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CÂNDIDO FERREIRA, O MÉDICO COLECCIONADOR, ESCRITOR E POLÍTICO

OMunicípio de Cantanhede partilha o sentimento de enorme consternação pelo falecimento de Cândido Ferreira, médico, professor, escritor, político e humanista envolvido em causas edificantes em vários domínios.

O médico Cândido Ferreira faleceu na terça-feira, aos 73 anos, após um período de doença. Era natural de Febres, Cantanhede, para onde se realiza nesta quinta-feira o seu funeral, a partir de Pousos, Leiria, onde residia.

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Uma das causas de Cândido Ferreira foi a criação de um de Museu de Arte e Coleccionismo em Cantanhede, projecto abraçado com entusiasmo pela Câmara Municipal, a partir do repto que lhe foi lançado nesse sentido.

No protocolo celebrado com a autarquia, o médico assumiu o compromisso de doar um significativo número de peças do seu espólio para a constituição do acervo da referida unidade museológica, peças essas que serão expostas organizadas em sete grandes áreas de colecionismo, designadamente pintura, mobiliário e artes decorativas portuguesas, arqueologia de todas as civilizações, artesanato de todo o mundo, história do dinheiro, história postal, temas de bibliografia e afins e colecionismo dito popular.

Na sequência da assinatura do acordo, a Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou, em 7 de Abril de 2019, a atribuição de um voto de louvor e reconhecimento ao Dr. Cândido Ferreira, tendo em conta o inestimável benefício que o seu gesto de benemerência representa para o concelho, ao nível da oferta de serviços culturais e do reforço da atratividade do território, sem esquecer os méritos que evidenciou, quer profissionalmente, como médico na sua área de especialização, mas também como ensaísta e romancista ou ainda como político muito empenhado na defesa de importantes causas sociais.

Candidato Presidencial

Cândido Manuel Pereira Monteiro Ferreira teve uma carreira

Cândido Ferreira dedicou os últimos anos à actividade cívica através da escrita, com muitos textos publicados no nosso Jornal, de que foi colaborador durante muitos anos de referência na Medicina, área na qual se licenciou, em 1973, pela Universidade de Coimbra. Especialista em Nefrologia, criou uma das primeiras clínicas de hemodiálise em Portugal, na zona de Leiria, destacando-se também por ter integrado a equipa responsável pela primeira transplantação renal bem-sucedida

NO TOTAL AINDA EXISTEM 647 SITUAÇÕES NA CIDADE PORTO COM DESCIDA DE 11,4%

CÁTIA BARBOSA (JORNALISTA DO “CAMPEÃO” NO PORTO)

Acidade do Porto registou, no ano de 2022, menos 83 pessoas em situação de sem-abrigo (PSSA), o que corresponde a uma diminuição de 11,4% face a 2021. A análise foi realizada pelo PISA Porto - Núcleo de Planeamento Intervenção Pessoas Sem-Abrigo, no âmbito do inquérito nacional promovido pela Estratégia Nacional.

A autarquia adianta que “esta diminuição representa menos 60 pessoas (26%) na condição de “sem tecto” e menos 23 pessoas (4,6%) “sem casa”, mantendo-se no total 647 pessoas em situação de sem-abrigo na cidade”.

No mesmo documento, o vereador do Pelouro da Coesão Social da Câmara Municipal do Porto, Fernando Paulo, salienta que “das pessoas em situação de sem-abrigo identificadas, apenas 40,5% são residentes na cidade do Porto, assistindo-se a um aumento de 11,4% de PSSA face a 2021 provenientes de outros municípios”.

A maioria dos sem-abrigo no Porto são homens e têm entre 45 e 64 anos

O responsável acrescenta, ainda, que “este dado reforça a necessidade premente da adopção de uma estratégia intermunicipal para fazer face a este desafio, ao qual não pode ser só o Município do Porto a responder”.

A análise realizada indica também que 82,1% de PSSA são homens, mantendo-se a tendência registada nos anos anteriores. A maioria dos indivíduos identificados tem entre 45 e 64 anos (66,13%) e entre os 31 e os 44 anos (21,9%). A esmagadora maioria de PSSA são de nacionalidade portuguesa (87%). Relativamente às causas, o Mnicípio refere que “continuam a prevalecer as dependências, nomeadamente o consumo de álcool e substâncias psicoactivas”. priedade em Urra - Portalegre, onde desenvolveu actividades ligadas à agricultura, à pecuária e à hotelaria e onde criou um espaço museológico que reúne 800 peças recolhidas no nosso país e suas ilhas adjacentes, desde a antiguidade até aos nossos dias. Destacou-se ainda como escritor de romances, contos, crónicas e ensaios, sendo membro da Associação Portuguesa de Escritores, a convite da Direcção. Foi autor dos romances “O Senhor Comendador”, “A Paixão do Padre Hilário” e “Setembro Vermelho” e de três livros de crónicas -s “Os Burros”, “Esmeralda-Sim!…” e “Pelas Crianças de Portugal”. em Portugal, sob a direcção de Linhares Furtado.

De recordar que o NPISA Porto é constituído por 67 entidades públicas e privadas, sendo que este organismo faz o diagnóstico, planeamento e activação das redes de resposta no âmbito das pessoas em situação de sem-abrigo a nível municipal. “É também da sua competência elaborar e executar o plano anual de acção, potenciando o trabalho em rede e gerando complementaridade das várias instituições e entidades parceiras”, refere a autarquia.

A actividade político-partidária foi outro dos exercícios que abraçou com entusiasmo, tendo desempenhado diversos cargos no poder local, destacando-se ainda pela candidatura à Presidência da República, em 2016.

Em 2007 adquiriu uma pro-

Os últimos três livros que escreveu e publicou, intitulados “Nos Bastidores da Medicina”, “Estórias deste Mundo e do Outro” e “Covid-19 A Tempestade Perfeita”, foram apresentados na Biblioteca Municipal de Cantanhede, em 12 de Março do ano passado, e também em Coimbra, na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

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