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METROBUS SÓ CHEGA A COIMBRA A MEIO DO PRÓXIMO ANO

OSistema de Mobilidade do Mondego (SMM) deverá entrar em funcionamento em Junho de 2024 no antigo ramal da Lousã, entre Serpins (Lousã) e o Largo da Portagem (Coimbra), segundo o presidente da Metro Mondego (MM). O arranque da operação suburbana, através de autocarros eléctricos em via dedicada (MetroBus), estava marcado para o primeiro trimestre de 2024, mas agora foi revisto para Junho, já no final do segundo trimestre.

“A nossa expectativa é conseguir cumprir os prazos, mas há imponderáveis que não conseguimos prever. Ninguém contava que houvesse uma pandemia em 2020 e ninguém contava que houvesse uma guerra em 2022 e tudo aconteceu”, sublinhou João Marrana

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Em Janeiro deste ano, o presidente da Metro Mondego ainda mantinha o arranque do troço suburbano para Março de 2024, apesar de admitir, já na altura, a existência de empreitadas críticas que poderiam levar a uma derrapagem de prazos. Na passada sexta-feira, numa visita às obras em Miranda do Corvo, uma das vilas atravessada pelo MetroBus, João Marrana anunciou novo prazo e adiantou que o sistema será estendido a Coimbra B e aos Hospitais da Universidade de Coimbra no final do próximo ano.

Compensação pode ir aos 4 milhões de euros

A compensação por parte do Estado ao Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) deverá ter um cus- to de três a quatro milhões de euros por ano, segundo o presidente da Metro Mondego, entidade que vai gerir o serviço, conforme já tinha referido anteriormente numa entrevista à Rádio Regional do Centro (96.2 FM) e ao “Campeão”.

A Metro Mondego encontra-se a calcular o custo da operação e a verba anual que terá de ser transferida pela Administração Central, estimando-se um valor entre “três a quatro milhões de euros por ano”, reiterou, agora, o presidente da empresa, João Marrana.

O contrato de serviço público a ser assinado “ainda não está estabilizado”, com a Metro Mondego a fazer, de momento, uma “actualização dos estudos anteriores e a afectação dos recursos e turnos que serão necessários” para a operação.

João Marrana prevê a ligação a Coimbra B e aos Hospitais só para o final de 2024

Esse contrato irá estabelecer o pagamento anual por parte da Administração Central para suportar a operação do SMM, que vai contar com um troço suburbano, entre Serpins (Lousã) e Coimbra, e outro urbano, servido por autocarros eléctricos em via dedicada (MetroBus).

“O pagamento daquilo que é a prestação de serviços que a empresa faz e não é rentável é uma decisão que tem de ser estabelecida entre o Estado e a Metro Mondego. É também preciso perceber até onde devemos ir e até que horas o sistema deverá estar a funcionar e isso leva a obrigações de serviço público diferentes”, aclarou.

João Marrana explicou que, caso haja uma maior disponibilidade por parte do Estado, o SMM pode ter “uma oferta melhor” e, se houver menos, existirá “uma oferta mais contida”.

Relativamente à entidade gestora do sistema intermodal de transportes da região de Coimbra – AGIT, o responsável da Metro Mondego afirmou que o despacho para a criação da estrutura “aguarda publicação” e que os documentos associados estão a ser estabilizados.

Esta entidade “tem de estar em funcionamento” antes do início da operação do SMM, visto que vai determinar a repartição das tarifas entre os vários ope- radores de transportes na região de Coimbra, com a Metro Mondego a ter como expectativa “não ter tarifa própria”, mas antes uma tarifa intermodal, referiu.

“Esses estudos estão a ser actualizados para podermos definir em rigor a tarifa que irá ser comercializada pelos diversos operadores. Por último, é necessário que exista uma tal entidade que faça essencialmente pelo menos uma coisa, que é a repartição de receitas que não pode ser feita por nenhuma das partes”, salientou.

Apesar de já ter recusado por várias vezes participar na discussão sobre a expansão do SMM, João Marrana vê com bons olhos a criação de uma linha que sirva a margem esquerda do Mondego e Condeixa-a-Nova.

“Dos resultados apresentados, julgo que Condeixa parecia ser o mais promissor, quer em termos de procura, quer em termos de volume de investimento. Acho que faz todo o sentido pensar em expandir o sistema, mas agora estamos focados, sobretudo, em pôr o sistema a funcionar”, vincou.

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