Fevereiro, sendo que os clientes que têm apenas voz fixa e os reformados com plano reformados estão excluídos deste aumento.
Ainda não é conhecida a posição das restantes operadoras.
Pão
O preço do pão deverá voltar a subir em 2023, em função do aumento dos custos das matérias-primas e da energia, mas também impactado pela actualização do salário mínimo nacional, adiantou a ACIP.
De acordo com a associação, apenas uma parte dos aumentos tem sido reflectida no preço pago pelo consumidor, o restante tem sido suportado pelos produtores que, por sua vez, registam uma quebra nas margens de lucro.
TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO 2022
Portugueses temem impacto da inflação em 2023
Cerca de metade (48,6%) dos portugueses considera que o seu nível de vida vai ser pior ou muito pior em 2023, em que o principal receio é o impacto da inflação. Estas são algumas das conclusões de um novo estudo conjunto da multidados.com – the research agency e da Guess What.
A guerra, a inflação e o impacto da pandemia estão nas preocupações dos portugueses para o próximo ano, destacando-se a inflação (66,8%) e a escalada da guerra (24%). A Covid-19 e outras pandemias foram referidas apenas por 2,4% dos inquiridos.
52,6% dos inquiridos estimam uma quebra de rendimentos no próximo ano, sendo que 33,7% considera que a quebra será na ordem dos 5 e 9%. Face a este cenário, 84% estima fazer cortes nas despesas. Os inquiridos mostram algum desinteresse quanto a investimentos em produtos financeiros, sendo que
54% indicam que não pretendem fazê-lo. 84% referem que não pretendem investir em criptomoedas.
Para o próximo ano, 18,8% tenciona iniciar hábitos de leitura, enquanto 70,6% pretende continuar esse hábito. Quanto ao exercício físico, 49,1% dos inquiridos pretendem iniciar esta prática e 47,1% indicam que vão procurar manter. 40,9% dos inquiridos referem que pretendem cuidar da mente, através, por exemplo, de meditação.
Quanto ao tema da guerra, 47,4% acredita que esta não vai terminar no próximo ano. 91,1% apoia a Ucrânia no conflito, mas 36,9% indica que a inflação poderá levar a um recuo neste apoio.
Este estudo foi realizado, pela multidados. com - the research agency, por via dos métodos CATI (Telefónico) e CAWI (online). Foram recolhidas e validadas 1.000 respostas entre os dias 12 a 20 de Dezembro de 2022.
TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO 2022
PS e CDU deixam passar Orçamento da Câmara de Coimbra de 174,9 milhões
OOrçamento da Câmara de Coimbra para 2023, no valor de 174,9 milhões de euros, foi aprovado esta terça-feira na Assembleia Municipal com 26 abstenções dos membros do PS e da CDU, dois votos contra do movimento Cidadãos por Coimbra e 22 votos a favor das forças política que compõem a coligação Juntos Somos Coimbra.
Esta coligação, que governa a Câmara com maioria, está na Assembleia Municipal representada por PSD, CDS-PP, PPM e Nós, Cidadãos! e dependente dos votos da oposição para ver aprovadas as suas propostas, o que aconteceu com o Orçamento e as Grandes Opções do Plano (GOP), documentos viabilizados com um número de abstenções a superarar os votos favoráveis.
Reafirmando que o impacto da conjuntura representa menos 12 milhões de euros para os cofres camarários entre 2022 e 2023, o presidente do Município, José Manuel Silva, realçou que para o próximo ano a “amputação orçamental” é agravada
pelo prejuízo superior a um milhão de euros por uma “muito mal negociada descentralização da Educação”.
Apesar disso, José Manuel Silva destacou a criação da nova estrutura do Município, que terá um custo de 867 mil euros face ao aumento do número de dirigentes, mas que representa “um claro e necessário investimento na capacidade, qualidade, organização e preparação da Câmara Municipal para responder aos desafios presentes e futuros”.
Confrontado com as críticas da oposição, que considera que estão ausentes do Orçamento para 2023 grande parte das promessas eleitorais da coligação, José Manuel Silva socorreu-se das palavras do primeiro-ministro, António Costa: “Não vivemos na ansiedade de cumprir no primeiro ano tudo o que temos para cumprir nos quatro anos da legislatura”.
O líder da bancada socialista, José Ferreira da Silva, considerou o documento aprovado como “um orçamento de grandes, médias e peque-
nas mentiras”, acusando o Executivo de lançar “falsas promessas” e de “enganar os munícipes”.
A ausência de investimento na Baixa de Coimbra, os problemas com os transportes urbanos no concelho e as obras do ‘metrobus’, que afetam o trânsito na cidade, foram algumas das questões que o deputado do PS apontou. No entanto, os socialistas “não seguem uma política de terra queimada”, notou, sustentando nessa postura a razão pela qual o PS optou por se abster.
Já a CDU apresentou propostas, como a conversão do Convento de Santa Clara-a-Nova como “casa das associações e centro de recursos partilhados”, a ampliação do serviço de fornecimento de refeições escolares, um plano de recuperação dos edifícios escolares ou a criação de um novo parque de Ecovia para poder servir os Hospitais da Universidade de Coimbra.
Assinalando a “opacidade” do Executivo e a ausência de acolhimento de qualquer proposta apresentada pelo Cidadãos por Coimbra, a deputada Graça Simões alertou para várias situações no orçamento, nomeadamente mais de oito milhões de euros para aquisição de serviços, apenas 3,4% do orçamento para as freguesias (ao contrário dos 10% prometidos pelo Executivo) e montantes reservados sem rubricas definidas.
Na Assembleia Municipal, foi também aprovado o Orçamento para 2023 dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), com o Cidadãos por Coimbra a votar favoravelmente, ao lado dos partidos que compõem a coligação Juntos Somos Coimbra, já o PS e CDU abstiveram-se.
Diogo Piçarra, Fernando Daniel e fogo-de-artifício marcam passagem de ano no Porto
Este ano, a festa de passagem de ano, no Porto, desloca-se da Avenida dos Aliados para o Queimódromo, no Parque da Cidade. Em causa estão as obras do Metro na Baixa da Invicta. Milhares de pessoas vão, assim, entrar em 2023 ao som do Diogo Piçarra, Fernando Daniel e Moullinex que prometem animar a última noite do ano.
As portas do Queimódromo abrem às 20h00 e às 22h30 tem início o concerto de Fernando Daniel, vencedor do programa The Voice Portugal, que regressa ao Porto depois da sua actuação no Festival da Comida Continente, em Julho. No final do concert, dar-se-á a habitual contagem decrescente para a meia-noite, altura em que o país entra, oficialmente, no ano de 2023.
Espectáculo audiovisual
“Luminous” foi criado pelo OCUBO, um estúdio especializado em criações de grande escala de iluminações e tecnologia. Este projecto apresenta uma instalação generativa que reage ao som e sincroniza luz, lazer e música e poderá ser visto a partir das 23h55.
Depois das doze badaladas é a vez de Diogo Piçarra subir a palco. O algarvio começa a sua actuação por volta das 00h10 e promete iniciar com grande animação o novo ano ao som de êxitos como “Vem Dançar Comigo”, “Futuro” e “Paraíso”. Terminado o concerto, a noite segue com Moullinex, nome incontornável da música elec-
trónica portuguesa, que se apresenta, há mais de uma década, em vários palcos portugueses e estrangeiros. Todo o programa do Queimódromo do Porto tem entrada gratuita.
Além deste espaço, a festa vai ainda fazer-se um pouco por toda a cidade. Enquanto o Parque da Cidade se vai deixar envolver pelo clima musical, o Centro Histórico do Porto vai manter a tradição e receber com entusiasmo o ano de 2023. À meia-noite vai ser lançado o tradicional fogo-de-artifício a partir da Praça da República, um feito que atrai sempre olhares atentos àquele espectáculo de luz.
Todas estas iniciativas levam ao Porto milhares de pessoas, muitas das quais oriundas de diversos países. Recentemente, a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) revelou que a um mês da passagem de ano havia já “uma taxa de ocupação entre 65% e 70%” para a noite de
“réveillon”. Na altura, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, sublinhou que este facto “será um grande contributo para chegarmos ao final do ano e atingirmos aquela meta muito ambicionada, mas que, de facto, não era fácil em tão pouco tempo, que era voltar a registar os números de 2019, ou seja, a atingir os seis milhões de hóspedes e passar os 11 milhões de dormidas”.
De acordo com o mesmo responsável, cerca de 60% das reservas para a passagem de ano referem-se ao mercado internacional, nomeadamente, França, Espanha, Brasil, Estados Unidos da América, Reino Unido e Alemanha.
A cidade do Porto garante estar pronta para receber todos os que a queiram visitar na noite de 31 de Dezembro, tendo a Câmara Municipal do Porto preparado um Plano de Mobilidade e Segurança, que deverá ser apresentado em breve.
Entrega de encomendas: Portal da Queixa recebeu quase 15 mil reclamações
As reclamações dirigidas ao sector dos Correios, Transportes e Logística têm vindo a aumentar, sobretudo pelo atraso das encomendas, principal motivo de queixa dos consumidores (44%).
Desde o início do ano foram registadas no Portal da Queixa perto de 15 mil reclamações, um crescimento de 45%, face a 2019, período de pré-pandemia. Só em Dezembro, mês de Natal, as queixas já ultrapassam as 2.300. Os Correios Expresso Nacional e Internacional são a categoria mais reclamada, absorvendo 57% do total de reclamações.
Uma análise do Portal da Queixa ao sector dos Correio, Transporte e Logística identificou um aumento significativo do número de reclamações geradas na plataforma.
Desde o dia 1 de Janeiro a 21 de Dezembro deste ano, os consumidores portugueses registaram 14.591 reclamações, um aumento de 45% comparativamente com o período homólogo de 2019, - ano de pré-pandemia e de normal situação no sector - onde se verificaram 10.059 reclamações.
Entre os principais motivos de reclamação apresentados, destaca-se o atraso nas entregas, a gerar 6.474 reclamações (44%), encomendas perdidas ou extraviadas acolhem 2.256 reclamações (15%), encomendas retidas na alfândega a somar 1.746 reclamações (12%) e dificuldades no serviço de apoio ao cliente a registar uma fatia de 2.494 reclamações (17%).
Os dados analisados indicam que, só este mês (de 1 a 21 de Dezembro) já foram registadas 2.314 reclamações no Portal da Queixa relacionadas com problemas nas entregas de encomendas (16% do total apurado em 2022). Destaca-se como principal motivo de queixa o atraso nas entregas, reportado em 1.811 reclamações (78%), um resultado que poderá ser atribuído ao período pós-Black Friday (onde a maioria das compras foi online) e também devido às compras de Natal.
Segundo revela a análise, a categoria mais reclamada do sector é o Correio Expresso Nacional e Internacional, a representar 57% do total de reclamações recebido este ano. De Janeiro até ao dia 21 de
Dezembro já somam 8.405 reclamações, sendo que, 1.870 foram registadas este mês (22%).
Relativamente ao alcance das reclamações relacionadas com a categoria Correio Expresso - Nacional, estas foram visualizadas, durante os últimos 12 meses, 1.226.841 vezes. Em média, cada queixa dirigida teve 174 visualizações.
Já na categoria Correio Expresso - Internacional, as queixas denunciadas foram vistas 187.973 vezes. Em média, cada reclamação registou 183 visualizações.
O Portal da Queixa é uma plataforma global de comunicação entre consumidores e marcas, criada em Junho de 2009. Hoje, posiciona-se como a maior rede social de consumidores em Portugal, sendo uma referência nacional em matéria de consumo e um marketplace de reputação de marcas.
O crescimento exponencial e a consolidação da plataforma em Portugal permitiu alcançar um novo posicionamento ao internacionalizar a sua plataforma para mercados com França (Réclame Ici), Espanha (Libro de Quejas), África do Sul e Reino Unido (Complaints Book), através do lançamento da sua marca global: Consumers Trus.
27 DE DEZEMBRO 2022
Covid-19: Mais de 26 milhões de doses de vacinas administradas em Portugal
Um médico infecciologista recebeu a 27 de Dezembro de 2020 a primeira vacina contra a covid-19 em Portugal, de um primeiro lote de 9.750, iniciando um processo que dois anos depois contabiliza 26,5 milhões de doses ministradas.
A campanha de vacinação contra a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 arrancou simbolicamente no Hospital de São João, no Porto, faz hoje precisamente dois anos, quando António Sarmento recebeu, na presença da então ministra da Saúde, Marta Temido, aquela que deverá ter sido a vacina mais mediática.
O primeiro lote de vacinas tinha chegado a Portugal no dia anterior e tinha sido desenvolvido pela Pfizer-BioNTech. Por as vacinas serem ainda poucas a nível mundial o primeiro lote foi destinado a profissionais de saúde, mais expostos à covid-19.
As vacinas, desenvolvidas também por outras farmacêuticas, haveriam de chegar com regularidade ao país, primeiro para pessoas de grupos considerados prioritários (como pessoas idosas, com doenças, ou profissionais de saúde, trabalhadores de lares e de serviços essenciais) mas depois alar-
gadas a toda a população.
Há dois anos, nesta data, a covid-19 (nove meses após o primeiro caso registado no país) já tinha provocado 6.556 mortes, dos 392.996 casos de infecção confirmados, segundo os dados de então da Direcção-Geral da Saúde.
Sempre facultativa, a vacina foi nos últimos dois anos administrada a quase todas as faixas etárias (a partir dos cinco anos), com todas as pessoas com mais de 25 anos a terem recebido pelo menos uma dose, e foram dadas doses de reforço, estando actualmente disponível (desde dia 22) a vacinação de reforço para pessoas com mais de 50 anos na modalidade “Casa Aberta”, sem necessidade de marcação.
A modalidade continua também disponível para grupos profissionais prioritários (com recurso a senhas digitais) e para a vacinação e reforço de pessoas entre os 18 e 59 anos e vacinação primária acima dos 12 anos.
O reforço da vacina contra a covid-19 define como grupos prioritários pessoas com 60 ou mais anos; grávidas com idade igual ou superior a 18 anos e doenças definidas pela norma publicada pela Direcção-
-Geral da Saúde; pessoas com 12 ou mais anos com patologias de risco, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e profissionais de Estabelecimentos Prisionais.
Segundo os últimos dados oficiais a actual campanha de vacinação Outono-Inverno, de reforço, já abrangeu mais de 2,9 milhões de pessoas.
Actualmente estão disponíveis em Portugal oito tipos diferentes de vacinas e segundo o Ministério da Saúde, nos dois anos do programa de vacinação, entre primeiras doses e doses de reforço, foram administrados 26,5 milhões de doses.
Um balanço do Ministério da Saúde indica também que foram inutilizados quase 2,1 milhões de doses, por ter expirado o prazo de validade, correspondendo a 5,5% do total, uma das menores taxas de inutilização na Europa.
O Governo diz também que para optimizar as doses de vacinas disponíveis, Portugal procedeu desde 2021 à revenda e doação de vacinas, tendo já sido doados cerca de oito milhões de vacinas e revendidos mais de 2,5 milhões de doses.
Até agora, de acordo com a mesma fonte, Portugal recebeu 38,5 milhões de doses de vacinas, de diversas tecnologias, em articulação com outros países da União Europeia, num processo liderado pela Comissão Europeia.
De acordo com estimativas internacionais, as vacinas permitiram salvar cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que as vacinas preveniram 1,2 milhões de infecções e evitaram cerca de 12 mil mortes.
Coimbra é a terceira Câmara do país com melhores serviços online
ACâmara de Coimbra recebeu, em Braga, um diploma de reconhecimento por ocupar o terceiro lugar do ranking de Municípios com melhores serviços online.
Esta distinção tem em conta os resultados do Índice da Presença na Internet das Câmaras Municipais (IPIC), um projecto da Universidade do Minho (UMinho), da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e da Universidade das Nações Unidas - Unidade Operacional em Governação Electrónica (UNU-EGOV).
Os organizadores entregaram diplomas às autarquias classificadas nas 10 primeiras posições no índice global, nas seguintes categorias: tipo e actualização de conteúdos; acessibilidade, navegabilidade e facilidade de utilização; serviços online; e participação.
Esta é a 11.ª edição do IPIC, um projecto criado em 1999, pelo GÁVEA - Observatório da Sociedade da Informação (ligado à Escola de Engenharia da UMinho), que analisa periodicamente a presença online dos Municípios nacionais.
Apesar da primeira edição
do IPIC ter estudado apenas 153 websites de Câmaras Municipais (as que, à data, possuíam presença online), a partir de 2009 todos os 308 Municípios nacionais passaram a ter página oficial na Internet e a fazerem parte do IPIC. Refira-se, ainda, que esta iniciativa vem no seguimento da resolução do Conselho de Ministros 22/2001, que defende uma avaliação regular dos
websites dos organismos da administração directa e indirecta do Estado.
O evento contou com a intervenção do presidente da AMA, João Dias, da equipa do projecto IPIC - Delfina Sá Soares, Luís Amaral, Mariana Lameiras e Luís Miguel Ferreira - e do director para a Transição Digital do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, João Nuno Oliveira.
TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO 2022
Poiares aprova Orçamento de 11,3 milhões de euros para 2023
AAssembleia Municipal de Vila Nova de Poiares aprovou o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2023, no valor de 11,3 milhões euros, contando com os votos favoráveis do PS, a abstenção da bancada do PSD e o voto contra do membro eleito pela CDU.
De acordo com João Miguel Henriques, presidente da Câmara Municipal, este orçamento é marcado pelo «aumento das despesas correntes e pela indefinição da situação económica no país, fruto de uma guerra que acaba por nos afectar a todos».
Para além disso, apontou ainda que o ano de 2023 é também marcado pelo «final de um quadro comunitário», com a conclusão de alguns investimentos, e a preparação de candidaturas para o próximo, sendo que alguns destes investimentos ainda não estão reflectidos neste orçamento e não têm dotação financeira garantida», referiu.
Não obstante, João Miguel Henriques apontou que «este é um orçamento equilibrado, onde sem descurar o reequilíbrio financeiro em curso, continuamos a assegurar a realização de investimentos estruturantes para o concelho e a manter os níveis de recuperação financeira iniciados há nove anos».
Na análise do documento deu conta de algumas despesas que registaram um aumento muito significativo, como a electricidade, onde estão previstos 350 mil euros - sendo que este valor pode aumentar, dado que não está finalizado o novo contrato de fornecimento de energia - e o aumento dos combustíveis, prevendo nesta rubrica um total de 120 mil euros. Acrescentou que são valores que representam importante impacto num orçamento em que o peso do serviço de dívida, recordou, ronda os 800 mil euros
Um milhão de euros para a Educação
Fazendo a análise das diferentes rubricas das Grandes Opções do Plano e os valores previstos, o presidente da Câmara Municipal destacou as mais significativas, nomeadamente o Ensino Não Superior, com uma dotação global de 898 mil euros, onde 411 mil euros serão apenas para as cantinas e 195 mil euros para os
transportes escolares. Destacou ainda a Protecção Civil com uma dotação de 220 mil euros (divididos pela limpeza de faixas de gestão de combustível, o pagamento da EIP - Equipa de Intervenção Permanente - e a intervenção na cobertura da garagem do parque de viaturas do Centro Municipal de Protecção Civil).
Outras das rúbricas com grande impacto são os transportes rodoviários e vias municipais, consumindo uma dotação de 629 mil euros, sendo que a maior fatia vai para a melhoria de arruamentos, com 300 mil euros e 250 mil euros para a melhoria de estradas e caminhos. Entre outras rubricas com menos dotação está o terminal logístico, empreendedorismo e espaços de co-working no edifício do Mercado Municipal.
Na Acção Social a dotação global é de 293 mil euros, divididos entre a requalificação do edifício da colónia de Quiaios, o programa “Nascer+”, funcionamento da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e os custos com tarifários sociais da Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN);
No que concerne ao Ordenamento do Território, João Miguel Henriques sublinhou que o maior montante, de 736 mil euros, será para as ciclovias e percursos pedonais, num projecto que promove a mobilidade sustentável, acrescentando as dotações de 70 mil euros para a manutenção de edifícios municipais, 25 mil euros para o plano de pormenor da expansão do Pólo II da Zona Industrial, 45 mil euros para construção de passeios e 37 mil euros para projectos de arquitectura do Parque Verde.
No Ambiente, deu conta da dotação global de 305 mil euros, evidenciando os projectos “A Nossa Floresta”, a aquisição de veículos eléctricos e o projecto Erasmus para a educação ambiental.
Por fim, na Cultura, com uma dotação de 346 mil euros, o mesmo responsável sublinhou a realização da POIARTES com 250 mil euros, o Centro Cultural com 45 mil euros para investimentos em equipamentos e aquisição de materiais, o projecto Vejo e Conheço com 16 mil euros e o investimento em infra-estruturas culturais com 20 mil euros.
Meio milhão de euros para transferências para instituições do concelho
João Miguel Henrique referiu ainda a verba disponível para apoiar as instituições e colectividades do concelho, com uma dotação de 517 mil euros, «conscientes da importância de continuar a ajudar as colectividades no impacto que a pandemia tem e continua a desempenhar nas suas actividades, para que não se perca a dinâmica que se tem vindo a conseguir ao longo dos anos», apontou, sublinhando também o apoio aos Bombeiros Voluntários, que em 2023 manterá o valor de 84 mil euros.
Ainda assim, o documento foi aprovado com os votos favoráveis apenas do Partido Socialista. O PSD optou pela abstenção, dizendo discordar de algumas das opções apresentadas, considerando que o documento final não reflecte as opções dos sociais-democratas. Já o membro eleito pela CDU votou contra, por considerar haver pouco apoio à pequena agricultura, falta de definição de políticas de habitação e falta de aposta nos transportes com uma carreira circulante que assegure a deslocação efectiva das populações entre as suas aldeias e o centro.
União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela lança desafio às escolas e associações locais
AJunta da União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela lançou o desafio às escolas e associações locais para a construção de elementos decorativos alusivos ao Natal, com recurso à reutilização de materiais, para colocar em diversos locais.
O principal objectivo desta iniciativa foi sensibilizar para a importância da reciclagem, apelando ao envolvimento e à imaginação da comunidade escolar e à população em geral.
Aceitaram o desafio as escolas EB1 Trouxemil, EB1 Adémia e EB1 Vilela e o Centro
Social e Paroquial de Troxemil, a Associação Recreativa e Cultural de Cioga do Norte, e ainda a Comissão da Capela de Alcarraques. Os trabalhos desenvolvidos estão expos-
tos em todas as rotundas e alguns locais estratégicos para embelezar a Freguesia, de uma forma mais económica.
A Junta da União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela teve como parceiro nesta iniciativa o Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos do Litoral Centro – ERSUC.
O presidente da União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela, Horácio Costa, mencionou a enorme gratidão que sente pelo envolvimento e dedicação de todos neste desafio, que, segundo referiu, superou as suas expectativas.
Ginásio Clube Figueirense comemora 128 anos
Foi a 1 de Janeiro de 1985 que o primeiro sócio, Pedro Augusto Ferreira, hasteou a Bandeira Nacional, um gesto simbólico que assinalou a fundação do clube, na altura Club Gimnástico Velocipédico Figueirense (CGV) na primeira sede – Rua Tenente Valadim.
A actividade do clube teve lugar logo no mês de Janeiro com o início das classes de ginástica para adultos (todas as quartas e sábados), a cargo de Manuel Guerra (18461920) um dos sócios fundadores. Pouco tempo depois, foi também criada uma classe infantil (de ginástica) que ficou a cargo de Pedro Augusto Ferreira. Nos finais de 1896 o Clube possuía já cinco secções: Ginástica, Velocipedia, Esgrima, Tiro, Dança e Dramática. Os primeiros estatutos do clube foram elaborados em 1896, por uma comissão composta por Manuel Gonçalves Santiago, Pedro Augusto Ferreira, Dr. Filipe Nery da Silva Pinto, Henrique de Barros, José Camolino de Sousa e José Carlos da Silva Pinto, tendo sido aprovados em Outubro do mesmo ano.
É de salientar que se devem a estes Estatutos a nova designação do clube: Ginásio Clube Figueirense.
Para celebrar os 128 anos, o Ginásio Clube Figueirense vai realizar, domingo (1), a cerimónia comemorativa que tem início com o Hastear da Bandeira, pelas 12h00. Durante este dia realiza-se a apresentação do calendário para 2023, que também celebra 60 anos, do boletim informativo do ginásio e o lançamento do número 12 da 6.ª série da revista anual “Vai d’arrinca!...”
Assembleia Municipal de Coimbra contra aumentos na água e nos transportes
AAssembleia Municipal de Coimbra aprovou, esta terça-feira, uma moção do PS contra os aumentos de 2,7% na factura da água e de 10 cêntimos nos bilhetes a bordo dos autocarros, posição que o presidente da autarquia classificou de “demagógica”.
A moção, apresentada no período antes da ordem do dia, foi aprovada com 27 votos a favor do PS, CDU e movimento Cidadãos por Coimbra e 21 contra de PSD, CDS-PP, PPM e Nós, Cidadãos!, partidos que fazem parte da coligação Juntos Somos Coimbra, que lidera a Câmara Municipal, mas que não tem a maioria na Assembleia.
O documento, lido pelo deputado socialista Rui Claro, critica os aumentos de 2,7% das tarifas de água e saneamento (com exceção da tarifa social) e do aumento de 6,11% dos preços dos bilhetes ocasionais (cerca de dez cêntimos) dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) - o valor dos passes mantém-se inalterado.
Na moção, é expressado “total repúdio pela inoportunidade do aumento das tarifas da água, saneamento e transportes públicos, que demonstram uma indesculpável insensibilidade social da coligação Juntos Somos Coimbra”, num momento “extremamente difícil para as famílias, prejudicando as mais vulneráveis com políticas desesperadas para angariar receitas municipais”.
O documento aprovado insta ainda o Executivo “a adoptar medidas de apoio às famílias, empresas
e associações que permitam mitigar os efeitos nefastos da inflação e do aumento das taxas de juro do crédito habitação”.
Aquando da aprovação do tarifário dos SMTUC, o Executivo realçou que o custo do bilhete a bordo, passando a custar 1,7 euros em 2023, continua abaixo do valor praticado em Lisboa e no Porto, que é de dois euros.
Já o aumento da factura da água acompanha a actualização de 2,7% dos preços do abastecimento e saneamento em alta por parte da Águas do Centro Litoral (AdCL).
O presidente da Câmara, José Manuel Silva, realçou que também ele é “contra aumentos”, mas sublinhou que, no caso da Águas de Coimbra, a actualização deve-se à necessidade de sustentabilidade
da empresa municipal (que registou um prejuízo de 2,2 milhões de euros em 2021) e à necessidade de ter receitas para poder fazer obras.
“Não querem que a Águas de Coimbra tenha meios para fazer obras, mas querem que a Águas de Coimbra faça obras”, protestou o autarca, acusando as posições do PS de serem “demagógicas”.
Sobre a insensibilidade social de que é acusado, José Manuel Silva realçou que a tarifa social e os passes se mantêm inalterados, recordando ainda que o aumento dos bilhetes a bordo foi aprovado na Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, onde “todos os presidentes de Câmara socialistas votaram a favor”. “Não façam demagogia que não convence ninguém”, protestou.