SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA
Investigação em álgebra
Lousã despede-se dos comboios No ramal da Lousã, a partir do dia 4 de Janeiro, o comboio, que ao longo de mais de um século serviu as populações de Miranda do Corvo, Lousã e Serpins, ligando estes concelhos a Coimbra, vai deixar de circular. O levantamento dos carris foi já iniciado e o comboio cederá, um dia, o seu lugar ao metropolitano ligeiro de superfície. A circulação regressará à linha da Lousã só em 2012, se cumpridos os prazos da obra. O autocarro, que vai substituir a ligação ferroviária até lá, é um sacrifício que os utentes do ramal suportam, na expectativa de que, entre as incógnitas do futuro e a certeza de que o comboio não voltará nunca mais, quem lhes alimentou a esperança de modernidade não O comboio na estação da Lousã é uma imagem que, dentro em breve, ficará apenas na memória dos passageiros que nele circulam os deixe ficar apeados. Páginas 10/11
Centro Hospitalar de Coimbra investe forte no próximo ano O ano de 2010, que amanhã começa, ficará marcado por grandes investimentos nas três unidades que compõem o Centro Hospitalar de Coimbra (CHC). Segundo a presidente do Conselho de Administração, Rosa Reis Marques, o novo Hospital Pediátrico abrirá as portas até Junho, enquanto a Maternidade Bissaya Barreto verá o início da construção de um edifício para a Unidade de Procriação Medicamente Assistida. Quanto ao Hospital dos Covões, concluem-se as obras da Unidade de Cuidados Intensivos Coronário e começam as do internamento de Urologia. Página 5
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Nova Casa dos Pobres quase pronta O novo lar da Casa dos Pobres, na Quinta do Cedro, em S. Martinho do Bispo, está praticamente concluído. Só falta mesmo parte do equipamento (no valor de 300.000 euros) e realizar pequenas intervenções de última hora. O empreendimento orçado em 1,5 milhões de euros deverá ser inaugurado no primeiro trimestre de 2010. A obra, nota o presidente da Direcção, Aníbal Duarte de Almeida, reflecte a generosidade da sociedade civil.
Matemática de Coimbra premiada em Itália Margarida Melo, do departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), foi distinguida com um prémio da Universidade de Roma, no valor de 12 000 euros, por uma investigação na área da geometria algébrica. Os resultados desta investigação teórica prendem-se com o estudo de curvas algébricas, que são “instrumentos matemáticos muito usados na criptografia moderna por permitirem uma codificação mais eficiente de mensagens e informação”, elucida Margarida Melo.
Judoca olímpico João Neto passa-se para a Académica Após duas décadas ligado à Associação Cristã da Mocidade (ACM), João Neto mudou-se para a Associação Académica de Coimbra (AAC), clube onde inicia a carreira de treinador. Lesionado desde Fevereiro, o judoca olímpico e campeão da Europa 2008 conta voltar à competição e disputar os Jogos Olímpicos de 2012. PUBLICIDADE
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Com mais incertezas do que esperança
Pediátrico, Maternidade e Covões
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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10 | Nº 504 | 31 DE DEZEMBRO DE 2009 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com
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Licenciatura de ex-vereador figueirense posta em xeque pelo Ministério Público
Entre centenas de outros eventuais ilícitos
Lídio Lopes em risco de ficar sem licenciatura
Doze arguidos acusados de associação criminosa
R.A.
A anulação da licenciatura de Lídio Lopes (PSD), exvereador figueirense, acaba de ser proposta pelo Ministério Público ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (TAFC), apurou o “Campeão”. O procurador João Garcia dirigiu aos juízes uma acção administrativa especial visando a declaração de nulidade de uma deliberação tomada em 2004 pelo Conselho Científico da Universidade Internacional da Figueira da Foz (UIFF). A acção impugna o deferimento de um pedido de equivalências, formulado por Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes, e um acto posterior atinente à atribuição ao aluno do grau de licenciado em Gestão (vide peça complementar). A contestação está a ser elaborada por Fernanda Maçãs, ex-vereadora da Câmara de Coimbra (independente eleita pelo PS), mas a jurista declina, por ora, tecer qualquer consideração sobre o caso. Ex-estudante de Direito, Lídio Lopes reingressou na UIFF, em meados de 2004, por via de um concurso especial de acesso para titulares de cursos superiores pós-secundários. Admitido, requereu equivalências a disciplinas para prosseguimento de estudos (com equiparação ao grau de bacharel com base num título de “master of business”) e, volvido um ano, obteve a licenciatura em Gestão. As equivalências conce-
didas ao aluno basearam-se num curso de ensino à distância ministrado pela Universidade de Rochville (Estados Unidos da América). Contudo, segundo a Inspecção-Geral do Ensino Superior, tal Universidade não é uma instituição acreditada pelo Departamento de Educação dos EUA nem pelo Conselho de Acreditação da Educação Superior. Para a referida Inspecção-Geral, o concurso ao abrigo do qual ocorreu o reingresso do aluno não permitia enquadrar devidamente o candidato. Mais de um ano depois da obtenção da licenciatura, Lídio Lopes solicitou ao então reitor da UIFF informação capaz de o habilitar a “clarificar a legitimidade e a legalidade” do respectivo grau académico. Como noticiou o nosso Jornal, a 30 de Outubro de 2008, o ex-vice-reitor Eduardo Santos alega que o outrora reitor Carlos Santos nunca homologou as equivalências atribuídas ao então aluno Lídio Lopes. Ouvido pelo “Campeão”, Eduardo Santos, professor associado da Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra, insistiu que o Conselho Científico (CC) da UIFF não procedeu a votação nominal em sede de apreciação da atribuição de equivalências. Casamento depois do “canudo”
Presidente do CC durante perto de três anos
(2002/05), Santos precedeu Carla Murta como secretário-geral da Universidade Internacional da Figueira da Foz e era vicereitor quando deixou de lá leccionar. Carla Murta e Lídio Lopes casaram-se em meados de 2008. A jurista, que terá instruído o processo para atribuição de equivalências, entende nunca ter havido qualquer procedimento menos correcto, face à legislação por ela conhecida, nem tratamento de favor. Ao advertir tratar-se a atribuição de equivalências de uma competência exclusiva do CC, Carla Murta diz que o ex-aluno concorreu nas mesmas circunstâncias de outros e faz notar que o seu parecer não era relativo ao reconhecimento de equivalências (sendo antes de que Lopes satisfazia os requisitos previstos para o concurso a que se submeteu). Eduardo Santos admite ter assinado uma acta do Conselho Científico, cuja validade põe em xeque, mas alega que isso ficou a dever-se à base de confiança que então depositava na secretária-geral. “Desde que Carlos Santos assumiu a função de reitor nunca Carla Murta foi sujeita a qualquer controlo”, opina Eduardo Santos, que afirma ter ficado estupefacto ao saber que as habilitações conferidas a Lídio Lopes pela Universidade de Rochville
foram reconhecidas pela secretária-geral da UIFF. A magistrada do Ministério Público (MP) Madalena Peres – que arquivou um inquérito do foro criminal em cujo âmbito Lopes e Carla Murta tinham sido constituídos arguidos (vide a nossa edição de 01 de Outubro de 2009) – invocou dificuldade em compreender as considerações do ex-presidente do Conselho Científico da UIFF. Segundo a procuradora, Eduardo Santos accionou a Universidade Internacional no Tribunal do Trabalho e teve “um relacionamento tenso e conflituoso” com Carla Murta. Ao assinalar que Santos foi membro de dois júris, Madalena Peres alude a “alguma estranheza” por o outrora vice-reitor referir que nunca teve acesso ao dossiê de Lídio Lopes. Lurdes Meireles, exprofessora da UIFF, invocando ter pedido a Carla Murta comprovativos atinentes às habilitações de Lopes, alegou que os mesmos lhe foram negados sob o argumento de que seria outra pessoa a conferir as equivalências pretendidas pelo aluno. Neste contexto, Madalena Peres ordenou a extracção de uma certidão, que foi remetida ao Ministério Público junto do TAFC, tendo justificado a iniciativa com o teor de um relatório da InspecçãoGeral do Ministério da Educação.
Lídio Rosa em vez de Lídio Lopes Outrora secretária-geral da Universidade Internacional da Figueira da Foz, Carla Murta redigiu uma acta em que confundiu o nome do aluno que acabou por vir a ser marido dela. A jurista designou Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes como Lídio Manuel Coelho Rosa. O equívoco foi detectado pela Polícia Judiciária de Coimbra quando a instituição foi chamada a coadjuvar os serviços do MP junto do Tribunal da Figueira da Foz. Tratou-se de um mero lapso, exclusivamente imputável à então secretária-geral da UIFF, alegou a jurista. Carla Murta e Lídio Lopes foram constituídos arguidos ao abrigo de um inquérito do foro criminal, arquivado há três meses. Ela foi objecto de investigação sob indícios de prática de crimes de abuso de poder e de falsificação de documento e sobre ele recaía a
suspeita de eventual autoria de um crime de usurpação de funções. Entretanto, o procurador João Garcia assinala que Lopes ingressou na UIFF no âmbito de um concurso especial de acesso para titulares de cursos superiores pós-secundários, à luz do Decreto-Lei nº. 393-B/99, ao passo que determinadas equivalências foram concedidas ao abrigo do DL nº. 283/83 (reportadas a disciplinas de cursos superiores estrangeiros). Alega o magistrado do MP que, não estando a Universidade de Rochville acreditada como estabelecimento de ensino superior, era impossível conferir equivalência a disciplinas por ela ministradas. Acresce, segundo o procurador, que Lídio Lopes não podia ser candidato num concurso especial para titulares de cursos superiores pós-secundários na medida em que faltava a referida acreditação à Universidade.
Doze arguidos acabam de ser acusados, pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, sob suspeita de terem constituído uma associação criminosa, sendo-lhes imputada, ainda, a autoria de mais de 200 ilícitos, soube o “Campeão”. A acusação abrange 10 homens e duas mulheres. O Código Penal prevê pena de prisão de um a cinco anos para quem promover ou fundar grupo ou organização cuja finalidade ou actividade consista na prática de um ou mais crimes. Quem chefiar ou dirigir tais grupos incorre em pena de prisão de dois a oito anos. Aos arguidos foi deduzida acusação por presumível prática de 150 crimes de falsificação de documento e eventual autoria de perto de 70 crimes de burla qualificada.
Segundo o Ministério Público (MP), os acusados concertaram esforços no sentido de se fazerem passar por outras pessoas para efectuarem compras a crédito. Uma magistrada do DIAP de Coimbra entende que os suspeitos agiram com intenção de ludibriar funcionários de sociedades de concessão de crédito, criandolhes a convicção de se tratar de proponentes em condições de acesso a empréstimos. Na perspectiva do MP, os arguidos concertaram esforços no sentido de procederem a falsificação de documentos alheios e fizeram uso deles a fim de obterem financiamentos para compra de bens. As aquisições são imputadas aos acusados, presumindo-se que eles fizeram crer que se tratava dos proprietários dos verdadeiros documentos.
No valor de 22 milhões de euros
AM de Condeixa aprova orçamento para 2010 A Assembleia Municipal de Condeixa aprovou, na segunda-feira, dia 28, o Plano e Orçamento para 2010. O documento contou com os votos favoráveis do Partido Socialista e com a abstenção do Partido Social Democrata (PSD), Bloco de Esquerda (BE) e da Coligação Democrática Unitária (CDU). O Plano e Orçamento do município prevê que a despesa supere os 22 milhões de euros em 2010, o que representa um aumento em relação ao ano anterior. De idêntico valor, a receita regista uma descida no próximo ano. Foi ainda ratificado, por unanimidade, o regimento da Assembleia Municipal que apresenta algumas alterações em relação ao anterior o que, na perspectiva do seu presidente, Fernando Pita, o torna “mais coerente e ordenado”. O Bloco de Esquerda, estreante no panorama político de Condeixa, questionou o presidente do município, Jorge Bento, sobre o facto de se ter desencadeado a construção do novo Estádio Municipal “numa altura de crise económica”. Com cerca de 300 atletas em formação, o Clube de Condeixa,
comentou o edil, está a perder jovens para outras terras: “Alguns desses jovens estão a sair de Condeixa à procura de melhores instalações desportivas. Ora numa terra que se quer de coesão social não se pode permitir isso. O número de famílias que assistem aos treinos e aos jogos dos nossos jovens merecem uma estrutura digna e não o actual campo de jogos sem condições para a prática desportiva”. Já quanto ao IC2, Jorge Bento adiantou que nos próximos três meses conta ter disponível uma espécie de pré-projecto daquele que será o novo traçado desta via. A intervenção na Praça da República, que representa a última fase da regeneração urbana da vila de Condeixa, foi outro dos temas debatidos na reunião, tendo o edil garantido que as obras arrancarão no próximo mês de Janeiro. “Esta é uma obra comparticipada com fundos comunitários e que foi amplamente discutida pela opinião pública. Condeixa ficará diferente para melhor, mais urbana. Bem sei que durante um ano existirão alguns transtornos do trânsito, mas a necessária compensação virá depois”, considerou, confiante, o autarca.
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Aberto há quase 53 anos na Portagem
Bar Navarro vai fechar para deixar passar o Metro IOLANDA CHAVES
O conhecido Bar Navarro, em Coimbra, famoso pelo sinal de proibição de beijar, é um de vários espaços comerciais da cidade que deverão desaparecer para dar lugar aos carris do Metro. António Francisco Pereira, o dono, mostra-se resignado com a situação e também um pouco ansioso porque não tem ainda uma data para o fecho definitivo do estabelecimento. Segundo disse ao “Campeão”, cabe à Refer dar-lhe uma resposta. Enquanto isso, está sem saber o que fazer. “Tenho uma máquina para consertar, mas não sei se vale a pena. E se a mando arranjar e pedem-me para fechar isto de repente? Começa a haver necessidade de encomendar mercadoria e sem uma data no horizonte não me posso orientar”, sublinha. Se continuar aberto até Abril, no dia 10 desse mês, o Café Navarro faz 53 anos. Ao longo de cinco décadas, marcou a paisagem urbana, criou laços com a cidade e com quem a visita, turistas anónimos e também algumas figuras públicas. “Este café funcionou sempre como um posto de Turismo e eu sempre tive muito gosto em dar informações aos estrangeiros, até frequentei a Alliance Française para saber mais. Não gosto muito de inglês, mas isso nunca foi um entrave para mim. Atendo toda a gente. Ninguém sai do bar Navar-
António Francisco Pereira deu uma nova utilidade a objectos condenados ao lixo e recriou instrumentos musicais
ro sem ser atendido!”, diz, sorridente. A saída do local ditará o fim do café. António Francisco, com 74 anos de idade e 63 anos dedicados à hotelaria, não tenciona deslocalizar o negócio. “O Bar Navarro deixa de existir”, afirma, o que não quer dizer que o dinâmico dono vá ficar de braços cruzados. Uma homenagem a Coimbra
Porque sempre gostou de colaborar com a imprensa local, fornecendo uma ou outra dica, o empresário tenciona ocupar o tempo livre a escrever e a relatar ocorrências, assim os jornais estejam receptivos a aceitarem a sua colaboração. As facetas de coleccionador, artista e inventor deste singular empresário da Baixa de Coimbra, há muito conhecidas e divulgadas em
jornais e na televisão, também ganharão com esta reforma forçada. Orgulha-se de ter “a maior colecção do Mundo de garrafas em miniatura”, iniciada quando tinha apenas 12 anos. Os objectos de colecção expostos no café (para além das garrafinhas) são apenas uma amostra do que tem no seu acervo particular, baptizado já como Museu Pereira. Poucos dias antes do Natal, António Francisco Pereira teve em exposição um conjunto de réplicas de instrumentos musicais de cordas, que fez com recurso a objectos cujo destino final seria o lixo. A reciclagem de desperdícios é uma actividade nova. Iniciou-a há um ano, mas já deu frutos, como se pôde ver. Os instrumentos têm cordas e, assegura, “estão afinados”. A parte musical das peças, ficou por conta da casa Olím-
pio, especialista nesta área. A partir de um bidé fez uma guitarra clássica (a vulgar viola), de um penico e de tampas de rodas de carro recriou banjos e de uma garrafa bojuda fez uma guitarra eléctrica. “Agora que o bar vai fechar, estes objectos e esta exposição são uma homenagem que presto a Coimbra”, declara. Ainda que muito mais houvesse a contar acerca de um estabelecimento com cinco décadas de história, que não tarda nada passará a fazer parte do passado da cidade, este artigo ficaria coxo se não se fizesse uma referência ao sinal de proibição de beijar, engendrado por António Francisco e colocado na esplanada para travar os ímpetos dos apaixonados, numa época em que o país despertava para a liberdade. “Foi a melhor campanha de marketing que podia ter feito”, diz.
Miranda do Corvo
Casa do Gaiato assinala 70 anos A Casa do Gaiato de Miranda do Corvo assinala, a 7 de Janeiro de 2010, 70 anos de trabalho em prol das crianças desfavorecidas. Para marcar a efeméride, a instituição está a organizar um programa evocativo, a decorrer de 5 a 31 de Janeiro, que inclui uma exposição, uma celebração da eucaristia, um colóquio e uma festa-encontro. No dia 5 de Janeiro, pelas 17h00, na Biblioteca Municipal Miguel Torga (junto
da Igreja Matriz), terá lugar a inauguração da “Exposição 70 anos” da Casa do Gaiato de Miranda Corvo e “25 anos da Associação de Antigos Gaiatos”. Dia 10 de Janeiro, pelas 10h00, será celebrada a eucaristia de acção de graças, na capela da Casa do Gaiato e, pelas 15h00, haverá um colóquio, na sala de cinema de Miranda do Corvo, junto à Estação. O programa comemorativo termina, dia 31 de Janeiro, com uma fes-
ta-encontro, no salão de festas da Casa do Gaiato. De recordar que “O Gaiato” é o nome mais usual da “Obra de Rua”, ou “Obra do Padre Américo”, Instituição Particular de Solidariedade Social cujo objectivo é acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens que, por qualquer motivo, se viram privados de meio familiar normal. Disseminadas por diversas localidades, “são institui-
ções totalmente particulares, vivendo dia-a-dia o risco evangélico da solidariedade humana” e, no dizer do fundador, padre Américo Monteiro de Aguiar, “somos a família para os que não têm família”. As actividades de cada casa são sempre orientadas para proporcionar o desenvolvimento de cada rapaz: saúde, alimentação, estudos, formação profissional, emprego, férias, tempos livres, cultura.
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Obras decorrem até 2013
Águas de Coimbra substitui condutas velhas e desadequadas IOLANDA CHAVES
O anúncio do aumento de 5,3 por cento do preço da água, em vigor a partir de amanhã, dia 1, foi acompanhado de um memorando do plano de investimentos que a empresa municipal Águas de Coimbra (AC) está a realizar no concelho, na área do abastecimento de água e do saneamento básico. No domínio da água, a AC prossegue com a obra de renovação da rede de distribuição da água, através da substituição de tubagens antigas e em mau estado por material mais moderno e adequado à função a que se destina. Para responder a diversas situações de roturas, derivadas da deterioração das condutas, a empresa está a investir 3,6 milhões de euros. Este esforço, segundo o novo presidente do Conselho de Administração da AC, Marcelo Nuno, vai permitir à empresa uma poupança de
115.200 metros cúbicos de água por ano. No saneamento, o investimento será da ordem dos 4,3 milhões de euros. No primeiro trimestre deverá ficar concluído o alargamento da rede a alguns arruamentos das povoações de Arzila, Brasfemes, Paredes, Casal da Rosa, Pinhal do Bispo, SargentoMor, Larçã, Botão, Antuzede, Póvoa do Pinheiro, Adémia, Vilela, Trouxemil, S. Paulo de Frades, Eiras, Antanhol, Assafarge, Vale Centeio, Lajes e Vale de Rosas. Deverão ser concluídas também, as obras em Castelo Viegas e em Lagoas, na freguesia de Ceira. Em Almalaguês, prossegue a empreitada que vai estender a rede a Portela do Gato, Torre de Bera, Monte de Bera, Outeiro de Bera e Cestas. Na mesma freguesia, terá início a obra referente a Rio de Galinhas e Monforte. Está também prevista a conclusão dos projectos que visam estender a rede de sa-
neamento a Carvalhosas, Palheiros, Zorro, Ribeira da Misarela, Casal do Lobo, Cova do Ouro, Serra da Rocha, Dianteiro, Carapinheira, Golpe e Rocha Velha. Quem gasta mais, paga mais
Na primeira conferência de imprensa na qualidade de presidente do Conselho de Administração da AC, Marcelo Nuno (antigo vereador da Câmara Municipal de Coimbra) teve a incumbência de anunciar o aumento do tarifário da água (que o Campeão noticiou na edição electrónica), enquadrando-o nas novas regras do sector, que visam a sustentabilidade económica e financeira dos sistemas e adoptam o princípio do utilizador-pagador. O aumento de 5,3 por cento do tarifário que abrange a maior parte dos consumidores é, segundo Marcelo Nuno, “socialmente aceitável” e “aproxima mais os custos
de consumo aos custos de investimento”. “O aumento não é suficiente para a garantia total do equilíbrio da exploração, mas pretende-se que a actualização deste valor seja gradual e que não penalize excessiva os utilizadores”, sublinha a empresa. Atendendo à actual conjuntura económica e financeira, a AC decidiu manter o valor da tarifa social, que anteriormente era destinada a famílias com três ou mais filhos e agora passará a aplicar-se “a agregados familiares numerosos, considerando como tal os compostos por cinco ou seis elementos”. Por outro lado, foi criado um quarto escalão que penaliza consumos mensais superiores a 25 metros cúbicos (m3) de água. Assim, o terceiro escalão que abrangia todos os consumos superiores a 15 metros cúbicos por mês, passa a abranger os consumos de 16 m3 a 25 m3.
Pureza das águas e beleza da paisagem
Poiares candidata rio Alva às sete maravilhas naturais A Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares apresentou a candidatura do rio Alva (no troço que atravessa o concelho, na Moura Morta) às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. Esta é uma iniciativa da “New 7 Wonders Portugal” que tem como objectivo sensibilizar a população portuguesa para a necessidade de preservar, promover e divulgar o património natural do país. E foi precisamente para dar seguimento a esse objectivo que o Município de Vila Nova de Poiares aderiu ao projecto e seleccionou este troço do rio Alva para a referida candidatura, na categoria de zonas aquáticas não marinhas. “Local de beleza singular, onde fauna e flora se encontram com esplendorosa
Na Moura Morta, o rio Alva tem um dos melhores sítios para a pesca da truta
simplicidade, a aldeia da Moura Morta, chega até ao rio Alva dispersa por vales, onde as moendas do Caneiro ainda teimam em desviar as águas que outrora fizeram moer o cereal” – pode ler-se no texto da candidatura, onde a autarquia faz questão de destacar a pureza das águas fluviais que acolhem espécies
como barbos, bogas, escalos e trutas, constituindo verdadeiros atractivos para os amantes da pesca desportiva, que ali podem contar com uma pista reconhecida como a melhor a nível mundial para a pesca à truta. Além da fauna, também a flora é digna de registo, onde a par da vegetação ripícola
surgem espécies de influência mediterrânica, num convívio harmonioso que enriquece esta verdadeira artéria ecológica, criando intercâmbios genéticos verdadeiramente únicos e essenciais para a biodiversidade de um “património natural quase intocado”. Para a Câmara Municipal de Poiares não existem dúvidas de que estão reunidos todos os requisitos para que o troço do rio Alva, na Moura Morta, possa ser reconhecido como uma das “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. Refira-se que a candidatura já foi recepcionada e aceite, tendo já arrancado a primeira fase de selecção. Quanto à decisão final, esta só será conhecida em Setembro de 2010 - Ano Internacional da Biodiversidade.
Inova promove Quinta Biológica com cabaz de Natal À semelhança dos anos anteriores, a Inova – Empresa Municipal de Cantanhede presenteou o Campeão das Províncias e a Rádio Regional do Centro com um cabaz de Natal com produtos da Quinta Agrícola Biológica. Como bem demonstra a empresa liderada por Patrocínio Alves, os votos de boas festas podem ser simultaneamente originais e
saudáveis. Alternativa ao tradicional cabaz, recheado quase sempre com produtos adocicados, o cesto da Quinta Biológica é composto por produtos biológicos, tais como alho francês, cenoura, couve tronchuda, grelos, morango, beterraba, beringela, abóbora menina e nozes, e por um espumante da Adega Cooperativa de Cantanhede.
A propósito do caso Esmeralda
Cândido Ferreira lança um livro pelas crianças A primeira sessão de 2010 das “Terças-Feiras de Minerva” acolherá o lançamento nacional do livro “Pelas crianças de Portugal - A propósito de Esmeralda e outras causas”, da autoria do médico Cândido Ferreira, com fortes ligações a Coimbra e que se radicou em Leiria. A obra será apresentada no dia 5 de Janeiro, às 18h00, na Livraria Minerva (rua de Macau, n.º 52, no Bairro Norton de Matos), em Coimbra.A data antecede uma nova fase da “saga” de Esmeralda Porto Nunes - no Tribunal de Torres Novas, a partir de 8 de Janeiro -, uma criança cujos direitos têm sido objecto de sucessivas acções judiciais por parte dos pais biológicos e adoptivos.O texto do livro será analisado por José Luís Martins e José Pereira San-
tos, ambos advogados e militantes de causas cívicas. A sessão será presidida por Jorge Rocha (Pombalinho), um amigo de juventude do autor, em Coimbra, e que fará também a sua apresentação. As “Terças-Feiras de Minerva” continuam a sua programação dia 20 de Janeiro (excepcionalmente uma quarta-feira), com o tema “A sexualidade do homem depois dos 50 anos”.A sessão terá como intervenientes Carlos Costa Almeida (cirurgião vascular), Fernando Tiago Sobral (urologista) e Joaquim Cabeças (psiquiatra), tendo como base o livro “A sexualidade do homem depois dos 50”, de Yvon Dallaire, recentemente publicado pelas Edições Minerva Coimbra, com tradução de Ana Seiça Carvalho.
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Debate “DOIS DEDOS DE CONVERSA” Debate entre os candidatos à liderança da Distrital do CDS-PP/Coimbra
Nunes da Silva vrs Paulo Almeida
Domingo das 12 às 13 horas - Ouça em 96.2 ou www.radioregionalcentro.com
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“Dois dedos de conversa” com Rosa Reis Marques
Covões, Pediátrico e Maternidade estão em fase de investimentos L.S.
A abertura do novo Hospital Pediátrico, a continuação da renovação das instalações do Hospital dos Covões e a ampliação da Maternidade Bissaya Barreto são investimentos que irão ser uma realidade em 2010, segundo anuncia a presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC). Rosa Reis Marques, que recentemente assumiu funções de liderança do CHC, destaca que o Hospital Pediátrico já se encontra edificado, em fase de teste de obra e de equipamento, devendo abrir as portas no primeiro semestre de 2010 para receber desde bebés até jovens com 18 anos e menos um dia. Em relação aos atrasos verificados na construção da nova unidade hospitalar, refere que “o projecto devia ter sido melhor estudado, com todos a serem vítimas em alguma pressa em lançar a obra”. No programa “Dois dedos de conversa”, realizado na Góis Joalheiro e transmitido domingo, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM), a administradora do CHC deu também conta que continuam a ser recuperadas as instalações do Hospital dos Covões,
Pediátrico de Coimbra
Dupla vergonha! R.A.
Para a presidente do Conselho de Administração, o CHC tem uma visão alargada no contexto da região
estando a terminar as obras na área da Unidade de Cuidados Intensivos Coronários e seguindo-se o espaço de internamento da Urologia. Quanto à Maternidade Bissaya Barreto, que segundo Rosa Reis Marques “é reconhecida pelo trabalho em Obstetrícia e Ginecologia, e em áreas de inovação como o diagnóstico precoce fetal”, anunciou que a construção de um edifício para a Unidade de Procriação Medicamente Assistida e o Hospital de Dia está a aguardar licen-
ciamento por parte da Câmara Municipal de Coimbra. Administradora hospitalar de carreira, desde há 28 anos, e ex-vice-presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, Rosa Reis Marques disse estar na liderança do CHC com “uma visão alargada e abrangente do papel a desempenhar por este centro hospitalar no contexto da região, nomeadamente nas respostas para colmatar as necessidades”. “Embora a concorrência seja saudável, em termos de
saúde temos de ser complementares”, considera. Sobre o facto de o CHC ser uma EPE, a administradora destacou que “a gestão empresarial dá mais instrumentos para ter eficiência”. “O que muda são os instrumentos de gestão, com maior mobilidade nas compras e maior facilidade de recrutamento de profissionais, com mais autonomia, acompanhada de responsabilidade, a todos os níveis”, disse, para acrescentar que “nada interfere na prestação de cuidados de saúde aos doentes”.
Montemor-o-Velho
Colectividades promovem festas de passagem de ano I.C.
À parte das passagens de ano organizadas por empresas de eventos, como acontece na Quinta do Mourão, Quinta S. Luiz, Quinta Oliveira e Patinhos Eventos, algumas colectividades do concelho de Montemor-oVelho promovem elas próprias as suas festas, uma iniciativa que, ao que parece, está cada vez mais em desuso em Coimbra. Ao promoverem este PUBLICIDADE
convívio, as associações estão a proporcionar aos seus sócios e restante população, uma oportunidade para brindarem juntos a entrada do ano novo, de uma forma descontraída e à medida dos bolsos da maior parte das pessoas. Em Ereira, a Associação Cultural Desportiva e Social abre as portas às 21h00 para um jantar colectivo em que cada participante leva a sua própria refeição. O conjunto Ondas
Musicais anima a noite. Na freguesia de Arazede, o CACTO – Centro de Assistência e Cultura do Tojeiro também começa a festa, para os sócios, às 21h00, com uma ementa composta por camarão e patés (entradas), caldo verde e leitão. A animação está por conta de um dj. Na mesma freguesia, no Zambujeiro, a Associação Cultural e Recreativa “Alegria do Zambujeiro” vai servir um jantar à base de car-
ne de porco à alentejana, leitão e camarão, com música ambiente e seguido de baile. Em Santo Varão, o Centro Beira Mondego em parceria com a Comissão de Festas de Nossa Senhora do Amparo de 2010, promove um jantar com uma ementa festiva composta de creme de marisco, sopa de legumes, misto de carnes com batata assada. Há música ambiente e dj a animar a madrugada do novo ano.
É neste retrato, captado domingo, que o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, João Pedro Pimentel, deve pôr os olhos. A obra é a das futuras instalações do Hospital Pediátrico de Coimbra, cuja parede exterior voltada para os HUC perdeu, num ápice, o seu revestimento. A vergonha interpelanos duplamente. Por um
lado, a imagem da parede mais visível do empreendimento alerta-nos para o «cancro» da qualidade da construção, situação a que o “Campeão” tem aludido com frequência; por outro, tal imagem simboliza o laxismo com que a Administração Regional de Saúde tem encarado as advertências feitas pelo nosso Jornal. Saiba, porém, o presidente da ARS que ainda há muito para contar!
Até ao dia 3 de Janeiro
Mundo de fantasia no Penela Presépio A magia do Natal está presente na vila de Penela, onde o seu castelo medieval serve de cenário ao maior presépio animado do país. A criação de Jaime Roxo, espalhada por mais de 500 metros quadrados, é um exemplo de criatividade, paciência e muito engenho, capaz de dar vida a mais de 100 bonecos que, com os seus movimentos, recriam tantas cenas do quotidiano quanto é possível imaginar. Junto às muralhas, na Aldeia da Fantasia, há contadores de histórias e actores que interagem
com o público e recriam um presépio ao vivo. A “Praceta da Brincadeira” constitui outro dos muitos espaços de animação onde miúdos e graúdos são convidados a participar nas actividades lúdicas. O Penela Presépio pode ser visitado até ao dia 3 de Janeiro, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 12h30 e das 14h00 às 19h00. Aos sábados e domingos, o presépio está aberto ao público entre as 10h00 e as 19h00. Amanhã, dia 1 de Janeiro, as portas abrem das 14h30 às 19h00.
POLÍTICA
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DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
Suspensão da queima de resíduos vai ser debatida no Parlamento
Pressão de Coimbra na Assembleia da República
Carlos Encarnação não vê recuo do PSD contra a co-incineração
A.M. forma comissão para reunir com deputados
Para o presidente da Câmara Municipal de Coimbra não existe uma contradição, nem uma mudança de posição, se o PSD se recusar a apoiar, na Assembleia da República, o projecto do Bloco de Esquerda para suspender o processo de co-incineração de resíduos industriais perigosos. Segundo declarou Carlos Encarnação ao “Campeão”, a posição dos sociais-democratas tem de ser entendida como uma opção por se encontrar todas as soluções de reciclagem que podem ir até 90 por cento dos resíduos, para só depois se chegar à co-incineração, ou a outra alternativa. O autarca recorda que o PSD tem “responsabilidades especiais” no processo, recordando que enquanto Governo optou pela criação dos CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos), enquanto que o PS “atrasou a sua instalação e promoveu a co-incineração”. Carlos Encarnação alude a uma “guerra económica”, dado o interesse da queima de óleos e solventes nas ci-
menteiras, e remete para a posição de Marcelo Rebelo de Sousa, expressa no semanário “Sol”, segundo o qual funciona já alternativa à co-incineração, na CIRVER da Chamusca, com capacidade para todo o país. Contudo, escreve o Professor: “os industriais prefeririam exportar para Espanha, por ser mais barato e por não haver controlo das nossas autoridades. No ano passado, teríamos exportado 200 mil toneladas de resíduos industriais. Em clara violação da legalidade aplicável. Aqui fica registada esta informação, nos exactos termos em que a recebi”. No Parlamento, o Bloco de Esquerda entregou um projecto de lei para suspender a co-incineração (ver edição do “Campeão” de 23 de Dezembro), contemplando a cessação dos processos em curso, nas cimenteiras de Souselas e do Outão, e definindo condições para o licenciamento de incineração e co-incineração de resíduos industriais perigosos (RIP). Por parte do PSD, o vicepresidente da bancada e exsecretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins,
declarou ao “Diário de Notícias” (ver edição de 27 de Dezembro) que “não devem ser discutidas no Parlamento questões que estão nos tribunais”, ou seja, “a co-incineração não deve ser suspensa na Assembleia da República” e “é uma questão da competência administrativa do Governo”. O sentido do voto dos deputados sociais-democratas, ainda sujeito a discussão no seio da bancada, poderá ser a abstenção. CDS prepara iniciativa
A posição do CDS/PP é de abertura a poder apoiar o projecto de lei do Bloco de Esquerda, mas dependendo do articulado, segundo disse ao “Campeão” o deputado democrata-cristão Serpa Oliva. O médico, eleito por Coimbra, confirmou que o CDS está também a preparar uma iniciativa legislativa de suspensão da co-incineração, a apresentar no início do ano. João Serpa Oliva declara estar “satisfeito” por a ministra do Ambiente ter reconhecido que os CIRVER são a melhor solução, sublinhando
tratar-se de “uma evolução em relação ao anterior titular da pasta, que dizia que os centros de resíduos eram uma fraude política”. O deputado centrista defende que “o processo antes de se chegar à co-incineração deve ser devidamente regulamentado”, acentuando que os CIRVER são uma solução para 92 por cento dos resíduos industriais perigosos. Serpa Oliva defende que “haja critérios rigorosos para o que chega à co-incineração, lembrando os grandes investimentos feitos pelas cimenteiras e a consequente amortização por parte das empresas”. A co-incineração estava suspensa na Cimpor de Souselas, mas, no passado dia 8 de Dezembro, uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo permitiu a retoma do processo. Em vigor continua uma postura municipal, aprovada em 2006 pela Câmara de Coimbra, que proíbe a circulação de transportes com resíduos perigosos no acesso à cimenteira, com os camiões a poderem ser autuados numa coima que vai de 500 a 2 500 euros.
Para ser candidato à presidência do PSD
Castanheira Barros prossegue com angariação de assinaturas onze concelhos (Matosinhos, Porto, Coimbra, CarO advogado Jorge regal do Sal, Fornos de AlCastanheira Barros prosse- godres, Celorico da Beira, gue a campanha de recolha Guarda, Lisboa, Oeiras, de assinaturas, junto dos Cascais e Setúbal), mas falmilitantes do PSD, para ser tam-lhe ainda o dobro para candidato à presidência do poder formalizar a candidatura. partido. Confiante, espera ter Tem garantidas 750 subscrições, obtidas num todas as assinaturas necespériplo de dois meses, em sárias até finais de Fevereiro e, se possível, procuGuilherme Tralhão rará alcançar Centro de Diagnóstico Radiológico as duas mil até um mês T. 239 482 412 | F. 239 484 144 antes da data em que veNOVAS INSTALAÇÕES nham a ser A ABRIR BREVEMENTE marcadas as eleições. Av. Elísio de Moura, 327 - L 3 - 3030-183 Coimbra I.C.
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Depois de em 2007 não ter tido tempo suficiente para a angariação de subscrições, desta vez afirma que a candidatura será uma realidade e será levada até ao fim. O militante social-democrata anda agora em campanha pelas regiões autónomas. Até dia 2, está nos Açores de onde parte para a Madeira. Neste arquipélago, aonde já viveu e trabalhou, e mantém uma relação de amizade com Alberto João Jardim, fica até dia 10. Para já, não revela nomes de apoiantes. Quanto à possibilidade de o presidente do Governo Regio-
nal da Madeira vir a ser seu apoiante, diz que não mistura a amizade com as questões políticas e sublinha que as subscrições não são manifestações de apoio, mas “um acto democrático de viabilização de uma candidatura”. No regresso das ilhas, prossegue a campanha nos distritos de Aveiro e Leiria, Santarém, Coimbra e Setúbal. Perante a eventualidade de um Congresso Extraordinário, conforme foi já solicitado, Castanheira Barros diz que não qualquer objecção “desde que seja para debater ideias com vista à revitalização do partido.”
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A Assembleia Municipal (A.M.) de Coimbra aprovou um documento intitulado “Declaração de Coimbra”, apresentado pelo líder da bancada social-democrata, Maló de Abreu, em defesa da suspensão da co-incineração em Souselas. O documento, aprovado por maioria, com um voto contra e 12 abstenções da parte dos socialistas, contempla a criação de uma comissão, formada pelo presidente da A.M. e um deputado municipal em representação de cada um dos grupos com assento neste órgão autárquico, que actuará como uma força de pressão na Assembleia da República. Esta comissão deverá dar conhecimento da declaração aprovada a todos os órgãos de soberania, solicitar reuniões com os deputados eleitos pelo círculo de Coimbra e com todos os grupos parlamentares, e, ainda, desenvolver acções de modo a que a “Declaração de Coimbra” seja subscrita “pelo maior número” de cidadãos, de eleitos locais e de dirigentes de instituições da sociedade civil. Através deste documento, a A.M. compromete-se a “envidar todos os esforços para que a Assembleia da República suspenda o processo de co-incineração, até que seja quantificado o volume de resíduos perigosos a tratar nesta instalação [Cimpor de Souselas] e garantida a criação de organismo independente que inclua a Universidade de Coimbra como entidade responsável pela medição das emissões para a envolvente da unidade industrial”. Ao apresentar a proposta, Maló de Abreu disse que não se trata aqui de mais uma moção contra a co-incineração, mas sim o
“início de um combate decisivo”. “Vamos ser nós a tentar, a fazer força para que o problema se resolva. Não devemos delegar noutros a nossa responsabilidade”, sublinhou. Helena Freitas: a voz discordante
No sentido de conseguir maior consenso em torno do documento a aprovar, Maló de Abreu submeteu o texto inicial à consideração das restantes bancadas, conseguindo com isso apenas um voto contra, de um deputado do PS. De igual modo, conseguiu também a abstenção de Helena Freitas (PS), a única voz que se fez ouvir em defesa da co-incineração. Ouvida pelo “Campeão das Províncias”, justificou o voto com o facto de ter contribuído para o texto final e o respeito por uma iniciativa assumida pela Assembleia Municipal. “Não me revejo no documento, mas respeito a Assembleia, por isso não votei contra”, sublinha. No período antes da ordem dia, a bióloga e professora universitária, tomou a palavra para dizer, de antemão, que votaria contra uma moção da CDU no sentido da suspensão da co-incineração em Souselas. Recordando o que tem sido a sua posição, desde o início deste processo, Helena Freitas disse que nunca se opôs a esta solução de tratamento, na sua opinião a mais correcta, do ponto de vista técnico e científico, e aquela que é seguida em quase toda a Europa. A moção da CDU também foi aprovada, com 37 votos a favor e 12 votos contra e cinco abstenções do PS.
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FUTEBOL TAÇA DA LIGA
Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio...
Académica - Estoril DOMINGO, DIA 3, ÀS 16H
Ouça na Internet em www.radioregionalcentro.com Comentários: Francisco Andrade
Relato: Luís Carlos Melo
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Fernando Nogueira – Porquê evidenciar quem há muito se retirou da vida política e se remeteu a um silêncio de anos que, de tão silencioso, se começa a ouvir? Exactamente por isso, por esse perfil determinado e decidido de alguém que, tendo conseguido reunir em seu redor o apoio de um povo e uma auréola de dignidade intocável, soube e conseguiu estar calado durante anos sem que o país dele se tivesse esquecido, tal a estima de que gozava. Hoje como ontem, continua a ser uma referência ética para todos, quiçá uma esperança ainda vida para alguns. Veio recentemente a Coimbra, em boa hora trazido pelo Professor Fernando Regateiro, na sua qualidade de presidente da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra que lhe quis testemunhar exactamente a admiração que Fernando Nogueira continua a suscitar em muitos de nós. Homem de uma só palavra e de uma só fé, apenas aceitou manifestar a sua gratidão pelo carinho recebido que soube embrulhar numa mensagem (à José Régio) ao país, dizendo que talvez não seja por aqui. Luzio Vaz – Dizia Miguel Torga que “quem faz o que pode, faz o que deve”. Este ensinamento do saudoso escritor, figura incontornável que, de Coimbra e do Mondego, sob a forma escrita, abriu os seus pensamentos e o seu íntimo ao mundo, cai que nem uma luva nestas palavras que dedicamos a Luzio Vaz. Mas ainda assim são parcas para descrever a força de vida, o ímpeto de esperança e dedicação do administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), a quem muitos, tantos, não esquecem um sentido agradecimento, pelo seu contributo para a efectiva democratização do Ensino Superior. Há 30 anos a liderar aquela estrutura orgânica da Universidade, Luzio Vaz cessará funções daqui a uns dias, a 4 de Janeiro. Contudo, o seu contributo, firme, sincero e transparente, para trazer à Universidade centenas de milhares de jovens que, de outra forma, por razões económicas, se veriam impedidos de o fazer, há-de valer a este homem bom o carinho e a admiração da cidade de Coimbra e de todos que com ele privaram ao longo dos tempos. Porque fez o que podia, o que devia e mais do que a sua missão exigia, agora que termina a sua missão nos SASUC, pedimoslhe apenas que continue a fazer o que bem sabe, alimentando a esperança de todos na construção de um mundo mais justo e fraterno. Rodrigo Santiago – O advogado de Coimbra Rodrigo Santiago, recentemente distinguido em Lisboa com a Medalha de Honra da Ordem, por ocasião do 61.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, confirmou em 2009, de forma firme e corajosa, a sua vertente de causídico de prestígio na área Penal portuguesa. Da escola de Coimbra, no exercício da nobre profissão, com dedicação à causa maior da Justiça, Rodrigo Santiago destacou-se, de forma competente e expedita, em casos de grande impacto na sociedade portuguesa, como os processos Casa Pia, Universidade Moderna e, mais recentemente, Face Oculta, entre muitos outros. Manuel Lobão – O subcomissário acaba de ser chamado a dirigir a 2ª. Esquadra da PSP de Coimbra. Foi o primeiro comandante da Polícia Municipal conimbricense, tendo-se licenciado em Geografia depois de transitar da avenida de Sá da Bandeira para a de Elysio de Moura. O regresso à Polícia de Segurança Pública está a proporcionar-lhe o relançamento da carreira. Pina Prata – Não fez um ano brilhante em termos de figura pública. Longe disso. Viu o seu projecto para a cidade e para o concelho ser claramente rejeitado nas eleições autárquicas, consolidou o seu afastamento com o presidente da Câmara que o tinha levado consigo e afastou-se também do partido político onde militava, pelo que a sua estratégia falhou claramente. O que não quer dizer que tenha desaparecido para a vida pública. Tem por ela gosto suficiente para a ela voltar noutra oportunidade e tem qualidades a aproveitar. A capacidade de mobilização das suas equipas, a facilidade com que lidera, motiva e faz acreditar são atributos a não desperdiçar. Falta –lhe estratégia e reconhecer com humildade isso mesmo. Déficie que resolve quando e se melhor aconselhado.
Retrospectiva do ano A fechar 2009, o “Campeão das Províncias” revê, em retrospectiva, aqueles que, nas nossas edições, ao longo do ano, se destacaram pelas suas acções, marcando a actualidade e que fomos publicando semana a semana. Artur Santos Silva O presidente do Conselho de Administração do grupo BPI foi eleito para presidir ao Conselho Geral da Universidade de Coimbra (UC), um novo órgão que resulta da aplicação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. Artur Santos Silva, de 67 anos, licenciou-se em Direito na UC (1963), onde foi professor assistente das cadeiras de Finanças Públicas e Economia Política (até 1967) e regente da disciplina de Economia Financeira (de 1980 a 1982). Secretário de Estado do Tesouro (1975/76) e vice-Governador do Banco de Portugal (1977/78), integrou, no ano passado, a Assembleia que elaborou os actuais Estatutos da Universidade de Coimbra. Entre as competências do Conselho Geral da UC estão a eleição do reitor, bem como a sua eventual substituição ou destituição, competindo, ainda, aprovar as linhas gerais de orientação da Universidade.
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS DE 15 DE JANEIRO
Luís Parreirão
Após seis anos como presidente do Conselho de Administração no grupo Mota-Engil pela área de negócio das Concessões de Transporte, chegou o momento de assumir novas e diferentes responsabilidades, passando a ser o coordenador da comissão de desenvolvimento internacional para o mercado africano, sedeada em Luanda (Angola). Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves tem agora novo desafio ao liderar a Mota-Engil África, estrutura alocada a uma área geográfica e que tem como missão tornar mais célere a tomada de decisões,incrementar a agressividade comercial, reforçar os mecanismos de supervisão sobre os mercados, aproximar a comunicação entre empresas participadas e a Comissão Executiva, tendo voz activa nos órgãos sociais do grupo. Luís Parreirão, formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi presidente da Direcção-Geral da AAC, secretário de Estado das Obras Públicas e líder distrital de Coimbra do PS.
22 DE JANEIRO
Julião Sarmento Artista plástico, natural de Lisboa, onde nasceu há 60 anos, é a personalidade a quem foi atribuído o Prémio Universidade de Coimbra, no valor de 25.000 euros, uma distinção para a importância e a dimensão internacional da sua obra. Na opinião do júri, na escolha pesou a “importância da abertura da Universidade à sociedade” e Júlio Sarmento “representa, actualmente, um dos mais significativos embaixadores da cultura portuguesa no mundo, expondo, publicando e leccionando nos mais importantes locais de artes plásticas internacionais. Para o reitor, Seabra Santos, é relevante esta escolha para o prémio, num ano em que será inaugurada a Casa das Caldeiras, futuro centro de ensino e da promoção da arte na Universidade de Coimbra e na cidade, sendo igualmente relevante a dinâmica do Colégios das Artes, unidade orgânica que configura uma escola de estudos avançados nos domínios artísticos.
29 DE JANEIRO
António Xavier Pereira Coutinho
Quantas espécies de plantas existem na Europa? Quantas estão em risco de extinção? Em que condições existem? Em que quantidade? - A estas e a muitas outras questões responde o primeiro atlas total da flora europeia, que está a ser desenvolvido por uma mega equipa de investigadores de toda a Europa, com a coordenação em Portugal da responsabilidade do investigador António Xavier Pereira Coutinho, do Departamento de Botânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Com cerca de um terço das plantas rastreadas, no momento os investigadores estão a tratar as Rosaceae, uma família importante a nível ecológico e, inclusivamente, económico, pois inclui numerosas plantas ornamentais (como as rosas), e alimentícias (como as pereiras, macieiras, ameixieiras, cerejeiras, morangueiros, etc.). 5 DE FEVEREIRO
Gonçalo Quadros
Numa época de “vacas magras” e quando os “gigantes” da economia estão numa onda de falências, paragem de produção e falências, uma empresa de Coimbra mostra ao mundo porque continua a crescer, assente numa estratégia bem delineada. A Critical SGPS, de que Gonçalo Quadros é presidente do Conselho de Administração, anuncia a criação de mais uma unidade empresarial, a Critical Manufacturing SA, um investimento de 3 milhões de euros, posicionada para o fornecimento à escala global de soluções de tecnologia de informação para sistemas avançados de produção. E, ainda mais de louvar, é a criação de 30 novos postos de trabalho altamente qualificados, aproveitando o saber dos técnicos da Qimonda, que se encontra em risco de fechar. As perspectivas de negócio são boas e revela que a Critical prepara o terreno para ficar ainda melhor posiciona para a retoma. 12 DE FEVEREIRO
Marisa Matias
Investigadora do Centro de Estudos Sociais e doutoranda da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Marisa Matias, com 33 anos, vai ser a número dois da lista de candidatos do Bloco de Esquerda nas eleições para deputados do Parlamento Europeu, encabeçada por Miguel Portas. Activista do movimento contra a co-incineração e dirigente da Associação Pró-Urbe, a socióloga liderou a candidatura do BE à Câmara Municipal de Coimbra, em 2005, e, entre os seus muito afazeres académicos, tem marcado presença no programa “Praça da República”, da Rádio Regional do Centro (96.2 FM). As suas áreas de interesse incluem as relações entre ambiente e saúde pública, ciência e conhecimentos e democracia e cidadania, tendo já defendido que para a situação de crise que se vive.
26 DE FEVEREIRO
Vital Moreira O constitucionalista, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, vai encabeçar a lista de candidatos do PS nas eleições para o Parlamento Europeu, em Junho, tendo o anúncio, feito pelo secretário-geral socialista, José Sócrates, constituído um dos pontos alto do congresso do partido. Vital Martins Moreira, de 64 anos, natural de Vilarinho do Bairro (Anadia), ex-militante do PCP, pelo qual foi deputado à Assembleia Constituinte, foi juiz do Tribunal Constitucional (1983-89) e voltou a ser deputado da Assembleia da República pelo PS, em 1995, tendo sido um dos colaboradores mais activos dos “Estados Gerais”, em 2005. Define-se como “um socialista freelance”, assume o compromisso de tentar “fazer vingar o Tratado de Lisboa e uma nova ordem constitucional” na Europa, assim como ser eurodeputado “com a entrega e dedicação”, como sempre se tem dedicado à vida pública. Vital Moreira diz só ter aceite o convite na tarde de sábado, depois de “uma forte hesitação pessoal”, até porque “não é uma decisão fácil a de abandonar a posição confortável de treinador de bancada”, num momento em que ainda por cima se sente “realizado na vida académica e profissional” e terá de abandonar vários compromissos contratuais assumidos nas últimas semanas.
5 DE MARÇO
Carlos Loureiro Carlos Loureiro, antigo governador civil de Coimbra, acaba de ser investido na função de provedor da Ética por parte da EDP, a cujos quadros pertence. A Provedoria, sob a alçada do presidente da Electricidade de Portugal (o ex-ministro António Mexia), tem a missão de manter a empresa a trilhar a senda dos comportamentos inatacáveis. Opositor de Manuel Machado, quando este foi eleito pela primeira vez para a presidência da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Loureiro foi secretário de Estado da Administração Interna no último Governo de Cavaco Silva. Dedicado e afável, o ex-governante acabou por regressar à EDP, tendo exercido até há pouco tempo funções de vice-presidente para as áreas da comercialização e da produção da sociedade Energias do Brasil.
12 DE MARÇO
José Fonseca
O William Carter Award de 2009, o galardão científico mais importante do mundo na área da fiabilidade de sistemas informáticos, foi atribuído ao investigador José Fonseca, do grupo Software and Systems Engineering, do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda. O trabalho premiado contempla uma tecnologia inovadora para avaliar mecanismos de protecção de segurança da Internet, útil para as aplicações Web (páginas pessoais, blogs, sites noticiosos, redes sociais, agências bancárias, fóruns, sites de comércio electrónico, etc.). Para os orientadores do trabalho científico, Henrique Madeira e Marco Vieira, “é a distinção máxima que investigadores da área de Dependable Systems (Sistemas Confiáveis) podem ter”, sendo, igualmente, “o reconhecimento da excelência da investigação realizada na FCTUC, trabalho científico que dará origem, a curto prazo, a produtos comerciais que permitirão aumentar a segurança dos computadores”. 19 DE MARÇO
Maria Paula Marques Professora e investigadora da Unidade de Química-Física Molecular da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, e também docente do Departamento de Bioquímica, Maria Paula Marques lidera uma pesquisa que já testou com sucesso “in vitro” um agente anticancerígeno à base de Paládio (um elemento metálico), desenvolvido por uma vasta equipa de 17 elementos, nacionais e estrangeiros. Administrado a células cancerígenas e a células saudáveis humanas, o novo composto tem revelado propriedades terapêuticas mais eficazes no combate à doença e com menores efeitos secundários do que os actuais fármacos em uso clínico produzidos a partir da cisplatina (droga contendo platina, em utilização desde os anos 60, com elevado êxito mas significativa toxicidade). Esta investigação é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, tem aconselhamento médico do Instituto Português de Oncologia de Coimbra e envolve investigadores do Rutherford Appleton Laboratory (Oxford, Reino Unido), do Roswell Park Cancer Institute (EUA) e das Universidades de Málaga (Espanha), Virgínia e Minnesota (EUA). 26 DE MARÇO
Fernando Guerra
Pró-reitor da Universidade de Coimbra até 1 de Março, data em que suspendeu funções para, agora, apresentar-se como candidato a bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Fernando Alberto Guerra é uma incontornável figura da cidade e da região. Doutorado e professor agregado da Faculdade de Medicina de Coimbra, director e proprietário de uma clínica dentária, a nível empresarial pertence aos órgãos sociais do Biocant e da Incubadora de Empresas da Figueira da Foz. Começou desde cedo a sua participação cívica: foi presidente da Direcção-Geral da Associação Académica (1991/92) e adjunto do governador civil de Coimbra (Luís Pedroso de Lima, 1992/95). As linhas de força para a liderança da sua Ordem profissional passam, para além da natural vertente interna, por olhar para fora e alargar a intervenção dos médicos dentistas na sociedade e conseguir uma verdadeira estratégia nacional de saúde oral. 2 DE ABRIL
Bernardo Cotrim
Bernardo Cotrim, jurista, 54 anos de idade, coordenador de investigação criminal, acaba de ser empossado como subdirector da Directoria do Centro da Polícia Judiciária, cujo responsável máximo é o magistrado do Ministério Público Rui Almeida. Trata-se do coordenador (uma autoridade de polícia criminal) investido há mais anos em funções, tendo ingressado na PJ como inspector-estagiário. Antes disso, foi professor do ensino secundário e advogado, exerceu a função de juiz de instrução criminal e, por inerência do cargo, foi membro do colectivo de juízes do Tribunal do Trabalho de Tomar. Bernardo Cotrim tem coordenado, na Directoria de Coimbra, a secção incumbida de investigar os crimes contra as pessoas, da qual dependem as brigadas de homicídios e de crimes de índole sexual, e, em acumulação, chefiou a brigada atinente aos incêndios florestais. Também chefiou a Secção Regional de Combate ao Banditismo e a Inspecção de Ponta Delgada. Entre os casos mais mediáticos em que interveio contam-se o do rapto de uma criança em Monfortinho e o do assassinato de um crítico de artes plásticas. 9 DE ABRIL
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Francisco Gil Aplicar técnicas da física no estudo de obras de arte, eis um desejo que levou Francisco Gil, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a reunir uma equipa multidisciplinar composta por outros físicos, químicos, geólogos e historiadores da arte da UC, assim como especialistas em conservação e restauro do Museu Nacional Machado de Castro, e a avançar com um projecto de investigação sobre obras de arte do século XVI, concretamente as dos mestres de Ferreirim e da oficina de João de Ruão. Os dados obtidos através de técnicas como espectroscopia Raman (em poucos segundos fornece informação química do material) e difracção de raio X pelo método de pó (esta última aplicada pela primeira vez ao estudo de obras de arte, usando amostras micrométricas) permite mostrar a riqueza que se vivia na época, a qualidade dos materiais, o gosto e o nível de vida dos artistas. João de Ruão usava por excelência ouro, vermelhão e lápis-lazúli, enquanto os mestres de Ferreirim utilizavam materiais mais pobres. Os investigadores vão agora iniciar o estudo das obras escultóricas do mestre Pêro, artista do século XIV, em particular os túmulos da Rainha Santa Isabel e da sua neta Isabel para, posteriormente, estabelecer a ligação aos túmulos da família da rainha, em Aragão. Este projecto será desenvolvido em parceria com as Universidades da Beira Interior, de Barcelona e de Florença.
16 DE ABRIL
Jorge Serrote Voz dos estudantes e rosto mais visível da contestação estudantil, Jorge Serrote, presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra tem sabido estar à altura dos seus antecessores. Lembrando as crises académicas e o luto estudantil de há 40 anos, quando os estudantes gritaram alto o seu descontentamento e deram voz a um povo oprimido e frustrado às mãos de um regime cego, surdo e mudo, o líder da mais antiga associação de estudantes do país pretende que as comemorações do 17 de Abril de 1969 sejam de testemunho e exemplo a seguir e não de simples recordação ou honra saudosista de uma conquista distante. Sob o mote “Porque o Sonho Continua”, a Associação Académica de Coimbra abriu à cidade e à população a evocação das lutas estudantis, lembrando que é preciso agir em conjunto para contrariar a crise que o país atravessa e que considerar o ensino superior um privilégio é hipotecar o futuro do país.
23 DE ABRIL
Ernesto Costa Investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Ernesto Jorge Fernandes Costa, de 55 anos, recebeu o mais importante prémio europeu na área da Computação Evolucionária - o EvoStar Award 2009 -, que reconhece, não só a excelência de todo o percurso científico, mas também o seu contributo para a afirmação desta área do conhecimento a nível mundial. A Computação Evolucionária consiste em utilizar, na informática, os princípios da Teoria da Evolução, de Darwin, com o objectivo de encontrar soluções para problemas de elevada complexidade, muito dificilmente decifrados por outras vias. Fundador do grupo de Computação Evolucionária, único no país, do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra, Ernesto Costa considera que o galardão “é o reconhecimento internacional da excelência da investigação desenvolvida no CISUC”. Excelência a vários níveis, uma vez que a mais prestigiada conferência científica distinguiu, também, as investigadoras Sara Silva e Anabela Simões pelos melhores artigos científicos.
30 DE ABRIL
Pedro Vaz Serra O novo presidente da Direcção do Clube de Empresários de Coimbra apresentou-se, na tomada de posse, cheio de energia, e as expectativas quanto ao que irá promover neste mandato são elevadas, como comprova o elevado número e variado leque de personalidades da cidade que compareceram na cerimónia. Pedro Vaz Serra representa uma geração mais nova à frente do Clube, de empresários e gestores, e estará, por certo, sob a atenção dos que o antecederam, na linha de algumas críticas que lhe teceram, mas com direito a provar o dinamismo e empenho que se lhe reconhecem. A criação de prémios para dignificar e valorizar a actividade empresarial foi uma boa surpresa, provando que o economista, especialista em gestão estratégica e criação de valor, tem ideias exequíveis, aspecto que não tem abundado em Coimbra.
7 DE MAIO
Miguel Castelo-Branco Professor assistente na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e director do Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem (IBILI), Miguel Castelo-Branco é o grande vencedor do Prémio Bial deste ano. A entrega do prémio decorreu no dia 6 no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina de Lisboa, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. O júri da edição deste ano foi presidido pelo neurocirurgião João Lobo Antunes. O prémio resulta de uma candidatura de uma “obra intelectual”, de reflexão, sobre o trabalho científico realizado num últimos cinco anos no IBILI, perspectivando os vários caminhos da investigação nas doenças degenerativas e de desenvolvimento. Perceber o funcionamento do cérebro, recorrendo nomeadamente ao uso de técnicas da neurocirurgia e às novas tecnologias de imagem, e, por outro lado, perspectivar formas de neuroreabilitação são os principais desafios do investigador que vai aplicar parte do valor do prémio – no valor pecuniário de 150 mil euros – num projecto de investigação na área do autismo.
14 DE MAIO
O Exploratório Infante D. Henrique tem finalmente um espaço próprio, que dignifica mais de uma década de actividade na divulgação da ciência entre os mais novos (e não só). Dirigido, desde a sua fundação, pelo professor universitário que está na sua génese, Victor Gil, o Exploratório de Coimbra está agora instalado no Parque Verde do Mondego, na margem esquerda, num edifício construído de raiz para o efeito. Conforme disse o respectivo director, no dia da inauguração, as novas instalações dão maior visibilidade ao projecto e permitir-lhe-ão alargar as actividades. Outra vantagem, é o facto de estar aberto ao público ao fim-de-semana, permitindo aos pais acompanharem os filhos numa visita em que toda a família pode aprender e partilhar conhecimentos. Dos três aos 10 anos, o bilhete custa 2,25 euros. Estudantes, professores e maiores de 65 anos pagam três euros. O ingresso para o público em geral custa 3,75.
21 DE MAIO
Ana Paula Piedade Um grupo de investigadores do Centro de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e do Instituto Pedro Nunes, liderado por Ana Paula Piedade, acaba de criar um processo que permite proteger a prata e evitar o enegrecimento que normalmente está associado a este metal, provocando acentuadas perdas económicas para o sector da ourivesaria. Em resposta ao desafio lançado pela indústria de ourivesaria e prata portuguesa e pela empresa Ferreira Marques e Irmãos, S.A., a maior empresa nacional do ramo, detentora da marca Topázio, os complexos estudos levados a cabo pelos investigadores de Coimbra permitiram encontrar um processo que permite que as peças mantenham todas as suas características, incluindo o brilho e a cor da prata, o que não acontece com as soluções já existentes no mercado. O processo, optimizado e prestes a ser implementado na indústria, tem a sua patente já registada e consiste na aplicação de um revestimento fino através da técnica da pulverização catódica, que protege a prata e as suas ligas do fenómeno de enegrecimento. De sublinhar que o Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, que integra a investigadora Ana Paula Piedade, é o maior e mais antigo centro de investigação do país no domínio da Engenharia Mecânica, tendo sido classificado como “Excelente” pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
28 DE MAIO
António Luzio Vaz Administrador dos Serviços Sociais da Universidade de Coimbra, desde 1990, António Luzio Vaz foi homenageado, dia 28 de Maio, pela Orquestra Clássica do Centro com um “Concerto Prestígio”, em que participou o concertinista Filipe Ricardo. O destacado papel social resultante da intervenção de Luzio Vaz no seio da Academia de Coimbra elevou-o a Sócio Honorário da Associação Académica de Coimbra, no ano de 1998. De realçar, também, o seu contributo na vertente cultural, na qualidade de coralista do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, de que foi presidente da Direcção, no triénio 2005 a 2007, e de que é, actualmente, presidente da AssembleiaGeral. Mais recentemente, no ano transacto, foi distinguido com o prémio “Excelência” pela Associação dos Antigos Estudantes da Universidade de Coimbra. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1970, foi delegado do Ministério Público (entre 1971/75) e assessor jurídico da Universidade de Coimbra tendo, também, sido vereador da Câmara de Coimbra, nos anos 80.
4 DE JUNHO
Manuel da Costa Andrade Professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, especialista em Direito Penal, é uma das personalidades que o Presidente da República vai agraciar no “Dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas”. Manuel da Costa Andrade é muito crítico da recente revisão do Código de Processo Penal e diz que é uma reforma de hoje para os problemas de ontem e para um texto de anteontem com normas sibilinas. Já apontou as lacunas, contradições e comentou que os prazos para a entrada em vigor tiveram aspectos alucinantes e anedóticos. Destacou a pouca protecção dada às pessoas face aos meios de devassa e não tem dúvidas em afirmar que não protege os segredos profissionais. Afastado da política activa, afirma que hoje ninguém liga ao que os políticos fazem. Costa Andrade nasceu em Garção, Bragança, uma aldeia que foi refúgio dos judeus expulsos pela Inquisição espanhola no século XV. Veio para Coimbra estudar e aqui se radicou. Foi deputado do PSD, participou na feitura da Constituição e nas revisões de 1982, 1989 e 1992. Foi um dos autores do Código Penal de 1982 e do Código de Processo Penal de 1987. É membro do Conselho Superior da Magistratura por indicação do Presidente da República.
9 DE JUNHO
Gomes Canotilho O professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Gomes Canotilho tomou posse esta segunda-feira como conselheiro do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. O constitucionalista sucede ao antigo deputado Jorge Coelho no Conselho de Estado. Leonor Beleza, que substitui Manuela Ferreira Leite, e António Capucho, que sucede ao antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes, são os restantes novos membros, sendo que fica por ocupar o lugar de Dias Loureiro. Após a cerimónia de tomada de posse dos mais recentes conselheiros, o órgão consultivo do Chefe do Estado reuniuse para debater a participação de tropas portuguesas no Afeganistão. Esta foi a quarta vez que Cavaco Silva convocou o Conselho de Estado. Gomes Canotilho foi regente de várias disciplinas da Secção de Jurídico-Políticas da Universidade coimbrã, tendo neste momento a seu cargo Direito Constitucional nas licenciaturas em Direito e Administração Pública. O professor catedrático é autor de um vasto número de obras entre as quais se destacam Constituição Dirigente e Vinculação do Legislador, Direito Constitucional e Teoria da Constituição e Constituição da República Portuguesa Anotada.
18 DE JUNHO
DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
Rui Antunes O presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Educação alcançou 20 dos 33 votos dos eleitores e derrotou os outros dois candidatos à presidência do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), Torres Farinha e Jorge Bernardino, sendo de assinalar que, pela primeira vez, não é preciso uma segunda volta. A votação em Rui Antunes, de 44 anos de idade, exprimiu de forma inequívoca uma vontade de mudança no IPC, pondo fim a uma presidência de cerca de 10 anos de Torres Farinha. Do IPC fazem parte a Escola Superior Agrária, o Instituto de Contabilidade e Administração, a Escola Superior de Educação, o Instituto Superior de Engenharia, a Escola Superior de Tecnologia de Saúde e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital.
25 DE JUNHO
Coro dos Antigos Orfeonistas No passado fim-de-semana, o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra conquistou, em Karpenisi, na Grécia, uma medalha de ouro entre 11 grupos de seis países. Manuel Rebanda (na foto), presidente da Direcção, prova, assim, que o trabalho que tem sido desenvolvido, com muita seriedade e dedicação, dá resultados e obtém distinções a nível internacional. Sublinhe-se que, sob a direcção artística do maestro Virgílio Caseiro, o Coro já arrebatou a Taça de Ouro “Pedro, o Grande”, no festival de São Petersburdo, na Rússia, e uma medalha de prata em Praga, na República Checa. O Coro dos Antigos Orfeonistas completa 30 anos em 2010 e Manuel Rebanda não deixará de apresentar um programa comemorativo à altura dos pergaminhos da instituição, uma das que tem levado mais longe o nome de Coimbra. 2 DE JULHO
Luís Pedroso de Lima Luís Pedroso de Lima, antigo governador civil de Coimbra, acaba de ingressar no Conselho de Administração dos Hospitais Privados de Portugal (HPP), instituição pertencente ao Grupo da Caixa Geral de Depósitos. Do mesmo órgão fazem parte os ex-governantes Maldonado Gonelha e José Manuel Boquinhas. No triénio 2006/08, Pedroso de Lima desempenhou o cargo de vice-presidente do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) e, imediatamente antes, tinha dirigido a Unidade de Missão para os Hospitais-empresas. Licenciado em Engenharia de Minas, trabalhou na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e acabou por abraçar a área social (tendo exercido funções de gestão na Segurança Social e na Administração Regional de Saúde de Coimbra e presidido à APPACDM).
9 DE JULHO
Penousal Machado O investigador do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) acaba de ser galardoado com o Prémio de Excelência e Mérito em Inteligência Artificial – PremeIA. A distinção, instituída para assinalar os 25 anos da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial, recaiu sobre Penousal Machado, que obteve o grau de doutoramento em 2007, pela Universidade de Coimbra, com a tese intitulada “Inteligência Artificial e Arte”. É docente na FCTUC, onde desenvolve actividade de investigação no grupo Cognitive Media Systems do CISUC. Os seus interesses científicos residem na “exploração de técnicas de Inteligência Artificial no contexto da arte, música e criatividade computacional, dando particular atenção às abordagens de inspiração biológica”, sendo autor de mais de 50 artigos científicos internacionais e pertence ao comité editorial de revistas da especialidade. Pode parecer uma área extremamente teórica e com pouca aplicação prática, no entanto as técnicas de Inteligência Artificial têm sido aplicadas com sucesso numa grande diversidade de campos, incluindo o diagnóstico médico, mercado bolsista, transportes, descoberta científica, arte, música, videojogos, brinquedos, motores de pesquisa web, etc.
16 DE JULHO
Linhares Furtado A 20 de Julho de 1969, no mesmo dia em que um homem pisava pela primeira vez solo lunar, nos Hospitais da Universidade de Coimbra fazia-se, também, história. O professor e cirurgião Linhares Furtado fez o primeiro transplante em Portugal, com um rim de dador vivo. Não se ficou por aí e a sua carreira de 44 anos foi marcada por ter ido sempre à frente, abrindo caminho. Teve imensas e merecidas homenagens, muitas distinções, mas a que se realizou na “sua casa”, nos HUC, na segunda-feira, que recordou o feito de há quatro décadas, teve, por certo, um significado muito especial. Linhares Furtado deixa importantíssimas marcas na Medicina portuguesa: demonstrou que a existência de médicos com capacidade técnico-científica para concretizar os maiores progressos da ciência; a convicção de que com alguma boa vontade política (de saúde) era possível reunir as condições mínimas para permitir um significativo avanço da Medicina no nosso país; e, não menos importante, a ousadia de fazer ver, ao centralismo médico e político da capital, que a Faculdade de Medicina e os Hospitais da Universidade de Coimbra constituiam um pólo de desenvolvimento e uma referência no panorama da Medicina em Portugal. 23 DE JULHO
Manuel Alegre O autor da “Trova do vento que passa” acaba de se despedir da Assembleia da República, onde exerceu a função de deputado durante 34 anos. Inconformado com determinadas políticas do PS e do Governo, Manuel Alegre acalenta a esperança de, dentro de ano e meio, suceder a Aníbal Cavaco Silva na Chefia do Estado. Membro da Assembleia que elaborou a Constituição da República a vigorar desde 1976, o poeta encabeçou as listas do Partido Socialista ao Parlamento pelo círculo de Coimbra em sete das 11 eleições realizadas (1976, 1983, 1985, 1987, 1991, 1995 e 1999). Podem ser-lhe apontados defeitos e contradições, mas Alegre privilegia a frontalidade, a coerência e a probidade. Foi vice-presidente da Assembleia da República e um dos arautos do combate contra a co~incineração na cimenteira de Souselas (queima de resíduos industriais perigosos). É um homem público que empresta um “suplemento de alma” às causas que abraça e tem sabido honrar estes versos da sua autoria: “Mesmo na noite mais triste, em tempo de servidão, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”.
30 DE JULHO
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QUIN TA-FEIRA
FIGURAS DE 2009
DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
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Nuno Moita Licenciado e pós-graduado em Ciências Empresariais pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Nuno Moita acaba de obter o grau de mestre em Gestão. O quadro da Estradas de Portugal, Entidade Pública Empresarial, e líder da Comissão Concelhia de Condeixa-a-Nova do Partido Socialista prestou provas na última semana, com sucesso, tendo dedicado a sua dissertação ao tema “Gestão de Desempenho Organizacional – A Relação entre Balanced Scorecard e o Orçamento: Estudo de um caso”.
6 DE AGOSTO
Carlos Lisboa Bento Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), é o rosto de uma equipa de cientistas que está a desenvolver o CityMotion, um projecto que tem a ambição de “alterar profundamente a mobilidade nas grandes cidades do país e do mundo”. Recentemente, este projecto ganhou um novo impulso e entrou “em velocidade de cruzeiro” ao conseguir a adesão de autarquias e empresas de transportes, telecomunicações e logística para a criação de uma base de dados única no mundo para fins exclusivamente científicos. De acordo com o coordenador da investigação, Carlos Lisboa Bento, a adesão das empresas TMN, Carris, Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), TIP – Transportes Intermodais do Porto, Metro do Porto, Geotaxis e as câmaras de Lisboa e Porto significa que “estas organizações percepcionaram o potencial de aplicação do projecto”. No espaço de um ano, o protótipo de gestão inovadora da mobilidade será implementado nas cidades de Lisboa e Porto. O CityMotion envolve a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o Instituto Superior Técnico (IST) e apoia-do pelo Programa MIT – Portugal.
27 DE AGOSTO
Rodrigo Santiago
Jorge Bento
Rui Pato Rui Pato, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) nos últimos quatro anos, aposentou-se ao fim de 36 anos de carreira ao serviço da instituição. Ingressou como interno, em 1973, e a partir daí trilhou um percurso ascendente que o levou a chefe e director do Serviço de Pneumologia, exercendo simultaneamente clínica em broncologia, alergologia e oncologia. Foi director clínico do Hospital Geral (de 1997 a 2000 e de 2004 a 2005) e assumiu a presidência do Conselho de Administração do CHC, em 2005, a convite do então ministro da Saúde, Correia de Campos. Natural de Coimbra, onde nasceu a 4 de Junho de 1946, frequentou o Liceu D. João III (actual Escola Secundária José Falcão) e quando estudante universitário foi dirigente da Associação Académica de Coimbra aquando da crise de 1969. Desde jovem cultivou o gosto pela música e por essa via ficou ligado a Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira e António Bernardino que acompanhou à guitarra em diversos momentos e até na gravação de discos.
8 DE OUTUBRO
Seabra Santos A Universidade de Coimbra (UC) foi considerada, pelo quarto ano consecutivo, a melhor instituição de ensino superior portuguesa no ranking do jornal britânico “The Times”, que elege a Universidade de Harvard (EUA) como a melhor do mundo. A UC, que tem Seabra Santos como reitor, subiu do 387.º para o 366.º lugar a nível mundial, e de 169.º para 166.ª a nível europeu, sendo considerada como a terceira melhor universidade do espaço lusófono (a seguir às de São Paulo e de Campinas, ambas no Brasil) e a sexta melhor da Península Ibérica. A UC é também a única portuguesa referenciada em três dos rankings por área científica: Tecnologia (230.º lugar), Ciências Sociais (231.º) e Ciências Naturais (239.º). A melhor classificação parcial obtida pela Universidade de Coimbra é, porém, na área de Artes e Humanidades, em que surge no 143.º lugar. Os critérios para a elaboração do ranking são bastante abrangentes, tendo em conta a qualidade da investigação, a empregabilidade dos graduados, a internacionalização das instituições e a qualidade pedagógica dos cursos.
15 DE OUTUBRO
A Ordem dos Advogados vai entregar medalhas de honra a cinco membros, entre eles Rodrigo Santiago (Coimbra). António Marques Mendes (Fafe), Macedo Varela (Famalicão), Neto Brandão (Aveiro) e Sousa Macedo (Lisboa) serão os outros causídicos distinguidos. Especializado em Direito Penal e em Direito Comercial, Rodrigo Santiago tem sido chamado a intervir em processos mediáticos ocorridos em diversos pontos do país. No âmbito do caso do Banco Privado Português, representa um cliente a «arder» com meio milhão de euros; recentemente, interveio no “caso Joana” (Algarve) e no processo da Casa Pia (em que foi defensor do ex-embaixador Jorge Rito). Desconhecese ainda a data da entrega, que tanto poderá ocorrer este ano, durante uma cerimónia a convocar para o efeito, como a 19 de Maio de 2010 (dia do patrono da advocacia, Santo Ivo). As distinções premeiam os contributos dos homenageados, como causídicos e cidadãos, prestados em abono da dignidade da advocacia e do prestígio da Ordem, disse o bastonário, António Marinho e Pinto, ao nosso Jornal. Para o bastonário, trata-se do reconhecimento de um advogado da capital e de quatro da dita província, os quais, frequentemente, desenvolvem “trabalho mais consistente do que determinadas vedetas”.
10 DE SETEMBRO
João Mendes Ribeiro “Arquitectura e espaço cénico” foi a tese com que João Mendes Ribeiro se doutorou, segunda-feira, na Universidade de Coimbra, tendo sido aprovado, por unanimidade. O docente do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, desde 1991, abordou as relações entre aquela disciplina, o teatro e a dança, sendo a cenografia uma área de actividade onde se tem destacado. Inúmeras vezes premiado a nível nacional e internacional, com grande reputação no estrangeiro, este profissional de Coimbra tem desenvolvido um trabalho que cruza vários campos: arquitectura, cenografia, património, escala urbana e mobiliário. Em 2006 foi distinguido, pela Presidência da República, com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
17 DE SETEMBRO
Jorge Gouveia Monteiro Vereador da CDU, em final de mandato, Jorge Gouveia Monteiro vai suceder a António Luzio Vaz na vicepresidência dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), cuja liderança cabe ao reitor por inerência de funções. Amigos de longa data, Fernando Seabra Santos escolheu o jurista Jorge para substituir outro, António, que, durante décadas, executou um trabalho exemplar. Tal como o irmão Carlos, que dirigiu os Serviços Académicos, António Luzio Vaz vai aposentar-se. Os SASUC, a que Monteiro procurá imprimir o dinamismo incorporado pelo seu antecessor, servem anualmente cerca de dois milhões de refeições e possuem um parque residencial com perto de 1 400 camas.
José Manuel Pureza Eleito pelo círculo de Coimbra, é o novo líder do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), composto por 16 deputados. José Manuel Pureza, de 50 anos, foi eleito, por voto secreto, pela maioria dos deputados do Bloco, com apenas uma abstenção. Natural de Coimbra, fez parte do movimento Política XXI, que em conjunto com o PSR e a UDP, viria a resultar na criação do BE. Membro da Mesa Nacional do partido há oito anos, sucede a Luís Fazenda, agora vice-presidente da Assembleia da República. Pureza é professor do curso de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde continuará a exercer a docência uma vez por semana, em regime pro bono. É ainda investigador do Centro de Estudos Sociais, onde chegou a coordenador do Núcleo de Estudos para a Paz. 22 DE OUTUBRO
Boaventura Sousa Santos O director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra foi condecorado pelo governo brasileiro com a Gran-Cruz da Ordem do Mérito Cultural de 2009, distinção que será entregue pelo presidente do Brasil, Lula da Silva, a 25 de Novembro, no Rio de Janeiro. A comenda já foi atribuída a várias personalidades de renome, brasileiras e estrangeiras, entre elas destacam-se o escritor Jorge Amado, o arquitecto Óscar Niemeyer, o fundador da TV Globo, Roberto Marinho, e o actual director-geral da Unitar, Carlos Lopes. Na sua actividade enquanto sociólogo, Boaventura de Sousa Santos tem vindo a trabalhar de muito perto com várias instituições académicas e estatais brasileiras. Entre as colaborações mais recentes destacase o diálogo entre o Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, sediado no CES, e o Ministério da Justiça Brasileira, com vista à criação de um órgão idêntico no Brasil, assim como a parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais.
29 DE OUTUBRO
Fausto Carvalho Após ter iniciado a prática do judo em Coimbra, em 1961, Fausto Carvalho entrou para o grupo dos judocas portugueses mais graduados, com o 7.º Dan, por reconhecimento da sua valia técnica e do mérito do trabalho que desenvolveu, sem desfalecer, neste quase meio século como praticante da modalidade, enquanto atleta, técnico, treinador, árbitro e dirigente. A graduação superior a esta personalidade da Associação Cristã da Mocidade (ACM) de Coimbra foi anunciada, sábado, no decorrer das comemorações dos 50 anos da Federação Portuguesa de Judo e entregue pelo presidente da União Europeia de Judo. Também os judocas de Coimbra Joana Ramos e João Neto, da ACM, foram agraciados com uma menção honrosa, tal como Jorge Fernandes, do Judo Clube de Coimbra.
24 DE SETEMBRO
5 DE NOVEMBRO
Após mais uma bem sucedida edição dos Encontros Mágicos, Luís de Matos ruma a Pequim para participar no Festival de Internacional de Magia, onde figura como um dos cabeças de cartaz. Durante os cinco dias do evento, que arranca amanhã, dia 2, e se prolonga até terça-feira, dia 6, o mágico natural de Ansião actuará na sala de espectáculos de um novo parque de diversões da capital chinesa, com mais 13 mágicos de sete países e regiões, entre os quais Japão, Ucrânia e Estados Unidos. O festival coincide com a semana de férias que começa hoje, quinta-feira, e que celebra o 60.º aniversário da República Popular da China. O convite consagra, mais uma vez, a dimensão internacional do mágico português, cujo nome está indubitavelmente associado a várias iniciativas artísticas em diversas partes do país.
Um facto digno de realce ocorreu, ontem, na Universidade de Coimbra, com as provas de doutoramento em Medicina de um clínico geral, a exercer no Centro de Saúde de Eiras. Luiz Miguel Santiago apresentou a tese “Medicamentos e corpo. Consumidores de fármacos, o que pensam e o que sabem”, desenvolvida ao mesmo tempo que continuou a dar consultas e a exercer outras actividades. Este doutorando na especialidade de Sociologia Médica/Medicina Preventiva e Comunitária, mestre desde 2006, e formador no ensino pré e pós-graduado, já dirigiu o Observatório dos Medicamentos e Produtos de Saúde no Infarmed e coordenou a Sub-região de Saúde de Coimbra. Membro da Direcção do Colégio de Especialidade de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos, ainda consegue tempo para ser um membro activo do Coro dos Antigos Orfeonistas.
Luiz Miguel Santiago
Luís de Matos
1 DE OUTUBRO
12 DE NOVEMBRO
O presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova foi eleito na última semana para presidir ao Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego (CIM-BM). Jorge Bento sucede a Luís Leal, autarca de Montemor-o-Velho, na liderança daquele órgão de gestão. Por inerência do cargo, o autarca de Condeixa-a-Nova encabeça ainda a Unidade Directiva, que é composta por todos os associados. Ao tomar posse, Jorge Bento destacou “a grande abertura e o consenso político que tem existido” no seio daquela associação de municípios e garantiu que irá continuar a pugnar “pela afirmação dos diversos projectos e da região”. A CIM-BM reúne hoje para prosseguir a gestão do projecto de desenvolvimento e coesão territorial estando prevista para breve a eleição para a Assembleia Intermunicipal, que deverá ocorrer quando as assembleias municipais das autarquias que integram a associação designarem os deputados a integrarem este órgão deliberativo. 19 DE NOVEMBRO
Jorge de Figueiredo Dias Professor catedrático jubilado, Jorge de Figueiredo Dias recebe amanhã, na Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço. A cerimónia realiza-se às 15h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Guarda, no âmbito das comemorações solenes dos 810 anos do município. O prémio tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e presidente honorário do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), a entidade que instituiu o galardão. Pretende galardoar personalidades ou instituições, de língua portuguesa ou espanhola, “que tenham demonstrado intervenção relevante e inovadora na cooperação transfronteiriça e na promoção da identidade e da cultura das comunidades ibéricas”, perfil no qual se enquadra o professor de Direito, segundo a avaliação do júri responsável pela atribuição do prémio. Jorge de Figueiro Dias, neto de espanhóis, é um nome muito importante da ciência jurídica portuguesa e espanhola, particularmente do Direito Penal, como professor catedrático da Universidade de Coimbra, tendo-se jubilado em finais de 2007. Foi presidente esda Comissão de Revisão do Código Penal e do Código de Processo Penal, membro do Conselho de Estado (1982/1986) e deputado à Assembleia da Republica de 1976 a 1978. Em 1984 foi condecorado pelo presidente da República Ramalho Eanes com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, a mais alta distinção honorífica portuguesa. 26 DE NOVEMBRO
Miguel Portugal Estudante de gestão da Faculdade de Economia, Miguel Portugal é o 102.º presidente da Direcção-Geral (DG) da Associação Académica de Coimbra (AAC), sucedendo a Jorge Serrote. Alcunhado de “Tuga”, no meio universitário, foi presidente da Assembleia Magna e um dos responsáveis pela boa visibilidade do desporto universitário durante o mandato na DG de André Oliveira. Natural de Coimbra, com 23 anos de idade, Miguel Portugal teve o mérito de vencer logo à primeira volta, entre quatro candidatos. Votaram 6 120 estudantes, num universo de cerca de 18 000, tendo a lista T alcançado 4 264 votos, muito à frente de Sílvia Franklim (lista P, com 462 votos), de Miguel Pinto Gonçalves (lista E, 344 votos) e de Paulo Costa (lista A, 311 votos). 3 DE DEZEMBRO
Fernando Ruas O autarca de Viseu acaba de ser reeleito presidente do Conselho Directivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). A lista única para os órgãos sociais, liderada por Fernando Ruas, reuniu o apoio de 74 por cento dos votantes presentes no Congresso. Ruas, que lidera a ANMP desde Abril de 2001, reafirmou a intenção de continuar a dignificar o poder local, defendendo intransigentemente os interesses dos cidadãos. Lamentou, no entanto, o facto de o primeiro-ministro José Sócrates, que presidiu ao encerramento dos trabalhos, não tenha dado qualquer resposta às exigências e sugestões feitas pelos autarcas presentes. 10 DE DEZEMBRO
Maria Luísa Veiga O Instituto Superior Bissaya Barreto tem, a partir de hoje, uma nova directora, uma personalidade com uma vasta experiência e provas dadas na área da educação. A professora doutora Maria Luísa Veiga assume as novas funções no ISBB, quando esta instituição de ensino da Fundação Bissaya Barreto se prepara para entrar no seu 17.º ano de funcionamento, com várias ofertas formativas, estando a funcionar no presente ano lectivo a licenciatura em Direito e aprovadas, para 2009/2010, as licenciaturas em Solicitadoria, em Engenharia de Software e Computação, e em Economia e Política da Inovação. A nova directora integrou a primeira comissão instaladora da Escola Superior de Educação, estabelecimento onde foi docente até ao corrente ano, e desde 2003 até Junho de 2009 foi vicepresidente do Instituto Politécnico de Coimbra. Do seu vasto curriculum constam inúmeras colaborações com outras instituições e organismos nos domínios da consultadoria, avaliação e gestão, incluindo ao nível da União Europeia e na cooperação com os PALOP. 17 DE DEZEMBRO
Anabela Miranda Rodrigues Professora de Direito Penal e Processo Penal da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), actual directora do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), Anabela Miranda Rodrigues é candidata ao lugar de juiz português do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Primeira mulher a doutorar-se em Direito em Coimbra, integra a equipa de penalistas da FDUC (discípula de Figueiredo Dias) ao lado dos professores doutores Faria Costa, Costa Andrade e outros. Juntamente com a jurista de Coimbra, o Governo português indicou ao Conselho da Europa, para candidatos a juiz português do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, João Manuel da Silva Miguel, procurador-geral adjunto e agente do Governo português junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, e Sebastião Póvoas, juiz conselheiro no Supremo Tribunal de Justiça. Além da docência e da direcção do CEJ, Anabela Miranda Rodrigues presidiu à Comissão para a Reforma do Sistema de Execução de Penas e Medidas e é a responsável máxima pela Comissão de Reforma da Legislação sobre o Processo Tutelar Educativa. Colaboradora permanente da Revista Portuguesa de Ciência Criminal, do Comentário Conimbricence do Código Penal - Parte Especial, membro da Associação Internacional de Direito Penal, Anabela Miranda Rodrigues é também secretária-geral da Fundação Internacional Penal e Penitenciária e secretária para os Assuntos Europeus da Sociedade Internacional de Defesa Social. O mandato do actual juiz português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Ireneu Cabral Barreto, terminará em 31 de Outubro de 2010. O seu sucessor será eleito pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, com base na lista de três candidatos apresentados por Portugal. 23 DE DEZEMBRO
REPORTAGEM
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QUIN TA-FEIRA
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DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
Populações olham para o futuro com esperança e incerteza
Ramal da Lousã despede-se dos comboios Em compasso de espera, vão entrando no autocarro. A automotora, que durante largos anos serviu as populações de Miranda do Corvo, Lousã e Serpins, ligando estes concelhos a Coimbra, sede do distrito, está prestes a transformarse em simples memória que, dentro de poucos dias, passará para a história do ramal da Lousã. Aqueles que, diariamente, se habituaram a contar com a linha ferroviária para as suas deslocações, encaram agora um futuro feito de incógnitas, muita apreensão e a única certeza de que os comboios têm os dias contados.
mo cadenciado das automotoras a gasóleo cessará por completo. Permanentemente. Bem cedo, ao primeiro raiar do dia, quem espera na estação de Serpins aproveita para esclarecer dúvidas junto dos colaboradores da Comboios de Portugal (CP) e dos motoristas. Perguntam sobre os horários, quais são as paragens, a que horas partem os autocarros e se o passe dos comboios também é válido.
A chuva, miudinha, obriga a abrir o chapéu de chuva ou a procurar abrigo. O frio também não dá tréguas. Dois dedos de conversa e a decisão mais acertada passa por picar o bilhete e entrar no autocarro. Desde o dia 2 de Dezembro que os comboios até Miranda do Corvo foram substituídos pelo transporte rodoviário, assegurado por uma empresa particular. O relógio da estação de Serpins marca agora 7h40. A
GERALDO BARROS
As velhas automotoras, há uns quantos anos feitas modernas nas oficinas da empresa de manutenção de equipamento ferroviário, já não vão até Miranda do Corvo, onde agora é feito o transbordo dos passageiros dos autocarros. No Ramal da Lousã, que é como quem diz, entre Serpins e Coimbra, a partir de 4 de Janeiro, o rit-
Paragens de autocarro substituem as estações de Miranda do Corvo e Lousã
escassos minutos da partida – pois o autocarro, tal como o comboio, cumpre os horários à tabela – constata-se que as automotoras já não circulam no ramal ferroviário. Até à estação de Miranda do Corvo, onde os passageiros farão o transbordo para a automotora que os há-de levar até Coimbra, espera-os ainda meia hora de viagem, por estradas secundárias, muitas curvas e algum piso que já viu melhores dias. Antes de chegarem à estação da Lousã, os dois autocarros que partiram de Serpins param em Casal de Santo António e Casal do Espírito Santo, onde uma paragem substituiu os apeadeiros que serviam essas localidades. A viagem prossegue com entrada e saída de passageiros na estação e nos apeadeiros da Lousã, Meiral, Padrão e Corvo, lugares que, com a suspensão do serviço ferroviário entre Serpins e Miranda do Corvo, deixaram de ser servidos pelo comboio. Entre os passageiros, reina ainda alguma desconfiança e persiste a dúvida que é, embora silenciosa, bem audível. Não querem tecer grandes considerações sobre o assunto. Receiam que a mera verbalização da possibilidade de o comboio ou
Circulação ferroviária no centenário ramal termina no dia 4 de Janeiro
outro meio de transporte semelhante não mais voltar a circular na linha centenária possa contribuir para atrair esse triste fim. E ninguém quer ou deseja que isso aconteça. As populações, que ao longo de mais de uma década ouviram falar de um sistema de transporte moderno, eficiente, confortável, seguro e fiável, habituaram-se ao comboio, primeiro a vapor depois movido a diesel.
Ainda que barulhentas e nem sempre à prova de avarias, as automotoras deixam saudades. Invade-nos a sensação de que elas estiveram lá, desde sempre. Algo reticentes, os utentes do ramal da Lousã dão agora uma última oportunidade ao metro. E depois de tanta promessa e sacrifício, é bom que o veículo eléctrico, o designado tram-train, se despache a mostrar o que vale.
Colaboradoras da Metro Mondego apoiam transição
Idosos são os que apresentam mais dúvidas Na estação de Miranda do Corvo, Ana Filipa e Miriam Jorge, colaboradoras de uma empresa ao serviço da Metro Mondego, distribuem desdobráveis com informações sobre o projecto que está a ser implementado no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego. O pequeno auxiliar de bolso, muito útil sobretudo nestes primeiros tempos de adaptação à alternativa rodoviária, explica as intervenções PUBLICIDADE
a realizar no ramal da Lousã, a localização das paragens de autocarro e os horários que estão a ser cumpridos pelos autocarros que substituem o comboio. As duas jovens abordam os passageiros e explicam como funciona o serviço de transporte alternativo. Às queixas relacionadas com os horários e com as condições de de viagem nos autocarros ou aos receios de que a linha vai fechar e de que vão ficar sem
comboio, procuram dar respostas de forma dinâmica e positiva, sublinhando as vantagens do projecto. A sua ajuda é bem acolhida por aqueles que, diariamente, utilizadores do comboio, procuram mais informações sobre o futuro da linha mas sobretudo pelos mais idosos, uma vez que muitos não sabem ler e têm dificuldades acrescidas na interpretação dos horários dos transportes alternativos. As
dúvidas também são muitas, sobretudo agora que estão prestes a ser privados do meio de transporte que se habituaram a usar ao longo de décadas. A história do ramal da Lousã é em tudo idêntica a tantos outros espalhados por esse país fora. Mas aqui há passageiros, muitos, que dependem do comboio. O fim da circulação ferroviária e dois anos de obras separam os utentes do com-
Contacto com os passageiros nas estações ajuda a esclarecer dúvidas
boio de uma solução que, enquanto alternativa de futuro, possa devolver a moder-
nidade e a dignidade à centenária linha de caminho-deferro.
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REPORTAGEM
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Utentes divididos em relação à solução prevista para o ramal
Dois anos de sacrifício em nome do progresso Para chegar ao emprego, em Coimbra, Ana Monteiro, 44 anos, é obrigada a fazer a viagem de autocarro entre Serpins e Miranda do Corvo, onde a espera o comboio que a há-de levar até Coimbra. Já na cidade, apanha um autocarro urbano até à Estrada de Eiras, onde alguns metros a pé a separam do emprego. “Preferia o comboio, mas não havendo alternativa, esta é a solução que temos”, desabafa. Utente do ramal da Lousã há sete anos, esta residente em Serpins viu-se obrigada a mudar os hábitos de vida. Não é excepção. É a regra. Nestes dias de frio e céu escuro, é ainda noite quando Ana acorda. O transporte alternativo mexe com a sua rotina familiar. Para chegar ao emprego por voltas das 9h30, tem de acordar três horas antes. À espera na estação de Serpins, o autocarro das 7h45 vai levá-la até Miranda do Corvo, de onde seguirá no comboio até Coimbra. Vai ser assim durante mais uns dias. Depois, logo se verá.
Prevê-se que em 2012 seja retomada a circulação no ramal – nessa altura sob a designação de linha da Lousã – com um sistema de transporte totalmente eléctrico. Ana Monteiro espera que o prazo seja cumprido, pois “de promessas está o inferno cheio”. Entre os comboios que avariam, barreiras que caem e impedem a circulação e dois anos a ter de andar de autocarro, Ana Monteiro não esconde o desencanto: “Tinham gasto menos dinheiro se electrificassem a linha, modernizassem os comboios e procurassem assegurar um melhor serviço”, sustenta. Maria Helena mora em Serpins e trabalha em Coimbra. Aos 64 anos, a viagem diária de comboio é um hábito adquirido já lá vão 12 anos. Diz que o transtorno é suportável. O pior, admite, vai ser quando encerrarem toda a linha. “É evidente que esta alternativa causa sempre alguns transtornos, mas a linha de comboio precisava de uma intervenção e o mesmo
Transporte dos utentes do ramal da Lousã é assegurado por autocarros até 2012
acontece com as automotoras. Esta não é a solução ideal, mas como estava também não podia continuar”, explica Maria Helena. O sacrifício dos transportes alternativos traduz-se em horas passadas dentro dos autocarros em estradas sinuosas entre a casa e o trabalho, tempo inútil roubado ao emprego e à família, enfim, tempo perdido no caminho. Os utentes do ramal da Lousã já viram tantas vezes a agulha a mudar de direcção que mais não podem fazer a não ser calar a indig-
nação e acreditar. Mais uma vez. Paciente e tolerante. Eis como Isabel Neves, 38 anos, caracteriza a sua postura perante os sacrifícios exigidos aos utentes do ramal. A residir na Lousã e a trabalhar em Coimbra, Isabel utiliza diariamente o comboio. “Tem de haver alguma tolerância neste período de adaptação aos transportes alternativos, mas há aspectos que devem ser rapidamente corrigidos. As pessoas com-
preendem, mas a sua paciência tem limites”, declara. Apesar de acreditar no projecto e nas suas vantagens, entendendo-o como “um sistema de futuro, semelhante ao que é utilizado nas grandes cidades”, o prazo de dois anos para concluir todos os trabalhos parece-lhe demasiado optimista. “Esse é um receio partilhado pela maior parte das pessoas que usam o comboio”, acrescenta. Em nome do progresso e de uma forma de viajar mais rápida e segura, Sónia Silva, 33 anos, natural de Meãs (Miranda do Corvo), espera que esta fase, sem comboio, a ter de viajar de autocarro, passe rapidamente. “Sinceramente, não me sentia muito segura na automotora. Este ramal já está muito velho e, em vez de andarem sempre com trabalhos de manutenção, é preferível adoptar um meio de transporte mais seguro, cómodo, rápido e moderno”, sustenta. Sónia Silva espera ainda que a solução de transporte
prevista pelo SMM aproxime Miranda do Corvo da cidade de Coimbra, alavancando o progresso e desenvolvimento do concelho. Opinião semelhante tem Martins Ramos, 68 anos, residente na localidade do Espinho, que regularmente utiliza o comboio para se deslocar entre Miranda do Corvo e Coimbra. “O comboio vai deixar saudades, mas as coisas vãose modernizando e alterando para melhor. O pior vai ser este período das obras e da transição”, declara. Algo reticente quanto à capacidade de concluir as obras dentro do prazo estipulado, Martins Ramos diz que o cenário da remoção dos carris implica uma mudança, para melhor, e não o fim da linha. Acrescenta que a população não permitira que o ramal da Lousã terminasse dessa triste forma: “Se isso acontecesse a população ficava revoltada e rebentava aqui uma guerra. Não está a ver isso acontecer, pois não?”.
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“Preferia o comboio ou a automotora”
Francisco Torres, 78 anos, é ex-ferroviário. O comboio é a sua paixão, logo, tem pouco a dizer sobre estes sinais do progresso que prometem terminar com aquilo que tanto acarinha. A voz, algo embargada, abrevia a resposta às perguntas do jornalista. “Preferia o comboio ou a automotora. É o que estou mais habituado. Estive tantos anos ligado aos comboios, fui às come-
morações do centenário e isto vai deixar-me saudades”, desabafa. “Viajar devagar e apreciar a paisagem” é o motivo que o leva e à esposa, Alzira Pereira, ambos de Casal da Misarela (freguesia de Torres do Mondego), a utilizar o comboio nas suas deslocações entre Serpins e Coimbra. Mais por passeio do que por outro qualquer motivo.
Francisco Torres e a esposa, Alzira Pereira, utilizam o comboio sobretudo para passear
Francisco acha que há outras obras mais necessárias, “onde o dinheiro que se vai gastar podia ser melhor utilizado”. Defende que parte da verba podia ser usada para melhorar o ramal mas mantendo o comboio. E como ferroviário, sem mais delongas, lá remata a conversa dizendo que “custa ver acabar com uma linha centenária”. Por estes dias, mais vale nem lhe falar que em Serpins já começaram a levantar os carris. É imagem demasiado ofensiva, que lhe pesa, como seta, apontada ao seu coração de ferroviário. Nestes dias, o habitual passeio de comboio entre Coimbra e Lousã, termina em Miranda do Corvo. O resto do trajecto é já feito de autocarro, a única alternativa. Restam ainda outros comboios, nesse Portugal, onde o caminho-de-ferro, estendido a força obreira, vai dando lugar a outras soluções de transporte ou, simplesmente, é votado ao esquecimento.
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Saudades já apertam com ex-ferroviário
EMPRESAS & NEGÓCIOS
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Elle - Centro de Estética
Elle é um dos mais recentes espaços dedicados à beleza em Coimbra. Inaugurado no passado dia 13, o centro de estética é uma aposta de Joana Bernardo, de 27 anos. A jovem empreendedora resolveu pegar no destino com as suas próprias mãos e iniciar um negócio na área estética, onde já tinha experiência. No desemprego, após o nascimento da filha, Joana Bernardo encontrou no Instituto de Emprego e Formação Profissional o parceiro que precisava para concretizar o sonho. O projecto de candidatura da loja mereceu a aprovação do IEFP e Joana Bernardo avançou com a abertura da empresa, que permitiu criar dois novos postos de trabalho. Juntamente com a gerente, trabalha Sónia Pereira, com carteira profissional de esteticista.
O espaço aposta num ambiente relaxante e acolhedor
Antiga sede da AAC-OAF vira restaurante
A inauguração do centro de estética decorreu no passado dia 13
mentos para a celulite e de tonificação corporal, assim como à fotodepilação definitiva. “As máquinas já estão encomendadas e deverão chegar entretanto”, conta a responsável, explicando que decidiu
antecipar a abertura porque durante a quadra natalícia, frisa, as mulheres tendem sempre a aprimorar-se mais a nível visual. Com três pisos, o centro de estética Elle tem no rés-do-chão a
Cores fortes e velas sobressaem na decoração minimalista
recepção e sala de espera, assim como o espaço infantil. Já no primeiro andar estão as cabines de tratamentos estéticos, enquanto na cave está localizada a sala de vestuário, assim como outra sala reservada para acolher os equipamentos electrónicos. Até 28 de Fevereiro, o espaço tem uma campanha promocional de abertura, que faculta um desconto de 15 por cento sobre a primeira visita. Com atendimento personalizado, o centro de estética oferece chá ou café enquanto as clientes esperam. Com um ambiente relaxante e acolhedor, o espaço vai ter cheques-prenda com validade de um ano.
MBM mobile alarga actividade a outras cidades A MBM mobile está a investir na expansão da marca, com a abertura de espaços “MBM zentrum” em seis cidades: Aveiro, Braga, Porto, Pombal, Lisboa e Faro. A consultora de Coimbra que se dedica à assessoria na área automóvel
e à importação está apostada em alargar a actividade ao território nacional. Idealizados por designers germânicos Hans Güttmann e Andreas Köhl, os novos espaços prometem oferecer soluções inovadoras que associam a poupança e o atendimen-
Prink abriu em Coimbra A rede de lojas Prink chegou a Coimbra. A marca especializada na venda de consumíveis informáticos instalou-se no número 168 da rua Simões de Castro, por iniciativa de Jorge Santos. Para além da loja de Coimbra, o empresário detém lojas deste franchising em Aveiro, Porto e Vila Nova de Gaia. Jorge Santos prevê abrir em breve outras unidades no Porto e Viseu. Presente na área de Lisboa, na zona Oeste, Leiria e no Norte do país, este franchising dedica-se exclusivamente à venda de tinteiros, toners, filtros e papel. Actualmente, a rede é composta por um total de 21 lojas. O objectivo é chegar ao final de 2011 com 45 lojas franchisadas em Portugal.
ABERTURA 14 de Dezembro de 2009 RAMO Beleza MORADA Urbanização Vale Verde, Lote 35, loja G, Alto dos Barreiros, 3040-350 Coimbra CORREIO ELECTRÓNICO geral@ellestetica.pt ENDEREÇO ELECTRÓNICO www.ellestetica.pt
“Sempre tive a ideia de montar um negócio”, comenta Joana Bernardo, destacando que resolveu aproveitar o facto de estar desempregada para dar um novo curso à vida. Apesar da conjuntura, a jovem acredita que, com trabalho e dedicação, o centro de estética tem um futuro promissor. Localizado no Alto dos Barreiros, em Santa Clara, numa zona com bastante estacionamento, o espaço aposta em múltiplos serviços e tratamentos de beleza, com destaque para a depilação a cera, manicura e pedicure (inclusive pedicure científico que trata nomeadamente unhas encravadas e micoses nos pés), limpeza de pele e massagens de relaxamento, como seja de pedras quentes, de reabilitação ou localizadas. A partir do final de Janeiro, princípio de Fevereiro, o centro de estética conta alargar o leque de valências a trata-
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B R E V E S
Novo espaço aposta em tratamentos de beleza
BENEDITA OLIVEIRA
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to personalizado. “Queremos estar mais perto dos nossos clientes e mostrar aos que ainda não o são o universo de potencialidades que a nossa marca tem para oferecer”, refere, num comunicado da empresa, o director de marketing, Luís Nunes.
A empresa tem vindo a ganhar notoriedade nomeadamente por vida da plataforma “mbmmobile.tv”, canal dedicado em exclusivo ao automóvel que reúne as mais diversas rubricas de informação internacional do sector, e do sítio “hourselection.com”
que permite aos consumidores nacionais adquirirem viaturas de média e alta gama. A MBM mobile é a primeira empresa portuguesa de consultoria automóvel e tem por missão importar, por encomenda, veículos a baixo custo.
O edifício que acolheu a sede da Académica-OAF, no Largo do Papa João Paulo, vai dar lugar a um restaurante. O projecto empresarial vai ser promovido pelo grupo que detém o famoso espaço de restauração Giuseppe & Joaquim, na Baixa. As obras deverão arrancar no início do próximo ano. O espaço deverá ter várias salas com capacidade, inclusive, para realizar concertos de música ao vivo e outros eventos. Com um investimento estimado em meio milhão de euros, o restaurante/cervejaria deverá estar aberto a tempo da realização da Queima das Fitas.
Multi Mall Management lança Gift Card A Multi Mall Management Portugal, empresa do Grupo Multi Corporation responsável pela gestão dos centros comerciais promovidos pela Multi Development, lançou o MMM Gift Card, um cartão pré-pago que pode ser carregado com um valor mínimo de dez euros e um máximo de 1000 euros. Acessível por dois euros, o cartão pode ser utilizado nas diversas lojas dos centros comerciais de Almada Forum, Armazéns do Chiado, Forum Algarve, Forum Aveiro, Forum Coimbra, Forum Madeira, Forum Montijo, Forum Viseu e Espaço Guimarães. Com duas versões (pérola e preto), o MMM Gift Card dispõe também de um Premium Packaging que pode ser adquirido pelo valor de cinco euros.
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R E F L E X Õ E S
S O B R E
A
F R E G U E S I A
D E
B O T Ã O
A cultura que não gerou cultura (IV) A Freguesia de Botão não tem, actualmente, actividade cultural relevante. Um problema que não é de agora, nem de ontem, perdendo-se no tempo as raízes do mal. Basta comparar a freguesia com algumas que lhe são vizinhas e o facto salta logo à vista, de forma dura e desanimadora. Freguesias como Souselas ou Pampilhosa têm diversas instituições culturais e eventos que marcam o ritmo cultural d o a n o . Co n t u d o , s e olharmos para a sua importância na evolução histórica da zona, verificaremos que não possuem pergaminhos tão nobres e antigos como Botão. De facto, a história e “estórias” de Botão fornecem um amplo fundo que permite reconstituições e divulgações, ou seja; a realização de eventos culturais de projecção e relevância regional. Bas-
ta que se constitua um grupo de trabalho, com determinação e, em especial, com vontade de trabalhar. Feitas as pontes e sinergias, creio que o resto apareceria com naturalidade. Temos pois um problema antigo relacionado com uma conjuntura espácio-temporal que lhe foi quase sempre adversa: enquanto Botão estagnou, as agora Vilas de Souselas e Pampilhosa vieram ocupar um espaço cultural que parecia ter sido destinado a Botão. Aí germinaram grupos etnográficos, que pacientemente semearam e colheram frutos; a cultura gerou cultura. Um caso de união popular, mas também de progresso trazido pelas vias ferroviárias. A freguesia de Botão desprovida de espírito de liderança, ao invés de reagir ao facto, permaneceu desunida, como que esquecida daquilo que
foi, ignorando recursos e potencialidades, excepto nos tempos idos da constituição de ranchos folclóricos. Rendida ao que via e não aquilo que sentia, Botão resignouse e, hoje, está perfeitamente acomodada ao facto; os seus eventos culturais, se nele quisermos apenas ver a reunião de pessoas que convivem, resumem-se às festas religiosas, às dinamizações semanais dos clubes associativos e aos eventos escolares ritmados pelo calendário. Para além disto pouco mais se conseguirá vislumbrar. Sem querer puxar de galões que não desejo usar, não me parece justo diagnosticar apenas o problema, é preciso também apresentar ideias, soluções, eventos. A partir de um conjunto de informações que fui reunindo organizei um conjunto de iniciativas culturais que deixo à discussão
da comunidade: uma feira antiga, a homenagem a Frei Francisco de Macedo e à Abadessa Catarina d’Eça, uma mostra de produtos da terra, uma exposição cultural permanente da freguesia (na sequência da “Mostra das Freguesias”, em que Botão participou), um pequeno núcleo museológico (que no futuro poderá permitir a germinação de uma secção etnográfica), um roteiro histórico-cultural, umas jornadas sobre o património local, a definição e requalificação dos centros históricos, a recuperação do património com acompanhamento técnico e científico… A possibilidade de edição de obras, sobre a história e cultura da freguesia, mantém-se tão ou mais actual do que na época em que se partiu para a monografia. De facto, o património documental de Botão é imenso, e uma parte dele con-
JOÃO PINHO *
tinua por divulgar. Uma forma também de a freguesia se afirmar em termos culturais. Sobre este tópico, não posso deixar de reafirmar a oportunidade de se editarem publicações sobre a irmandade de S. Mateus e, ainda, sobre personalidades esquecidas na história, como aquela que actualmente investigo; o bacharel Diogo José dos Santos, natural de Larçã, que foi vereador da Câmara Municipal de Coimbra em 1863.
Os actos culturais em Botão (ou melhor a falta deles) é uma temática viva e aberta, a necessitar de profunda reflexão por parte das autoridades administrativas e associações da freguesia. A constituição de um grupo de trabalho, com elementos representativos das diversas instituições, civis e religiosas, seria o primeiro passo a dar. Eu já despi o casaco e arregacei as mangas…
(*) Historiador
António Luzio Vaz As Universidades vêem passar, ao longo de décadas, milhares de jovens que formam para o exercício profissional, para a vida cívica, para a cidadania, para a vida em comunidade. E, quando cada um de nós recorda a Universidade, recorda os seus colegas, os mestres que mais o marcaram, os reitores e, normalmente, queda-se por aí. Aqueles que estudaram na Universidade de Coimbra ao longo das últimas três décadas certamente recordam os colegas, os mestres, os reitores – no meu caso Ferrer Correia e Rui de Alarcão. Mas, recordam também o dr. António Luzio Vaz, vice-presidente dos Serviços So-
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ciais da Universidade de Coimbra desde 1980. Vem isto a propósito de, ao fim de trinta anos como responsável máximo da Acção Social da Universidade de Coimbra, o dr. Luzio se ir aposentar. Descanso merecido seguramente. Que não esquecimento por parte daqueles que com ele conviveram. Alguns privilegiados, entre os quais me incluo, foram “obrigados “ a conviver com o dr. Luzio – os presidentes da Direcção-Geral da AAC. E foi um de nós, o António Silva, que teve a feliz e oportuna ideia de reunir o dr. Luzio e os presidentes da AAC que com ele trabalharam. Obrigado, António
Silva, pelo teu gesto e pela tua generosidade. Foi um sábado que, estou certo, todos guardaremos nas nossas memórias. Falta, no entanto, a festa promovida pela Universidade, pela Cidade e pela Academia – e, esta, é daquelas que é fácil de fazer! Basta celebrarmos aquilo que todos nós s e m p r e v i m o s n o d r. António Luzio Vaz. O homem bom e de carácter que fez da dedicação ao serviço público e aos estudantes da Universidade de Coimbra a razão do seu labor quotidiano. O humanista que sempre revelou a sua grandeza no respeito pela individualidade de
Telefone 239 497 750 | Fax 239 497 759 | E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Editor/Propriedade REGIVOZ, Empresa de Comunicação, Lda. Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra | NIPC: 504 753 711 Director-Adjunto Rui Avelar | Gerente da Redacção José Fidalgo 239 497 750 (ext. 38) Coordenador de Edição Luís Santos | Redacção Luís Santos (C.P. 722), Rui Avelar (C.P. 613), Benedita Oliveira (C.P. 6622), Geraldo Barros (C.P. 6555), Iolanda Chaves (C.P. 2508), Luís Carlos Melo (C.P. 2555), Paula Alexandra Almeida (C.P. 2906) e Lino Vinhal (C.P. 190), Telefone 239 497
cada um. Nunca escondendo o que pensava não teve, por isso, dificuldade na relação com quem pensava diferente. O responsável preocupado que se bateu, ao lado de Rui Alarcão, por melhorar as condições físicas das instalações utilizadas pelos estudantes no seu quotidiano. O dirigente universitário e autarca que percebendo que as Repúblicas de Coimbra caminhavam para a degradação e consequente extinção criou condições para que tal não acontecesse. Foram trinta anos, múltiplas gerações de estudantes, muito diferenciadas e com orientações políticas muito diferenciadas. É uma
LUÍS PARREIRÃO
vida dedicada à Universidade, à Cidade mas , sobretudo, aos milhares de estudantes que passaram por Coimbra desde 1980. A t o d o s n ó s o d r. António Luzio Vaz ajudou, directa ou indirectamente, a ter um pouco mais de qualidade de vida numa cidade que frequentemente não estava preparada para re-
ceber os seus estudantes. Obrigado dr. António Luzio Vaz por tudo o que fez nos Serviços Sociais da Universidade de Coimbra. E obrigado por aquilo que me disse quando me despedi de si no sábado passado. De facto “o sonho comanda a vida”. Pode crer que não esquecerei!
750 (ext. 55, 56 e 57), Fax 239 497 759 | Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar | Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt |Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | Impressão FIG - Indústrias Gráficas, S.A.; Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.º 16 - 4.º Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo SRIP sob o n.º 222567; ISSN: 0874 - 3622; ICS: 122568 | Depósito Legal n.º 127443/98 Preço de cada número 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem média: 9.000 exemplares
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Prognósticos… só no fim do jogo “Pode descobrir-se mais a respeito de uma pessoa numa hora de jogo do que num ano de conversação” Platão Hoje em dia muitas empresas apenas se preocupam com os números ao fim do mês e ainda acreditam que, se conseguirem escoar os seus produtos, é sinal que as suas acções de marketing estão a caminhar no bom sentido. No entanto, muitas delas esquecem-se de que só vender o produto não chega para ser uma empresa sólida no futuro, pois, se não trabalharem seriamente questões emocionais, os clientes de hoje poderão não ser os clientes de amanhã. Sobre esta questão existem números muito interessantes. Estudos
recentes sobre fidelização de clientes comprovam que, para as empresas, custa cinco vezes mais atrair novos clientes do que manter aqueles que têm. Assim sendo, chegou o momento das várias instituições repensarem a sua estratégia e, mesmo depois de concluída a venda, tentar manter o cliente e retê-lo através da criação de um relacionamento sólido e duradouro. Um simples telefonema para saber se podemos ajudar em alguma coisa ou para saber se ficou verdadeiramente satisfeito com a compra já é um passo importante para essa manutenção. Com esse contacto, a verdade é que, mesmo que as coisas não tenham corrido bem, ainda podemos sempre tentar recuperar a situação. A política dos 3
R´s (relacionamento, retenção e recuperação) tem sido uma arma muito eficaz para tornar os consumidores em verdadeiros fãs das marcas. No entanto, existem situações em que as regras do jogo se alteraram ligeiramente. Neste campeonato os objectivos modificam-se, pois tudo o que gira em torno do relacionamento e da retenção está mais do que garantido. Ninguém desconfia que uma pessoa que é capaz de não dormir, fazer centenas de quilómetros, pintar a cara de várias cores, chorar, gritar, abraçar desconhecidos por uma equipa ou um desportista é um verdadeiro fã. Neste jogo do marketing desportivo, a única preocupação é tornar esses verdadeiros fãs de desporto em consumi-
dores. Questões ligadas a saber como se consegue vender bilhetes para os vários tipos de eventos desportivos, como se consegue vender o merchandising do clube, como um patrocinador consegue o retorno do seu investimento, como transformar o evento em algo mediático que chame a comunicação social ou como fazer com que o adepto passe algum tempo relacionado com as questões desportivas é o grande desafio desta nova liga do Marketing Desportivo. Sem nos esquecermos de acontecimentos que mancharam o mundo do desporto tal como doping, corrupção, violência entre claques, polémicas com árbitros… nunca nos podemos esquecer
que, por maior que seja o amor à camisola, o adepto gosta de bons acessos, bons estacionamentos, conforto e animação nos estádios, bons serviços de restauração e, claro, gosta que a sua equipa ganhe para sair do local do even-
to feliz e com a sensação que o preço pago para assistir ao espectáculo não foi injusto. Só trabalhando nessas áreas é certo que o remate será certeiro. No entanto, prognósticos… só no fim do jogo.
Porque vai embora…! 2009! Ano que não deixa boas recordações. Em Portugal e no Mundo. A crise económica e financeira contribuiu, exponencialmente! Importa, pois, fazer uma curta “resenha” do ano que hoje termina. De positivo, pontuais acontecimentos, quer a nível nacional ou mundial. O Presidente da República promulgou o decreto regulamentar da avaliação de professores, emanado do governo. Todos nos recordamos das manifestações. Promovidas pelos diversos sindicatos da classe. Com a adesão de muitos milhares de professores na contestação ao diploma. Terá contribuído, segundo analistas, para a não reconquista da maioria absoluta por parte do partido governamental, nas últimas eleições legislativas. E, “a luta continua” . Veremos o seu epílogo no próximo ano?
O Banco de Portugal anunciou uma “contracção” de 0,8 por cento para o presente ano e um aumento do PIB em 0,3 por cento para o ano que se avizinha. A ver, vamos…! Nem tudo é negativo. “Desta feita” , o futebol. Cristiano Ronaldo é eleito pela FIFA, o melhor jogador do Mundo. Para gáudio dos portugueses. O governo aprovou um orçamento suplementar que prevê um défice de 3,9 por cento para o presente ano, superior ao estatuído (3 por cento) no Pacto de Estab ilid ad e e Cr escimento. O governo israelita a n u n c i a o “cessarfogo” u n i l a t e r a l e m Gaza, relativa a uma ofensiva terrestre que iniciara há uma quinzena. É restabelecido o fornecimento de gás à Europa, interrompido em cerca de duas semanas. Rússia e Ucrânia chegam a acordo sobre o
trânsito do gás em território ucraniano. De 2009 a 2019. Seria trágico! Imperou o “bom senso”. Em Lisboa, formalizou-se a candidatura conjunta de Portugal e Espanha ao Mundial de 2018, que, posteriormente, foi aceite pela FIFA. Seremos “contemplados” ? Temos para nós, ao contrário de alguns, que seria benéfico para a economia portuguesa. P ar a a l é m d a questão desportiva. O Presidente norteamericano decide-se pelo encerramento das prisões da CIA no estrangeiro (vide, Guantanamo). Até, hoje, esta prisão sediada em Cuba, permanece activa. Esperemos que, em breve, se cumpra o “decretado” por Barack Obama. Os ”casos” BPN e BPP . Ve r e m o s pa r a quando o esclarecimento total dos mesmos. Bem como da “ Casa Pia” , “Freeport” e “Face Oculta” , e n t r e outros, não tão mediáti-
cos. Estamos certos que os profissionais da Justiça continuaram a empenhar-se para a conclusão dos processos. Com a celeridade dos meios que dispõem. A Gripe A! Que a Ministra da Saúde tomou, de forma célere, as medidas adequadas. Pese as “reticências” à vacinação por parte de muitos, reiteramos, que… “andou bem” . Os “desencontros” entre governo e oposição na Assembleia da República. A “saga” do desemprego atinge mais de meio milhão no nosso país, segundo dados de Outubro. Aguardemos pela “inversão” , em breve. O Ministro das Finanças – e, bem – garantiu que não seriam obradas taxas pelo uso do Multibanco. O BCE manteve a Taxa de Referência em 1 por cento, que “caiu” desde o início do ano. Como referimos, aqui,
PEDRO SOUSA LOPES
em diversas ocasiões, impunha-se uma intervenção por parte do BCE. “Tardou, mas chegou” ! Bem nos lembramos o que pugnámos. Particularmente, aquando do início da Crise. Esperemos que a mantenham! Bem como a Euribor. Que continue no “patamar” em que se encontra. Estamos, profundamente, convictos que, só assim a economia poderá crescer. A história recente demonstrou-o. Há que retirar os devidos “ensinamentos” . Que as políticas económicas introduzidas e/ ou novas a implementar, se traduzam, designadamente, a saber: no aumento de pos-
tos de trabalho; na redução do número dos que se encontram no desemprego; no apoio efectivo às PME; na acessibilidade ao crédito com maior celeridade e no “desafogo” na economia familiar. 2009 não deixou, genericamente, saudades! Que 2010 nos propicie, “melhores dias” ! Um Bom Ano Novo!
REGISTO: O trabalho assertivo de todos os que fazem o “Campeão das Províncias”. A todos, continuação eficiente e eficaz no vosso desempenho. Grato, Lino Vinhal!
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Da frieza dos números Por dever de ofício vime na obrigação profissional de visitar - recentemente - o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Aproveitei, então, a oportunidade para dar uma vista de olhos a elementos e curiosidades estatísticas que, em normais circunstâncias, não teria nem tempo nem disponibilidade para observar. Foi, desta forma, que constatei que - portugueses residentes e/ou habitantes - neste glorioso rectângulo “onde a terra acaba e o mar começa” somos, actualmente, (apenas) 10 627 250. (Por vezes esquecemo-nos que toda a nossa população caberia - folgadamente - em cidades como Londres, S. Paulo, Tóquio, Nova Iorque, por exemplo). Mas somos o que somos! Depois de apurar este número de habitantes lusos, deixei-me levar pela curiosidade e constatei que destes 10 627 250, 2 830 051 são bebés, crianças e jovens até aos 24 anos de idade. Ou seja, cerca de 28 por cento são jovens em idades escolares e pré-escolares! Depois apurei que com idades superiores aos 65 anos somos 1 874 209. Melhor dizendo, 1 874 209 são idosos, reformados e pensionistas. Adicionando aqueles jovens ao número de idosos reformados e pensio-
nistas obtive o número rigoroso - de 4 704 260 habitantes. Quer isto dizer - por mera e simples exclusão de partes - que desta população sobejam - rigorosamente – 5 922 990 milhões de adultos entre os 24 e os 65 anos de idade. Melhor dizendo - em idade adulta e activa - somos pouco mais do que metade do total dos habitantes! Mas a minha curiosidade aritmética não ficou por aqui. Apurei depois que 520 000 é o número aproximado que consta dos cadernos do desemprego. Assim, destes 5 922 990 de potenciais activos adultos subtraí ainda cerca de 520 000 deprimidos desempregados; tendo chegado, desta feita, ao número de 5 402 990 activos trabalhadores. Destes 5 402 990, 3 831 034 são trabalhadores e/ou empregados por conta de outrem, dos quais mais de um milhão de funcionários públicos. Em suma - o país resume-se ao número incalculável (?), incontrolável (?) monstruoso (?) de cerca de pouco mais de 1.248.066 de portugueses que, de facto, trabalham por conta própria, ou em empresas privadas, ou em profissões liberais. Repito - cerca de 1 248 066! Pouco mais de 10 por cento! Repito - pouco mais
CÉSAR TOMÉ AUGUSTAPERANGUSTA.CALT@GMAIL.COM
de 10 por cento que se dedicam à iniciativa privada! Partindo do pressuposto que considero (quase) pacífico que é a actividade essencialmente privada que produz - efectiva - riqueza para o país, permito-me obter duas conclusões e formular outras tantas questões... PRIMEIRA CONCLUSÃO – a população de 10 627 250 de habitantes em Portugal assenta toda a sua produtividade/riqueza em 1 248 066 de empregadores, ou patrões, ou sócios de empresas, ou profissionais liberais, ou mesmo empregadores de empresas com intervenção do Estado (!). SEGUNDA CONCLUSÃO – o alegado e prometido aumento de regulação e/ou controlo estatal destina-se a controlar - é suposto - estes 1 248 066 “perigosos” privados (?!). Já que não é credível que bebés, crianças, adolescentes até aos 24 anos de
idade; reformados, idosos e pensionistas acima dos 65 anos; desempregados com subsídios miseráveis e mesmo 3 831 034 assalariados por conta de outrem (dos quais mais de um milhão de funcionários públicos) sejam perigosos e incontroláveis agentes desestabilizadores do normal progresso do país. PRIMEIRA PERGUNTA – quanto tempo mais é que o nosso país vai poder sobreviver com a crueza destes números? SEGUNDA PERGUNTA – como é possível que cerca de dez por cento da população portuguesa produza riqueza bastante para a totalidade dos 10.627.250? TERCEIRA PERGUNTA – não será esta, em termos simplistas, uma das razões principais da nossa recorrente pobreza?
PS – os números referidos foram minuciosamente extraídos do INE.
PASSATEMPOS
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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 152 Tema de hoje – CABELEIREIRO
HORIZONTAIS 1 – Cabeleireiro. Cabeleireiro. 2 – Acrescentar. Cabeleireiro (pl). Universalidade. 3 – Terreno alagadiço. Cabeleireiro. Tratado sobre o bem e o mal. 4 – Terra maninha reduzida a cultura. Sepultura. 5 – Ontem. Deste lado. Andais. Sociedade Portuguesa de Serologia (abr). 6 – Gabinete de Apoio à Vítima (abr). Cabeleireiro. 7 – Imposto de Transmissão. Coragem. Burra. 8 – Ouso. Amado. Sufixo de sentido diminutivo. 9 – Cabeleireiro. Nome próprio feminino (pl). VERTICAIS 1 – Cabeleireiro. Sociedade (abr). 2 – Nome próprio feminino. Nome próprio feminino. 3 – Cabeleireiro. Debaixo de. 4 – Agricultar. Símbolo de gálio. 5 – Cabeleireiro. Outra pessoa. 6 – Ordem Militar (abr). Cabeleireiro. 7 – Símbolo de logaritmo. Embaraço. 8 – Entregue. Cólera. 9 – Graça. Madrasta. 10 – Pertences. Cabeleireiro. 11 – Cabeleireiro. Sufixo de actividade. 12 – Ilha geralmente com a configuração de um anel. Acolá. 13 – Rijas. Sinónimo (abr). 14 – Ode. Cabeleireiro. 15 – Cabeleireiro (pl). Contracção.
SEIS PALAVRAS RELACIONADAS COM CABELEIREIRO
Utilizando todas as sílabas constantes do quadro, formar seis palavras relacionadas com cabeleireiro. PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de ÁGUIA; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 144: João Pedro Marques, de Coimbra, com livro da PORTO EDITORA; e Adelaide Pinho, do Porto, com medalha.
ENIGMA FIGURADO
Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.
DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
PROBLEMA N.º 152/A
HORIZONTAIS 1 – Boa reputação. Dente queixal (pl). 2 – Soma. Circunscrição judicial. 3 – Asa do nariz. Fazer desaparecer. 4 – Escassa. Corrigenda. 5 – Fisionomia. Rijo. Vote. 6 – Direito de propriedade. 7 – Nome de letra. Consequências. Presidente da República (abr). 8 – Nome próprio masculino. Engrandecer-se. 9 – Conselho. Produtiva. 10 – Descaramento. Gostem de. 11 – Ala. Exprime à maneira dos galegos. VERTICAIS 1 – Iluminadas. Com intervalos. 2 – Pátria. Decotes. 3 – Atmosfera. Destitua de um cargo. 4 – Que revela talento. Nome próprio feminino. 5 – Jornada. Osso longo do braço. 6 – Porco. Nome próprio masculino. Símbolo de prata. 7 – O poder soberano. Qualquer. 8 – Voltar. Nome próprio feminino. 9 – Assassinado. Governo. 10 – Demente. Parelha. 11 – Nome próprio feminino. Afasta.
SOLUÇÕES Palavras Cruzadas – Problema n.º 144: Horizontais – 1 – Ágata, Ana, Alina. 2 – iole, Amada, ateu. 3 – dai, uma, amo, ear. 4 – a, core, alar, a. 5 – senil, labor. 6 – au, t, i, i, r, im. 7 – lave, Aurea, isso. 8 – di, mu, mie, ir, or. 9 – asa, Adelina, uso. Verticais – 1 – Aida, Alda. 2 – Goa, suais. 3 – Alice, v, a. 4 – te, ontem. 5 – a, uri, ua. 6 – Amélia, d. 7 – ama, ume. 8 – na, ril. 9 – Ada, EEI. 10 – Amália, a. 11 – a, ola, ia. 12 – lá, abrir. 13 – itero, a, u. 14 – NEA, risos. 15 – Aura, moro. Problema n.º 144/A: Horizontais – 1 – farol, papel. 2 – amole, útero. 3 – c, los, rica. 4 – to, rapada, p. 5 – uva, raso, ia. 6 – rela, s, SADC. 7 – ao, veta, SET. 8 – s, panela, mu. 9 – sito, ira, a. 10 – ficar, selar. 11 – amora, asila. Verticais – 1 – facturas, fá. 2 – am, óveo, sim. 3 – rol, al, pico. 4 – olor, avatar. 5 – lesar, enora. 6 – paste. 7 – puras, alisa. 8 – atidos, ares. 9 – peca, ás, ali. 10- era, idem, al. 11 – lo, pactuara. Leia o provérbio: Mulher janeleira nem poupada nem ordeira. Enigma figurado: Mulher de má vida.
AMBIENTE Na Quinta da Paiva, em Miranda do Corvo
Parque Biológico assinala Dia da Paz “Se quiser cultivar a paz, proteja a criação”, este é o lema da mensagem do Papa Bento XVI para o 43.º Dia Mundial da Paz, que se comemora a 1 de Janeiro de 2010. O Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, vai colocar esta frase na entrada principal, uma vez que considera que é uma ideia forte, que está subjacente à existência da Fundação ADFP (www.adfp.pt) e do próprio Parque (www.quintadapaiva.pt ; parquebiologicodaserradalousa.com). “Vivemos uma época em que se assiste a um vazio de valores e a fundamentalismos politicamente correctos que violam a natureza”, refere o médico Jaime Ramos, presidente do Conselho de Administração da Fundação, sustentando que “o Parque da Serra da Lousã quer fomentar a biofília e a paixão pela natureza, aliando princípios de
sustentabilidade económica e de coesão social, criando emprego e actividades ocupacionais para pessoas deficientes ou doentes mentais, vítimas de exclusão”. O Parque está associado ao restaurante Museu da Chanfana e área de lazer da Quinta da Paiva, criada em parceria com a Câmara Municipal de Miranda do Corvo. “Não se está perante mais um zoo, pois pretendese conciliar um projecto cultural a uma visão naturalista que crie emprego para pessoas com necessidades especiais”, explica Jaime Ramos, sublinhando que, em Miranda, as pessoas podem conhecer os animais que habitam Portugal, ocupam o nosso território e que na sua maioria são desconhecidos. “Com facilidade as pessoas vêem filmes sobre animais exóticos (elefantes, leões, tigres, macacos, etc.), ou ob-
servam-nos nos diferentes zoos ou parques do país, mas os portugueses desconhecem com frequência aqueles animais que vivem, selvagens, em Portugal, partilhando o nosso território”, comenta. No Parque Biológico da Serra da Lousã as “estrelas” são as raposas, as lontras, os javalis, as ginetas, os sacarrabos, entre muitos outros completamente desconhecidos da nossa população. O Parque possui mamíferos, aves, peixes e está a iniciar a colecção de répteis e anfíbios, sempre com exclusão de animais de outros climas e territórios. Os mamíferos expostos são: Lontra, coelho-bravo, veado, javali, gamo, raposa, garrano, muflão, esquilo-vermelho, ratazana, gineta, sacarrabos, furão. A “segurança” está a cargo de dois cães das raças mais portuguesas associadas à pastorícia tradicional: Serra-da-Estrela e Rafeiro Alentejano.
Os peixes são: ruivaco, pimpão, barbo-do-norte, carpa e truta As aves são: patoreal, gralha, perdiz-vermelha, rola-turca, bufo-real, águiade-asa-redonda, águia-calçada, milhafre, peneireiro-comum, peneireiro-cinzento, mocho-galego, coruja-domato, coruja-das-torres, gaio, pega e melro. Nos répteis e nos anfíbios o parque possui rã-verde e cágado-mediterrânico e vai desenvolver esta área em 2010. Na área da quinta pedagógica estão representados 31 espécies de animais de raças autóctones, tradicionais nas quintas portuguesas, e um labirinto de árvores de fruta, único no mundo. As aves selvagens expostas são na sua maioria animais que foram vítimas de acidentes diversos e que, mesmo após períodos de reabilitação não oferecem condições para serem libertas e regressar á vida em liberdade na natureza.
O parque tem exclusivamente animais da fauna portuguesa, entre eles a raposa
No processo de apoio e manutenção destas aves o Parque tem vindo a cooperar com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), e com o Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS). Para Jaime Ramos, “a paz exige um espírito de tolerância perante as diferenças e de absoluto respeito por todos os seres vivos”. “Não se pode ser pela paz se estivermos arrogantemente conven-
cidos que o Homem é um ser que pode estar acima das regras da biologia, e da sua criação”, acrescenta. Durante 2010 a ADFP vai iniciar a construção de um Museu que “fará a ponte entre o Homem e a nossa inteligência, integradas no evolucionismo, e o respeito por todas as formas de vida, por mais primitivas que nos pareçam, admitindo que somos uma parte insignificante de um Universo que desconhecemos”, anuncia o médico.
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DESPORTO
DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
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Palpitando
Repete-se o campeão de Inverno A terminar 2009 destaca-se o primeiro lugar do pódio que o jurista José Alberto Coelho mantém neste painel de prognósticos dos resultados dos jogos da Liga principal de futebol, repetindo o feito de
PALPITANDO
ser o “campeão de Inverno”, tal como em 2008. Nos lugares cimeiros prosseguem o presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, Francisco Andrade, observador atento como treina-
JOSÉ ALBERTO COELHO
PONTOS
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FRANCISCO ANDRADE
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dor profissional de futebol, e o médico Mário Campos, uma das grande glórias da Académica. Destaque, também, para a ascensão de José Manuel Canavarro, professor da Faculdade de Psicologia e Ciências de
JOSÉ M. CANAVARRO
MÁRIO CAMPOS
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ÁLVARO AMARO
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Educação, da boa performance do presidente da Câmara de Gouveia, Álvaro Amaro, e de José Manuel Pureza, líder parlamentar do Bloco de Esquerda. Quanto à Liga de futebol, o ano encerra com o surpre-
JOSÉ M. PUREZA
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endente Braga na liderança, partilhada com o Benfica, enquanto que as duas equipas do distrito de Coimbra, Naval 1.º de Maio e Académica/OAF, estão em 10.º (15 pontos) e 12.º lugar (13 pontos), respectivamente,
CARLOS ENCARNAÇÃO
MÁRIO NOGUEIRA
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127
FÁTIMA RAMOS
130
HELENA FREITAS
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enquanto que na época passada se encontravam igualadas pontualmente. A 15.ª jornada, que abre o ano de 2010, decorrerá no fim-desemana de 10 de Janeiro, com o aliciante da partida Académica-Naval.
MIGUEL CORREIA
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MARTA BRINCA
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Basquetebol
Prosseguindo na formação
Olivais dá 21 atletas às selecções
Judo Clube de Coimbra entregou cintos no Natal
Aproveitando este período de Natal e Ano Novo, em que são interrompidos os campeonatos distritais e nacionais de basquetebol, todas as selecções (excepto as seniores) entram em estágios, ou participam em torneios com vista a uma melhor preparação para os respectivos campeonatos. No caso das selecções nacionais o fim em vista é a participação nos campeonatos europeus de basquetebol de Julho e Agosto de 2010. No caso das distritais o objectivo é a participação na Festa do
Basquetebol Juvenil, em Portimão, em Abril de 2010, em que se defrontarão selecções de todo o país. São quatro as atletas olivanenses que estão envolvidos nas selecções nacionais. Miguel Hipólito esteve no estágio da selecção de sub-15 masculinos, dias 21 e 22 de Dezembro, e no Torneio Internacional Arroyo (Espanha) de 26 a 29 de Dezembro. Maria João Andrade foi convocada para o estágio da selecção de sub-18 femininos, que decorreu na Cruz Quebrada, entre 27 e ontem, enquanto Michelle
Brandão e Sofia Carolina Silva estiveram no estágio da selecção nacional de Sub-20 Femininos que decorrerá em Oeiras e na Cruz Quebrada entre 26 e 30 de Dezembro. Quanto às selecções distritais são 17 os atletas do Olivais que estão envolvidos: cinco na selecção de sub 16 masculinos; quatro na selecção de sub 16 femininos; quatro na selecção de sub 14 masculinos; e outros quatro na selecção de sub 14 femininos. Os treinos decorreram até terça-feira e ontem, dias em que as selecções estive-
ram envolvidas nos torneios de fim-de-ano organizados pela Associação de Basquetebol de Coimbra, em conjunto com outras associações. O Olivais é a equipa do distrito de Coimbra que mais atletas fornece às selecções, tanto nacionais como distritais, o que, para o clube, “demonstra a qualidade da formação basquetebolística, recentemente reconhecida na III Gala do Desporto Distrital de Coimbra ao receber o galardão correspondente a Clube do Ano 2008/ 2009”.
O Judo Clube de Coimbra assinalou o Natal em família, com antigos, actuais e futuros campeões. Na ocasião, os 20 rapazes e raparigas da formação do JCC, orientados por Philippe Reis, receberam os respectivos cintos entregues por Henrique Fernandes, Rui Costa e José Robalo. Cintos brancos/amarelos para uns, amarelos para outros e amarelos/laranjas para mais uns quantos, o brilho nos olhos e o sorriso nos rostos deixaram perceber a alegria que invadiu o espírito dos que começaram a dar, há pouco, os primeiros passos no judo. Sentados às mesas da Cervejaria Praxis, actuais e antigos judocas, familiares, dirigentes e simpatizantes do JCC recordaram “estórias” e competições, mas também medalhas e títulos, enquanto os mais pequenos se divertiram a testar, fora dos tapetes, algumas das técnicas do judo já aprendidas. Com mais de 120 pessoas presentes, o jantar con-
tou com as presenças de Henrique Fernandes, governador civil de Coimbra, do professor Rui Costa, um homem do desporto de Coimbra e de José Robalo, presidente da Mesa da Assembleia-Geral do JCC, que se deslocou de Lisboa. Apesar de ter estado ausente por motivos profissionais, Luís Providência, vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra, deixou uma mensagem festiva ao clube, transmitida por Jorge Fernandes, presidente da Direcção do JCC, que aproveitou, também ele, a ocasião para deixar os mesmos votos de felicidades aos participantes no jantar. “Foi um ano em que o JCC alcançou grandes resultados tanto a nível nacional, como no estrangeiro”, lembrou Fernandes, sublinhando a juventude do emblema. “Somos um clube jovem, mas que já alcançou resultados desportivos merecedores do crédito de todos aqueles com quem competimos”, acrescentou o dirigente.
Domingo, dia 3
BTT em força na Lagoa de Mira
São quatro os jovens do Clube do Olivais que foram chamados a nível nacional: Maria João Andrade, Michelle Brandão, Miguel Hipólito e Sofia Carolina
No próximo domingo, dia 3 de Janeiro, a beleza natural da Lagoa de Mira serve de cenário à realização da prova anual de BTT. São esperados centenas de participantes para a prova de âmbito regional, organizada pelo Grupo Desportivo de Verdemilho com o apoio da Câmara Municipal de Mira e das associações da Lentisqueira, Leitões, Ramalheiro e Cabeço. Distribuídos por três escalões etários e por percursos
de 20 e 55 quilómetros, os participantes iniciam a prova no Pavilhão Municipal de Desportos, pelas 09h00. Haverá prémios para os primeiros três classificados de cada escalão. A Câmara Municipal de Mira associa-se, uma vez mais, à realização desta iniciativa, por ser “uma prova que já alcançou grande destaque nos eventos desportivos regionais e que promove a paisagem da Lagoa como local de eleição para prática de desportos de ar livre”.
CULTURA
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Concerto de Ano Novo na Figueira da Foz A Strauss Festival Orchestra e o Strauss Festival Ballet Ensemble dão a 6 de Janeiro, pelas 21h30, um concerto de Ano Novo no Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz. Valsas inesquecíveis como “O Belo Danúbio Azul”, “Contos dos Bosques de Viena”, “Valsa do Imperador” e a “Marcha Radetzky”, serão interpretadas pela orquestra e acompanhadas por números de dança em que as coreagrafias estilizadas e os trajes de gala contribuem para enaltecer a carácter cénico. Ao ritmo da característica música da Viena Imperial do século XIX, com marchas, valsas e polcas, o CAE dá as boas vindas ao novo ano, com um espectáculo digno das grandes salas de concerto e teatros da Europa. O preço do bilhete é de 30 euros por pessoa.
Jovens artistas expõem na Figueira da Foz O Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz tem patente ao público uma exposição de pintura e escultura que reúne os trabalhos de jovens criadores que participaram no primeiro concurso de artes plásticas dinamizado em parceria com as galerias Sacramento – Arte Contemporânea, comissariado por José Sacramento. Para além dos trabalhos de Gil Maia, Nuno Fonseca e Ana Pais Oliveira, vencedores do 1.º Prémio Jovem de Artes Plásticas, a mostra integra obras de Frederico Ramires, Mário Vitória, Leandro Machado, Pedro Batista e Tiago Cruz, distinguidos com menções honrosas. A exposição pode ser visitada de segunda a sextafeira (das 09h30 às 19h00) e aos sábados, domingos e feriados (entre as 14h00 e as 20h00).
Formação em fotografia na Casa da Esquina No âmbito do “The Portfolio Project”, a fotógrafa Susana Paiva vai orientar um conjunto de acções de formação na Casa da Esquina, em Coimbra, destinadas àqueles que têm particular interesse pela arte da fotografia. A acção de formação decorrerá entre os dias 11 e 16 de Janeiro e abordará questões teóricas e práticas ligadas à fotografia, permitindo a todos que a frequentam um acompanhamento personalizado em regime de ensino. Enquanto espaço de aprendizagem e debate, esta iniciativa é dirigida a todo o público que queira reflectir sobre a prática fotográfica contemporânea, proporcionando espaços de criação onde as fotografias desenvolvidas pelos participantes são analisadas pela formadora. A participação na oficina de trabalho do The Portfolio Project, para maiores de 16 anos, tem o custo de 65 euros. Mais
informações sobre esta iniciativa podem ser obtidas na Casa da Esquina (Rua Aires de Campos n.º 6) ou através do endereço electrónico geral@casadaesquina.pt.
Cinema e igualdade de género no TAGV No âmbito do projecto “O Outro Sexo”, plano de iniciativas de promoção para a igualdade de género, dinamizado pela associação Saúde em Português, é exibido no auditório do Teatro Académico de Gil Vicente, no dia 5 de Janeiro, pelas 21h30, o filme “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias”, do realizador romeno Cristina Mungiu. Recuando aos últimos dias do comunismo, este filme conta a história de Otilia (Anamaria Marinca) e Gabita (Laura Vasiliu), duas jovens que dividem um quarto num dormitório estudantil da universidade de uma pequena cidade romena. Gabita está grávida e o aborto é ilegal no país. Otilia aluga um quarto num hotel barato onde irão encontrar-se com Bebe (Vlad Ivanov), um homem chamado para resolver a questão. No entanto, ao saber que Gabita está com a gravidez mais adiantada do que havia informado, ele aumenta as exigências para o serviço, cobrando um preço que as duas não estão preparadas para pagar. À projecção do filme segue-se um debate sobre o tema “Saúde e Igualdade de Género”. Mais informações estão disponíveis na Internet, em www.ooutrosexo.blogspot.com.
Telas e Pincéis d e Coimbra na galeria Ferrer Correia Trabalhos criados por um conjunto de 14 artistas que integram o grupo Telas e Pincéis de Coimbra preenchem uma exposição colectiva de pintura que pode ser visitada na galeria Ferrer Correia, em Coimbra (Casa Municipal da Cultura), até ao dia
16 de Janeiro. A mostra, inaugurada na última terça-feira, conta com obras de AnaA. (Ana Clara Pereira), Ana Souto, António Costa, Bieno (Álvaro Costa), Brito (Brito Lages), Carolina Caixeiro, Graça Centúrio, J. Nelson/Ermio (João Nelson P. Correia), Joana Parente, Lita (Lucília Araújo), Matifa (Maria de Fátima P. Rodrigues), Rafa (Rafael Garcia), ROD. (Manuel Antunes Rodrigues) e SPeça (Sílvia Peça). Criado em 1999, o grupo de pintura Telas e Pincéis de Coimbra surgiu de um projecto do artista plástico JNelson/Ermio (João Nelson P. Correia). Encontros culturais e exposições colectivas de pintura em vários municípios e no estrangeiro fazem parte das actividades desenvolvidas no âmbito deste projecto artístico.
Grupo Catarino lança edição especial da Pulsar O Grupo Catarino acaba de lançar a edição especial da revista Pulsar. Trata-se de uma publicação comemorativa dos 60 anos do Grupo de Febres que, actualmente, integra 16 empresas em nove sectores de actividade. A revista, com 191 páginas, retrata alguns dos projectos mais emblemáticos do Grupo liderado por Vítor Catarino. A publicação especial, bilingue, abre com um editorial intitulado “Crescer com ética”, no qual, os dois irmãos administradores, Vítor e Jorge Catarino, passam em revista a génese do grupo empresarial e as principais fases ao longo das últimas seis décadas. O espírito empreendedor é considerado, pelos empresários, como a imagem de marca da família que transformou um negócio familiar num dos principais grupos económicos da região Centro e do país.
DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
V I N A G R E T A S
Rica vizinhança – Abhu Dhabi, o maior e mais rico dos sete Emirados Árabes Unidos, prontificou-se a emprestar 10 000 milhões de dólares ao Dubai, para que este pague as suas dívidas até Abril de 2010, afastando assim o cenário de bancarrota. Portugal, cujas contas públicas são aquilo que se sabe, até poderia tentar a sorte com os seus vizinhos, não fosse o caso de estar cercado por mar e o único vizinho, a Espanha, estar a viver um momento económico adverso. Falta petróleo – que Abhu Dhabi e Dubai têm em fartura – e falta a sorte... de ter por perto um vizinho endinheirado. Diz o povo, com alguma razão, que de Espanha, “nem bom vento nem bom casamento”. E nestes tempos complicados, de “nuestros hermanos”, nem sequer uns euros a título de empréstimo para meter as contas públicas na ordem e varrer a crise do mapa. De olhos em bico – À semelhança do que já acontece na China, também a Austrália pretende filtrar os conteúdos e acessos na Internet. O Governo de Camberra justifica a implementação desta medida com a alegada necessidade de barrar o acesso a sítios com conteúdo criminoso, designadamente, pedofilia, violação ou uso de drogas. Nobre a intenção, reconhecendo a gravidade do problema e a vontade de fazer alguma coisa para lhe pôr termo, fica a interrogação se este não será um pretexto para algo mais? Santos e Santos na PM – A Polícia Municipal de Coimbra, cujo futuro comandante será o quarto em pouco mais de seis anos, parece estar na iminência de voltar ter um Santos (Euclides) a dirigila. Hermenegildo Santos, subcomissário da PSP, sucedeu, há dois anos, a outro subcomissário, Manuel Lobão. Seguiu-se António Leão, interinamente, e novo Santos parece estar
a caminho da avenida de Sá da Bandeira. Euclides Santos, ex-subchefe, é técnico superior da Polícia de Segurança Pública. Como o consulado de António Leão foi pautado pela interinidade, pode dizer-se que Santos (Euclides) sucede a Santos (Hermenegildo). A liderança na Polícia Municipal de Coimbra, inicialmente confiada a Lobão e, depois, interinamente, a Leão, volta a inclinar-se para a santificação. Ver-se-á se Encarnação logra a pacificação. Coisas da memória... – A 03 de Dezembro, o director-adjunto do “Campeão” estranhou “a mistificação” que imputou ao presidente da Câmara de Coimbra relacionada com os problemas por que passaram os comandantes da Polícia Municipal. Segundo Rui Avelar, estranhar a “coincidência de acontecimentos” envolvendo todos os comandantes da corporação, como fez o autarca, equivale a dizer que ele ignora as suas próprias responsabilidades. Ora, a 08 de Janeiro de 2009, o “Campeão” titulou que Carlos Encarnação dispensou um comandante, “corrigindo o tiro”; a 21 de Maio alertou para uma desautorização da Inspecção-Geral da Administração Local; e, a 27 de Março de 2008, tinha assinalado que Hermenegildo Santos fora nomeado sem procedimento concursal.
Adivinhas – Quem é a engenheira, ao serviço da Administração Regional de Saúde do Centro, cuja ausência de confraternizações natalícias do organismo foi bastante notada? E será que a técnica, apesar da falta de comparência num almoço e num jantar de pessoal da ARSC, marcou presença num repasto do consórcio construtor das novas instalações do Hospital Pediátrico? E terá a jovem engenheira viajado num automóvel comprado recentemente, cujas letras da matrícula são HP? Será que... ? – O bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, será, simbolicamente, o director da primeira edição de 2010 do diário As Beiras. Será que, sob a direcção do prelado, o Jornal publicado em Taveiro vai proceder à actualização da mais recente informação sobre ilustres arguidos de Coimbra? Dom da ubiquidade – A acta da penúltima reunião da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) revela um aspecto surpreendente – o de que a vereadora Maria José Azevedo Santos possui o dom da ubiquidade. Apesar de se ter ausentado da referida sessão camarária, a autarca surge, em acta, como se tivesse aderido a uma proposta cuja aprovação resultou do voto de qualidade de Carlos Encarnação (vide a pág. 6 da edi-
Candidato só – Castanheira Barros não revela nomes de apoiantes. Prefere que os militantes se sintam mais atraídos pelas ideias, do que propriamente pelas pessoas. Apresentou-se só na conferência de imprensa e, até conseguir mais 750 assinaturas, é só candidato a candidato à presidência do PSD.
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A L H E I A
“Tendo em conta o que fica dito, julgo que em democracia a corrupção é inevitável. Claro que, se nas cúpulas dos partidos houver gente pouco séria, o fenómeno assumirá muito maiores proporções”. José António Saraiva, no Sol de 18/12/2009
ção de 17 de Dezembro do “Campeão”). O lapso na redacção da acta prende-se, por certo, com a falta de registo da saída da vereadora. Ainda assim, fica por assinalar, oficialmente, que uma medida polémica só logrou aprovação mediante voto de qualidade do prefeito. Se for primeiro-ministro... – Castanheira Barros diz que encabeça uma candidatura despretenciosa, mas não perde de vista que o presidente do PSD é sempre um potencial primeiro-ministro. Assim sendo, declara que “se for primeiro-ministro” será “diferente de Sócrates”, responderá a todas as perguntas dos deputados na Assembleia da República e quando não souber reunir-se-á com os seus ministros e secretários de Estado.
Barros faz um ensaio para candidato a candidato. Em 2007, manifestou o desejo, recolheu algumas assinaturas, mas acabou por desistir. Atribui a culpa a Marques Mendes que, segundo disse, marcou as eleições em cima da hora não lhe dando tempo para prosseguir com a subscrição. Agora que Marques Mendes está fora do jogo, Castanheira Barros está confiante de que até Fevereiro consegue mais 750
assinaturas e leva a candidatura até ao fim!
as luzes natalícias? Facturam os outros, pois então...
Depois queixam-se que não vendem – Nesta época, de compras por excelência, por que razão o comércio da Baixa de Coimbra não promoveu uma daquelas noites brancas em que as lojas estão abertas para além das 19h00, dando oportunidade à maior parte das pessoas fazerem as compras em horário pós-laboral e desfrutarem
Temperaturas tropicais – Por que razão os centros comerciais, com lojas abertas à hora que serve a maior parte dos consumidores, querem vender roupa de Inverno com o ar condicionado programado para temperaturas tropicais? Isto para não falar do choque térmico nas entradas e saídas das grandes superfícies.
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“Os portugueses quando votaram nos diversos partidos não quiseram uma solução parlamentar que inviabilizasse qualquer solução governativa. O país não se pode dar ao luxo de ter um governo paralisado”. Idem, Ibidem “O país não quer uma crise política, o país quer estabilidade política, um governo forte e um governo que, a partir da sua firmeza, seja capaz de dialogar com as oposições e seja capaz de garantir a aprovação dos seus documentos fundamentais”. Idem, Ibidem “Acredito que o PS possa vir a apoiar a candidatura de Manuel Alegre, a quem reconheço todas as qualidades para ser um bom Presidente da República”. Idem, Ibidem “O PSD está descrente, está mal, está disfuncional, está com um estado de espírito negativo, está triste, céptico. Se continuar assim, para mim não serve e termina”. Pedro Santana Lopes, no Diário de Notícias de 19/12/2009
Amigos, amigos, candidatura à parte – Questionado sobre se tem ou não o apoio de Alberto João Jardim, o candidato a candidato a presidente do PSD diz que não mistura a política com a amizade que o une ao presidente do Governo Regional da Madeira, e assim como a outros ilustres, como Filipe Menezes e Pedro Santana Lopes. Castanheira Barros tem noção de que “a subscrição é um acto democrático de viabilização de uma candidatura” e que as assinaturas não significam votos. Falar de apoiantes será, também, prematuro, pois podem ainda aparecer outros candidatos, quiçá algum do seu próprio núcleo de amigos social-democratas, dizemos nós... Agora sem Marques Mendes... – Esta é a segunda vezque Castanheira
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“Há duas atitudes limite que o Partido Socialista e o governo não deveriam ter. Uma era nós próprios sermos geradores de instabilidade política, usando como álibi a irresponsabilidade já manifestada pela oposição para nos demitirmos da nossa função, que é a de governar o país responsavelmente. A outra, no extremo oposto, é estarmos dispostos a contrabandear todos os princípios e convicções em nome da vontade de permanecer no poder”. Francisco Assis, líder parlamentar do PS, ao jornal “i” de 19/12/2009
“Natal é tempo de esperança. Penso que não devemos perder a esperança de que o ano 2010 fique marcado na Assembleia da República por frutuosos entendimentos interpartidários. O país rejubilaria”. Cavaco Silva, Presidente da República, no Diário de Notícias de 21/12/2009 “O desemprego médico é um argumento fraquinho. (...) Esse tipo de comentário abre a porta a interpretações maldosas, que não perfilho, de que estamos perante uma situação de proteccionismo, fomentada pelos próprios médicos”. Maria Helena Nazaré, reitora da Universidade de Aveiro, em entrevista à Visão de 24/12/2009 “É cada vez mais claro que o combate à crise não se faz apenas, nem sobretudo, com os políticos. Mas é preciso que eles assegurem ao país a paz necessária, que criem o ambiente”. José Leite Pereira, no Jornal de Notícias de 23/12/2009
“Cão como nós”
“Conversas privadas são uma coisa, insusceptível de qualquer transcrição, indícios criminais, avaliados pela PJ e validados pelo Ministério Público e por um juiz de instrução, são outra, apesar do que pensa Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento. Um e outro não são a voz exclusiva e hierarquicamente absoluta em matéria de definição do que é o Direito. Isso pertence aos tribunais”. Eduardo Dâmaso, no Correio da Manhã de 24/12/2009
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Assembleia Municipal aprova plano e orçamento da Câmara de Coimbra
Incerteza orçamental a pairar sobre 2010 R.A./I.C.
A Assembleia Municipal ratificou as Grandes Opções do Plano (GOP) e o orçamento da Câmara para 2010, com 28 votos a favor (PSD/ CDS/PPM), 18 abstenções (PS e CDU) e 14 contra (PS e BE). Justificando os votos contra do Bloco de EsPUBLICIDADE
querda, Serafim Duarte apontou críticas às opções da autarquia no domínio da reabilitação urbana do centro histórico, das politícas sociais e da educação, três domínios que, segundo disse, são “absolutamente cruciais” para o partido que representa. Anterior mente, na discussão em sede de reunião camarária, a in-
certeza acerca do volume da receita da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) em 2010 foi um dos poucos aspectos em que convergiram os edis da maioria e os do PS. “É impossível ter a habitual segurança em matéria de receitas”, adverte o vereador do PSD João Paulo Barbosa de Melo, que sucedeu a
Marcelo Nuno no pelouro financeiro da praça de 08 de Maio. Os chamados impostos directos, de que fazem parte o imposto municipal sobre imóveis, a sisa, a derrama e o imposto de circulação, responsáveis por mais de uma quarta parte do volume da receita da autarquia, poderão ficar
aquém dos estimados 40 milhões de euros. O orçamento da CMC para 2010 rondará os 149 milhões de euros, sendo as principais fatias de investimento destinadas ao Centro de Convenções a erguer no convento de São Francisco, à construção de três centros escolares e à requalificação de vários estabelecimentos de ensino. “A política de investimento vai ter, necessariamente, um grande incremento”, promete o presidente da Câmara, Carlos Encarnação, tratando-se, do ponto de vista dele, de um esforço exigido pela crise económica e social. Segundo Barbosa de Melo, as GOP e o orçamento camarário para 2010 inscrevem-se numa “estratégia de rigor e de contenção da despesa” e dão continuidade a uma política de “redução de endividamento”. O novo vereador regozijou-se, de resto, com aquilo que classifica de “excelentes níveis de desempenho” em ter mos de execução orçamental e de controlo da despesa. Leituras diferentes têm os vereadores socialistas, em cujo ponto de
vista há um “pequeno truque” que consiste em aumentar a previsão de receita com uma suposta venda de terrenos municipais no montante de 27,67 milhões de euros. Para os edis eleitos pelo PS, uma das raras certezas é a de que a dívida de curto prazo irá aumentar significativamente. A alegada falta de opções estratégicas em matéria de GOP sobressai, segundo os vereadores da oposição, de uma “gestão política que continuará a comprometer o futuro de Coimbra”. Tarifário da água: A.M. aprova recomendação por unanimidade
A A.M. aprovou, por unanimidade, uma recomendação do advogado José Manuel Ferreira da Silva (PS), para que a Câmara Municipal submeta àquele órgão deliberativo o novo tarifário da água para 2010. Em declarações ao “Campeão das Províncias”, o autor da proposta sublinha que o aumento da tarifa da água é uma competência da A.M. e que cabe agora à Câmara aceitar ou não a recomendação.
Coimbra e Oliveira do Hospital
Barclays abre duas novas agências No âmbito da sua estratégia de expansão em Portugal, que visa reforçar a rede de agências e oferecer um serviço especializado por todo o país, o Barclays abre, hoje, dois novos balcões, um em Coimbra e outro em Oliveira do Hospital. Em Coimbra, a nova agência do banco situa-se na rua António Duarte Santos, n.º 20 (nas proximidades da Makro), enquanto que em Oliveira do Hospital fica na rua Professor António Ribeiro Garcia de Vasconcelos, n.º 10 D. Para assinalar estas
aberturas, o Barclays lançar uma campanha que oferece dois produtos, com condições excepcionais e exclusivas, para os 100 primeiros clientes da agência. Trata-se de um crédito habitação com a oferta de menos 0,15 por cento no Spread, até um mínimo de 0,35 por cento e um depósito a prazo a um mês com TANB de 7 por cento. Geridas por João Elvas, em Coimbra, e por José Luís Figueira, em Oliveira do Hospital, as agências têm profissionais especializados na área financeira.